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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUE PRECISAMOS NO SÉCULO XXI

Roosevelt S. Fernandes

Uma frase ouvida recentemente de um ativista ambiental – “atuando sobre os


efeitos e não em relação às causas” – sintetiza o processo simplificado de querer
não assumir a plenitude de um problema, relegando a uma posição menor a
necessidade de encontrar soluções. Ou seja, esta opção de ação é típica nos casos
onde “é melhor conviver com o problema do que gerar as soluções”.

Acredito que as duas frases é que definem, em relação à Educação Ambiental (EA),
a real necessidade de uma reflexão de algumas de suas premissas básicas.

E este contexto – em maior ou menor grau – não é diferente em outros países


(tomamos como base pesquisa que realizamos para a Associação Portuguesa de
Educação Ambiental / ASPEA, em Portugal); comparando os resultados com
pesquisa que fizemos para o MEC, duas realidades culturais bastante
diferenciadas, mas precisam ser analisadas e conhecidas.

Ou seja, nossas inferências não são opiniões pessoais – em EA este tipo de postura
vale muito, pois se admite “ter longa experiência na área” o que, em muitos casos,
sem ter uma componente de “avaliação de resultados”, fica restrita a “pensar que
tudo vai bem, e não pode ficar melhor”.

Tenho feito uma cruzada no sentido de “induzir uma reflexão sobre a EA do século
passado e aquela que precisamos para o século XXI” e tenha observado muitas
reações. Infelizmente (os que admitem que não há nada a repensar) partem do
princípio que esta reflexão é um “processo de identificar e reconhecer falhas” e,
deste modo, não tem muito interesse que isso ocorra. Entende-se esta “postura
reativa” a uma nova realidade que “exige mudanças”.Não mudanças de identificação
de falhas, mas sim de “aprimorar pontos onde se faz necessário um novo tipo de
reflexão”.

Por este motivo é que estamos “provocando mentes esclarecidas” – que tenham
condições de (em rede) concordar ou discordar da nossa postura, para que se
chegue a uma posição mais consolidada e menos reativa em relação à proposta.
.
Nosso grupo (NEPA) adota a postura de “sustentar posições” frente a dados
pesquisados (fatos), e respeitamos as opiniões dos outros (não poderia ser diferente

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Proibida cópia total ou parcial sem referência ao NEPA
NEPA – Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental
para quem pretende o diálogo), mas que estas outras opiniões venham também
lastreadas em fatos, de modo que seja possível comparar experiências positivas ou
negativas em diferentes contextos.

Acho que essa é uma postura que a atual sociedade não pode se negar a fazer
(pelo menos iniciar) sob pena de estar assumindo a idéia de que o princípio da
prevenção não tem lugar no âmbito da Educação Ambiental.

Se observarmos os valores financeiros alocados a Programas de Educação


Ambiental (pelo menos na última década, como base de referência) ver-se – á que
são valores altamente significativos, aportados pelos diferentes segmentos sociais,
públicos e privados. Porém, se em contrapartida, tentamos identificar quantos destes
programas tem propostas de avaliação de sua eficácia junto à comunidade ao qual o
programa foi aplicado, teremos uma (também) significativa frustração.
Sob este foco de análise, em reflexão pelos extremos, ou não há necessidade de
“avaliar resultados de Programas de EA” ou está faltando que este aspecto seja
obrigatório no processo de aprovação de tais programas.

Concordo como ponto de discussão – mas discordo como “restrição a idéia proposta
de iniciar uma discussão” – que os resultados de um programa dessa natureza só
pode ser mensurados em um horizonte muito amplo de acompanhamento
(gerações), mas não posso aceitar que não se possa lançar mão de “caminhos de
avaliação em curto prazo” (após aplicação do programa) onde se tente mensurar a
diferença – certamente positivo - entre o nível de percepção ambiental (e social) do
segmento que irá receber o programa e aquele avaliado após sua conclusão (ganho
no nível de percepção ambiental do segmento social envolvido no programa de EA).

Como, quase sempre, “o ótimo é o inimigo do bom”, não se aceita um


encaminhamento “bom”, pois estamos à procura (quase sempre) do
encaminhamento “ótimo”.
.
Vivemos – e muitos ainda não se acostumaram a isso – tempos de um novo século,
contexto que nos permite – pelo menos em contraposição aqueles que acham que
não há mais nada a alterar ou discutir – e seria oportuna a abertura das mentes
(pelo menos) para novas reflexões.

Não resta dúvida que já evoluímos muito na área da conscientização ambiental da


sociedade, fato que se deve obviamente e unicamente aos resultados da Educação
Ambiental adotada no século XX, mas não há como prescindir da necessidade de
reavaliar premissas, através de ações (boas em curto prazo, ótimas a prazos mais
longos) que permitam a (pelo menos) tentativa de estruturar um processo de
avaliação contínua de resultados.

Não grupo não é dono da verdade (ninguém é), mas gostaria muito de saber que
estamos fazendo parte consciente dela.

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Proibida cópia total ou parcial sem referência ao NEPA
NEPA – Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental

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