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Marcos Alberto Ferreira da Silva (1); Jasson Rodrigues de Figueiredo Filho(2); Roberto
Chust Carvalho(2)
(1) Aluno de Pós-Graduação em Construção Civil – DECiv/UFSCar
Mafasilva@aol.com
(2) Professores Adjuntos – DECiv/UFSCar
jassonf@power.ufscar.br
chust@power.ufscar.br
Resumo
b ⋅ h3 b ⋅ h3
If = e I t = 2 ⋅ If =
12 6
de placa.
Para o elemento viga-placa, na flexão, pode-se considerar uma parte da placa
trabalhando como mesa da viga, configurando então, dependendo da posição, uma viga
de seção T ou meio T. Uma vez determinada a largura colaborante, a inércia à flexão da
seção resultante pode ser calculada supondo a peça trabalhando tanto no estádio I como
no II.
A inércia à torção do elemento viga no estádio I, de maneira simplificada, usando a
Resistência dos Materiais e considerando a viga como retangular, sem levar em conta a
contribuição da laje adjacente, é dada pela expressão:
h ⋅ b3
It =
3
h ⋅ b3
It =
30
3 Situações Analisadas
Para exemplificar a possibilidade de uso do processo de analogia de grelha na
análise de pavimentos de edifícios, para comparar os resultados obtidos mediante a sua
utilização com aqueles obtidos quando se empregam tabelas de lajes isoladas (teoria das
placas delgadas) e, para verificar a influência de parâmetros como o espaçamento da
malha, a rigidez a torção dos elementos e o tipo de carga utilizada para carregar a
estrutura equivalente, nos resultados fornecidos por este processo, foram resolvidos
diversos exemplos, os quais serão apresentados a seguir.
Para a determinação dos esforços e deslocamentos das placas atráves da teoria
das placas delgadas, utilizou-se tabelas de lajes apresentadas em CARVALHO &
FIGUEIREDO FILHO (2001), as quais foram extraídas de BARES (1972) e devidamente
adaptadas, por estes autores, para o coeficiente de Poisson (ν) igual a 0,2 e, para a
resolução das grelhas analisadas, foi utilizado o programa GPLAN4 de CORRÊA &
RAMALHO (1987), versão educativa, desenvolvido na Escola de Engenharia de São
Carlos da Universidade de São Paulo.
sobrecarga de utilização q = 3,00 kN/m
2
0,75 ⋅ 0,75
⋅ 6,00
para as barras do contorno : p = = 1,125 kN/m
4
0,75
0,75 ⋅ 0,75
⋅ 6,00 ⋅ 2
para as barras do centro : p = = 2,250 kN/m
4
0,75
QUADRO 2 – Momento fletor (em kN.m/m) e flecha (em mm) no centro da placa
retangular do exemplo 2
QUADRO 3 – Momento fletor (em kN.m/m) e flecha (em mm) no centro de uma mesma
placa quadrada para quatro tipos diferentes de grelha equivalente
EXEMPLO 4 – Para averiguar se ocorre grande variação nos valores do momento fletor e
da flecha ao considerar-se as cargas como concentradas diretamente nos nós da grelha
equivalente ou como uniformemente distribuídas nos elementos da mesma, resolveu-se
novamente a placa do exemplo 1 utilizando as malhas 1, 2 3 e 4 do exemplo 3,
considerando para estas, as cargas aplicadas diretamente nos seus nós. Para determinar
o valor numérico da carga a ser aplicada diretamente em um nó, determina-se
inicialmente a sua área de influência, multiplicando-a a seguir pela carga atuante por
metro quadrado na placa. Para efeito de ilustração apresenta-se a seguir, para a malha 1,
o cálculo da carga a ser aplicada diretamente nos nós:
0,75 ⋅ 0,75
nós de canto : p = ⋅ 6,00 = 0,844 kN
4
0,75 ⋅ 0,75
nós da periferia : p = ⋅ 6,00 ⋅ 2 = 1,688 kN
4
0,75 ⋅ 0,75
nós centrais : p = ⋅ 6,00 ⋅ 4 = 3,375 kN
4
apresentados no quadro 5.
