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VERSÃO A
ÍNDICE:
Introdução……………………………………………………………………...… 3
Parte VI – Glossário…………………………………………………………… 22
Apêndices………………………………………………………………………… 24
Referências Bibliográficas………………………………………………..….. 27
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Introdução
O kit “BioExperimentando” é uma actividade prática, de laboratório, que se baseia numa simulação de
uma triagem genética numa família que possui uma doença hereditária fictícia. Nesta actividade pretende-se que
se integre a compreensão de processos genéticos, com as técnicas associadas, e as respectivas questões éticas.
Os alunos terão que determinar a probabilidade de um determinado casal ter um filho doente, através da análise
das amostras de DNA, após restrição e separação electroforética.
Este kit foi concebido para alunos do Ensino Secundário do Curso de Ciências e Tecnologias do 12ºano,
no âmbito da disciplina de Biologia.
Kit BioExperimentando
Etapas de implementação Vantagens da utilização Ajuda a ensinar
Medidas de segurança
Não é permitido comer, beber ou fumar no laboratório/área de trabalho.
É recomendado a utilização de luvas e de uma bata de algodão.
Os alunos devem lavar as mãos com água e sabão antes e depois da actividade.
Se alguma solução entrar em contacto com os olhos, estes devem ser imediatamente lavados com água.
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Parte I – Enquadramento teórico da actividade
Enzimas de restrição
As endonucleases (endo = dentro, nuclease = enzima que corta ácidos nucleicos) ou enzimas de restrição
são enzimas que reconhecem sequências específicas de bases no DNA e são capazes de hidrolisar as cadeias de
DNA.
Uma enzima de restrição liga-se a uma molécula de DNA e desliza ao longo da hélice até reconhecer
sequências especificas de pares de bases que indicam que esta deve parar de deslizar. A enzima corta então
quimicamente o DNA naquele local, chamado local de restrição. Se um local de restrição específico ocorrer em
mais do que um local numa molécula de DNA, a enzima de restrição irá cortar em cada um desses locais,
resultando múltiplos fragmentos. O tamanho de cada fragmento vai depender da localização dos locais de
restrição na molécula de DNA.
Quando as enzimas de restrição são usadas para cortar cadeias de plasmídios circulares de DNA, tal como
acontece neste kit, fragmentos de diferentes tamanhos são produzidos. O DNA que se cortou pode ser observado
usando um processo conhecido como electroforese em gel de agarose.
O gel de agarose
O gel de agarose prepara-se dissolvendo uma suspensão de agarose numa solução tampão e deixando
arrefecer num recipiente apropriado. A agarose deve ser previamente pesada para a concentração pretendida do
gel e deve ser dissolvida na solução tampão com a ajuda de uma fonte de calor (em banho–maria ou no
microondas). Assim que a solução levantar fervura deve ser retirada da fonte de calor, pois se deixarmos ferver a
malha do gel pode ficar laxa, o que poderá trazer implicações na electroforese e nos resultados que deveremos
obter.
A solução deve ser vertida num molde apropriado (figura 1) quando atinge uma temperatura de cerca
de 50ºC (ou seja, quando pudermos pegar no recipiente directamente com a mão sem nos queimarmos).
Antes de vertermos a solução de agarose no molde, devemos colocar as borrachas adaptadoras e um pente junto
da extremidade orientada para o pólo negativo da tina de electroforese (uma vez que o DNA irá migrar para o
pólo positivo) para obtermos um gel com uma fileira de poços. Após solidificação do gel, vertemos tampão de
electroforese sobre o gel, e cuidadosamente retiramos o pente, tendo o cuidado de não danificar os poços (nunca
retirar o pente sem o gel estar submerso em tampão de
electroforese!). Posteriormente vertemos um pouco mais de
tampão de electroforese sobre os poços para eliminar
eventuais resíduos de agarose que não tenha sido
polimerizada.
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Electroforese
A electroforese consiste em fazer migrar biomoléculas por uma matriz, sob a influência de um campo
eléctrico, permitindo separá-las segundo os seus tamanhos. Esta técnica permite analisar fragmentos de DNA e
determinar o seu tamanho.
