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A FUNÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS BÁSICOS O que é Administração Finan

eira? A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador fi


nanceiro numa empresa. Os administradores financeiros gerenciam ativamente as fi
nanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não-financeiras, privadas ou públ
icas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma vari
edade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, a
dministração do crédito, análise de investimento e captação de recursos (Gitman, 1997, p. 4
. Qual o principal objetivo da Administração Financeira? O principal objetivo da Adm
inistração Financeira é o de maximizar a riqueza dos sócios/acionistas. Para tanto, as a
tribuições do Administrador Financeiro podem ser sintetizadas em três atividades básicas
: a) realização de análise e planejamento financeiro; b) tomada de decisões de investime
ntos; e c) tomada de decisões de financiamento. As atividades empresariais envolve
m recursos financeiros e orientam-se para a obtenção de lucros. Os recursos investid
os na empresa pelos proprietários (capital próprio – Patrimônio Líquido) e por terceiros (
capital de terceiros – Passivo Exigível) encontram-se aplicados em ativos empregados
na produção e/ou comercialização de bens ou na prestação de serviços. As receitas obtidas
as operações devem ser suficientes para cobrir todos os custos e despesas incorrido
s e ainda gerar lucros. Paralelamente a esse fluxo econômico de resultados, ocorre
uma movimentação de numerário que deve permitir a liquidação dos compromissos assumidos,
o pagamento de dividendos e a reinversão da parcela remanescente dos lucros. Nesse
contexto, a função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas com
a gestão dos recursos (tanto o numerário movimentado pelas empresas, quanto os dire
itos e obrigações decorrentes das transações realizadas a crédito) movimentados por todas
as áreas da empresa. Tal função, que possui um papel muito importante no desenvolvimen
to de todas as atividades operacionais, é responsável pela obtenção dos recursos necessári
os e pela formulação de uma estratégia voltada para a otimização da aplicação desses recurs
contribuindo significativamente para o sucesso do empreendimento. PRINCIPAIS AT
RIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO As funções do administrador financeiro na empresa
podem ser avaliadas em relação às demonstrações contábeis básicas da empresa. Suas três atr
primordiais são: a) análise e planejamento financeiro: esta função envolve: 1) transform
ação dos dados financeiros em uma forma que possa ser utilizada para orientar a posição
financeira da empresa e promover a sua continuidade; 2) avaliação da necessidade de
aumento ou redução da capacidade produtiva; e 3) determinação de que tipo de financiamen
to adicional deve ser realizado. Essas três atividades são sustentadas pelas decisões
de natureza estratégica, tática e operacional. Os demonstrativos contábeis, principalm
ente o Balanço Patrimonial e a Demonstração do resultado do Exercício, são importantes fon
tes de informações para elaboração de análise e planejamento financeiro. Cabe ressaltar qu
e o enfoque do caixa é essencial para o gestor financeiro. Assim, a utilização dos Flu
xos de Caixa também são imprescindíveis, destacando a principal diferença entre a ótica do
contador e a do administrador. Enquanto o primeiro gera informações com base no reg
ime de competência, o segundo precisa aplicá-las com base no regime de caixa, denota
ndo a importância dos Fluxos de Caixa nesta atividade; b) Administração da estrutura d
e ativo da empresa (Decisão de Investimento): o administrador financeiro determina
a combinação e os tipos de ativos que fazem parte do Balanço Patrimonial da empresa.
Essa atividade está relacionada ao lado esquerdo do Balanço. A composição refere-se ao m
ontante de recursos aplicados em Ativos Circulantes e em Ativos Permanentes (fix
os). Depois que a composição estiver definida, o administrador financeiro deve fixar
e tentar manter níveis ótimos para cada tipo de Ativo Circulante. Deve também decidir
quais são os melhores Ativos Permanentes a adquirir e saber quando os ativos exis
tentes se tornarão obsoletos e precisarão ser modificados, substituídos ou liquidados.
A determinação da melhor estrutura de ativo para a empresa não é uma tarefa simples; re
quer o conhecimento das operações passadas e futuras das empresas e a compreensão dos
objetivos que deverão ser alcançados a longo prazo. Existem várias
técnicas para avaliação dessas decisões, como a Taxa Média de Retorno, Payback (Prazo de R
etorno), VPL (Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno). c) Administ
ração da estrutura financeira da empresa (Decisão de Financiamento): relaciona-se com
o lado direito do Balanço Patrimonial da empresa e envolve as fontes de recursos.
Dois enfoques sustentam esta atividade do administrador financeiro: 1) a decisão d
e qual a composição mais apropriada entre financiamento a curto e a longo prazo a se
r estabelecida, o que é bastante importante, pois afeta tanto a lucratividade da e
mpresa como sua liquidez global; e 2) o juízo de quais as fontes individuais de fi
nanciamento, a curto ou a longo prazos, são as melhores, em dado momento. Algumas
decisões dessa natureza exigem uma análise profunda das alternativas disponíveis, de s
eus custos e de suas implicações a longo prazo. O Custo Médio Ponderado de Capital é uma
medida eficaz para este tipo de decisão. As atividades Financeiras podem ser assi
m sintetizadas: Levantamento e Alocação de Recursos a) Levantamento de recursos: rel
acionado à terceira função descrita acima, envolve o suprimento dos recursos necessários
às operações normais da empresa e captação de vultosos valores para investimentos em proj
etos com longos períodos de maturação. As fontes de recursos à disposição de uma empresa po
em ser classificadas de várias formas: • recursos próprios (capital integralizado, res
ervas e lucros retidos) e recursos de terceiros (compromissos assumidos e dívidas
contraídas); • recursos permanentes (recursos próprios e dívidas a longo prazo) e recurs
os temporários (compromissos e dívidas a curto prazo); e • recursos onerosos (provocam
despesas financeiras) e recursos não onerosos. É importante a adequação entre as fontes
e as aplicações de recursos em termos de prazos e custos. A compra de um equipament
o, cujo valor investido somente será recuperado em alguns anos por meio das receit
as de vendas, deverá ser financiada com recursos permanentes. Se forem utilizados
recursos provenientes de um empréstimo com prazo inferior ao da maturação financeira d
esse investimento, a empresa poderá enfrentar dificuldades para liquidar a dívida no
vencimento do contrato. Os juros e demais encargos incidentes sobre os empréstimo
s e financiamentos oneram o resultado econômico, reduzindo a parcela de lucro que
restará aos acionistas. Além disso, os emprestadores de recursos podem exigir garant
ias reais e impor condições contratuais que reduzam a flexibilidade de gestão da empre
sa. Mesmo os créditos obtidos junto aos fornecedores envolvem custo financeiro, re
presentado pelo desconto para pagamento a vista que deixou de ser desfrutado. Ob
serva-se a existência de custos explícitos, perfeitamente mensuráveis em termos de val
or e taxa. Somente umas poucas fontes de recursos de curto prazo não provocam cust
os financeiros, como salários, impostos a pagar, contribuições a recolher, etc. Os rec
ursos próprios envolvem um custo implícito que corresponde à expectativa de lucros dos
acionistas que não deve ser frustrada, sob pena de haver desinteresse em se conti
nuar participando do negócio. Assim, os recursos adicionais a serem fornecidos pel
os acionistas por meio de novas integralizações de capital e os lucros reinvestidos
envolvem um custo de oportunidade. Esse custo corresponde ao retorno que os acio
nistas obteriam com tais recursos em outras aplicações com o mesmo grau de risco sup
ortado por seus investimentos na empresa. b) Alocação de recursos: relacionada à segun
da função descrita acima, envolve a constante busca da otimização na aplicação dos recursos
para que seja alcançada a rentabilidade desejada e preservada a capacidade da empr
esa de pagar seus compromissos nos vencimentos. Essa responsabilidade amplia bas
tante os limites da gestão financeira, obrigando os executivos da área a conhecer to
das as fases de funcionamento da empresa e a analisar profundamente os novos pro
jetos de investimento. Alguns ativos são essenciais para o desenvolvimento das ope
rações, denominados ativos operacionais, constituídos por Ativos Fixos e Ativos Circul
antes (estoques, duplicatas a receber e disponibilidades), enquanto outros poderão
estar ou não relacionados com as atividades básicas do empreendimento, formados por
ativos de natureza operacional ou não (créditos diversos a curto e longo prazos, pa
rticipações societárias em outras empresas, imóveis alugados a terceiros, determinadas a
plicações financeiras, etc.). Os recursos aplicados nos ativos não são encontrados em ab
undância e envolvem custos financeiros e custos de oportunidade. Assim, é de se espe
rar que cada ativo contribua direta ou indiretamente para a geração de receitas e, c
onseqüentemente, de lucros. Meta da Administração Financeira
Quando alguém se dispõe a investir sua poupança em uma empresa, em vez de aplicá-la em a
lternativas mais seguras, está disposto a assumir certo risco em troca de um aumen
to no seu patrimônio ou riqueza pessoal. Assim, pode-se admitir que o objetivo pri
ncipal da empresa, e, por conseguinte, de todos os administradores e empregados,
é o de maximizar a riqueza de seus proprietários. A riqueza dos proprietários de uma
sociedade anônima é medida pelo preço da ação, representado pelo valor de mercado da empre
sa, ou seja, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no s
eu capital. Cada decisão financeira deve ter como meta o aumento do valor da ação. Nes
sa busca, duas variáveis conduzem as decisões: o retorno e o risco. São dois elementos
diretamente proporcionais: quanto maior o retorno esperado, maior o risco. Como
exemplo, podemos citar os investimentos em Caderneta de Poupança e em Ações. Enquanto
o primeiro tem menor retorno e menor risco, o segundo deve apresentar maior ret
orno em função do risco maior. Maximização do Preço da Ação Em um mercado de capitais plena
te desenvolvido, as cotações alcançadas pelas ações nas bolsas de valores devem refletir o
valor de mercado das empresas. Nos momentos de desequilíbrio, tais cotações podem apr
esentar-se superavaliadas ou subavaliadas, porém a médio prazo os preços das ações demonst
ram quanto o mercado está disposto a pagar pelas frações do capital de cada empresa. O
fato de uma empresa não ter ações cotadas em bolsa não constitui impedimento na determi
nação de seu valor de mercado. Resumidamente, pode-se dizer que o valor de mercado d
e uma empresa corresponde ao valor atual de seus lucros futuros. Desse modo, o v
alor de mercado de uma empresa é determinado pela sua capacidade de gerar lucros m
ediante o uso dos ativos, pela sua tecnologia e competência gerencial e pelo seu c
onceito junto aos credores e clientes. A meta da Administração Financeira coincide c
om o objetivo básico dos proprietários ou acionistas. As decisões financeiras são orient
adas para o aumento do valor de mercado da empresa. A meta da administração financei
ra é a maximização da riqueza dos acionistas, que constitui algo mais amplo e profundo
do que a maximização dos lucros. A maximização da riqueza envolve os seguintes aspectos
: a) retorno do capital próprio: os acionistas esperam ser remunerados por intermédi
o de dividendos e, principalmente, pela valorização de suas ações. O proprietário de uma aç
possivelmente espera receber seu retorno sob a forma de pagamentos periódicos de d
ividendos ou por meio de valorizações no preço da ação, ou ambos. O preço de mercado de uma
ação reflete um valor de dividendos futuros esperados, bem como de dividendos corren
tes; a riqueza do acionista (proprietário) na empresa em qualquer instante é medida
pelo preço de mercado de suas ações. Se um acionista numa empresa desejar liquidar sua
participação, irá vender a ação ao preço vigente no mercado ou bem próximo a dele. Uma vez
e o preço de mercado da ação, e não os lucros, é que reflete a riqueza do proprietário numa
empresa, num dado momento, a meta do administrador financeiro deve ser maximizar
essa riqueza; Exemplo: quatro anos atrás, o Sr. JK comprou uma ação da Cia. Alfa e um
a ação da Cia. Beta, cada uma ao preço de $100. Ambas as Cias. operam no mesmo ramo de
negócio. Durante o período de quatro anos, cada uma das empresas pagou um dividendo
anual de $1 por ação. A Alfa obteve um lucro anual de $2 por ação, ao passo que o lucro
anual da Beta foi $3 por ação. Atribui-se a diferença nos lucros ao fato de que a Alf
a despendeu uma grande importância para desenvolver um produto inovador, portanto
baixando seus lucros. A ação da Alfa está atualmente sendo vendida por $130 enquanto a
da Beta está sendo negociada por $110. Essa situação não é incomum, reflete o fato de que
, apesar dos maiores lucros da Beta, a ação da Alfa tem preço maior, que pode ser atri
buído à expectativa de que a venda bem sucedida do novo produto gerará maiores lucros
futuros, o que mais do que compensará os baixos lucros experimentados durante o pe
ríodo de desenvolvimento. A riqueza do Sr. JK na Cia. Alfa é maior do que sua riquez
a na Beta, apesar de os lucros da Beta serem maiores. b) perspectiva de longo pr
azo: a empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar investimentos
em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual
em troca de maiores benefícios futuros. A maximização do lucro é uma abordagem de curto
prazo; a maximização da riqueza considera o longo prazo. Do exemplo anterior, deve-s
e depreender que o maior preço da ação da Cia. Alfa resultou do fato de que suas decisõe
s de curto prazo relacionadas com o desenvolvimento de novo produto, embora baix
ando os lucros a curto prazo, produzirão maiores retornos futuros. Uma empresa que
deseja maximizar lucros poderia comprar maquinaria de baixa qualidade e usar ma
teriais também de baixa qualidade, ao mesmo tempo em que faria um tremendo esforço d
e vendas dos seus produtos por um preço que rendesse um elevado lucro por unidade.
