Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
REFLEXOTERAPIA
Carta de Thomas Jefferson, 3o presidente dos Estados Unidos da América ao seu amigo e co-signatário da
Declaração de Independência, O Sr. George Wythe:
“Penso que a lei mais importante no nosso código inteiro é a sobre a difusão de conhecimento entre o
povo. Não se pode idear outro fundamento, para a preservação da liberdade e felicidade.
... Pregue, meu caro senhor, a cruzada contra a ignorância; estabeleça e melhore a lei para educar a plebe.
Saibam os nossos compatriotas... que o imposto a ser pago para este fim (de educação) não é mais do que
a milésima parte do que será pago a reis, sacerdotes e fidalgos que surgirão entre nós se deixarmos o povo
na ignorância.”
1. NÃO FALE EM CRISE E MAUS TEMPOS: Desde que nos conhecemos por gente ouvimos falar em
crise e maus tempos, enquanto observamos o mundo se desenvolvendo científica e economicamente.
Os negócios não melhoram com desânimo nem deixando cair os braços. Ninguém compra daquele que
se queixa e ninguém ajuda aquele que diz estar em má situação.
2. PESSIMISMO É RETROCESSO: Quem retrocede cai – e aquele que está no chão. A vida põe o pé
em cima, irremissível e inexoravelmente.
3. NÃO EXISTE CRISE REAL: E se existisse, a única forma de evitá-la seria trabalhando, produzindo.
E não se pode produzir sem confiança em si mesmo, sem otimismo. Por isso:
4. TENHA CONFIANÇA E OTIMISMO: E transmita-os ao seu cliente, ao seu amigo, à sua família.
Estará prestando um grande serviço a si mesmo e à nação.
5. QUANTO AO FUTURO: O homem que decide parar até que as coisas melhorem, verificará mais
tarde que aquele que não parou e colaborou com o tempo está tão distante que jamais será alcançado.
“... lembro-me da história de uma amiga que estava com fortíssimas dores nas
costas. Já havia ido a todos os tipos de especialistas, feito vários tipos de tratamento,
tomado muitos remédios e nada.
Até que um dia foi para uma sessão de massagem comum velhinho chinês. Depois de uma
simples manobra, a dor desapareceu, e ela, querendo ser gentil, falou para o chinês:
- Simples; né?
- Ao que ele respondeu:
- “Cinqüenta anos de simples.”
(Roberto Shinyashiki)
“Não tenho dúvidas de que a capacitação técnica aliada à experiência é e sempre será a
melhor alavanca para o progresso do mundo”. (A. Zerede)
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 08
1.1. Tema .............................................................................................................................. 08
1.2. Problema ........................................................................................................................ 08
3. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 10
3.1. Justificativa Teórica ...................................................................................................... 10
3.2. Justificativa Prática ........................................................................................................ 10
5. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 45
5.1. Perguntas de Estudo ...................................................................................................... 45
5.2. Delimitação do Tema .................................................................................................... 45
5.3. Delimitação do Estudo .................................................................................................. 45
5.4. Técnica de Coleta de Dados .......................................................................................... 46
5.5. Caracterização do Estudo .............................................................................................. 46
6. CRONOGRAMA/ORÇAMENTO ............................................................................................ 47
6.1. Cronograma ................................................................................................................... 47
6.2. Orçamento ..................................................................................................................... 47
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 48
1.1. Tema
A Reflexoterapia como instrumento de otimização dos recursos humanos e financeiros nas
empresas e como proposta da melhora da qualidade de vida dos integrantes destas organizações.
1.2. Problema
Concorrência cada vez mais acirrada num mundo globalizado entre as empresas e, por
conseqüência, exigências cada vez maiores sobre os seus integrantes.
Cidadãos cada vez mais expostos à violência em casa, no trânsito, no metrô, etc. Reféns da
situação econômica mundial e revezes políticos e financeiros, problemas com familiares doentes, etc.
São inúmeras as preocupações presentes e/ou futuras que solapam a energia das pessoas. Os
resultados são os mais diversos tipos de patologias (doenças) por causa do estresse, causando substanciais
prejuízos financeiros à sociedade, traduzidos em forma de absenteísmo, rotatividade, queda de produção
e/ou dificuldades de relacionamento nas suas instituições.
Não é possível diminuir essa competitividade; ao contrário, ela tende a se intensificar. Este é um
dos motivos de grande parte da rotatividade, do absenteísmo e da queda de produtividade nas empresas,
traduzidos em elevados custos para as mesmas, bem como para os seus profissionais.
Aos profissionais resta a opção se agüentar do jeito que for possível e como nem sempre
conseguem, muitos se entregam ao alcoolismo e às drogas. O resultado é que prejudicam mais ainda a
saúde e os seus relacionamentos na empresa e no lar, gastando e causando mais gastos com a saúde.
Às empresas restam as opções de, por um lado, intensificar ainda mais seus gastos com
tratamentos e planos de saúde na tentativa de ter seu profissional em condições de produzir e, por outro
lado, tentar repassar estes custos ao cliente não disposto a fazê-lo.
Como se isso não fosse o suficiente para desequilibrar as finanças das instituições brasileiras,
principalmente a das empresas, tais instituições precisam contar com planos de saúde cada vez mais
onerosos na tentativa de que o percentual supracitado não aumente mais ainda. A revista “Exame”
(03.08.2005), sob o título: “O Insustentável Custo da Saúde nas Empresas”, afirma: “Os gastos com a
assistência médica dos funcionários não param de crescer e ameaçam comprometer o resultado das
empresas”. Essa é a realidade comum e cruel nas empresas de grande porte em todo o Brasil.
Os custos resultantes dessa equação são altos demais e precisam ser repassados para o consumidor
não disposto a assumi-lo. Para as empresas resta a obsessiva meta de cortar custos de onde já não é mais
possível. E em muitos casos deixa de ser uma questão de obter maiores lucros e sim, uma busca frenética
pela sobrevivência. Isso fere princípios contábeis e administrativos porque a missão primária de uma
empresa é o lucro e sua expansão.
Diante do exposto, toda e qualquer estratégia que se proponha a solucionar ou amenizar essa
situação deve ser estudada com muita atenção e absorvida. É nesse contexto a REFLEXOTERAPIA deve
ser inserida com o objetivo de solucionar o exposto.
Não existe nenhum tipo de estudo estatístico no Brasil comprovando os números comparativos
entre tratamentos ortodoxos e a Reflexoterapia. Mas, através de um levantamento empírico baseado em
todos esses anos em consultório, percebemos que o custo de um tratamento completo com a
Reflexoterapia não passa de dez por cento (10%) em relação a um tratamento ortodoxo, levando-se em
conta somente consultas, medicamentos, exames e internações (sem levar as cirurgias em conta que
obviamente encarecem ainda mais os tratamentos).
Essa é uma iniciativa pioneira e as instituições que a adotarem, além de se beneficiar da técnica,
colocaria a profissão de Reflexoterapeuta num patamar mais elevado e contribuiria com a riqueza no país.
Para uma instituição com foco em atividades sociais, que procura estar na vanguarda da formação
de opinião e atenta aos acontecimentos e a novas propostas, proporcionar aos seus integrantes a
REFLEXOTERAPIA, estaria alinhado à sua missão, valores, princípios e visão, que são:
Missão: Fazer da vida comunitária um ambiente propício para o desenvolvimento social.
Contribuir para a difusão da informação e da cultura. Incentivar o progresso da educação no
país. Melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Alavancar o desenvolvimento da livre
iniciativa e fortalecer as instituições democráticas do país;
Valores: Ética, Humildade, Solidariedade, Empreendedorismo, Dedicação, Excelência,
Integridade, Pioneirismo, Valorização das Pessoas;
Visão: Ser referência de ética e empreendedorismo no desenvolvimento social no país; ser a
empresa líder do setor; atender aos segmentos mais rentáveis e de maior crescimento dos
mercados na área de atuação.
Princípios: Foco no cliente, na rentabilidade e na competitividade.
4.1. Reflexologia
É a ciência que estuda os efeitos reflexos no organismo humano. Seu desenvolvimento
demonstrou que há regiões do corpo (plexos nervosos) que têm ligação claramente determinada a órgãos,
sistemas e estados emocionais. Plexos nervosos são concentrações de terminações nervosas interligadas
numa área específica. Quando estimulados corretamente, eles enviam e recebem informações dos órgãos
a que são ligados, restabelecendo o seu funcionamento ideal e, por conseqüência, a saúde global do
organismo.
Os pés, as orelhas e a coluna são regiões com alta concentração destes plexos. Nos pés, há uma
representação fiel de todo o organismo, havendo no mínimo um plexo capaz de estimular cada órgão ou
víscera.
4.2. Reflexoterapia
É uma técnica terapêutica (a prática da pesquisa) não invasiva e não medicamentosa que visa
restabelecer o equilíbrio (homeostase) das funções orgânicas do ser humano através de estímulos em
terminais nervosos livres nos pés. E como tal, vem sendo aplicada ao longo dos séculos por terapeutas em
todo o mundo.
De acordo com uma teoria que goza de larga aceitação, a Reflexologia nasceu na China há
5.000 anos. Muitos reflexologistas manifestaram sua crença nessa teoria, muito embora as evidências
concretas sejam ambíguas. Todavia, as culturas egípcia e babilônia desenvolveram-se antes da chinesa, e
o Egito contribuiu com uma valiosa evidência histórica.
O Dr. Adamus e o Dr. A’tatis escreveram um livro sobre a terapia por zona, que foi publicado
em 1582. Em Leipzig, o Dr. Ball escreveu outro livro sobre o mesmo assunto e foi publicado pouco
depois do primeiro.
Em 1898 em Londres, Sir Henry Head demonstrou a existência daquilo que se tornaria
conhecido como “zonas de hiperalgesia”.
Na Rússia, Pavlov (1849-1936) desenvolveu a teoria dos reflexos condicionados, isto é: que
existe uma relação simples e direta entre um estímulo e uma resposta. Os russos prosseguiram seu estudo
sobre Reflexologia, tanto do ponto de vista fisiológico como psicológico. Eles tentaram cientificamente
efeitos da Reflexoterapia em pacientes com uma variedade de problemas e descobriram que a
Reflexoterapia é um complemento eficaz da medicina tradicional.
O Dr. William Fitzgerald, conhecido como o fundador da terapia por zonas, nasceu em
Connecticut nos Estados Unidos em 1872. Formou-se em 1895 pela Universidade de Vermont e clinicou
em hospitais de Viena e Londres.
Ele dividiu o corpo em zonas, que ele usava para efeitos analgésicos. Aplicando uma pressão
sobre uma parte específica do corpo, ele aprendeu a prever quais as outras partes do corpo seriam
afetadas. Mas as zonas dos reflexos dos pés, tão importantes para a moderna Reflexologia, não receberam
atenção especial por parte de Fitzgerald.
Fitzgerald e suas teorias não foram recebidas com entusiasmo pela comunidade médica.
Contudo um médico, o Dr. Joseph Shelly Riley e sua esposa Elizabeth, acreditaram em seu trabalho e
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 12
usaram esse método durante anos. Riley aprimorou as técnicas e fez os primeiros diagramas e desenhos
detalhados dos pontos reflexos localizados nos pés.
