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A Escassez de Água e suas Possíveis Soluções


(26/6/2001)

Hilton Felício dos Santos – Engenheiro Civil – Mestre em Saneamento Ambiental


Pedro C S Mancuso – Engenheiro Industrial – Doutor em Saneamento Ambiental

A reutilização da água têm tido ramificações surpreendentes não só no campo das


realizações como no de novas idéias. Uma pesquisa em coberturas do tema,
publicadas em junho de 2001 em jornais nacionais e estrangeiros, revela que
processos de conservar o recurso hídrico associado a uma tecnologia inovadora de
tratamento e reuso têm se apresentado como resposta à escassez mundial de água
doce. Usinas de dessalinização de água do mar, de grande porte, encontram-se em
construção nos Estados Unidos e em Israel (Orme, 2001). São Paulo, que também
sofre com a escassez de água em metade das bacias hidrográficas do estado
(infelizmente, e de uma forma lógica, na metade mais habitada), pensa na taxação
do consumo e no reuso para diversas finalidades como soluções para o problema
(Folha de São Paulo, 23/06/2001).

Tendo-se em vista este noticiário (que resumimos na seqüência dessas linhas), não
seria o caso de se repensar algumas soluções caríssimas e polêmicas para o
combate da crônica escassez de água do Nordeste brasileiro? Em vez da
transposição das bacias hidrográficas do Tocantins e São Francisco, porque não a
implantação das hoje tão viáveis (veja-se Israel, a seguir) usinas de dessalinização
de água ao longo do litoral nordestino? E porque não ao longo de todo litoral, num
país com uma das mais longas costas litorâneas do planeta? Ambos projetos
custariam US$ 1,8 bilhões (R$ 4,1 bilhões) para captar de 70 a 100 m 3/s por meio de
barragens e elevatórias no rio do Sono (da bacia do Tocantins) e, por canais,
repassar a água para os rios Preto e Grande (da bacia do São Francisco) sem
colocar em risco o rio Tocantins, cuja vazão é 12 vezes superior ao do São
Francisco (FEIS- Unesp, 2001). Um estudo mais aprofundado do problema revelaria
que as abrangências das soluções são diferentes, pois a transposição é geradora do
múltiplo aproveitamento do recurso (abastecimento, energia, navegação, irrigação
etc) enquanto a dessalinização serviria para o abastecimento da população mais
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próxima. Entretanto, as usinas de dessalinização podem estar concluídas e gerando


água em apenas 14 meses (Orme, 2001), isto ao invés das décadas esperadas para
a resposta do sistema de transposição das bacias. Pelo menos o uso simultâneo das
duas propostas deveria ser estudado com a dupla finalidade de se antecipar parte
dos benefícios e de diminuir o investimento necessário para a transposição, uma vez
que uma parcela da demanda já teria sido atendida, bem antes, pela dessalinização.
Como se depreende do noticiário, Israel também faz uso de duas soluções:
importação de água da Turquia (por navios!) e usinas de dessalinização.

Por volta de 2025, quase um bilhão de indivíduos enfrentarão sérios problemas de


falta d’água. E grande parte dessa população estará vivendo em áreas litorâneas ou
próxima a elas, do Mar da China ao Sul da Califórnia e de Israel ao Sul do
Mediterrâneo, conforme a Organização Meteorológica Mundial - OMM, citada por
Orme, 2001. A OMM é a agência das Nações Unidas especializada em
metereologia, clima, água e atmosfera . Em 1996 contava com 185 estados e
territórios membros, segundo seu site na Internet.