O DNA antes de ser carregado nos poços tem que ser tratado com tampão de amostra que tem várias
funções: dá cor à amostra (azul de bromofenol ou xilenocianol), confere densidade (tem sacarose ou glicerol) e
mantém o pH alcalino. Os fragmentos de DNA são então descarregados em poços, no gel de agarose, que é
colocado numa tina cheia de tampão de electroforese (TAE ou TBE). O tampão de electroforese fornece
condutibilidade eléctrica e mantém o pH que é necessário para a manutenção da carga e estabilidade das
moléculas. O carregamento dos poços é um procedimento que deve ser feito com muito cuidado para não
danificar os poços do gel (figura 2). O conteúdo deve ser expelido da pipeta devagar e continuamente,
carregando no êmbolo da pipeta até ao primeiro ponto de resistência. Quando é sentida esta primeira resistência,
deve-se aguardar uns breves segundos antes de retirar, lentamente, a ponta da pipeta do poço.
Após o carregamento dos poços, ligam-se os eléctrodos à fonte de alimentação, determinando
previamente a voltagem e o tempo de electroforese (figura 3).
A corrente eléctrica é passada entre os eléctrodos que estão nos terminais da tina de electroforese.
Desde que os fragmentos de DNA estejam carregados negativamente, eles vão avançar para o pólo positivo
(cátodo) quando estiverem sujeitos a um campo eléctrico. No decorrer da electroforese, verifica-se junto à
extremidade que contém o eléctrodo negativo a libertação de H 2. Na extremidade que contém o pólo positivo
observa-se a libertação de O2. Se não estiver a ocorrer a electroforese não há formação destes gases, pelo que a
observação da libertação destes gases sob a forma de “bolhinhas” é um bom indicador da ocorrência ou não
deste processo.
A matriz do gel de agarose funciona como uma malha molecular através da qual cada fragmento
pequeno de DNA se move mais facilmente do que os fragmentos maiores. No entanto, a razão entre o que cada
fragmento de DNA migra através do gel é inversamente proporcional ao seu tamanho em pares de bases. Após
um determinado período de tempo, os fragmentos menores de DNA vão migrar até mais longe do que os
maiores. Fragmentos do mesmo tamanho ficam juntos, e migram numa única banda de DNA. Estas bandas irão
ser vistas posteriormente no gel após o DNA ser corado.
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Visualização do DNA
O DNA é incolor, por isso os fragmentos no gel não podem ser vistos durante a electroforese. Corando
as bandas de DNA é possível a sua localização no gel. Habitualmente nas escolas utiliza-se o corante Azure A:
100% inócuo, e com um grau de eficácia muito elevado, já que permite uma boa visualização do DNA, num
espaço de tempo reduzido (figura 4).
Testes genéticos
Um teste genético é o mais recente e sofisticado procedimento utilizado para identificar alterações
genéticas, e envolve a análise directa do DNA.
As finalidades dos testes genéticos podem ser o diagnóstico, o rastreio ou a monitorização. Os testes
genéticos podem ser utilizados para diagnosticar uma doença genética, para determinar se um indivíduo é
portador de uma doença associada a uma mutação, para prever o desenvolvimento de uma doença genética,
para determinar a susceptibilidade de um indivíduo para uma determinada doença, ou ainda para aplicações na
ciência forense.
Actualmente são realizados centenas de testes genéticos e muitos outros estão em desenvolvimento.
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Parte II – Problematização da actividade
A família Antunes é afectada há quatro gerações sucessivas pela doença “Raritose”. A Ana, bisneta da D. Maria e do Sr Joaquim,
casou com o André, e pretendem ter um filho. Tendo o André conhecimento de que a família de Ana tem problemas com essa
doença, este sugere a Ana que façam um teste genético para averiguar a probabilidade dos seus eventuais filhos serem doentes
ou portadores da doença. A árvore genealógica desta família encontra-se disponível na figura 6.
Questão- problema: Será possível pela análise do DNA descobrirmos se os filhos de Ana e André serão doentes?
Mulher
Homem
Sexo
Indefinido
D. Maria Sr Joaquim
Legenda
Ana André
Carlos Pedro Vera
Filho A Filho B
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Para simplificação de identificação, a cada membro da família será atribuído um número, como mostra a figura 6.