Fitzgerald, seu colega Bowers e Riley desenvolveram e aprimoraram a teoria da terapia por
zonas, mas foi a assistente de Riley, Eunice Ingham, que fez a maior contribuição para o surgimento da
moderna Reflexologia. Foi através de sua incansável pesquisa e dedicação que a Reflexologia tornou-se
o que é hoje. Ela estabeleceu a distinção entre a terapia por zonas, de maneira geral, e o trabalho com os
reflexos dos pés.
Eunice Ingham (1879-1974) deveria ser considerada a mãe da moderna Reflexologia. Ela
usou a terapia por zonas em seu trabalho, mas sentiu que os pés deveriam ser os alvos específicos da
terapia, devido a sua natureza altamente sensível. Ela mapeou os pés em relação às zonas e a seus efeitos
sobre o restante da anatomia até chegar a produzir nos próprios pés um “mapa” de todo o corpo. O seu
trabalho foi tão bem sucedido que sua fama disseminou-se e ela agora é reconhecida como a fundadora da
Reflexologia dos pés.
Eunice Ingham levou sua obra ao público e a pessoas estranhas à comunidade médica, porque
percebeu que os leigos poderiam aprender as técnicas reflexológicas apropriadas e, assim ajudar a si
mesmos, a suas famílias e amigos. Foi convidada para falar em convenções e compartilhar seu
conhecimento com pedicuros, massagistas, fisioterapeutas, naturopatas e osteopatas. Ela viajou pelos
Estados Unidos, durante mais de 30 anos, ensinando o seu método através de livros, diagramas e
seminários a milhares de pessoas de dentro e de fora da comunidade médica. Escreveu dois livros sobre o
assunto: “Stories the Feet Can Tell” (1938) e “Stories the Feet Have Told” (1963).
A teoria das zonas é considerada a base da moderna Reflexologia dos pés e a maioria dos
reflexologistas usa a terapia por zonas como um útil complemento para o seu trabalho.
Hoje, graças aos esforços destes pioneiros, a Reflexologia se espalhou pelo mundo sendo
conhecida e utilizada em mais de vinte países representados por suas associações. Durante os anos que se
seguiram, pessoas como Eunice Ingham aprofundaram seus estudos nos pés, criando os primeiros mapas
reflexos.
O segundo momento e com uma explicação voltada para a ciência ocidental acontece quando
alguns brasileiros vão ao Paraguai na Década de 80 buscar a técnica no CONARAS. O curioso em ambos
os casos é o fato de haver pouca iniciativa quanto à visibilidade, por um lado por falta de competência
administrativa e por outro, e principalmente, para evitar conflitos com a medicina ortodoxa.
Erik Motta Pereira se forma foi uma destas pessoas. Formou-se qual Reflexólogo no
CONARAS no ano de 1986. Em 1992 passa a técnica para Osni Tadeu Lourenço. Em seguida ambos
Esta estrutura logo ficou sendo conhecida e em pouco tempo haviam várias pessoas atuando
quais reflexoterapeutas. Num segundo momento muito próximo todos se separaram e passaram a dar seus
próprios cursos, basicamente para ex-pacientes.
A apostila sobre Reflexologia que tinham em mãos era composta de poucas páginas. Isto
restringia os resultados e mais ainda as explicações. As explicações filosóficas orientais pouco
elucidavam as dúvidas e não satisfaziam. A saída encontrada foi adquirir muitos livros de anatomia e
fisiologia e estudar muito.
Lançaram mão da literatura terapêutica ocidental, bem como da oriental. Esta última há muito
falava a respeito do assunto. Tendo os grandes pensadores do passado e da atualidade como referência e
partindo do pressuposto que tudo no universo tem um padrão, estes terapeutas se dedicaram a estudar qual
era a função do órgão no organismo humano e qual era esta co-relação, até porque muita coisa já havia
sido descoberta e constavam nos livros.
Que o emocional interfere no físico e que o físico interfere no emocional, sempre foi de
conhecimento da ciência. Exemplo: uma mulher no período menstrual fica nervosa por causa dos
hormônios. Uma gastrite nervosa significa que o portador da doença apresenta problemas gástricos
quando fica nervoso. Logo, se existe um caso pode haver outros. Outros padrões e suas co-relações foram
sendo percebidos.
Tendo como base o que os pacientes estavam dizendo, a leitura de livros que tratavam do assunto
(psicossomatização), vários anos de pesquisa observando centenas de pacientes, tais terapeutas chegaram
a algumas conclusões. Denominaram esta linha de conhecimento de “Co-Relação de Órgãos com o
Emocional” (CROE). A partir deste momento era possível afirmar quais eram alguns sintomas
O livro “Linguagem dos Pés” possui uma linguagem difícil de compreender pelo fato de ter sido
escrito do holandês para o inglês e daí para o português, e parece não ter sido favorecido com a devida
interpretação e sim, somente com uma simples tradução. Por esse motivo Osni Tadeu passou a pesquisar
o assunto da linguagem dos pés e a resultante dessa ação foi a ampliação e o desenvolvimento da técnica.
Este estudo mereceu uma citação no próximo livro que Imre lançou em holandês.
Durante esse encontro ao final de 1998, depois de muita conversa e projeções, Osni convida
Esmeralda e Ademilson a fazerem parte da ABRT e auxiliá-lo a estruturar uma escola em parâmetros
empresariais e consequentemente um curso de Reflexologia que tivesse a estrutura necessária. Formado
em Administração de Empresas, Ademilson Zerede havia se especializado em treinamento. Havia dado
início à sua carreira na área de Recursos Humanos em 1979 onde teve a oportunidade de passar por todas
as áreas (setor de pessoal, cargos e salários, recrutamento e seleção de pessoal e treinamento) e possuía
excelente experiência em ministrar e estruturar cursos, sendo esta a sua expertize.
Em agosto do ano de 2000, Ademilson, Esmeralda, Osni e mais três pessoas fundam um
instituto de fato e de direito, o “IOR – Instituto Prof. Osni Tadeu de Reflexologia e Pesquisa S/C Ltda”.
O objetivo dessa proposta foi a de formatar uma empresa que pudesse atender às necessidades financeiras
que a ABRT não podia atender (por força de lei) por ser uma entidade sem fins lucrativos. Ficou decidido
que o Instituto levaria o nome do professor Osni pelos esforços que este vinha fazendo quanto às
pesquisas na área, pela visibilidade na mídia e para diferenciar tais estudos das massagens nos pés tão
comuns no país.
Em 2002 Osni lança pela Ground o livro: “Reflexologia Podal – Sua Saúde Através dos Pés”.
O livro é exatamente a apostila de “Primeiros Socorros em Reflexologia” que todos aqueles pioneiros
vinha utilizando para ministrar seus cursos e o fazem até hoje. O material ficou excelente e é um
referencial na área no país.
4.8. Psico-Reflexoterapia
Osni veio desenvolvendo o seu trabalho procurando fundamentar suas pesquisas em teorias
científicas. Tais estudos sempre foram baseados em terapia individual e, além dos estímulos nos pés,
sempre utilizou metáforas, letras de músicas e sinopses de filmes para auxiliar no tratamento dos seus
pacientes.
Por outro lado, o professor Zerede veio desenvolvendo o seu trabalho ao longo dos anos
fundamentado também nas teorias dos grandes pensadores atuais, utilizando-se de dinâmicas de grupo,
metáforas, músicas, filmes e experiências pessoais e alheias objetivando o desenvolvimento pessoal e
profissional nos cursos que ministrava.
Assim que iniciou suas atividades na ABRT, o professor Zerede proporcionou aos seus integrantes
conhecimentos e técnicas para expressão em público fundamentadas na PNL (Programação
Neurolingüística). Passados uns três anos as dinâmicas de grupo já faziam parte do curso de Reflexologia
do IOR e eram ministradas pelo professor Zerede. Numa tarde, enquanto conversavam sobre técnicas de
aprendizagem, Osni teve um “insight”. E se juntassem uma metáfora com aquele exercício da PNL,
“Estado de Excelência”? Experimentaram ali mesmo esta possibilidade. Este era o embrião para o
desenvolvimento de mais uma técnica. Portanto, tendo como base os conhecimentos da PNL e das
dinâmicas de grupo do professor Zerede, as metáforas que ambos utilizavam e os conhecimentos de
psicologia que vinham pesquisando nos livros, deu-se origem à técnica que passou a ser conhecida como
“Psico-Reflexoterapia”. Embora a estrutura, objetivos e sequência continuem os mesmos, ao longo destes
anos várias modificações foram feitas em termos de conteúdo e de linguagem visando a segurança e o
conforto dos pacientes.
Atualmente, a Reflexologia é mais abrangente e eficiente por contar com a soma de quatro
técnicas que se completam entre si:
A Reflexologia milenar (patologias e órgãos);
A Psico-Reflexoterapia (Metáforas formatadas na linguagem da PNL);
A Análise da Personalidade Pela Estrutura dos Dedos dos Pés – APPDP;
A Co-Relação de Órgãos com o Emocional - CROE (patologias e emoções).
Posteriormente alguns deles também fizeram o curso no IOR e juntamente com ex-alunos mais
recentes abriram suas próprias estruturas para ministrar cursos de Reflexologia. Alguns aplicam as quatro
técnicas acima descritas, outros suprimem uma ou outra e ainda outros acrescentaram outras técnicas, tais
como Musicoterapia, Forais de Bach, Quiropraxia, Oligoterapia, Aromaterapia, Auriculoterapia, etc.
Dois anos se passaram e o projeto ficou conforme o professor Zerede havia idealizado. Agora só
faltava encontrar os parceiros ideais; profissionais da área e com mentalidade empresarial para abrir a
nova escola. Como as leis que regem o universo são sábias e a Lei da Atração é poderosa, o professor
Zerede foi procurado por dois ex-alunos (já há alguns anos profissionais reflexoterapeutas) e grandes
amigos para justamente este propósito; abrir uma escola de Reflexoterapia!
Depois de várias reuniões e ajustes no projeto idealizaram esta nova escola de Reflexologia.
Portanto, a partir do primeiro dia de janeiro de 2010 é fundada a REVITAE - ACADEMIA DE
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PESSOAL S/C LTDA. Seus fundadores por ordem alfabética são:
Ademilson Zerede, Glauco C. Rocha e Richard Alamino Shimada.
Esta estrutura tem o propósito primeiro de formar profissionais na técnica da Reflexoterapia. Num
segundo momento tem por objetivo disponibilizar outros conhecimentos para que seus alunos se tornem
cada vez mais preparados quanto ao trato consigo mesmo e com outras pessoas sejam estas seus
familiares, amigos ou pacientes.
Trata-se também de uma organização voltada à pesquisa científica na área da saúde tendo como
base o tratamento em Reflexoterapia. Tem como objetivo tornar seu curso de Reflexoterapia uma Pós-
Graduação.
Outro motivo da fragilidade da técnica no Brasil e em outros países diz respeito à sua explicação.
Ou está baseado em pressupostos energéticos ou espirituais ou numa mistura de ambos. A explicação fica
vaga, genérica e insuficiente. O mais intrigante é que isso satisfaz a necessidade de conhecimento de
muitas pessoas. Até porque muitos dos que respondem assumem ares de sapiência e quem pergunta não
quer expor mais a sua ignorância e assume a posição de quem entendeu. Outro motivo da explicação
satisfazer é porque quem ouve também tem como referência pressupostos energéticos e/ou espirituais.