Uma antiga maldição do Oriente Médio manda o inimigo e os descrentes "beberem


água do mar", entretanto, há décadas, as populações dos países do Golfo Pérsico
têm bebido a água do oceano, purificando-a por meio das maiores usinas
dessalinizadoras do mundo. Atualmente o governo de Israel está abrindo licitações
para os seus primeiros grandes projetos de dessalinização e ainda estuda a
importação emergencial de água da Turquia, transportada por meio de navios, a fim
de evitar uma crise no abastecimento. O estudo da oferta e da demanda de água em
Israel projeta um déficit de água doce da ordem de pelo menos 1,14 bilhão de litros
por dia (13 m3/s) dentro da próxima década. (Orme, 2001)

Segundo a notícia do NY Times, as usinas dessalinizadoras que serão construídas


no litoral do Mediterrâneo, ao sul de Telaviv, usarão osmose reversa em vez dos
caros sistemas de destilação utilizados em outras partes do Oriente Médio.

Lachish, 2001 (vide anexo), demonstra que apenas 0,66 kcal/L são requeridos para
dessalinizar 1 litro de água do mar, independentemente da tecnologia aplicada para
este objetivo (embora os sistemas práticos de osmose reversa usem uma pressão
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de cerca de 70 Bar para fornecerem uma vazão de água razoável). Já para a


destilação, cerca de 70 kcal são necessárias para aquecer 1 litro de água até a
fervura e depois, mais 540 kcal são dispendidos para efetivamente ferver o líquido.
Ainda que uma grande parte do calor dispendido seja recuperado durante a
condensação, parece difícil competir com a eficiência da dessalinização pelo
processo da osmose reversa.

Como aponta o artigo do NY Times, o preço da água marinha dessalinizada baixou


de US$ 1,58 / 1000 L há uma década para US$ 0,53 / 1000 L, graças ao avanço
tecnológico no período. A demanda mundial por sistemas de osmose reversa cresce
dez vezes mais do que a dos tradicionais sistemas de dessalinização termal. Os
consumidores urbanos israelenses já pagam cerca de US$ 1,05/ 1000 L de água. Na
medida em que a dessalinização se torna mais eficiente e economicamente viável, o
processo começa a tomar feições de uma indústria que tem tudo para crescer: a
matéria prima é abundante e a demanda pelo produto final é praticamente ilimitada.
(Orme, 2001)

Ainda conforme o jornal, a cidade portuária de Ashkelon, está licitando uma usina
dessalinizadora para1,58 m3/s (36 MGD) d’água por dia. Uma das concorrentes da
licitação é a Ionics Incorporation, de Watertown, Massachusetts, que alega ter três
mil unidades dessalinizadoras, muitas delas relativamente pequenas, operando em
todo o mundo. Outro concorrente é um consórcio liderado pela Cadagua, que é parte
do Ferrovial Group, da Espanha, responsável pela instalação de usinas de
dessalinização na Tunísia, em Chipre e na Espanha. Um outro é o IDE Technologies
Ltd., uma companhia de Ra’anana, em Israel, que inaugurou a sua última usina de
dessalinização, em Larnaca, Chipre, apenas 14 meses após ter iniciado as obras.
Em outras regiões do planeta existem mais de 30 grandes usinas de dessalinização
em construção ou em estágio de planejamento. Na costa de Ashdod, está projetada
uma usina de dessalinização para 2,06 m3/s (47 MGD). Essas usinas pretendem se
integrar às usinas costeiras de geração de energia, movidas a gás natural explorado
no alto-mar.

Os contratos israelenses juntos devem alcançar um valor de US$ 250 milhões,


certamente os maiores da história da indústria de dessalinização. Os rendimentos
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anuais advindos dos projetos devem triplicar, chegando a US$ 100 bilhões (R$ 231
bilhões) nas próximas duas décadas. A maior parte desse crescimento deverá ficar
por conta dos novos sistemas de filtragem que serão exibidos nas usinas
israelenses.

Mas não só no Oriente Médio a dessalinização tem sido considerada. Também em


Tampa, na Flórida, encontra-se em construção uma usina de dessalinização para a
água do estuário (menos salgada do que a do mar, o que favorece a diminuição do
custo de filtração) de 1,07 m3/s (25 MGD), com o custo unitário da água previsto
para US$ 0,46 / 1000 litros (US $ 1.75/1000 galões).