Essa estratégia de curto prazo poderia resultar em lucros elevados para o corrent
e, porém, em anos subseqüentes, os lucros declinariam significativamente, pois os co
mpradores
constatariam a baixa qualidade do produto e o alto custo de manutenção associado à maq
uinaria de baixa qualidade. O impacto das vendas decrescentes e custos crescente
s tenderia a reduzir os lucros a longo prazo e, se não combatido, poderia resultar
na eventual falência da empresa. As conseqüências potenciais da maximização do lucro a cu
rto prazo provavelmente estejam refletidas no preço corrente da ação, que talvez seja
menor do que se a empresa tivesse perseguindo uma estratégia de prazo mais longo;
c) valor do dinheiro no tempo: os projetos de investimento envolvem fluxos de de
sembolsos e de entradas de caixa. Existem diversas técnicas para avaliar tais proj
etos, e algumas delas transformam os fluxos futuros de caixa em valores atuais,
por meio da aplicação de determinada taxa de desconto. Essa taxa de desconto deve re
fletir um custo de oportunidade dos recursos a ser investidos. Tal custo de opor
tunidade corresponde a uma taxa mínima de retorno exigida do projeto para que o va
lor de mercado da empresa não se altere. Considerando o valor do dinheiro no tempo
, a seleção dos projetos a ser implementados visará a aumentar ou, pelo menos, manter
o valor de mercado da empresa; Exemplo: uma Cia. está tentando escolher uma máquina.
Há duas máquinas que gerarão retornos durante um período de cinco anos e deverão custar $
3,00 por ação. Abaixo: os lucros esperados por ação diretamente atribuíveis a cada uma de
ssas máquinas: Embora pareça, com base apenas no objetivo da maximização do lucro, que a
máquina A seja a preferível, é bem possível que, uma vez consideradas as diferenças na épo
a de ocorrência dos benefícios, o impacto da máquina B sobre a riqueza do proprietário s
eja maior do que o da máquina A. O exemplo acima ilustra a superioridade da maximi
zação da riqueza sobre a maximização do lucro. A maximização da riqueza reconhece que os em
resários, mantendo todo o resto constante, preferem receber retornos mais cedo. Es
sa preferência está refletida no preço da ação, e não nos lucros. d) risco: o retorno deve
er compatível com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior ret
orno. A maximização do lucro não considera o risco, porém a maximização da riqueza consider
explicitamente diferenças no risco. Uma premissa básica na Administração Financeira é de
que existe uma relação entre risco e retorno; os acionistas esperam perceber maiores
retornos de investimentos de maior risco, e vice-versa. Os administradores fina
nceiros precisam, portanto, levar em conta o risco ao avaliar investimentos pote
nciais; Exemplo: uma Cia. está estudando a expansão de sua linha de produção em um de se
us dois novos produtos, C ou D. O produto C parece ser um produto relativamente
seguro para se investir, enquanto que o produto D é considerado um item de moda al
tamente arriscado. Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos
gerem os seguintes lucros por ação ao longo de suas vidas de cinco anos:
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do
lucro, parece que o produto D é o melhor. Contudo, se considerarmos que o produto
D é altamente arriscado, enquanto o produto C representa um investimento seguro, a
conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá apenas exigir um retorno de 10% sob
re o produto C, ao passo que, como compensação para o maior risco do produto D, tenh
a de se obter 15%. Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para
maiores riscos, é importante que o administrador financeiro considere adequadamen
te o impacto do risco sobre os retornos deles. A abordagem da maximização da riqueza
considera o risco, enquanto a maximização do lucro o ignora. A maximização da riqueza é,
portanto, a abordagem preferível. e) Dividendos: deve ser adotada uma política de di
stribuição regular de dividendos, independentemente das flutuações dos lucros, minimizan
do os efeitos negativos que possam afetar as cotações das ações. A empresa não deve desapo
ntar aqueles acionistas que apreciam receber dividendos periódicos. Os administrad
ores financeiros devem reconhecer que a política de dividendos da empresa afeta a
atratividade de sua ação para tipos particulares de investidores. Acredita-se que, s
e o retorno que os acionistas esperam receber for assegurado, tal fato terá um efe
ito positivo sobre o preço das ações, garantindo o sucesso de futuros lançamentos de nov
as ações no mercado. Áreas de Decisões Financeiras De uma maneira bastante abrangente, p
odemos identificar três áreas de decisões financeiras: a) decisões de investimento: refe
rem-se tanto à administração da estrutura do ativo quanto à implementação de novos projetos
A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empre
sas a se manter tecnologicamente atualizadas. Nenhuma empresa pode sentir-se seg
ura em boa posição conquistada, pois a qualquer momento algum concorrente poderá surgi
r com um produto melhor
e mais barato. Assim, as empresas são obrigadas a desenvolver continuamente novos
projetos e a tomar decisões sobre a sua implantação. Normalmente, isso significa a nec
essidade de vultosas somas adicionais de recursos e elevação no risco do empreendime
nto, uma vez que investimentos em novos tipos de ativos fixos têm efeitos prolonga
dos sobre a vida da empresa, e uma decisão inadequada poderá comprometer irremediave
lmente o seu futuro; b) decisões de financiamento: enquanto as decisões de investime
nto envolvem importantes aspectos de natureza não financeira, as decisões de financi
amento constituem responsabilidade exclusiva do administrador financeiro. As dec
isões de financiamento visam a montar a estrutura financeira adequada às operações norma
is e aos novos projetos a ser implantados na empresa. As questões envolvidas nas d
ecisões de financiamento referem-se à composição das fontes de recursos, que exigem anális
e profunda das alternativas existentes e de suas implicações futuras. São questões do ti
po: • Qual deveria ser a proporção entre recursos permanentes e temporários? • Quanto de r
ecursos próprios e quanto de financiamentos a longo prazo? • O reinvestimento de luc
ros seria suficiente para atender às necessidades de recursos próprios? • O mercado re
agiria bem ao lançamento de novas ações? • Qual seria o impacto dos custos financeiros p
rovocados pelos financiamentos a longo prazo e pelos empréstimos a curto prazo? • Em
vez de comprar ativos fixos, não deveríamos arrendá-los? c) decisões relativas à destinaçã
o lucro: o lucro obtido em cada exercício social representa a remuneração do investime
nto dos proprietários da empresa. Quanto desse lucro deveria ser distribuído aos aci
onistas e quanto seria retido para financiar a expansão dos negócios? Tal indagação reve
la que a política de distribuição de dividendos está diretamente relacionada com as deci
sões de financiamento. Distribuindo somente uma pequena parcela dos lucros, a empr
esa ficará menos dependente das fontes onerosas de recursos e ampliará a participação do
capital próprio na estrutura financeira. Quando a empresa pertence a reduzido númer
o de pessoas, essas decisões são tomadas por consenso ou por imposição do sócio majoritário
A dificuldade surge quando existe grande número de acionistas, e as ações são negociada
s nas bolsas de valores. Nesse caso, a política de dividendos estará orientada para
a maximização das cotações, devendo basear-se na avaliação das expectativas do mercado acio
io, que são influenciadas por diversos fatores conjunturais. Se a rentabilidade da
empresa for satisfatória, pode-se supor que a maioria dos proprietários prefira abr
ir mão dos dividendos. Porém, não deve ser desconsiderado que sempre existirão acionista
s desejosos de realizar, pelo menos, parte dos lucros. Uma empresa bem sucedida
sempre terá novos planos de investimentos que implicam a necessidade de recursos a
dicionais. Parte dessas necessidades poderá ser atendida com a retenção de lucros, e o
restante terá de ser financiado por meio de outras fontes. Uma política de dividend
os adequada favorece a manutenção dos preços das ações em níveis elevados, e isso poderá ga
tir o sucesso de futuros lançamentos de novas ações no mercado. ÍNDICES DE LIQUIDEZ (OU
SOLVÊNCIA) São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja
, constituem uma apreciação sobre a capacidade de a empresa saldar seus compromissos
com terceiros (Passivo Exigível). Esses índices são avaliados pelo critério de “quanto ma
ior, melhor” e não medem a efetiva capacidade de a empresa liquidar seus compromisso
s nos vencimentos, mas apenas evidenciam o grau de solvência em caso de encerramen
to das atividades. Um alto índice de liquidez não representa, necessariamente, boa s
aúde financeira. O cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequ
ada administração dos prazos de recebimento e de pagamento. Uma empresa que possui a
ltos índices de liquidez, mas mantém mercadorias estocadas por períodos elevados, rece
be com atraso suas vendas a prazo ou mantém duplicatas incobráveis nas Contas a Rece
ber poderá ter problemas de liquidez, ou seja, poderá ter dificuldades para honrar s
eus compromissos nos vencimentos. É importante avaliar a qualidade dos ativos. a)
Liquidez Corrente (LC): é o mais conhecido e utilizado dentre todos os índices finan
ceiros. Mostra a capacidade de pagamento (solvência) da empresa a curto prazo, por
meio da seguinte fórmula:
Para o estudo destes conceitos serão utilizados os seguintes dados relativos à Casa
das Novidades LTDA. Casa das Novidades Ltda. 2003 580.000 = 1,70 para 1,00 340.0
00 2004 650.000 = 2,32 para 1,00 280.000 VALORES EM R$ 2004 AC RLP AP PC ELP PL
650.000 ...........................580.000 40.000 .............................5
0.000 140.000 ...........................160.000 280.000 .......................
....340.000 150.000 ...........................100.000 400.000 .................
..........350.000 Ainda: 2004 ESTOQUES → 420.000 DISPONÍVEL → 10.000 2003 390.000 40.0
00 2003
Em 2003, existiam para cada $1,00 de obrigações exigíveis a curto prazo (PC) $1,70 de
bens e direitos realizáveis a curto prazo (AC). Em 2004, existiam para cada $1,00
de obrigações exigíveis a curto prazo (PC) $2,32 de bens e direitos realizáveis a curto
prazo (AC). Apesar do crescimento do índice de Liquidez Corrente, ressalta-se que
uma queda nesse índice nem sempre significa perda da capacidade de pagamento. Tal
fato pode ter sido ocasionado por uma Administração Financeira mais rigorosa diante,
por exemplo, da inflação, do crescimento da empresa, etc. Alguns aspectos relativos
à LC devem ser considerados: • índice de LC não revela a qualidade dos itens no AC (os
estoques estão superavaliados, são obsoletos, os títulos a receber são realmente recebívei
s?); • índice de LC não revela a sincronização entre recebimentos e pagamentos, ou seja, p
or meio dele não identificamos se os recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dív
idas vincendas; • índice de LC pode evidenciar uma situação pessimista, uma vez que o Es
toque está avaliado a custos históricos, sendo o seu valor de mercado acima do evide
nciado no AC, e o Estoque será realizado a valores de mercado e não de custo. b) Cap
ital Circulante Líquido: a análise do Capital Circulante Líquido não é feita em termos rel
ativos (quociente), mas pela diferença, positiva ou negativa, entre o valor global
do Ativo Circulante (AC) e do Passivo Circulante (PC). Se o Ativo Circulante fo
r maior do que o Passivo Circulante, tem-se Capital Circulante Líquido Positivo.
Caso contrário, se o Passivo Circulante apresentar-se com valor superior ao do Ati
vo Circulante, o Capital Circulante Líquido será negativo.
Aumento do Capital Circulante Líquido, confrontados os anos 1 e 2 = $ 2.000.
Aumento relativo do CCL no ano 2, em confronto com o período anterior = 22,2%. Aum
ento do Ativo Circulante = $ 17.500. Aumento do Passivo Circulante – em valor mone
tário = $ 15.500. COMPOSIÇÃO DO CCL A Figura abaixo evidencia o CCL (Capital Circulant
e Líquido) e seu papel na estrutura de capitais. O CCL pode ser encontrado por doi
s caminhos:
Aqui o CCL é mostrado como o excesso do Ativo Circulante sobre o Passivo Circulant
e.
Outro aspecto que merece ser ressaltado é a composição do CCL. O Patrimônio Líquido cobre
todo o Ativo Permanente e tem uma parte investida no Ativo Circulante. Essa parc
ela é chamada Capital Circulante Próprio ou Capital de Giro Próprio e representa a par
cela de capital próprio no Ativo Circulante. O CCL é, portanto, formado por dois de
tipos de recursos: a) Capital Circulante Próprio = Patrimônio Líquido – (Ativo Permanent
e + Realizável a Longo Prazo); b) Capital Circulante de Terceiros = Exigível a Longo
Prazo. Essa distinção é muito importante, porquanto o Capital Circulante Próprio perman
ecerá na empresa indeterminadamente, enquanto os Capitais de Terceiros de longo pr
azo têm um tempo limitado de permanência. Abaixo, as diversas possibilidades de comb
inação entre aplicações e origens de recursos: Capital Circulante Próprio maior que zero C
apital Circulante Próprio igual a zero Capital Circulante Próprio negativo Capital C
irculante Líquido negativo
AC RLP AP PC ELP PL CCL CCP
– – – – – – – –
Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Passivo Circulante Exigív
el a Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Circulante Líquido Capital Circulante Própri
o
Outro aspecto que merece ser ressaltado é o conceito de Capital Circulante Próprio (
CCP), que é a denominação dada ao excesso do Patrimônio Líquido sobre o Ativo Permanente.