Por exemplo, é necessário saber como se origina uma doença para que seja possível realizar a
manutenção da saúde. Em cada célula existem vários agentes de manutenção da vida. Um desses agentes
responsáveis pelo metabolismo da energia nutridora (ATP) é a mitocôndria. A mitocôndria pode ser
comparada com a “indústria” da célula. Se a célula precisar de mais energia para melhor efetuar suas
tarefas, a mitocôndria se divide e praticamente dobra a quantidade da energia a ser utilizada. Se por algum
impedimento esse mecanismo fica debilitado, esta célula começa a ficar doente. Para que haja o
restabelecimento adequado, dependemos do pleno funcionamento de outros sistemas.
Portanto, a respiração e digestão são os dois fatores responsáveis pela matéria prima do ATP.
Outros fatores são:
Uma boa distribuição desta energia e da troca de gases. Isto é feito através de um bom
funcionamento do sistema circulatório;
Uma boa comunicação do estado geral da célula com o centro de controle do corpo (Sistema
Nervoso). É feita através de transmissão neuronal ou nervosa que inicia na célula através das
terminações nervosas;
Um bom sistema de manutenção da célula, que envolve a retirada dos resíduos depositados
nos interstícios celulares (espaços entre as células), papel este desempenhado pelo sistema
linfático.
O mecanismo das doenças (fisiopatologia) funciona da seguinte forma, tomando por exemplo uma
patologia no estômago:
O estômago perde as defesas contra os ácidos gástricos, gerando uma patologia;
Comandos nervosos informam o cérebro da patologia via medula;
Retorna do cérebro a resposta em forma de sintomas, enviando algumas vezes agentes
corretivos.
Em todos estes anos e pelas várias pesquisas que foram feitas e pela constante observação, a
comprovação da teoria acima se baseia em:
Pesquisa em livros;
Resultados obtidos;
Consulta a médicos;
Feedback do paciente;
Abreviação do tempo de terapêutica.
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 18
Esta teoria explica que quando há um processo patológico (doença) descargas elétricas (fortes)
saem do cérebro através de canais eferentes, percorrem a coluna vertebral via medula, passando pela
coluna lombar e descendo pelos nervos raquidianos das pernas até as terminações nervosas livres que se
encontram nos pés. Tais descargas elétricas criam um campo eletromagnético que acaba gerando uma
concentração sangüínea ao seu redor, impedindo que esse sangue retorne aos vasos sangüíneos de
maneira natural. Isso afeta a perfeita comunicação nervosa, pois obstrui parte dos neurônios envolvidos
na comunicação órgão/cérebro.
Muitas vezes essas concentrações (bolsas de sangue ou micro-edemas) se tornam até perceptíveis
ao tato, dando a impressão de “cristais”. Em contrapartida, quanto maior a concentração de sangue, mais
fortes são os sintomas das doenças quer sejam elas físicas, quer sejam emocionais.
Através dos estímulos dados a essas terminações nervosas dos pés, avalia-se pela dor a intensidade
do distúrbio, dissolvem-se tais bolsas de sangue e se restaura a comunicação, avisando ao cérebro por
meio de canais aferentes, a enviarem defesas (agentes corretivos) para a melhora da circulação, para o
favorecimento da limpeza intersticial. Com isso o organismo é desintoxicado, melhorando o poder de
absorção dos nutrientes, propiciando assim o reequilíbrio da saúde física e emocional.
Uma maneira simples de explicar o acima exposto é dando um exemplo prático. Retomemos o
caso do estômago:
O órgão (estômago) via medula informa ao cérebro que está com problema;
Uma parte da informação volta também, via medula, do cérebro para o órgão em forma de
sintomas;
A outra parte da informação desce do cérebro, saindo pela coluna lombar via medula,
passando pelos nervos raquidianos das pernas até as terminações livres dos pés.
Por meio de descargas elétricas é criado um campo eletromagnético causando uma hiper
sensibilidade nos terminais nervosos correspondentes ao órgão afetado que, uma vez
pressionados, doem proporcionalmente ao grau da patologia. É por este motivo que é possível
avaliar qual é o órgão afetado e a dimensão do problema;
Estímulos em tais terminais nervosos comunicam ao cérebro a situação descrita acima,
fazendo com que o cérebro direcione sua atenção ao órgão afetado, proporcionando o
restabelecimento da sua saúde (homeostase). Ou seja, uma vez restaurada a comunicação entre
órgão e cérebro, por informá-lo da necessidade de enviar defesas (agentes corretivos) para o
órgão afetado pelos estímulos, isto faz com que seja propiciada a melhora da saúde física e
emocional do paciente.
Existe um pensamento que diz: “Se não fizer bem, mal não pode fazer”. A verdade é que este
conceito está errado. Os seguintes exemplos mostram o porquê:
MASSAGEM: Se fizermos pouca pressão, não teremos resultado nenhum e o resultado
máximo será uma agradável massagem;
HIPER-ESTÍMULO: Se usarmos de muita pressão poderemos estimular demais o paciente e o
estímulo terá o efeito contrário, causando um hiper-estímulo;
LESÕES: Se usarmos de muita pressão poderemos causar alguma lesão no pé do paciente;
FITOTERAPIA: Existem doses certas a serem ingeridas por dia, a pouca dosagem não surtirá
o efeito desejado e o uso excessivo provocará desarranjos orgânicos ou até uma grave
intoxicação.
Partindo do pressuposto que tudo no universo tem um padrão, o interessado num trabalho sério
como a Reflexologia fica com muitas dúvidas. Por exemplo: no mapa da Reflexologia israelense a coluna
vertebral está do lado oposto ao da maioria dos outros mapas. Diante disso, existe apenas uma opção: um
dos dois mapas está errado. A pergunta lógica seguinte é: Qual dos dois?
Voltando aos mapas. Chegaram às mãos daqueles primeiros Reflexologistas mais de dez mapas.
Alguns com pontos no mesmo lugar, mas muitos em lugares totalmente diferentes. Partindo da premissa
que a clínica é soberana, ficou fácil descobrir o ponto de qual mapa estava certo. Tendo como parâmetro
o exemplo acima, foi só apertar o ponto indicativo do fígado de cada um dos mapas. Aqueles que não
doeram foram descartados, não importa quão reconhecida a autoridade de quem o publicou, ou por quanto
tempo se acreditava nisso. Afinal de contas o mundo era achatado até pouco tempo atrás! O fato de
alguém, muitas pessoas ou todos no mundo acreditarem em algo, não o torna verdadeiro caso realmente
não o seja.
Atualmente os terapeutas são orientados por um mapa baseado na anatomia humana. Também
foram acrescentados muitos outros pontos extras tais como o hipocampo e amígdala cerebral. Estes
estudos e pesquisas permitiram localizar mais de cem pontos e áreas até o momento; alguns coincidem
com estudos e mapas já conhecidos, outros não.
4.10.3. A Ciência
Se o estudo tiver como premissa a ciência e não apenas a filosofia, fica fácil de descobrir a
verdade, porque o pesquisador vai questionar tudo e todos, inclusive, e principalmente, a si mesmo.
Ciência é simples e para algo ser considerado científico precisa privilegiar os seguintes três quesitos:
Ser repetitivo;
Ser previsível;
Ser mensurável.
Além de privilegiar esse três quesitos, passa pelas seguintes sete etapas:
A PERCEPÇÃO de um fenômeno;
A OBSERVAÇÃO desse fenômeno;
A CONSTATAÇÃO desse fenômeno;
O ESTUDO desse fenômeno;
A TEORIZAÇÃO desse fenômeno;
A moderna Reflexologia se encontra na quinta etapa quanto à tabela acima; na teorização desse
fenômeno.
Há uma mentalidade preocupante por parte de muitos que trabalham com terapias não ortodoxas.
Por não se preocuparem com estudos aprofundados, mas somente com os resultados e por possuírem
pressupostos energéticos e/ou espirituais, há uma inclinação muito forte a agarrarem-se a “gurusismos” (a
palavra não existe) e defenderem exacerbadamente os conceitos de antigos pensadores.
Simplesmente não continuam a partir de onde tais pensadores pararam; ora porque morreram, ora
porque na época não havia os conhecimentos que possuímos hoje. A própria medicina estava envolta em
espiritualidade, mas nem por isso ficou inalterada. Pouca coisa sobrou dos pressupostos de Hipócrates.
Ficaram apenas os méritos de ter iniciado uma linha de raciocínio, e como história, nada mais. Até o
juramento dele foi modificado ao longo do tempo.
Portanto, alguns ficam agarrados aos ensinos desses antigos pensadores e têm uma enorme
dificuldade em criticar seus estudos, como se isso fosse um sacrilégio, um desrespeito.
4.10.4. Os Estímulos
Outro pressuposto quanto aos estímulos nas terapias não ortodoxas diz respeito a sedar ou
tonificar; não concordamos com isso. O objetivo é apenas estimular as terminações nervosas dos pés
através dos mais variados modos a fim de alcançar um bom resultado. Quanto a se o efeito será sedar ou
tonificar, o próprio Sistema Nervos é que se encarrega disso. Exemplo: alguém procura o terapeuta
porque tem o “intestino preso”. O terapeuta dará os estímulos na área intestinal. Outro o procura porque
tem o “intestino solto”. O terapeuta dará os estímulos na mesma área. O objetivo do terapeuta não será o
de soltar o que está preso e vice-versa e sim, de estimular o Sistema Nervoso para que este busque o
equilíbrio (homeostase) de que o corpo precisa.
A melhor maneira de produzir tais estímulos é com o uso dos dedos, principalmente com o
polegar. A posição mais apropriada deste estímulo deve consistir de uma pressão que pode ser contínua
ou alternada e que pode variar de 20 segundos a 3 minutos.
Objetos, tais como caneta ou algo parecido, também podem ser utilizados. Serão de grande ajuda
não só no caso dos iniciantes que ainda não desenvolveram plena habilidade com os dedos, como também
nos casos em que o pé do nosso paciente apresente uma pele mais resistente. Tubo de caneta comum (tipo
Bic) ou lápis, rolinho de madeira; esferas sintéticas, de aço, vidro ou borracha não flexível - são todos de
grande ajuda.
Convém salientar que o uso destes aparelhos cabe a profissionais que já têm experiência e
domínio da técnica. Embora muitos terapeutas são veementemente contra o uso de instrumentos, pois
Obviamente não o faziam porque não existia energia elétrica naquela época. Se ainda estivessem
vivos, provavelmente o fariam, afinal eram grandes pensadores. É mais ou menos parecido com a atitude
daqueles terapeutas puristas de técnicas comprovadamente reconhecidas, tais como a psicologia. Bradam
com veemência: “Mas Freud nunca falou isso!” É lógico que não falou; não teve tempo, pois morreu
antes. Se tivesse continuado a viver ampliaria suas pesquisas e certamente chegaria a conclusões até
mesmo mais assertivas. Chega a ser engraçado.
4.10.5. A Pressão
A pressão exercida sobre os terminais nervosos pode produzir efeitos indesejáveis em alguns
casos. Para ilustrar, uma terapeuta aplicou a técnica para insônia em duas pessoas. Ela comentou no dia
seguinte da aula: “Não sei o que houve, apliquei a técnica em uma pessoa e ela dormiu como nunca e
apliquei em uma segunda pessoa a mesma técnica para o mesmo problema de insônia, mas a segunda
disse que não conseguiu dormir absolutamente nada.” O que ocorreu neste caso foi que embora os
estímulos fossem dados nos mesmos locais, a pressão exercida no segundo caso fora exagerada, fazendo
com que o paciente tivesse efeito contrário ao esperado.
