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A ninhidrina é um poderoso agente oxidante que reage com aminoácidos, entre pH 4 e
8, originando um composto de cor púrpura, que não apresenta sempre a mesma
intensidade de coloração. Os aminoácidos prolina e hidroxiprolina são exceções, pois
apresentam coloração amarela. Reações do Bureto são devidas as ligações peptídicas,
dando positiva para proteínas e peptídeos com três ou mais resultados de aminoácidos. A
reação são também positiva para as substâncias que contem dois grupos carbônicos
ligados diretamente ou através de um átomo de carbono ou nitrogênio. Este é o caso do
biureto que reage positiva e de onde provem o nome da mesma. As proteínas ou
peptídeos, quando tratados por uma solução de sulfato de cobre, em meio alcalino, dão
uma coloração violeta caracterÃstica. Precipitação de ProteÃnas com
Desnaturação As proteÃnas possuem uma estrutura tridimensional bem definida que
está relacionada com suas propriedades fÃsicas e biológicas. A modificação na
estrutura tridimensional nativa de uma proteÃna, com a conseqüente alteração de
suas propriedades é conhecida como desnaturação. A desnaturação envolve
alterações nas estruturas quaternária, terciária e secundária de proteÃnas, mas
não da primária. A desnaturação, usualmente decresce a solubilidade das proteÃ-
nas. A diminuição da solubilidade pode ser explicada pela exposição de radicais
hidrofóbicos e outros que prejudiquem a interação proteÃna-água e favoreçam a
interação proteÃna-proteÃna. A desnaturação é o evento primário e importante.
A floculação e a coagulação, que muitas vezes são confundidos com
desnaturação de proteÃnas, são simplesmente manifestações visÃveis das
alterações estruturais causadas pelos agentes desnaturantes. Existem vários agentes
desnaturantes de proteÃnas, tais como: calor, ácidos, álcalis, solventes orgânicos,
soluções concentradas de uréia e guanidina, detergentes, sais de metais pesados,
etc. Entre as alterações que se observam em decorrência da desnaturação
protéica, pode-se citar: diminuição da solubilidade, perda de atividade biológica (por
exemplo, da ação enzimática, da ação hormonal), aumento da reatividade de
radicais da cadeia polipeptÃdica, alterações na viscosidade e coeficiente de
sedimentação, etc. A precipitação com desnaturação, além de serem utilizadas
para caraterizar a presença de proteÃnas em solução, também são úteis para
proceder a desprotenização de lÃquidos biológicos para análise de componentes
não protéicos.
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Precipitação por Ação do Calor A estrutura terciária de uma proteÃna é mantida
por interações hidrofóbicas entre os radicais apolares que se abrigam no meio
aquoso, procurando se agruparem no interior do glóbulo protéico, pelas atrações
iônicas entre os radicais carregados com cargas opostas, pelas pontes dissulfeto, pontes
de hidrogênio, interações hidrofóbicas ou ainda pelas Forças de Van der Waals. Ao
fornecer energia a um meio aquoso contendo proteÃnas, atrações entre os radicais
são desfeitas e a proteÃna é "desenrolada", expondo, ao meio aquoso seus radicais
apolares que estavam contidos no seu interior. Isto é que leva à desnaturação.
Precipitação por reação com os reagentes para alcalóides Determinados agentes,
como os reagentes para alcalóides podem ser usados na precipitação de proteÃnas,
o que é útil na desproteinização de materiais biológicos, como o sangue: ânions
de ácidos complexos (tricloroacético, tânico, fosfotúngstico) formam sais insolúveis
onde a proteÃna funciona como cátion. Precipitação por Reação com Sais de
Metais Pesados A adição de sais de metais pesados, tais como mercúrio, chumbo,
cobre e zinco, levam à formação de sais denominados "quelatos" entre os
aminoácidos ácidos e estes metais. A proteÃna precipita porque estes sais são
insolúveis em água e também porque, com a quebra das ligações iônicas, os
aminoácidos hidrofóbicos ficam mais expostos ao meio aquoso. Precipitação por
Ação de Solventes Orgânicos A adição de solventes orgânicos, como o etanol,
éter etÃlico e acetona, à s soluções aquosas de proteÃnas pode levar Ã
precipitação das mesmas. Isto pode ser explicado pelo fato destes solventes
apresentarem uma constante dielétrica inferior à da água. Solventes orgânicos em
baixas temperaturas (0º C ou menos) são úteis para a separação de misturas
protéicas, porque as proteÃnas podem ser precipitadas sem sofrerem desnaturação.
Entretanto, a temperatura mais elevada, os solventes orgânicos podem levar Ã
desnaturação por romperem pontes de hidrogênio e interações apolares,
importantes na manutenção da conformação protéica. A água tem uma alta
constante dielétrica, assim a força de atração entre moléculas protéicas
contendo radicais com cargas opostas é baixa, predominando a interação proteÃna-
água em vez da interação proteÃna-proteÃna. A adição de solventes, pode
inverter esta situação, levando à agregação e precipitação das moléculas
protéicas.
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Solubilização (Salting In) Efeito da Força Iônica sobre a Solubilidade das ProteÃnas
A capacidade dos sais neutros de influenciar a solubilidade das proteÃnas, é uma
função de sua força iônica, que tanto depende de sua concentração como na
valência de cátions e ânions que formam o sal. Em concentração reduzida, os sais
aumentam a solubilidade de muitas proteÃnas, um fenômeno denominado â œsalting-
inâ
, provavelmente devido à interação da proteÃna com os sais causando
diminuição da interação proteÃna-proteÃna e, portanto, aumentando a solubilidade.
