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A reabilitação criminal concede sigilo às informações da condenação de um condenado cuja pena foi extinta ou executada. Ela suspende alguns efeitos secundários da condenação, como perda de cargo público ou inabilitação para dirigir, mas não permite a reintegração de cargos ou poderes familiares contra quem o crime foi cometido. O condenado deve cumprir requisitos como bom comportamento por 2 anos e ressarcimento de danos para requerer a reabilitação.
A reabilitação criminal concede sigilo às informações da condenação de um condenado cuja pena foi extinta ou executada. Ela suspende alguns efeitos secundários da condenação, como perda de cargo público ou inabilitação para dirigir, mas não permite a reintegração de cargos ou poderes familiares contra quem o crime foi cometido. O condenado deve cumprir requisitos como bom comportamento por 2 anos e ressarcimento de danos para requerer a reabilitação.
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A reabilitação criminal concede sigilo às informações da condenação de um condenado cuja pena foi extinta ou executada. Ela suspende alguns efeitos secundários da condenação, como perda de cargo público ou inabilitação para dirigir, mas não permite a reintegração de cargos ou poderes familiares contra quem o crime foi cometido. O condenado deve cumprir requisitos como bom comportamento por 2 anos e ressarcimento de danos para requerer a reabilitação.
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O Código Penal trata, do artigo 93 ao 95, sobre a reabilitação
criminal, instituto do Direito penal pelo qual o condenado que tiver sua pena extinta, por qualquer motivo, ou executada consegue retornar às condições anteriores ao cumprimento da pena. O benefício da reabilitação é um direito do condenado e uma declaração do juiz que assegura o sigilo das informações relativas ao processo e à condenação deste. O direito de sigilo às informações da condenação e do processo já é assegurado pelo artigo 202 da Lei de execução penal, desta forma tal direito no artigo 93 já era assegurado.
De acordo com Fernando Capez, a reabilitação só se dá em
condenação cuja pena já tenha sido extinta ou completamente executada, sendo incabível o pedido do benefício em caso de sentença absolutória ou em hipótese de prescrição de pretensão punitiva.
Atingindo qualquer tipo de pena, seja ela privativa de liberdade,
restritiva de Direito ou de multa, este instituto era tratado no texto da lei anterior como causa extintiva de punibilidade, perdendo esse teor a partir da reforma do código, no qual é tratado como instituto que suspende condicionalmente alguns efeitos da condenação.
Da suspensão dos efeitos específicos da condenação
A reabilitação, de acordo como o parágrafo único do artigo 93,
pode atingir os efeitos secundários da condenação elencados no artigo 92, sendo vedada, para os dois primeiros incisos deste artigo, a possibilidade de reintegração. O artigo 92, I, dispõe sobre a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo, sendo que em caso de reabilitação o condenado não poderá exigir voltar ao cargo que possuía nem exigir o pagamento dos vencimentos no tempo de cumprimento da pena. O segundo inciso do artigo 92 trata do efeito de incapacitação do poder pátrio, da tutela e da curatela, sendo que em caso de reabilitação o condenado não pode reaver esses poderes para com o filho, tutelado e curatelado contra os quais tenha cometido o crime que gerou a condenação. No terceiro inciso que trata da inabilitação para dirigir veículo o condenado pode ser reintegrado deste direito. Do prazo e dos pressupostos para concessão de Reabilitação
O artigo 94 estipula prazo de dois anos a partir do dia em que foi
extinta a pena para que possa ser requerida a reabilitação. A competência para a concessão da reabilitação é do juiz da condenação. Nos casos de sursis penal e livramento condicional, conta-se os dois anos a partir da audiência admonitória, sendo computado ainda o período probatório se não houver revogação. Durante o prazo de dois anos o condenado requerente da reabilitação deverá morar no país e durante esse tempo deverá demonstrar bom comportamento público e privado.
O bom comportamento será atestado pelas pessoas que
trabalharem e conviverem com o condenado nesse período. O condenado deverá ainda ressarcir o dano causado pelo crime ou demonstrar absoluta incapacidade de fazê-lo, sendo que a incapacidade deve existir na data do pedido da reabilitação e não na do crime. Pode ainda o condenado exibir documento que comprove a renúncia da dívida pela vítima. Os pressupostos devem ser cumpridos cumulativamente, sendo impossível com a falta de um destes ser concedido o pedido de reabilitação.
O parágrafo único determina que caso seja negado o pedido de
reabilitação, poderá ser pleiteado novamente a qualquer momento desde que seja apresentado, novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários.
Da revogação da reabilitação
O ministério público poderá de ofício, ou por requerimento
revogar a reabilitação, caso o condenado seja condenado como reincidente a penas privativas de liberdade ou restritivas de direitos. A reabilitação deixou de ser causa de extinção de punibilidade e por isso sobrevindo crime durante o benefício do instituto, o condenado não deixará de ser considerado como reincidente.