Por isso a pressão é classificada conforme a tolerância do paciente e não segundo a força do
terapeuta. Embora a média de pressão seja aproximadamente de três quilos com o polegar, isso não pode
servir de regra. Para facilitarmos o uso da pressão dividimos a dor em quatro categorias:
Não dói;
Dói (mas o paciente não esboça nenhuma reação);
Dói muito (o paciente esboça alguma reação);
A dor é insuportável (o paciente puxa o pé).
A dor causada pela pressão dos dedos das mãos do reflexoterapeuta nos pontos reflexos dos pés do
paciente deverá ser sempre suportável para este último. Quando um paciente reclama de um sintoma, os
pontos reflexos dos pés deverão estar doendo com apenas um estímulo de pressão média. Caso isso não
ocorra, não deverá ser usado o máximo da força, pois isso poderá ocasionar lesão no pé do paciente.
Muitas vezes o paciente não sente dor no pé, mas está doente. Pode ser que há um bloqueio na
cervical ou ele tem dificuldades de se expor. Nestes casos é necessário adotar os seguintes procedimentos:
Desbloquear a cervical;
Circundar todo o ponto reflexo a fim de encontrá-lo com maior precisão.
Uma vez encontrada a dor, não será necessário o uso de muita força e o trabalho poderá seguir
como anteriormente explicado. As dores das terminações nervosas nos pés demonstrarão o grau da
patologia ou sintomatologia. Pela dor é possível saber a gravidade do problema. Quando ao menor toque
for encontrada a categoria quatro (ou seja, a pessoa puxar o pé), é necessário trabalhar com muito
cuidado. Caso a dor seja muito insuportável em relação aos outros pontos é aconselhável encaminharmos
o paciente a um médico especialista e com o acompanhamento deste, associado à Reflexoterapia, os
benefícios do tratamento serão agilizados e potencializados.
Em casos crônicos de dores, é necessário diminuir um pouco a pressão para que seja confortável
ao paciente, ao passo que aumentamos o tempo a ser trabalhado variando em torno de 2 a 3 minutos em
pontos específicos.
A preocupação maior cabe a partir do momento em que este começa a tratar mais individualmente
as patologias e suas causas. Neste caso é preciso ter um profundo conhecimento das doenças, suas
manifestações (que órgãos estão envolvidos com a doença) e suas causas, a fim de estimular no local
certo, com a pressão correta e pelo tempo necessário.
Em outras palavras, é tudo aquilo sobre o que não temos o controle, nos enfraquece, nos debilita.
Que é capaz de alterar nosso humor e disposição, que nos esvazia, nos frustra, nos faz sentir menores,
menos, incapazes, incompetentes, incompletos, inadequados, inferiores. Pode ser uma dor, um tumor ou
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 24
uma lesão, ou ainda qualquer alteração de personalidade que nos incomoda como por exemplo: irritação,
ansiedade, medo, etc. A isto damos o nome de sintomas de uma doença e posteriormente, a própria
doença.
O impressionante é que a doença pode até mesmo não existir. Que a doença que a pessoa sente é
algo muito desejado por outra. Alguém se sente muito mal por ser alta, por exemplo. Já outra gostaria de
ter a sua altura, e se acha muito baixa. Tem o cabelo liso e detesta isto. Gostaria que fosse mais crespo,
enquanto outra vive alisando os cabelos. Talvez seja magra e é tudo o que a outra pessoa deseja. E
aqueles ombros largos, como são desproporcionais! Ou não suporta ver suas longas pernas no espelho.
Acha um horror ter mamas tão grandes e encontra-se numa mesa de cirurgia para diminuí-los justamente
ao lado de outra que está enxertando silicone para aumentar os seus. A lista é infindável e retrata a
complexidade de uma doença.
Sem mencionar a parte emocional. Imagine aquela criança que tem à vista e à mão sua queria
mamãe. Um dia não a encontra, por mais que chore e chame por ela. Seu subconsciente racionaliza: “Ela
não está mais aqui, foi embora. Se foi embora, me abandonou. Se me abandonou é porque não me ama
mais”. E lá se instalou um sentimento de rejeição. Mas, ela ainda não tem capacidade para entender que
sua querida mamãe está no hospital cuidando da avó que está em fase terminal. A rejeição nem existiu de
fato, mas existiu de direito. O que realmente importa é o sentimento; a interpretação do fato. E isto ela vai
carregar na vida até que a doença seja extirpada por algum tipo de tratamento.
Mencionamos também, algumas observações na nossa prática. Por exemplo: diabetes alguns
poucos meses depois de a pessoa assumir o papel de forte. Talvez por ocasião da morte de um ente
querido onde todos se encontravam em total desespero. Alguém tinha que assumir o papel de forte, não
chorar, consolar todos e correr atrás dos documentos e assuntos afins. Ou câncer depois de uma grande
frustração ou decepção.
“A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano
de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas,
pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação entre mente,
corpo, alma e espírito que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais.
Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de
sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental,
social ou familiar.
Por isso, na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser
um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer e, por isso mesmo,
Hipócrates, o pai da medicina, no seu aforismo já citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para
poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou
queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma janela de
oportunidade para o autoconhecimento!
O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho[1], como "uma ideologia
sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e,
ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Passou por séculos de
elaboração até ser definida pela primeira vez por Heinroth (psicossomática, 1918 e
somatopsíquica, 1928). A Psicossomática evoluiu das investigações psicanalíticas que contribuem
para o campo com informações acerca da origem inconsciente das doenças, a vantagem que o
indivíduo obtém, mesmo que indiretamente, quando adoece, etc. Em seguida dos estudos
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 25
behavioristas com homens e animais. Atualmente a psicossomática tem se desenvolvido segundo
uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles,
médicos, fisioterapeutas e psicólogos.
Esta abordagem de Júlio Mello Filho corrobora com a visão de centenas de pesquisadores pelo
mundo afora. É lógico que entendemos que este assunto carece de mais pesquisas, mas isto também é
válido para qualquer outra área do saber. E quanto mais pesquisarmos, mais comprovações científicas
obteremos. E é desta forma que a ciência nasce; passando necessariamente pela observação.
Outra definição pode ser obtida pela observação de distúrbios que fogem aos padrões
estabelecidos. É comum taxar pessoas diferentes desses padrões como pessoas doentes ou com
problemas. Por este motivo torna-se complicado tomarmos uma posição neste respeito.
Tem-se observado, contudo, que quando o paciente reconhece o problema descobrindo que está
doente quanto mais rápida for a busca pela devida ajuda física ou emocional, mais rápida será sua
recuperação.
Logo, torna-se claro o papel importante do paciente na sua recuperação. Para que esta recuperação
seja mais rápida hoje em dia, muitos agentes da saúde estão esclarecendo mais e mais aos seus pacientes o
que realmente está acontecendo com eles e como é que a terapia em uso irá afetar diretamente seu
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 26
organismo. Visto termos um Sistema Nervoso Central responsável por toda a manutenção do corpo, uma
vez informado sobre a terapêutica ele reagirá mais para permitir que o efeito seja maior.
As medicações não existem para enfeite; são absolutamente decisivas no tratamento de muitas
patologias. Onde estimular no caso de uma infecção generalizada? Envolvem pelo menos vinte e cinco
pontos, mas somente depois que o paciente estiver tomando antibiótico ministrado por um médico.
Onde estimular no caso de uma fratura? Envolvem pelo menos vinte e cinco pontos, mas somente
depois que o paciente estiver passado por um ortopedista, se submetido a uma cirurgia (caso necessário) e
tomando as medicações ministradas pelo médico.
Então, porque se tratar com a Reflexoterapia se a pessoa já está sendo tratada pela medicina
alopática? Nesse caso a Reflexoterapia potencializará a medicação ministrada e diminuirá o tempo de
recuperação. Muitas vezes a medicação se encontra no organismo, mas não nas células. Como o Sistema
Nervoso não está desenvolvendo suas funções adequadamente, os receptores de membrana celular não
estão abrindo para receber a medicação e/ou os nutrientes necessários. Nesse instante a Reflexoterapia
Esse procedimento tem sido utilizado em pacientes internados, que estão sendo medicados, mas
não querem que lhes seja ministrado transfusões de sangue. Um terapeuta pode ir até ao hospital para
auxiliar no problema. O resultado é impressionante. Num instante o paciente está totalmente pálido e
prostrado e em pouco tempo está corado e muitas vezes se levanta e vai ao banheiro sozinho. Não é raro
profissionais de hospitais ficarem aflitos diante deste quadro. O que aconteceu? Muito simples, o
organismo não estava absorvendo a medicação e a Reflexoterapia fez com isso acontecesse. Mas, o que
fez com que o paciente sarasse; o tratamento médico ou a Reflexoterapia? A junção de ambos. O primeiro
provisionou o que o paciente estava precisando e o outro fez com que ele absorvesse essa provisão.
Então o paciente não sararia nunca? Talvez, mas isso levaria muito mais tempo, teria que tomar
muito mais medicações, custaria muito mais caro e causaria muito mais sofrimento - completamente
desnecessário.
No início, é necessária uma aplicação por semana. Conforme o organismo da pessoa vai
respondendo aos estímulos, as aplicações passam para uma vez a cada quinze dias, uma vez por mês e
uma vez a cada dois meses, passando assim, de terapia corretiva para terapia preventiva (de manutenção).
É desejável que o consultório seja um lugar agradável, arejado, amplo, claro, isento de
badulaques, imagens religiosas e de barulho. O paciente precisa se sentir bem e à vontade neste ambiente.
Alguns se utilizam de aromas e/ou música durante o seu trabalho. Mas, é necessária muita cautela ao
lançar mão destes recursos porque sons e cheiros remetem as pessoas a eventos do passado, trabalhando
qual ancoragem para coisa agradáveis ou nem tanto.
Alguns colocam imagens de paisagens rodando na tela do computador, com ou sem música. Isto
também é algo que agrega à terapia. Óleos também podem ser usados com ou sem aroma durante e depois
da sessão. Novamente cautela; muitos pacientes ficam aflitos com a sensação de óleo nos pés
principalmente para andar depois porque os pés ficam escorregando no calçado. Se o calçado for aberto
pior ainda porque suja muito mais.
É importante que o paciente se acomode numa cadeira apropriada para a técnica. Jamais esquecer
que transmite muita confiança, respeito e credibilidade quando o reflexoterapeuta higieniza as mãos
imediatamente após atender o paciente porque lhe é transmitida a mensagem que este procedimento foi
feito antes do seu atendimento.
Depois que o paciente for embora o reflexoterapeuta passará para a ficha de retorno todas as
informações relevantes referente àquela sessão. Ter um histórico preciso do paciente é importantíssimo
para a evolução do tratamento, bom como para as devidas pesquisas e análise de padrões. Isto quando for
pela primeira vez. Caso seja retorno é importantíssimo que o reflexoterapeuta reveja as informações do
paciente antes dele chegar (preferencialmente separar as fichas antes de começar o dia) para montar o
protocolo de tratamento e planejar o que será dito durante a sessão (qual metáfora, argumento, música,
poesia, etc.).
Desnecessário dizer que as fichas dos pacientes, com tantas informações pessoais, são altamente
sigilosas. Precisam ser guardadas sem a possibilidade de outra pessoa, seja ela quem for (até mesmo outro
paciente), ter acesso. Caso o reflexoterapeuta tenha seu consultório em casa o cuidado precisa ser
redobrado. Armário com chave e cuidados deste tipo deve ser a ordem do dia.