Esse conceito também será abordado quando da análise dos Índices de Endividamento (IPL)
e do estudo da composição do CCL. O CCP pode ser apurado pela fórmula:
c) Liquidez Seca (LS): subtraindo-se do Ativo Circulante os estoques e as despes
as pagas antecipadamente, sobram os valores de maior liquidez, como as duplicata
s e outras contas a receber a curto
prazo, as aplicações financeiras e as próprias disponibilidades. Ao relacionar tais va
lores com o Passivo Circulante, tem-se uma medida mais rigorosa da capacidade de
solvência que é a Liquidez Seca. Esse índice oferece a vantagem de desconsiderar os e
stoques que necessitam ser vendidos para se transformarem em Contas a Receber ou
Caixa. É obtida pela fórmula:
Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante Casa das Novidades Ltda. 2003 580
.000 – 390.000 = 0,56 340.000 2004 650.000 – 420.000 = 0,82 280.000
Em 2003, para cada $1,00 de obrigações exigíveis a curto prazo (PC), a empresa dispunh
a de $0,56 de Ativo Circulante, exceto os Estoques, indicando que, se a empresa
parasse de vender, conseguiria pagar somente metade de suas dívidas. Já em 2004, par
a cada $1,00 de obrigações exigíveis a curto prazo (PC), a empresa dispõe de $0,82 de At
ivo Circulante, exceto os Estoques, evidenciando uma melhora significativa do an
o de 2003 para o de 2004. Se a LS = 1, pode-se dizer que a empresa não depende da
venda de seus estoques para saldar os seus compromissos de CP; quanto mais abaix
o da unidade, maior será a dependência de vendas para honrar suas dívidas. Alguns auto
res sugerem excluir, além dos estoques, todas as contas que não representam entrada
efetiva de recursos na empresa (Despesas Antecipadas, Impostos a Compensar, Adia
ntamentos a Funcionários, etc.). Qualquer que seja a fórmula, é importante que o anali
sta tenha conhecimento dos valores envolvidos e da relação expressa pelo índice. d) Li
quidez Geral (LG): mede a proporção dos bens e direitos a ser realizados a curto e l
ongo prazos em relação às dívidas totais, indicando uma folga na capacidade de solvência g
lobal.
Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Exi
gível a Longo Prazo Casa das Novidades Ltda. 2003 2004 650.000 + 40.000 = 1,60 par
a 1 580.000 + 50.000 = 1,43 para 1 340.000 + 100.000 280.000 + 150.000
Em 2003, para cada $1,00 de obrigações exigíveis a curto e longo prazo, existiam $1,43
de bens e direitos a curto e longo prazo. Para 2004, observa-se acréscimo na LG,
que resultou em $1,60. e) Liquidez Instantânea ou Imediata (LI): expressa o quocie
nte entre as disponibilidades e o Passivo Circulante. É calculado pela seguinte fórm
ula:
Disponibilidades: (Caixa + Bancos + Aplicações de Curtíssimo Prazo)
Passivo Circulante Casa das Novidades Ltda. 2003 40.000 = 0,11 para 1 340.000 20
04 10.000 = 0,04 para 1 280.000
Em 2003, para cada $1,00 de obrigações exigíveis a curto e longo prazo, existiam $0,11
de disponibilidades. Para 2004, observa-se uma redução de $0,07, passando a LI para
$0,04. Para efeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relaciona o disponíve
l com valores que vencerão em datas as mais variadas possível, embora a curto prazo.
Assim, temos contas que vencerão dentro de cinco ou dez dias, como também temos con
tas que vencerão em 360 dias, e que não se relacionam com a disponibilidade imediata
.
Apesar de a empresa manter certos limites de segurança, esse índice, se muito alto,
evidenciaria excesso de recursos ociosos no caixa, em bancos ou em aplicações de liq
uidez imediata, que perdem o poder aquisitivo com a inflação, ou então baixo volume de
dívidas a curto prazo. Nem sempre reduções sucessivas nesse índice representam situações c
nstrangedoras; podem significar uma política mais rígida de disponível e, até mesmo, uma
redução do limite de segurança. Sucessivas reduções na LI, com constantes e crescentes at
rasos no pagamento a fornecedores (detectados mediante informações comerciais obtida
s na praça), constituem indicadores relevantes de dificuldade financeira. ÍNDICES DE
ENDIVIDAMENTO (Estrutura de Capital) É por meio desses índices que analisamos o nível
de endividamento da empresa. Esses índices são avaliados pelo critério de “quanto maior
, mais cautela”. O Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de Terceiros
(Passivo Circulante e Passivo Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patri
mônio Líquido), portanto Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes (origens)
de recursos. São os índices de endividamento que informam se a empresa utiliza mais
recursos de terceiros ou recursos dos proprietários, e se os recursos de terceiros
têm seu vencimento em maior parte a Curto Prazo (Passivo Circulante) ou a Longo P
razo (Passivo Exigível a Longo Prazo). De um modo geral, as empresas recorrem ao e
ndividamento objetivo: 1) complementar os Capitais Próprios para realizar aplicações p
rodutivas em seu Ativo (ampliação, expansão, modernização, etc.): esse endividamento é sadi
, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos p
ara saldar o compromisso assumido; e 2) pagar dívidas que estão vencendo: por não gera
rem recursos para saldar seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos
. Permanecendo esse círculo vicioso, a empresas será séria candidata à insolvência e, cons
eqüentemente, à falência. a) endividamento geral ou endividamento total: expressa a pr
oporção de recursos de terceiros financiando o Ativo e, complementarmente, a fração do A
tivo que está sendo financiada pelos recursos próprios.
Casa das Novidades Ltda. 2003 440.000 = 0,56 → 56% 790.000
2004 430.000 = 0,52 → 52% 830.000
56% dos Recursos Totais originam-se de Capitais de Terceiros → idem 52% 56% do Ati
vo é financiado com Capital de Terceiros → idem 52%
Em 2003, dos recursos investidos no Ativo, 52% provêm de terceiros, e o restante (
48%) é próprio. Há predominância de capitais de terceiros na empresa. A empresa deve a c
urto/longo prazo 52% do seu Ativo. De 2003 para 2004, houve um pequeno decréscimo
no endividamento. b) Relações entre as Fontes de Recursos ou Grau de Endividamento o
u Participação de Capitais de Terceiros: revela qual a proporção existente entre Capitai
s de Terceiros e Capitais Próprios, isto é, quanto a empresa utiliza de Capitais de
Terceiros (Passivo Exigível) para cada real de Capital Próprio (Patrimônio Líquido).
Se multiplicarmos o quociente obtido por 100, obteremos a resposta em porcentage
m, ou seja, quanto a empresa utiliza de Capitais de Terceiros para cada R$ 100 d
o Patrimônio Líquido. Índice igual a 100%, então capital de terceiros igual ao capital p
róprio. Índice maior que 100%, então existe a predominância de capitais de terceiros. Índi
ce menor que 100%, então o capital próprio supera as obrigações com terceiros.
Casa das Novidades Ltda. 2003 440.000 = 1,26 → 126% 350.000
2004 430.000 = 1,08 → 1,08% 400.000
Há predominância de Capital de Terceiros na empresa. Em 2003, para cada $ 100 de Cap
ital Próprio (PL), a empresa possuía $ 126 de Capitais de Terceiros. De 2003 para 20
04, houve um decréscimo na Participação de Capitais de Terceiros. Quanto menor for ess
e índice, mais capitalizada e, conseqüentemente, mais tranqüila será a situação da empresa.
A análise desse índice por vários exercícios evidencia a política de obtenção de recursos d
mpresa: está mantendo uma maior dependência de Capital de Terceiros ou está utilizando
predominantemente Capital Próprio? c) Garantia do Capital Próprio ao Capital de Ter
ceiros: este índice é o contrário do Grau de Endividamento, que é CT/PL. Indica a garant
ia ao Capital de Terceiros oferecida pelo Capital Próprio.
Casa das Novidades Ltda. 2003 350.000 = 0,80 para 1 440.000
2004 400.000 = 0,93 para 1 430.000
Para cada $ 1,00 de Capital de Terceiros, há $ 0,80 de Capital Próprio como garantia
(2003). A garantia ao Capital de Terceiros oferecida pelo Capital Próprio aumento
u para $ 0,93 em 2004. d) Composição de Endividamento ou das Exigibilidades (Qualida
de da dívida): compara o montante das dívidas no curto prazo com o endividamento tot
al. Admite-se que quanto mais curto o vencimento das parcelas exigíveis, maior será
o risco oferecido pela empresa. Empresas com o endividamento concentrado no Long
o Prazo, principalmente decorrente de investimentos efetuados, oferecem situação mai
s tranqüila no Curto Prazo.
Casa das Novidades Ltda. 2003 340.000 = 0,77 → 77% 440.000
2004 280.000 = 0,65 → 65% 430.000
idem 65%.
77% dos Capitais de Terceiros vencerão a Curto Prazo →
A empresa opera mais com dívidas a Curto Prazo. Essa situação é desfavorável, prejudicando
sua Liquidez Corrente (Situação Financeira). Todavia, houve boa melhora de um ano p
ara o outro. Ao multiplicarmos este índice por 100, também podemos interpretá-lo como
quanto a empresa terá de pagar a curto prazo para $ 100 do total das obrigações existe
ntes. De qualquer forma, a interpretação deste índice deverá ser direcionada para verifi
car a necessidade de a empresa ter ou não de gerar recursos a curto prazo para sal
dar os seus compromissos. Quanto menor for este índice, maiores serão os prazos que
a empresa terá para saldar seus compromissos; em conseqüência, melhor será sua situação fin
nceira atual.
Análise: Quantidade x Qualidade da Dívida Faremos uma comparação da Cia. JK com a Cia. W
Z: JK WZ
A JK tem um endividamento (60% = 6.000/10.000) alto para os padrões brasileiros; t
odavia, está no limite dos padrões internacionais. Ainda que o endividamento seja al
to (quantidade), podemos dizer que é um
bom perfil de endividamento (qualidade), pois praticamente a metade é de longo pra
zo (menos oneroso e mais tempo para pagar). Por outro lado, a WZ tem um endivida
mento baixo (40% = 4.000/10.000), porém de qualidade ruim, pois todo ele vai vence
r rapidamente, e seria mais oneroso se houvesse financiamentos de instituições finan
ceiras. A situação financeira da JK é mais folgada que a da WZ no Curto Prazo. Para o
Longo Prazo, a JK terá tempo de gerar mais Circulante a fim de honrar seus comprom
issos que demorarão a vencer. e) Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL): exprime o quant
o do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo Patrimônio Líquido, evidenciando, d
essa forma, a maior ou menor dependência de aporte de recursos financeiros para a
manutenção de seus negócios.
Casa das Novidades Ltda. 2003 160.000 = 0,46 → 46% 350.000
2004 140.000 = 0,35 → 35% 400.000
Indica que, em 2003, a empresa imobilizou 46% de seu Patrimônio Líquido. Sobraram, p
ortanto, em 2003, 54% de recursos próprios para a aplicação no Ativo Circulante (Capit
al Circulante Próprio), no caso de inexistência de Ativo Realizável a Longo Prazo na e
mpresa. A empresa possui dependência de aporte de capitais de terceiros para a mov
imentação de seus negócios. De 2003 para 2004, houve decréscimo no grau de Imobilização do
atrimônio Líquido. Outro aspecto evidenciado por este índice é a existência ou não da depen
cia de capitais de terceiros para financiar o Ativo Circulante. Se todo o Patrimôn
io Líquido for utilizado para financiar o Ativo Permanente, não existindo Capital Ci
rculante Próprio, significará que todo o Ativo Circulante mais o Realizável a Longo Pr
azo foram financiados somente com recursos de terceiros. Em princípio, esse fato não
indica situação favorável. Sempre que esse quociente for inferior a 1 ou menor que 10
0%, indicará que a entidade não imobilizou todo o seu Patrimônio Líquido, existindo, então
, o Capital Circulante Próprio. Quanto maior for a parcela do Patrimônio Líquido aplic
ada no Ativo Permanente, menor será a participação dos Capitais Próprios para financiar
o Ativo Circulante, e maior será a dependência da entidade em relação ao Capital de Terc
eiros. Quando houver necessidade de utilizar recursos de terceiros para financia
r o Ativo Permanente, como ocorre nas ocasiões de ampliação da empresa, esses recursos
devem ser captados para ser pagos a longo prazo, de modo que possam ser remuner
ados com os lucros obtidos com a própria movimentação dessas imobilizações. Remunerar Capi
tais de Terceiros investidos no Ativo Permanente com recursos gerados por outras
fontes que não os lucros colocará a entidade em situação de insolvência, obrigando-a a tr
abalhar mais rapidamente para gerar recursos a curto prazo. Por outro lado, é mais
fácil conseguir financiamento para obtenção de recursos a fim de investir no Ativo Ci
rculante. Geralmente, esses recursos decorrem da atividade normal da empresa, co
mo contas a pagar a fornecedores, a empregados, ao governo, etc. f) Imobilização dos
Recursos Não-Correntes: revela qual a proporção existente entre o Ativo Permanente e
os Recursos Não-Correntes, isto é, quanto a empresa investiu no Ativo Permanente par
a cada real de Patrimônio Líquido mais Exigível a Longo Prazo. A interpretação deste índice
deve ser direcionada para verificar se o Capital Circulante Próprio Negativo (ocor
re quando o Patrimônio Líquido é inferior ao Ativo Permanente) foi compensado por emprés
timos a longo prazo.
