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Ricardo Nuno Silva <ricardo.nuno.silva@gmail.com>

Alberto Silva <albertosantossilva@yahoo.com.br> Mon, Apr 4, 2011 at 2:22 AM

Vale a pena perder 5 minutos a ler este e-mail.


Mesmo que não seja tudo verdade, tal e qual nos é apresentada, julgo que seria
oportuno e importante que o e-mail fosse do conhecimento dos meus, dos teus e dos
amigos deles.
Alberto

Assunto: Fwd: Porque silenciam a ISLÂNDIA? -» OBRIGATÓRIO LER E ESPALHAR

(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna -


pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros
usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já


tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse
preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor
que ela quisesse.

Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma


como este país deu a volta à bancarrota, e porque não
interessa a certa gente que se fale dele.

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro


país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como
este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à
crise.

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Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão


proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias
de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições
usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu


endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco
que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito
mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram
com a Grécia, a Irlanda e Portugal.

A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil


habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas
possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que
a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países
com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal
detinha o 40º lugar).

País novo, ainda não integrado na UE, independente desde


1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista
(PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.

Aflito pelas consequências da corrupção com que durante


muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca
de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve
comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a
juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima),
que, feitas as contas por alto, se traduziam num
empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante
os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao
FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal
Banco islandês.

Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram


movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos,
com uma ideia base muito simples: os custos das falências
bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim
pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos
aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco,
deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.

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O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a


efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria
de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária
e a pactuar com as imposições avaras do FMI.

Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do


Governo e a realização de novas eleições.

Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009,


a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que
albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os
tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado
(Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e
conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda,
formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63
deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu
em toda a linha.

Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um


programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição,
acabar com a economia especulativa em favor de outra
produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro
logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa
fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o
poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era
fundamental.

Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com


o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma
fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas
houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos
tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro
tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos
apenas para serem amamentados pelo Estado.

As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses


não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que
necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30
anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser
assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às
suas características, poderia transformar-se num exemplo
mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca

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internacional. Um exemplo perigoso demais.

Graças a esta política de não pactuar com os interesses


descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não
pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de
selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política
interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam
porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus
sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66


anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da
bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos
estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu
com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os
islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos
banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que
durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem
também que deram uma lição à máfia bancária europeia e
mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não
alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo
está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector
público necessário à manutenção de uma assistência e
segurança social básica, não foi tocado.

Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus


impostos.

Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu


lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.

O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos


seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas
que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja
deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por
cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários
que os seus governantes acertam com o capital internacional,
e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas
dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem
empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

Francisco Gouveia, Eng.º

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