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REGIMENTO INTERNO

DO

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE


JANEIRO

RESOLUÇÃO Nº 561, de 28 de abril de 2003

(Atualizado pela Resolução Nº 703/08-TRE/RJ,


de 02.09.2008)
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 2

Sumário

TÍTULO I – Do Tribunal
Capítulo I - Da Organização do Tribunal
Capítulo II - Das Atribuições do Tribunal
Capítulo III - Das Atribuições do Presidente
Capítulo IV - Das Atribuições do Vice-Presidente
Capítulo V - Das Atribuições do Corregedor
Capítulo VI - Do Procurador Regional Eleitoral
Capítulo VII - Do Defensor Público

TÍTULO II – Da Ordem do Serviço no Tribunal


Capítulo I - Da Distribuição
Capítulo II - Das Sessões
Capítulo III - Do Processo e Julgamento dos Feitos
Capítulo IV - Das Audiências

TÍTULO III – Do Processo no Tribunal


Capítulo I - Da Declaração de Inconstitucionalidade de Lei ou de Ato
Normativo do Poder Público
Capítulo II - Das Exceções de Impedimento e Suspeição
Capítulo III - Do Habeas Corpus
Capítulo IV - Do Mandado de Segurança
Capítulo V - Dos Conflitos de Atribuição, de Jurisdição e de
Competência
Capítulo VI - Dos Recursos Eleitorais
Capítulo VII - Dos Processos Criminais de Competência Originária do
Tribunal
Capítulo VIII - Da Ação de Impugnação do Mandato Eletivo
Capítulo IX - Das Representações, das Instruções, das Consultas e
dos Requerimentos
Capítulo X - Da Representação por Excesso de Prazo e da
Reclamação contra Membro do Tribunal
Capítulo XI - Do Agravo Regimental

TÍTULO IV - Dos Juízes Eleitorais


Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 3

TÍTULO V – Do Registro dos Órgãos Diretivos

TÍTULO VI – Das Eleições

TÍTULO VII – Da Multa Administrativa Eleitoral

TÍTULO VIII – Das Custas Processuais, do Preparo, das Certidões e das


Despesas na Reprodução de Documentos

TÍTULO IX – Das Disposições Gerais e Transitórias

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, no exercício das


atribuições que lhe são conferidas pelo art. 96, I, a, da Constituição da
República de 1988 e do art. 30, I, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15
de julho de 1965),

RESOLVE

Aprovar o seguinte Regimento Interno:


Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 4

TÍTULO I

DO TRIBUNAL

Capítulo I
DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL

Art. 1º. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, sediado na


capital do Estado e com jurisdição em todo o Estado, é composto de sete
juízes efetivos e de juízes substitutos em igual número, nomeados de acordo
com o disposto na Constituição da República. Parágrafo único. O advogado
nomeado juiz substituto na Justiça Eleitoral fica impedido para o exercício
profissional no âmbito dessa Justiça.

Art. 2º. Não podem fazer parte do Tribunal pessoas que tenham entre
si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, seja o vínculo
decorrente do casamento ou não, excluindo-se, se ocorrer a hipótese, a que
tiver sido nomeada por último.

Art. 3º. O Tribunal elegerá, em votação secreta, para a sua Presidência


um dos dois desembargadores, para o mandato de 2 (dois) anos ou até o
término do biênio, proibida a reeleição. Caberá ao outro a Vice-Presidência.
Por igual processo, dentre os outros membros do Tribunal, um será eleito
para as funções de Corregedor.
§ 1º É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e
aceita antes da eleição.
§ 2º Vagando, no curso do mandato, o cargo de Presidente, proceder-
se-á à eleição para a vaga ocorrida.

Art. 4º. Os membros do Tribunal e seus substitutos, salvo por justa


causa, exercerão os mandatos obrigatoriamente por 2 (dois) anos, a contar
da data da posse, e, facultativamente, por mais um biênio, desde que
reconduzidos pelo mesmo processo da investidura inicial.
§ 1º Compete ao Tribunal a apreciação da justa causa para dispensa da
função eleitoral antes do transcurso do primeiro biênio.
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§ 2º O biênio será contado ininterruptamente, sem o desconto de


afastamento decorrente de férias, licença especial ou licença, ressalvada a
hipótese de afastamento prevista no § 3º deste artigo, que acarretará a
prorrogação do exercício pelo tempo que tiver durado o afastamento.
§ 3º Não poderá servir como juiz no Tribunal, devendo dele se afastar,
o cônjuge, o convivente, o parente consangüíneo ou afim, até o 2º grau, de
candidato a cargo eletivo registrado no Estado, no período compreendido
entre a homologação da respectiva convenção partidária e a apuração final
da eleição.
§ 4º Se o membro do Tribunal afastado em decorrência da hipótese
prevista no § 3º deste artigo ocupar a Presidência, a Vice-Presidência do
Tribunal ou a Corregedoria, o mandato será prorrogado pelo tempo que
durar o afastamento.

Art. 5º. Nenhum membro efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na


mesma classe ou em classe diversa, após servir por 2 (dois) biênios
consecutivos, salvo se transcorridos 2 (dois) anos do término do segundo
biênio.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, consideram-se também
consecutivos 2 (dois) biênios quando entre eles houver interrupção inferior
a 2 (dois) anos.

Art. 6º. As regras do artigo 5º aplicam-se ao membro substituto


enquanto nessa categoria, podendo vir ele, contudo, a integrar o Tribunal
como efetivo, sem limitar-se essa investidura pela condição anterior de juiz
substituto.

Art. 7º. Até 20 (vinte) dias antes do término do biênio de membro da


classe de magistrado, ou imediatamente depois da vacância do cargo por
motivo diverso, o Presidente do Tribunal oficiará aos Presidentes do
Tribunal Justiça ou do Tribunal Regional Federal para a escolha do novo
membro.
Parágrafo único. Nos anos eleitorais, caso a vacância do cargo ocorra
nos três meses anteriores à eleição, a comunicação de que trata o caput
será realizada somente após a realização do primeiro turno, ou do segundo,
se houver. (Incluído pelo art. 1º da Resolução Nº 703/08-TRE/RJ de
02/09/2008).
Art. 8º. Até 90 (noventa) dias antes do término do biênio de membro da
classe dos advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por
motivo diverso, o Presidente do Tribunal oficiará ao Presidente do Tribunal
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de Justiça para a indicação da lista tríplice que será encaminhada ao


Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 9º. Os membros efetivos tomarão posse perante o Tribunal e os


substitutos perante o Presidente, obrigando-se uns e outros por
compromisso formal.
§ 1º Em ambos os casos, o prazo para a posse é de até 30 (trinta) dias
a partir da vacância do cargo.
§ 2º Quando a recondução operar-se antes do término do biênio, não
haverá necessidade de nova posse, que será exigida, apenas, se houver
interrupção do exercício. Naquela hipótese, será suficiente a anotação no
termo da investidura inicial.

Art. 10. Os membros afastados por motivo de licença, férias ou licença


especial de suas funções na Justiça Comum ou no Tribunal Regional Federal
ficarão, automaticamente, afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo
correspondente, exceto quando o período de férias coletivas coincidir com a
realização de eleição, totalização da votação ou encerramento de
alistamento. Parágrafo único. O membro afastado pelos motivos constantes
deste artigo comunicará ao Presidente do Tribunal Eleitoral o seu
afastamento da Justiça Comum ou do Tribunal Regional Federal a fim de que
o Presidente convoque o substituto para integrar o Tribunal.

Art. 11. Nos casos de vacância do cargo e em todos os casos de


afastamento de membro efetivo, o Presidente convocará obrigatoriamente o
substituto da mesma classe.
Parágrafo único. Se o membro substituto convocado precisar se
afastar, o Presidente convocará o outro substituto da mesma classe para
compor o Tribunal.

Art. 12. O Tribunal delibera por maioria de votos, em sessão pública,


com a presença mínima de quatro dos seus membros, além do Presidente.
Parágrafo único. Nas ausências ou impedimentos eventuais de membro
efetivo e não havendo quorum, será convocado o respectivo substituto.