1 2
4
- Material/Métodos
3 5 6 7 8 9 10 11
12 13 Electroforese
14 15 16 17 18
20 21
19 22 23
Filho A Filho B
Figura 6 – Árvore genealógica da família Antunes
No sentido de dar resposta à questão formulada anteriormente, foram recolhidas amostras de cada um
dos membros da família Antunes. De referir que cada amostra de DNA recolhida contém parte do gene
responsável pela doença, amplificado previamente por PCR (Reacção de Polimerização em Cadeia). Existem
apenas dois alelos diferentes para o locus que está ser investigado. Um indivíduo que seja homozigótico para o
alelo dominante (genótipo RR) terá apenas DNA do tipo R. Um indivíduo que seja homozigótico para o alelo
responsável pela doença (genótipo rr) terá apenas DNA do tipo r. Por sua vez, um indivíduo que seja
heterozigótico (genótipo Rr), terá DNA dos dois tipos. A amplificação da região de interesse do DNA origina
fragmentos de mesmo tamanho para ambos os alelos, neste caso, 6500 pb.
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O objectivo é detectar que formas de DNA estão presentes em cada amostra, e para isso sujeitam-se as
amostras a restrição com a enzima BamHI e analisar os fragmentos de DNA resultantes, no gel de electroforese.
A diferença na sequência de DNA dos alelos R e r é tal que, no alelo r existe uma sequência de bases que pode
ser reconhecida e cortada pela enzima de restrição BamHI. O alelo R não possui local de restrição para a enzima
BamHI e assim não vai ser cortada pela enzima.
Um marcador de DNA, que consiste num conjunto de fragmentos de tamanhos conhecidos, é sujeito a
electroforese juntamente com as amostras, para se poder confirmar que os fragmentos mais pequenos obtidos,
quando combinados, formam o fragmento maior (4000 + 2500 = 6500 bp).
Tubos que recebem a amostra de DNA A: tubos 3, 9, 10, 12, 14, 17, 18, 19, 22
Tubos que recebem a amostra de DNA B: tubos 1, 2, 4, 5, 6, 8, 13, 16, 20, 21, 23
2. Restrição enzimática
a) Com os tubos dispostos num suporte adequado, incubar as amostras de DNA numa estufa a 37ºC,
durante cerca de 40 minutos.
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c) Proceder à sua dissolução no microondas durante 3 minutos (ter atenção para a solução não levantar
fervura, uma vez que se ferver, a malha do gel vai ficar laxa, havendo implicações na electroforese).
d) Retirar o matraz do microondas com o auxílio de uma pega, e agitar suavemente, certificando de que toda
a agarose se encontrava totalmente dissolvida.
e) Deixar arrefecer até à temperatura aproximada de 60ºC.
f) Colocar o pente junto ao eléctrodo negativo da tina de electroforese.
g) Verter continuamente o volume de agarose derretida na tina de electroforese, (evitando assim a criação
de bolhas de ar) de modo a encher a cavidade central, e a circundar os dentes do pente.
h) Aguardar a polimerização da agarose durante cerca de 20 minutos.
4. Carregamento do gel
a) Após a solidificação do gel de agarose, cobrir toda a
sua superfície com TAE.
b) Remover cuidadosamente o pente do gel bem como
as placas laterais.
c) Adicionar 2 µL de tampão de amostra a cada um dos
tubos que contem as amostras de DNA.
d) Agitar suavemente no sentido de misturar o tampão de Figura 8 – Carregamento do gel de
amostra com a solução de DNA. agarose
5. A electroforese
Para recordar…
1. A tina de electroforese cria um campo eléctrico com pólos positivo e negativo nas extremidades opostas
do gel. As moléculas de DNA são carregadas negativamente. Indique, justificando, para que pólo eléctrico
da tina espera que o DNA migre.
3. Após as amostras de DNA serem carregadas nos poços, elas são forçadas a moverem-se através do gel.
Explique quais os fragmentos (maiores ou menores) espera que se movam para a extremidade do gel mais
rapidamente.
Procedimento:
a) Verificar se os eléctrodos estão bem colocados (ver figura 3).
b) Regular a voltagem para os 120 volts.
c) Submeter o DNA a electroforese durante 20 minutos.
d) Interromper a electroforese quando o azul do tampão
alcançar o fim do gel.