No Brasil, não só no Nordeste mas também em São Paulo, a escassez do recurso


hídrico é bastante preocupante. A Folha de São Paulo de domingo, 24/6/01, traz
duas páginas completas sobre o tema, resumidamente relatadas nesta seqüência.

Pelo menos 8% da reserva mundial de água doce está no Brasil, segundo


documento da Agência Nacional de Energia Elétrica. Entretanto, 80% do volume
disponível está na região amazônica e o restante nas regiões onde estão
concentrados 95% dos brasileiros.

O Relatório de Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo do ano


2000 indica que as águas dos rios de metade das bacias hidrográficas do estado se
encontra em situação crítica ou de alerta quanto ao grau de utilização. Sete das
vinte e duas bacias hidrográficas existentes no estado têm demanda superior a 50%
da disponibilidade mínima (situação crítica); em outras quatro, a situação é de alerta,
com 30% a 50% de suas reservas em uso. Nas bacias dos rios Turvo e Grande,
62,1% do aqüífero profundo já é explorado para consumo. Nas bacias dos rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí, 96,6% do recurso hídrico já é consumido. Nas outras
onze bacias hidrográficas do estado a demanda é inferior a 30% da oferta potencial
e a situação é satisfatória. Na bacia hidrográfica do Ribeira de Iguape, no litoral Sul,
por exemplo, apenas 1% da capacidade da bacia é consumida.

A bacia do Alto Tietê na região metropolitana de São Paulo é a que apresenta os


maiores problemas devido à poluição dos rios Tietê e Pinheiros e ao desequilíbrio
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entre a demanda e a oferta, com a primeira 401% superior à segunda. Para o


abastecimento da região metropolitana a Sabesp importa água da bacia do rio
Piracicaba (sistema Cantareira), retirando-a do consumo natural dos 42 municípios
que lá se encontram (40 de São Paulo e 2 de Minas Gerais). O Plano Estadual de
Recursos Hídricos 2000-2003, ainda na Assembléia Legislativa, prevê um
investimento mínimo no período de R$ 5,17 bilhões e máximo de R$ 9,16 bilhões em
obras de recuperação da qualidade das águas. Em ambos os cenários, mais da
metade do valor estão destinados à bacia do Alto Tietê. Os comitês das bacias
hidrográficas, integrados por representantes do Estado, das cidades e da sociedade
civil têm conseguido incluir as previsões de investimento no orçamento estadual,
mesmo antes da aprovação do Plano.

A ANA, Agência Nacional de Águas, criou uma equipe de estudos para desenvolver
um programa nacional de reuso da água, prática vista como uma das soluções para
diminuir a coleta dos mananciais e prolongar a reserva hídrica dos rios. Em outros
países são comuns as lavanderias condominiais, que substituem as máquinas
privativas dos apartamentos por máquinas coletivas, de alto rendimento, instaladas
no térreo ou subsolo dos condomínios residenciais. Outra proposição de
conservação da água é a recirculação do esgoto secundário de pisos e pias para a
descarga de vasos sanitários. O aeroporto de Guarulhos (SP) possui projeto de
reciclagem da água do terceiro terminal, onde toda a água destinada a válvulas de
descarga, lavagens de pista, lavagem de aeronaves e sistemas de resfriamento será
reutilizada após tratamento. A gestão que afastaria a escassez deve ser apoiada na
conservação e no reuso. (Prof. Dr. Ivanildo Hespanhol à Folha de São Paulo).

Na área industrial, o programa de reciclagem da Cosipa - Companhia Siderúrgica


Paulista, garantiu um índice de reuso de 94% de toda a água doce empregada no
processo industrial da usina de Cubatão-SP. Como maior consumidora de água
dentre as empresas do pólo industrial da cidade, a Cosipa passou a desenvolver o
sistema em 1993, quando a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, deixou de
receber a água bombeada do rio Pinheiros. O volume de água do Cubatão diminuiu,
permitindo a intrusão da cunha salina prejudicial ao maquinário pelos dois pontos de
captação da empresa no rio Mogi. Desde então, a empresa optou por aplicar R$ 75
milhões em equipamentos de reciclagem, R$ 41 milhões dos quais destinados à
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construção da Estação de Tratamento e Recirculação de Água do setor de


Laminação. Antes da reciclagem eram captados até 22 mil metros cúbicos por hora
de água doce do rio Mogi. Hoje esse volume caiu para 1.800 metros cúbicos por
hora.

