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POPULAÇÃO MUNDIAL E BRASILEIRA

O estudo da população é fundamental para podermos verificar a realidade quantitativa e qualitativa da


mesma. Para governantes em especial, é de fundamental importância pois, permite traçar planos e
estratégias de atuação, além de poder desenvolver um planejamento de interesse social.
A população deve ser entendida como um recurso na medida em que representa mão de obra para o
mercado de trabalho, soldados para a defesa nacional, dentre outras coisas.
O ramo do conhecimento que estuda a população chama-se Demografia, portanto o profissional da
área é o demógrafo.

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS

Alguns conceitos demográficos são fundamentais para a análise da população, abaixo iremos elencar
alguns:

População absoluta: corresponde a população total de um determinado local.


Quando um local tem uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.
O Brasil está entre os países mais populosos do mundo com uma população superior a 170 milhões
de habitantes.

Densidade demográfica ou população relativa: corresponde a média de habitantes por quilômetros


quadrados. Podemos obtê-la através da divisão da população absoluta pela área.
Quando a população relativa de um local é numerosa dizemos que esse local é muito povoado.
Apesar da enorme população absoluta, a densidade demográfica do Brasil é baixa não ultrapassando
20 habitantes por quilômetro quadrado.

Superpovoamento: corresponde a um descompasso entre as condições sócio-econômicas da


população e à área ocupada. Isso quer dizer que, superpovoamento não depende apenas da
densidade demográfica, mas principalmente das condições de vida da população. Alguns países com
grande densidade demográfica podem não ser considerados superpovoados, enquanto outros com
densidade baixa assim o podem ser classificados.

Recenseamento ou censo: corresponde á coleta periódica de dados estatísticos dos habitantes de


um determinado local.
No Brasil os recenseamentos são feitos de 10 em 10 anos, o último foi feito em 2002, pelo IBGE
( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão estatal. Sua página na Internet é
www.ibge.gov.br.

Taxa de natalidade: corresponde a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e a


população absoluta, o resultado em geral é expresso por mil.
N.º de nascimentos X 1000 = taxa de natalidade
População absoluta

A natalidade é ligada a vários fatores como por exemplo qualidade de vida da população, ou ao fato de
ser uma população rural ou urbana.
As taxas de natalidade no Brasil caíram muito nos últimos anos, isso se deve em especial ao processo
de urbanização que gerou transformações de ordem sócio-econômicas e culturais na população
brasileira.

Taxa de mortalidade: corresponde a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e a


população absoluta, o resultado é expresso por mil.
N.º de óbitos X 1000 = taxa de mortalidade
População absoluta

Assim como a natalidade, a mortalidade está ligada em especial a qualidade de vida da população
analisada.
No Brasil, assim como a natalidade a mortalidade caiu, especialmente a partir do processo de
industrialização, que trouxe melhorias na assistência médica e sanitária à população, além da
urbanização acentuada.
Crescimento vegetativo ou natural: corresponde a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade.
C.V. = natalidade - mortalidade.
O crescimento vegetativo corresponde a única forma possível de crescimento ou redução da
população mundial, quando analisamos o crescimento de áreas específicas temos que levar em
consideração também as migrações.
O crescimento vegetativo brasileiro encontra-se em processo de diminuição, mas já foi muito
acentuado, em especial nas décadas de 50 à 70, em virtude especialmente da industrialização.

Taxa de fecundidade: corresponde a média de filhos por mulher na idade de reprodução. Essa idade
se inicia aos 15 anos, o que faz com que em países como o Brasil, onde é comum meninas abaixo
dessa idade terem filhos, ela possa ficar um pouco distorcida.
Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número
caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em especial com a urbanização e
com a entrada da
mulher no mercado de trabalho, que tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade
e por conseqüência da taxa de fecundidade.

Taxa de mortalidade infantil: corresponde ao número de crianças de 0 à 1 ano que morrem para
cada grupo de mil nascidas vivas.
No Brasil vem ocorrendo uma redução gradativa dessa taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se
comparada a países desenvolvidos, em 1999 ela era de 34,6 por mil ou 3,46%.
As regiões brasileiras apresentam realidades diferentes, o Nordeste apresenta as maiores taxas de
mortalidade infantil, sendo em 1999 de 53 por mil ou 5,3%, ou seja acima da média nacional.

Expectativa de vida: corresponde a quantidade de anos que vive em média a população.


Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países.
No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em
média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a
melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização.