Figura 9- Electroforese
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6. Coloração do DNA
a) Remover a solução tampão TAE da tina, reservando-a para posteriores utilizações (tem que se ter o
cuidado de segurar o gel, e assim evitar que este se parta).
b) Verter cerca de 10mL de corante do DNA, Azure A, na superfície do gel.
c) Deixar actuar cerca de 4 minutos.
d) Retirar o corante da superfície do gel e guarda-lo para posterior reutilização, anotando no frasco o nº de
vezes que este já tinha sido utilizado.
e) Retirar o corante da superfície do gel, lavando-o com 5ml de etanol a 70%, durante uns segundos.
f) Eliminar o álcool e lavar o gel com água corrente, durante 3 ou 4 minutos, não deixando água no gel, para
que não seja removido do gel a totalidade do corante.
g) Aguardar até que as bandas se tornem visíveis.
h) Observar os resultados.
i) Registar o número de bandas na respectiva árvore genealógica.
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Parte IV – Análise e discussão dos resultados
2. Na árvore genealógica fornecida (apêndice II), registe o número de bandas obtido em cada
indivíduo (para cada amostra de DNA poderá visualizar uma, duas ou três bandas).
7. Comente a seguinte afirmação: A probabilidade de o André e a Ana terem um filho doente é igual
à probabilidade de terem um filho portador. (Sugestão: Faça um xadrez mendeliano).
8. A Ana e o André optaram na realidade pela realização de um teste genético, antes de terem filhos,
para saberem se há a possibilidade de terem um filho doente. Alguns membros da família apoiam a
decisão tomada pelo casal, mas há outros membros que se opõem. Enumera dois argumentos que
possam ter sido referidos a favor da realização do teste genético e dois argumentos que possam ter
sido referidos contra.
10. Elabore uma resposta para a questão-problema formulada inicialmente “Será possível pela
análise do DNA descobrirmos se os filhos de Ana e André serão doentes?”
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Parte V – Actividades complementares
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Figura 10 – Plasmídio pUC 18
Fonte da imagem: http://www.taq-dna.com/puc18-dna-_149.html
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Questões:
1. A partir do mapa do plasmídio pCR2.1 enumere as enzimas de restrição que podem cortar o plasmídio.
3. Utilizando o plasmídio pUC18 como exemplo, procure os locais de restrição para a enzima AvaII. Quantos
locais de restrição existem? Se a enzima AvaII for usada para restrição deste plasmídio, quantos fragmentos
iremos obter?
4. Determine o tamanho dos fragmentos obtidos da restrição do plasmídio pUC18 com a enzima AvaII. Confirme
que a soma dos fragmentos obtidos é igual ao tamanho total do plasmídio.
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Actividade complementar 2 – Restrição e análise do gel, virtual, utilizando o software pDrwa32
Para se realizar restrições virtuais em plasmídios, e visualizar o padrão de restrição obtido num gel virtual, pode-
se utilizar um software gratuito: o “pDRAW32 DNA analysis software”, AcaClone software.
2. Abra o programa já instalado “pDRAW32 DNA analysis”. De seguida, clique em “File” (ficheiro), New
(novo) e “Enter new sequence” (introduzir nova sequência).
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3. Acedendo ao site https://www.lablife.org/ escolha a sequência do plasmídio que pretende analisar
(sugere-se que escolha a sequência do plasmídio pCR2.1). De seguida cole a sequência seleccionada no
local indicado no programa pDRAW.
Figura 4: Sequência do plasmídio pCR2.1 linearizada, mostrando também os locais de restrição de dezenas de enzimas de
restrição. Está indicado também o comprimento da sequência do DNA.
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5. Clique em “Edit”, seleccione “DNA name, properties and annotations”, e registe os dados como se indica
no exemplo abaixo:
Figura 5: Designação do nome correcto do plasmídio (pCR2.1), e indicação da forma que se pretende visualizar o DNA (forma
circular)
6. Clique em “Preview, e aparecerá no ecrã o plasmídio pretendido – pCR2.1, com todos os locais de
restrição enzimática.
Figura 6: Mapa do plasmídio pCR2.1, circular, com locais de restrição das respectivas enzimas
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7. Clique em “Settings” (opções), e seleccione “Enzime selection” (selecção das enzimas).
8. Introduza a informação que deseja relativamente às enzimas que pretende utilizar para a restrição do
plasmídio.
Nota: no exemplo apresentado foram seleccionadas algumas características, podendo no entanto serem
seleccionadas outras.
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9. Após ter clicado em “Apply”, vai aparecer no ecrã o plasmídio pCR2.1 apenas com os locais de restrição
para as enzimas que apresentam as características anteriormente definidas.