Art. 13. Os juízes do Tribunal serão licenciados pela seguinte forma:


I – os magistrados, automaticamente, pelo prazo da licença obtida na
Justiça Comum ou no Tribunal Regional Federal;
II – pelo próprio Tribunal, os da classe de advogado e os magistrados
afastados da Justiça Comum para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral.
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Art. 14. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o magistrado


que se aposentar ou terminar o biênio.

Art. 15. Funcionará, junto ao Tribunal, um Procurador Regional


Eleitoral, com as atribuições definidas em lei e neste Regimento. O
Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será
designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores
Regionais da República no Estado, para o mandato de 2 (dois) anos.
§ 1º Nas faltas ou impedimentos do Procurador Regional, funcionará o
seu substituto.
§ 2º Mediante prévia autorização do Procurador-Geral Eleitoral, poderá
o Procurador Regional requisitar, para auxiliá-lo nas suas funções, membros
do Ministério Público local, não tendo estes, porém, assento nas sessões do
Tribunal.

Art. 16. O Tribunal terá o tratamento de “egrégio” e os seus membros


e o Procurador Regional o de “excelência”.

Art. 17. Os membros do Tribunal, os das juntas eleitorais e os juízes


eleitorais, no exercício de suas funções, gozarão de plenas garantias e
serão inamovíveis.

Art. 18. O juiz de direito, membro do Tribunal, que for convocado para
exercer a função de substituto de desembargador no Tribunal de Justiça,
fica impedido de exercer a função na Justiça Eleitoral, devendo pedir
licença.

Art. 19. Não podem participar do Tribunal os Presidentes e os Vice-


Presidentes de Tribunais, assim como os Corregedores.

Capítulo II
DAS ATRIBUIÇÕES DO TRIBUNAL

Art. 20. Compete ao Tribunal:


I - processar e julgar originariamente:
a) o registro de candidatos a Governador, Vice-Governador e membros
do Congresso Nacional e da Assembléia Legislativa, conhecendo e
decidindo das argüições de inelegibilidade para esses cargos;
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b) os conflitos de competência entre juízes eleitorais do Estado;


c) a suspeição ou o impedimento dos seus membros, do Procurador
Regional e dos servidores da sua secretaria, assim como dos juízes e
escrivães eleitorais;
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais;
e) os habeas corpus ou mandados de segurança em matéria eleitoral
contra ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça por
crime de responsabilidade, ou, ainda, o habeas corpus, quando houver
perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover
sobre a impetração;
f) as denúncias, reclamações e representações relativas a obrigações
impostas, por lei ou estatuto, aos partidos políticos, quanto a sua
contabilidade e apuração da origem dos seus recursos;
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes
eleitorais em 30 (trinta) dias da sua conclusão para julgamento, formulados
por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente
interessada, sem prejuízo das sanções decorrentes de excesso de prazo;
h) os mandados de segurança contra ato ou omissão do Presidente do
Tribunal;
i) os processos que importem em perda de diplomas e de mandatos
eletivos, qualquer que seja a sua natureza, respeitada a competência
prevista na lei;
j) os processos que importem em declaração de inelegibilidade.
II - julgar os recursos interpostos:
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais;
b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem
habeas corpus ou mandado de segurança;
c) dos atos e despachos do Presidente ou do juiz relator;
d) das decisões dos juízes eleitorais proferidas em processos judiciais
referentes à cobrança de multa administrativa eleitoral.
III - elaborar e alterar o seu Regimento Interno;
IV - organizar a sua secretaria e a da Corregedoria Regional,
provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional,
por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, a criação ou supressão de
cargos e a fixação dos respectivos vencimentos;
V - conceder aos seus membros efetivos e substitutos e aos juízes
eleitorais licença e férias, assim como afastamento das funções que
exercem na Justiça Comum e na Justiça Federal, durante o período eleitoral,
submetendo, quanto àqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior
Eleitoral;
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VI - fixar a data das eleições do Governador, Vice-Governador,


deputados estaduais, prefeitos, Vice-prefeitos e vereadores, quando não
determinada por disposição constitucional ou legal;
VII - constituir as juntas eleitorais e designar as respectivas sedes e
jurisdições;
VIII - dar posse aos seus membros efetivos;
IX - eleger o seu Presidente;
X - dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo esta
divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal
Superior Eleitoral;
XI - constituir a comissão apuradora das eleições;
XII - proceder à apuração final das eleições, na forma em que a lei
dispuser, e expedir os respectivos diplomas, remetendo cópia das atas dos
seus trabalhos ao Tribunal Superior Eleitoral.
XIII - cumprir e fazer cumprir as decisões, mandados, instruções,
resoluções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral;
XIV - requisitar força policial e solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral
a requisição de força federal para garantir a normalidade do pleito eleitoral;
XV - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que forem feitas,
em tese, por autoridade pública ou partido político;
XVI - constituir as comissões organizadoras de concursos para
provimento de cargos e baixar as respectivas instruções;
XVII - homologar os resultados dos concursos e decidir sobre os
prazos de validade;
XVIII - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão
aos juízes eleitorais.

Art. 21. Os membros do Tribunal e o Procurador Regional gozarão


férias coletivas nos meses de janeiro e julho.

Art. 22. O Presidente deverá permanecer em exercício durante o


período de férias coletivas e convocará os membros do Tribunal para o
julgamento de matérias urgentes em sessões extraordinárias.

Art. 23. O Presidente gozará férias fora do período de férias coletivas,


parceladamente ou não.

Art. 24. O Corregedor, caso o serviço eleitoral necessite, permanecerá


em exercício no período de férias coletivas e gozará férias na forma
indicada no art. 23.
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Capítulo III
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE

Art. 25. Compete ao Presidente do Tribunal:


I - representar o Tribunal nas solenidades e atos oficiais;
II - delegar a representação do Tribunal ao Vice-Presidente ou a
qualquer de seus membros;
III - presidir as sessões, dirigir os trabalhos e proclamar os resultados
dos julgamentos;
IV - convocar sessões extraordinárias;
V - organizar o plantão dos membros do Tribunal para deliberar sobre
matérias urgentes durante o recesso forense e durante os fins de semana
no período eleitoral;
VI - tomar parte na discussão e votar nas argüições de
inconstitucionalidade (§ 2o do art. 78) e nas questões interna corporis
levadas a julgamento pelo plenário, inclusive nas resoluções, e proferir voto
de desempate nas demais questões;
VII - assinar, com o relator, os acórdãos do Tribunal;
VIII - expedir e assinar as resoluções e demais atos normativos, após
aprovação pelo plenário do Tribunal, mencionando, em seu texto, a data da
sessão e determinando, de imediato, a publicação na imprensa oficial;
IX - expedir portarias e atos de nomeação, promoção, exoneração,
demissão e aposentadoria dos servidores da secretaria do Tribunal, ouvidos
o Vice-Presidente e o Corregedor Regional Eleitoral quanto às indicações
para a ocupação dos cargos e funções comissionadas que integram a
estrutura do gabinete da Vice-Presidência e da Corregedoria Regional;
X - empossar os servidores nomeados para o exercício de cargo
comissionado;
XI - cumprir e fazer cumprir as decisões do plenário do Tribunal, além
de poder delegar, através de ato executivo, atribuições ao Vice-
Presidente, com a concordância deste.
XII - delegar atribuições administrativas ao diretor-geral;
XIII - dar posse aos membros substitutos do Tribunal;
XIV - convocar juiz substituto nas hipóteses do parágrafo único do art.
10, do art. 11, caput e seu parágrafo único, e do parágrafo único do art. 12;
XV - encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal
Federal, depois de admitidos, os recursos interpostos das decisões do
Tribunal;
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XVI - marcar a data das eleições suplementares;