É importante sim que o reflexoterapeuta deixe bem claro ao paciente que ele está à disposição a
qualquer hora para esclarecimentos; e é lógico, dar o telefone de contato. Caso o paciente ligue
desesperado por causa destes efeitos o reflexoterapeuta tranquilizará o paciente informando-o de que é
uma reação esperada e que em dois, no máximo três dias passa.
Foi percebido também que muitos pacientes “dão uma caída” depois da terceira consulta; parece
que voltou tudo. Sem problemas; volta a recuperar nas próximas sessões.
4.11.1. Vantagens
Quais seriam as vantagens de uma empresa ou Órgão Público proporcionar essa técnica aos seus
profissionais? Esta pergunta está respondida por tudo o que foi exposto anteriormente. Mas, gostaríamos
de incluir alguns dados sobre saúde e doenças coletados da mídia e que são substancialmente reduzidos
com a aplicação da Reflexoterapia.
4.11.2. Depressão
Algo muito comum que acontece quando o Sistema Nervoso está prejudicado é abalar o Sistema
Endócrino (glandular) responsável pelos hormônios. Um dos efeitos disso é a depressão. “A Organização
Mundial da Saúde prediz que até 2020 a depressão será a segunda causa principal de invalidez no
mundo, atrás apenas das doenças cardíacas” (o grifo é nosso), afirma a revista U.S.News & World
Report. “Esse grave problema de saúde pública está sendo considerado cada vez menos como questão
estritamente de ordem psicológica”. Segundo Philip Gold, responsável pela neuroendocrinologia clínica
do Instituto Nacional de Saúde Mental, “a depressão é realmente a única doença sistêmica que afeta - e
complica - quase todas as outras doenças”. A depressão pode até desencadear enfermidades como
doenças cardíacas e diabetes. Por exemplo, pesquisas mostram que pessoas com depressão “têm coração
mais rijo, com menor capacidade de responder aos diferentes níveis de necessidade que o corpo tem de
sangue e de oxigênio”, indica o artigo. Também, “o cérebro com depressão envia sinais de que ele
precisa de mais energia, o que pode desencadear a produção de cortisona, aumentando assim a taxa de
açúcar no sangue”. Pode-se perceber também a relação da depressão com a osteoporose e o câncer.
Estão sendo realizados estudos para verificar se o tratamento da depressão pode alterar o resultado final
dessas enfermidades. (The Melancholy Body, by Marianne Szegedy-Maszak - 16 /12 2002, pp. 48-9).
4.11.3. Estresse
Falar sobre alcoolismo ou depressão está se tornando comum entre os executivos. Mas admitir que
o estresse é um problema continua a ser tabu. A Revista Exame trouxe um artigo sobre estresse na sua
edição de número 783, escrito por Daniela Diniz. O problema é grave, está matando e precisa ser
combatido com todas as forças. Os dados são impressionantes e intrigantes. Observaremos abaixo a maior
parte dessa excelente reportagem.
Aconteceu há dois anos. Às 11 horas da noite, quando o engenheiro paulista Tito Mesquita Garcia
Filho, de 40 anos, sócio da Empreiteira Cronograma, estava se preparando para dormir, sua vista direita
apagou. “Ficou tudo preto”, diz ele. “Eu abria e fechava os olhos, mas o lado direito continuava escuro”.
Perturbado, Garcia Filho foi para o hospital, onde ficou internado por dois dias. O médico chegou a
desconfiar de um tumor no cérebro e submeteu o paciente a vários exames. Os resultados não acusaram
nada e a hipótese do tumor foi descartada. Restava o primeiro diagnóstico já exaustivamente repetido para
Garcia Filho em anos anteriores, mas que ele sempre ignorava: estresse. “Achava que isso poderia
acontecer com qualquer um, menos comigo”, diz.
A frase é típica entre executivos que levam a vida abusando dos próprios limites. Eles só
costumam perceber que o corpo pede uma pausa quando a produtividade cai ou quando a memória dá
sinais de fadiga. A essa altura, já não dá mais para esconder que o estresse existe e que ele, de fato, é um
problema.
Nos Estados Unidos, os gastos das empresas com o estresse e suas conseqüências são estimados
em 300 bilhões de dólares por ano. A gravidade do problema vem sendo comparada ao alcoolismo, à
depressão, à dislexia ou à compulsão sexual, questões sobre as quais muitos executivos começam a falar
mais abertamente. Exagero?
Embora não classificado como doença (já que é uma reação normal do organismo), se perdurar
por muito tempo, o estresse, além de afetar a vida pessoal, pode levar ao sofrimento físico e à morte. “É a
porta de entrada para inúmeras doenças”, diz Marilda. Enquanto os sintomas são considerados leves, o
estresse passa despercebido. "Sempre tive enxaquecas fortes, mas aprendi a administrar a dor", diz Garcia
Filho. “Era só andar com comprimidos e tomar quando ela começava a dar sinais”. Depois do susto, ele
começou a praticar natação para aliviar as tensões do trabalho.
A dor passa a fazer parte da rotina, assim como a gripe ou as insônias. “As pessoas aprenderam a
se adaptar ao estresse”, diz a psicóloga Eliana Audi, diretora da Auster, consultoria paulista especializada
em comportamento. “O executivo não nota que dorme menos, trabalha mais e reduz o tempo de vida”.
Atualmente, homens e mulheres de negócios são o principal alvo de estudos sobre estresse. Um
estudo realizado pelo escritório brasileiro da International Stress Management Association (Isma), uma
organização voltada para a prevenção e para o combate ao estresse, revelou que as principais causas do
problema entre os executivos são os constantes enxugamentos das empresas, a ansiedade em relação ao
desempenho pessoal e a falta de perspectiva na carreira. “A estrutura horizontal das empresas vem
aumentando o nível de estresse do executivo”, diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, presidente da
Isma no Brasil. “Os departamentos estão mais enxutos, sobrecarregando o trabalho dos profissionais e
aumentando a pressão”. Segundo Ana Maria, hoje o brasileiro está 30% mais estressado que há uma
década. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional,
dos Estados Unidos, mais da metade dos americanos que trabalham considera o estresse como o maior
problema de sua vida. O quadro piorou após os atentados de 11 de setembro de 2001 e com a crise por
eles gerada.
A maneira mais fácil de identificar a passagem do estresse positivo para o negativo é prestar
atenção no próprio desempenho profissional. Quando a rotina frenética deixa de ser uma catalisadora de
energia positiva e passa a desgastar o corpo, a mente e até a vida pessoal, é sinal de que alguma coisa está
fora do normal. Foi o que aconteceu com o carioca Ronaldo Magalhães, de 44 anos, vice-presidente do
grupo Sul América. Há quatro anos, Magalhães foi promovido a diretor executivo do grupo e teve de
administrar o aumento de responsabilidade, um número maior de subordinados e as longas jornadas de
trabalho. “Saía do escritório com a sensação de que poderia ter feito mais”, diz Magalhães. “Muitas
vezes, achei que não daria conta da posição”. Ele já não lembrava de datas importantes, não tinha
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 31
paciência com os filhos e perdeu a concentração até para assistir à TV. “Não sabia mais como controlar
minha vida”, diz.
Foram três meses para que a conscientização do estresse impulsionasse uma mudança no seu
estilo de vida. Primeiro, Magalhães adotou a corrida como aliada. Passou também a prestar atenção na
alimentação e a administrar melhor o tempo. “Hoje sei recusar certas responsabilidades que estão além
da minha capacitação”, diz ele. “Aprendi a conhecer meus limites”.
O caso de Magalhães é uma exceção dos estressados. A maioria não toma essa atitude sozinha.
Como ocorreu com Garcia Filho, muitas vezes é necessário um episódio mais grave ou uma cutucada do
próprio chefe para chamar a atenção. “A empresa tomou uma decisão por mim e me fez enxergar que meu
lugar não era lá”, diz uma executiva mineira, ex-gerente de uma consultoria, que também não se sente à
vontade para falar sobre o assunto.
Depois de passar quatro anos trabalhando mais de 10 horas por dia, administrando insônias e
enxaquecas e galgando posições na empresa, ela chegou a um impasse. “Fui designada a passar dois
anos em outro país”, diz ela. “A viagem não fazia parte dos meus planos e não aceitei”. Nesse caso, não
caberia "não" como resposta e ela foi demitida. “Era admirada pelo perfeccionismo e até pelo estresse”,
diz. “A empresa encarava isso como sinônimo de produtividade”. Ao ser demitida, a executiva sentiu-se
aliviada. “Era uma decisão que não tinha coragem de tomar”, diz.
Algumas empresas ainda mantêm a postura de sugar o máximo dos profissionais sem olhar para
sua satisfação pessoal o que só aumenta o receio de falar sobre o tema. Mas isso tem diminuído,
principalmente quando o estresse começa a afetar não só a saúde dos funcionários, mas também o caixa
das empresas. Atualmente, 35% das empresas americanas mantêm programas para a saúde e a qualidade
de vida dos funcionários. No Brasil, apenas 5% adotaram essa postura. A consultoria Ernst & Young é
uma delas. A empresa colocou em prática atividades como massagens e palestras, para chamar a atenção
do funcionário. Além disso, proibiu horas extras e obrigou todos a tirarem férias. "Chamo de
desorganizado quem diz que não pode tirar férias", diz Júlio Sérgio Cardoso, presidente da Ernst &
Young, autodenominado um ex-estressado. “Quero o executivo sempre capaz e não aquele que espera
adoecer para reconhecer os limites”.
O Citibank decidiu agrupar os projetos sobre qualidade de vida num único programa, chamado No
Stress. Por meio dele, o funcionário pode usar 2% do seu salário anual em atividades não previstas no
plano de saúde. O banco adotou também horário flexível para boa parte dos funcionários e inaugurou sete
salas de relaxamento. “Com essas medidas, metade do pessoal consegue se antecipar ao estresse
negativo”, diz Délsio Klein, diretor de recursos humanos do Citibank. “Há ainda a outra metade que não
admite ou não reconhece o estresse”.
Uma pesquisa com 25.000 executivos brasileiros expõe, de forma alarmante, os efeitos
devastadores do estresse sobre a vida pessoal e o mundo dos negócios. Como quase todos os homens e
mulheres de negócios bem-sucedidos, o executivo carioca Roberto Thimóteo da Costa tem uma rotina
marcada pela pressão constante, pela cobrança de resultados, pela falta de tempo, pelo excesso de
informação. Diretor financeiro do BNDES, ele é responsável por negociações complicadíssimas, nas
quais um erro pode resultar em alguns milhões de dólares de prejuízo e manchas na reputação difíceis de
serem removidas. Hoje, suportar essa enorme carga de tensão quase faz parte do perfil do executivo ideal.
O problema é que o corpo, uma máquina limitada e falível, nem sempre responde da forma esperada. Foi
o que aconteceu com Costa.
Trata-se de uma espécie de epidemia que tomou o ambiente de negócios e passou a fazer parte das
preocupações cotidianas de executivos e empresários. Uma pesquisa feita pela Med-Rio, uma das maiores
clínicas de check-up do país, mostra a dimensão do problema no Brasil. Nos últimos cinco anos, a Med-
Rio examinou 25.000 executivos de todo o país, com idade entre 30 e 75 anos. Os resultados são
alarmantes. Cerca de 70% deles sofrem de altos níveis de stress, um quadro agravado por problemas
comportamentais. A pesquisa mostra que 80% dos profissionais avaliados têm alimentação
desequilibrada, 65% são sedentários, 60% estão acima do peso ideal, 50% consomem bebidas alcoólicas
regularmente e 40% fumam. É gente que vive no limite e pode cruzar a linha que separa a saúde da
doença a qualquer momento.
