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Publicação da ANFARMAG – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais.

ANO 1 Nº 04 - JANEIRO/FEVEREIRO 2010


ANO 1 Nº 04 - JANEIRO/FEVEREIRO 2010 – revista técnica do farmaceutico

Farmacotécnica:
MANIPULAÇÃO
EM PEDIATRIA

Qualidade:
Trabalho analisa
controle de
qualidade
microbiológico e
físico-químico da
Furosemida
editorial

Dispensação da
farmácia magistral
torna-se modelo legal
O ato do farmacêutico informar e orien- forma farmacêutica e quantidade; modo de A necessidade social para o exercício
tar o paciente sobre o uso adequado do me- usar ou posologia; duração do tratamento; da profissão farmacêutica está nos cui-
dicamento constitui um dos eixos centrais local e data da emissão; e assinatura e iden- dados com os efeitos dos medicamen-
do nosso trabalho. Junto com a interpreta- tificação do prescritor com o número de tos sobre os pacientes.
ção correta da prescrição médica e do mais registro no respectivo conselho profissional. Por isso, a dispensação ativa (DA) ga-
alto controle de qualidade em todas as eta- A importância da dispensação ativa nha um espaço nobre no trabalho do SI-
pas do preparo de uma formulação, temos o foi demonstrada em dados apresenta- NAMM Monitoramento 2010. Um mo-
tripé de sustentação da atividade magistral. dos pela diretoria técnica da entidade. delo de DA acaba de ser aprimorado de
Esta rotina de nossas farmácias está Já em 1976 de 20% a 50% dos pacientes forma a que supere as exigências legais
na RDC 67/2007, na qual a Anvisa detalha não tomam a medicação conforme de- e amplie a capacidade de atendimento
como deve atuar o profissional. Estabele- terminado e a maioria dos erros se re- de alto nível pela rede de farmácias ma-
ce que a dispensação deve acontecer me- lacionou às orientações da receita. (Bla- gistrais no país. De forma bem simplifi-
diante atenção farmacêutica com acompa- ckweel; Sackett, 1976 fonte GG 6ªed.) cada, o que sugerimos é que nenhum
nhamento do paciente. O que consiste na Mais de 50% das informações orais cliente saia de qualquer farmácia sem
avaliação e monitorização do uso correto dadas pelo precritores ao paciente são responder ao farmacêutico cinco per-
do medicamento. Um acompanhamento esquecidas quase que imediatamente. guntas centrais:
que deve ser realizado pelo farmacêutico (S Griffith Br J Gen Pract. 1990 March; 1. Para quem é o medicamento?
e por outros profissionais de saúde. 40(332): 114–116) 2. Para que vai tomar o medicamento?
Chamo atenção para este assunto, 18% dos RAM comprovados ocorrem 3 Toma outros medicamentos?
porque a partir de fevereiro de 2010 por prescrição médica ou administração 4. Como vai tomar estes medicamentos?
vigora a RDC 44/2009, no qual o tema inadequadas. (Leapeetal,1991) 5. Tem algum outro problema de saúde?
passa a abranger a atividade de todas as Erros de prescrição causam 56% dos No SINAMM, todo o associado pode-
farmácias. Ou seja, aquilo que para nós RAM evitáveis. (Batesetal,1995) rá acessar todos os detalhes deste novo
sempre foi rotina, torna-se modelo obri- A maioria dos erros de prescrição são e estratégico trabalho da Anfarmag.
gatório para todos os estabelecimentos de dosagem. (Leapeetal,1995)
que vendem medicamentos. As estatísticas sobre os efeitos adver- Maria do Carmo Garcez,
O que é natural para nós, vira rigoroso sos dos medicamentos são devastadoras Presidente da Anfarmag –
regulamento para o mercado. O estabe- e mostram a importância do tema. Associação Nacional d
lecimento farmacêutico deve assegurar ƒƒ100.000 MORTES/ANO e Farmacêuticos Magistrais
ao usuário o direito à informação e orien- ƒƒEAM 4ª CAUSA DE MORTE, NA FREN-
tação quanto ao uso de medicamentos. TE DE DOENÇAS PULMONARES, DM, AIDS,
E são apontados como elementos im- PNEUMONIA, MORTES POR ACIDENTES “Onde atuar um farmacêutico magis-
portantes da orientação, entre outros, a ƒƒTAXA DE PACIENTES AMBULATO- tral, onde estiver uma pequena farmá-
ênfase no cumprimento da posologia, a RIAIS COM EAM-DESCONHECIDA cia, este profissional terá uma certeza:
influência dos alimentos, a interação com ƒƒTAXA DE PACIENTES EM ASILOS Ele não está sozinho. A ANFARMAG
outros medicamentos, o reconhecimento COM EAM - 350.000/ANO estará ao seu lado. E junto vamos refor-
de reações adversas potenciais e as con- ƒƒMAIS DE 2 MILHÕES DE GRAVES çar aquilo que ninguém poderá tirar da
dições de conservação do produto. EAMS/ANO gente: O orgulho de ser farmacêutico”. 
Notem a clara determinação para que o
farmacêutico avalie as receitas observando Institute of Medicine, National
legibilidade e ausência de rasuras e emen- Academy Press, 2000LazarouJ et al. Envie para mim o que você sente so-
das; identificação do usuário; identificação JAMA1998;279(15):1200–1205Gurwit- bre este e outros assuntos por meio do
do medicamento, concentração, dosagem; zJH et al. Am J Med2000;109(2):87–94 e-mail: presidente@anfarmag.org.br
Rua Vergueiro, 1855 – 12º Andar – São Paulo – SP
CEP 04101-000 – anfarmag@anfarmag.org.br
Tel.: (11) 2199.3499 – Fax: (11) 5572.0132

Revista Técnica do Farmacêutico – Órgão Oficial da Anfarmag


Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais

DIRETOR EXECUTIVO
Marco Fiaschetti –
executivo@anfarmag.org.br

COORDENADOR ÁREA TÉCNICA


Vagner Miguel –
vmiguel@anfarmag.org.br sumário
COORDENADOR TÉCNICO E SAA
Michel Streffezi Khouri – 06 | Farmacotécnica
michel@anfarmag.org.br
MANIPULAÇÃO EM PEDIATRIA
EQUIPE FARMACÊUTICA DA ÁREA TÉCNICA
Hélio Martins Lopes Júnior, Lúcia Helena S. G. Pinto,
Maria Aparecida Ferreira Soares 16 | qualidade
COORDENAÇÃO EDITORIAL Análise do Controle de Qualidade Microbiológico
Cleinaldo Simões
simoes@cleinaldosimoes.com.br
e Físico-Químico da Furosemida de Farmácias de
Manipulação do Centro da Cidade de Divinópolis / MG.
CONTEÚDO EDITORIAL
Fontpress Assessoria de Comunicação
(11) 5044.2557 / 5041.4715
fontpress@fontpress.com.br
26 | LEGAL
Edição: Luana Garcia (MTB 43.879)
NOVAS NORMAS PUBLICADAS PELA ANVISA
e Márcio Padula (MTB 30.164)

ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Daniela Fogaça Salvador 32 | agenda
FOTO DA CAPA
Sergio Shibuya
34 | endereços
COMERCIAL
Mobyle Promocional
(11) 3942.6122
mobyle@anfarmag.org.br

Impressão
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02 - consulfarma
relação de anunciantes

Coordenação Geral
05 - alternate
07 - quibasa
09 - quallità
13 - bstec
Revista destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e
funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; 17 - ihb
prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médi- 19 - all chemistry
cos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de
25 - elyplast
todo o território nacional; parlamentares e autoridades da
área de saúde dos governos federal, estadual e municipal. 28 - labsynth
29 - led
Artigos assinados não refletem necessariamente a opi-
30 - seguro farmácia
nião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo
conteúdo dos artigos assinados. 31 - CBES
33 - saafe
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OU PARCIAL DOS TEXTOS DA REVISTA TÉCNICA DO
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FARMACÊUTICO 36 - senac

Periocidade: Bimestral
Circulação: Nacional
Tiragem: 7.000 exemplares
Distribuição dirigida
FARMACOTÉCNICA

MANIPULAÇÃO
MEDICAMENTOS MANIPULADOS no arsenal terapêutico moderno (1-6).
EM PEDIATRIA Persistem, de fato, razões para que se
continuem preparar estes medicamen-
Estado Atual e Perspectivas Futuras tos, que, em muitas situações, consti-
tuem alternativas terapêuticas vanta-

EM PEDIATRIA
Com frequência, na farmacoterapêu- josas relativamente aos medicamentos
tica pediátrica há necessidade de admi- produzidos em escala industrial.
nistrar princípios ativos que apenas são
disponibilizadas pela indústria farma- MEDICAMENTOS MANIPULADOS
cêutica sob a forma de especialidades EM PEDIATRIA
farmacêuticas com dosagens e/ou em
formas farmacêuticas destinadas a adul- Uma das razões primordiais para a
tos. Nestas situações, a prescrição de preparação de medicamentos manipu-
fórmulas magistrais e a sua preparação lados decorre da necessidade obtenção
Susana Pinto* e Carlos Maurício Barbosa†
nas farmácias comunitárias e hospita- de preparações adequadas para uso pe-
*Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE, Porto;
lares permite obter medicamentos, em diátrico, já que, com frequência, neste
†Serviço de Tecnologia Farmacêutica, Faculdade de Farmácia da Universidade do
regra apresentados sob a forma de líqui- domínio, há necessidade de administrar
Porto e CEQUIMED – Centro de Química Medicinal da Universidade do Porto
dos para uso oral, adaptados às necessi- princípios ativos que apenas se encon-
dades específicas de cada paciente. tram disponíveis sob a forma de espe-
Devido à carência de especialidades farmacêuticas em dosagens e formas farmacêuticas adequadas para No futuro, os incentivos que vem cialidades farmacêuticas em dosagens
uso pediátrico, o setor magistral possui um papel de grande relevância no suprimento dessa deficiência, sendo disponibilizados à indústria far- e/ou formulações destinadas a adultos
destacando-se a característica da especificidade da preparação magistral, no intuito de promover prepara- macêutica européia e americana deve- (6-11). Nestas situações, são habitual-
ções que visam facilitar a adesão do paciente ao tratamento além de possibilitar uma flexibilidade de dose rão contribuir para aumentar o número mente prescritas fórmulas magistrais+
no decorrer da evolução do mesmo. O presente trabalho, embora não seja uma publicação nacional, nos de medicamentos pediátricos indus- específicas, segundo as características
fornece um panorama em relação a essa questão na Europa e EUA, de modo a atestar essa necessidade não trializados. Contudo, por várias razões, particulares de cada paciente.
só a nível nacional, mas mundial. Acreditamos que a presente leitura será de grande valia de modo a ajudar não é provável que estes venham a As formas farmacêuticas líquidas, em
o farmacêutico a adaptar os conhecimentos às nossas reais necessidades. preencher todas as necessidades tera- especial as soluções e suspensões orais,
pêuticas em pediatria, muitas das quais constituem as mais adequadas para
continuarão a ser resolvidas através do uso em Pediatria, já que, para além de
recurso à prescrição e preparação de facilitarem a administração e poderem
fórmulas magistrais. contribuir para a adesão dos pacientes à
Palavras-chave: medicamentos pediátri- terapêutica, apresentam grande flexibi-
cos; medicamentos manipulados; prepara- lidade, permitindo ajustar, de um modo
ções extemporâneas; fórmulas magistrais. simples e rápido, a administração das
doses durante o tratamento, em função
ARQUIVOS DE MEDICINA, 22(2/3):75-84 da evolução da patologia e do desenvol-
vimento da criança (2,11), Estes aspec-
INTRODUÇÃO tos são particularmente relevantes nos
casos de terapias prolongadas.
Numa época dominada por uma in- Embora muitos medicamentos pre-
dustrialização generalizada poderá pare- parados industrialmente sejam usados
cer paradoxal o interesse pelos medica- em Pediatria, apenas uma porcentagem
mentos cuja preparação é realizada em reduzida apresenta indicações precisas
pequena escala, quer nas farmácias co- para utilização neste grupo de pacientes
munitárias, quer nas farmácias hospita- (6, 12-16). Segundo o European Network
+
Qualquer medicamento preparado numa far-
mácia de oficina ou serviço farmacêutico hospita- lares. A realidade, contudo, aponta para for Drug Investigation in Children, em
lar, segundo uma receita médica e destinado a um que estas preparações – globalmente 2/3 da população pediátrica são admi-
doente determinado” (Decreto-Lei nº 176/2006, de designadas medicamentos manipulados nistrados medicamentos que não apre-
30 de Agosto). – continuem a ocupar um lugar próprio sentam indicações específicas para uso