XVII - dirigir os trabalhos das eleições;
XVIII - nomear os membros das juntas eleitorais, depois de aprovação
do Tribunal, designando-lhes a sede;
XIX - mandar publicar, no prazo legal, os nomes dos candidatos a
cargos eletivos registrados pelo Tribunal;
XX - assinar os diplomas dos candidatos eleitos para os cargos de
deputados federais, senadores, deputados estaduais e seus suplentes,
Governador e Vice-Governador;
XXI - comunicar ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal Regional Federal,
conforme o caso, o afastamento que o Tribunal conceder aos seus membros
na forma do inc. V do art. 20;
XXII - superintender os serviços da secretaria e os serviços
administrativos das zonas eleitorais do Estado, ministrando aos juízes e aos
servidores as devidas instruções;
XXIII - determinar a instauração de sindicância e de processo
administrativo disciplinar e, dentro de sua competência, aplicar as
penalidades, na forma do art. 141 da Lei n. 8.112/90;
XXIV - nomear e empossar o diretor-geral;
XXV - nomear, para a investidura do biênio, com a aprovação do
Tribunal, os juízes eleitorais; designar os eventuais substitutos dos juízes
eleitorais; nomear ou designar, de acordo com a necessidade do serviço, os
chefes de cartório, os escrivães eleitorais, e os seus eventuais substitutos;
XXVI – remover e transferir os servidores do Tribunal, movimentando-
os de acordo com a necessidade e conveniência do serviço;
XXVII - requisitar servidores públicos por necessidade de serviço;
XXVIII - conceder, aos servidores do Tribunal, gratificações e
adicionais previstos em lei;
XXIX - decidir as argüições de suspeição e impedimento dos servidores
da secretaria do Tribunal;
XXX - fixar o horário do expediente da secretaria e das zonas
eleitorais;
XXXI - autorizar serviços extraordinários e o pagamento das horas
extras trabalhadas;
XXXII - conceder licenças e outros afastamentos previstos em lei aos
servidores da secretaria e dos cartórios eleitorais;
XXXIII - conceder auxílios, ajudas de custo, diárias e demais benefícios
previstos em lei;
XXXIV - aprovar e encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral a
proposta orçamentária e plurianual;
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XXXV - solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a abertura de créditos


adicionais, oferecendo, quando possível, a compensação necessária;
XXXVI - aprovar o registro cadastral de habilitação de sociedades e
cooperativas, aplicando aos fornecedores ou executores de obras e
serviços, quando inadimplentes, as penalidades previstas em lei;
XXXVII - autorizar a realização de licitações para compras, obras e
serviços, aprová-las ou anulá-las, podendo, ainda, dispensá-las nos casos
previstos em lei e preferir a modalidade mais conveniente quando a lei
expressamente o permitir;
XXXVIII - autorizar o empenho de despesas e ordenar pagamentos;
XXXIX - conceder suprimentos;
XL - abrir, rubricar e encerrar os livros de atas de escolha dos
candidatos pelos partidos e a deliberação sobre as coligações;
XLI - designar, onde houver mais de uma zona eleitoral, o juiz
distribuidor das execuções fiscais fundadas em multas administrativas
eleitorais;
XLII - expedir normas regulamentares relativas ao procedimento da
dívida ativa da União e pertinentes às multas administrativas eleitorais;
XLIII - deferir, de acordo com o seu juízo de conveniência e
observando as cautelas da resolução do Tribunal Superior Eleitoral, o
empréstimo de urnas eletrônicas para uso em eleições estranhas à Justiça
Eleitoral, ad referendum do Tribunal, na primeira sessão a que se seguir o
deferimento;
XLIV – determinar à secretaria que proceda à anotação dos órgãos de
direção partidária;
XLV – designar, dentre os servidores do quadro do Tribunal, assessor
para os 4 (quatro) membros efetivos que não possuem gabinete com
estrutura administrativa.

Capítulo IV
DAS ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE

Art. 26. Compete ao Vice-Presidente do Tribunal:


I - substituir o Presidente nas suas faltas e impedimentos;
II - distribuir os processos entre os membros do Tribunal, em sessão
pública e pelo sistema informatizado implantado pelo Tribunal Superior
Eleitoral;
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 13

III - praticar os atos que lhe forem delegados pelo Presidente do


Tribunal.

Art. 27. O Vice-Presidente, quando no exercício da Presidência, não


será substituído nos feitos em que for relator e, quando presidir ao
julgamento dos de outro relator, terá apenas o voto de desempate;

Art. 28. O Vice-Presidente será substituído nas suas férias, licenças,


faltas ou impedimentos ocasionais pelo membro mais antigo do Tribunal.

Capítulo V
DAS ATRIBUIÇÕES DO CORREGEDOR

Art. 29. Ao Corregedor, que exerce as suas funções cumulativamente


com as de membro do Tribunal, com jurisdição em todo o Estado, compete:
I - inspeção e a correição dos serviços eleitorais do Estado;
II - reprimir os crimes eleitorais;
III - conhecer das reclamações contra juízes eleitorais, encaminhando-
as, com o resultado das sindicâncias, ao Tribunal, que decidirá sobre a
aplicação da pena;
IV - cumprir e fazer cumprir as determinações do Tribunal;
V - orientar os juízes eleitorais no interesse dos serviços dos
respectivos juízos e cartórios;
VI - convocar à sua presença o juiz da zona eleitoral que deva,
pessoalmente, prestar informações de interesse da Justiça Eleitoral;
VII - determinar e fiscalizar os serviços a serem executados pelos
servidores do gabinete, podendo incumbi-los de quaisquer verificações nos
cartórios das zonas eleitorais, respeitada a competência dos respectivos
juízes;
VIII - fiscalizar o cruzamento entre dados do cadastro eleitoral e
registros de óbitos fornecidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social –
INSS;
IX - levar ao conhecimento do Tribunal ou do Presidente os assuntos
eleitorais pertinentes a fatos ou providências que escapem à sua
competência, bem como a ocorrência de falta grave ou procedimento que
não lhe couber corrigir dentro das suas atribuições;
X - processar e proferir decisão nas reclamações contra servidores
dos cartórios eleitorais.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 14

Art. 30. Nos inquéritos contra juízes eleitorais, será obrigatório o


acompanhamento do Procurador Regional ou do seu substituto, observando-
se o que dispõe a Resolução TSE nº 7.651/65.
Parágrafo único. Os inquéritos referidos neste artigo serão processados
na sede do Tribunal e, no interesse da instrução, poderão correr em
segredo de justiça.

Art. 31. No inquérito administrativo, para apuração de falta grave de


servidores dos cartórios eleitorais, serão observados os dispositivos da Lei
n. 8.112/90 e em resolução a ser baixada por este Tribunal.
Parágrafo único. O Corregedor Regional se concluir, em inquérito
administrativo, pela aplicação da pena de suspensão superior a 30 (trinta)
dias, destituição de cargo ou afastamento do serviço eleitoral, remeterá ao
Presidente o respectivo processo, acompanhado de relatório.

Art. 32. Na correição a que proceder, promoverá o Corregedor, além de


outras providências que julgar necessárias, a verificação da correta
aplicação das multas aos eleitores faltosos e aos que não se alistaram nos
prazos determinados por lei.

Art. 33. No desempenho de suas atribuições, o Corregedor


comparecerá às zonas eleitorais nos seguintes casos:
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal
Regional;
II - a pedido dos juízes eleitorais;
III - a requerimento de partido, deferido pelo Tribunal;
IV - sempre que entender necessário.

Art. 34. Nas diligências que realizar, o Corregedor poderá solicitar a


presença do Procurador Regional.

Art. 35. Os provimentos da Corregedoria obrigam os juízes e os


servidores das zonas eleitorais.

Art. 36. No mês de fevereiro de cada ano, o Corregedor apresentará ao


Tribunal relatório de suas atividades durante o ano anterior, acompanhado
de elementos elucidativos e sugestões no interesse da Justiça Eleitoral.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 15

Capítulo VI
DO PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL

Art. 37. Compete ao Procurador Regional Eleitoral:


I - participar das sessões do Tribunal, tomando ciência das resoluções
e acórdãos, dos quais poderá recorrer nos casos previstos em lei;
II - exercer a ação pública e promovê-la, até final, em todos os feitos
da competência originária do Tribunal;
III - oficiar em todos os recursos e conflitos de jurisdição
encaminhados ao Tribunal, bem como nos processos de registro de
candidaturas a cargos eletivos e de diretórios de partidos políticos;
IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, após as partes, quando
intervier como fiscal da lei, dispondo das mesmas faculdades das partes,
quando em tal situação processual estiver agindo;
V - defender a jurisdição do Tribunal;
VI - representar ao Tribunal no interesse da fiel observância das leis
eleitorais;
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao
desempenho de suas atribuições;
VIII - designar os promotores que devam oficiar junto aos juízes e
juntas eleitorais, mediante relação encaminhada pelo Procurador-Geral da
Justiça do Estado, bem como expedir instruções ao fiel cumprimento de
suas atribuições;
IX - acompanhar, obrigatoriamente, por si ou por seu substituto, os
inquéritos contra juízes eleitorais e, quando solicitado, as diligências
realizadas pelo Corregedor;
X - representar ao Tribunal para o exame da escrituração dos partidos
e a apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais ou escriturárias
a que, em matéria financeira, estejam sujeitos eles e seus filiados;
XI - funcionar junto à Comissão Apuradora do Tribunal;
XII - exercer outras funções e atribuições que lhe forem conferidas por
lei.