Após décadas de despejo de esgoto urbano sem tratamento, somente em março de


2001 o governo instituiu o Programa Nacional de Despoluição de Bacias
Hidrográficas, instrumento possivelmente eficaz para conter o avanço rumo à
escassez. A cobrança pelo uso da água também já deveria estar disseminada, mas
assim como ocorreu com a energia elétrica, a ação de governo destinada a evitar
uma crise de escassez generalizada de água está atrasada. A cobrança pelo uso da
água, prevista desde 8/1/97 pela lei federal 9.433, que visa implantar a política
nacional de recursos hídricos, exige uma série de procedimentos e só pode entrar
em vigor se estiver respaldada por um comitê de bacia hidrográfica. Os comitês
decidem se haverá ou não a cobrança e repassam suas decisões a ANA, para
aprovação. Existem hoje 66 comitês, formados por representantes do poder público,
usuários diretos da água e representantes da sociedade civil organizada, mas a
maioria ainda prepara os procedimentos técnicos e legais para a cobrança, como
criação de agências de bacias e elaboração de planos de gestão hídrica. A cobrança
também depende da aprovação dos valores pela ANA e pelo Conselho Nacional de
Recursos Hídricos, no caso dos rios federais, e dos conselhos e órgãos estaduais de
gestão das águas, nos casos de rios de domínio dos Estados.

Desde o ano 2000 as grandes hidrelétricas do país já pagam pelo uso da água
0,75% do valor obtido com a energia gerada nos rios. Dos recursos obtidos, 45%
vão para os municípios, 45% para os Estados e 10% ficam com a União, mas não
há determinação de que o dinheiro seja aplicado na recuperação das bacias.

O 3º Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, realizado em junho de


2001 em Belo Horizonte, reuniu representantes de 53 comitês de bacias de 16
Estados, além de integrantes dos órgãos estaduais e federais que tratam da gestão
da água. A crise energética acelerou o projeto do governo federal e dos comitês de
bacias hidrográficas de cobrar pelo uso das águas dos rios. Devido à estiagem,
parte dos reservatórios está com níveis críticos para o consumo e para a geração de
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energia. A cobrança será, em média, de R$ 0,01 a R$ 0,02 / m3 de água captada


pelas concessionárias, tarifa que deve ser repassada para o consumidor final, hoje
onerado apenas pelo tratamento da água. A tarifa vigora a partir de 2002, para 9
milhões de pessoas no interior de São Paulo e para 2 milhões no Rio, habitantes da
bacia do Paraíba do Sul. O Ceará é o único Estado no país que já realiza a
cobrança.

A cobrança será feita dos usuários diretos, como concessionárias de serviço de


água, indústrias, agricultores e consumidores: uma casa com consumo mensal de
20 metros cúbicos de água (utilização média de uma família de quatro pessoas), vai
pagar um excedente de R$ 0,20 a R$ 0,40 por mês. Os efeitos da cobrança sobre o
consumidor são considerados compensadores tendo-se em vista os benefícios. A
cobrança combate o desperdício e reverterá para a recuperação das próprias bacias
onde foi gerado o recurso. Haverá também cobrança pelos esgotos lançados nos
rios, com o objetivo é reduzir a poluição.

Referências:

FEIS- Unesp; “FHC recebe projeto de transposição”;


(http://www.agr.feis.unesp.br/fsp120600.htm [2001 jun 24]).

Folha de São Paulo. Agência da Folha em Santos. Situação das bacias de São
Paulo é crítica. Especialista aponta reutilização como solução do problema.
São Paulo. 2001 Jun 24. Cotidiano. páginas C-8,9.

