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P O R T U G U Ê S +

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APONTAMENTO 14
Pragmática e Linguística textual:
Coerência e coesão textuais

TERMOS RELEVANTES BREVE EXPLICAÇÃO TEÓRICA


1. Coerência textual Fenómeno que resulta da interacção de diferentes factores ao nível das macro e micro-
-estruturas do texto. Neste caso, a interdependência semântica resulta de processos de
raciocínio sobre o nosso conhecimento do mundo usados durante a interpretação.
2. Coesão textual Fenómeno que consiste no recurso a diferentes mecanismos linguísticos de modo a
assegurar a interdependência semântica. Os mecanismos de coesão textual são de
ordem gramatical e lexical. Do primeiro grupo, fazem parte a coesão frásica, a coesão
interfrásica, a coesão referencial e a coesão temporal.
2.1. Coesão frásica Propriedade do texto que assegura a ligação entre os elementos linguísticos que sur-
gem em grupos sintácticos e orações.
Exemplo: A Ana é minha amiga.
Neste exemplo, a concordância do adjectivo “amiga” em número e género com o
nome “Ana” assegura a ligação entre o sujeito e o predicativo do sujeito.
2.2. Coesão Propriedade do texto que assegura a interdependência semântica entre as orações por
interfrásica meio de processos sintácticos, como a coordenação e a subordinação, e do recurso a
marcadores e a conectores discursivos.
Exemplo: “Posso olhar o mar e não reparar nele, porque já o vi.”
(Vergílio Ferreira, “Uma esplanada sobre o mar”)
2.3. Coesão referencial Propriedade de um texto que permite que, por meio de expressões linguísticas ade-
(Cf. Laboratório quadas (anáforas, por exemplo), uma determinada entidade já mencionada anterior-
Gramatical, Unidade 2,
mente possa ser recuperada textualmente para evitar a difícil interpretação por parte
pág. 126)
do alocutário.

2.3.1. Referência Processo de identificação e localização das entidades partindo do conhecimento do con-
deíctica texto comunicativo, tendo, portanto, em conta um contexto espácio-temporal determinado.
Exemplos: “Com esta luz e esta alegria de verão e este bem-estar de uma esplanada,
eu não podia dizer-te, por exemplo, que me vou matar.”
(Vergílio Ferreira, “Uma esplanada sobre o mar”)
2.3.2. Referência Processo de identificação e localização das entidades partindo do conhecimento do
anafórica contexto linguístico, tendo, portanto, em conta informação já dada no texto.
Exemplos: “Estavas farta de conhecer os cães e as pedras, mas eles eram diferentes
porque os olhavas com outros olhos.” (Vergílio Ferreira, “Uma esplanada
sobre o mar”)
2.4. Coesão temporal Propriedade de um texto que permite que, por meio de expressões linguísticas ade-
(Cf. Laboratório quadas que ajudam a localizar as situações no tempo (verbos e advérbios, por exem-
Gramatical, Unidade 2,
pág. 107) plo), a ordem dos enunciados esteja de acordo com aquilo que é possível ocorrer tem-
poralmente num determinado contexto.

2.4.1. Deixis A deixis temporal verifica-se quando a localização temporal é estabelecida em função
temporal do momento de enunciação (ponto de fala).
Exemplo: Amanhã vou ao cinema.
2.4.2. Anáfora A anáfora temporal verifica-se quando a localização temporal é estabelecida em função
temporal de elementos linguísticos, como as orações temporais.
Exemplo: Quando a Maria foi ao cinema, encontrou o Paulo.
2.5. Coesão lexical Propriedade de um texto que permite que, por meio de operações de substituição e de
repetição, uma dada entidade ou situações sejam retomadas.
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Exemplo: O João recebeu um prémio ontem. Este reconhecimento motivou-o ainda mais.
Comi uma pêra. Adoro esta fruta.

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