O stress está para o executivo assim como a dor está para o atleta profissional. Dentro de certos
parâmetros, a convivência com ele é quase obrigatória. O sinal vermelho se acende de forma
normalmente dramática quando esses limites são ultrapassados. Os resultados se manifestam em níveis de
gravidade variados. Podem ir de um patamar mais baixo, como obesidade e lesões de pele, a graus mais
altos, como depressão, perda do desejo sexual, derrame e enfarte. Uma pesquisa recente feita pelo
hospital Albert Einstein, de São Paulo, com 2.064 executivos revelou que 22% deles tinham risco
vascular médio ou alto. Em outras palavras: se nada for feito, é enorme a probabilidade de esses
profissionais sofrerem um derrame ou um enfarte nos próximos dez anos. Os casos críticos são mais
comuns do que se imagina. A manifestação disso são as seis histórias aqui relatadas. Cada um com seu
drama particular, esses executivos são exemplos dos danos por vezes irrecuperáveis que o stress nas
alturas pode causar na vida profissional e pessoal.
A elevação dos níveis de stress é diretamente proporcional ao grau de superação exigido pelo
mundo dos negócios. Na luta pela sobrevivência, por resultados melhores, por mais participação no
mercado, as empresas esperam contar com espécies de super-heróis. Não basta ser competente. É preciso
ser o melhor. Não basta ser eficiente. É preciso ser criativo, antecipar mudanças, sugerir inovações,
garantir que elas dêem certo, bater um número maior de metas com recursos cada vez mais escassos. As
viagens de negócios se multiplicam. As férias rareiam. A estabilidade no trabalho, no mercado, no círculo
do sucesso, transformou-se numa quimera.
O desenvolvimento tecnológico, celulares, Internet, e-mail, fazem com que fiquemos o tempo
todo “no ar” e nos sintamos angustiados quando estamos, por algum motivo, desconectados do mundo lá
fora. É necessário fazer várias coisas. Tudo ao mesmo tempo. Uma pesquisa da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) revela que um executivo é interrompido em suas tarefas, em média, a
cada 7 minutos. Nesse ritmo, ao final do expediente, ele terá desviado sua atenção do centro de suas
atividades mais de 50 vezes. As 24 horas de um dia passam a ser insuficientes para dar conta do recado. O
cenário é angustiante. De um lado, há um mundo que muda numa velocidade sem precedentes. De outro,
uma estrutura física que se mantém desde o tempo das cavernas. É como se instalássemos softwares cada
vez mais poderosos numa máquina obsoleta.
Esse quadro gera insegurança, o maior motor do stress. O resultado é que executivos e
empresários têm freqüentado cada vez mais clínicas especializadas. Segundo a psicóloga Marilda Lipp,
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 34
presidente da Sociedade Brasileira de Stress e dona do Centro Psicológico do Controle do Stress, em
Campinas, no interior de São Paulo, nos últimos 18 meses houve crescimento de 30% no número de
executivos em busca de tratamento em sua clínica. “Com a redução dos quadros, os executivos passam a
responder por áreas com as quais não estão familiarizados”, diz Marilda. “O grande fator de angústia é
que muitos não se sentem à altura dos novos desafios”. Individualmente, profissionais de todas as áreas
estão sujeitos ao stress, tudo depende da forma como o organismo de cada um reage às pressões. Mas há
algumas indicações relacionando certas atividades ao esgotamento físico. Uma pesquisa da filial brasileira
do International Stress Management Association (Isma), uma organização não-governamental, revela que,
juntamente com médicos, enfermeiros e bancários, os executivos estão em terceiro lugar no ranking das
profissões mais estressantes. Só perdem para policiais, seguranças e controladores de vôo trabalhadores
que lidam com risco de vida, deles próprios ou de terceiros. Ou seja, os executivos são, sim,
especialmente atingidos pelo estresse.
O que ocorre no Brasil apenas replica o que se constata no resto do mundo. Nos Estados Unidos,
uma pesquisa recém-concluída pela Isma com 1000 executivos revelou que 72% deles sofrem de altos
níveis de stress. Uma parte desse total, 20% enquadra-se no patamar devastador do mal, aquele em que o
indivíduo somente consegue se recuperar com ajuda médica. Segundo a psicóloga gaúcha Ana Maria
Rossi, presidente da Isma no Brasil, casos desse tipo entre executivos aumentaram 39% na última década
no país. Não se trata apenas de uma alteração na quantidade de pessoas que enfrentam o problema. Mas
também do perfil do estressado. Ele está cada vez mais jovem. Há apenas uma década, de acordo com a
Soma, empresa paulista que presta serviços de recursos humanos para companhias como Petrobrás,
HSBC, Schincariol e Adidas, os executivos começavam a dar os primeiros sinais de stress elevado por
volta dos 50 anos. Hoje, esse processo começa muito mais cedo, aos 30.
Uma pesquisa da Isma com executivos e gerentes de vários países mostra que a média semanal de
horas trabalhadas no Brasil é superior a 49, uma das mais altas do mundo. De acordo com as análises da
organização, o executivo brasileiro trabalha cerca de 15% mais que o americano e 20% mais que o
europeu, só perdendo para o asiático. No atual cenário dos negócios, trabalhar muito é necessário, mas
não suficiente. É preciso dar resultados e a cada ano que passa eles precisam ser melhores. "Uma das
maneiras de aumentar o stress é multiplicar as avaliações de desempenho", diz o médico Gilberto
Ururahy, da Med-Rio. “Isso coloca os profissionais em evidência e faz a pressão subir”. São dois os tipos
de pressão que se elevam: a arterial e a do ambiente de trabalho. Um levantamento da OIT indica que, nos
Estados Unidos, o problema acarreta perda anual para as companhias de 300 bilhões de dólares
contabilizados sob a forma de faltas freqüentes, queda na produtividade, custos médicos e legais e
pagamento de seguros.
Talvez a face mais cruel desse problema é que o stress normalmente tem um caráter contagioso e
epidêmico. Executivos estressados tendem a criar um ambiente corporativo tenso. No livro “Como
Tornar-se um Bom Estressado” (Editora Salamandra), o psiquiatra e consultor de empresas francês Eric
Albert diz que a tarefa de procurar sinais de stress numa empresa começa pela observação atenta de seus
funcionários. “Se o comportamento deles é marcado pela pressa, pela agressividade e/ou pela queda da
produtividade, a empresa está estressada”, diz ele. Albert considera que o primeiro fator de stress no
mundo profissional está ligado às relações interpessoais. Estressado, o indivíduo sofre redução da
capacidade de comunicação com os profissionais com os quais se relaciona. Essa alteração pode assumir
formas diversas. Uma delas é o isolamento. No caso específico de empresas, é comum ouvir casos de
líderes que se fecham em seu mundo, deixam de compartilhar problemas, delegam pouco e puxam para si
toda a responsabilidade pelos resultados. Outra característica comum (e bem conhecida) do estressado é a
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 35
agressividade. Ela ocorre naturalmente quando o indivíduo está submetido a grandes constrangimentos.
Uma das qualidades do bom administrador é exatamente ser capaz de absorver o stress. Ele deve ser uma
espécie de esponja. Mas para isso, diz Albert, o executivo precisa ter o próprio stress sob controle.
O paulista Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente do banco de investimentos Fator, já foi
assumidamente um chefe propagador do stress coletivo. Em 1973, aos 27 anos, ele foi indicado para
presidir a Ficap, uma fabricante de cabos do Rio de Janeiro. “Queria tanto obter resultados rápidos que
quase destruí a equipe”, diz ele. “Houve uma queda tão grande na produtividade que foi necessária a
contratação de um consultor para melhorar as relações na companhia”. É inútil esperar que, de uma
hora para outra, as pressões desapareçam e o ambiente de trabalho se transforme numa espécie de
disneylândia profissional. O mundo dos homens e mulheres de negócios é difícil e deve continuar a sê-lo
por um bom período. Até porque, segundo os especialistas, esse público forma um meio de cultura
privilegiado para a disseminação do stress. Líderes empresariais são, por definição, pessoas competitivas
e exigentes consigo mesmas. “O excesso de trabalho é encarado, erroneamente, como uma espécie de
sinal exterior de produtividade”, diz o consultor Romano. “Parte do desgaste poderia ser evitada se os
profissionais definissem melhor suas prioridades”.
No livro O Homem que Confundiu Sua Vida com o Trabalho (do original em inglês, The Man
Who Mistook his Job for a Life), lançado recentemente no Brasil, o executivo americano Jonathon Lazear,
um workaholic em “processo de recuperação”, como ele próprio se qualifica, afirma que muitos
profissionais simplesmente não conseguem se desligar da empresa por estarem viciados em trabalho.
“Homens que se sacrificam dessa forma são sempre louvados como super-empreendedores. Quase
sempre a verdade é que, apesar de parecer produtivos, muitos deles se sentem absolutamente infelizes”,
diz ele. Lazear, dono de uma editora nos Estados Unidos, conta que ficara tão absorvido pelo trabalho que
não via mais a mulher nem os filhos. Percebeu que havia chegado ao limite quando, um dia, ao sair de
casa, perdeu a noção de para onde estava indo. O choque de ter a vida por um fio normalmente funciona
como o maior estímulo às mudanças de comportamento. Para o carioca Guilherme Bettencourt, presidente
da subsidiária brasileira da Xerox, o alerta surgiu na forma de um enfarte ocorrido em 1998. Desde então,
Bettencourt passou a fazer esteira cinco dias por semana. Parou de levar trabalho para casa, passou a ficar
mais tempo com a família e a se ocupar com outras atividades, como ir a óperas, concertos e livrarias.
4.11.4. Derrame
“Ao acordar, não senti meu braço”. Esse foi o comentário de Marilene Pereira Lopes, Ex-diretora
de comunicação corporativa da Coca-Cola, de 51 anos, falando sobre derrame (Acidente Vascular
cerebral – AVC) a EXAME em 16.06.2004.
É engraçado como não nos damos conta de que um dia podemos simplesmente pifar como uma
máquina. Em meio a uma rotina enlouquecida, só temos tempo para pensar na carreira e nos desafios
profissionais. A saúde fica esquecida. As pessoas acreditam que, se as coisas vão bem no trabalho, se a
vida profissional está em ascensão, todo o resto ficará bem. Foi preciso passar por um drama para
perceber que isso não é verdade. Aos poucos voltei a falar, ainda que com dificuldade. Resolvi pedir
demissão e fazer uma revisão da minha vida. Matriculei-me na faculdade de psicologia e, com ajuda dos
amigos e dos professores, vou enfrentando os desafios impostos pela doença.
4.11.5. Enfarte
“Por duas vezes, meu coração parou”. Na reportagem a Exame de 16.06.2004, essas foram as
palavras de Guilherme Bettencourt, Presidente do conselho de administração da Xerox do Brasil, de 56
anos. “A rotina é tão intensa que nem percebemos quando estamos perdendo qualidade de vida. A
carreira e a empresa eram meus principais objetivos, não sobrava tempo para mim. Via um mar de
oportunidades à minha frente e queria buscá-las a qualquer custo. Acabei me descuidando. Aos 36 anos,
quando ainda era controller da Xerox, tive um enfarte. Minha primeira providência foi parar de fumar.