6| Revista Técnica do Farmacêutico


FARMACOTÉCNICA MANIPULAÇÃO EM PEDIATRIA

pediátrico (12). Também o Conselho da similares a nível do crescimento e desen- (18,29). No caso particular dos recém-nas- Johnson (32) refere que o estabelecimento de doses pediátricas, com base nas
União Européia reconheceu que os medi- volvimento . Na tabela 1 apresentam-se cidos (termo, baixo-peso ou pré-termo), o equações apresentadas, deve constituir o último recurso, já que nenhum método
camentos para crianças são muitas vezes as classificações da população pediátrica número de colheitas de sangue necessárias baseado na extrapolação é adequado para todos os grupos etários.
prescritos fora do âmbito das utilizações em diferentes sub-populações, segundo pode constituir um fator de impedimento. Segundo o mesmo autor, o cálculo das doses baseado no peso corporal constitui a
aprovadas na respectiva autorização de a Food and Drug Administration (FDA) Além disso, os produtos estudados nos en- opção mais correta para recém-nascidos e para crianças pequenas, enquanto o que
introdução no mercado (17). Segundo a e a Agência Européia do Medicamento saios clínicos devem ser concebidos especi- tem por base a superfície corporal é mais adequado para crianças com mais idade.
Comissão Européia, entre 50% e 90% dos (EMEA – European Medicines Agency). ficamente para administração em crianças,
medicamentos habitualmente adminis- o que, entre outros aspectos, implica uma NECESSIDADES ESPECÍFICAS EM PEDIATRIA
trados em crianças não foram testados AJUSTAMENTO DAS atenção particular no que diz respeito ao
nem autorizados para serem usados em DOSES A ADMINISTRAR aroma, sabor, textura e cor. No conjunto dos medicamentos disponibilizados pela indústria farmacêutica, ne-
pediatria (18). Também nos EUA mais Em regra, quando não existem dados cessariamente limitados a um certo número de dosagens e de formas de apresen-
de ¾ dos medicamentos aprovados pela Idealmente, as doses de um princípio provenientes de ensaios clínicos, a dose tação, é freqüente a inexistência de produtos, quer com as dosagens adequadas às
FDA não se encontram aprovados para ativo a administrar no tratamento de uma a administrar é calculada com base em necessidades particulares da população pediátrica quer apresentados sob as formas
administração em Pediatria (18). Um es- determinada patologia devem ser estabe- equações matemáticas, que têm em farmacêuticas mais apropriadas para administração em pediatria (13). Por exemplo,
tudo realizado nos EUA em 1997 revelou lecidas com base em ensaios clínicos.Con- conta a idade ou peso corporal da crian- o captopril apenas está disponível no mercado português sob a forma de comprimi-
que das 80 especialidades farmacêuticas tudo, por várias razões, a realização destes ça e ainda a dose usada no adulto [Eq. I e dos, nas dosagens de 12,5 mg, 25 mg, 50 mg e 100 mg (33). No entanto, a dose re-
mais frequentemente administradas em ensaios está particularmente dificultada II] (25). Alguns autores preconizam que querida para um recém-nascido varia entre 0,1 e 0,2 mg/kg, pelo que, para um peso
recém-nascidos e em crianças, apenas em pediatria.A complexidade associada ao é mais rigoroso proceder ao cálculo das corporal de 4 kg, a dose a administrar está compreendida entre 0,4 mg e 0,8 mg.
cinco apresentavam nos respectivos ró- recrutamento dos pacientes, que não rara- doses pediátricas com base na superfície Na tabela 2 apresentam-se alguns exemplos de princípios ativos correntemente
tulos a indicação de poderem ser usadas mente suscita questões de natureza ética, corporal [Eq.III], embora outros refiram utilizados na terapêutica pediátrica e que não se encontram disponíveis no mercado
nestas populações (19). e a necessidade de os estudos serem reali- que este método não apresenta vanta- português em formas farmacêuticas líquidas para administração por via oral.
zados nas diferentes sub-populações pedi- gens relativamente ao cálculo baseado
NECESSIDADES ESPECÍFICAS DAS átricas constituem importantes obstáculos na idade e no peso corporal (25,30). Tabela 2 – Exemplos de substâncias ativas cujas preparações líquidas para uso oral
SUB-POPULAÇÕES PEDIÁTRICAS não se encontram disponíveis no mercado português (33,37-39).
Tabela 1 – Classificações da população pediátrica adotadas pelo FDA e pelo EMEA
As crianças não podem ser conside- Substância Ativa Usos
(adaptada de Danish e Kottke (30) e do Committee on Human Medicinal Products) (31).
radas adultos em miniatura, em relação Acetazolamida Hidrocefalia;Glaucoma;Eplepsia;Edema
às doses a adotar na farmacoterapia pe- Acetato de flecainida Arritmia ventricular e supraventricular
FDA EMEA
diátrica, bem como a posologia, não de-
Da concepção Captopril Hipertensão arterial; Insuficiência cardíaca congestiva
vem ser determinadas com base numa Intra-uterino
até o nascimento Edema associado à excreção excessiva de aldosterona;
simples proporção de peso corporal das Espironolactona
crianças relativamente aos adultos (16, Pré – termo:<37semanas Hiperaldosteronismo primário: Hipertensão arterial.
Do nascimento
20-22). Com efeito, nas crianças os pro- Recém-nascido Recém-nascido de gestação Fenobarbital Epilepsia; Hiperbilirrubnemia neonatal
até 1 mês
cessos fisiológicos de absorção, distribui- Termo: 0 a 27 dias Hipertensão arterial; Diabetes nefrogênica insípida;
ção, metabolização e eliminação sofrem Lactente e Hidroclorotiazida Edema associado à insuficiência cardíaca congestiva;
Lactente 1 mês a 2 anos 28 dias a 23 meses
modificações notórias durante a matu- criança pequena Edema associado à síndrome nefrótica
ração biológica (23-28). Por isso mesmo, 2 anos ao início Hidrocortisona Insuficiência adrenocortical; Hiperplasia adrenal congênita
Criança Criança 2 anos a 11 anos
as necessidades farmacoterapêuticas da puberdade
Edema associado à insuficiência cardíaca congestiva;
das diferentes sub-populações pediátri- Da puberdade
12 anos a 16 ou 18 anos Furosemida Edema associado à doença hepática; Edema associado à
cas diferem consideravelmente entre si Adolescente ao início da Adolescente
(dependendo das regiões) doença renal; Hipertensão arterial
(25,29).Com base na idade, é possível idade adulta
distinguir diferentes sub-populações Hipertensão arterial; Insuficiência cardíaca congestiva;
Maleato de enalapril
na população pediátrica. Embora cada Disfunção assintomática do ventrículo esquerdo.
grupo não se apresente homogêneo, os Regra de Young Giardíase, Amebíase: Infecções por bactérias anaeróbias;
Metronidazol
seus elementos possuem características Dracunculíase;Balanditíase
Dose a administrar = [idade (anos)/(idade(anos) + 12)] x dose de adulto [Eq.I]
Nitrofurantoína Infecções do trato urinário

Regra de Clark Úlceras duodenais e gástricas; Refluxo gastro-esofágico;


Ranitidina
Esofagite aerosiva.
Dose a administrar = [peso corporal (Kg)/70] x dose de adulto [Eq. II] Tuberculose; Meningite meningocócica; Infecções por
Rifampicina
Dose a administrar = [superfície corporal (m2) / superfície corporal do adulto (1,8 Haemophilus influenza tipo B; Infecções estafilocócicas.
m2) x dose de adulto [Eq. III] Trimetroprim Infecções do trato urinário; Otite média aguda.