Casa das Novidades Ltda. 2003 160.000 = 0,36 → 36% 350.000 + 100.000
2004 140.000 = 0,25 → 25% 400.000 + 150.000
Indica que, em 2003, a empresa imobilizou 36% de seu Patrimônio Líquido e do Passivo
Exigível a Longo Prazo. Nesse ano, para cada real de Patrimônio Líquido mais Exigível a
Longo prazo, a empresa
investiu no Ativo Permanente $ 0,36. De 2003 para 2004, essa relação baixou para R$
0,25 de Recursos NãoCorrentes aplicados imobilizados no Ativo Permanente. Em qualq
uer circunstância, o ideal é que o Patrimônio Líquido seja suficiente para financiar tod
o o Ativo Permanente e ainda uma parte do Ativo Circulante. Essa folga garante à e
mpresa liberdade para tomada de decisões, sendo benéfica para sua situação financeira. Q
uando o excesso de imobilizações sobre o Patrimônio Líquido for financiado por obrigações d
Passivo Circulante, a empresa poderá enfrentar sérios problemas de solvência. Por iss
o, esse quociente não deve ser superior a 1 ou a 100%, para que não haja obrigações de c
urto prazo financiando o Ativo Permanente. Quando a análise do Índice de Imobilização do
Patrimônio Líquido indicar a existência de Capital Circulante Próprio Negativo, haverá fo
rte evidência de que a situação financeira da empresa não é boa. Entretanto, não se pode co
cluir que a empresa atravessa momentos de desequilíbrio financeiro, pois a interpr
etação do Quociente de Imobilização dos recursos Não-Correntes poderá revelar a existência
um quadro mais ameno. Finalmente, mesmo quando a interpretação desses quocientes evi
denciar tendência de desequilíbrio financeiro, para saber se a empresa encontra-se o
u não em situação de insolvência, será preciso interpretar os Quocientes de Liquidez. g) P
assivo Oneroso sobre Ativo (POSA): este índice mostra a participação das fontes oneros
as de capital no financiamento dos investimentos totais da empresa, revelando su
a dependência a instituições financeiras.
Casa das Novidades Ltda. 2003 100.000 = 0,13 → 13% 790.000
2004 150.000 = 0,18 → 18% 830.000
Os índices calculados para o POSA indicam que houve um aumento nesses índices de 200
3 para 2004. Deve-se ponderar o custo financeiro incidente sobre o valor do fina
nciamento a longo prazo, bem como sua finalidade. Deve-se observar que quanto ma
ior for esse índice, maiores serão as despesas financeiras incorridas, influenciando
o resultado do exercício. ÍNDICES DE RENTABILIDADE Expressar a rentabilidade em ter
mos absolutos tem utilidade informativa bastante reduzida. Afirmar que a General
Motors teve lucro, digamos de $ 5 bilhões em 19X6, ou que a Empresa Descamisados
Ltda. teve lucro de $ 200 mil, no mesmo período, pode impressionar no sentido de q
ue todo mundo vai perceber que a General Motors é uma empresa muita grande e outra
, muito pequena, e só; não refletirá, todavia, qual das duas deu o maior retorno. A co
mbinação de itens do Ativo é que gera receita para a empresa. Na verdade, o Ativo sign
ifica investimentos realizados pela empresa a fim de obter receita e, por conseg
uinte, lucro. Assim, podemos obter a Taxa de Retorno sobre Investimentos. Isso r
epresenta o poder de ganho da empresa: quanto ela ganhou por real investido. Na
situação anterior, obtivemos um índice que medirá a eficiência da empresa em gerar resulta
dos; podemos também, do ponto de vista do empresário, observar que o retorno (lucro)
está remunerando satisfatoriamente o capital investido no empreendimento. Uma vez
que os recursos dos empresários estão evidenciados no Patrimônio Líquido, calcularemos
a Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido, também conhecida como Return On Equity (ROE).
ASPECTOS A SER OBSERVADOS NO CÁLCULO DA RENTABILIDADE Quando compararmos lucro co
m Ativo, ou lucro com Patrimônio Líquido, devemos considerar dois aspectos: a) muito
s conceitos de lucro poderão ser utilizados: Lucro Líquido, Lucro Operacional, Lucro
Bruto, etc. É imprescindível que o numerador seja coerente com o denominador. Se ut
ilizarmos o Lucro Líquido no numerador, utilizaremos o Ativo Total no denominador.
Utilizando o Lucro Operacional no numerador,
utilizaremos Ativo Operacional (representa o total do Ativo excluído das aplicações qu
e não estão gerando lucro, como gastos pré-operacionais) no denominador, e assim suces
sivamente. b) tanto o Ativo com o Patrimônio Líquido, utilizados no denominador para
cálculo da Taxa de Retorno (TRI e TRPL), poderiam ser o médio:
A razão é que nem o Ativo Final nem o Ativo Inicial geraram o resultado, mas a média d
o Ativo utilizado no ano. O mesmo para o Patrimônio Líquido. Todavia, para fins de A
nálise Horizontal, o cálculo com o Ativo ou Patrimônio Líquido final é válido. Os índices d
entabilidade são avaliados pelo critério de “quanto maior, melhor”. a) Taxa de Retorno s
obre Investimentos (TRI) ou Rentabilidade dos Investimentos (RI) ou Rentabilidad
e do Ativo Total (RA) ou Poder de Ganho da Empresa (PGE) (do ponto vista da empr
esa): evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto
a empresa obteve de lucro líquido para cada real de investimentos totais. A interp
retação desse índice deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para que haj
a retorno dos Capitais Totais (Próprios e de Terceiros). O conhecimento do tempo n
ecessário para que haja retorno dos Capitais Próprios e de Terceiros investidos na e
mpresa pode ser obtido por intermédio dos seguintes procedimentos: • multiplica-se o
quociente por 100 (cem), para se obter a resposta em porcentagem; • por intermédio
de regra de três, conhece-se a quantidade de anos necessários para que haja retorno
do capital investido; • suponhamos, por exemplo, que em uma determinada empresa o
Quociente de Rentabilidade do Ativo seja igual a 0,25. Para conhecermos o tempo
necessário para o retorno dos Capitais Totais investidos na empresa, faremos:
a. 0,25 X 100 = 100% b. 1 ano = 25% x anos = 100% onde x = 1 x 100 = 4 anos 25
Com base na lucratividade de 25% ao ano, essa empresa necessitará de apenas 4 anos
para dobrar o valor dos Capitais Totais investidos, contando apenas com os lucr
os apurados. Vamos admitir dados da Empresa Sucesso Ltda. Poder de ganho da empr
esa: para cada $ 1,00 investido, há um ganho de $ 0,20. Isso significa que, em média
, haverá uma demora de cinco anos para que a empresa obtenha de volta seu investim
ento (100%/20%), ou seja, o payback do investimento total é calculado dividindo-se
100% pelo TRI (payback = tempo médio do retorno). b) Taxa de Retorno sobre o Patr
imônio Líquido (TRPL) ou Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL) (do ponto vista dos p
roprietários): revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo Capital Próprio i
nvestido na empresa, isto é, quanto a empresa ganhou de lucro líquido para cada real
de Capital Próprio investido. A RPL mede a remuneração dos capitais próprios investidos
na empresa, ou seja, quanto foi acrescentado em determinado período ao patrimônio d
os sócios. Do ponto de vista de quem investe numa empresa, este é o índice mais import
ante. Permite, além de avaliar a remuneração do capital próprio, analisar se esse rendim
ento é compatível com alternativas de aplicação, como caderneta de poupança, CDBs, Letras
de Câmbio, Ações, Aluguéis, Fundos de Investimentos, etc. Um investidor, avaliando a RPL
, poderá optar por uma aplicação no mercado financeiro em vez de aplicar numa empresa
que está oferecendo baixa rentabilidade. Em nosso país, deveremos ter como base para
comparação o rendimento do Ativo Financeiro de menor risco, que no caso é a poupança. Não
se pode conceber um retorno de investimento empresarial, cujo conteúdo de risco é s
ignificativo, que seja igual ou inferior ao rendimento da poupança garantida pelo
governo. Esse indicador conjuga todos os demais indicadores de rentabilidade, lu
cratividade e de atividades, numa expressão final: o quanto ganhamos.
A interpretação desse índice deve ser direcionada para verificar qual é o tempo necessário
para se obter o retorno do Capital Próprio investido na empresa, ou seja, quantos
anos serão necessários para que os proprietários obtenham de volta o valor do Capital
que investiram na empresa. Esse tempo pode ser calculado da mesma maneira que s
e calcula o tempo de retorno do Capital Total analisado no item anterior.
Poder de ganho dos proprietários: para cada $ 1,00 investido pelos proprietários, há u
m ganho de $ 0,25. Significa, em média, que demorará quatro anos para a empresa recu
perar seus investimentos (payback dos proprietários). Análise da rentabilidade da em
presa x rentabilidade do empresário (ROI x ROE) Em inglês, ROI é Return On Investiment
(Retorno sobre Investimento, que é a mesma coisa que Retorno sobre o Ativo ou TRI
); ROE é Return On Equity (Retorno sobre o Capital Investido pelos proprietários, qu
e é a mesma coisa que Retorno sobre Patrimônio Líquido ou TRPL). Assim: A rentabilidad
e é medida em função dos investimentos. As fontes de financiamento do Ativo são Capital
Próprio e Capital de Terceiros. A administração adequada do Ativo proporciona maior re
torno para a empresa. Por outro lado, os donos da empresa querem saber quanto es
se retorno (LL) representa em relação ao capital que eles investiram. É possível que ess
as duas formas de medir rentabilidade pareçam a mesma coisa, sem trazer grande con
tribuição para tomada de decisão. No entanto, o exemplo a seguir esclarece decisivamen
te a importância da análise por dois ângulos (visão da empresa x visão do empresário). Admi
amos que a Empresa Sucesso Ltda., no ano 1, obteve um lucro de $185.162, tendo o
seguinte Balanço Patrimonial:
Admitamos que o gerente do Banco Oportunista ofereça um crédito de $700.000 por um a
no, renovável. O contador faz diversas simulações. Admitindo-se que a empresa aceite o
s $700.000 emprestados do Banco Oportunista (elepressupõe todas as alternativas de
usar os recursos emprestados tanto no Ativo Circulante como no Ativo Permanente
): a melhor alternativa é um acréscimo no lucro de $ 50.000, se aplicar $400.000 no
Circulante e $300.000 no Permanente. Partindo do pressuposto de que a empresa di
stribuiu todo o lucro em forma de dividendos, você concordaria em aceitar esse emp
réstimo?
Analisando-se como ficaria o Balanço Patrimonial da empresa:
Quadro de índices
Observa-se que, nesse caso, para o proprietário, a aquisição do empréstimo é bom negócio, p
is aumenta rentabilidade de 25% para 32%, reduzindo o payback em um ano. Todavia
, do ponto de vista do administrador, cai a liquidez, aumenta o endividamento e
reduz o payback da empresa em mais de dois anos. Parece que esse empréstimo faria
o proprietário mais rico e a empresa mais pobre. Assim, do ponto de vista gerencia
l, não é interessante aceitar esse empréstimo, pois os índices piorariam. c) Margem Brut
a (MB): indica a porcentagem do remanescente da Receita Operacional Líquida após a d
edução dos Custos das Vendas.
Lucro Bruto x 100 Receita Operacional Líquida
d) Margem Operacional de Lucro (MOL): avalia o ganho operacional da empresa em r
elação ao faturamento, indicando, percentualmente, o que restou da Receita Operacion
al Líquida após a dedução das despesas operacionais. A MOL corresponde ao ganho puro das
operações, pois o percentual apurado dessa margem não considera as despesas e receita
s financeiras e tampouco o Imposto de Renda. Representa quanto a empresa obtém de
lucro operacional para cada $100 vendidos.
MOL = Lucro Operacional Líquido x 100 Receita Operacional Líquida
e) Margem Líquida (ML): revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em fu
nção do seu faturamento, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real
vendido. Indica o percentual da Receita Operacional Líquida que restou após deduzid
as todas as despesas e computados os resultados não operacionais, a provisão para o
imposto de renda e as participações estatutárias.
ML = Lucro Líquido X 100 Receita Operacional Líquida
f) Rotação do Ativo (RA) ou Giro do Ativo (GA): apesar de não representar um índice esse
ncialmente de rentabilidade, o estudo da rotação ou “giro” do Ativo constitui um aspecto
importante para o entendimento da rentabilidade do investimento. Este índice indi
ca quantas vezes, durante o período, o Ativo Total da empresa girou, Em outras pal
avras, comparando o faturamento do período com o investimento total, indica quanta
s vezes a empresa conseguiu “vender o seu Ativo”. Representa quanto a empresa vendeu
para cada $ 1 de investimento total. A interpretação desse índice deve ser direcionad
a para verificar se o volume de vendas realizadas no período foi adequado em relação a
o Capital Total investido na empresa.
RA = Receita Operacional Líquida ou Vendas Líquidas Ativo Total Médio Ativo Total
Como os gastos efetuados pelas empresas para o desenvolvimento normal de suas at
ividades variam em função do ramo de atividade por elas exercido, também o volume de v
endas ideal para cada empresa dependerá de seu ramo de negócio. O ideal é que esse índic
e seja superior a um, caso em que estará indicando que o volume das vendas superou
o valor investido na entidade. Suponhamos, por exemplo, que no exercício de x1 a
empresa A tenha efetuado vendas líquidas no valor de $60.000 para um Capital Total
investido no Ativo igual a $20.000. Suponhamos, ainda, que a empresa B, no mesm
o período, tenha realizado vendas líquidas no valor de $300.000 para um Capital Tota
l investido no Ativo igual a $450.000. Aparentemente, a empresa B realizou melho
res negócios, pois o volume das suas vendas líquidas correspondeu a cinco vezes o vo
lume das vendas líquidas da empresa A. Entretanto, se compararmos o volume das ven
das realizadas com o valor dos investimentos totais efetuados na empresa, conclu
iremos que a empresa A foi a que alcançou melhores resultados, pois suas vendas co
rresponderam a três vezes o valor do Capital Total investido, ao passo que a empre
sa B não conseguiu girá-lo uma só vez. É evidente que outros aspectos precisam ser consi
derados, pois, mesmo não conseguindo girar uma só vez o valor do Capital Total inves
tido, a empresa B pode ter obtido maior lucratividade que a empresa A. Por isso,
é importante analisar o índice da Margem Líquida. SISTEMA DE ANÁLISE DUPONT O Sistema D
upont por muitos anos vem sendo utilizado pelos administradores financeiros para
analisar as demonstrações contábeis e o desempenho das empresas. Esse sistema reúne inf
ormações da Demonstração de Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial em duas medidas
síntese de lucratividade: Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI) e a Taxa de Re
torno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL). Inicialmente, o Sistema Dupont reúne a Margem
Líquida, a qual mede a lucratividade sobre as vendas com o Giro do Ativo Total, q
ue indica o quão eficientemente a empresa utilizou seus ativos na geração das vendas.