Pelos resultados obtidos percebe-se que, tanto o momento fletor como a flecha no
centro da placa, aumentaram quando se diminuiu a relação G c /E c de 0,4 para 0,2; este
comportamento era esperado, uma vez que ao diminuir o valor do módulo de deformação
transversal do concreto, diminui-se a rigidez à torção dos elementos da grelha
equivalente e, consequentemente, ocorre uma diminuição dos momentos torsores nas
extremidades das barras desta grelha; como o equilíbrio da grelha deve ser mantido, ele
é obtido através do balanceamento entre momentos fletores e momentos torsores, ou
seja, os momentos torsores diminuindo, originam um aumento dos momentos fletores e
também da flecha no centro da placa.
QUADRO 5 – Momento fletor (em kN.m/m) e flecha (em mm) no centro de uma
Relação Gc /E c Relação G c /E c
VIGA (20/30)
VIGA (20/30)
LAJE
3,0 m
(H = 8 cm)
VIGA (20/30)
PILAR PILAR
3,0 m
QUADRO 6 – Momento fletor (em kN.m/m) e flecha (em mm) no centro de uma placa
quadrada apoiada em vigas consideradas deformáveis verticalmente e razão com o valor
fornecido pela teoria das placas delgadas
QUADRO 7 – Momento fletor (em kN.m/m) e flecha (em mm) no centro de uma placa
quadrada apoiada em vigas deformáveis verticalmente e com inércia à torção
considerada ora no estádio I e ora no estádio II
QUADRO 8 – Momento fletor (em kN.m/m) e flecha (em mm) no centro de uma placa
quadrada apoiada em vigas consideradas deformáveis verticalmente e com inércia à
torção no estadio II e razão com o valor fornecido pela teoria das placas delgadas
L1 L2
4m
H = 10cm H = 10cm
P4 VIGA (20/40) P5 P6
VIGA (20/40)
VIGA (20/40)
VIGA (20/40)
L3 L4
4m
H = 10cm H = 10cm
VIGA (20/40)
P7 P8 P9
4m 4m
sobrecarga de utilização q = 3,00 kN/m
2
A inércia à torção das vigas foi calculada no estádio II ( 10% da inércia à torção no
estádio I), enquanto que a inércia à flexão das mesmas, foi calculada no estádio I. As
vigas foram consideradas como retangulares, sem levar em conta a contribuição da laje
adjacente. Para analisar o pavimento através da analogia de grelha foi utilizada uma
grelha equivalente composta de 441 nós e 840 barras, com espaçamento de 40cm entre
as barras nas duas direções. As cargas foram consideradas uniformemente distribuídas
nas barras. Os resultados obtidos neste exemplo estão apresentados no quadro 9.
QUADRO 9 – Momentos fletores (em kN.m/m) e flecha (em mm) nas lajes do pavimento
do exemplo 8
4 Conclusões
As conclusões deste trabalho são apresentadas a seguir:
• Os resultados apresentados no quadro 3 mostram claramente que existe uma
influência da malha utilizada na análise da placa; observou-se que os valores do
momento fletor e da flecha diminuíram na medida em que se reduziu o espaçamento
da malha;
• para o centro de uma placa quadrada de 3,0 x 3,0m e de 8,0cm de espessura,
suposta simplesmente apoiada em seu contorno, considerado indeslocável
verticalmente, verificou-se que ocorreu uma razoável variação nos valores do
momento fletor e da flecha em função do espaçamento da malha utilizada na sua
análise; da malha mais "larga" (75 x 75cm) para a mais "fina" (15 x 15cm), tanto o
momento fletor como a flecha sofreram uma redução de aproximadamente 20%;
• para o centro de uma placa quadrada de 3,0 x 3,0m e de 8,0cm de espessura,
suposta simplesmente apoiada em seu contorno, considerado indeslocável
verticalmente, verificou-se que tanto o momento fletor como a flecha obtidos
considerando-se as cargas aplicadas diretamente nos nós da grelha equivalente
resultaram praticamente iguais àqueles obtidos considerando-se as cargas aplicadas
uniformemente distribuídas nas barras dessa mesma grelha;
• para o centro de uma placa quadrada de 3,0 x 3,0m e de 8,0cm de espessura,
suposta simplesmente apoiada em seu contorno, o qual foi considerado indeslocável
verticalmente, pode-se verificar que tanto o momento fletor como a flecha no centro
da placa, aumentaram quando se diminuiu a relação G c /E c de 0,4 para 0,2;