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Colégio Pedro II UNED Niterói

Aluna: Ana Souza Pereira n コ 1


Turma: 2104

FEUDALISMO: DA FORMA ヌテ O タ CRISE DO S ノ CULO XIV

O período foi caracterizado pelas relações entre homens. O processo de formação do


feudalismo se constituiu pela transição de uma sociedade que se fazia uso de mão-de-obra
escrava - Império Romano - para uma baseada nas relações servis de produção, o que
implicava na subordinação da população rural aos senhores feudais.
Como o comércio havia sido "esquecido", cada feudo supria às necessidades básicas de
sobrevivência.

Relação Vassálica
Os camponeses (servos) trabalhavam, em média, três dias por semana nas reservas
feudais. Nos outros dias, se dedicavam ao manso- pequeníssima fatia do feudo. Era do manso
que os camponeses tiravam o próprio sustento. Embora se tenha uma ideia de liberdade, os
servos eram presos aos feudos, e parte da sua produção era destinada ao vassalo, além dos
impostos.

A tripartição da sociedade feudal

A estrutura básica da sociedade feudal era entre clérigos,


nobres e servos- baseada na relação de vassalagem, numa
economia predominantemente agrária e no poder político local-
todos sujeitados a Igreja.

A Cavalaria
Rigoroso código moral e social, que pelo menos em tese, procuravam valorizar a
honra, a defesa dos valores cristãos e os mais fracos. Aos 18 anos, ao sagrar-se cavaleiro
(geralmente de origem nobre nobre, mas sem terras), o jovem se colocava a serviço de um
senhor. Ao passo do tempo, a cavalaria culminou nas Cruzadas.
As Cruzadas foram expedições militares abençoadas pela Igreja, que levaram europeus
ocidentais à Palestina. Promessas de vida eterna e lucros: o clero visava novos fiéis, a
nobreza visava mais terras e a burguesia (nova ordem social, que surgiu com o
desenvolvimento do comércio) - que financiou várias das expedições- tinha objetivos
mercantis. Todos ganhavam. Ou melhor, todos os que interessavam ganhavam.
O contato com o Oriente trouxe novos hábitos de consumo, o que fez com que os senhores
exigissem mais dos servos, aumentando a produtividade.

O desenvolvimento do comércio
Embora o comércio estivesse "esquecido" no princípio do feudalismo, a
comercialização não era nula. A partir do século XI, paralelamente às grandes mudanças
agrícolas, a atividade comercial voltou a se dinamizar, ao mesmo tempo em que a vida urbana
ganhou mais importância. Devido a explosão demográfica, a pouca disponibilidade de terras
para o cultivo fez com que milhares de trabalhadores deixassem os campos em busca de
novas atividades. Dedicando-se ao artesanato, os camponeses deram início a construções de
aldeias fora dos muros do castelo, nos cruzamento das rotas comerciais, aproveitando a
circulação de pessoas. Como reflexo da atividade comercial, essas aldeias, agora chamadas de
cidades, foram crescendo e enriquecendo, gerando assim, os burgueses.

O movimento comunal
As cidades lutavam pela autonomia. Não era para menos, elas haviam sido criadas
dentro dos feudos e os nobres ainda exerciam poder sobre elas. Buscando independência, os
moradores das cidades organizaram um amplo movimento - o movimento comunal -,
especialmente no fim da Idade Média, para conseguir a Carta de Franquia, que lhes dava
controle sobre a cidade. Em certos casos fez-se necessário recorrer a violência, uma vez que
muitos senhores, especialmente bispos, eram contrários à concessão da Carta de Franquia.
O movimento tinha como objetivo a liberdade das cidades e a preservação das conquistas
burguesas. Assim nascia uma cidade livre, que já não pagava mais taxas, que possuía
administração própria e força militar, além de gozar de uma jurisdição específica.