Na fórmula Dupont, o produto desses dois índices resulta na Taxa de Retorno sobre In
vestimentos (TRI): TRI = Margem Líquida x Giro do Ativo Substituindo os termos na
equação e simplificando seus elementos, temos:
LUCRO LÍQUIDO = ATIVO TOTAL
LUCRO LÍQUIDO X VENDAS LÍQUIDAS VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL
A fórmula Dupont permite à empresa decompor seu retorno em dois componentes: lucro s
obre vendas e eficiência no uso dos ativos. Normalmente, uma empresa com baixa Mar
gem Líquida tem um alto Giro do Ativo, o que resulta em retornos razoavelmente bon
s sobre o Ativo Total. O mesmo costuma ocorrer com a situação inversa: empresa com a
lta Margem Líquida tem um baixo Giro do Ativo. O segundo passo do Sistema Dupont a
crescenta a fórmula Dupont Modificada ou Combinada. Essa fórmula relaciona a Taxa de
Retorno sobre Investimentos (TRI) à Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL)
. A TRPL é obtida multiplicando-se a TRI pelo Multiplicador de Alavancagem Finance
ira (MAF), que é obtido pela razão do Ativo Total pelo Patrimônio Líquido: TRPL = TRI x
MAF ou TRPL = Margem Líquida x Giro do Ativo x MAF Substituindo os correspondentes
termos na equação e simplificando seus resultados:
LUCRO LÍQUIDO = LUCRO LÍQUIDO x VENDAS LÍQUIDAS x ATIVO TOTAL PL VENDAS LÍQUIDAS ATIVO T
OTAL PL
O uso do MAF para converter o TRI ao TRPL reflete o impacto da alavancagem (uso
do capital de terceiros) sobre o retorno dos proprietários. A análise Dupont Modific
ada conjuga os aspectos da eficiência no uso dos ativos (Giro do Ativo), da lucrat
ividade das vendas (Margem Líquida) e da estrutura de capitais (uso da alavancagem
– MAF). O objetivo da decomposição dos componentes que propiciam a maximização da rentabi
lidade do Capital Próprio é possibilitar o estudo de quais componentes ainda eventua
lmente carecem de adequações corretivas. Para atingirmos a maior rentabilidade do Ca
pital Próprio (do Patrimônio Líquido), é necessário buscar, ao mesmo tempo: a) maior giro
do Ativo possível; b) a maior lucratividade líquida sobre as vendas; e c) a menor pa
rticipação do Patrimônio Líquido possível sobre o ativo total (respeitando as condições mín
de endividamento e capacidade de pagamento). Utilização da fórmula para maximização da ren
tabilidade: a) para a obtenção do maior giro possível do Ativo Total (VL/AT): • reduzir
as necessidades de recursos aplicados no Ativo, buscando o mínimo de investimentos
operacionais; e • aumentar ao máximo o faturamento com os recursos existentes; b) p
ara a obtenção de maior lucratividade sobre vendas (LL/VL): • aumentar ao máximo o fatur
amento e o volume vendido; e • reduzir os custos e as despesas aos menores níveis po
ssíveis; c) para a obtenção de maior rendimento do Capital Próprio (AT/PL): • reduzir as n
ecessidades de investimentos no ativo; e • ter a menor participação possível de capital
próprio na estrutura de passivos da empresa, ou seja, buscar a alavancagem finance
ira ideal. ESTUDO DETALHADO DA TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (MARGEM X GI
RO) Retorno é o lucro obtido pela empresa. Investimento é toda aplicação realizada pela
empresa com o objetivo de obter lucro (retorno). As aplicações estão evidenciadas no A
tivo. Assim, temos as aplicações disponíveis, estoques, imobilizados, investimentos, e
tc. A combinação de todas essas aplicações proporciona resultado para a empresa: lucro o
u prejuízo. Sendo o lucro objetivo de uma empresa, nada melhor do que estudar de f
orma detalhada como a empresa obteve esse lucro. Relacionando o lucro auferido e
as aplicações, como já visto, temos a Taxa de Retorno sobre o Investimento:
Taxa de Retorno sobre o Investimento (TRI) = Lucro Líquido
Ativo Total
A taxa de retorno pode decompor-se em dois elementos que contribuirão sensivelment
e para seu estudo: a) Margem de Lucro Líquido: significa quantos centavos de cada
real de venda restaram após a dedução de todas as despesas (inclusive o Imposto de Ren
da). Evidentemente, quanto maior a margem, melhor.
Margem de Lucro = Lucro Líquido = $... centavos de lucro para $1,00 vendido Vendas
b) Giro do Ativo: significa a eficiência com que a empresa utiliza seus Ativos, co
m o objetivo de gerar reais de vendas. Quanto mais for gerado de vendas, mais ef
icientemente os Ativos serão utilizados. Este indicador é conhecido também como “produti
vidade”. Quanto mais o Ativo gerar em vendas reais, mais eficiente a gerência está sen
do na administração dos investimentos (Ativo). A idéia é produzir mais, vender mais, num
a proporção maior que os investimentos no Ativo.
Giro do Ativo = Vendas = a empresa vendeu o correspondente a ... vezes seu Ativo
Ativo Total
c) Taxa de Retorno sobre Investimentos: pode ser obtida por meio da multiplicação da
Margem de Lucro pelo Giro do Ativo. As empresas que ganham mais na margem norma
lmente ganham no preço. As empresas que ganham mais no giro visam quantidade. A re
ntabilidade de uma empresa é obtida por meio de uma boa conjugação entre preço e quantid
ade, ou seja, entre Margem (lucratividade) e Giro (produtividade):
Margem de Lucro x Giro do Ativo = TRI Analisemos: Margem de Lucro Lucro Líquido Ve
ndas Lucro Líquido Ativo Total Assim: Margem de Lucro x Giro do Ativo = TRI x x =
Giro do Ativo = ? Vendas = ? Ativo Total TRI
Análise da Margem x Giro As empresas podem ter a mesma Taxa de Retorno sobre Inves
timentos com margem e giro totalmente diferentes.
Margem x Empresa A – TRI = 15% = 0,15 Empresa B – TRI = 15% = 0,075 Empresa C – TRI =
15% = 0,20 Giro x x x 1,0 2,0 0,75
Assim, conforme a característica de cada empresa, o ganho poderá ocorrer numa concen
tração maior sobre o giro ou sobre a margem. Empresas que necessitam de grandes inve
stimentos terão dificuldades em vender o correspondente a uma vez o seu Ativo dura
nte o ano, ou, ainda, necessitam de vários anos para vendê-lo o correspondente a uma
vez apenas. Essas empresas ganharão na margem para obter uma boa TRI. São os casos
das usinas hidrelétricas, do metrô, de companias. telefônicas, etc. Se o metrô desejar u
ma TRI de 20% ao ano, sabendo que demorará, em média, quatro anos para vender uma ve
z seu Ativo, deverá planejar uma Margem de Lucro de 80%:
TRI = Margem X Giro 20% = x X 0,25 x = 80%
Ou seja, de cada ingresso vendido, 20% serão custo e 80% serão lucro. Assim, sem pre
judicar a TRI, o giro lento do Ativo será compensado pela boa margem. Se comprarmo
s uma lata de leite em pó, no domingo, em uma padaria, pagaremos um preço bem mais e
levado que num supermercado. Apesar de nossa reação negativa, poderemos afirmar que
o proprietário da padaria não está ganhando mais que o supermercado (talvez menos). O
que acontece é que o primeiro está ganhando na margem (pois as latas ficam estocadas
longo tempo nas prateleiras, girando pouco seu Ativo), enquanto o supermercado
ganha no giro (as latas ficam pouco tempo nas prateleiras). Empresa que comercia
ouro, seguradora, butiques, hotéis de luxo, algumas companhias aéreas, etc. são exemp
los de empresas que ganham mais na margem. Supermercados, atacadistas, jornais,
fast-food, etc. ganham no giro. O modelo “Giro x Margem” de análise da rentabilidade é u
ma evolução do já estudado modelo Dupont. Nesse modelo, todos os itens que participam,
que contribuem para a formação da TRI, são analisados. Tudo será analisado, item por it
em. Qual item está contribuindo em proporção maior, por exemplo, para a queda da Taxa
de Retorno? A regra básica do modelo é considerar a evolução das vendas como ponto de re
ferência dos demais itens. Nenhum investimento ou despesa pode crescer mais do que
as vendas sob pena de redução da Taxa de Retorno sobre o Ativo. Admitamos que a TRI
da Cia. Maria Júlia esteja decaindo com o passar dos anos. Apurou-se que a razão bási
ca é a queda da Margem de Lucro, pois o giro se manteve constante. Aprofundando a
análise, ficou constatado que o custo total está crescendo mais que as vendas; que a
s despesas operacionais cresceram em proporção maior que todos os itens de custos; q
ue as despesas administrativas são as que mais subiram. Assim, conhecemos onde res
ide o problema e podemos, então, agir para solucioná-lo. A Cia. Tatiana, com fim esp
eculativo, compra um grande lote de Estoque (a prazo) para ganhar com a inflação. No
final do ano, seu presidente constata com surpresa que a TRI da Tatiana caiu. Q
ual foi o motivo? Ora, aumentando o Estoque, aumentará o Ativo Circulante, que, po
r sua vez, aumentará o Ativo Total. Com o aumento do Ativo Total sem a correspondênc
ia nas vendas, aumentará o denominador (não aumenta o numerador), o giro cairá e, cons
eqüentemente, cairá a TRI. Todo esse tipo de análise pode ser realizado simples e obje
tivamente, de acordo com o quadro a seguir:
Esquema completo da análise Margem x Giro (Du Pont).
O modelo Dupont tem o mérito de unir em uma análise única o Balanço Patrimonial (por mei
o de Giro Ativo) e a Demonstração do Resultado do Exercício (por meio da Margem de Luc
ro). Em outras palavras, observa-se por esse modelo a análise conjunta de produtiv
idade (Giro do Ativo) com a lucratividade (Margem de Lucro), ou seja: ÍNDICES DE A
VALIAÇÃO DE AÇÕES Para as empresas constituídas sob a forma de sociedade por ações, e princ
lmente para aquelas que têm esses ativos cotados em bolsas de valores, é fundamental
o acompanhamento do preço das ações. Esses indicadores, de um modo geral, são mais util
izados por pessoas de fora da empresa. Entretanto, é necessário um acompanhamento in
terno, objetivando sempre acompanhar a visão que o mercado tem da empresa, para po
ssíveis futuras tomadas de recursos do mercado, por meio de subscrição de ações ou debêntur
s conversíveis em ações. a) Valor Patrimonial da Ação (VPA): tem por objetivo atribuir um
valor para cada ação. Nesse caso, o valor é representado por uma avaliação a valores contáb
is.
Patrimônio Líquido Quantidade de Ações do Capital Social
Normalmente, esse índice é comparado com o valor de: • mercado: para verificar se o VP
A é maior ou menor. Valor de mercado menor pode significar, por exemplo, que a emp
resa tem uma avaliação efetuada pelo mercado que não condiz com o valor registrado pel
a contabilidade ou expectativas de pouca rentabilidade futura. Se o mercado cont
a com valor superior, pode significar, por exemplo, que ele entende que os valor
es patrimoniais estão subavaliando a empresa ou que as perspectivas de rentabilida
de futura são muito boas.
• aquisição das ações: para avaliar a rentabilidade do investimento. b) Lucro por Ação (LPA
este índice deve ser obrigatoriamente apresentado pelas Sociedades por Ações após o Lucr
o Líquido na Demonstração do Resultado do Exercício. A finalidade do LPA é saber quanto ca
da ação ganhou no exercício analisado. Esse indicador será utilizado na composição da fórmu
da relação preço/lucro. Em termos de rentabilidade, o LPA tem o mesmo significado que
a rentabilidade do Capital Próprio.
Lucro Líquido Quantidade de Ações do Capital Social
As comparações a ser realizadas pelo investidor são as mesmas para a análise da rentabil
idade do Patrimônio Líquido Final, em comparação com outras alternativas de investimento
s. c) Dividendos por Ação (DPA): indica o quanto realmente a ação rendeu em termos finan
ceiros para o acionista. O LPA mede o resultado econômico do investimento. Os divi
dendos por ação (DPA) representam o real encaixe de numerário no exercício. A diferença en
tre o LPA e o DPA representa o LPA não distribuído, retido na empresa.
Dividendos Propostos Quantidade de Ações do Capital Social
O DPA é um dos parâmetros importantes na avaliação do valor de mercado das ações. Ações que
gam dividendos continuamente ou em valores reduzidos tendem a perder atratividad
e no mercado, porque grande parte dos investidores deseja a disponibilidade de r
endimentos financeiros. Além disso, muitos investidores constituem carteira de ações,
objetivando um fluxo contínuo de dividendos para seu fluxo de caixa. d) Relação Preço/Lu
cro (P/L): o objetivo deste indicador é mostrar em quanto tempo haverá o retorno do
capital sobre o valor patrimonial da ação. Dependendo da instabilidade conjuntural d
a economia, os prazos de retorno esperados são ainda reduzidos. Economias estáveis a
dmitem prazos maiores.