8| Revista Técnica do Farmacêutico


FARMACOTÉCNICA MANIPULAÇÃO EM PEDIATRIA

De um modo geral, os respectivos medicamentos existentes, não se destinando indústria farmacêutica no desenvolvi-
especificamente a uso pediátrico , apresentam-se com dosagens excessivas e sob mento de medicamentos para uso em
formas farmacêuticas sólidas, nomeadamente comprimidos e cápsulas, o que difi- pediatria (29). Com efeito, o reduzido
culta a administração em pediatria , já que nestes grupos etários são conhecidas as número de crianças atingidas pelas di-
dificuldades de deglutição de produtos sólidos (16,34-36). ferentes patologias em cada faixa etária
Como já se referiu, a não disponibilização pela indústria farmacêutica de medica- e a existência de várias sub-populações
mentos para uso pediátrico contendo muitas das substâncias ativas correntemente dificulta a amortização dos custos ine-
na terapêutica pediátrica implica a sua preparação, quer nas farmácias comunitárias, rentes aos estudos de investigação e
quer nas farmácias hospitalares, sob a forma de medicamentos manipulados. Na fi- desenvolvimento (17). Por fim, dificul-
gura 1 apresenta-se o fluxograma proposto por Standing e Tuleu (16), com as opções dades técnicas que, em certos casos,
disponíveis quando se pretende administrar em crianças uma dada substância ativa impedem a obtenção de medicamentos
por via oral, sob a forma de um medicamento líquido. líquidos para administração oral com
prazos de validade suficientemente alar-
gados, compatíveis com a sua prepara-
medicamento comercializado
com aprovação para ção em escala industrial, distribuição e
uso pediátrico? comercialização, também tem contribuí-
do para a inexistência de certos medica-
mentos pediátricos (11,16).
sim não
Em 2000, o Conselho da União Euro-
péia publicou uma Resolução convidan-
ff líquida ff líquida ff líquida do a Comissão a apresentar propostas
disponível não disponível disponível
de medidas de apoio ao desenvolvi-
mento e à investigação clínica, tendo
em conta os aspectos éticos dos ensaios
manipulação de uma clínicos em crianças, para que os novos
medicamento comercializado ff sólida medicamento comercializado
injectável ou da
medicamentos pediátricos e os já co-
uso aprovado uso “off label”
própria substância activa mercializados se adaptem plenamente
para a obtenção às necessidades específicas desta cama-
de uma ff líquida
da da população (17). Na seqüência da
referida Resolução, a Comissão Européia
adotou em 2004 um quadro legislativo
específico para medicamentos de uso
medicamento manipulado
pediátrico e, em Dezembro de 2006,
foram publicados os Regulamentos (CE)
Fig. 1 – Opções disponíveis para a administração oral de medicamentos em crian-
nº 1901/2006(40) e 1902/2006(41) do
ças com dificuldade de deglutição de comprimidos e cápsulas. (ff:forma farmacêuti-
Parlamento Europeu e do Conselho (16).
ca) (adaptada de Standing e Tuleu (16)).
Segundo a própria regulamentação, esta
tem por objetivo facilitar o desenvolvi-
O APARENTE DESINTERESSE DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA mento e o acesso a medicamentos para
uso pediátrico e garantir que os medi-
A primeira vista, poder-se-á estranhar o aparente desinteresse da indústria farma- camentos utilizados no tratamento da
cêutica pelo desenvolvimento de preparações líquidas adequadas às necessidades da população pediátrica sejam objeto de
terapêutica pediátrica.Na realidade, para este fato concorre um conjunto de razões uma investigação de elevada qualidade
difíceis de ultrapassar. Por um lado, para que seja concedida uma autorização de (que tenha em conta princípios éticos)
introdução no mercado para um determinado medicamento, entre outros aspectos, e estejam adequadamente autorizados
deve ser demonstrada a sua eficácia no tratamento de uma dada patologia numa para uso pediátrico. Tem ainda por ob-
dada população. Este processo obriga, naturalmente, a realização de ensaios clíni- jetivo melhorar a informação disponível
cos que, em pediatria, como já se referiu, encontram-se particularmente dificultados sobre o uso de medicamentos nos dife-
(18,29). Além disso, a baixa incidência e prevalência de determinadas patologias es- rentes grupos da população pediátrica.
pecíficas da população pediátrica (doenças orfãs) e o número reduzido, em termos É estabelecido que os objetivos deverão
relativos, de pacientes pediátricos que utilizam certos medicamentos constituem ser alcançados sem que se submetam
razões que tornam menos interessante a realização de investimentos por parte da as crianças a ensaios clínicos desneces-

10| Revista Técnica do Farmacêutico


FARMACOTÉCNICA MANIPULAÇÃO EM PEDIATRIA

sários e sem que seja atrasada a autori- para uso pediátrico.Nesta mesma linha, entre 1 e 2 mg/kg (39), pelo que a dose O FGP foi editado em 2001 atualizado/ampliado em 2005. Entre as suas 133 mono-
zação de medicamentos para outras fai- a FDA já havia criado anteriormente um necessária para uma criança com 4 kg de grafias correspondentes a 200 produtos, inclui 30 monografias correspondentes a 32
xas etárias da população.Além disso, foi conjunto de incentivos para a indústria peso corporal é, em média de 6 mg. A medicamentos líquidos para uso oral em pediatria (tabela 3). Integra ainda mono-
criado, no âmbito da EMEA, um Comitê americana desenvolver medicamentos preparação dos papéis a partir de pulve- grafias de veículos aromatizados e/ou edulcorados, os quais são adequados para a
Pediátrico composto por peritos dos di- para uso pediátrico(42-45). rização dos referidos comprimidos impli- preparação extemporânea de soluções e de suspensões contendo outros princípios
ferentes Etados-membros, com compe- Neste contexto, tal como é referido ca que cada papel contenha uma quan- ativos, permitindo uma obtenção fácil e rápida de produtos acabados com qualidade
tência nas áreas do desenvolvimento e por Vale (29), importa ainda sublimar tidade de pó correspondente a 6 mg de e com características apropriadas para a administração por via oral. Nos últimos anos,
avaliação de medicamentos pediátricos. que a utilização de medicamentos em hidroclorotiazida.Atendendo a que cada Na preparação de medicamentos líquidos para uso oral em pediatria, para além tem-se assistido a uma
Este comitê tem como responsabilida- crianças , fora dos termos aprovados papel deve conter uma quantidade de de formas sólidas também se usam injetáveis, embora menos frequentemente. No crescente publicação
de fundamental a avaliação científica e pelas autoridades regulamentares na- mínima de 100mg, é usado um diluente entanto, em regra, os teores em princípios ativos dos injetáveis não são os mais apro-
a aprovação dos planos de investigação cionais e/ou européia, não significa má (como a lactose ou o amido) para perfa- priados para administração por via oral, pelo que a sua utilização direta implicaria a
de literatura cientifica
pediátrica apresentados pela indústria prática clínica, traduzindo antes a inexis- zer essa quantidade, o qual deve formar medição, no momento da administração, de volumes demasiadamente pequenos, relacionada com a
farmacêutica (40,41). tência de alternativas terapêuticas credí- uma mistura homogênea com a substân- por vezes inferiores a 0,1mL. Em conseqüência, este tipo de procedimento consti- preparação de formas
A mencionada regulamentação euro- veis, eficazes, seguras e validadas para a cia ativa (46). A este propósito, importa tui uma causa de erro, que não é negligenciável. Aliás, a ocorrência de erros deste farmacêuticas líquidas
péia integra um conjunto de incentivos população pediátrica. referir que, idealmente, a seleção do di- gênero com substâncias ativas potentes, como a digoxina e a morfina, já originou
luente deve ter em consideração o perfil intoxicações em crianças (47, 48). É possível minimizar a ocorrência de erros prove-
orais, especificamente
dirigidos à indústria farmacêutica, quer
para novos medicamentos quer para os PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS fisiopatológico do paciente, designada- nientes da medição de pequenos volumes, efetuando diluições dos injetáveis dispo- destinadas a uso
já comercializados (18,40,41). Entre os MANIPULADOS PEDIÁTRICOS mente eventuais alergias e intolerâncias, níveis. Contudo, nestas situações, torna-se necessário dispor de dados relativos à pediátrico
incentivos destaca-se a prorrogação por e também, se for o caso, a natureza do estabilidade química e microbiológica do medicamento diluído, já que nem sempre
seis meses da patente do medicamento, Durante muitos anos foi escassa a li- diluente presente nos comprimidos ou a estabilidade das soluções concentradas é comparável a das soluções diluídas. Por
sempre que o pedido de autorização de teratura científica disponível contendo nas cápsulas com que se vai preparar o exemplo, a diminuição do teor em conservantes, em conseqüência da diluição , pode
introdução no mercado (AIM) inclua os informação necessária para a veiculação medicamento manipulado. comprometer a estabilidade microbiológica das soluções diluídas.
resultados dos estudos realizados em de princípios ativos em formas farma- Para além das desvantagens já referi-
conformidade com o plano de investiga- cêuticas líquidas orais, com as caracte- das associadas à preparação de papéis,
ção pediátrica aprovado. Nestes casos, rísticas adequadas para uso pediátrico há ainda que considerar que a pulveri-
todas as apresentações do medicamen- e susceptíveis de serem preparadas zação de comprimidos ou a abertura de
to em causa, incluindo as destinadas em pequena escala em farmácias co- cápsulas pode, em certos casos, com-
a adultos, estão abrangidas por esta munitárias e hospitalares (1,2). Assim, prometer a estabilidade do princípio
disposição. A prorrogação é concedida recorria-se frequentemente à prepara- ativo, devido ao grande aumento da sua
pela realização de estudos na população ção de papéis medicamentosos, o que superfície de exposição. Alem disso, no
pediátrica e não pela demonstração de envolvia a realização de numerosas caso de os comprimidos se apresenta-
segurança e eficácia do medicamento pesagens de quantidades apropriadas rem revestidos e o revestimento tiver
nessa população, pelo que é concedida de matérias primas ou de quantidades como função proteger a substância ati-
mesmo nos casos em que a indicação equivalentes de pós resultantes da pul- va da degradação devida à ação do suco
pediátrica não seja autorizada. No caso verização de comprimidos ou da aber- gástrico, a sua pulverização não constitui
dos medicamentos órfãos, a regulamen- tura de cápsulas.De modo a obter-se uma opção tecnicamente correta.
tação européia prevê o alargamento de rigor nas dosagens dos papéis, torna-se Nos últimos anos, tem-se assistido a
dez para doze anos do período de exclu- necessário que as pesagens sejam reali- uma crescente publicação de literatura
sividade do mercado se as exigências re- zadas individualmente, para cada papel. cientifica relacionada com a preparação
lativas à apresentação dos dados sobre Assim, a preparação de papéis implica de formas farmacêuticas líquidas orais,
o uso pediátrico forem integralmente um grande volume de trabalho, alta- especificamente destinadas a uso pediá-
cumpridas. Os medicamentos para uso mente susceptível de ocasionar erros de trico. Assim, hoje em dia, é possível pre-
pediátrico podem ainda ser objeto de pesagem. Além disso, não é assegurado parar diversas soluções ou suspensões
incentivos adicionais, quer da parte da rigor posológico, já que é muito elevada orais a partir dos respectivos componen-
União Européia, quer da parte dos Es- a possibilidade de ocorrerem perdas de tes individuais ou, em alternativa de es-
tados-membros. Assim, a regulamenta- substância ativa no decurso do proces- pecialidades farmacêuticas destinadas a
ção vigente estabelece que a Comissão so de administração. Por exemplo, no adultos (comprimidos ou cápsulas). No
Européia torne público, até 26 de julho mercado português, a hidroclorotiazida contexto português, destaca-se o forte
de 2008, um inventário pormenorizado encontra-se somente disponível sob a impulso que também na área da pedia-
de todos os incentivos disponíveis para forma de comprimidos para adultos, na tria, a publicação do Formulário Galêni-
apoiar a investigação, o desenvolvimen- dosagem de 50 mg(33). A dose a admi- co Português(FGP) (46) veio dar à prepa-
to e a disponibilização de medicamentos nistrar a crianças em cada tomada varia ração de medicamentos nas farmácias.