As lutas sociais nas cidades


ノ de se considerar que, nas cidades emancipadas, foram os mais ricos (mercadores,
banqueiros) que passaram a ter domínio político e o controle da administração pública.
As diferenças sociais que opunham, tradicionalmente, senhores e camponeses também
estavam presentes nas cidades. Nestas, estão de um lado os mercadores e banqueiros, e do
outro, o povo miúdo (artífices e aprendizes das corporações, além da mão-de-obra
assalariada, como os serventes da construção civil.)
As corporações de ofícios
Os primeiros mercadores eram itinerantes. Só no século XIII que eles se fixaram,
optando por morar numa cidade. Seus negócios começaram a prosperar e passaram a ter
necessidade de saber ler e escrever, entender contabilidade, etc., contribuindo para o impulso
que a educação passou a ter. Ora, anteriormente só o Clero sabia ler (o que muito influenciou
nas manipulações das Escrituras).
Já os artesãos se dedicaram a preocupação com regulamentos e normas para suas atividades,
constituindo assim, as corporações de ofício, entidades que reuniam, sob a proteção de um
santo, todos os elementos que exerciam um mesmo ofício. Assim, havia a corporação dos
marceneiros, dos alfaiates, dos sapateiros, dos armeiros, etc.
O trabalho dos artesãos era realizado nas oficinas que pertenciam ao mestre-artesão. Este era
dono dos meios de produção e empregava trabalhadores livres, além de manter sob seus
cuidados aprendizes.
Toda atividade era regulamentada pela corporação, que estabelecia o preço e a
qualidade das matérias-primas, o preço final do produto, o valor a ser pago aos oficiais, etc.
Proibiam a concorrência e ninguém poderia exercer a atividade se não pertencesse à
corporação.
As corporações também eram conhecidas como guildas.

As atividades bancárias
Conforme o comércio crescia, o que fez com que a moeda voltasse a circular em peso,
as atividades bancarias iam surgindo. A primeira função era a de cambista, onde apenas se
trocavam moedas; depois, começou a realizar empréstimos de dinheiro; depois letra de
câmbio, enfim, a atividade foi se estruturando e ganhando novos trabalhos com o tempo. ノ de
se notar, que nesse período a Igreja condenava a cobrança de juros nos empréstimos.

As reações contra as mudanças socioeconômicas


As mudanças decorrentes do “renascimento urbano”, da dinamização do comércio, do
surgimento de novos grupos sociais não agradaram, em especial, ao Clero, que não viu com
bons olhos o que parecia ser uma subversão da “ordem natural” do sistema social feudal.
Muitos clérigos, por meio de sermões, procuraram denunciá-la.

O papel da Igreja no mundo feudal


A Igreja predominava durante a Idade Média tanto no plano socioeconômico quanto
no cultural. O poder econômico da Igreja cresceu durante a Idade Média com a “aquisição”
de terras e o enriquecimento monetário por meio de varias cobranças, como o dízimo.
A religião católica foi se afirmando através dos séculos de diferentes maneiras.
Quando, por exemplo, as tribos germânicas se converteram ao cristianismo, isso não
significou que, de forma repentina, todas as suas crenças, superstições, costumes e hábitos
tivessem sido alterados de forma substancial. Com efeito, a aceitação do cristianismo se deu,
muitas vezes, por pressão de governantes, e não por genuína crença na superioridade dessa
religião sobre as antigas e cultos dos antepassados.
Vale destacar que, apesar do monopólio da cultura erudita e do controle ideológico
exercido pela Igreja, era visto, entre as massas camponesas, a presença de uma forte tradição
cultural pagã, não aceita, obviamente, pelo clero. Contudo, foi natural o convívio, durante um
tempo razoavelmente logo, das práticas cristãs com as crenças e práticas das antigas religiões.
Isso pode ser notado analisando as festas populares, comuns na religião romana antiga e nas
religiões germânicas, mas que a Igreja tentou reprimir como pôde na ノ poca Medieval. A
resistência, porém, foi de tal ordem que, ao final, a própria Igreja aceitou o fato de que essas
festas deveriam continuar a existir, procurando, assim, cristianizá-las.
A Igreja se aproveitou da força de muitas dessas tradições culturais que alimentavam o
imaginário coletivo. Como fazer coincidir a definição da data do nascimento de Cristo –
imprecisa até hoje- com uma antiga comemoração pagã da época dos romanos, em
homenagem a Saturno (deus da mitologia grega).
A Igreja também foi a principal responsável pela difusão da educação, que ficou
restrita, principalmente durante a Alta Idade Média, aos clérigos.
Nos primeiros tempos da Idade Média, verificou-se uma tentativa de harmonizar a
filosofia grega com o cristianismo. Razão versus Fé.
A Igreja dominava e muito a vida e mente das pessoas, mas não de forma absoluta.
Esse poder derivava do fato de toda a Europa Ocidental só poder professar a fé cristã.