Capítulo VII
DO DEFENSOR PÚBLICO

Art. 38. Compete ao defensor público, com atuação junto ao Tribunal:


Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 16

I - exercer a defesa dos interesses dos juridicamente necessitados, em


todos os feitos da competência do Tribunal;
II - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em qualquer feito em que
funcionar, sendo-lhe assegurada a intervenção no feito, após manifestação
do Ministério Público, quando este atuar na qualidade de parte;
III - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao
desempenho de suas atribuições;
IV - exercer outras funções e atribuições que lhe forem conferidas por
lei.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 17

TÍTULO II

DA ORDEM DO SERVIÇO NO TRIBUNAL

Capítulo I
DA DISTRIBUIÇÃO

Art. 39. Os processos serão distribuídos pelo Vice-Presidente, por


classes, cada qual com numeração distinta, mediante sorteio, pelo sistema
informatizado que assegura o caráter aleatório e a equivalência na divisão
de trabalho entre os membros do Tribunal.
Parágrafo único. Na eventualidade de falha no funcionamento do
sistema eletrônico, os feitos serão distribuídos manualmente, através de
sorteio, obedecido ao disposto no caput deste artigo.

Art.40. Os processos obedecerão à seguinte classificação, sendo


numerados em ordem contínua:
Classe 1 – Habeas Corpus
Classe 2 – Recurso em Habeas Corpus
Classe 3 – Mandado de Segurança
Classe 4 – Recurso em Mandado de Segurança
Classe 5 – Habeas Data
Classe 6 – Recurso em Habeas Data
Classe 7 – Medida Cautelar
Classe 8 – Conflito de Competência
Classe 9 – Exceção
Classe 10 – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo
Classe 11 – Recurso em Ação de Impugnação de Mandato Eletivo
Classe 12 – Recurso contra Expedição de Diploma
Classe 13 – Recurso Eleitoral
Classe 14 – Representação do art. 41-A da Lei n.º 9.504/97
Classe 15 – Recurso em Representação do art. 41-A da Lei n.º
9.504/97
Classe 16 – Recurso em Sentido Estrito
Classe 17 – Apuração de Eleição
Classe 18 – Recurso em Apuração de Eleição
Classe 19 – Agravo de Instrumento
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 18

Classe 20 – Inquérito
Classe 21 – Ação Penal Originária
Classe 22 – Processo Administrativo
Classe 23 – Notícia-Crime
Classe 24 – Recurso Criminal
Classe 25 – Registro de Candidato
Classe 26 – Recurso em Prestação de Contas
Classe 27 – Consulta
Classe 28 – Reclamação
Classe 29 – Representação
Classe 30 – Representação do art. 22 da Lei Complementar n.º 64/90
Classe 31 – Recurso em Representação do art. 22 da Lei Complementar
n.º 64/90
Classe 32 – Requerimento
Classe 33 – Prestação de Contas
Classe 34 – Peças de Informação
Classe 35 – Recurso em Processo Administrativo
Classe 36 – Revisão de Eleitorado
§ 1º - O Vice-Presidente resolverá sobre as dúvidas que se suscitarem
na classificação dos feitos.
§ 2º - Na classe Apuração de Eleição serão incluídas as impugnações
ou anulações de urnas.
§ 3º - O andamento dos processos referidos neste artigo será
informatizada.(Redação dada pelo art. 1º da Resolução Nº 602/04-TRE/RJ,
de 5.2.2004)

Art. 40. Os processos serão distribuídos nos próprios autos, por


classes, a cada uma das quais corresponderá uma sigla e um código
distintos.
§ 1º Os processos obedecerão à classificação seguinte:
? Res. TSE no. 22.676, de 07.02.08, art. 3º, § 1º e anexo.
Código 1 – Ação Cautelar - Sigla (AC);
Código 2 – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - Sigla (AIME);
Código 3 - Ação de Investigação Judicial Eleitoral - Sigla (AIJE);
Código 4 - Ação Penal - Sigla (AP);
Código 5 - Ação Rescisória - Sigla (AR);
Código 7 - Apuração de Eleição - Sigla (AE);
Código 9 – Conflito de Competência - Sigla (CC);
Código 10 – Consulta - Sigla (Cta);
Código 11 – Correição - Sigla (Cor);
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 19

Código 12 – Criação de Zona Eleitoral ou Remanejamento – Sigla


(CZER);
Código 13 – Embargos à Execução - Sigla (EE);
Código 14 – Exceção - Sigla (Exc);
Código 15 – Execução Fiscal - Sigla (EF);
Código 16 – Habeas Corpus - Sigla (HC);
Código 17 – Habeas Data - Sigla (HD);
Código 18 – Inquérito - Sigla (Inq);
Código 19 – Instrução - Sigla (Inst);
Código 21 – Mandado de Injunção - Sigla (MI);
Código 22- Mandado de Segurança - Sigla (MS);
Código 23 – Pedido de Desaforamento - Sigla (PD);
Código 24 – Petição - Sigla (Pet);
Código 25 – Prestação de Contas - Sigla (PC);
Código 26 – Processo Administrativo - Sigla (PA);
Código 27 – Propaganda Partidária - Sigla (PP);
Código 28 – Reclamação - Sigla (Rcl);
Código 29 – Recurso contra Expedição de Diploma - Sigla (RCED);
Código 30 – Recurso Eleitoral - Sigla (RE);
Código 31 – Recurso Criminal - Sigla (RC);
Código 33 – Recurso em Habeas Corpus - Sigla (RHC);
Código 34 - Recurso em Habeas Data - Sigla (RHD);
Código 35 - Recurso em Mandado de Injunção - Sigla (RMI);
Código 36 - Recurso em Mandado de Segurança - Sigla (RMS);
Código 38 - Registro de Candidatura - Sigla (RCand);
Código 39 - Registro de Comitê Financeiro - Sigla (RCF);
Código 40 - Registro de Órgão de Partido Político em Formação - Sigla
(ROPPF);
Código 42 - Representação - Sigla (Rp);
Código 43 - Revisão Criminal - Sigla (RvC);
Código 44 - Revisão de Eleitorado - Sigla (RvE);
Código 45 – Suspensão de Segurança/Liminar - Sigla (SS);
§ 2º Não se altera a classe do processo:
? Res. TSE no. 22.676, de 07.02.08, art. 3º, § 3º.
I – pela interposição de Agravo Regimental (AgR) e de Embargos de
Declaração (ED);
II – pelos pedidos incidentes ou acessórios;
III – pela impugnação ao registro de candidatura;
IV – pela instauração de tomada de contas especial;
V – pela restauração de autos.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 20

§ 3º Os recursos de Embargos de Declaração (ED) e Agravo Regimental


(AgR), assim como a Questão de Ordem (QO), terão suas siglas acrescidas
às siglas das classes processuais em que forem apresentados.
? Res. TSE no. 22.676, de 07.02.08, art. 6º.
§ 4º Os expedientes que não tenham classificação específica, nem
sejam acessórios ou incidentes, serão incluídos na classe Petição (Pet).
? Res. TSE no. 22.676, de 07.02.08, art. 3º, § 4º.
§ 5º A classe Inquérito (Inq) compreende, além dos inquéritos policiais,
qualquer expediente de que possa resultar responsabilidade penal e cujo
julgamento seja da competência originária do Tribunal.
§ 6º A classe Recurso Eleitoral (RE) compreende os recursos de
agravo de instrumento interpostos contra decisões dos juízes eleitorais.
§ 7º O Vice-Presidente resolverá as dúvidas que forem suscitadas na
classificação dos processos.”

•• Artigo com redação determinada pelo art. 1º da Resolução Nº


693/08-TRE/RJ, de 28.4.2008.

