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Um estudo econométrico do segmento canavieiro do estado

de São Paulo no período de 1990/2008

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo: mensurar e analisar, utilizando a


modelagem econométrica, as curvas de oferta e de demanda da cana-de-açúcar
paulista; servir como ponto de partida em estudos dos derivados da cana que
poderão ser feitos posteriormente a partir dos resultados obtidos.
Observando a produção mundial de cana-de-açúcar, percebe-se o papel de
vanguarda que o Brasil desempenha na quantidade total ofertada nesse mercado.
No ano de 2008, houve uma produção mundial anual de 1.736.271.147 ton. de cana,
sendo 569.062.629 ton. ofertadas pelo Brasil, o que resulta em uma participação
brasileira de 32,8% do total nesse segmento. Esse valor coloca o país como o maior
produtor mundial de cana-de-açúcar (União da Indústria da Cana de Açúcar –
UNICA, 2010; Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO,
2010).
Conforme dados da safra brasileira 2008/2009, dos estados produtores de
cana no Brasil, São Paulo é líder absoluto. A produção anual no período foi de
346.292.969 ton. (60,9% do total nacional), o que caracteriza o estado de São Paulo
como o maior produtor nacional dessa commodity agrícola. Vale ressaltar que o
estado ocupa esta posição há muitos anos, aproveitando-se da situação para se
tornar o maior produtor nacional de açúcar e de álcool (ÚNICA, 2010; Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, 2010).
Uma particularidade do segmento da cana nacional é que, apesar de ser a
segunda maior produção agrícola do país, não figura sequer entre os 20 mais
exportados. Esse fato decorre do pouco valor que se dá no escopo internacional
para a cana de açúcar em sua forma bruta, sendo está muito mais valorizada após a
sua transformação em biocombustível (álcool) ou açúcar, este, sim, presente no
portfólio dos cinco produtos alimentícios mais exportados do país.
No estado de São Paulo, os primeiros engenhos se instalaram no Brasil
somente no final do século XIX. Antes disso, apenas a região nordeste praticava a
atividade canavieira no país (Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA,1984, p.3). Na sua
fase mais recente, a cana-de-açúcar entrou na região centro-sul devido às
vantagens relativas de preços e custos de produção. No ano de 1920, São Paulo
ainda não produzia nem um quinto da quantidade que consumia (Cano, 1981).
O estado entra definitivamente na produção do açúcar somente no final da
Primeira Guerra Mundial. Isso se deu em função do aumento dos preços do produto
no mercado internacional. No começo dos anos de 1930, São Paulo e Rio de
Janeiro eram responsáveis por 35% da produção do açúcar brasileiro. Aliado à
decadência do café, a cana ganhava espaço. Meyer (1935) diz que a lavoura
canavieira paulista era considerada “(...) uma das mais adiantadas do país”.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, a cana passou a ser considerada
um dos principais produtos cultivados no estado paulista. Apesar disso, até a década
de 1970, o produto sempre desempenhou um papel secundário nessa economia.
Esse cenário só começa a mudar com o lançamento, no ano de 1975, do Programa
Nacional do Álcool – PNA (Brasil, 1983).
Isto posto, este artigo contém ____ partes...
2. REVISÃO DE LITERATURA

A cana de açúcar é cultivada no Brasil desde a chegada dos portugueses .A


primeira iniciativa no sentido de pesquisar e adaptar variedades de cana estrangeira
no Brasil, data de 1913, quando foi inaugurada a Estação Experimental de Campos-
RJ. Mais tarde foram criadas novas Estações Experimentais em Barrenas-PE
(1920), Piracicaba-SP (1928), Barbalha-CE, Quissamã e Curado –PE (1928), e
finalmente, a seção de cana-de-açucar no Instituto Agronômico de Campinas (1935)
(Apud, BELIK, 1985).
O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa e obtinha um grande
valor. Após as experiências positivas de cultivo no nordeste, já que a cana-de-
açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga
escala. A base da economia colonial era o engenho de açúcar, produto que deu
sustentação ao processo de colonização do Brasil, tendo sido a razão da sua
prosperidade nos dois primeiros séculos.
O país foi dividido em capitanias hereditárias e os donatários das terras
ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-
açúcar. As capitanias São Vicente e Pernambuco foram as únicas que obtiveram
resultados satisfatórios. A primeira, pertencente a Duarte Coelho, onde se implantou
o primeiro centro açucareiro do Brasil, foi motivada por três aspectos importantes: a
habilidade e eficiência do donatário; a terra e o clima favorável à cultura do produto;
e a situação geográfica de localização mais próxima da Europa em relação a região
de São Vicente (São Paulo).
Em 1888, ano da abolição da escravatura, os engenhos já haviam
incorporado quase todas as inovações importantes da indústria açucareira
existentes no mundo. Com a abolição o país passou a dispor de recursos financeiros
que antes eram destinados à compra e manutenção de escravos. A partir desse
período, uma nova etapa da indústria de açúcar começa com o surgimento dos
“Engenhos Centrais”, precursores das atuais Usinas de Açúcar.
O modelo básico de oferta e demanda auxilia a entender por que e como os
preços mudam e o que acontece quando o governo intervém em um mercado. Esse
modelo combina dois conceitos: o de curva de oferta e o de curva de demanda.
A curva de demanda é descendente e demonstra a quantidade que os
consumidores desejam comprar à medida que o preço se altera. Um preço menor
pode permitir que consumidores que antes não tinham poder aquisitivo para
consumir um produto possam comprá-lo e pode também estimular aqueles que já o
compravam a consumir mais. Além disso, outras variáveis podem influenciar na
quantidade adquirida.

