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Pedro Ferreira
Professor do Ensino Básico
pmpgferreira10596@gmail.com
Ricardo Pinto
Professor do Ensino Básico e Secundário
rmnpslb@gmail.com
Resumo - O Jing é uma ferramenta da Web 2.0, gratuita e de fácil utilização, criada pela
Techsmith para conceber screencasts. Um screencast é uma gravação digital do ecrã do
computador, que contém sequências de imagens capturadas sobre a interacção do
utilizador com, um programa, um software, etc., às quais se adiciona locução. Este artigo
descreve a ferramenta Jing, apresentando um tutorial sobre o seu modo de funcionamento.
Introdução
Tim Berners-Lee provavelmente não previa a dimensão que a WWW (World Wide
Web) tem nos dias de hoje quando ele a criou no final da década de 80. A WWW é um conceito
relativamente jovem, em constante evolução e potenciada pelos próprios cibernautas.
Pierre Lévy (2004) refere que a World Wide Web nem foi inventada, nem difundida,
nem alimentada por macro-autores mediáticos como a Microsoft, a IBM, a AT&T ou o exército
americano, mas pelos próprios cibernautas. Com o crescente uso da Web foram desenvolvidas
progressivamente novas ferramentas que potenciam a própria utilização da Web.
Se recuarmos ao início da Web e efectuarmos o seu percurso até aos dias de hoje,
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verificamos que esta era estática e de difícil acesso . No início deste milénio a Web começou
a ter movimento, som e imagem, surgindo novas ferramentas que permitiam que qualquer
pessoa as utilizasse facilmente. Essas ferramentas vêm dinamizar a produção de informação e
conteúdos sem grande esforço e sem grandes conhecimentos técnicos por parte do utilizador.
Este novo conceito, a intitulada Web 2.0, é contextualizado numa nova geração de
aplicações Web, onde tudo está acessível. O´Reilly (2005) refere que a “regra mais importante
é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores e são
mais usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".
O utilizador pode aceder a um conjunto de ferramentas dinâmicas com elevada
performance de interactividade. A comunicação difunde-se através da utilização de diferentes
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acesso era feito por dial up
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Screencast
Udell (2004) utilizou o termo screencast definindo-o com uma gravação digital do ecrã
do computador, contendo sequências de imagens capturadas para serem reproduzidas
posteriormente e com o objectivo de representar a interacção do utilizador com o “computador”
durante um determinado período de tempo. O screencast pode também conter som do próprio
computador, assim como, narração áudio realizada pelo utilizador.
O conceito de screencast ganhou uma outra dimensão com a popularidade da Internet,
com o aparecimento da banda larga e com a evolução da Web. Mais pessoas podem efectuar
o download/upload de arquivos gerados em screencast e existem muitas mais ferramentas
disponíveis para os produzir, algumas delas de fácil utilização e que não exigem grandes
conhecimentos técnicos.
Myers (s.d.) refere que a informação disponibilizada em grande parte das páginas Web
é realizada essencialmente através de texto. Muitas vezes para interpretar determinada
informação que circula na Web e executar uma simples tarefa é necessário ler um conjunto de
páginas com muito texto, mas “screencast technology change that”. Com o screencast
utilizadores podem visualizar um “screencast” que demonstra, exactamente, como executar
determinada tarefa.
Actualmente existem vários tipos de screencast que diferem na forma de os produzir e
na forma de os divulgar. Podem ser utilizados várias aplicações para produzir o screencast,
alguns deles de forma livre e online, como é o caso do Jing.
O Jing
Jing é uma ferramenta da Web 2.0 que resulta de um projecto desenvolvido pela
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Techsmith . Esta empresa incorporou o conceito da Web 2.0, disponibilizando também um
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serviço (“Screeencast.com”) com o qual podemos armazenar e compartilhar, os screencast
produzidos pelo utilizador – imagens, vídeos, apresentações ou outros tipos de documentos.
O Jing é uma aplicação gratuita que possibilita a captura de imagens e vídeos do ecrã
do computador, facilitando o armazenamento e a partilha destes através da Web – isto só é
possível se for efectuado o registo utilizando o serviço “Screencast.com” – criando para o efeito
uma conta que disponibiliza, neste momento, 2Gb de espaço e 2Gb de tráfego mensal. É
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também possível a ligação com o Flickr , com o YouTube ou através de FTP para enviar os
screencast.