Art. 41. A distribuição por prevenção, vigorante para as eleições


municipais, reger-se-á pelo artigo 260 do Código Eleitoral.

Art. 42. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer


natureza:
I - quando se relacionam, por conexão ou continência, com outra já
ajuizada;
II - quando, tendo havido desistência, o pedido for reiterado, mesmo
que em litisconsórcio com outros autores.
§ 1º A distribuição de habeas corpus, mandado de segurança, habeas
data, agravo e medida cautelar torna preventa a competência do relator
para todos os recursos posteriores, referentes ao mesmo processo.
§ 2º A distribuição do inquérito policial torna preventa a da ação penal
respectiva.

Art. 43. A distribuição de ordem será realizada pelo Vice-Presidente,


por meio de despacho fundamentado.
Parágrafo único. O membro que formular proposta de resolução será
designado relator do feito.

Art. 44. A distribuição aos juízes auxiliares realizar-se-á durante o


período eleitoral, de acordo com as instruções em vigor à época.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 21

Parágrafo único. Cessada a atribuição dos juízes auxiliares, os autos


serão redistribuídos entre os membros efetivos.

Art. 45. Haverá compensação quando o processo for distribuído por


dependência, ou for redistribuído por impedimento ou suspeição do relator.

Art. 46. O Presidente ficará excluído da distribuição, com exceção dos


pedidos de empréstimos de urnas eletrônicas, nos quais será sempre o
relator, e dos processos administrativos (classe 22).

Art. 47. Não haverá distribuição de feitos a membro do Tribunal, que


não for reconduzido, nos 30 (trinta) dias que antecederem ao término do
biênio.

Art. 48. Nas ausências ou impedimentos eventuais do membro efetivo,


que demandem convocação de substituto, a estes devem ser distribuídos os
feitos, retornando os mesmos ao juiz efetivo assim que cessar o motivo,
salvo quanto aos processos em que o juiz substituto houver lançado o seu
visto.

Art. 49. Haverá redistribuição:


I - no caso de impedimento ou suspeição declarados pelo juiz;
II - ao término do biênio do membro efetivo.
§ 1º Os autos serão redistribuídos ao substituto quando o sucessor
ainda não tiver sido empossado no Tribunal.
§ 2º Na vacância do cargo de membro substituto serão os autos
redistribuídos aos demais juízes do Tribunal, mediante oportuna
compensação.

Art. 50. O Corregedor Regional Eleitoral relatará:


I - as investigações judiciais previstas na Lei Complementar nº 64, de
16.05.1990;
II - os pedidos de revisão de eleitorado e incidentes;
III - os pedidos de cassação de veiculação da propaganda partidária, na
hipótese de inserções estaduais, prevista na Lei nº 9.096, de 19-09-1995, e
as reclamações e representações relativas a este direito.

Art. 51. A secretaria judiciária deverá juntar aos autos, antes da


distribuição, informação sobre a existência de causas conexas para exame
da competência do relator.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 22

Art. 52. Da distribuição informatizada dos feitos dar-se-á publicidade


mediante ata, contendo o número do processo, sua classe, o nome do
relator e das partes, a ser publicada no Diário Oficial – Estado do Rio de
Janeiro – Seção II.

Art. 53. A restauração dos autos perdidos terá a numeração destes e


será redistribuída ao mesmo relator ou ao seu sucessor.

Capítulo II
DAS SESSÕES

Art. 54. As sessões do Tribunal são ordinárias e administrativas.

Art. 55. O Tribunal reunir-se-á 2 (duas) vezes por semana, em dias


que serão fixados na última sessão de cada ano, e, extraordinariamente,
tantas vezes quantas necessárias, mediante convocação do Presidente ou da
maioria dos seus membros.
§ 1º As sessões serão públicas, exceto se, por motivo relevante, o
Tribunal decidir funcionar secretamente. Poderá, também, qualquer dos
seus membros solicitar que, reservadamente, sejam prestados
esclarecimentos pertinentes à matéria em julgamento.
§ 2º A pauta da 1ª sessão após o recesso do Tribunal será publicada na
última semana de funcionamento do Tribunal até 24 (vinte e quatro) horas
antes do início do recesso.
§ 3º Durante o recesso forense, o Tribunal reunir-se-á,
extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente.

Art. 56. Durante as sessões, ocupará o Presidente o centro da mesa,


sentando-se a sua direita o Procurador Regional e a sua esquerda o
secretário judiciário. Seguir-se-ão, do lado direito, o mais antigo no
Tribunal, sentando-se os demais membros, por ordem decrescente de
antigüidade, à esquerda e à direita do Presidente.
§ 1º O Vice-Presidente terá assento na ordem de sua antigüidade neste
Tribunal.
§ 2º O substituto convocado ocupará o lugar do mais novo na
Antigüidade e será o último a votar. (Redação dada pelo art. 1º da Resolução
Nº 630/05 - TRE-RJ, de 15.08.05)
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 23

Art. 56. Durante as sessões, ocupará o Presidente o centro da mesa,


sentando-se a sua direita o Procurador Regional Eleitoral e a sua esquerda
o secretário judiciário. Seguir-se-ão, do lado direito o Vice-Presidente do
Tribunal, do lado esquerdo o Desembargador Federal, sentando-se os
demais membros, por ordem de antigüidade no Tribunal, alternadamente, à
direita e à esquerda do Presidente.
Parágrafo único - Os substitutos convocados ocuparão o lugar dos
substituídos.

Art. 57. No caso de julgamento de agravo regimental por juiz auxiliar,


sendo ele desembargador, deverá este tomar assento no lugar destinado ao
Vice-Presidente.

Art. 58. Observar-se-á, nas sessões, a seguinte ordem de trabalhos:


a) verificação do quorum;
b) leitura, retificação ou aprovação da ata da sessão anterior;
c) comunicação aos membros do Tribunal de fatos de interesse da
Justiça Eleitoral;
d) publicação de resoluções e acórdãos;
e) discussão e votação dos feitos constantes da pauta e proclamação
dos resultados pelo Presidente.

Art. 59. No conhecimento e julgamento dos feitos, observar-se-á a


seguinte ordem:
a) habeas corpus e respectivos recursos;
b) mandados de segurança e respectivos recursos;
c) pedidos de vista;
d) agravos regimentais;
e) embargos de declaração;
f) conflitos de competência e respectivos recursos;
g) exceções de suspeição;
h) processos que importem em perda de diplomas e de mandatos
eletivos, qualquer que seja a sua natureza e processos que importem em
declaração de inelegibilidade, salvo nos relativos a registro de candidatura;
i) recursos eleitorais;
j) processos criminais de competência originária do Tribunal;
k) recursos criminais;
l) registros de coligações;
m) registros de candidatos a cargos eletivos e argüições de
inelegibilidade;
n) julgamentos de urnas impugnadas ou anuladas;
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 24

o) apuração de eleição;
p) prestações de contas;
q) restaurações de autos perdidos;
r) representações, reclamações, requerimentos, instruções e consultas;
s) matéria administrativa.

Art. 60. Os membros do Tribunal e o Procurador Regional podem


submeter à apreciação do plenário qualquer matéria de interesse geral,
ainda que não conste da pauta.

Art. 61. O Presidente poderá propor ao Tribunal a modificação da


ordem da pauta, por conveniência do serviço.

Art. 62. Será lavrada ata circunstanciada de cada sessão ordinária e de


cada sessão administrativa, assinada pelo Presidente e pelo secretário
judiciário, que resumirá com clareza tudo o que houver ocorrido e fará
referência à presença dos membros e do Procurador Regional.

Art. 63. A ata da sessão ordinária será submetida à aprovação na


sessão ordinária seguinte e a ata da sessão administrativa será submetida à
aprovação na sessão administrativa seguinte.

Capítulo III
DO PROCESSO E JULGAMENTO DOS FEITOS

Art. 64. Os julgamentos serão realizados de acordo com o edital-pauta


que será publicado no órgão oficial com a antecedência mínima de 24 (vinte
e quatro) horas.
§ 1º Independem de inclusão em pauta para serem julgados:
a) habeas corpus;
b) embargos de declaração;
c) agravos regimentais;
d) exceções de suspeição;
e) conflitos de competência e respectivos recursos;
f) matérias referentes ao registro de candidaturas;
g) processos administrativos sem advogado constituído.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 25

§ 2º Serão distribuídas cópias da pauta aos membros do Tribunal e ao


Procurador Regional, afixando-se uma cópia na entrada da sala de sessões,
em lugar visível.