Valor Patrimonial da Ação (VPA) Lucro por Ação (LPA)
A relação preço/lucro das ações também é calculada utilizando-se componentes diferentes. Um
lternativa bastante comum, praticada por investidores interessados somente em fl
uxo de rendimentos financeiros por meio de dividendos distribuídos, é a seguinte:
Valor de Mercado da Ação Dividendos por Ação
Uma outra análise da relação preço/lucro é a que indica em quanto tempo o investidor obter
ia o retorno do capital aplicado na aquisição de ações se fosse mantido o LPA verificado
no último exercício:
Valor da Cotação da Ação Lucro por Ação (LPA)
CICLO ECONÔMICO É o tempo decorrido entre a entrada das compras e as vendas correspo
ndentes, medido pelo Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE). CICLO OPERACIONAL In
dica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa adquire as matérias-primas
ou mercadorias e o momento em que recebe o dinheiro relativo às vendas. Trata-se,
portanto, de um período (médio) em que são investidos recursos nas operações sem que ocor
ram as entradas de caixa correspondentes. Parte desse capital de giro é financiada
pelos fornecedores que concederam prazo para pagamento.
CO = PMRE + PMR CICLO FINANCEIRO (CF) OU CICLO DE CAIXA É o tempo decorrido entre
o pagamento aos fornecedores pelas mercadorias adquiridas e o recebimento pelas
vendas efetuadas. É o período em que a empresa necessita ou não de financiamento compl
ementar do seu ciclo operacional. Quanto maior o ciclo financeiro, mais recursos
próprios e de terceiros (exceto fornecedores) estarão temporariamente aplicados nas
operações, provocando custos financeiros e afetando a rentabilidade (despesas finan
ceiras = redução no lucro). CF = PMRE + PMR – PMPC ou CO – PMPC O ciclo financeiro corre
sponde ao período de tempo entre o pagamento ao fornecedor e o momento em que a em
presa recebe do cliente o dinheiro das vendas. Para esse período (ciclo financeiro
), a empresa precisa conseguir financiamento complementar. Normalmente, o ciclo
financeiro é financiado: pelo capital próprio ou por recursos de terceiros onerosos.
Graficamente, tem-se:
Situação A – Os fornecedores financiam totalmente os estoques e uma parte das vendas:
Situação B – Os fornecedores financiam apenas parte do estoque:
No caso da situação B, a empresa deve obter financiamentos para suas vendas e ainda
para uma parte do tempo em que as mercadorias permaneceram em estoque. Caso prátic
o: uma empresa apresentou os seguintes indicadores de prazo médio: PMRE = 63 dias;
Qual o CO dessa empresa? CO = 63 + 113 = 176 dias. PMR = 113 dias; e PMPC = 68
dias. Qual o CF dessa empresa? CF = 176 – 68 = 108 dias. O que isso significa? Sig
nifica que a empresa paga seus fornecedores 68 dias após a compra e somente 108 di
as após esse pagamento receberá o valor da venda a seus clientes. Para financiar seu
s clientes por 108 dias, a empresa poderá, então, utilizar-se de recursos próprios ou
recorrer a desconto de duplicatas ou outros empréstimos para capital de giro. Quan
to maior o ciclo financeiro, pior para a empresa, pois representa maior tempo de
utilização de financiamento e, portanto, maior despesa financeira. Admitamos uma em
presa que gira o estoque em 30 dias e recebe as vendas em 54 dias, pagando as co
mpras em 90 dias. A posição relativa é favorável = 0,93. CO = 30 dias (PMRE) + 54 dias (
PMR) = 84 dias Nesse caso, a empresa tem uma folga financeira de seis dias, ou s
eja, após vender e receber, esperará seis dias para pagar suas compras aos fornecedo
res. Admitamos que a empresa tivesse de pagar suas compras em 60 dias. Nesse cas
o, a posição relativa seria de 84/60 = 1,40 – considerada desfavorável. CO = 30 dias + 5
4 dias = 84 dias PMPC = 60 dias O período de 24 dias que a empresa pagaria antes d
e receber as vendas, conhecido como Ciclo Financeiro, significa Necessidade de C
apital de Giro a ser financiada.
CONCILIAÇÃO DO RISCO-RETORNO-LUCRATIVIDADE INSOLVÊNCIA TÉCNICA
NA
ANÁLISE
DA
Existe uma relação entre o retorno e o risco de uma empresa. O retorno, nesse contex
to, é medido pelas receitas menos os custos, enquanto o risco é medido pela probabil
idade de a empresa tornar-se tecnicamente insolvente (incapaz de pagar suas cont
as no vencimento). O lucro de uma empresa pode ser aumentado de dois modos: a) p
or intermédio de um volume maior de receitas; e b) por meio da redução dos custos. Os
custos podem ser reduzidos pagando-se menos por um item ou serviço ou usando-se os
recursos existentes de maneira mais eficiente. Qualquer redução nos custos deve aum
entar o lucro de uma empresa. O lucro pode também ser aumentado investindo-se em a
tivos mais rentáveis, que possam gerar níveis mais elevados de receitas. É fundamental
compreender como o lucro é aumentado e reduzido para se ter idéia da relação entre reto
rno e risco. Uma das formas mais comuns de se mensurar o risco de insolvência técnic
a é por meio do montante do capital circulante líquido (CCL) ou do índice de liquidez
corrente. Supõe-se que quanto maior o montante de CCL possuído pela empresa, menos r
isco ela apresenta. Em outras palavras, quanto mais CCL ela tiver, mais líquida se
rá e, portanto, menor será a probabilidade de insolvência técnica. O oposto também é consid
rado verdadeiro: níveis baixos de liquidez estão relacionados a altos níveis de risco
da empresa. A relação entre CCL, liquidez e risco é tal que, se o CCL ou a liquidez au
mentarem, o risco da empresa diminuirá, e vice-versa. Ao analisarmos a relação entre o
risco-retorno-lucratividade, é necessário fazer inúmeras suposições básicas. A primeira re
ere-se à natureza da empresa a ser analisada; a segunda diz respeito às diferenças básic
as na capacidade de gerar lucros dos ativos; e a terceira relaciona-se ao custo
dos vários métodos de financiamento. a) A natureza da empresa: o tipo de empresa em
análise é o industrial, uma vez que esse tipo de negócio oferece o melhor meio para se
investigar a maioria dos princípios básicos da Administração Financeira. b) A capacidad
e de gerar lucros: espera-se que uma empresa industrial possa ganhar mais com se
us ativos permanentes do que com seus ativos circulantes. Os ativos permanentes
(consistem basicamente em imobilizado e investimentos) representam os verdadeiro
s ativos rentáveis da empresa. Terrenos, prédios, máquinas e equipamentos possibilitam
à empresa elaborar seus produtos acabados que finalmente possam ser vendidos com
lucro. Em geral, os ativos circulantes da empresa, excetuando-se os títulos negociáv
eis, não são ativos mais rentáveis. Os ativos circulantes permitem à empresa vender e co
nceder crédito, sendo absolutamente necessários para a efetiva operação da empresa. Porém,
a empresa não pode operar sem os ativos permanentes para gerar produtos acabados
que possam ser convertidos em dinheiro, títulos negociáveis, duplicatas a receber e
estoques. Se a empresa pudesse ganhar mais dinheiro comprando estoque do que pro
duzindo-o, ou investindo seu dinheiro em títulos negociáveis, não deveria estar no ram
o industrial. Em outras palavras, caso uma empresa não possa obter mais nos invest
imentos em ativo permanente do que nos ativos circulantes, deve vender todos os
seus ativos permanentes e usar o produto da venda para adquirir ativos circulant
es. Na análise, supõe-se que a empresa possa ganhar mais em ativos permanentes do qu
e em ativos circulantes. c) Custo do financiamento: a empresa pode obter o finan
ciamento que necessita por intermédio de qualquer uma das seguintes fontes: • Passiv
os Circulantes: são origens de recursos a curto prazo; e • Recursos a Longo Prazo: o
Exigível a Longo Prazo e o Patrimônio Líquido são origens de recursos de longo prazo. G
eralmente os passivos circulantes consistem em duplicatas a pagar, títulos a pagar
e despesas provisionadas (provisões de passivos, salários e ordenados a pagar, juro
s a pagar, etc. que resultam da aplicação do regime de competência no reconhecimento d
e despesas já incorridas, mas ainda não pagas), eles são tipicamente uma fonte não barat
a de recursos. Dos passivos circulantes básicos, somente os títulos a pagar normalme
nte têm um custo estabelecido. Isso porque os títulos a pagar representam a única form
a negociada de financiamento. Duplicatas a pagar e despesas provisionadas a paga
r, representando cerca de 75% dos passivos circulantes das empresas industriais,
são fontes mais baratas de recursos, uma vez que não possuem qualquer tipo de pagam
ento de juros. Em razão do nível excepcionalmente elevado das taxas de juros, a expe
ctativa geral de menores taxas futuras levou os credores a cobrar taxas maiores
sobre empréstimos a curto prazo do que a longo prazo. Tendo
em vista que apenas cerca de 25% dos passivos circulantes estão representados por
esses empréstimos a curto prazo com custo (títulos a pagar), sendo o restante basica
mente sem custos (duplicatas a pagar e despesas provisionadas a pagar), pode-se
supor seguramente que os passivos circulantes são uma forma de financiamento mais
barata do que os recursos a longo prazo. A forma de financiamento mais barata pa
ra a empresa é, portanto, o Passivo Circulante. NATUREZA DA RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETO
RNO Caso uma empresa queira aumentar seu retorno, é necessário também aumentar seu ris
co. Se quiser reduzir o risco, vai precisar diminuir o retorno. A relação entre essa
s variáveis é de tal natureza que, independentemente de como a empresa aumenta seu r
etorno por meio da manipulação do capital de giro, a conseqüência é um acréscimo correspond
nte no risco, medido pelo nível de CCL. a) Ativos Circulantes: os efeitos do nível d
e ativos circulantes na relação risco-retorno podem ser ilustrados mediante o uso de
um simples índice: ativos circulantes ÷ ativos totais. Esse índice indica a porcentag
em dos ativos totais representada por ativos circulantes, que pode aumentar ou d
iminuir. • Efeitos de um aumento: à medida que o índice de ativos circulantes ÷ ativos t
otais aumenta, tanto o retorno como o risco decrescem. A lucratividade é reduzida
porque os ativos circulantes são menos rentáveis do que os ativos permanentes. O ris
co de insolvência técnica diminui porque, supondo não haver alteração nos passivos circula
ntes, o aumento nos ativos circulantes elevará o CCL. • Efeitos de uma diminuição: a dim
inuição no índice ativos circulantes ÷ ativos totais provocará um retorno maior na empresa
, já que o aumento de seus ativos permanentes gera maiores retornos do que os ativ
os circulantes. Contudo, o risco também crescerá, pois o seu CCL diminuirá com a redução d
os ativos circulantes. As conseqüências de uma redução no índice ativos circulantes ÷ ativo
totais são exatamente o oposto dos resultados de um aumento nesse índice. b) Passiv
os Circulantes: Os efeitos das variações no nível de passivos circulantes da empresa s
obre sua relação risco/retorno também podem ser demonstrados, usando-se um simples índic
e: passivos circulantes ÷ ativos totais. Esse índice denota a porcentagem dos ativos
totais da empresa financiada pelos passivos circulantes, podendo essa porcentag
em ser aumentada ou diminuída. • Efeitos de um aumento: à medida que se aumenta o índice
de passivos circulantes ÷ ativos totais, a lucratividade da empresa cresce, mas o
seu risco também aumenta. A lucratividade aumenta em razão dos menores custos relac
ionados com a utilização de mais financiamento a curto prazo e menos a longo prazo.
