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RESUMO
Este artigo apresenta uma reflexão sobre de que modo as tecnologias da educação que
integram, hoje, a sociedade da informação influenciam as práticas e o comportamento
pedagógico nas instituições de ensino superior. Interessa-nos, assim, analisar as experiências
e os saberes dos alunos no que respeita a esta cultura tecnológica e o hiato, ainda identificado
quando do processo de formação de professores, entre a intenção daqueles atores
institucionais de romperem com os modelos burocráticos, previstos normalmente nos
planejamentos e práticas de ensino, e a exploração ativa das novas possibilidades que aí se
abrem.
ABSTRACT
This article presents a reflection on how the technologies that integrate educate today's
information society to influence the practices and behavior in pedaggico Institution of higher
education. We are interested in, so examine the experiences and knowledge of students in
relation to that culture and the gap tecnolgia also identified when the process of teacher chisel
between the intent of those institutional actors to break burocrticos with the models, usually
referred to in planning and teaching practices, and active exploration of new possibilities that
open ase.
INTRODUÇÃO
Mudanças recentes nos métodos pedagógicos têm sido propostas em paralelo aos
avanços das tecnologias de informação. Estas mudanças específicas no campo da pedagogia
seguem transformações de natureza mais ampla. Hoje, por exemplo, outros tipos de interação
dentro das instituições educacionais são, agora, exigidos em função da adoção inevitável de
tais tecnologias. O funcionamento interno dessas mesmas organizações – em particular, os
modelos de comunicação entre seus diversos setores institucionais – viu-se transformado.
Todo esse contexto de transformação pode ser entendido a partir do que Pierre Lévy
chamou de “sociedade da informação” ou “sociedade do conhecimento”1. Tal conceito se
traduz num tipo de sociedade onde a forma de realizar o trabalho transformou-se
radicalmente, o componente intelectual deste viu-se ampliado, a competitividade e,
principalmente, onde a velocidade do avanço das tecnologias faz com que “os conhecimentos
tenham um ciclo de renovação cada vez mais curto” (Lévy, 1999). Segundo esta abordagem
marcadamente otimista, as profundas transformações operadas pelas novas tecnologias levam-
nos à “sociedade da aprendizagem”.
Como dissemos acima, a característica mais relevante dos espaços de educação e de
produção de conhecimento aí, nesta nova ambiência é a de que estes se transformam
rapidamente. Uma outra é a de que os mesmos se modificam não tanto à medida que os
recursos tecnológicos se vêem aumentados em número, mas principalmente à proporção que
tais recursos são apropriados de forma qualitativa, o que se traduz por maiores possibilidades
de interação no processo de construção de conhecimento.
No Brasil, há algumas décadas já vimos discutindo como a educação formal se
apropriou dessas tecnologias. Fundamentados em diferentes posicionamentos –
epistemológicos, pedagógicos e políticos – e motivados pelo crescimento contínuo do uso das
tecnologias nos ambientes de aprendizagem.
1
Cf. LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo: 34, 2000.
3
pedagógica, pode desenvolver seu pensamento crítico, sua capacidade de leitura do mundo e
das informações que lhe são passadas. Isto à medida que tais tecnologias ensejam a
oportunidade para o educador provocar, junto a seus alunos, pesquisas acerca de como são
constituídos os sentidos, os discursos, enfim, que circulam na cultura ou de como as
informações são editadas. De forma otimista, pensamos que, longe de necessariamente
contribuir para um pensamento hegemônico, as novas tecnologias abrem um espaço para a
inserção da crítica e da transformação, para o pluralismo informado das vozes que constituem
o ideal de uma sociedade democrática.
Não se trata, com tal posicionamento, de fazermos um elogio ingênuo ao progresso
ou de simplesmente nos juntarmos ao coro dos que sublinham, em sua retórica, a necessidade
de estarmos atualizados com as técnicas mais sofisticadas de que vive a economia do mercado
das novas sensações a que somos incessantemente convidados a acompanhar. Pelo menos,
aqui, trata-se, antes, de uma proposta de exploração das potencialidades destas ferramentas
com vistas “a aprender a aprender” num cenário outro e a fazê-lo criticamente. É, antes, então,
um convite que tem por fim refletir as possibilidades (e os impasses) na aceitação de uma
formação superior em que, em sua prática a mais corrente, proponha o domínio dos
instrumentos das tecnologias da informação, lato sensu entendida, para formar novos
protagonistas de discussão das representações presentes na cultura. Entendida esta como
terreno político e pedagógico estratégico, as novas tecnologias, à medida que se virem
democratizadas permitirá aos alunos se contraporem, com suas vozes, à informação que se
pretenda hegemônica.