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

Segundo a teoria da transição demográfica, o crescimento populacional se daria em fases, o período


anterior a transição ou pré-transicional, conhecido como regime demográfico tradicional, seria aquele
no qual as taxas de natalidade e mortalidade seriam elevadas, fazendo com que o crescimento
vegetativo fosse pequeno. A grande ruptura com esse período começa a se dar nos países
desenvolvidos com a Revolução industrial, já nos subdesenvolvidos isso ocorre apenas em meados do
século XX. O período posterior a transição ou pós-transicional, chamado de regime demográfico
moderno, se daria quando as taxas de natalidade e mortalidade baixassem. Devido ao fato de que as
taxas de mortalidade caem primeiro que as de natalidade, durante a transição viveria-se um período
de intenso crescimento populacional, chamado de explosão demográfica, processo pelo qual passam
ainda hoje vários países subdesenvolvidos.
O Brasil já superou a fase de explosão e começa a entrar na fase de estabilização da população, o
que faz com que comece a haver um maior equilíbrio na pirâmide etária do país.

TEORIAS DEMOGRÁFICAS

1- Lei de Malthus ou Malthusianismo


No final do século XVIII, o pastor anglicano Thomas Robert Malthus, laçou sua famosa teoria, segundo
a qual a razão para a existência da miséria e das enfermidades sociais, seria o descompasso entre: a
capacidade de produção de alimentos, que se daria numa progressão aritmética(1,2,3,4,5), em relação
ao crescimento populacional que se daria numa progressão geométrica (1,2,4,8,16).
Malthus chegou a propor que só deveriam Ter filhos aqueles que podessem criar, e que os pobres em
decorrência disso deveriam se abster do sexo. Além disso defendia a tese de que o estado não
deveria dar assistência a saúde das populações pobres. Para ele, se não acontecessem "obstáculos
positivos", como guerras, epidemias , que causassem grande mortandade, o desequilíbrio entre a
produção de alimentos e o crescimento populacional, geraria o caos total.
Malthus errou, pois a tecnologia possibilitou um aumento exponencial na produção de alimentos que
hoje são produzidos a taxas superiores as do crescimento populacional, além disso, temos verificado
uma tendência a estabilização do crescimento populacional nos países desenvolvidos, além de uma
desaceleração do crescimento em grande parte dos países subdesenvolvidos, especialmente nas
últimas décadas.
Com isso podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de
alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e destinação dos mesmos.

2- Neomalthusianismo
No pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos países subdesenvolvidos, fez
despertarem os adeptos de Malthus chamados de neomalthusianos.
Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam gerados pelo grande crescimento
populacional, e em virtude disso seriam necessárias drásticas políticas de controle de natalidade, que
se dariam através do famoso e bastante difundido, "planejamento familiar". Muitos países
subdesenvolvidos adotaram essas políticas anti-natalistas, mas com exceção da China onde a
natalidade caiu pela metade em quarenta anos nos outros praticamente não surtiu efeito.
Hoje em dia existem também os chamados ecomalthusianos, que defendem a tese de que o rápido
crescimento populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais, e por conseqüência
sérios riscos para o futuro.
No Brasil nunca chegou a acontecer um controle de natalidade rígido por parte do estado nacional,
mas a partir da década de 70 o governo brasileiro passou a apoiar programas desenvolvidos por
entidades nacionais e estrangeiras como a Fundação Ford, que visavam o controle de natalidade no
país.

3- Reformistas ou marxistas
Diferentemente do que defendem os neomalthusianos, os demógrafos marxistas, consideram que é a
própria miséria a responsável pelo acelerado crescimento populacional. E por conta disso, defendem
reformas de caráter sócio-econômico que possibilitem a melhoria do padrão de vida das populações
dos países
subdesenvolvidos, segundo eles isso traria por conseqüência o planejamento familiar espontâneo, e
com isso a redução das taxas de natalidade e crescimento vegetativo, como ocorreu em vários países
hoje desenvolvidos.

ESTRUTURA DA POPULAÇÃO

1- Estrutura ocupacional
Com base na estrutura ocupacional a população de um país pode ser dividida em dois grupos:
a) População economicamente ativa (PEA): corresponde as pessoas que trabalham em um dos
setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdividi-se em,
desempregados e população ocupada.
b) População economicamente inativa (PEI) ou população não economicamente ativa (PNEA):
corresponde a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes,
estudantes, etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada
da sociedade demanda grandes investimentos sociais, e é bancada pela população ativa.