Posto que o financiamento a curto prazo envolvendo duplicatas, títulos e despesas
provisionadas a pagar é menos dispendioso do que o financiamento a longo prazo, os
custos da empresa se reduzem, elevando seus lucros. Supondo que os seus ativos
circulantes fiquem inalterados, o CCL baixará, ao passo que os passivos circulante
s aumentarão. Uma redução no CCL significa um aumento do risco global. • Efeitos de uma
diminuição: uma redução no índice de passivos circulantes ÷ ativos totais diminuirá a lucra
idade da empresa, uma vez que um montante maior de financiamento precisa ser obt
ido por intermédio de meios mais dispendiosos a longo prazo. Haverá uma queda corres
pondente no risco, em decorrência do menor nível de passivos circulantes, que provoc
ará uma elevação no CCL da empresa. As conseqüências de um decréscimo no índice de passivos
rculantes ÷ ativos totais são exatamente o oposto de um aumento nesse índice. ESTUDO D
A ALAVANCAGEM A alavancagem e a estrutura de capital estão intimamente ligadas aos
conceitos relacionados com o custo de capital e, portanto, às decisões quanto ao orça
mento de capital. A alavancagem é o uso de ativos ou recursos com um custo fixo, a
fim de aumentar os retornos dos proprietários da empresa. Variações na alavancagem re
sultam em menor risco e retorno. O nível de alavancagem na estrutura de capital de
uma empresa – o mix de empréstimos a longo prazo e capital próprio mantidos pela empr
esa – pode afetar significativamente seu valor, em razão das mudanças no risco e no re
torno. Ao contrário de algumas causas de risco, os administradores têm quase que um
controle completo sobre o risco introduzido por meio do uso da alavancagem. Os nív
eis de ativos e recursos de custo fixo que a administração seleciona afetam a variab
ilidade dos retornos, ou seja, o risco que, por sua vez, pode ser controlado pel
os administradores. Uma
vez que a alavancagem afeta o valor da empresa, o administrador financeiro deve
saber como medi-la e avaliá-la, particularmente quando estiver tentando criar a me
lhor estrutura de capital. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO, CUSTOS E ALAVANCAGEM A anál
ise do Ponto de Equilíbrio (break-even point) permite compreender como o lucro pod
e ser afetado pelas variações nos elementos que integram as receitas de vendas e os
custos e despesas totais. Do ponto de vista contábil, o ponto de equilíbrio correspo
nde a certo nível de atividades em que o lucro será nulo. À medida que o volume de ope
rações se deslocar acima do ponto de equilíbrio, surgirão lucros crescentes; abaixo dess
e ponto, ocorrerão prejuízos cada vez maiores. A análise distingue dois pontos de equi
líbrio contábeis relacionados com o lucro operacional (PEO) e com o lucro líquido (PEG
). Também é possível calcular um ponto de equilíbrio econômico em que o lucro líquido corre
ponderia à remuneração esperada pelos acionistas sobre o capital próprio. Complementarme
nte, essa análise permite determinar o valor das vendas necessárias para cobrir os d
esembolsos relativos aos custos operacionais e financeiros e às amortizações das dívidas
. Margem de Contribuição Total corresponde à parcela remanescente das receitas de vend
as após serem deduzidos os custos variáveis totais. Abatendo dessa margem de contrib
uição os custos operacionais fixos, obtém-se o Lucro Operacional, que nesse tipo de anál
ise é chamado de LAJI ou LAJIR (lucro antes dos juros e do Imposto de Renda). O va
lor do LAJI deve ser suficiente para cobrir os custos financeiros fixos e, após o
Imposto de Renda, restar a parcela que corresponderá ao Lucro Líquido do Período. A ma
rgem de contribuição total e a margem de contribuição unitária constituem elementos import
antes nas análises do ponto de equilíbrio e dos efeitos de alavancagem. Tipos de Pon
tos de Equilíbrio: para um único produto, a análise do ponto de equilíbrio pode ser real
izada em relação ao Lucro Operacional (LAJI) ou ao Lucro Antes do Imposto de Renda (
LAIR). No primeiro caso, tem-se o ponto de equilíbrio operacional (PEO), que corre
sponde ao nível de atividades em que as receitas de vendas são iguais ao total dos c
ustos operacionais, variáveis e fixos, determinando um valor nulo para o LAJI. Nes
se nível, a margem de contribuição total iguala-se aos custos operacionais fixos (Fo =
custos fixos totais menos custos fixos financeiros). PEO: p.q = v.q + Fo ∴ q (p-v
) = Fo ⇒ LAJI = zero Ponto de Equilíbrio Global (PEG): corresponde ao nível de ativida
des em que as receitas de vendas se igualam aos custos fixos totais, operacionai
s e financeiros, apresentando um LAIR nulo. No volume de produção e vendas correspon
dente ao PEG, a margem de contribuição total possui o mesmo valor dos custos fixos t
otais. PEG: p.q = v.q + Ft ∴ q (p-v) = Ft ⇒ LAIR = zero ALAVANCAGEM SOBRE OS RESULTA
DOS A análise dos efeitos da alavancagem sobre os resultados baseia-se nas mesmas
relações entre os custos, o volume e o lucro. Os custos fixos permanecem constantes
dentro de intervalos de variação do volume de operações. Mantidos os preços de venda dos p
rodutos, verificamos que, para cada intervalo, a um acréscimo de volume correspond
erão idênticas taxas de aumento de receitas de vendas, nos custos variáveis totais e n
a margem de contribuição. Contudo, a maior absorção dos custos fixos fará que o lucro cresç
mais do que proporcionalmente. Por outro lado, uma queda nas vendas acarretaria
decréscimos muito maiores nos lucros. A ação de uma alavanca também provoca respostas m
ais do que proporcionais à força empregada. Assim, os efeitos de alavancagem sobre o
s resultados da empresa decorrem da existência de custos fixos que figurativamente
correspondem ao fulcro ou ponto de apoio da alavanca. Nesse raciocínio, temos: a)
alavancagem operacional: a força empregada corresponderia ao acréscimo nas receitas
totais de vendas (∆RTV), a posição do fulcro seriam os custos operacionais fixos (Fo)
e a resultante determinaria o acréscimo no lucro operacional (LAJI);
b) alavancagem financeira: a ∆LAJI representando a força, as despesas financeiras (F
f) sendo a posição do fulcro e o acréscimo no lucro líquido (∆LL) correspondendo à resultan
e; c) alavancagem total ou combinada: decorrente das duas alavancagens anteriore
s, em que teríamos: força = ∆RTV, posição do fulcro os custos fixos totais (Ft = Fo + Ff)
e resultante = ∆LL. O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO Já que consideramos a continuidade
de uma empresa, seu valor e as decisões do administrador financeiro devem ser aval
iados à luz tanto dos fluxos de caixa presentes como futuros (entradas e saídas). Po
ssuir uma visão de longo prazo requer que o administrador financeiro reconheça o val
or do dinheiro no tempo. Para tanto, é necessário o conhecimentos de alguns conceito
s importantes. a) Fluxo de Caixa: denomina-se fluxo de caixa (de uma empresa, de
um investimento, de um indivíduo, etc.) o conjunto das entradas e saídas de dinheir
o (caixa) ao longo do tempo. SIMBOLOGIA ADOTADA n = número de períodos em que o temp
o foi dividido, podendo tomar os valores 0, 1, 2, 3, 4,.... Assim, por exemplo,
se um contrato tiver o seu tempo medido em meses, ter-se-á: a) n = o indicativo da
data inicial do contrato; n = 1 indicativo do final do primeiro mês do contrato,
e assim por diante; b) r = taxa de juros em cada período de capitalização, dada em per
centagem (%), e sempre mencionando a unidade de tempo considerada. Exemplo: r =
10% ao ano; c) i = taxa de juros em cada período de capitalização, dada em fração decimal.
Guarda, portanto, com r, a seguinte relação: i = r dividido por 100. Desta forma, s
e r = 10% a.a., então i = 0,10. Essa taxa i é que será usada no desenvolvimento de tod
as as fórmulas, ao passo que a taxa r será aquela utilizada na fixação dos juros; d) P =
Principal, ou seja, capital inicial empregado. Na escala horizontal do tempo, r
epresenta sempre os valores colocados na data inicial, isto é, no ponto correspond
ente a n = 0; e) S = Montante, ou seja, capital no fim do período n. Na escala hor
izontal do tempo representa, sempre os valores colocados em datas futuras, isto é,
nos pontos correspondentes a n = 1, 2, 3... JUROS SIMPLES Aqui, os juros de cad
a período são calculados sempre em função do capital inicial empregado. O crescimento do
dinheiro se dá segundo uma linha reta, o que nos leva a fazer as seguintes afirma
tivas: a) a juros simples, o dinheiro cresce linearmente ao longo do tempo; b) a
juros simples, o dinheiro cresce em progressão aritmética ao longo do tempo. Fórmulas
: S = P(1+i . n) e P = S dividido por (1+i . n) JUROS COMPOSTOS Já aqui, os juros
de cada período são calculados sempre em função do saldo existente no início do período cor
espondente. Comparativamente ao regime de juros simples, temos que: a) o dinheir
o cresce mais rapidamente a juros compostos do que a juros simples; b) a juros c
ompostos, o dinheiro cresce exponencialmente ao longo do tempo; c) a juros compo
stos, o dinheiro cresce em progressão geométrica ao longo do tempo. No regime de jur
os compostos, após cada período, os juros são incorporados ao saldo anterior e passam,
por sua vez, a render juros. A esse processo dá-se o nome de capitalização de juros,
e o período de tempo considerado é denominado período de capitalização. Assim, a juros sim
ples, apenas o principal rende juros, ao passo que a juros compostos os rendimen
tos são calculados sobre os montantes, havendo, portanto, uma incidência de juros so
bre juros. FÓRMULAS:
S = P(1 + i)n e P = S dividido por (1 + i)n VALOR ATUAL DE UM FLUXO DE CAIXA O o
bjetivo deste item é o de apresentar o conceito de valor atual ou valor presente d
e um fluxo de caixa, o que pode ser alcançado por intermédio do seguinte exemplo: Um
certo investidor deseja comprar títulos de uma Distribuidora, oferecidos a uma ta
xa de 10% a.m. (regime de juros compostos), nas seguintes condições:
Qual o valor do cheque que o investidor deverá entregar à Distribuidora, para fechar
a operação? Solução: P = _ 1_ (1+i)n P = 2.420,00 + 3.993,00 (1 + 0,10)2 (1 + 0,10)3 P
= 2.420,00 + 3.993,00 = 1,21 1,331 P = 2.000,00 + 3.000,00 = $ 5.000,00. MÉTODOS D
E AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS Os métodos mais difundidos para avaliar propostas de inve
stimento são: a) Taxa Média de Retorno; b) Prazo de Retorno (payback); c) Valor Atua
l Líquido (VPL); d) Taxa Interna de Retorno (TIR). Os dois primeiros são simples e d
iretos, mas bastante limitados. Os outros são mais precisos porque consideram o va
lor do dinheiro no tempo, embora também apresentem limitações. Para a análise desses métod
os, serão utilizados exemplos numéricos. Nos citados exemplos, foram consideradas as
seguintes hipóteses: a) inexistência de incertezas nas estimativas dos fluxos de ca
ixa; b) mesmo grau de risco das propostas, permitindo sua comparação direta a partir
das respostas fornecidas pelos métodos; c) ocorrência de desembolsos e recebimentos
no final de cada período; e d) revelação de moeda de mesmo poder aquisitivo, pelos va
lores previstos para os diferentes períodos, permitindo operar com taxas reais de
desconto e de retorno. TAXA MÉDIA DE RETORNO É determinada por intermédio do quociente
entre o lucro médio anual estimado e o valor médio do investimento durante a vida úti
l do projeto. O lucro líquido médio já se encontra deduzido da depreciação e do Imposto de
Renda. O investimento médio é obtido dividindo-se o investimento total por 2, na pr
essuposição do uso da depreciação linear. Outra versão desse método consiste em utilizar no
denominador o investimento total. Assim, temos: Taxa Média de = Lucro Líquido médio an
ual Retorno (anual) Investimento médio (ou total) A virtude desse método está na facil
idade da obtenção do lucro líquido estimado e na simplicidade do cálculo. Conhecida a ta
xa média de retorno de uma proposta, basta compará-la com a taxa de retorno mínima
exigida para decidir pela sua aprovação ou rejeição. Entretanto, o método é deficiente por
tilizar lucros contábeis em vez de entradas líquidas de caixa e, mesmo que o fizesse
, o cálculo com médias anuais desconsidera a distribuição dos valores no tempo. As propo
stas A, B e C são mutuamente excludentes e cada uma demanda $ 20.000 de investimen
to inicial. As três propostas têm vida útil econômica de quatro anos, determinando a $ 5
.000 de depreciação anual. O valor residual dos bens será desprezível. No quadro abaixo,
são apresentados os dados complementares e os cálculos das taxas médias de retorno pe
las duas versões citadas, utilizando-se também as entradas líquidas de caixa (lucro líqu
ido + depreciação): Taxas de Retorno
Qual das taxas médias de retorno deve ser utilizada (d, e ou g)? Pode-se adotar qu
alquer uma, pois se trata de critérios que não alteram a essência do método que correspo
nde ao uso de médias anuais. Obviamente, será necessário definir pelo mesmo critério a t
axa de retorno mínima exigida, tornando possível a comparação e o processo de avaliação da
roposta, aceitando-a ou não. Verifica-se, no exemplo, que para cada critério foram o
btidas taxas iguais que permitem concluir que seria indiferente escolher qualque
r das três propostas, no caso das referidas taxas serem iguais ou maiores do que a
taxa mínima exigida. Nesse ponto, fica evidenciada a deficiência do método em não consi
derar o valor do dinheiro no tempo. A proposta C seguramente é a melhor, pois prod
uzirá maiores entradas de caixa nos anos iniciais, mas isso não é captado pela taxa médi
a de retorno. Assim, podemos concluir que esse método não é confiável. PRAZO DE RETORNO
(PAYBACK PERIOD) Esse método determina o tempo necessário para recuperar os recursos
investidos em um projeto. Quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerad
o, maior será o grau de incerteza nas previsões. Desse modo, propostas de investimen
to com menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e, conseqüentemente, menor
risco. A alta administração das empresas costuma fixar um prazo máximo de retorno par
a seus projetos de investimento e, assim, as propostas que ultrapassarem esse li
mite serão rejeitadas. O cálculo do prazo de retorno é simples: a) se as entradas líquid
as de caixa forem uniformes, bastará dividir o investimento inicial pelas entradas
anuais de caixa; b) quando as entradas anuais forem desiguais, essas deverão ser
acumuladas até que o investimento inicial seja recuperado, apurando-se o prazo de
retorno. Esse cálculo pressupõe que as entradas de caixa ocorram uniformemente ao lo
ngo de cada ano, e o prazo de retorno poderá apresentar uma fração do último período em qu
e será completado o valor do investimento. No exemplo anterior, o investimento de
$ 20.000 de cada proposta seria realizado no momento t0, correspondente ao início
da implementação de cada projeto. Considerando-se as respectivas entradas líquidas de
caixa, teríamos os seguintes prazos de retorno: a) Proposta A
Nos dois primeiros anos, seriam recuperados $ 13.000 (= $ 6.000 + $ 7.000), rest
ando $ 7.000 (= $ 20.000 – $ 13.000) a serem cobertos pelos $ 8.000 que seriam rec
ebidos no terceiro ano. Então, $ 7.000 / $8.000 = 0.875 de um ano (10,5 meses). Lo
go, o prazo de retorno da proposta A corresponderá a 2,875 anos, ou 34,5 meses. b)
Proposta B Basta dividir $20.000 por 7.500 e teremos o prazo de retorno de 2,66
7 anos, ou 32 meses. c) Proposta C Nos dois primeiros anos, seriam recuperados $
17.000, havendo necessidade de se utilizar 0,429 (= $3.000/$7.000) das entradas
de caixa do terceiro ano. O prazo de retorno corresponderia a 2,429 anos, ou 29
,1 meses. Se o prazo de retorno mínimo exigido fosse de três anos, todas as proposta
s seriam aceitáveis. Mas, como só uma poderia ser implementada (são mutuamente exclude
ntes), a proposta C deveria ser a escolhida por causa de seu menor prazo de reto
rno. Na realidade, os fluxos de caixa da proposta C fazem-na superar as demais p
or qualquer método que se utilize para avaliá-las, exceto pela taxa média de retorno,
como foi demonstrado. O método do prazo de retorno (Payback period) é deficiente por
: a) não reconhecer as entradas de caixa previstas para ocorrerem após a recuperação do
investimento; e b) não avaliar adequadamente o valor do dinheiro no tempo. Apesar
disso, este método é bastante utilizado como um filtro inicial na seleção das propostas
de investimento, sendo muito valioso como complemento dos métodos do valor atual líq
uido e da taxa interna de retorno. Quando o payback é utilizado em decisões de aceit
ar-rejeitar, o critério de decisão é o seguinte: se o período de payback for menor que o
período de payback máximo aceitável, aceita-se o projeto; se o período de payback for m
aior que o período de payback aceitável, rejeita-se o projeto. PAYBACK ATUALIZADO Pa
ra contornar as deficiências apontadas, alguns profissionais descontam os fluxos d
e caixa das propostas, determinando os valores atuais dos investimentos líquidos e
das entradas líquidas. Eles dividem o valor do investimento líquido pelo valor atua
l das entradas líquidas de caixa e obtêm um índice que já não corresponde a uma medida de
tempo de recuperação do investimento. A taxa de desconto utilizada seria aquela que
melhor refletisse o valor do dinheiro no tempo para a empresa, tal como a taxa a
nual de custo de capital ou a taxa mínima de rentabilidade anual exigida em face d
o risco assumido. Assim, temos:
Payback atualizado = Valor atual do investimento líquido Valor atual das entradas
líquidas de caixa
Quanto menor for o índice que expressa essa relação, melhor será a proposta. Um índice men
or do que 1 significa que, em valores atuais, as entradas líquidas de caixa supera
m o investimento líquido. Um índice superior a 1 revela que a proposta não cobrirá o cus
to de capital, devendo ser rejeitada. VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL) OU VALOR PRESENTE
LÍQUIDO (VPL) Neste método, os fluxos de caixa da proposta são convertidos ao valor pr
esente (momento t0) por meio da aplicação de uma taxa de desconto predefinida que po
de corresponder ao custo de capital da empresa ou à rentabilidade mínima aceitável em
face do risco envolvido. O Valor Atual Líquido (VAL) é a diferença entre os valores at
uais das entradas líquidas de caixa e os das saídas de caixa relativas ao investimen
to líquido. Desse modo, o VAL corresponde a uma quantificação dos benefícios adicionais
provocados pela proposta. Quando o VAL > 0, pode-se concluir que a proposta irá ge
rar um retorno maior do que a taxa de desconto utilizada e que o investimento po
derá ser aprovado. Para um
VAL < 0, considera-se que a proposta não é economicamente viável, pois seu retorno será
inferior ao custo de capital ou à rentabilidade mínima exigida. A implementação de uma p
roposta nessas condições prejudicará a rentabilidade global da empresa, afetando negat
ivamente o seu valor de mercado. Constata-se, assim, que o VAL constitui uma técni
ca sofisticada porque considera o valor do dinheiro no tempo, o qual está represen
tado pela taxa de desconto aplicada. Índice de Lucratividade Em certas circunstância
s, o VAL não fornece uma resposta suficientemente clara para comparar duas ou mais
propostas. Nesse caso, em vez de calcular a diferença entre os valores atuais dos
fluxos de caixa, será mais apropriada calcular o quociente desses valores atuais,
conhecido como índice de lucratividade (IL) ou índice de rentabilidade da proposta.