Também comecei a fazer check-ups anuais. Aos poucos, eles foram rareando. Uma década depois do
primeiro enfarte, já tinha parado de fazer os exames. Além disso, não reduzi o ritmo de trabalho. Pelo
contrário, a cada passo que dava na carreira, trabalhava mais. Aos 50 anos, já como presidente da
empresa, sofri o segundo enfarte. Só então tive maturidade para ver que precisava mudar de verdade.
Minhas prioridades se inverteram. Hoje, saúde e família estão em primeiro lugar. A carreira vem depois.
Minha jornada termina às 17h30 e não levo trabalho para casa. Comecei a tirar um mês de férias por
ano e aprendi a buscar outros prazeres na vida. Para cuidar da forma física, faço meia hora de esteira,
cinco vezes por semana”.
“Sou muito exigido. Tenho de dar o exemplo para quem está abaixo e mostrar performance para
quem está acima. O sistema é baseado na cobrança. Quem não consegue administrar isso acaba sendo
engolido. Tenho de me policiar continuamente para não voltar ao ritmo anterior. Essa mudança
influenciou até a relação com meus filhos. Hoje sou mais tolerante com eles, pois aprendi que o stress e a
pressão não são as melhores maneiras de levar a vida”.
4.11.6. Exaustão
“Minha mulher me encontrou deitado sobre uma poça de sangue”. Essas foram as palavras de
Pedro Marques Azevedo, Gerente de tecnologia da Telemar em Belo Horizonte, de 44 anos, falando sobre
exaustão a Exame na mesma reportagem.
“Sempre senti necessidade de provar que sou bom no que faço. Trabalhava 12 horas por dia.
Achava que para mostrar que eu dava conta do recado tinha de marcar presença na empresa. As viagens
a trabalho eram freqüentes. Passava boa parte do tempo fora de casa. Há três anos, após uma semana
exaustiva de viagens, tomei o maior susto da minha vida. Em cinco dias, tive de implantar um sistema na
área financeira da Telemar em Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Voltei para casa, em Belo
“Muitas coisas mudaram depois desse episódio. Por recomendação médica, passei a caminhar
quatro vezes por semana e a cuidar da alimentação. Tenho horário para chegar ao escritório e nunca
saio do trabalho após as 19h30. Procuro seguir isso religiosamente, mesmo que o mundo caia. Comecei
a levar e a buscar meus filhos na escola e a almoçar em casa. Passei a lidar mais tranqüilamente com o
trabalho. Antes fazia tudo correndo para tirar os problemas da frente. Aos poucos, apurei meu senso de
urgência. Agora sempre questiono: ‘Vai morrer alguém se eu não fizer isso agora? Vamos perder
dinheiro? Precisam mesmo de mim no fim de semana?’ É claro que não é fácil mudar. São três anos de
aprendizado desde que desmaiei no banheiro. Ainda trabalho cerca de dez horas por dia, viajo de um a
dois dias por semana e meu celular fica sempre ligado. Gosto do que faço. Mas gosto ainda mais da
minha família e de mim mesmo."
4.11.7. Obesidade
Também na reportagem de 16.06.2004, Sidney Simonaggio, presidente da Rio Grande Energia
(RGE), de 46 anos, faz o seguinte comentário sobre obesidade: “Cheguei a pesar 160 quilos”.
"Sempre trabalhei muito e tive pouco tempo para cuidar da saúde. Como toda a minha família,
tenho tendência para engordar. Aos 42 anos, estava pesando 160 quilos e havia desenvolvido doenças da
obesidade. Eu sofria de hipertensão arterial, tinha pré-diabetes e colesterol alto. Em 2000, fui convidado
para presidir a RGE, uma distribuidora de energia do Rio Grande do Sul que havia sido privatizada. As
pressões profissionais aumentaram. Para piorar, comecei a fazer um curso noturno de direito. No mesmo
ano, resolvi me submeter a uma cirurgia de redução do estômago. Com isso, resolvi meus problemas.
Hoje peso oitenta quilos e minha saúde está estabilizada. Meu ritmo de trabalho continua alucinante. E
não pretendo mudá-lo. Trabalho cerca de doze horas por dia, vou à faculdade à noite e, antes de dormir,
ainda respondo aos e-mails profissionais. Levo tarefas para casa e muitas vezes trabalho nos fins de
semana. Minha família compreende minha rotina e não reclama. Isso reduz a tensão. É horrível ter que
trabalhar sendo cobrado pela família. Não me considero estressado, não pretendo mudar minha vida e
não há médico que vai me convencer de que estou fazendo tudo errado."
Um dos itens mais corriqueiros dos pacotes de benefícios oferecidos pelas companhias, a
assistência médica subsidiada para funcionários e dependentes, está colocando o mundo empresarial
numa encruzilhada. Garantir o plano de saúde é uma das práticas de recursos humanos mais difundidas e
um item decisivo de atração e retenção de talentos. O benefício é valorizadíssimo pelos funcionários, o
mínimo que eles esperam de uma empresa com uma política decente de recursos humanos. No Brasil,
país onde a classe média gasta 10% do orçamento familiar com saúde e no qual o sistema de atendimento
O problema que assombra as empresas aqui e lá fora é que a assistência médica está se tornando
um benefício financeiramente insustentável. Estima-se que os gastos anuais das companhias americanas
com esse item alcancem 389 bilhões de dólares. Se a economia dos Estados Unidos mantiver o ritmo
atual de crescimento, em 2008 uma grande corporação americana típica gastará com o plano de saúde o
equivalente a todo o seu lucro, segundo estimativas da consultoria McKinsey. No Brasil, dos 40,7 milhões
de beneficiários de planos de saúde, quase 30 milhões, mais de 70% do total, são vinculados a planos
contratados por empresas.
Essa seria uma notícia ruim se não houvesse outra pior: esse custo só tende a aumentar, graças
principalmente à combinação explosiva de dois fatores, a evolução da medicina e o envelhecimento da
população. As novas especialidades e tecnologias resultam em diagnósticos precoces, aumentam as
possibilidades de tratamento e cura e contribuem para ampliar a expectativa de vida. Isso é maravilhoso.
O lado perverso da história é que esses avanços se traduzem num aumento exponencial dos custos
relacionados à saúde. As novas tecnologias, mais caras, exigem altos investimentos e não substituem as
antigas. E a população, mais velha, demanda mais consultas, exames, medicamentos e internações.
O resultado é que a inflação médica tende a se manter acima da inflação média, o que torna o
financiamento da saúde um dos grandes desafios deste século. Segundo a ANS, a média de aumento nos
preços dos planos coletivos atingiu 11,69% entre maio de 2004 e abril de 2005. Num universo de 234
empresas consultadas numa pesquisa da consultoria de recursos humanos Towers Perrin, o percentual
médio de aumento do custo da assistência médica foi de 12,78% em 2004, para uma inflação
correspondente de 7,6%, de acordo com o IPCA. Para as empresas que oferecem o benefício, isso
significa que o valor desembolsado para pagamento do plano de saúde tende a crescer mais do que o
preço dos produtos ou serviços vendidos por elas no mercado – e provavelmente mais do que muitas de
suas despesas operacionais.
As companhias americanas hoje pagam 63% mais pela assistência médica do que há quatro anos e
87% mais do que há oito anos. Alguns economistas já apontam o custo proibitivo da saúde nas empresas
como um fator inibidor de contratações e reajustes nos salários.
Em abril deste ano, Richard Wagoner, o principal executivo da GM, anunciou um prejuízo
trimestral de 1,3 bilhão de dólares. “Os gastos com planos de saúde estão comprometendo a nossa
competitividade”, afirmou Wagoner na ocasião. Segundo ele, 1 500 dólares de cada automóvel vendido
pela empresa são usados para financiar a assistência médica dos trabalhadores.
A GM, que chegou a ter 600.000 funcionários nos Estados Unidos no final dos anos 70, passou
por décadas de enxugamento e hoje possui 2,5 aposentados para cada funcionário ativo. São 450.000
pessoas, entre aposentados e seus familiares, que permanecem vinculados ao plano de saúde graças ao
acordo firmado entre a companhia e o sindicato United Auto Workers.
A GM calcula que precisará gastar 5,6 bilhões de dólares com o benefício-saúde só neste ano.
Recentemente, durante as negociações com o sindicato sobre mudanças no benefício, a empresa anunciou
o fechamento de quatro fábricas nos Estados Unidos e a demissão de 25.000 empregados.
O número de empresas americanas que oferecem planos de saúde a aposentados caiu de 40% em
1993 para 21% em 2003. No Brasil, somente 19% das empresas consultadas pela Mercer afirmaram
oferecer o benefício a esse público. A lei brasileira que regulamenta o setor de saúde suplementar
determina que o funcionário que participou do custeio da assistência médica durante mais de dez anos
tem direito a permanecer no plano da empresa com cobertura vitalícia. Nesse caso, ele assume
integralmente o gasto -- mas sua permanência na mesma carteira dos empregados ativos joga para cima o
custo médio do plano.
O ponto que mais preocupa os especialistas é a contabilização dos compromissos assumidos pelas
companhias em relação a seus futuros aposentados. As normas de contabilização nacionais e
internacionais determinam que as empresas devem reconhecer nos seus balanços o passivo atuarial
referente aos benefícios pós-emprego, como aposentadoria e seguro-saúde. "Esse passivo é uma questão
preocupante, especialmente para as companhias públicas", diz o consultor Francisco Bruno, da Mercer.
“É um aumento que, no longo prazo, não temos como manter”, afirma Fernando Tadeu Perez,
diretor de recursos humanos do Itaú. A partir de agora, é o banco que vai distribuir carteirinhas, efetuar
reembolsos e negociar os contratos diretamente com hospitais, laboratórios e médicos. Essa rotina ficará a
cargo de uma equipe de cerca de 30 pessoas, responsáveis também por desenvolver programas de
qualidade de vida. O Itaú reduziu o número de operadoras contratadas no mercado para cuidar da
assistência médica dos funcionários do interior de São Paulo e de outros estados. “Dois anos atrás, o
plano era uma colcha de retalhos e chegamos a ter 70 prestadores de serviços em todo o país”, diz Perez.
“Agora são apenas cinco”.
UM RETRATO DO BENEFÍCIO
Uma pesquisa(1) da Mercer com 324 empresas um universo de 700 000 funcionários mostrou que:
Para um terço das empresas, o custo da assistência médica corresponde a mais de 9% da folha de
pagamento
85 reais é o gasto médio mensal por funcionário
71% das empresas oferecem planos de assistência odontológica
58% estabelecem contribuição fixa mensal do empregado
48% mantêm algum modelo de co-participação dos funcionários nos custos
19% oferecem plano de saúde a aposentados
18% oferecem cobertura a agregados
(1) Pesquisa realizada entre agosto e setembro de 2004
Com o aumento dos gastos com saúde, a tendência é que uma parcela maior da conta vá parar no
contracheque dos funcionários. A co-participação, na qual o usuário paga um percentual das despesas
com consultas e exames, é a alternativa número 1 das empresas na hora de rever seus planos. Na pesquisa
da Mercer, 48% das companhias afirmaram adotar algum modelo de co-participação. Numa pesquisa da
consultoria Watson Wyatt com 31 empresas dos setores de energia, telecomunicações e gás, o índice foi
de 94%.
A subsidiária brasileira da PepsiCo optou pela co-participação depois de observar que a média de
consultas e exames feitas pelos funcionários era 50% superior à recomendada pela Organização Mundial
de Saúde. Agora seus executivos pagam 30% dos gastos sempre que procuram o médico ou o laboratório.