A arte medieval
No campo artístico, o que se viu, durante a Alta Idade Média, foi a fusão entre
elementos culturais de diversas origens, como: romanas (técnicas, utilização de arcos na
arquitetura, pintura mural), orientais (formas rígidas marcadas por tradições sagradas),
germânicas (estilização geométrica) e célicas (utilização de linhas abstratas com finalidade
ornamental).
A arquitetura foi marcada por dois estilos principais: o romântico (séculos X-XII) e o
gótico (séculos XII-XIV).
Com a multiplicação das cidades no Ocidente, a vida cultural e as manifestações
artísticas deixaram de ser essencialmente eclesiásticas, embora o caráter religioso estivesse
presente.

Os intelectuais na Idade Média


O ambiente intelectual da Baixa Idade Média se modificou bastante em relação ao da
Alta Idade Média. As escolas se multiplicaram da mesma foram que as catedrais. Embora o
“ciclo dos estudos” ainda estivesse preso às “sete artes liberais”, objetivando, a preparação
aos estudos teológicos.
Ao redescobrir Aristóteles, os pensadores cristão, redefiniram as concepções
teológicas aceitas pela Igreja até então. Abelardo, filósofo e professor, afirmava que
“aproximamo-nos da pesquisa duvidando, e pela pesquisa percebemos a verdade”, ele
também procurava conciliar fé e razão, numa perspectiva diferente da desenvolvida
anteriormente por Santo Agostinho: as verdades da fé, não podendo ser demonstradas pela
razão, são, no entanto, justificadas por ela. Em sua obra máxima, afirmava: “compreender
para crer, crer para compreender”.
No entanto, o grande teólogo da Baixa Idade Média foi São Tomás de Aquino,
profundo conhecedor da obra de Aristóteles e que, não desconhecendo a importância da razão
para se alcançar o saber, afirmava que, sem o auxílio da graça divina e da fé, o homem não
poderia atingir um nível ainda maior de conhecimento. Dessa maneira, conciliou filosofia e
teologia, razão e fé, aristotelismo e pensamento cristão.

As universidades na Baixa Idade Média


As universidades embora originadas do século XII, só foram multiplicadas no século
XIII.
O clero, agora, necessitava de clérigos mais bem preparados, de especialistas em
Direito, de funcionários com maior qualificação, etc. Porém, se no princípio recebia
influências diretas da Igreja, com o tempo, os ricos burgueses de muitas cidades procuraram
atrair intelectuais e, assim, fundaram universidades que fugiam ao controle do clero.
A perda do monopólio do saber não ocorreu sem resistência. A Igreja procurou
reafirmar seu monopólio do ensino outorgando a si própria o direito de conceder a licença
docente àqueles que se mostrassem capazes.
A estrutura das universidades era essencialmente corporativa. Ao se
“corporativizarem”, as universidades buscavam preservar e lutar por maiores direitos
(autonomia em relação aos poderes eclesiásticos, comunais ou monárquicos).
A cultura em fins da Idade Média
A Igreja também teve forte influência no plano das artes, da literatura e da filosofia.
Mantinham nas abadias e conventos obras publicadas na Antiguidade, as quais eram copiadas
por monges, com finalidade de preservar boa parte dos escritos dos antigos gregos e romanos.
Não foi só a vida cultural que sofreu transformações no período final da Idade Média.
De acordo com a expansão urbana dos séculos XI-XIII e com a crescente divisão social do
trabalho, o sistema construído pela Igreja, de uma sociedade tripartite já não fazia mais
sentido.
No campo literário, a Baixa Idade Média foi marcada pelo aparecimento de textos
escritos em língua vulgar, ao lado daqueles tradicionalmente redigidos em latim.
Destacaram-se as canções de gestas, baseadas em lendas e no folclore pré-cristãos; os
fabiliaux, pequenos contos em versos marcados pela crítica social; a lírica trovadoresca, que
exaltava o amor romântico, espiritual, cavalheiresco; e a literatura enciclopédica, que
buscava a síntese do conhecimento da época, em diversas áreas.