12| Revista Técnica do Farmacêutico


FARMACOTÉCNICA MANIPULAÇÃO EM PEDIATRIA

Tabela 3 – Preparações Líquidas orais que integram o Formulário Galênico Português (46). Conclusões e perspectivas futuras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Princípio Ativo
Medicamento
Presença
Matéria-prima(MP)/ Esp.farma. Prazo de validade Numerosos princípios ativos corren-
de sacarose
(EF)/ Med.generico(MG) temente usados na farmacoterapia pe- 1. Barbosa CM, Pinto S. Estudo comparativo de Formulários Galênicos, Lisboa: 24. Leeder JS. Developmental Aspects of Drug Metabolism in Children. Drug Inf J
Sim MP: Captopril 1mês (refrigeração)
Solução Oral de Captopril a 0,1%(m/V)
diátrica não são disponibilizadas pela in- Publicações Farmácia Portuguesa; 2001 1996;30 1135-43.
EF: Capoten® 50mg
Sim 1mês (refrigeração)
MG : Captopril 50mg Ratiopharm® dústria farmacêutica em formas farma- 2. Pinto S. Desenvolvimento Galenico de um Veiculo para a Preparação Extemporâ- 25. Paediatric Preparations IN: The Pharmaceutical Codex-Principles and Pratice of
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Solução Oral de Captopril a 0,1%(m/V), Não 1mês (refrigeração)
MG : Captopril 50mg Ratiopharm® gia Farmacêutica. Porto: Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto;2006. Great Britain: The Pharmaceutical Press; 1994.p.432-5.
isenta de açúcar
Não MP: Captopril 1mês (refrigeração) por via oral em crianças.
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10%(m/V) e ácido cítrico a 6,7%(m/V)
Sim MP: Citrato de sódio e ácido cítrico 1 mês (refrigeração) 27. conroy S. Children’s portions. Chemist and Druggist 16th October 2004; 25-27.
nipulados nas farmácias comunitárias e 4. Barbosa CM, Pinto S. Medicamentos Manipulados: Ponto da Situação. Pharmá-
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10%(m/V) e ácido cítrico a 6,7%(m/V), Não MP: Citrato de sódio e ácido cítrico 1 mês (refrigeração) hospitalares permite disponibilizar pre- cia Portuguesa 2001; 131:46-52.
isenta de açúcar 29. Vale MC. Medicamentos para as crianças. Acta Pediatr Port 2006; 37:6:231-5.
parações orais líquidas adaptadas às ne- 5. Allen L. The Art, Science, and Technology of Pharmaceutical Compounding.
Solução Oral de Cloreto de Potássio a
Sim MP: cloreto de potássio 2 meses (Temperatura ambiente) 30. Danish M,Kottke MK. Pediatric and Geriatric Aspects of Pharmaceutics. In:
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Banker GS. Rhodes CT. Editors. Modern Pharmaceutics. New York; Marcel
Solução Oral de Cloreto de Potássio a
Não MP: cloreto de potássio 2 meses (Temperatura ambiente) A publicação do Formulário Galênico 6. Brion F, Nunn AJ, Rieutord A. Extemporaneous (magistral) preparation of oral Dekker: 1986. p.809-42.
20%(m/V), isenta de açúcar
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Solução Oral de Cloridrato de Metadona Português (FGP) em 2001 e a sua am- 31. Commitee on Human Medicial Products. CHMP reflection paper: formaluation
a 1%
Não MP: cloridrato de metadona 6 meses (Temperatura ambiente) 7. ‘t Jong GW, Vulto AG, De Hoog M, Schimmel K,Tibboel D, Van der Anker Jn. of choice for the paediatric population, EMEA/CHMP/PEG/194810/2005.
pliação em 2005 permitiram disponibi- Unapproved and off-label use of drugs in a children’s hospital. N Engl J Med
Sim MP: Cloridrato de propranolol 2 meses (refrigeração)
Solução Oral de Cloridrato de lizar um instrumento tecnologicamente 2000:343:1125.
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Propranolol a 0,1%(m/V) EF: Inderal® 40mg Child 2008;93:207-11.
Sim 2 meses (refrigeração)
MG:Propranolol 40mg Ratiopharm® avançado e adaptado às necessidades 8. ‘t Jong GW, Eland IA, Sturkenboom MCJM, Van der Anker JN, Stricker BHCh.
Não MP: Cloridrato de propranolol 2 meses (Temperatura ambiente) 33. Informação sobre medicamentos do INFARMED consultada em www.infarmed.
Solução Oral de Cloridrato de Propranolol a da terapêutica contemporânea, de apoio Unlicensed and off label prescriptions of drugs to children, a population-based
pt/infomed/inicio.php_acedida_em2008/03/04.
0,1%(m/V), isenta de açúcar EF: Inderal® 40mg cohort study. Br Med J 2002; 324:313-4.
Não
MG: Propranolol 40mg Ratiopharm®
2 meses (Temperatura ambiente a preparação de medicamentos nas far- 34. Schell KH. Compliance Issues and Extemporaneous Preparation of Medications
Solução Oral de Fosfato Sódico de mácias comunitárias e hospitalares por- 9. Schirm E, Tobi H, De Jong-van den Berg LTW. A cross-sectional study on unli-
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Riboflavina a 1,4%(m/V) censed and off-label drug use by children outside the hospital. Br. Med J 2002;
Solução Oral de Fosfato Sódico de
tuguesas, promovendo, em simultâneo, 324:312-3. 35. Zenk KE. Challenges in providing pharmaceutical care to pediatric patients. Am
Riboflavina a 1,4%(m/V), isenta de Não MP: fosfato sódico de riboflavina 1 mês (temperatura ambiente) a qualidade dos produtos preparados e 10. Schirm E, Tobi H, de Vries TW, Choonara I, De Jong-van den Berg LTW. Lack
J Hosp Pharm 1994;51:688-94.
açúcar
sua padronização e uniformização em of appropriate formulations of medicines for children in the community. Acta 36. Nunn T, Williams J. Formulation of medicines for children. Br J Clin Pharmacol
Soluções Orais de Ranitidina a 2,5% ou
Sim MP: cloridrato de ranitidina 3meses (temperatura ambiente) Paediatr 2003; 92:1486-9. 2005;59:674-6.
5%(m/V) escala nacional. Especificamente na área
Soluções Orais de Ranitidina a 2,5% ou 11. Méndez Esteban ME, antequera Rodriguez-Rabadán J, Puebla García V, Pardo 37. Paediatric Pharmacopoeia. Royal Children’s Hospital Melbourne and Leicester
5%(m/V), isenta de açúcar
Não MP: cloridrato de ranitidina 3meses (temperatura ambiente) da pediatria, o FGP constitui um uma Royal Infimary Children’s Hospital: WB Saunders company Ltd; 1998.
de Torres J, Gallego lago V, Herreros de Tejada A.Formulaciones orales acuosas:
Suspensão Oral de acetazolamida a Sim MP: acetazolamida 2 meses (temperatura ambiente) contribuição de grande importância, dis- uma administravión más segura para pediatria. Ver O.F.I.L. 2006; 16:4:15-28. 38. Fernandez M. Atienza J. Formulacion em Farmácia Pediátrica. Sevilha:
2,5%(m/V) Sim EF:Carninib® 250mg 2 meses (temperatura ambiente) ponibilizando informações detalhadas 12. Conroy S. Choonara I. Impicciatore P. Mohn A. Arnell H. Rane A. et al. Survey AEF2;2002.
Não MP: acetazolamida 2 meses (temperatura ambiente)
Suspensão Oral de acetazolamida a
2,5%(m/V), isenta de açúcar
relativas à preparação de um numero oof unlicensed and off label drug use in paediatric wards in European coun- 39. Taketomo CK, Hodding JH, Kraus DM. Pediatric Dosage Handbool. 11°ed. Lexi-
Não EF:Carninib® 250mg 2 meses (temperatura ambiente)
considerável de medicamentos líquidos tries. Br Med J 2000; 320:79-82. Comp Inc.;2004-5.
Suspensão Oral de Benzoato de
Metronidazol a 4%(m/V)
Não MP: benzoato de metrinidazol 1 mês (refrigeração)
para uso pediátrico. 13. Nahata MC. Lack of pediatric drug formulations. Pediatrics 1999;104:607-9. 40. Regulamento (CE) n°1901/2006 do ^Parlamento Europeu e do Conselho de 12
Suspensão Oral de Espironolactona a Sim MP:Espironolacton 1 mês (temperatura ambiente)
No futuro, os incentivos que tem 14. McIntyre J, Conroy S, Avery A, Corns H, Choonara I. Unlicensed and off label de Dezembro de 2006 relativo a medicamentos para uso pediátrico , que altera
0,5%(m/V) Sim EF:Aldactone®25mg 2 meses (temperatura ambiente) prescribing of drugs in general practice. Arch Dis Child 1999;83:498-501. o Regulamento (CE) n° 1768/92 a Diretiva 2001/20/CE, a Diretiva 2001/83/CE e
vindo a ser disponibilizados à indústria o Regulamento (CE) n°726/2004.
Suspensão Oral de Espironolactona a Não MP: Espironolactona 2 meses (temperatura ambiente) 15. Fontan JE, Combeau D, Brion F. Lês preparations pédiatriques dans les hôpitaux
0,5%(m/V), isenta de açúcar Não EF: Aldactone®25mg 1 mês (temperatura ambiente) farmacêutica européia e americana de- français. Arch Pediatr 2000; 7:825-32. 41. Regulamento (CE) n° 1902/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho de 20
Suspensão Oral de Fenobarbital a
Sim EF: Luminal® 100mg 3 meses (temperatura ambiente)
verão contribuir para aumentar o nume- 16. Standing JF, Tuleu C. Paediatric formulations – Getting to the heart of the pro-
de Dezembro de 2006 relativo a medicamentos par uso pediátrico, que altera
1%(m/V), o Regulamento(CE) n°1901/2006.
ro de medicamentos pediátricos produ- blem. Int J Pharm 2005;300:56-66.
Suspensão Oral de Fenobarbital a
1%(m/V), isenta de açúcar
Não EF: Luminal® 100mg 3 meses (temperatura ambiente)
zidos industrialmente. Contudo, não é 17. Resolução do Conselho de 14 Dezembro de 2000 relativa aos medicamentos
42. Botstein P. Needs and New Policies for Medicines for Children: The FDA, United
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Sim MP: Hidroclorotiazida 2 meses (temperatura ambiente)
0,5%(m/V)
18. Permanand G, Mossialos E, Mckee M. The EU’s new paediatric medicines legis-
43. Schater E, DeSantis P. Labelling of Drug and Biologic Products for Pediatric Use.
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0,5%(m/V), isenta de açúcar
pediatria, muitas das quais continuarão 44. Nhata M. New Regulations for Pediatric Labeling of Prescription Drugs. Ann
Suspensão Oral de Hidrocortisona a Sim MP: hidrocortisona 1 mês (refrigeração) 19. NIH News Alert. Nacional Institute of Child Health and Human Development.
0,1% (m/V)
a ser resolvidas através do recurso a Bethesda MD: National Instiute of Health, November, 25, 1997.
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Sim EF: Hydrocortone® 10mg 1 mês (refrigeração)
Não MP: hidrocortisona 2 meses (temperatura ambiente) prescrição e preparação de medicamen- 20. Nunn AJ. Making medicines that children can take. Arch Dis Child 2003; 88:369-71.
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Suspensão Oral de Hidrocortisona a
PEdiatric Plan and New Regulations. Drug Inf J 1996;30:1125-7.
0,1% (m/V), isenta de açúcar Não EF: Hydrocortone® 10mg 2 meses (temperatura ambiente) tos manipulados. 21. Kearns GL, Abdel-Rahman SM, Alander SW, Blowey DL, Leeder JS, Kauffman RE.
Suspensão Oral de Nitrofurantoína a Sim MP: nitrofurantoína 2 meses (temperatura ambiente) Developmental pharmacology-drug disposition, action, and therapy in infants
46. Formulário galenico Português Lisboa: Centro Tecnológico do Medicamento–
0,5% (m/V) Sim EF: Furadantina® -mc 100mg 2 meses (temperatura ambiente)
Associação Nacional das Farmácias 2001-2005.
and children. N Engl J Med 2003; 349: 1157-67.
Suspensão Oral de Nitrofurantoína a Não MP: nitrofurantoína 2meses (refrigeração)
22. de Zwart LL, Haenen HE, Versantvoort CH, Wolterink G, van Engelen JG, Sips AJ.
47. Berman W Jr. Whitman V. Marks KH, Friedman Z, Maisels MJ,Musselman J.
0,5% (m/V), isenta de açúcar Não EF: Furadantina® -mc 100mg 2meses (refrigeração) Inadvertentoveradministration of digoxin to low birthweight infants. J Pediatr
Role of biokinetics in risk assessment of drugs and chemicals in children. Regul
Suspensão Oral de Riboflavina a 1% (m/V) Sim MP: riboflavina 2 meses (temperatura ambiente) 1978; 92:1024-5.
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Suspensão Oral de Riboflavina a 1%
Não MP: riboflavina 1 mês (temperatura ambiente) 23. Nahata M. Advances in Peaeditric Pharcotherapy. J Clin Pharm Therap 1992;
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(m/V), isenta de açúcar sion 1982;6:
17:141-6.
Suspensão Oral de Trimetoprim a 1%
Sim MP: trimetoprim 1 mês (temepratura ambiente)
(m/V)
Suspensão Oral de Trimetoprim a 1%
Não MP: trimetoprim 2 meses (refrigeração)
(m/V), isenta de açúcar

