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TERMO DE AUDIÊNCIA
No dia dezenove do mês de novembro do ano de dois mil e oito, às 17h10, na
sala de audiências desta Vara, presente a MM. Juíza do Trabalho, Drª.
SOLYAMAR DAYSE NEIVA SOARES, foram apregoados os litigantes.
Presentes os que assinam ao final. Prejudicada a tentativa final de
conciliação.
Submeto o processo a julgamento e profiro a seguinte
SENTENÇA
Vistos os autos.
I – RELATÓRIO
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS PORTUÁRIOS, devidamente
qualificada à fl. 02, ajuizou ação, perante a Justiça Federal, em face de
UNIÃO, também qualificada, noticiando que em 10/02/1996 foi editada norma
administrativa que impôs restrição, ao patamar mínimo legal, das vantagens
devidas aos empregados das empresas públicas, sociedades de economia
mista e de outras entidades vinculadas à ré.
Afirma a autora, em síntese, que a norma em questão viola
preceitos constitucionais e legais, em razão do que requer, inclusive em
provimento antecipatório, a respectiva anulação, com declaração incidental de
sua inconstitucionalidade.
Deu à causa o valor de R$1.000,00.
Juntou documentos.
Pelos fundamentos expostos à fl. 106, foi determinada a oitiva da demandada,
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II – FUNDAMENTAÇÃO
A) INCOMPETÊNCIA FUNCIONAL.
A reclamada sustenta a incompetência deste Juízo para apreciar
a alegação de inconstitucionalidade da norma impugnada pela autora, ao
argumento de que tal alegação não se reveste de caráter incidental,
constituindo, conforme alega, a única pretensão veiculada no feito – cujo
exame, por isso, seria reservado ao Supremo Tribunal Federal, no exercício
de sua atribuição de exercer o controle concentrado da constitucionalidade de
atos normativos.
A leitura das alegações contidas na pela de ingresso revela que
a pretensão da autora é garantir, às entidades sindicais que congrega, a
viabilidade das negociações coletivas – cuja própria possibilidade, quanto às
empresas públicas, alega ter sido suprimida desde a edição da norma
reputada inconstitucional.
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B) ILEGITIMIDADE ATIVA.
Também nesse ponto se percebe que a tese defensiva partiu de
premissa equivocada: ao contrário do que alega a defesa, a federação autora
age, neste feito, na defesa de interesse típico das entidades sindicais a ela
filiadas, e não em benefício dos trabalhadores que integram tais entidades.
De fato, a pretensão veiculada na inicial, repita-se, é de
resguardar a possibilidade de negociação coletiva – atividade reservada pela
lei justamente aos entes sindicais, cujos interesses cabe à autora defender, na
forma da previsão contida na alínea “a” do art. 2º de seu estatuto (fl. 33).
Assim, rejeito também a preliminar de ilegitimidade ativa
argüida na defesa.
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III – CONCLUSÃO
Pelo exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos formulados pela
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS PORTUÁRIOS – FNP em face da UNIÃO, para
declarar nula a Resolução 9/96, editada pelo Conselho de Coordenação e Controle das
Empresas Estatais – CEE, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –
MPOG, por constatar que o ato viola as disposições inscritas nos art. 7º e inciso XXVI e,
especialmente, as contidas no parágrafo primeiro, inciso I, do art. 169 da Constituição; e
para deferir a antecipação de tutela pretendida na inicial, conferindo efeitos imediatos à
declaração de nulidade do ato normativo, tudo nos termos da fundamentação, que integra
este dispositivo para todos os efeitos.
Custas, no importe de R$20,00, calculadas sobre R$1.000,00, valor
provisoriamente arbitrado à condenação para este efeito, pela reclamada, isenta do
recolhimento (CLT, art. 790-A, I).
Transcorridos os prazos para interposição de recursos voluntários,
remetam-se os autos ao eg. TRT-10ª Região, para o reexame obrigatório previsto
no inciso V do art. 1º do DL 779/69, já que a natureza do provimento não se amolda à
previsão inscrita no § 2º do art. 475 do CPC.
Intimem-se as partes.
Nada mais.
Brasília/DF, 19 de novembro de 2008.
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