As ordens mendicantes
No período final da Idade Média ampliou-se a distância entre os ricos e pobres, sendo
os ricos clérigos. Nesse contexto surgiu uma corrente de protesto contra a hierarquia
eclesiástica, defensora da pobreza e da indigência como virtudes máximas de um cristão.
Apesar do entusiasmo dessa nova corrente espiritualista, a Igreja a condenou, acusando os
seguidores de heresia. Com o tempo, assimilou-a e, já no século XIII, surgiram as Ordens
Mendicantes.
Duas importantes ordens mendicantes surgiram no século XII: a dos dominicanos -
fundada por Dominigos de Guzman, de família nobre castelhana – e a dos franciscanos –
fundada por Francisco de Assis, filho de um abastado comerciante da Itália. Essas duas ordens
não questionaram qualquer aspecto da doutrina católica ou a autoridade do papa. Enquanto os
dominicanos se dedicavam à pregação, propagando a doutrina cristã, os franciscanos
adotaram a imitação da vida dos apóstolos, baseando sua existência na humildade, na pobreza
e na oração. As duas ordens apresentavam ramos femininos (dominicanas e clarissas).
O êxito do movimento renovador e espiritual dos mendicantes foi enorme, dando novo
alento à Igreja, adiando, talvez, uma crise maior, que acabou emergindo no século XVI, com
a Reforma. As ordens mendicantes eram capazes de ver “a pobreza com outros olhos”, e com
essa visão, evitou uma segregação ainda maior dos pobres na Idade Média.
Os conflitos entre as esferas de poder
Haviam três esferas de poder: o poder universal, da Igreja; local, dos senhores
feudais; e nacional, dos reis. No início da Idade Média, as relações entre as monarquias
feudais e os poderes locais eram baseadas na vassalagem, e não era de se esperar que em
algum momento as coisas não saíssem como planejadas.
Os conflitos entre a Igreja e o Império atingiram seu clímax durante o século XI. As
divergências giraram em torno da intromissão do poder temporal nas questões do poder
espiritual, como a nomeação de bispos, o que dava ao imperador controle sobre os senhores
feudais eclesiásticos, além de poder interferir na escolha dos papas. Essa intromissão,
conhecida como cesaropapismo, contribuiu para desvirtuar os valores cristãos, uma vez que
para se tornar bispo não era necessário “ter o chamado de Deus”. Assim, muitos eram
casados, não levavam uma vida cristã e usavam de seus bispados (feudos eclesiásticos) para
obter lucro, muitas vezes comercializando os sacramentos (prática conhecida por simonia).
Práticas como essas deram início a um movimento renovador e reformador dentro da
própria Igreja, que se concretizou na fundação da Ordem de Cluny. Essa ordem, conhecida
também por Ordem Benedita, pretendia moralizar os costumes eclesiásticos, protegendo e
preservando a Igreja. A onda reformadora iniciada em Cluny rapidamente se espalhou por
várias regiões da Europa Ocidental, e, com a escolha de um antigo abade (papa Gregório VII)
da ordem para papa, os conflitos entre os poderes temporal e espiritual (império e papado)
chegaram ao auge. Ao condenar a prática da simonia, estimular o celibato clerical, subordinar
os bispos ao papado e definir que cabia ao papa a nomeação dos bispos, Gregório VII se
indispôs, definitivamente, com o Imperador.
Os conflitos se estenderam por longo tempo e só no século XIII foram resolvidos,
aparentemente a favor da Igreja. No entanto, as transformações sociais e econômicas que
ocorreram no final da Idade Média, comprometeram seriamente a autoridade eclesiástica e a
própria teocracia papal. Nesse período, não apenas as comunas se afirmaram, mas também as
emergentes monarquias nacionais. Essa nova realidade se revelou desastrosa aos poderes
locais, ao papado e suas pretensões de autoridade supranacional, e ao próprio Império, cujo
prestígio estava comprometido pela emergência dos Estados Nacionais.

As mudanças nas relações entre as monarquias nacionais e a Igreja


Também as relações entre as monarquias feudais e a Igreja, particularmente o papado,
passaram por sensíveis modificações. O papado, que há muito já se desgastava com os
conflitos com o Império, foi profundamente abalado com a emergência das monarquias
nacionais.
O rei Filipe IV, tentou, cobrando tributos a Igreja, submetê-la ao Estado, e encontrou
forte oposição do papa Bonifácio XI. Com a morte deste, um papa de transição sucedeu, mas
depois por influência do rei, outro papa foi eleito, Clemente V.
Pressionado pelo rei, o papa transferiu a sede da Igreja de Roma para a cidade de
Avgnon, no sul da França. Sob a tutela dos reis da frança, a autonomia da Igreja e suas
pretensões universalistas estiveram seriamente comprometidas.
Paralelamente, desenvolveu-se a chamada teoria conciliar, segundo a qual não só o
papa, mas também os fiéis, representados pelos bispos, deveriam definir os rumos da Igreja.
Essa teoria enfraqueceu, definitivamente, o papado. Sua força e influência já não eram como
antes, e a essa altura, com a firmação das monarquias nacionais, a Igreja já não era mais o
“poder mais alto”. Ao internacionalismo da Igreja se opunha o nacionalismo.