14| Revista Técnica do Farmacêutico | 15


qualidade

Análise do Controle de
Qualidade Microbiológico
e Físico-Químico da
Furosemida de Farmácias de
Manipulação do Centro da
Cidade de Divinópolis / MG

RESUMO

Objetivou-se avaliar amostras de quatro farmácias de manipulação do centro da


cidade de Divinópolis/MG por análises de natureza microbiológica, física e química de
cápsulas de Furosemida 40mg, contendo 60 cápsulas cada amostra. Pela análise de
natureza microbiológica, foi realizado o teste de microorganismos viáveis pela técnica
de “Pour Plate”. Nas análises de natureza física, foi avaliado o peso médio das cáp-
sulas e nos de natureza química, realizou-se o doseamento por titulação, de modo a
facilitar a aplicabilidade do ensaio em laboratórios de controle de qualidade de farmá-
cias de manipulação. De posse dos resultados das análises, avaliou-se a qualidade dos
produtos acabados das farmácias e comprovou-se que todos os medicamentos mani-
pulados que foram testados tiveram aprovação na qualidade em quase todos os tes-
Carlos Alexandre Vieira*, Consuleno Castro Neves Júnior, Inayara tes experimentados, confirmando a eficácia do produto dispensado pelas farmácias.
Cristina Alves* Lacerda, Mirelle Pimenta Lima, Tales Renato
Ferreira Carvalho e Willen Ascendino Resende Vaz

* Professores

16| Revista Técnica do Farmacêutico


qualidade Análise do Controle de Qualidade Microbiológico e Físico-Químico da
Furosemida de Farmácias de Manipulação do Centro da Cidade de Divinópolis / MG

1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS diurese, verifica-se tendência à diminui- lúvel em água; facilmente solúvel em Teste Físico-químico
ção do fluxo sanguíneo renal, preparando acetona, em dimetilformamida e em Foi realizado o teste Físico de Peso Mé-
Controle de qualidade compreende as O objetivo do trabalho é retratar o ní- o estágio para o aumento de reabsorção soluções alcalinas de hidróxidos; solúvel dio e individual das cápsulas e Químico de
técnicas e as atividades operacionais para vel de qualidade de medicamentos ma- pelo túbulo proximal (SILVA, 2002). em metanol; pouco solúvel em álcool; Doseamento por Titulação de Neutraliza-
satisfazer as necessidades da qualida- nipulados em farmácias de manipulação, levemente solúvel em éter; muito pouco ção, ambos descritos em Metodologia da
de sendo exigido em todas as indústrias bem como elucidar e avaliar possíveis di- Indicações Terapêuticas solúvel em clorofórmio (FARMACOPEIA Análise físico-química em conformidade
para verificação da conformidade com os ficuldades encontradas pelas farmácias BRASILEIRA, 1977). com a FARMACOPEIA BRASILEIRA (1988).
padrões estabelecidos e está intimamen- para implantar o controle de qualidade A Furosemida é indicada no tratamen-
te ligado aos fatores econômicos. O con- mínimo necessário para a manutenção to da hipertensão arterial leve e modera- Classificação MATERIAIS E MÉTODOS
trole farmacêutico de qualidade, além de da eficácia, estabilidade e segurança dos da, edema devido a distúrbios cardíacos A classificação farmacológica da Fu-
garantir a adequação aos padrões farma- medicamentos manipulados e matérias- e de queimaduras e também de outras rosemida segundo Silva (2002), é de ser As amostras avaliadas nesse trabalho
copéicos deve assegurar a inocuidade e a primas utilizadas. O objetivo é de sugerir origens, pacientes com problemas hepá- um diurético de alça, anti-hipertensivo. foram adquiridas em quatro farmácias
eficácia. Os lotes produzidos devem apre- às farmácias a realização da análise de ticos e renais, eclâmpsia e intoxicação por de manipulação do centro da cidade de
sentar características idênticas ao lote doseamento pelo processo de titulação barbitúricos (SILVA, 2002). Apresentação Divinópolis/MG, sendo quatro embala-
padrão e o produto deve possuir estabili- (simples e eficaz), visto que as mesmas Normalmente vendida na forma de gens distintas com 60 cápsulas de Furo-
dade definida mediante estudos com me- não realizam esse ensaio. FICHA TÉCNICA cápsulas ou comprimidos de 40mg (KO- semida de 40mg por cápsula. As amos-
todologia adequada (FERREIRA, 2002). ROLKOVAS, 2004). tras foram analisadas nos laboratórios
O controle de qualidade de medica- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A Furosemida de uma Universidade privada na cidade
mento era exercido antigamente somen- Conservação de Divinópolis. As amostras analisadas
te em relação ao produto acabado. Havia A FUROSEMIDA Segundo Korolkovas e Burckhalter Para melhor conservação das cápsu- foram denominadas da seguinte forma:
apenas uma inspeção ou fiscalização final (1988), a Furosemida é sintetizada tra- las de Furosemida, é recomendado que amostra A, amostra B, amostra C e amos-
que, na concepção atual, é de resultado Ação farmacológica tando o ácido 2-4-diclorobenzóico com sejam armazenadas em recipiente opa- tra D. Para a realização dos testes, foram
insatisfatório. Depois houve a evolução ácido clorossulfônico a 150°C e subme- co, bem fechado. (FARMACOPEIA BRASI- utilizadas seis cápsulas de cada amostra
para controle estatístico de processo, cuja A Furosemida é derivada do ácido an- tendo o cloreto de sulfonila resultante LEIRA, 1977). para a análise microbiológica, 20 cápsu-
ênfase era a segurança e “zero defeito”, tranílico, sendo sua principal ação, a inibi- à amonólise; com ácido 4-cloro-5-sul- las para a análise do peso médio e indi-
em seguida para a garantia de qualidade, ção da reabsorção de eletrólitos na altura famoilantranílico assim obtido, ao re- Especificação Geral vidual e dez cápsulas para o doseamento
baseada em normas e procedimentos for- do ramo ascendente, espesso da alça de agir com seis equivalentes de furfuri- Contém no mínimo 98,0% e, no máxi- por titulação de neutralização.
mais e, finalmente, para a qualidade total, Henle. Há duas linhas principais para tal lamina a 130°C durante 4 horas, forma mo 101,0% de C12H11ClN2O5S, calculado Para avaliação de qualidade das cápsu-
que contemplam a satisfação dos clientes afirmação, na primeira, experimentos de a Furosemida (C12H11ClN2O5S – Ácido em relação à substância seca. (FARMA- las de Furosemida 40mg, foram utilizados
e a competitividade (PALMERO, 2006). micropunção, demonstram uma liberação 4-cloro-N-furfuril-5-sulfamoilantraní- COPEIA BRASILEIRA, 1977). equipamentos específicos em cada tipo
O controle de qualidade realizado acentuadamente aumentada de Na+ e Cl-, lico de acordo com a FARMACOPEIA de operação. Foram efetuados os testes
em farmácia de manipulação é de suma no início do túbulo distal. Em segundo, BRASILEIRA, 1977) por deslocamento Dose microbiológicos, físicos e químicos tais
importância para assegurar a qualida- em experimentos de microperfusão in vi- aromático nucleofílico do cloro alta- Segundo Korolkovas (2004), a dose como: presença ou não de microrganis-
de microbiológica e físico-química das tro, verifica-se inibição total do transporte mente ativado da posição 2. via oral em adultos, inicialmente é de 20 mos viáveis, peso individual e peso médio
matérias-primas e produtos acabados, de cloreto de sódio no ramo ascendente De acordo com Katsung (2003) a Fu- a 80 mg como tomada única, aumentan- das cápsulas e doseamento do teor de Fu-
garantindo eficácia, segurança e credibi- espesso, em concentrações luminais da rosemida é um ácido orgânico. Para Pe- do-se a dose de 20 a 40 mg em interva- rosemida por titulação de neutralização.
lidade dos medicamentos dispensados à droga, dentro da faixa esperada in vivo. As nildon (2002), inibidor da anidrase car- los de 6 a 8 horas, até que se obtenha a
população (FERREIRA, 2002). drogas atuam na face luminal das células bônica derivado das sulfonamidas. resposta desejada. ANÁLISE MICROBIOLÓGICA
Para que a qualidade do produto seja epiteliais, inibindo o mecanismo de co- Sua estrutura é composta por um áci- Testes realizados para análise do Con-
plenamente atingida, é necessária a rea- transporte de Na+, K+ e 2Cl-. (SILVA, 2002). do carboxílico, um éter, um haleto orgâ- trole de Qualidade Microbiológico e Fí- Amostragem
lização de várias análises físico-químicas Os diuréticos de alça, como a Furose- nico, uma sulfonila e uma amida. sico-Químico da Furosemida segundo a A análise microbiológica requer um
no medicamento e análises microbioló- mida tendem a aumentar o fluxo sangüí- FARMACOPEIA BRASILEIRA (1988). controle maior com relação ao ambien-
gicas na embalagem e no produto aca- neo renal, sem elevar a taxa de filtração, Descrição Macroscópica te em que são feitas o manuseio das
bado, contando com um rígido controle sobretudo após a injeção intravenosa. A descrição da matéria-prima da Furose- Teste Microbiológico amostras, o ambiente adequado para
de processo. Pode-se citar: testes de Esta alteração da hemodinâmica renal re- mida para efeito de análise de suas proprie- Para a realização dos testes microbio- um resultado 100 % preciso é em um
identificação, pureza, ponto de fusão, duz a reabsorção de líquidos e eletrólitos dades organolépticas,é de um “pó cristali- lógicos foi utilizada a Técnica de “Pour ambiente estéril, mas sua disponibiliza-
doseamento, controle microbiológico, no túbulo proximal e pode aumentar a no branco a levemente amarelo; inodoro” Plate” para as cápsulas vazias e paredes ção se torna difícil. Portanto foi realizado
solubilidade, índice de acidez, índice de resposta diurética inicial. O aumento do (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 1977). internas do frasco, recomendada pela desinfecção das superfícies de bancadas
peróxidos, densidade, graduação alcoó- fluxo sanguíneo renal é de duração relati- Farmacopeia Brasileira, descrita mais e equipamentos com álcool 70%. Ainda
lica, testes organolépticos, controle de vamente curta. Com a redução do volume Solubilidade detalhadamente em Processamento da para o processamento das amostras foi
qualidade de cápsulas, entre outros. de líquido extracelular ocasionada pela A Furosemida é Praticamente inso- Amostra do item Materiais e Métodos. utilizada paramentação adequada, lu-