“O sistema tem um caráter educativo importante”, diz Júlio Cesar Pegorini, gerente de recursos humanos
da PepsiCo. “É também mais justo porque, no nosso caso, quem não usa não paga nada”. Funcionários e
familiares receberam cartas e orientações sobre a mudança. No início deste ano, foi enviado um extrato
que compara os gastos com o plano antes e depois da co-participação. “Como a assistência médica mexe
com a saúde e com o bolso das pessoas, qualquer alteração precisa ser comunicada com transparência
para não afetar a satisfação”, diz Laiz Perazo, consultora da Towers Perrin. Segundo Pegorini, a
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 41
mudança na PepsiCo reduziu o índice de utilização do seguro-saúde, dado usado pelas seguradoras na
hora de renegociar seus contratos, em cerca de 20%.
Implementar a co-participação pode ter impacto nos custos num primeiro momento, mas está
longe de resolver definitivamente o problema. “As medidas de efeito duradouro são muito mais
complexas”, afirma Marcio Zanetti, consultor da Watson Wyatt. “Elas exigem que as empresas conheçam
detalhes da utilização dos serviços e acompanhem mais de perto a saúde dos funcionários”. Na
operadora de celular Vivo, a área responsável por essas questões tem status de diretoria. O departamento
analisa diariamente relatórios sobre o número de exames e consultas feitos pelos funcionários, as
especialidades médicas mais procuradas e os gastos com laboratórios e hospitais. A empresa possui dez
ambulatórios espalhados pelo país e uma equipe de 14 médicos. “Acompanhamos cada detalhe na ponta
do lápis”, diz o médico Michel Daud, diretor de qualidade de vida da Vivo. “"Na minha opinião, a
medicina não é cara, é mal gerida”.
A Vivo sabe, por exemplo, que o principal item de custos no seu plano de saúde são as
internações, responsáveis por 80% dos gastos. Por isso, seus médicos acompanham pessoalmente os
pacientes de maior risco e os casos especiais. Alguém precisou ser internado? Um médico da Vivo vai
para o hospital. Lá ele confere não apenas se o tratamento está adequado. Pode checar também, por
exemplo, se a lista de materiais solicitada para uma cirurgia não possui itens desnecessários. “Assim,
garantimos um atendimento de qualidade ao paciente e administramos também os custos”, diz Daud.
Segundo ele, o programa de gestão de saúde da Vivo fez com que o gasto de assistência médica por
funcionário caísse, em média, de 89 reais em 2003 para 69 reais no ano passado.
Administrar a utilização é uma das questões mais complicadas para as empresas. O funcionário
mal orientado pode achar que a carteirinha do convênio é como um cartão de crédito sem limites. “Como
o funcionário paga e tem direito ao serviço, ele usa, mesmo que esteja sadio”, diz o médico Marcos Bosi
Ferraz, vice-presidente do conselho de administração do laboratório Fleury e professor da Universidade
Federal de São Paulo. “O limite entre o uso racional e o absurdo nem sempre é claro”. No ano passado,
três funcionários da Convergys decidiram fazer cirurgias de redução do estômago. Detalhe: o
procedimento chega a custar 60.000 reais. “Tivemos de programar as cirurgias de forma que elas não
interferissem demais na média dos gastos”, diz Nascimento. “E já convencemos uma pessoa de que a
cirurgia não era o mais adequado para ela”.
Nos Estados Unidos, há empresas que pagam bônus para funcionários que se mantêm saudáveis e
gastam menos com assistência médica. “A prevenção é importante, mas seu retorno é difícil de medir e
não acontece no curto prazo”, diz o consultor Bruno, da Mercer. “As empresas deveriam investir
primeiro em gerenciamento da saúde e usar as economias para investir em prevenção”.
A aplicação da terapêutica poderá acontecer num dia inteiro específico ou em períodos durante a
semana conforme a disponibilidade dos ambientes individuais. Cada profissional beneficiário do projeto
receberá uma sessão de REFLEXOTERAPIA uma vez por semana até perfazerem o total de vinte (20) ou
menos, caso os resultados desejados já tiverem sido alcançados.
6.1. Cronograma
Profissionais reflexoterapeutas aplicando a técnica da REFLEXOTERAPIA em colaboradores de
empresas, uma vez por semana, em torno de quarenta e cinco minutos cada sessão, durante cinco meses a
partir do momento que a data for definida pelos gestores do presente projeto.
6.2. Orçamento
Para o projeto piloto, os itens necessários para a aplicação da técnica são:
Uma sala para os terapeutas próxima a toaletes;
Uma cadeira para cada paciente e outra para o cada terapeuta
Julgamos não haver custos neste caso por pressupormos que tais itens já existam na empresa.
O valor de R$ 100,00 (cem reais) para cada terapeuta para que este se desloque até a empresa uma
vez por semana.
Depois que o programa for estendido aos demais profissionais, será necessário uma cadeira
projetada para a atividade da Reflexoterapia (em torno de R$ 1.000,00 cada) para o paciente e uma
cadeira giratória (em torno de R$ 80,00) para o terapeuta.
Julgamos que tudo o que foi exposto seja suficiente para sensibilizar os gestores da empresa alvo
do presente projeto a considerá-lo viável. Com certeza os dividendos a colher serão grandes para todos os
envolvidos.
Existem milhares de maneiras inteligentes de gerar recursos para melhorar o nosso mundo e
aliviar a dor do ser humano e a REFLEXOTERAPIA é uma delas. É uma poderosa técnica a disposição
de todos se usada com racionalidade, sabedoria e sentimento. Canalizando nossos esforços para um
mesmo objetivo, poderemos fazer muito por tantas pessoas necessitadas. Tantos outros conseguem;
porque não haveríamos de conseguir também? Se os EUA foram capazes de gastar mais de 80 bilhões de
dólares nas décadas de 50 e 60 e mais de 10 anos no projeto de mandar o homem à Lua por pura vaidade,
será que não conseguiríamos fazer da REFLEXOTERAPIA uma sólida profissão no Brasil? Parece muito
mais fácil, barato e altruísta. Mas para que isto aconteça é necessário passar por cima de vaidades e
estrelismos. “Afundar a cara” nos livros e nas pesquisas. Estar atento para perceber os padrões que
existem em todo campo do saber. Juntar forças com o saber de outras áreas e lançar mão daquelas
descobertas para alavancar estas pesquisas. “Mas, isto vai levar muito tempo”, diriam alguns. E daí? O
mundo não vai acabar amanhã e nem nunca... estão com pressa do quê? 2080 chegará com ou sem
pesquisa na área; com ou sem projeto também. Então, porque não começar ontem?
ALBRECHT, Karl. Revolução nos Serviços. Pioneira, 2 ed., São Paulo: 1992.
ARANTES, et alli. Administração Mercadológica: Princípios e Métodos. FGV, 3 ed., Rio de Janeiro:
1978.
BREEN, George Edward & BLANKENSHIP, Albert B. Faça Você Mesmo Pesquisas de Mercado.
McGraw-Hill, São Paulo: 1991.
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. FAE, 1 ed., Rio de Janeiro:
FAE, 1986.
CASTIGLIA, Maria Pia. O Método Científico: Teoria e Prática. Mosaico, São Paulo: 1979.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. Makron Books, 4 ed., São
Paulo: 1993.
COOPER, Robert; SAWAF, Ayman. Inteligência Emocional da Empresa. Campus, Rio de Janeiro:
1997.
COVEY, Stephen R. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Elsevier, São Paulo: 2005.
CROSBY, Philip B. Qualidade sem Lágrima - a Arte da Gerência Descomplicada. Título Original:
Quality Without Tears. José Olympio, 3 ed., Rio: 1994.
CURY, Augusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Sextante, Rio de Janeiro: 2003.
DRUCKER, Peter F. Inovação e Espírito Empreendedor – Prática e Princípios. Pioneira, São Paulo:
1986.
DRUKER, Peter Ferdinand. A Prática de Administração de Empresas. Pioneira, São Paulo: 1981.
DRUKER, Peter Ferdinand. Administrando Para o Futuro - os Anos 90 e a Virada do Século. Pioneira,
São Paulo: 1992.
DRYDEN, Gordon & VOS, Jeanette. Revolucionando o Aprendizado. Título Original: The learning
revolution. Makron Books, São Paulo: 1996.
DUQUE, Francisco & GALVÃO, Mário. Treinamento: Homem Fábrica ou Homo Fazer? Duque &
Galvão, Rio de Janeiro: 1982.
ÉPOCA. A fábrica de Talentos da Vida Contemporânea Paulista. São Paulo: Globo, jun. 1999.
www.epoca.com.br/edic, ed. 200798.
FARHAT, Emil. Educação, a Novo Ideologia. T.A.Queiróz, 3 ed., São Paulo: 1984.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Nova Fronteira, 2
ed., Rio de Janeiro: 1986.
GASALLA, José Maria. Fábrica de Talentos. Título Original: La nueva dirección de personas. Gente,
São Paulo: 1996.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Atlas, São Paulo: 1991.
HERSEY, Paul & BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia Para Administradores de Empresas. EPU, 2
ed., São Paulo: 1977.
HOLLAND, J. G. & SKINNER, B. F. A Análise do Comportamento. EPU, 6 ed., São Paulo: 1980.
HOPCKE, Robert H. Sincronicidade – Ou Por Que Nada É Por Acaso. Nova Era, 2 ed., Rio de Janeiro:
2001.
KOTLER, Philip. O Marketing das Nações – uma Abordagem Estratégica Para Construir as Riquezas
Nacionais. Futura, São Paulo: 1997.
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina Andrade. Fundamentos de Metodologia. Atlas, São
Paulo: 1991.
LOBOS, Júlio. Encantando o Cliente: Externo e Interno. Lobos, São Paulo: 1993.
LUPORINI, Carlos Eduardo Mori & PINTO, Nelson Martins. Sistemas Administrativos: uma
Abordagem Moderna de Organizações e Métodos. Atlas, São Paulo: 1985.
MOLLER, Claus. O Lado Humano da Qualidade. Pioneira, 3 ed., São Paulo: 1992.
PALOMINOS, Roberto. Nem Acaso Nem Milagre – a Gestão do Compromisso. Gente, São Paulo: 1997.
PENNA, Antonio Gomes. Introdução à Psicologia Cognitiva. EPU, 2 Vol., São Paulo: 1984.
ROBINS, Anthony. Poder Sem Limites – o Caminho do Sucesso Pessoal Pela Programação
Neurolingüística. Best Seller, 25 ed., São Paulo: 1987.
SILVA, Marco Aurélio Dias da. Quem Ama Não Adoece. Best Seller, 14 ed., São Paulo: 1994.
SKINNER, Burrhus Frederic. Tecnologia do Ensino. EPU, 2 ed., São Paulo: 1972.
SOUZA, Francisco Alberto Madia de. Os 50 Mandamentos do Marketing. M.Books do Brasil, São
Paulo: 2005.
TZU, Sun. A Arte da Guerra. Jardim dos Livros, São Paulo: 2007.
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A Formação Social da Mente. Martins Fontes, São Paulo: 1987.
ZEREDE, Ademilson. Curso de Atendimento ao Cliente. REVITAE Consultoria, Ribeirão Pires, São
Paulo: 2008.
www.abril.com.br.
www.cmcsgabriel.med.br.
www.reflexology.com.
www.reflexology-uk.co.uk
REVITAE ACADEMIA Institucional Página: 50