A crise do século XIV


O século XIV assinalou o colapso do mundo medieval e foi marcado por fome, pestes,
guerras, rebeliões camponesas, revoltas sociais urbanas, acentuado declínio demográfico,
escassez metálica, conflitos espirituais e decréscimo econômico.
A “explosão demográfica” ocorrida a partir do século XI se deu, em grande parte,
devido a uma série de fatores: o fim das últimas invasões, a melhoria das técnicas agrícolas, o
“ressurgimento das cidades” etc.
Nesse novo contexto (séculos XI-XII), as sociedades feudais passaram por profundas
transformações, entre as quais se destacam: crescimento urbano; a produção para o mercado;
o desenvolvimento das feiras; a generalização do uso da moeda; o desenvolvimento da
indústria artesanal; a emergência de novos grupos sociais.
Entretanto, em fins do século XIII houve uma inversão da tendência de crescimento da
economia europeia. O desenvolvimento desta nos séculos anteriores trouxe graves
consequências, uma vez que foi feito com base na disponibilidade de terras.
Os arroteamentos e o desflorestamento
Por meio do desenvolvimento das técnicas agrícolas, as áreas de solos argilosos
passaram a se tornar agricultáveis, ao mesmo tempo em que pântanos eram drenados,
florestas derrubadas, áreas de pastagens transformadas em áreas de agricultura. タ essa
expansão das áreas produtivas se deu o nome de arroteamento. Isso se fez com um enorme
impacto ambiental.
O desflorestamento em larga escala contribuiu, decisivamente, para um desequilíbrio
geoclimático que se manifestou no Ocidente europeu, a partir de 1315-1317 e traduziu-se em
pesadas chuvas, de forma intensa e ininterrupta. O que se seguiu foi a devastação de os
campos, comprometendo colheitas inteiras e pauperizando os camponeses, que não
dispunham de recursos para anos difíceis. Além disso, a diminuição das áreas de pastagem
também afetou a qualidade das terras, na medida que o adubo animal acabou se tornando
raro.

A renda feudal e a superexploração


Com a diminuição da produtividade, a renda feudal também foi atingida, exatamente
no momento em que o desenvolvimento da atividade comercial disponibilizava uma enorme
quantidade de novos produtos.
Com seus rendimentos declinando, os senhores feudais passaram a superexplorar o
trabalho dos camponeses, exigindo que eles trabalhassem mais tempo nas reservas senhoriais.
O aumento da exploração feudal, acrescido de longos períodos de escassez em função das
péssimas colheitas e da retratação da áreas agricultáveis, trouxe consequências desastrosas,
entre as quais a acentuada diminuição da população. Em fins do século XIV a população
voltara aos níveis do início do século XI, de aproximadamente 45 milhões.

A peste negra
Os camponeses respondiam à superexploração com maciças fugas, o que fazia com
que os rendimentos nobres diminuíssem ainda mais. De qualquer forma, a fome foi uma
constante, debilitando a população. Essa situação se agravou ainda mais, quando uma nova
epidemia atingiu a Europa. Era a peste bubônica, vinda do Oriente, transmitida pelas pulgas
dos ratos e que ficou conhecida como Peste Negra. Encontrando uma população já
organicamente debilitada, a peste eliminou ceca de 1/3 da população europeia. O desespero
passou a to,ar conta da população sobrevivente.

As revoltas camponesas
O recrudescimento da exploração feudal, as catástrofes naturais e a dizimação
provocada pela peste negra produziram um quadro crescente de instabilidade social, que se
traduziu em inúmeras revoltas camponesas. Milhares de camponeses se rebelaram contra os
nobres e os bispos, deixando-os temerosos. As revoltas buscavam, principalmente, eliminar o
domínio dos senhores.

O início da desagregação feudal


Embora as revoltas, em maioria, não tivessem obtido êxito, foram responsáveis pela
aceleração do processo de segregação do feudalismo.
A desagregação do feudalismo não se processou da mesma maneira e ao mesmo tempo
em todas as regiões da Europa.

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