18| Revista Técnica do Farmacêutico


qualidade Análise do Controle de Qualidade Microbiológico e Físico-Químico da
Furosemida de Farmácias de Manipulação do Centro da Cidade de Divinópolis / MG

vas, máscara, touca e jaleco. LEIRA, 1988). Desta forma, o volume de 1 na matriz (PEIXOTO, 2005). Na determina- RESULTADOS
Considerando o produto terminado, a 2mL de cada amostra contendo as cáp- ção do peso individual, utilizou-se 20 cáp-
torna-se via de regra duplicata ou tripli- sulas e dos tubos contendo o swab foram sulas de Furosemida 40mg as quais foram TESTES MICROBIOLÓGICOS
cata da amostra, representando início, distribuídos em placas de petri estéreis. Em pesadas individualmente em uma balança
meio e fim do processo de enchimento, seguida, o meio de cultura estéril fundido e analítica, calculando-se, em seguida o peso Após o período determinado de incubação (2 – 7 dias) dos meios de cultivo, foi Fonte: * Farmacopéia Brasileira (1988).
admitindo que após o fechamento do resfriado a temperatura compatível com a médio. “Pode-se tolerar não mais que duas possível observar que das amostras analisadas não foi verificado nenhum crescimen- Nota: (1) Contaminação Externa pelo manipu-
material de acordo com a introdução de fisiologia celular (45 – 48°C), em quantida- unidades fora dos limites especificados na to microbiano, com exceção do frasco pesquisado na amostra B, o qual demonstrou lador do teste; não indicando contaminação do
contaminantes não mais existirá. Sendo de de cerca de 20mL, foi vertido sobre cada tabela em relação ao peso médio, porém a presença de uma colônia. Possivelmente esta presença microbiana representa con- produto, pois não houve crescimento microbio-
assim, foi utilizado um frasco com 60 uma das placas contendo amostra, segui- nenhuma poderá estar acima ou abaixo do taminação externa, sendo um número insignificante (TABELA 1). lógico na Diluição 10-3 do teste, conforme ilustra
cápsulas de Furosemida 40mg, de cada do de homogeneização com movimentos dobro das porcentagens indicadas” (FAR- a segunda coluna de Diluições da TAB.1.
farmácia, para que seja possível avaliar em S ou 8 sobre a bancada de trabalho, as MACOPEIA BRASILEIRA, 1988). TABELA 1 - Crescimento Microbiano em placa com meio PCA
corretamente a amostra. quais permanecem até solidificação a tem-
Para a análise microbiológica de cáp- peratura ambiente. Segue-se incubação DOSEAMENTO Diluição *N° Permitido de Microorganismos por UFC/mL
sulas, foi necessário utilizar uma amostra- Amostras Obs.:
das placas, em estufa na posição invertida. 10 -2
10 -3
Bactérias Fungos
gem representativa da quantidade total Após 2 a 5 dias de incubação a 30 – 35°C O doseamento verifica se o medica-
Amostra A - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
de cápsulas de cada frasco. Se que cada para bactérias e 5 a 7 dias para bolores e mento está com o teor ou potência de
Cápsula - - ≤ 5 x 10 3
≤ 5 x 102
frasco de Furosemida contém 60 cápsulas, leveduras, a 20 – 25°C as colônias são con- substância ativa dentro dos limites esta-
torna-se necessário uma amostragem re- tadas, a vista desarmada ou com o auxílio belecidos de variação em relação ao va- Frasco - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
presentativa de 10% deste valor para cada de contadores tipo Quebec, abrangendo o lor rotulado nos códigos farmacêuticos Amostra B - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
amostra, ou seja, utilizaram-se seis cápsu- crescimento tanto da superfície como pro- oficiais (GOMES e REIS, 2001). Cápsula - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
las para a realização do teste por amostra fundidade, ou no interior do meio. O núme- Frasco 1 col. - ≤ 5 x 10 3
≤ 5 x 102 (1)
Contaminação Externa
(FARMACOPÉIA BRASILEIRA,1988). ro médio (30 a 300 por placa) decorrente da Doseamento por Titulação
Amostra C - - ≤ 5 x 10 3
≤ 5 x 10 2

réplica correspondente a uma determinada Preparação dos Reagentes


Cápsula - - ≤ 5 x 10 3
≤ 5 x 102
Processamento da Amostra diluição, multiplicado pelo fator de diluição
dará o número de unidades formadoras de Para a preparação de 500mL do titu- Frasco - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
Os frascos também foram submetidos colônias (UFC) por unidades de peso ou vo- lante NaOH 0,1N, pesa-se 2g de NaOH Amostra D - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
por um processo de desinfecção com ál- lumes da amostra. e adiciona-se aos poucos água destilada Cápsula - - ≤ 5 x 10 3
≤ 5 x 102
cool 70% antes da realização do processa- até completar 500mL e padroniza-se com Frasco - - ≤ 5 x 103 ≤ 5 x 102
mento. Um total de 6 cápsulas vazias fo- ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA solução de Bifitalato ácido de potássio.
ram colocadas em 100ml de salina (0,85%) Peso Médio e Individual Para a preparação de solução indica- TESTE FÍSICO
previamente estéreis e homogeneizadas dora de azul de bromotimol 5mL, pesa-
manualmente por 15 minutos. Este pro- Este teste verifica a uniformidade de se 0,10g de azul de bromotimol e adicio- Após a pesagem individual do conteúdo farmacológico de 20 cápsulas de cada
cedimento se repete com as quatro amos- peso das unidades de um mesmo lote. na-se água destilada até completar 5mL. amostra obteve-se os seguintes resultados:
tragens, que devem ser homogeneizadas A determinação é preconizada para
para um melhor resultado. Com auxílio de as seguintes formas farmacêuticas: com- Técnica TABELA 2 - Peso Individual e Médio (g) das Amostras de Cápsulas de Furosemida 40mg
um swab previamente estéril, coletou-se primidos não-revestidos, comprimidos Foi observado antes da aquisição, os
Fonte: Resultados de valores de pesos indi-
as amostras passando-o na parede interna revestidos, drágeas, cápsulas, supositó- excipientes utilizados para a produção do Amostras Lim. Máx. (+10) Lim.Mín. (-10%)
Peso viduais e médios das quatro Amostras de Fuso-
de frasco inserindo-o em 10mL da salina rios, granulados, pastilhas, pós, cremes, medicamento, constatando que os mes- A B C D A B C D A B C D
semida 40mg pesando-se 20 cápsulas de cada
seguido de homogeneização, repetindo pomadas, pós liofilizados. mos não interfeririam na titulação. Dis- 1 0,1208 0,0891 0,1265 0,1640 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap uma das amostras.
o procedimento para todas as amostras Os códigos farmacêuticos estabelecem solveu-se 400mg de Furosemida de cada 2 0,1277 0,0904 0,1343 0,1657 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Notas: Ap = Amostra Aprovada, Re = Amos-
(FARMACOPEIA BRASILEIRA, 1988). os limites de variação aceitáveis em função amostra referente ao conteúdo farmaco- 3 0,1382 0,0897 0,1349 0,1760 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap tra Reprovada, (1)P.M. = Peso Médio, (2)Lim> =
A homogeneização da amostra é fun- da forma farmacêutica, do peso médio en- lógico de 10 cápsulas, em 32mL de dime- 4 0,1170 0,0962 0,1309 0,1633 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Limite de peso maior para Aprovação e (3)Lim< =
damental no sentido de conduzir a trans- contrado ou do valor nominal declarado. Os tilformamida, a qual foram adicionadas 3 5 0,1318 0,1056 0,1385 0,1656 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
Limite de peso menor para Aprovação.
ferência para etapas subsequentes de limites de variação tolerados, diminuem à gotas de azul de Bromotimol SI e que fora,
6 0,1244 0,1059 0,1371 0,1594 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
forma representativa, ainda que a mes- medida que o peso médio ou valor nominal previamente, neutralizada com hidróxido
7 0,1334 0,0890 0,1347 0,1705 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
ma tenha sido diluída, empregando, por aumenta (GOMES e REIS, 2001). de sódio 0,1N. Titulou-se com hidróxido
8 0,1304 0,0941 0,1381 0,1654 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
exemplo, solução salina peptonada (0,1%). de sódio 0,1 N (SV) até coloração azul no
9 0,1205 0,0920 0,1356 0,1627 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
Após a realização dos pré- requisitos Técnica ponto final. Cada ml de hidróxido de sódio
para análise da amostra, foi utilizada a téc- O peso das cápsulas é determinado pela 0,1N (SV) eqüivale a 33,07 mg de C12H11CI- 10 0,1181 0,0978 0,1318 0,1659 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
nica de “Pour Plate” (FARMACOPEIA BRASI- quantidade de pó ou granulado introduzido N2O5S (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). 11 0,1227 0,1063 0,1304 0,1682 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
(continua...)

