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Reabilitação criminal

Conceito

O Código Penal trata, do artigo 93 ao 95, sobre a reabilitação


criminal, instituto do Direito penal pelo qual o condenado que tiver sua pena
extinta, por qualquer motivo, ou executada consegue retornar às condições
anteriores ao cumprimento da pena. O benefício da reabilitação é um direito
do condenado e uma declaração do juiz que assegura o sigilo das
informações relativas ao processo e à condenação deste. O direito de sigilo
às informações da condenação e do processo já é assegurado pelo artigo
202 da Lei de execução penal, desta forma tal direito no artigo 93 já era
assegurado.

De acordo com Fernando Capez, a reabilitação só se dá em


condenação cuja pena já tenha sido extinta ou completamente executada,
sendo incabível o pedido do benefício em caso de sentença absolutória ou
em hipótese de prescrição de pretensão punitiva.

Atingindo qualquer tipo de pena, seja ela privativa de liberdade,


restritiva de Direito ou de multa, este instituto era tratado no texto da lei
anterior como causa extintiva de punibilidade, perdendo esse teor a partir
da reforma do código, no qual é tratado como instituto que suspende
condicionalmente alguns efeitos da condenação.

Da suspensão dos efeitos específicos da condenação

A reabilitação, de acordo como o parágrafo único do artigo 93,


pode atingir os efeitos secundários da condenação elencados no artigo 92,
sendo vedada, para os dois primeiros incisos deste artigo, a possibilidade de
reintegração. O artigo 92, I, dispõe sobre a perda de cargo, função pública
ou mandato eletivo, sendo que em caso de reabilitação o condenado não
poderá exigir voltar ao cargo que possuía nem exigir o pagamento dos
vencimentos no tempo de cumprimento da pena. O segundo inciso do artigo
92 trata do efeito de incapacitação do poder pátrio, da tutela e da curatela,
sendo que em caso de reabilitação o condenado não pode reaver esses
poderes para com o filho, tutelado e curatelado contra os quais tenha
cometido o crime que gerou a condenação. No terceiro inciso que trata da
inabilitação para dirigir veículo o condenado pode ser reintegrado deste
direito.
Do prazo e dos pressupostos para concessão de Reabilitação

O artigo 94 estipula prazo de dois anos a partir do dia em que foi


extinta a pena para que possa ser requerida a reabilitação. A competência
para a concessão da reabilitação é do juiz da condenação. Nos casos de
sursis penal e livramento condicional, conta-se os dois anos a partir da
audiência admonitória, sendo computado ainda o período probatório se não
houver revogação. Durante o prazo de dois anos o condenado requerente
da reabilitação deverá morar no país e durante esse tempo deverá
demonstrar bom comportamento público e privado.

O bom comportamento será atestado pelas pessoas que


trabalharem e conviverem com o condenado nesse período. O condenado
deverá ainda ressarcir o dano causado pelo crime ou demonstrar absoluta
incapacidade de fazê-lo, sendo que a incapacidade deve existir na data do
pedido da reabilitação e não na do crime. Pode ainda o condenado exibir
documento que comprove a renúncia da dívida pela vítima. Os pressupostos
devem ser cumpridos cumulativamente, sendo impossível com a falta de
um destes ser concedido o pedido de reabilitação.

O parágrafo único determina que caso seja negado o pedido de


reabilitação, poderá ser pleiteado novamente a qualquer momento desde
que seja apresentado, novos elementos comprobatórios dos requisitos
necessários.

Da revogação da reabilitação

O ministério público poderá de ofício, ou por requerimento


revogar a reabilitação, caso o condenado seja condenado como reincidente
a penas privativas de liberdade ou restritivas de direitos. A reabilitação
deixou de ser causa de extinção de punibilidade e por isso sobrevindo crime
durante o benefício do instituto, o condenado não deixará de ser
considerado como reincidente.

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