Assim, temos: Índice de Lucratividade = Valor atual das entradas líquidas de caixaj
Valor atual das saídas líquidas de caixa a
Refletindo a razão “benefício/custo” da proposta, o índice da lucratividade fornece uma me
dida do retorno esperado por unidade monetária investida. Quando o IL ≥ 1, significa
que a proposta deverá produzir benefícios monetários superiores ou iguais às saídas líquid
s de caixa, expressos em moeda do mesmo momento t0. Quando o IL < 1, a proposta
deve ser rejeitada por não ser economicamente viável. Considerando os dados abaixo,
das propostas D, E e F, descontadas a uma taxa de 18% ao ano, para o cálculo dos c
orrespondentes VALs e ILs, tem-se que:
Do quadro, são extraídas as seguintes conclusões: a) a proposta D deve ser rejeitada,
uma vez que, em valores atualizados, suas entradas líquidas de caixa revelaram-se
inferiores ao investimento líquido. Daí, o VAL ter sido negativo e o IL inferior a 1
; b) as propostas E e F são economicamente viáveis (VAL > 0 e IL > 1). Como o invest
imento líquido é igual em todas as alternativas, verifica-se a superioridade de F em
razão do seu maior VAL. Com o IL, também chegamos à mesma conclusão porque, para cada $
1,00 investido, seriam obtidos (em valores atualizados) $ 1,201 na proposta F,
contra $ 1,184 na E. O VAL e o IL constituem técnicas bastante satisfatórias porque
consideram o valor do dinheiro no tempo. A grande vantagem do método é que ele utili
za uma taxa de desconto definida antecipadamente como sendo a mínima aceitável para
aprovar o investimento. Critério de decisão – quando o VAL ou VPL é utilizado para tomar
decisões do tipo “aceitar-rejeitar”, adota-se o seguinte critério: se o VAL for maior q
ue zero, aceita-se o projeto; se o VAL for menor que zero, rejeita-se o projeto.
TAXA INTERNA DE RETORNO Apesar de ser considerada mais difícil de ser calculada d
o que o VAL, é possivelmente a técnica sofisticada mais usada para avaliação de alternat
ivas de investimentos. A Taxa Interna de Retorno (TIR) corresponde a uma taxa de
desconto que iguala o valor atual das entradas líquidas de caixa ao valor atual d
os desembolsos relativos ao investimento líquido. A TIR também pode ser compreendida
como a taxa de desconto que iguala o VAL a zero. A TIR deve ser comparada com u
ma taxa de rentabilidade mínima exigida em face do risco do projeto. Essa taxa mínim
a poderá também corresponder ao custo de capital da empresa. Se a TIR for maior ou i
gual à taxa mínima estipulada, a proposta de investimento poderá ser aprovada. Se a TI
R for inferior à taxa mínima, a proposta deve ser rejeitada porque a sua implementação a
fetaria negativamente a rentabilidade global da empresa. BREVE RESUMO DOS CONCEI
TOS DE CONTABILIDADE A SEREM UTILIZADOS
Conceito de contabilidade: é a ciência que tem por objeto o patrimônio das entidades e
por objetivo o controle desse patrimônio. Possui duas funções: uma administrativa, qu
e controla o patrimônio das entidades e uma econômica, que apura o resultado (lucro
ou prejuízo) da entidade. Patrimônio: é o conjunto dos bens, direitos e obrigações. Os ben
s e direitos constituem a parte positiva do patrimônio (ativo), e as obrigações a part
e negativa (passivo). Os bens e direitos são também chamados de PATRIMÔNIO BRUTO ou CA
PITAL APLICADO ou RECURSOS APLICADOS ou, ainda, APLICAÇÃO DE RECURSOS. Já o conjunto d
as obrigações pode ser chamado de PASSIVO ou CAPITAL ALHEIO ou PASSIVO EXIGÍVEL ou CAP
ITAL DE TERCEIROS ou RECURSOS DE TERCEIROS.Os bens podem ser classificados em: b
ens numerários ou disponível (caixa, bancos conta movimento, aplicações financeiras de l
iquidez imediata e numerário em trânsito); bens de venda (estoques); e bens de uso (
imobilizado), que estão divididos em tangíveis (bens materiais) e intangíveis (bens im
ateriais). Os bens tangíveis são aqueles que possuem existência concreta, ou seja, imóve
is, terrenos, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, computadores, etc. Os bens
intangíveis possuem existência abstrata. São considerados imateriais, como as marcas
e patentes, as concessões obtidas, os fundos de comércio, etc. Os direitos são os crédit
os de uma empresa contra terceiros. São caracterizados por valores a receber. Ness
e caso, é bom tomar cuidado com a terminologia utilizada. Eis alguns termos muito
utilizados nesse contexto, bem como alguns esclarecimentos: a) duplicata: título d
e crédito comercial, usado em vendas a prazo. Quem emite é o credor; b) fatura: é um d
ocumento comercial que comprova a venda a prazo ao mesmo cliente, podendo englob
ar mais de uma nota fiscal. Sua principal finalidade é informar ao cliente a relação d
as notas fiscais;c) triplicata: é permitida sua emissão, caracterizando-se como uma
segunda via da duplicata. d) nota promissória: é um título de crédito representativo de
uma promessa de pagamento. É um título financeiro, e quem emite é o devedor. e) empres
as coligadas: são aquelas em que uma empresa participa em 10% ou mais do capital d
a outra, sem controlá-la. f) empresas controladas: são aquelas em que a investidora,
direta ou indiretamente, possui mais de 50% das ações com direito de voto. Nesse ca
so, a investidora é a controladora e a investida é a controlada; g) dividendos a rec
eber: são direitos que uma empresa adquire relativos à participação nos lucros das colig
adas e controladas. h) conta: é o nome representativo de um elemento patrimonial (
bem, direito, obrigação ou PL) ou de resultado (receitas e despesas); i) Regime de C
aixa X Regime de Competência: são dois critérios utilizados para determinarmos a ocorrên
cia ou não de despesas e receitas. No regime de caixa, as despesas e as receitas são
, respectivamente, caracterizadas pelas saídas e entradas de dinheiro. No regime d
e competência, as despesas e receitas são caracterizadas pelas ocorrências dos fatos g
eradores, independentemente da saída ou entrada do dinheiro. No Brasil, todas as S
ociedades Anônimas e as Sociedades Limitadas de grande porte são obrigadas a adotar
o regime de competência. Já micro- e pequenas empresas e sociedades sem fins lucrati
vos podem utilizar o regime de caixa. j) depreciação: é uma despesa que se caracteriza
pela perda de valor dos bens tangíveis do ativo permanente, decorrente do uso, te
mpo ou obsolescência. As taxas de depreciação são fixas no caso do método linear ou linha
reta e a vida útil do bem é quem define o percentual anual de depreciação. Veículos por ex
emplo depreciam em 5 anos (20% a.a), imóveis em 25 anos (4% a.a), etc. Decorrente
da depreciação, surge o conceito de Valor Contábil que pode ser entendido como sendo a
diferença entre o custo de aquisição e a depreciação acumulada ao longo da vida útil. l) a
contas podem ser classificadas em patrimoniais (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido
) e contas de resultado (receitas e despesas). m) ao se analisar uma conta, deve
-se tomar cuidado com a terminologia: não confundir DÉBITOS E CRÉDITOS com saldos deve
dores e credores. Os débitos representam as obrigações da empresa e os créditos represen
tam os direitos. Os saldos devedores estão relacionados com as contas do ativo e o
s saldos credores com as contas do passivo e patrimônio líquido. Lembrar que no ativ
o estão as aplicações, e no passivo e patrimônio líquido estão as origens de recursos. O at
vo é o financiado, e o passivo e patrimônio líquido são os financiadores. Neles estão os c
redores da empresa; n) os débitos aumentam o ativo e os créditos o diminuem. Contrar
iamente, os créditos aumentam o passivo e o patrimônio líquido, enquanto os débitos os d
iminuem.
o) as contas retificadoras ou redutoras diminuem os saldos daquelas contas que l
hes dão origem. Dentre as principais contas redutoras do ativo, estão: duplicatas de
scontadas, provisão para devedores duvidosos, provisão para ajuste ao valor de merca
do, depreciação, amortização e exaustão acumuladas. p) o PL também tem suas contas redutora
: capital a realizar, prejuízos acumulados, ações em tesouraria e dividendos antecipad
os.
Ativo circulante é formado por: disponível, créditos, estoques e despesas antecipadas.
Realizável a Longo Prazo é formado basicamente por: adiantamentos a diretores e emp
réstimos a coligadas e controladas. O Ativo Permanente está dividido em três subgrupos
: imobilizado, investimentos e diferido. O PC e o ELP formam o exigível da empresa
, representado por obrigações para com terceiros. Envolvem valores de curto e longo
prazo. O PL é formado basicamente pelo Capital Social, Reservas e Lucros ou Prejuízo
s Acumulados. q) não confundir VALOR CONTÁBIL com Valor Residual. O valor residual e
stá associado ao provável valor de venda (alienação) do ativo após totalmente depreciado;
r) o conceito de amortização está associado com a perda de valor de bens intangíveis do
ativo permanente, cujos prazos de utilização ou existência são limitados por determinação c
ntratual ou legal; s) no Ativo Diferido, registram-se as despesas que contribuirão
para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos
ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações soc
iais. Devem ser amortizadas em no mínimo 5 anos e no máximo 10 anos e devem ser trat
adas no caso da amortização, como despesa de amortização. t) A principal diferença entre A
S DESPESAS ANTECIPADAS e as despesas diferidas está no fato gerador. Enquanto nas
despesas antecipadas o fato gerador ainda não aconteceu, nas despesas diferidas o
fato gerador já ocorreu e são tratadas como bens intangíveis do ativo, devendo, por is
so, ser amortizadas.

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