20| Revista Técnica do Farmacêutico | 21


qualidade Análise do Controle de Qualidade Microbiológico e Físico-Químico da
Furosemida de Farmácias de Manipulação do Centro da Cidade de Divinópolis / MG

(continuação)

Amostras Lim. Máx. (+10) Lim.Mín. (-10%)


Peso
A B C D A B C D A B C D
12 0,1318 0,1026 0,1401 0,1637 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
13 0,1319 0,1043 0,1319 0,1661 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
14 0,1298 0,0971 0,1377 0,1688 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
15 0,1247 0,0989 0,1371 0,1648 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
16 0,1378 0,1074 0,1385 0,1651 Ap Re Ap Ap Ap Ap Ap Ap
17 0,1290 0,0876 0,1400 0,1677 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap
condições de comercialização, não ofere-
18 0,1240 0,0956 0,1346 0,1664 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap cendo riscos à formulação muito menos
19 0,1349 0,0956 0,1337 0,1646 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap ao paciente.
20 0,1308 0,0992 0,1380 0,1648 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap No teste físico de peso médio das
(1)
P.M. 0,1280 0,0972 0,1352 0,1659 RESULTADOS FINAIS cápsulas, conforme a tabela ilustrativa, os
(2)
Lim> 0,1408 0,1069 0,1487 0,1825 Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap Ap resultados foram satisfatórios, não sendo
(3)
Lim< 0,1152 0,0875 0,1217 0,1493 Amostras Aprovadas reprovada ao final nenhuma amostra. A
partir dos valores obtidos para os pesos
DOSEAMENTO individuais encontrados e do cálculo do
peso médio, foi determinado o limite de
A partir dos testes titulométricos realizados com cada amostra, verificou-se a do- variação. O peso médio da amostra A, foi
sagem encontrada, como mostra a tabela abaixo: de 0,1280g. Da amostra B, foi de 0,0972g;
a amostra C, foi de 0,1352g e já da amos-
TABELA 3 - Doseamento por titulação de Neutralização – Cálculos e Resultados tra D, foi de 0,1659g. Os valores encontra-
dos para as amostras, estão em conformi-
Vol. do dade com as especificações estabelecidas
Dose do % de teor Diferenças
titulante pela Farmacopéia Brasileira (1988) em
Amostras Fármaco obtido de teor Resultados
gasto - relação aos pesos das cápsulas. Sobre os
(mg) por 400mg no teste (%)
Na(OH) (mL) pesos individuais das cápsulas, somente a
A 11,9 394 98,5% 1,5% Aprovado Amostra B, apresentou uma variação fora
dos limites permitidos (+/-10%), não sen-
B 11,0 364 91,0% 9,0% Aprovado
do significativo para a reprovação total da
C 11,8 390 97,5% 2,5% Aprovado Amostra B, pois não atinge valores acima
D 11,9 394 98,5% 1,5% Aprovado ou abaixo do dobro das porcentagens
indicadas, além de se permitir haver até
Fonte: Resultados dos testes químicos de Doseamento por Titulação, realizados com 10 cápsulas de cada duas variações de peso individuais para
Amostra de Furosemida 40mg/cápsula, totalizando o valor de dose esperada de 400mg por Amostra. mais ou para menos em relação ao valor
médio, em até 10% de limite.
No teste de Doseamento por Titu-
lação, baseado nas especificações da
DISCUSSÃO British Pharmacopeia (2005) e Farma-
copéia Brasileira 4 ed. (1998), para com-
De posse das amostras, foi realizado a análise das embalagens juntamente com seus primidos de liberação imediata conten-
rótulos, observando todos os quesitos exigidos na manipulação desses medicamentos. do furosemida, o teor calculado deve
As embalagens se encontravam em perfeitas condições, fechadas e apropriadas. Os encontrar-se no limite entre 90,0% e
rótulos traziam as informações obrigatórias exigidas pela legislação vigente FARMA- 110,0% do valor declarado. Como não
COPEIA BRASILEIRA (1998), tais como: Razão social da farmácia de manipulação, CNPJ, foi encontrada monografia oficial para
endereço e telefone para contato, data de fabricação , data de validade, nome do res- as cápsulas analisadas nos compêndios
ponsável técnico e seu CRF. consultados, o limite acima foi conside-
Em seguida, avaliou-se os testes microbiológicos nas amostras, no intuito de que as rado e as mesmas encontram-se dentro
mesmas não fossem contaminadas com a abertura dos frascos. Não houve nenhum das especificações, como pode ser visto
crescimento microbiano de origem das amostras, demonstrando estarem em perfeitas na Tabela 3.

22| Revista Técnica do Farmacêutico


qualidade Análise do Controle de Qualidade Microbiológico e Físico-Químico da
Furosemida de Farmácias de Manipulação do Centro da Cidade de Divinópolis / MG

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. DICIONÁRIO de Especialidades Farmacêuticas. 32 ed. Rio de Janeiro:


EPUC – Editora de Publicações Científicas, 2003. P.216.
CONCLUSÃO
2. FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3.ed. São Paulo: Andrei, 1977. P. 487 – 488.

Conforme constatado, as 3. FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4.ed. São Paulo: Athneu. 1988. parte 1.

amostras de Furosemida 4. FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia Prático de Farmácia Magis-


obtidas em farmácias de tral. 2.ed.Juíz de Fora, 2002.
manipulação do centro da 5. GOMES, Maria José Vasconcelos de Guimarães; REIS, Adriano Max
cidade de Divinópolis/MG, Moreira. Ciências Farmacêuticas: Uma abordagem em Farmácia
demostraram qualidade, Hospitalar. 1.ed. São Paulo: Athneu, 2003.
segurança e confiabilidade 6. JURAN, J. M. Juram planejamento para qualidade. São Paulo: Pio-
por base dos testes neira, Novos Umbrais, 1990, 394p.
microbiológicos, físicos 7. KATSUNG, Bertram G. Farmacologia Básica e Clínica. 8ª ed. Rio de
e químicos realizados. Foi Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
constatado que as farmácias
8. KOROLKOVAS, Andrejus, BURCKHALTER, Joseph H. Química Farma-
que tiveram suas amostras cêutica, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
analisadas realizam em
seus laboratórios os testes 9. KOROLKOVAS, Andrejeus. Dicionário Terapêutico Guanabara. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2004. P. 18.55.
de controle de qualidade
mínimos exigidos pela RDC, 10. Lafepe Medicamentos. Disponível em : <http://www.lafepe.pe.gov.
possuem programa de br/medicamentos/medicamentos/Diureticos/furosemida.php>.
Acesso em: 10 de novembro de 2006.
qualificação de fornecedores
e possuem programas de 11. PALMERO, Édena Maria Montebeller; SIMÕES, Maria Jacira Silva. Es-
tudo Comparativo de Medicamentos Genéricos com os demais me-
treinamentos periódicos, o
dicamentos em cidades do interior do Estado de São Paulo. PHAR-
que comprovam a qualidade MACIA BRASILEIRA, São Paulo, n°.52, P. 8 – 15, MAR – ABRIL. 2006.
de seus produtos. Os
12. PEIXOTO, Maria Moreira et al. Avaliação da Qualidade de Comprimi-
resultados dos testes serão
dos de Captopril dispensados em feira de Santana –BA. 2005 .
divulgados para as farmácias,
com o objetivo de que as 13. PINTO, Terezinha de Jesus Andceoli; KANEKO, Telma Macy; OHARA,
Mitsuko Taba. Controle Bilógico de Qualidade de Produtos Farma-
mesmas implementem em seus cêuticos, Correlatos e Cosméticos. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2003.
laboratórios a análise de P. 81.
doseamento por titulometria,
14. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Regulamento Téc-
visto que nenhuma delas nico sobre Boas Práticas de Manipulação em Farmácias Magistrais”.
possui em seus laboratórios o Resolução RDC 33, de 19 de janeiro de 2001.
espectrofotômetro.
15. SILVA, Penildon. Farmacologia. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2002.