Precipitação (Salting Out) Reações de Precipitação sem Desnaturação As
proteÃnas podem ser precipitadas sem sofrer desnaturação por ação de solventes
orgânicos, como foi explicado anteriormente, variação do pH e por alterações da
força iônica do meio. A variação do pH pode ser usada para precipitar proteÃnas no
seu ponto isoelétrico, pH no qual a repulsão eletrostática entre as moléculas é
mÃnima. Este efeito é denominado de â œsaltingoutâ
. As proteÃnas podem ser
ressolubilizadas mantendo as suas caracterÃsticas estruturais nativas por uma
variação de pH acima ou abaixo do ponto isoelétrico.
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3. MATERIAIS UTILIZADOS E METODOLOGIAS Experimento 01 - Reações de
Coloração de ProteÃnas Reação da ninhidrina Inicialmente, numerou-se dois tubos
de ensaio, acrescentando-se no primeiro 2ml de solução de ninhidrina com 5 gotas de
proteÃnas. Enquanto que no segundo tubo, foram colocadas 2ml de solução de
ninhidrina com 5 gotas de glicina. Ambos os tubos foram aquecidos na chama do bico de
bunsen por dois minutos com agitação contÃnua. Reação do biureto Foram
numerados três tubos de ensaio, sendo que no primeiro colocou-se 1ml de solução de
proteÃnas, 5 gotas de NaOH, 2,5M e 3 gotas de sulfato de cobre 1%. Enquanto que no
segundo acrescentou-se 1ml de solução de glicina com 5 gotas de NaOH 2,5M e 3
gotas de sulfato de cobre 1%. Já no terceiro tubo, misturou-se água destilada com 5
gotas de NaOH 2,5M e 3 gotas de sulfato de cobre 1%. Em todos os tubos foi observada
a mudança de coloração das soluções.
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Experimento 03 ⠳ Reações de precipitação sem desnaturação Efeito da força
iônica sobre a solubilidade da ovoglobulina â œSalting â ³ inâ
Colocou-se 3mL de
clara de ovo juntamente com 2mL de água destilada em um béquer pequeno. Tal
solução foi agitada com um bastão de vidro até o aparecimento de um precipitado .
Em seguida, adicionou ⠳ se solução de cloreto de sódio ⠳ cerca de 30 gotas -
até redissolução do precipitado. â œSalting â ³ outâ
Com o auxÃlio de uma
pipeta adicionou-se 2mL da solução anterior (â œsalting â ³ inâ
) em um tubo de
ensaio. Posteriormente, acrescentou-se 2mL de solução saturada de sulfato de
amônio até a percepção de um precipitado de proteÃnas. Então, juntou-se 4 a
6mL de água destilada.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃES
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Experimento 03 ⠳ Reações de precipitação sem desnaturação Efeito da força
iônica sobre a solubilidade da ovoglobulina â œSalting â ³ inâ
: Após agitação da
solução de água destilada e clara de ovo, formou-se um precipitado (globulinas)
semelhantes a pontos brancos na solução. Com a adição de 30 gotas de
solução de cloreto de sódio, houve a redissoluçao desse precipitado. ⠜Salting
â ³ outâ
: Formou-se duas fases: a de baixo era esbranquiçada e a de cima,
transparente. Então, após o acréscimo de 4 a 6mL de água destilada houve a
redissolução desse precipitado Tais fenômenos estão relacionados Ã
precipitação da proteÃna sem que ocorra a sua desnaturação. O â œsalting â ³
inâ
dá-se pela solubilização do precipitado elevando-se a concentração de sais
no meio e também as interações proteÃna-água. Enquanto o â œsalting â ³ outâ
corresponde à precipitação da proteÃna através da adição de sais com alta
força iônica (sais higroscópicos) que ligam-se a água, havendo a predominância da
interação proteÃna-proteÃna. Nesse caso, analisando-se as duas fases formadas, a
primeira â ³ esbranquiçada â ³ corresponde à s primeiras proteÃnas a se precipitarem,
as globulinas. Já a porção transparente refere-se à água. ÃÅ importante ressaltar
que a precipitação de proteÃnas pela alta concentração de sais é um processo
muito importante para a separação de misturas complexas de proteÃnas, uma vez que
a concentração de sal necessária para precipitar diferentes proteÃnas é variável.
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5. CONCLUSÃO As reações de coloração e precipitação (com ou sem
desnaturação) de proteÃnas permitem a caracterização dessas pela análise de
suas propriedades quÃmicas e fÃsicas, entre elas, a presença de ligações peptÃ-
dicas, estrutura molecular, solubilidade, força iônica e concentração molar. A
detecção de proteÃnas em materiais biológicos envolve reações especificas com
determinados reativos, os quais originam substâncias coloridas que absorvem luz na
região visÃvel, permitindo a sua quantificação. No entanto, as reações de
coloração não alteram a estrutura tridimensional da proteÃna, ao contrário das
reações de precipitação que podem alterar as estruturas quaternárias, terciárias e
secundárias das proteÃnas como as reações por ação térmica, presença de
alcalóides, sais de metais pesados e solventes orgânicos. Já as reações
denominadas â œ Salting-inâ
e â œSalting-outâ
precipitam o material sem a
desnaturação. Apesar de alguns erros grosseiros quanto à manipulação dos
aparelhos, todos os resultados atingiram as caracterÃsticas pré-estabelecidas pelos
conceitos teóricos.
Presidente Prudente, 2São Paulo: Sarvier, 2006. Moreira, Ana Beatriz & Gonçalvez,
Joaquim. Processos de desnaturação protéica. Universidade do Porto, 2008.
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