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Para Durkheim o indivíduo, de maneira isolada, não pode ser considerado ideal para o
estudo da Sociologia, elemento inadequado para o estudo e a compreensão apropriada
do conceito de “fato social”. O que interessa à vertente durkheimiana é o enfoque do
indivíduo inserido em uma realidade social objetiva que, encontrando-se acima dele,
caracteriza-se por ser grupal e, coletivo.
Durkheim foi um dos pioneiros na análise dos fatores coercitivos que levam o
indivíduo, a se moldar segundo os parâmetros historicamente impostos pelo grupo
social, no qual encontra-se circunstancialmente inserido. Esta estruturação do indivíduo
nos padrões preestabelecidos e exteriores ao próprio, perpassa pelo psicológico, pelo
moral, pelos hábitos, costumes, comportamento, e por toda a sua cultura. Processo esse,
inconsciente, e determinante no sentido de conferir um maior ou menor engajamento
social do indivíduo nos processos coletivos que permeiam as atividades sociais. Ele se
preocupa em analisar a maneira pela qual o meio social, através de aparelhos de coerção
e da própria instituição educativa, contribui para regular, controlar e moldar
permanentemente o comportamento individual, tornando os processos coletivos
aparentemente harmônicos e estáveis.
Para Durkheim, o indivíduo ingressa na sociedade quando, dentro dela nasce. Desde
o nascimento, já começa a ser moldado pelas instituições que compõem a sociedade:
primeiro, com influência da própria família, depois, do bairro, município, e da escola,
etc.
Daí pra frente, o indivíduo assimila (ou não), em questão de hábitos e atitudes, toda
forma de lei não escrita de convivência de seu grupo. Geralmente, o indivíduo procura
agregar as regras do grupo ao seu sistema individual de valores, procurando agir em
conformidade com o grupo, pois sabe que estará fora dele, se assim não proceder. De
acordo com os processos coletivos sociais, quando isso não ocorre, o indivíduo se
marginaliza em relação aos processos sociais coletivos. Fato este, considerado por
Durkheim, como um suicídio social, que leva o indivíduo ao suicídio de fato. O autor
não confere o enfoque puramente psicológico ao fato de alguém se suicidar, pois, como
sua análise dos fatos é sociológica, ele busca uma fundamentação social e coletiva para
as manifestações suicidas individuais: o suicida, por algum motivo dentro de seu grupo,
se mata por se encontrar às margens da sociedade, por não ter encontrado identificação
no seio grupal, encontrando-se solitário e isolado.
O pensar, sentir e agir de forma grupal são elementos que irão permear a ideologia
do pertencer histórico grupal, independente de existência ou não de conflitos. Daí
verificar que numa mesma sociedade, a existência de grupos diversificados, complexos,
com ideologias diversas, convivem dentro da mesma cultura . O que reforça a existência
dos conflitos de idéias contrárias que por sua vez estimula o sucesso da ideologia
dominante e mascara uma falsa harmonia na realidade social. E, quando estes não
funcionem, a coerção policial se faz presente.
Assim, a ideologia dominante, passa a ser vista como um conjunto de formas
cristalizadas de pensa, sentir e agir das elites hegemônicas, em nível simbólico, numa
espécie de sedação para sanar a dor da necessária repressão dos desejos individuais.
Assim, a ideologia do grupo, passa a ser vista como amortecedor para os desejos
individuais, procurando conciliá-los, sempre que possível , aos interesses da
coletividade que, estando acima dos interesses individuais ou oligárquicos, com
capacidade de promover o bem comum.
Concluímos que, na visão durkheimiana, o acontecimento de um fato social é um
fenômeno coletivo, requer aceitação da maioria, não devendo ser confundido com o
consenso geral, pois, em sociedades mais complexas, os conflitos de idéias devem ser
considerados elementos naturais na dialética das relações interpessoais do ser humano, e
estas relações, permeiam nossa vida social, coletiva e cotidiana
Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology/1807868-regras-m
%C3%A9todo-sociol%C3%B3gico/#ixzz1JcWpKcWH
- para Weber o marxismo parecia uma teoria mono-casual insustentável e, com isso,
prejudicial a uma reconstrução adequada das conexões sociais e históricas.
- Weber sentia que Marx havia cometido o mesmo erro durante sua época a
Antropologia estava cometendo: dando a uma perspectiva parcial uma importância
exagerada e reduzindo a multiplicidade de fatores causais a um teorema de fator único.
- Weber não se opóe diretamente ao materialismo histórico como totalmente errado,
nega-lhe simplesmente a pretensão de estabelecer uma sequência causal única e
universal.
- parte da obra de Weber pode ser considerada como uma tentativa de "completar" o
materialismo econômico de Marx com um materialismo político militar.
- estrutura política weberiana (semelhante) estrutura economica marxista
- Marx: construiu períodos econômicos e localizou neles as principais classes
econômicas; relacionou os vários fatores sociais e políticos com os meios de produção.
- Weber: em questões políticas, encara o controle sobre as armas e sobre os meios de
administração.
- enquanto Marx é menos cuidadoso na distinção entre poder econômico e poder
político, Weber empenha-se em manter tais esferas claramente diferenciadas.
- Weber partilha, com Marx, de uma tentativa de colocar os fenômenos "ideológicos"
nalguma correlação com os interesses "materiais" das ordens econômicas e política.
- O conceito de nação e de interesse nacional é, assim, o limite da perspectiva política
de Weber e ao mesmo tempo constitui seu valor final.
- a sociologia de Weber está relacionada com o pensamento marxista na tentativa
comum de perceber as interrelações em todas as ordens institucionais que constituem a
estrura social.
- Marx: economia moderna é basicamente irracional; o sistema é caracterizado pela
"anarquia da produção".
- Weber: capitalismo moderno não é irracional, suas instituições parecem com a
materialização da racionalidade.
- o conceito de burocracia racional é contraposto ao conceito marxista de luta de classes.
- Weber não nega as lutas de classes e sua parte na história, mas não as considera como
dinâmica central. Nem nega a possibilidade de uma socialização dos meios de produção.
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Max Weber
Para Weber, a ação é toda conduta humana dotada de um significado subjetivo dado por
quem a executa e ação social é toda conduta dotada de sentido para quem a efetua, a
ação social deve ser praticada com intenção. A partir disso, Weber constrói quatro tipos
ideais de ação social que podem se enquadrar na sociedade.
A ação tradicional diz respeito aos hábitos e costumes enraizados, como por exemplo,
comemorar o natal. A ação afetiva é inspirada em emoções imediatas, sem
considerações de meios ou de fins a atingir, como torcer por um time, o indivíduo
pratica a ação porque se sente bem. A ação racional em relação a valores é aquela em
que o individuo considera apenas suas convicções pessoais e sua fidelidade a tais
convicções, como ser honesto, ser casto. E a ação racional com relação a fins é praticada
com um objetivo previamente definido, visando apenas o resultado.