Figura 9: Mapa do plasmídio pCR2.1 com os locais de restrição das enzimas anteriormente definidas
10. Uma vez que aparecem ainda muitos locais de restrição para as enzimas anteriormente seleccionadas, a
melhor opção será seleccionar as enzimas que só cortam duas vezes o plasmídio.
Figura 10: Mapa do plasmídio pCR2.1 com os locais de restrição das enzimas que cortam apenas duas vezes
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11. Obtido o mapa virtual do plasmídio pCR2.1. com os respectivos locais de restrição para enzimas que só
cortam duas vezes, pode-se agora realizar a restrição virtual e respectiva electroforese em gel virtual. Clique em
“View – agarose gel electrophoresis”.
Discussão:
Que conclusões se podem retirar, após observação do padrão de restrição do plasmídio pCR2.1, com enzimas que
apenas cortam duas vezes?
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Parte VI - Glossário
Glossário
Ácido desoxirribonucleico – vulgarmente conhecido por DNA, é um polímero orgânico complexo formado por duas cadeias
de nucleótidos emparelhadas entre si, com uma disposição antiparalela. Cada nucleótido que constitui o DNA é composto por
um açúcar, a desoxirribose, um grupo fosfato e uma das quatro bases azotadas (timina, adenina, guanina e citosina).
Ácido ribonucleico – vulgarmente conhecido por RNA, é um polímero orgânico formado por uma cadeia simples de
nucleótidos. Cada nucleótido que constitui o RNA é composto por um açúcar, a ribose, um grupo fosfato e uma das quatro
bases azotadas (adenina, guanina, citosina e uracilo).
Adenina – base azotada púrica presente nos nucleótidos que constituem o DNA e o RNA.
Agarose – polímero constituído por unidades de galactose. Após dissolução em água a ferver, seguido de arrefecimento, toma
uma consistência gelatinosa.
Base Azotada – moléculas que entram na constituição dos ácidos nucleicos. No DNA podemos encontrar quatro bases
azotadas: a adenina, timina, citosina e guanina. A adenina e a timina são bases complementares, emparelhando entre si. De
igual modo a citosina e a guanina emparelham por complementaridade.
No RNA encontram-se também quatro bases azotadas: guanina, citosina, adenina e uracilo em vez da timina. As bases
emparelham do mesmo modo que no DNA à excepção da adenina que vai emparelhar com o uracilo.
Cariótipo – conjunto dos cromossomas presentes nas células de cada ser vivo.
Centrómero – parte central dos cromossomas. O centrómero é importante no processo de mitose e de meiose para a
separação dos cromossomas.
Citosina – base azotada pirimídica presente nos nucleótidos que constituem o DNA e o RNA.
Co-dominância – situação em que há expressão individual dos dois alelos de um locus, num heterozigótico.
Cromossoma – estrutura filamentosa constituída por DNA associado a proteínas estruturais (histónicas e não histónicas). Os
cromossomas encontram-se no núcleo das células eucarióticas.
Cromossoma homólogo – cada um dos cromossomas de um par de cromossomas idênticos, que apresenta os mesmos loci
genéticos. Cada cromossoma de um desses pares é homólogo do outro e emparelha com ele durante a meiose.
DNA fingerprinting – técnica de separação de segmentos de DNA que permite a identificação genética dos indivíduos.
DNA polimerase – enzima presente nas células procarióticas e eucarióticas, responsável pela polimerização das novas cadeias
de DNA.
Dominante – refere-se a um carácter que se exprime quando há heterozigotia para o gene que o determina. A expressão
ocorre na presença de uma cópia normal do alelo.
Enzimas de restrição - enzimas responsáveis por cortar o DNA. Estas enzimas são produzidas por bactérias e recebem o
nome da espécie da bactéria de onde foram extraídas. Enzimas de restrição diferentes reconhecem e cortam DNA em diferentes
sequências de bases.
Electroforese – é uma técnica que permite a separação de moléculas (DNA, proteínas…) de acordo com o tamanho, carga e
forma que apresentam, quando sujeitas a uma corrente eléctrica. As moléculas vão movimentar-se no meio de suporte (gel de
agarose ou de poliacrilamida, por exemplo) a velocidades diferentes consoante as características que apresentam (tamanho,
carga e forma).
