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Artigo 01

Data: 17/07/09

Título: Atendimento Médico-hospitalar de qualidade: qual o primeiro passo?

Podemos iniciar nosso debate tocando num ponto bastante sensível


dentro deste grande círculo que congrega o universo da área saúde: o
paciente.
Qual é a maneira mais adequada de tratar este cidadão que procura
uma unidade de saúde, pública ou privada, para ter acesso a recursos
dignos de medicina estando ele doente ou não?
Enfatizo que a forma mais humanizada de enxergar este paciente,
que até mesmo pela origem da palavra quer dizer “pessoa que espera
serenamente um resultado”, é vê-lo como um cliente, isto é, pessoa que
está em busca de uma expectativa concreta para sua indagação. O
mercado da saúde precisa acomodar este cliente com as melhores
condições possíveis e favoráveis com intuito de prestar-lhe a atenção básica
e total, conforme seus anseios.
No setor privado este foco se faz mais enfático, pois estes 40 milhões
de clientes que mesmo possuindo o direito constitucional de acesso à saúde
pública, remuneram a saúde suplementar em busca dos melhores
profissionais, métodos, recursos, tecnologias e, sobretudo, atendimento –
estes clientes-pacientes pleiteiam excelência em medicina e participam de
tudo aquilo que circunda sua saúde: fazem preventivos periódicos, buscam
informações sobre os centros-médicos, profissionais da saúde, técnicas,
métodos, medicamentos, diagnósticos e possuem acesso a uma das mais
poderosas ferramentas da atualidade: a internet.
Quando entramos no âmbito do setor público de saúde, nota-se por
premissa a importância de recuar em seus métodos e práticas de
atendimento, focando na atenção ao cliente com a finalidade de atingir as
metas definidas e o pleno atendimento à população. O Sistema Único de
Saúde em todas as esferas públicas requer, de forma latente, agregar
valores profissionais, adotar práticas modernas de gestão, utilizar sistemas
eletrônicos para apoiar os profissionais da saúde e tecnologias para
controlar o fluxo das informações com a finalidade de conseguir estancar a
sangria descontrolada de recursos públicos e, desta forma, aplicá-los em
prol de toda a comunidade – início de qualquer obra de melhoria em nosso
cenário arcaico e lento.
Os pacientes de uma forma geral estão tendo acesso a uma
quantidade de informações de nível exponencial – tendo a internet como
maior veículo de disseminação. Tal mecanismo se mostra positivo quando
fornece dados extraídos de fontes fidedignas e, sobretudo, quando o
cidadão consegue filtrar algo confiável diante da enxurrada de informações
a que tem acesso. Diante de tanta tecnologia e acesso a ela, os pacientes
estão num nível mais elevado na necessidade de obtenção de suas
informações, leia-se: informações do paciente, pois estes indivíduos, cada
vez mais, requisitam os dados médicos de sua propriedade (receituários,
exames, prescrições, prontuários, etc). Já existem grandes empresas como
o Google e a Microsoft fornecendo Prontuários Eletrônicos Pessoais (PEP)
onde o paciente lança todo o seu histórico de saúde, podendo ele mesmo
fazer acompanhamentos e comparações, além de fornecer aos médicos
uma quantidade escalar de dados armazenados e organizados num único
local de fácil acesso – o cliente-paciente está exigindo que as unidades de
saúde e seus profissionais também acompanhem esta tecnologia. Já é
notável a tendência destes pacientes que já foram incluídos digitalmente,
preferirem e exigirem centros-médicos modernos, equipamentos com
tecnologias recentes e profissionais atualizados com todas as inovações a
que tem acesso.
Hospitais públicos ou privados que possuem como estratégia o foco
no paciente tendo ele como cliente, e não como doente, tem uma grande
chance de obtenção de resultados perante a sociedade. Mostrando esta
tendência para o mercado, seus níveis de qualidade perante os
fornecedores e pagadores se elevarão trazendo consigo benefícios
agregados como melhor remuneração, facilidade na aquisição de recursos,
certificados de excelência, referência em tratamentos e maior demanda de
clientes-pacientes, pois qual o centro-médico que o cliente retorna com
mais facilidade: o burocrático, sem tecnologia, prontuários em papel,
profissionais desumanizados ou em Organizações que fornecem total apoio
a cliente focando no bem-estar, recursos tecnológicos, prontuários
eletrônicos, profissionalização e processos bem definidos?

Iberê Monteiro
Gerente de Informações em Saúde Suplementar - SINDHOSPE

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