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Empresa dos estados unidos da América que desenvolve software de captura e edição de vídeos e imagens.
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Disponível em http://www.techsmith.com/screencast.asp
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Flickr é uma ferramenta da Web 2.0 que facilita o armazenamento, a busca, a classificação e a partilha das suas
fotografias, encontra-se disponível em http://www.flickr.com.
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Instalação do Jing
O primeiro passo é aceder do seu browser ao seguinte endereço:
http://www.jingproject.com/ (1) para efectuar o download (2) – Windows ou Mac - o qual
encaminha o utilizador para uma página onde será efectuado a transferência automática da
aplicação Jing (Figuras 2 e 3). Nesta página o utilizador deverá descarregar e executar (3) a
aplicação que desse modo ficará instalada no computador.
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YouTube é uma ferramenta da Web2.0 que permite aos utilizadores a partilha de vídeos em formato digital.
Disponível em http://www.youtube.com.
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FTP – File Transfer Protocol, é um protocolo de transferência de arquivos de um computador para outro através da
internet.
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central do ecrã (Figura 7) onde ficará disponível para ser utilizado a qualquer momento (Figura
8). No entanto o utilizador tem a liberdade de o deslocar para onde entender.
Botões do Jing
Após a instalação do Jing estamos em condições de utilizar a ferramenta. Para tal, o
ícone que se encontra disponível na parte superior central do ambiente de trabalho poderá ser
activado fazendo passar o rato sobre ele (Figura 8). Quando activado o ícone sobressai e
apresenta três botões (Figura 9): Capture ( ), History ( ) e More ( ).
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1 – Done (Concluído)
Para seleccionar a totalidade do ecrã é suficiente clicar uma única vez no ambiente de
trabalho, aquando do aparecimento das duas linhas perpendiculares.
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Delimitada a área de captura surge num dos cantos da área seleccionada uma caixa de
ferramentas (Figura 14) que apresenta quatro botões e informa acerca das dimensões dessa
área (Capture size).
Captura imagem
Captura vídeo
Cancelar
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Adicionar Remover
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Botão para
visualização do
vídeo capturado
Atribuir um nome
ao vídeo
Depois de atribuir um nome ao vídeo, que por defeito o nome é a data e a hora da
captura, este pode ser gravado numa pasta do computador ou enviado para o screencast.com
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no formato swf (na versão PRO o ficheiro pode ser armazenado no formato MPEG-4 ).
A locução é controlada pelo utilizador através do clique no símbolo ( ), não sendo
necessário a utilização de um microfone externo pois se o computador possibilita a entrada de
som esta é suficiente.
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swf é o formato de arquivo gerado pelo Adobe Flash para animações multimédia ou aplicações.
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versão não gratuita do Jing.
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MPEG-4 é um padrão utilizado para compressão de dados digitais de áudio e vídeo.
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Conclusão
A evolução tecnológica tem contribuído para a inclusão e utilização do vídeo na Web,
verificando-se melhorias significativas na sua qualidade e na velocidade de acesso. O vídeo
não sendo já um media inovador, assume agora, através da Internet, novas características e
funcionalidades. De facto, o vídeo viu a sua versatilidade aumentada ao constituir-se como um
Net media capaz de despertar no utilizador a sua capacidade criadora e difusora de
conhecimento. Associado a este facto têm surgido ferramentas que permitem a utilização do
vídeo de uma forma simples, rápida e com uma qualidade razoável. O Jing é uma dessas
ferramentas.
Com o Jing a criação de um screencast torna-se uma tarefa acessível a qualquer
utilizador sem necessidade de conhecimentos técnicos. É uma ferramenta que permite o
acesso gratuito, a colaboração e a partilha dos screencast criados, inserindo-se assim no
espírito da Web 2.0. Pelo facto de aliar o podcast ao poder da imagem/vídeo potencia a sua
utilização em diversos contextos, nomeadamente, o educativo.
Com o uso desta ferramenta torna-se fácil a explicação de uma temática qualquer ou a
realização de um tutorial ficando facilmente disponível na Web para poder ser utilizado por
qualquer utilizador.
Referências
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