Fenótipo – características observáveis num organismo. O fenótipo resulta da combinação de factores genéticos e ambientais.
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Gene – é a unidade básica da hereditariedade. Corresponde a uma sequência nucleotídica de DNA que codifica uma
determinada sequência polipeptídica, responsável por determinada característica ou função no organismo. Cada gene encontra-
se num local específico de um cromossoma (locus) e pode apresentar várias variantes (alelos) que determinam uma forma
particular dessa característica (exemplo: a característica “cor dos olhos” pode ter vários alelos: alelo que determina a cor azul,
alelo que determina a cor castanha, etc).
Genótipo – constituição génica de um indivíduo no que diz respeito aos alelos de um locus.
Guanina - base azotada púrica presente nos nucleótidos que constituem o DNA e o RNA
Hereditariedade – mecanismo através do qual as características genéticas passam dos progenitores para os descendentes.
Heterozigótico – um indivíduo diz-se heterozigótico quando possui dois alelos diferentes para o mesmo gene.
Histona – proteínas básicas, associadas ao DNA nos cromossomas. Têm baixo peso molecular, e são ricas nos aminoácidos
lisina ou arginina.
Homozigótico – um indivíduo diz-se homozigótico quando possui alelos iguais para o mesmo gene.
Primer – pequena sequência específica de oligonucleótidos que se liga ao DNA alvo, para permitir o início da síntese da cadeia
complementar pela DNA polimerase.
Reacção de polimerização em cadeia (PCR) - reacção que permite a amplificação de porções específicas de DNA que
estejam presentes numa mistura complexa de DNA, desde que sejam conhecidas as suas extremidades.
Recessivo – gene ou carácter que só se manifesta em homozigotia ou em hemizigotia (presença de um único alelo no
genoma).
SNP (Single nucleotide polymorphism) – variação numa sequência de DNA que envolve uma alteração num único
nucleótido.
Southern blot – método descrito por E.Southern em que fragmentos de restrição são separados num gel de electroforese e
transferidos para uma membrana de nitrocelulose ou de nylon. Esta membrana é posteriormente tratada com uma sonda
(fragmento de DNA ou RNA com uma sequência de bases conhecida, e complementar ao DNA contido na membrana) que vai
hibridar com o fragmento de DNA que se pretende identificar. A sonda de DNA é marcada radioactivamente para permitir a sua
detecção.
Taq polimerase – é uma DNA polimerase termoestável, utilizada na amplificação de fragmentos de DNA através da técnica de
PCR. O seu nome é devido a ter sido identificada pela primeira vez na bactéria Thermus aquaticus. A Taq polimerase suporta as
elevadas temperaturas usadas em PCR, tendo uma semi-vida enzimática de 40 minutos (a 94ºC).
Teste genético – teste que permite detectar a presença, ausência ou alteração, num gene particular, cromossoma ou num
produto genético.
Timina – base azotada pirimídica presente nos nucleótidos que constituem o DNA (ausente no RNA).
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Guião do Aluno
Apêndices:
Apêndice I – Registo das bandas de DNA resultantes no gel de agarose
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Guião do Aluno
Mulher
Homem
Sexo
Indefinido
Legenda
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Guião do Aluno
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Guião do Aluno
Referências Bibliográficas
Sambrook J., Fritsch E. F., e Maniatis T. (1989) Molecular Cloning: A Laboratory Manual. Cold Spring
Harbor: Cold Spring Harbor Laboratory.
Corantes
Biotium Microbiologia
www.biotium.com
QIAGEN News
Carolina www.qiagen.com
http://www.carolina.com
BioRad Plasmídios
http://www.bio-rad.co.jp/LifeScience/pdf/
Invitrogen
www.invitrogen.com
Biotecnologia – conceitos e técnicas
The European Initiative for Biotechnology Education Source BioScience ImaGenes
http://www.eibe.info/ http://www.imagenesbio.de/info/vectors/pCR2.1_pic.shtml
Kits comerciais
Nature`s dice – Teacher`s guide
http://www.ncbe.reading.ac.uk/NCBE/MATERIALS/DNA/PDF/DiceTG.pdf
Bio-Rad Laboratories
http://www3.bio-rad.com
Testes genéticos
Understanding Gene Testing
http://www.accessexcellence.org/AE/AEPC/NIH/gene19.php
Software:
pDraw32 DNA Analysis
http://www.acaclone.com/
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