24| Revista Técnica do Farmacêutico


LEGAL
A ANVISA estabelece que os insumos I. Ciclosporina § 2º. A partir de 01 de julho de 2010
farmacêuticos ativos (IFA) deverão ter II. Clozapina as empresas estabelecidas no país que
registro junto aquele órgão. Estabelece III. Cloridrato de clindamicina exerçam as atividades de fabricar ou im-
também: IV. Ciclofosfamida portar os insumos farmacêuticos ativos
- regras que as empresas produtoras V. Ciprofloxacino definidos no caput deste Artigo deverão
de insumos e os importadores devam VI. Metotrexato peticionar a respectiva solicitação de re-
seguir para obter este registro, que por VII. Carbamazepina gistro pela Anvisa.
certo terá um mecanismo de busca para VIII. Carbonato de lítio
saber o número do registro. IX. Fenitoína § 3º. Fica estabelecida a data de 30 de
-cronograma e prazos para a implan- X. Fenitoína sódica dezembro de 2010 como a data limite para
tação deste sistema. XI. Lamivudina o peticionamento do registro sanitário dos
XII. Penicilamina insumos farmacêuticos ativos de que trata
Nesta primeira fase a ANVISA esco- XIII. Tiabendazol a presente Instrução Normativa.
lheu alguns insumos para os primeiros XIV. Efavirenz (....)
registros. A lista está contida no artigo XV. Nevirapina
2º da IN nº 15, de 2009. XVI. Rifampicina
XVII. Ritonavir DIRETORIA COLEGIADA
AGÊNCIA NACIONAL DE XVIII. Zidovudina
VIGILÂNCIA SANITÁRIA XIX. Aciclovir RESOLUÇÃO-RDC Nº 57, DE 17 DE NO-
XX. Ampicilina VEMBRO DE 2009
INSTRUÇÃO NORMATIVA N º 15, DE 17
DE NOVEMBRO DE 2009 Observação: Os insumos negritados Dispõe sobre o registro de insumos
estão relacionados na Lista atualizada farmacêuticos ativos (IFA) e dá outras
Dispõe sobre os prazos, o cronograma (RDC nº 40/2009) da Portaria SVS/MS providências.
e as priorizações para a primeira etapa nº 344/98* (....)
da implantação do registro de insumos § 6o A Anvisa poderá, em caráter
farmacêuticos ativos (IFA), definido na CAPÍTULO II emergencial ou temporário, dispensar
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC de registro insumos farmacêuticos ati-
nº 57, de 17 de novembro de 2009, ao DOS PRAZOS PARA AS ADEQUAÇÕES vos destinados ao uso exclusivo para a
qual as empresas estabelecidas no país REFERENTES À PRIMEIRA ETAPA DA IM- produção de medicamentos a serem uti-
que exerçam as atividades de fabricar ou PLANTAÇÃO DO REGISTRO DE INSUMOS lizados em programas de saúde pública
importar insumos farmacêuticos ativos FARMACÊUTICOS ATIVOS (IFA) pelo Ministério da Saúde e suas entida-
devem ajustar-se. des vinculadas.
(...) Art. 3º Para os insumos farmacêuti-
cos ativos (IFA) definidos no Art. 2º da I - A dispensa de registro dos insumos
CAPÍTULO I presente Instrução Normativa, ficam es- farmacêuticos ativos de que trata o pa-
tabelecidos os seguintes prazos para as rágrafo 5°, estará sob autorização exclu-
DA DEFINIÇÃO DOS INSUMOS FAR- respectivas adequações referentes ao siva da Diretoria Colegiada da ANVISA,

Anfarmag orienta
MACÊUTICOS ATIVOS (IFA) A SEREM disposto na RDC nº 57 de 17 de novem- em ato formal e público subscrito pelo
SUBMETIDOS À PRIMEIRA ETAPA DE IM- bro de 2009: Diretor Presidente.
PLANTAÇÃO DO RESPECTIVO REGISTRO

os associados com
SANITÁRIO § 1º. A partir de 01 de fevereiro de Art. 3o As empresas estabelecidas no
2010 as empresas estabelecidas no país país que exerçam as atividades de fabri-
Art. 2º Os seguintes insumos far- que exerçam as atividades de fabricar ou car ou importar insumos farmacêuticos
macêuticos ativos (IFA) serão objeto importar insumos farmacêuticos ativos ativos devem ajustar suas atividades ao

relação às normas
da primeira etapa de implantação do deverão peticionar solicitação de inspe- disposto nesta Resolução, segundo cro-
registro sanitário na Anvisa, segundo ção sanitária pela Anvisa para a emissão nograma aprovado pela Diretoria Cole-
os critérios de priorização e demais do respectivo Certificado de Boas Práti- giada, contendo, também, a relação de

recém publicadas
disposições definidas na Resolução da cas de Fabricação de Produtos Interme- substâncias ordenadas e classificadas
Diretoria Colegiada nº 57, de 17 de no- diários e Insumos Farmacêuticos Ativos. de acordo com os seguintes critérios de
vembro de 2009. prioridade de adequação:

26| Revista Técnica do Farmacêutico | 27


LEGAL Anfarmag orienta os associados
com relação às normas recém publicadas

I - Fármacos com baixo Índice Tera- (...)


pêutico.
Fonte: Imprensa Oficial da União (DOU):
II - Fármacos produzidos no país.
Ver a íntegra pelos links:
III - Fármacos constantes na lista de
insumos estratégicos definidos pelo Mi- http://www.in.gov.br/imprensa/visuali-
nistério da Saúde. za/index.jsp?data=18/11/2009&jornal=
1&pagina=39&totalArquivos=68
IV - Fármacos para a produção de me-
dicamentos utilizados em Programas Estra- http://www.in.gov.br/imprensa/visuali-
tégicos definidos pelo Ministério da Saúde. za/index.jsp?data=18/11/2009&jornal=
1&pagina=40&totalArquivos=68
V - Fármacos para a produção de me-
dicamentos descritos na Relação Nacional SISTEMA NACIONAL DE CONTROLE
de Medicamentos Essenciais (Rename). DE MEDICAMENTOS

VI - Fármacos para a produção de me- A ANVISA publica a Resolução RDC nº


dicamentos de dispensação em caráter ex- 59, de 24 de novembro de 2009 (DOU nº
cepcional. 225, de 25/11/2009, Seção 1, página 58)
onde estabelece regras para a implan-
VII - Fármacos utilizados na produção tação do Sistema Nacional de Controle
pública de medicamentos para doenças de Medicamentos para efetuar o “moni-
negligenciadas, segundo definição do toramento (rastreabilidade) de medica-
Ministério da Saúde. mentos por toda a cadeia dos produtos
farmacêuticos.”
VIII - Fármacos utilizados na produ- Este sistema será implantado gradu-
ção de medicamentos que pertençam às almente e nos setores cujos estabeleci-
categorias terapêuticas dos antineoplá- mentos estejam envolvidos com a pro-
sicos, antibióticos e imunossupressores. dução, circulação, comércio, prescrição,
dispensação e uso dos medicamentos. A
IX - Fármacos utilizados para a produ- referida implantação será objeto de nor-
ção de medicamentos genéricos. ma específica a ser definida.
Este sistema utilizará a leitura do
X - Fármacos utilizados para a pro- código de barras bidimensional (Data-
dução de medicamentos da atenção matrix) que tem dados importantes e
básica à saúde. necessários ao rastreamento de medica-
mentos no Brasil.
Parágrafo único. A publicação do cro- O Sistema Nacional de Gerenciamen-
nograma de que trata este artigo será to de Produtos Controlados – SNGPC
feita em ato normativo próprio da Dire- passa a integrar o Sistema Nacional de
toria Colegiada da Anvisa e que estabe- Controle de Medicamentos, a contar da
lecerá prazo para adequação. data da publicação desta norma.

Art. 4o Os insumos farmacêuticos ativos Fonte:


presentes na composição de medicamentos http://www.in.gov.br/imprensa/visuali-
importados, seja sob a forma de produto za/index.jsp?data=25/11/2009&jornal=
semi-elaborado ou acabado, devem ser re- 1&pagina=58&totalArquivos=104
gistrados segundo o disposto nesta norma.

revista da farmácia magistral 59


LEGAL Anfarmag orienta os associados
com relação às normas recém publicadas

AMOSTRAS GRÁTIS Estão proibidas as amostras grátis:


 
A Anvisa publicou a Resolução RDC 1 - preparações magistrais de medi-
nº 60, de 26 de novembro de 2009, que camentos;
“dispõe sobre a produção, dispensação 2 - produtos biológicos.
e controle de amostras grátis de medica-  
mentos e dá outras providências”. Esta resolução também fornece pro-
Esta resolução define e dá regras cedimento para registro da distribuição
de como deve ser sua distribuição de amostras grátis pela indústria; forma
pela indústria aos médicos, médicos de recolhimento e sua rotulagem.
veterinários e dentistas. As amostras A não observância poderá configurar
devem ter  registro junto a Anvisa e infração sanitária.
se forem antibióticos devem ser en-  
tregue aos prescritores a quantidade Fonte: Diário Oficial da União nº 227,
correspondente a um tratamento do Seção 1, de 27 de novembro de 2009, p,
paciente. 136 e 137.
 Quanto a amostra grátis for de medi-    http://www.in.gov.br/imprensa/visua-
camentos controlados deverá seguir o que liza/index.jsp?data=27/11/2009&jornal
determina a Portaria SVS/MS nº 344/98* =1&pagina=136&totalArquivos=296
 
Agenda técnico-científica

ticos
so Paulista de Farmacêu
XVI Congres ia de São Pa
ulo)
lh o Reg io n al de Farmác
se
CRF-SP (Con
Realização: m b ro de 2010
1 de se te
Data: 12 a 2 ve nções do An
hembi
n
Local: Paláci
o d e C o São Paulo - SP
1 2 0 9 - Portão 12 - 69
Rua Olavo Fo
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Pós-Graduação em Farmácia Homeopática

Realização: Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão


Oswaldo Cruz
Data: Inscrições abertas para 2010
Local: Rua Brigadeiro Galvão, 540 – Prédio II – 8º andar -
Barra Funda São Paulo (SP)
Informações: Tel.: (11) 3824-3660
Site: www.oswaldoceuz.br/pos

24º Congresso Brasileiro de


Cosmetologia
Realização: ABC - Associação
Brasileira de Cosmetologia
Data: 25 a 27 de maio de 201
0
Local: Transamérica Expo Cen
ter, São Paulo (SP)
Informações: www.abc-cosme
tologia.org.br/congresso

Com o intuito de incentivar a ma


ior participação do Brasil no 26º
Federation of Socities of Cosmeti Congresso da International
cs Chemists (IFSCC), que será rea
2010, em Buenos Aires, Argenti lizado de 20 a 23 de setembro de
na, a Associação Brasileira de Cos
aéreas (ida e volta, apenas no trec metologia, custeará as passagens
ho Guarulhos/Buenos Aires/Guar
tiverem seus trabalhos científic ulhos) dos autores principais que
os (pôster ou oral) aprovados nes
e no 24º Congresso Brasileiro de ta edição do congresso da IFSCC
Cosmetololgia. Apenas o autor
ao benefício, tendo que obrigat prin cipal do trabalho terá direito
oriamente o trabalho estar insc
e/ou pôster a ser aprovado pela rito nas categorias técnico-cien
s comissões de ambos os congre tífico
regulamentos. Serão contemplad ssos, respeitando os respectivos
os os 50 primeiros trabalhos que
citados, respeitando o limite de preencherem os requisitos acim
cinco trabalhos por instituição. a

32| Revista Técnica do Farmacêutico


endereços
REGIONAIS REGIONAL PB/RN
Presidente: Célia Buzzo
Endereço: Av. Camilo de Holanda, 500 - Centro
REGIONAL BA/SE
- João Pessoa/PB
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245
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Hugo Guedes de Souza - ES SUCURSAL GRANDE SÃO PAULO
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Ademir Valério da Silva - SP Sala 201, Setor Aeroporto, Goiânia/GO - CEP:
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Telefone: (62) 3225-5582 –  FAX (62) 3224-
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Hélio Martins Lopes Júnior
Lúcia Helena S. Gonzaga Pinto
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36| Revista da Farmácia Magistral

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