Compor pequenos jornais locais, produzir rádios, construir blogs e sites são
exemplos de atividades que podem significar a concretização de espaços onde as vozes dos
alunos poderão encontrar vez e através dos quais venham a participar de debates de ordem
pública que afetem suas vidas e as vidas de sua comunidade de identificação.
organizados e estruturados de forma a atender a essa mídia especificamente. Isto nos leva a
pensar que essa diferença pode estar ligada mais fundamentalmente ao “efeito significativo
produzido pela forma”.
A universalidade da comunicação desde o século XVIII, já encontrava seus limites, a
pluralidade das línguas, as hierarquias, as triagens, as associações entre formatos. Suspeita-se
que nos textos eletrônicos esses mesmos processos estejam em funcionamento, já que hoje a
diversidade cultural é ainda maior.
Outra preocupação é a forma pela qual imaginamos o futuro, se o que conhecemos
hoje no computador são as telas, leva-nos a suspeitar que o mundo do texto eletrônico será o
mundo das telas, o que nos conduz a outra reflexão: “A biblioteca eletrônica interferindo nas
relações, já que com freqüência esses locais são isolados, diferentes das presenciais, onde
mesmo que os leitores estejam em silêncio, existe o contato humano.” Esse isolamento é o
contrário da postura interativa que tanto se almeja com o uso da rede. Comunicamo-nos com
o universal, mas não com as pessoas que nos são geograficamente próximas.
Não podemos ignorar a importância da rede no acesso a obras e bibliotecas famosas
que geralmente ficam em lugares restritos ou distantes, dificultando a consulta de grande parte
da população global, sendo este um ponto positivo da rede.
Contudo o texto eletrônico poderia retomar a leitura no ambiente doméstico?
Costume muito utilizado no passado, em que pessoas se reuniam para ler em voz alta em
locais diversos. A rede leva o texto até o leitor, esse fato poderia acentuar o isolamento ou
retomar algumas práticas; hoje, suspeita-se que as sociedades atuais dissolveram o espaço
público, não somente aqueles conhecidos nas comunidades antigas, mas também os ambientes
íntimos e privados.
Sendo assim, o texto eletrônico poderia nos levar por dois caminhos: “a encarnação
do projeto das luzes ou então um futuro de isolamento. A integração dos que no mundo
impresso não podia fazê-lo ou o monopólio das informações”.
“Fragmentação da leitura, de um lado, modificação da produção editorial, de outro: o
perigo é duplo. Nas novas circunstâncias, os dispositivos editoriais mudam a revolução
eletrônica, evidentemente, acelera as concentrações.”
As IES terão uma participação importante nesse processo, a apropriação desse novo
espaço se faz necessária e urgente, para que se possa dinamizar um lugar onde a integração e
a interação de diferentes grupos se daria em prol de um interesse comum. Assim, a
participação coletiva seria reforçada. A rede poderá se tornar um lugar onde alunos,
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Considerações Finais:
Embora tenhamos inúmeras inquietações a esse respeito, entendemos que a
reestruturação de novos espaços de aprendizagem nas IES é absolutamente fundamental e que
a gestão do conhecimento transformará nossas dificuldades em força, pois nos dará subsídios
teóricos e metodológicos na construção de uma nova maneira de se pensar a educação,
apresentando-nos caminhos absolutamente possíveis, sob o ponto de vista técnico.
O tempo passa as coisas mudam, o que era bom não corresponde mais e às novas
expectativas, sendo imprescindíveis novos caminhos que contemplem as competências do
mundo contemporâneo.
Conclui-se, então, que a capacidade de gerenciar as diferenças permitirá novas
interações do ponto de vista tecnológico, da comunicação e das instituições.
A reestruturação dos espaços pedagógicos nas instituições só é possível através de
um trabalho conjunto, coletivo, compromissado, numa visão sistêmica, que permita a
construção de forma construtiva da educação universitária. Afinal as IES trabalham com o
material mais precioso: o ser humano.
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REFERÊNCIAS
FAHEY, L., Gestão estratégica: o desafio empresarial mais importante da atualidade. In:
FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade. 26ª ED. São Paulo: Paz e Terra, 2002