Art. 65. Incumbe ao relator:


I - dirigir o processo até o julgamento;
II - determinar aos juízes eleitorais, quando for o caso, as diligências
indispensáveis à instrução;
III - presidir às audiências de instrução;
IV - nomear defensor ao réu, quando necessário;
V - expedir ordens de prisão e soltura;
VI - decidir sobre as questões de sua exclusiva competência.

Art. 66. Haverá revisor nos seguintes processos:


I - recursos criminais relativos a infrações apenadas com reclusão;
II - que importem em perda de diploma e de mandato eletivo, qualquer
que seja a sua natureza;
III - que importem em declaração de inelegibilidade, salvo nos relativos
a registro de candidatura;
IV - ações penais originárias.

Art. 66-A. Será revisor o membro imediato ao relator na ordem


decrescente de antigüidade, seguindo-se ao mais novo o mais antigo.”
(Redação dada pelo art. 1º da Resolução Nº 656/06-TRE-RJ, de10/07/06)

Art. 67. Salvo motivo justificado ou se outro prazo for previsto em lei,
o relator terá 8 (oito) dias para o estudo do feito e o revisor igual prazo.

Art. 68. Depois do relatório, facultada às partes por 10 (dez) minutos a


sustentação oral e concedida a palavra pelo Presidente ao Procurador
Regional, seguir-se-á a votação.
§ 1º Os votos serão dados na ordem decrescente de antigüidade, a
partir do relator.
§ 2º No julgamento dos processos em que haja revisor, o Procurador
Regional e os representantes das partes poderão usar da palavra até 20
(vinte) minutos cada um.
§ 3º Nos embargos de declaração não é permitida a sustentação oral.

Art. 69. Se, durante o julgamento, for levantada uma questão


preliminar, o uso da palavra aos representantes das partes ficará a critério
do Presidente.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 26

Art. 70. Poderá o advogado constituído no processo em julgamento


pedir a palavra, pela ordem, para esclarecer equívoco ou dúvida surgidos
em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam ou possam influir
no julgamento, cabendo ao Presidente decidir sobre o pedido.

Art. 71. Se houver pedido de vista, o julgamento será suspenso. Art.


72. Rejeitada a preliminar ou prejudicial, entrar-se-á na discussão e no
julgamento da questão principal, devendo se pronunciar sobre ela os
julgadores vencidos na preliminar.
Parágrafo único. Divergindo os julgadores no tocante às razões de
decidir, sem que ocorra qualquer das hipóteses previstas no caput, mas
convergindo na conclusão, os votos serão computados conjuntamente,
assegurado aos diversos votantes o direito de declarar em separado as
razões do seu voto.

Art. 73. O acórdão conterá uma síntese das questões suscitadas,


discutidas e decididas, os motivos e as conclusões do julgamento e terá uma
ementa.
§ 1º Vencido o relator, outro será designado para redigir o acórdão, de
acordo com as notas taquigráficas.
§ 2º Os acórdãos serão assinados pelo Presidente e pelo relator,
cientificado o Procurador Regional.

Art. 74. São admissíveis embargos de declaração:


I - quando houver no acórdão obscuridade ou contradição;
II - quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o
Tribunal.
§ 1º Os embargos serão opostos no prazo de 3 (três) dias, em petição
dirigida ao redator do acórdão, com indicação do ponto obscuro,
contraditório ou omisso.
§ 2º O redator apresentará os embargos em mesa para julgamento na
primeira sessão subseqüente, proferindo o voto.
§ 3º Os embargos de declaração interrompem o prazo para a
interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo se
manifestamente protelatórios e assim declarado na decisão que os rejeitar.

Art. 75. O acórdão assinado, com a ciência do Procurador Regional,


será publicado, intimando-se as partes com a inserção da sua conclusão no
órgão oficial, ou por qualquer outro meio (cf. art. 222 do C.P.C).
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 27

§ 1º Se o órgão oficial não publicar o acórdão no prazo de 30 (trinta)


dias, as partes serão intimadas pessoalmente e, se não forem encontradas,
far-se-á a intimação por edital afixado no Tribunal, no local de costume.
§ 2º Quando a conclusão do julgamento for publicada em sessão,
considerar-se-ão intimadas as partes, começando a contar o prazo para
recurso nesse momento e começando a correr no primeiro dia útil após a
intimação.

Capítulo IV
DAS AUDIÊNCIAS

Art. 76. O relator realizará as audiências necessárias à instrução do


feito presidindo-as em dia e hora designados.
§ 1º Servirá como escrivão o servidor designado pelo relator.
§ 2º A ata da audiência resumirá o que nela tiver ocorrido, devendo ser
juntada aos autos.

Art. 77. As audiências serão públicas, salvo quando a lei ou o relator


determinar que sua tramitação seja em segredo de justiça.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 28

TÍTULO III

DO PROCESSO NO TRIBUNAL

Capítulo I
DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE ATO
NORMATIVO DO PODER PÚBLICO

Art. 78. Se, por ocasião do julgamento de qualquer feito no plenário, for
argüida a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público,
concernentes à matéria eleitoral, suspender-se-á o julgamento, a fim de
que o Ministério Público Eleitoral emita o parecer, no prazo de 15 (quinze)
dias.
§ 1º Devolvidos os autos, o relator, lançando o relatório nos mesmos,
os encaminhará ao Presidente do Tribunal, para designar a sessão de
julgamento. A secretaria expedirá cópias do relatório e as distribuirá entre
os membros.
§ 2º Efetuado o julgamento, com o quorum mínimo de dois terços dos
membros do Tribunal, incluído o Presidente, que participa da votação,
proclamar-se-á a inconstitucionalidade ou a constitucionalidade do preceito
ou ato impugnado, se num ou noutro sentido se tiver manifestado a maioria
absoluta dos membros do Tribunal.

Capítulo II
DAS EXCEÇÕES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO

Art. 79. Qualquer interessado poderá argüir o impedimento ou a


suspeição dos membros do Tribunal, do Procurador Regional, dos
funcionários da secretaria, bem como dos juízes e escrivães eleitorais, nos
casos previstos na lei processual civil e por motivo de parcialidade
partidária. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou
depois de manifestada a sua causa, praticar qualquer ato que importe na
aceitação do recusado.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 29

Art. 80. O membro que se considerar impedido ou suspeito deverá


declará-lo por despacho nos autos, ou oralmente, na sessão, remetendo o
respectivo processo imediatamente ao Vice-Presidente para nova
distribuição, se for relator, ou ao membro que lhe seguir em antigüidade, se
for revisor.

Art. 81. A exceção deverá ser oposta dentro de 48 (quarenta e oito)


horas após a distribuição quanto aos membros do Tribunal que, em
conseqüência, tiverem de intervir necessariamente na causa. Quando o
impedido ou suspeito for chamado como substituto, contar-se-á o prazo do
momento da intervenção.
Parágrafo único. Invocando o motivo superveniente, o interessado
poderá opor a exceção depois dos prazos fixados neste artigo.

Art. 82. A exceção deverá ser deduzida em petição fundamentada,


dirigida ao Presidente, contendo os fatos que a motivaram e acompanhada
de documentos e rol de testemunhas.

Art. 83. O Presidente determinará a autuação e a conclusão da petição


ao relator do processo, salvo se este for o recusado, caso em que será
sorteado um relator para o incidente.

Art. 84. Logo que receber os autos da suspeição, o relator do incidente


determinará que, em três dias, se pronuncie o exceto.

Art. 85. Reconhecendo o exceto na resposta a sua suspeição, o relator


determinará que os autos sejam conclusos ao Vice-Presidente.
§ 1º Se o exceto for o relator do feito, o Vice-Presidente o
redistribuirá mediante compensação e, no caso de ter sido outro juiz o
recusado, convocará o substituto respectivo, em se tratando de processo
para cujo julgamento deva o Tribunal deliberar com a presença de todos os
seus membros.
§ 2º Se o recusado tiver sido o Procurador Regional, atuará no feito o
respectivo substituto legal.