(Curva de Demanda)
(Deslocamento ao longo da curva de Demanda)

Além disso, outras variáveis podem influenciar na quantidade adquirida. A


renda é um exemplo disso, com uma renda mais alta o indivíduo pode comprar mais.
Bens substitutos e bens complementares , assim como a renda e o preço, também
afetam a demanda. O produto é substituto quanto um aumento no seu preço produz
um aumento da demanda do outro produto e é complementar quando um aumento
no preço de um deles diminuiu a quantidade demandada do outro.

(Deslocamento da Curva de Demanda)

A curva da oferta é ascendente e informa a quantidade de mercadoria que os


produtores estão dispostos a vender a determinado preço. Quanto mais alto for o
preço, maior será a capacidade e o desejo das empresas de produzir e vender.

(Curva de Oferta)
(Deslocamento ao longo da curva de Oferta)

Da mesma forma que acontece com a quantidade demandada, também


existem outros fatores que podem alterar a quantidade ofertada. A mudança nos
custos de produção exemplifica isso. Se os custos de produção diminuírem a
produção fica mais lucrativa e isso estimula os produtores a expandir a produção,
além de dar chance para outras empresas entrarem no mercado.

(Deslocamento da curva de oferta)

Quando curva de oferta e curva de demanda são colocadas juntas, o ponto


onde elas se cruzam é definido como ponto de equilíbrio ou de balanceamento do
mercado. Nele, a quantidade ofertada e a quantidade demandada são iguais. O
mecanismo de mercado, em mercados livres, é a tendência que o preço tem de se
modificar até que chegue ao ponto de equilíbrio. Neste ponto, não existe escassez
nem excesso de oferta e, por isso, não existe pressão para que o preço se
modifique.

(Equilíbrio Oferta e Demanda)

Esclarecendo o motivo de os mercados tornarem-se balanceados, imagina-se


que o preço esteja acima do nível de balanceamento. Os produtores irão produzir e
tentar vender uma quantidade maior do que os consumidores estão dispostos a
consumir. Nesse caso, há um excesso de oferta, a quantidade oferecida excede a
quantidade demandada. Para que o excedente seja vendido, os produtores
diminuem seus preços. Em reação, os consumidores aumentam a quantidade
demandada e os produtores diminuem a oferta até que o preço chegue ao preço de
equilíbrio.
A elasticidade mede o quanto uma variável pode ser alterada por outra.
Informa a variação percentual que ocorre em uma variável em reação a um
aumento de 1% em outra variável.
A elasticidade de preço da demanda mede quanto a quantidade demandada
pode ser afetada por modificações no preço. Informa a variação percentual na
demanda de uma mercadoria em conseqüência do aumento de 1% no preço deste
produto. Quando a elasticidade de preço é um valor maior que 1, a demanda é dita
elástica ao preço, pois o percentual de redução da quantidade demandada é maior
que o percentual de aumento do preço. Quando a elasticidade for menor que 1, a
demanda é considerada inelástica. Quando existem produtos substitutos, um
aumento no preço faz com que o consumidor compre menos da mercadoria e mais
do bem substituto, logo a demanda será elástica ao preço. E, quando não existem
substitutos, a demanda do bem será inelástica ao preço.
A elasticidade da demanda se dá em relação a outras variáveis além
do preço. A elasticidade de renda da demanda equivale à variação percentual da
quantidade demandada, resultante de um aumento de 1% na renda. Algumas
mercadorias têm suas demandas influenciadas pelo preço de outras mercadorias. A
elasticidade de preço cruzada diz respeito a isso, e refere-se à variação percentual
da quantidade de uma mercadoria que resultará no aumento de 1% no preço de
outra.
(Curvas de Demanda Elástica e Inelástica)

A oferta tem sua elasticidade definida de maneira parecida. A elasticidade de


preço de oferta equivale a uma variação em porcentagem da quantidade ofertada
em razão do aumento de 1% no preço. Outras variáveis também influenciam na
elasticidade da oferta: taxa de juros, salários e preços de matérias-primas e outros
bens intermediários utilizados na geração do bem.

(Curvas de Oferta Elástica e Inelástica)


Referências

BELIK, Walter. A tecnologia em um setor controlado: O caso da agroindústria


canavieira em São Paulo. 1985

BRASIL. Ministério da Indústria e do Comércio. Comissão Executiva do Álcool.


Relatório anual – nov./dez. 1983. Brasilia, 1983.

CANO, W. Raízes da Concentração Industrial em São Paulo. 2 ed. São Paulo, T. A.


Queiroz, 1981.

IAA faz crítica ao reajuste de 46%; entrevista do presidente do IAA. Gazeta


Mercantil, São Paulo, 24 fev.1984.p.3.

MEYER, A. C. Sinopse histórica do açúcar. In: INSTITUTO DO AÇÚCAR E DO


ALCOOL, Rio de Janeiro, RJ. Anuário açucareiro, s.n.t.

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