Lachish, U: Energy of Seawater Desalination. Available from: <URL: http: // urila


.tripod. com /desalination.htm> [2001 Jun 24].

Orme, WAJ. Israel Raises Its Glass to Desalination. The New York Times. 2001 Jun
23. Available from: <URL: http://www.nytimes.com/>. search: Israel
[2001 Jun 24]).
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ANEXO:
Comparação entre o Consumo Energético da Osmose Reversa e da Destilação
(Lachish, 2001)

A energia aplicada no processo de dessalinização independe do processo de


extração do sal e da tecnologia empregada. Em princípio, a osmose é um processo
reversível ainda que em suas aplicações existam desvios que impeçam sua
reversibilidade. Por causa da osmose, a água flui através de uma membrana semi-
permeável que deixa passar os líquidos mas não deixa passar os sais. A pressão
externa na solução salina determina a velocidade e a direção da água que flui
através da membrana.

FIGURA 1
A Figura 1 mostra um cilindro dividido por uma membrana semi-permeável. Na
câmara esquerda existe água do mar, que é empurrada pela partição móvel através
da membrana. A membrana bloqueia o transporte do sal deixando passar apenas a
água pura que fica do lado direito do vaso. A força atuando na partição é igual a
pressão osmótica multiplicada pela área da partição e o trabalho executado pela
partição é igual a força que nela atua vezes a distância que ela percorre. O processo
é reversível porque o sentido do movimento pode ser invertido, acarretando inversão
do sentido do fluxo através da membrana.

A pressão osmótica é dada pela fórmula de van't Hoff:

π = cRT

onde c é a concentração molar dos sais iônicos, R=0,082 (litro·bar)/(graus·mol), é a


constante do gás, e T = 300 graus K é a temperatura ambiente na escala Kelvin. A
quantidade de sal na água do mar é de cerca de 33 g/L. A água do mar contém
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muitos sais, mas o cálculo será simplificado assumindo que o sal único seja o cloreto
de sódio NaCl. O peso atômico do sódio sendo 23 gramas e o do cloro, 35,5
gramas, o peso molecular do NaCl resulta igual a 58,5 gramas. O número de moles
de Na Cl na água do mar é, portanto, 33/58,5 = 0,564 mol/L. Quando o sal NaCl é
dissolvido na água ocorre a dissociação dos íons Na+ e Cl-. Existem dois íons por
molécula de sal, de tal forma que a concentração dos íons fica sendo o dobro da
concentração do sal, ou seja, c = 2 (0,564) = 1,128 mol/L. Substituindo este valor
para c na fórmula de van’t Hoff:

π = (1,128)(0.082)(300) = 27,8 bar, ou 27,8 Kg/cm2

Assumindo que a partição seja de 1 cm2 e que se desloque por 10 metros, para que
1 litro de solução passe através da membrana o trabalho realizado será:

W = F.x = (27.8)(1)(10) = 278 quilogrâmetros/L,

ou 2780 Joules/L, ou 2780/3600 = 0,77 kWh/m3, ou, como 1 kcal é aproximadamente


igual a 4200 joules, o trabalho seria 2780/4200 = 0,66 kcal/L, que é a energia
mínima requerida para dessalinizar 1 litro de água do mar, independentemente da
tecnologia aplicada para este objetivo.

Os sistemas reais de osmose reversa trabalham a uma pressão de cerca de 70 Bar


para fornecerem uma vazão de água razoável. A diferença entre a pressão de
trabalho e a pressão osmótica, 28/70=40%, é perda de energia.

Cerca de 70 kcal são necessárias para aquecer 1 litro de água até a fervura e
depois, mais 540 kcal são dispendidos para efetivamente ferver o líquido. Ainda que
uma grande parte do calor dispendido seja recuperado durante a condensação,
parece difícil competir com a eficiência da dessalinização pelo processo da osmose
reversa, o que não significa afirmar que ela seja sempre o meio mais econômico de
realizar a operação, que pode envolver fatores locais a serem considerados.

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