Art. 86. Deixando o exceto de responder ou respondendo sem


reconhecer o seu impedimento ou suspeição, o relator ordenará o processo,
inquirindo as testemunhas arroladas, e mandará os autos à mesa, para
julgamento na 1ª sessão, nele não tomando parte o juiz recusado.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 30

Art. 87. Se o exceto for o Presidente, a petição de exceção será


dirigida ao Vice-Presidente, o qual procederá na conformidade do que ficou
disposto, em relação ao Presidente.

Art. 88. A argüição de impedimento ou suspeição de juiz ou escrivão


eleitoral será formulada em petição endereçada ao próprio juiz, que mandará
autuar em separado e fará subir ao Tribunal, com os documentos que a
instruírem e a resposta do argüido, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 89. Salvo quando o argüido for funcionário da secretaria, o julgamento
do feito ficará sobrestado até a decisão da exceção.

Capítulo III
DO HABEAS CORPUS

Art. 90. Dar-se-á habeas corpus sempre que, por ilegalidade ou abuso
de poder, alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, de que dependa o exercício de
direitos ou deveres eleitorais.

Art. 91. O relator requisitará informações do apontado coator no prazo


que fixar, podendo, ainda:
I - sendo relevante a matéria, nomear advogado para acompanhar e
defender oralmente o pedido, se o impetrante não for bacharel em direito;
II - ordenar diligências necessárias à instrução do pedido;
III - se convier ouvir o paciente, determinar sua apresentação à sessão
de julgamento;
IV - no habeas corpus preventivo, expedir salvo-conduto em favor do
paciente, até decisão do feito, se houver grave risco de consumar-se a
violência.

Art. 92. Instruído o processo e ouvido, em 2 (dois) dias, o Ministério


Público Eleitoral, o relator apresentará o feito em mesa para julgamento na
primeira sessão.

Art. 93. No processo e julgamento, quer nos pedidos de competência


originária do Tribunal, bem como nos recursos das decisões dos juízes
eleitorais, observar-se-á, no que lhe for aplicável, o disposto no Código de
Processo Penal, admitida a sustentação oral pelos impetrantes.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 31

Capítulo IV
DO MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 94. Nos mandados de segurança de competência originária do


Tribunal, o processo será o previsto na legislação pertinente, competindo ao
relator todas as providências e decisões até o julgamento. Parágrafo único.
Após o julgamento incumbirá ao Presidente tomar as providências
subseqüentes, bem como resolver os incidentes processuais surgidos.

Art. 95. No processo e julgamento do mandado de segurança, quer nos


pedidos de competência originária do Tribunal, quer nos recursos das
decisões dos juízos eleitorais, observar-se-ão as disposições da Lei n.º
1.533, de 31 de dezembro de 1951.

Capítulo V
DOS CONFLITOS DE ATRIBUIÇÃO, DE JURISDIÇÃO E DE
COMPETÊNCIA

Art. 96. Nos conflitos de atribuições entre autoridade judiciária e


autoridade administrativa, o relator, determinando ou não a suspensão do
ato da autoridade judiciária:
I - ouvirá, no prazo de 5 (cinco) dias as autoridades em conflito;
II - prestadas as informações, ou esgotado o prazo abrirá vista dos
autos à Procuradoria regional eleitoral para se pronunciar no prazo de 5
(cinco) dias;
III - apresentará o feito em mesa, para julgamento, na primeira sessão
subseqüente.
§ 1º Aplica-se o procedimento previsto neste artigo aos conflitos e
atribuição, de jurisdição e de competência.
§ 2º A decisão será imediatamente comunicada às autoridades em
conflito, às quais se enviará cópia do acórdão.

Art. 97. Os conflitos de jurisdição e de competência serão processados


e julgados de acordo com o disposto nas leis processuais.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 32

Art. 98. Os conflitos de competência entre juízos eleitorais serão


suscitados ao Presidente do Tribunal, por qualquer interessado, pelo órgão
do Ministério Público Eleitoral, mediante requerimento, ou pelas próprias
autoridades judiciárias em conflito, mediante ofício, especificando os fatos e
fundamentos que deram lugar ao conflito.
Parágrafo único. Poderá o relator negar seguimento ao conflito
suscitado por qualquer das partes quando manifestamente inadmissível.

Art. 99. É irrecorrível a decisão que solucionar os conflitos.

Capítulo VI
DOS RECURSOS ELEITORAIS

Art. 100. Dos atos, decisões, despachos e sentenças dos juízos


eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional Eleitoral, conforme
disposto nos artigos 169 a 172, 257 a 264, 268 a 279 e 362 a 364 do Código
Eleitoral, em outras leis especiais e resoluções do Tribunal Superior
Eleitoral que regem a matéria.
Parágrafo único. Dos atos e decisões das juntas eleitorais também
caberá recurso eleitoral.

Art. 101. Nos casos do § 5º do art. 165 do Código Eleitoral, se o


Tribunal decidir pela apuração da urna, constituirá junta eleitoral, presidida
por um de seus membros, para fazê-lo.

Art. 102. O processamento e julgamento dos recursos eleitorais e


criminais no Tribunal obedecerá ao que prescrevem a respeito o Código
Eleitoral, a legislação especial eleitoral e as resoluções do Tribunal
Superior Eleitoral.

Art. 103. Os recursos interpostos nos autos de processos


administrativos concernentes a pessoal, regem-se pelos dispositivos do
Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União, das
Autarquias e das Fundações Públicas Federais.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 33

Capítulo VII
DOS PROCESSOS CRIMINAIS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO
TRIBUNAL

Art. 104. Nos processos criminais de competência originária do


Tribunal, serão observadas as disposições do artigo 1º ao artigo 12 da Lei
n.º 8.038/90, na forma do disposto pela Lei 8.658, de 26.05.1993.

Capítulo VIII
DA AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DO MANDATO ELETIVO

Art. 105. A ação de impugnação de mandato eletivo, prevista na


Constituição da República, terá seu trâmite realizado em segredo de justiça,
mas seu julgamento será público.

Capítulo IX
DAS REPRESENTAÇÕES, DAS INSTRUÇÕES, DAS CONSULTAS E
DOS REQUERIMENTOS

Art. 106. As consultas, representações, assim como outros expedientes


sobre os quais, a juízo de qualquer dos membros, deva pronunciar-se o
Tribunal, serão distribuídos a um relator.

Art. 107. O Tribunal somente conhecerá de consultas feitas em tese,


sobre matéria de sua competência, por autoridade pública ou diretório
regional de partido político, quando protocolada antes de iniciado o
processo eleitoral.

Art. 108. Tratando-se de instruções a expedir, a secretaria


providenciará, antes da discussão do assunto e deliberação do Tribunal,
sobre a entrega de uma cópia das mesmas a cada um dos membros. Art.
109. Os requerimentos que não mereçam, por sua forma e natureza, serem
levados à apreciação do plenário, serão decididos pelo Presidente,
independentemente de distribuição.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 34

Capítulo X
DA REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO E DA RECLAMAÇÃO
CONTRA MEMBRO DO TRIBUNAL

Art. 110. A representação por excesso injustificado de prazo legal ou


regimental contra membro do Tribunal poderá ser formulada por qualquer
das partes, pelo Ministério Público ou pelo Presidente do Tribunal, nos
termos dos artigos 198 e 199 do Código de Processo Civil.

Capítulo XI
DO AGRAVO REGIMENTAL

Art. 111. A parte que, em processo judicial ou administrativo, se


considerar agravada, por decisão do Presidente, do Vice-Presidente ou do
relator, de que não caiba outro recurso, poderá, no prazo de 5 (cinco) dias,
contados de sua intimação por publicação no órgão oficial, requerer a
apresentação do feito em mesa, a fim de que o plenário conheça da decisão,
confirmando-a ou reformando-a. Parágrafo único. Relatará o recurso
regimental o prolator da decisão agravada, com voto, dispensada a lavratura
de acórdão quando o órgão julgador não conhecer do recurso ou não lhe der
provimento, casos em que ficarão consignados na ata os motivos ou os
fundamentos básicos e se certificará nos autos o que foi decidido; provido o
recurso, a redação do acórdão caberá ao membro que primeiro houver
votado no sentido vencedor.

