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Ninguém é perfeito, mas uma equipe pode chegar perto

Quando um time de futebol tem um grande craque que se destaca em um


campeonato, um time que reúne vários craques fatalmente será campeão,
certo?

Sabe-se, que a resposta não é tão simples - e não só no futebol. No campo


empresarial, cada "craque" tem seu perfil - com seu lado sol e seu lado
sombra -, e se vários deles jogam juntos os resultados tanto podem ser
extraordinários como medíocres.

Fundamental é que quem lidera o time esteja atento a capacidades


específicas, ao desenvolvimento correto desses craques e as suas
interações, de forma a gerar condições para que os resultados sejam
extrordinários e realmente sustentáveis.

Em pesquisas que realizamos com grandes empresas, identifiquei,


juntamente com Amyra Sarsur e Angela Maciel, que duas capacidades se
destacam entre os executivos que ocupam posições de liderança: a de
entregar resultados de curto prazo e a de se alinhar aos valores da
organização.

Há aqueles que não apresentam nenhuma dessas capacidades. Eles podem


estar na função errada, trabalhar com o chefe errado ou ter sido promovidos
indevidamente. Quem está no comando de um líder com esse perfil deve
buscar compreender a situação e agir. Se não der certo, a saída é um
desligamento digno.

Mas é importante agir rápido, pois manter alguém que após algumas
tentativas de mudança não conseguiu se ajustar é um péssimo exemplo
para a equipe.

No polo oposto estão os líderes "ideais", que entregam resultados de curto


prazo e são alinhados aos valores da empresa. Essa combinação é a base
dos resultados empresariais sustentáveis, que vão muito além do
desempenho econômico-financeiro imediato e constroem o futuro da
empresa no longo prazo. Mas, cuidado, o brilho desses executivos pode
gerar ciúmes e, além disso, eles são o alvo preferencial do mercado na
guerra por talentos. Retenção, aqui, é um desafio.
A maioria dos executivos que estão na liderança tende a se destacar ou nos
resultados, ou na adesão aos valores da organização.

As pessoas que se alinham essencialmente aos valores têm como "lado sol"
atitudes e relacionamentos positivos. O "lado sombra" desse perfil é que,
por não gerar resultados de curto prazo, o time não é reconhecido como
bem-sucedido (fica sem bônus, por exemplo), o que gera frustração geral. O
chefe de um executivo com esse perfil deve agir como um "coach" técnico,
treinando-o ou contribuindo para que ele possa adquirir condições de levar
sua equipe a um melhor desempenho.

O último grupo, dos que focam fundamentalmente os resultados de curto


prazo, tem como "lado sol" "garantir" a sobrevivência imediata da
companhia. O "lado sombra" dessas pessoas que "batem sempre as metas"
é que fazem isso "de qualquer forma". Desse modo, geram condições não
sustentáveis para a performance da empresa a médio e longo prazos, pois
muitas vezes a moral do time é destruída e se utilizam métodos
desalinhados dos valores da empresa. Para líderes com esse perfil, muito
comum nas organizações, o recomendável é promover um programa de
"coaching", idealmente conduzido pela própria liderança, com o objetivo de
aproximar suas atitudes dos princípios e dos valores da corporação.

Em geral, porém, a maioria dos executivos com esse perfil não vê motivos
para mudar. Segundo 96% dos presidentes que entrevistamos, esses
"superentregadores" são promovidos e recebem o máximo da remuneração
variável. Isso cria a percepção de que esse é o modelo desejado pela
empresa e afasta essas pessoas da consciência crítica que lhes permitiria
melhorar suas atitudes.

A descoberta desses perfis evidencia a importância da liderança na gestão


de uma equipe. A posição das pessoas em cada um deles não é estática. E,
em uma empresa que busca resultados sustentáveis, cabe à liderança
entender em qual perfil cada membro de sua equipe se posiciona e estar
atenta ao desenvolvimento de líderes "ideais". Porque, se ninguém é
perfeito, uma equipe bem liderada quase pode ser.

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