1.1- Desemprego e subemprego:


Hoje o maior problema enfrentado pela maioria dos países do mundo é o desemprego, ele é uma
realidade não apenas em países subdesenvolvidos mas também, em países altamente desenvolvidos
como a Alemanha.
O desemprego se divide em dois tipos fundamentais:
a) Desemprego conjuntural: que é aquele que está ligado a conjunturas de crise econômica, nas
quais a oferta de empregos e os postos ocupados diminuem.
b) Desemprego estrutural ou tecnológico: que está ligado a estrutura produtiva, e aos avanços
tecnológicos introduzidos na produção, em substituição da mão de obra humana, como o que é
gerado pela robótica.
Além do desemprego, é comum hoje a existência dos chamados subempregos, onde o trabalhador
além de trabalhar na maioria das vezes em condições precárias, ganha baixíssimos salários e não tem
nenhuma garantia legal. Esse tipo de atividade é muito comum hoje em países subdesenvolvidos
como o Brasil, onde o número de subempregados é enorme, e grande parte da população depende do
trabalho dessas pessoas.

1.2- Trabalho infantil


Além do fato de a juventude ser a maior afetada com o desemprego, existe nos países
subdesenvolvidos o problema do trabalho infantil, o qual é gerado por sérios problemas econômicos e
sociais enfrentados por esses países, onde crianças precisam trabalhar para ajudar na renda familiar.
Muitas vezes as condições de trabalho que se encontram essas crianças é de completa insalubridade.

Além disso outros problemas como o abandono dos estudos são gerados em virtude desse tipo de
atividade.
No Brasil o número de criança que trabalham é muito grande, isso se deve em especial, pelo fato de
grande parte dos chefes de famílias brasileiros, não terem condições de arcar sozinhos com os gastos
familiares, o que faz com que milhares de crianças tenham que trabalhar. É muito comum também no
Brasil, os adultos se aproveitarem das crianças, fazendo com que elas trabalhem enquanto o próprio
adulto não busca o que fazer.

1.3- Setores da economia


A economia dos países se divide em 3 setores chamados de formais, pois, contribuem com a
arrecadação de impostos, assinam carteira, dentre outras formalidades legais.
São eles os seguintes:
a) Setor primário: que envolve em geral atividades ligadas ao meio rural, como, a agricultura,
pecuária, extrativismo vegetal e a pesca.
b) Setor secundário: que envolve as atividades industriais.
c) Setor terciário: que envolve as atividades do comércio, prestação de serviços, funcionalismo
público, etc.
È importante ressaltar que o espaço onde se desenvolvem essas atividades não é rígido, ou seja,
podemos ter atividades primárias no espaço urbano, como o que ocorre com os cinturões verdes, ou
atividades secundárias no espaço rural, como o que ocorre na agroindústria.
Hoje em dia em virtude do grande avanço tecnológico, alguns autores passam a trabalhar com a idéia
de um setor quaternário, onde se desenvolveriam as atividades de pesquisa de ponta, envolvendo
universidades, centros de pesquisas, etc., esse setor surge em função da Revolução Tecnocientífica
em andamento.
No Brasil, e em outros países subdesenvolvidos, se dá a chamada hipertrofia (inchaço) do setor
terciário, que por sua vez tem gerado a proliferação de atividades informais.
Esse processo decorre do intenso êxodo rural que gera um inchaço no setor terciário urbano, na
medida em que a indústria atual utiliza cada vez menos mão de obra. Fazendo com que muitas
pessoas especialmente nos grandes centros do país, tenham que depender de atividades informais, os
chamados subempregos, além do que contribui com o aumento da criminalidade, na medida em que
muitos trabalhadores passam a desenvolver atividades à margem da lei para poder sustentar suas
famílias.

1.4- A participação da mulher no mercado de trabalho.


Apesar de crescente, a participação das mulheres no mercado de trabalho não tem significado ainda
melhorias das condições de vida, pelo contrário, pesquisas mostram que com o aumento de lares
liderados por mulheres, houve uma redução na renda familiar. Isso se deve ao fato de as mulheres em
média ganharem salários mais baixos que os homens para desempenharem as mesmas funções. As
causas que estão por trás deste fato são por exemplo:
- a herança patriarcal de nossa sociedade;
- o machismo ainda muito forte e presente no nosso dia-a-dia;

- a desvalorização do trabalho doméstico;


- o preconceito que coloca a mulher como sexo frágil.
Além dos menores salários, do preconceito, do machismo, etc., as mulheres ainda tem que enfrentar
as jornadas duplas ( trabalho e casa ) ou triplas ( casa, trabalho e estudos ). Também é a mulher a
maior vítima da violência doméstica, em geral praticada por maridos violentos.
Mesmo com todas essas dificuldades, as mulheres vem avançando em seus direitos e conseguindo
espaços cada vez maiores na nossa sociedade, como por exemplo o fato de a maioria dos
universitários brasileiros serem mulheres.

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