Art. 112. O agravo regimental será apresentado por petição


fundamentada, ao prolator da decisão agravada que, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, poderá reconsiderá-la ou submetê-la à apreciação
do plenário na primeira sessão seguinte à data de sua interposição.

Art. 113. O agravo regimental não tem efeito suspensivo.


Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 35

TÍTULO IV

DOS JUÍZES ELEITORAIS

Art. 114. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz
de direito em efetivo exercício e, na sua falta, ao seu substituto legal que
goze das prerrogativas do art. 95 e § 1º do art. 121 da Constituição da
República.

Art. 115. Nas comarcas onde houver mais de uma zona eleitoral, o juiz
eleitoral será substituído nos seus impedimentos por aquele que lhe seguir
na ordem crescente de zona eleitoral, sendo o último deles substituído pelo
juiz da zona de numeração mais baixa.

Art. 116. Não poderá servir como juiz eleitoral, devendo se afastar do
cargo, o cônjuge, o convivente, o parente consangüíneo ou afim, até o 2º
grau, de candidato a cargo eletivo registrado no Estado, no período
compreendido entre a homologação da respectiva convenção partidária e a
apuração final da eleição.

Art. 117. Os juízes eleitorais afastados por motivo de licença, férias ou


licença especial de suas funções na Justiça Comum ficarão,
automaticamente, afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 36

TÍTULO V

DO REGISTRO DOS ÓRGÃOS DIRETIVOS

Art. 118. Serão anotados no Tribunal os órgãos diretivos regional e


municipais, os nomes dos respectivos integrantes, bem como as alterações
que forem promovidas e, ainda, o calendário fixado para a constituição dos
referidos órgãos.
§ 1º Cada pedido de anotação deverá ser individualizado por localidade,
de acordo com o modelo aprovado por resolução deste Tribunal.
§ 2º As anotações referidas no caput deste artigo deverão ser
comunicadas aos respectivos juízos eleitorais por meio de publicação na
imprensa oficial.

Art. 119. Serão anotados no Tribunal, no máximo, 4 (quatro) delegados


e nas zonas eleitorais, no máximo, 3 (três) credenciados por seus
respectivos partidos políticos.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 37

TÍTULO VI

DAS ELEIÇÕES

Art. 120. O registro de candidatos, a apuração das eleições, a


proclamação e a diplomação dos eleitos, com as impugnações e recursos
cabíveis, far-se-ão de acordo com a legislação eleitoral e as instruções do
Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. O Tribunal, por proposta de qualquer de seus
membros, também proverá sobre a expedição de instruções, quando
necessárias.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 38

TÍTULO VII

DA MULTA ADMINISTRATIVA ELEITORAL

Art. 121. A cobrança judicial de dívida ativa da União, decorrente de


multa eleitoral administrativa, será inscrita em livro próprio no cartório
eleitoral, onde a mesma teve origem.

Art. 122. Se o devedor não satisfizer o pagamento, no prazo de 30


(trinta) dias, será considerada dívida líquida e certa, para efeito de cobrança
mediante executivo fiscal.

Art. 123. O procedimento relativo à inscrição da dívida deverá


obedecer a regulamento editado pelo Presidente do Tribunal Regional
Eleitoral.

Art. 124. As normas processuais, previstas na Constituição da


República, no Código Eleitoral, no Código de Processo Civil e na Lei n.º
6.830, de 22 de setembro de 1980, deverão, no que couber, ser observadas.

Art. 125. Na comarca, onde houver mais de uma zona eleitoral, as


execuções fundadas em multas administrativas eleitorais serão distribuídas
mediante sorteio, através de juiz distribuidor.

Art. 126. Sempre que necessário, poderá o juiz nomear ad hoc pessoa
idônea para a prática de atos processuais.

Art. 127. O recolhimento de custas deverá obedecer ao que dispõem o


Código de Processo Civil e o Regimento de Custas do Estado do Rio de
Janeiro, devendo ser aberta conta especial para tanto, bem como para os
depósitos judiciais.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 39

TÍTULO VIII

DAS CUSTAS PROCESSUAIS, DO PREPARO, DAS CERTIDÕES E DAS


DESPESAS NA REPRODUÇÃO DE DOCUMENTOS

Art. 128. São isentos de custas e preparo os processos eleitorais.

Art. 129. Os serviços de reprodução de documentos oficiais por meio


de reprografia ou formulário contínuo serão remunerados através de
depósito no Banco do Brasil em nome do Tribunal Regional Eleitoral do Rio
de Janeiro, de acordo com ato normativo expedido pela Presidência deste
Tribunal.

Art. 130. As certidões de documentos existentes no Tribunal, bem


como de atos publicados no órgão oficial de imprensa do Estado, serão
fornecidas com requerimento do próprio interessado.
Parágrafo único. Aos requerentes estranhos ao Tribunal será cobrada a
despesa do serviço de reprodução na forma do art. 129.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 40

TÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 131. Aplicam-se, quanto aos prazos previstos neste Regimento, as


regras do Código de Processo Civil.

Art. 132. No ano em que se realizar eleição, o Tribunal solicitará ao


Tribunal de Justiça a suspensão de licença-prêmio e férias dos juízes de
direito que exerçam função eleitoral, a partir da data que julgar oportuna.

Art. 133. Será de 10 (dez) dias o prazo para que os juízes eleitorais
prestem as informações, cumpram requisições ou procedam às diligências
determinadas pelo Tribunal ou seu Presidente, se outro prazo não for
previsto em lei.

Art. 134. Os membros do Tribunal e o Procurador Regional Eleitoral


poderão solicitar ao diretor-geral, secretários e coordenadores informações
referentes a processos em tramitação, dando prazo para resposta não
superior a 5 (cinco) dias.

Art. 135. As gratificações a que fazem jus os membros do Tribunal e o


Procurador Regional Eleitoral são devidas por sessão a que efetivamente
comparecerem.

Art. 136. Salvo se servidor efetivo de juízo ou tribunal, não poderá ser
nomeado ou designado para cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro, convivente ou parente até o terceiro grau civil, inclusive, de
qualquer dos respectivos membros ou juízes em atividade, sejam efetivos
ou substitutos.
Parágrafo único. Não poderá ser designado assessor ou auxiliar de
magistrado qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo.

Art. 137. As dúvidas suscitadas na aplicação deste Regimento serão


apreciadas e resolvidas pelo Tribunal.
Parágrafo único. Nos casos omissos, serão fontes subsidiárias o
Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, o do Supremo Tribunal
Federal e o do Superior Tribunal de Justiça, na ordem indicada.
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 41

Art. 138. Qualquer membro do Tribunal poderá apresentar emendas ou


sugerir alterações a este regimento, mediante proposta por escrito, que
será distribuída, discutida e votada em sessão, com a presença do
Procurador Regional Eleitoral.
§ 1º Em se tratando de reforma geral, deverá o projeto ser distribuído
entre os membros do Tribunal até 5 (cinco) dias antes da sessão em que
será discutido e votado.
§ 2º A emenda ou reforma deste Regimento se dará com os votos da
maioria absoluta dos membros efetivos do Tribunal.

Art. 139. Os atos requeridos ou propostos em tempo oportuno, mesmo


que não sejam apreciados no prazo legal, não prejudicarão os interessados.

Art. 140. O Tribunal constituirá uma comissão permanente para propor


alterações a este Regimento, composta de um Presidente designado pelo
Presidente do Tribunal e dois servidores, que atuarão sem prejuízo de suas
funções.
Parágrafo único. A Coordenadoria de Jurisprudência e Documentação
ficará responsável pela atualização deste Regimento.

Art. 141. Fica criada a Escola Judiciária Eleitoral do Estado do Rio de


Janeiro que será regulamentada por resolução deste Tribunal.

Art. 142. A alteração da classificação dos feitos (cf. art. 40) só vigorará
a partir do dia 1º de janeiro de 2004.

Art. 143. Este regimento entra em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Sala de Sessões, 28 de abril de 2003.

Álvaro Mayrink da Costa – juiz Presidente


Paulo Sérgio de Araújo e Silva Fabião - juiz Vice-Presidente e relator
Marco Aurélio Bellizze – juiz Corregedor
Roberto Felinto de Oliveira – juiz
Márcio Pacheco de Mello – juiz
Marcelo Fontes – juiz
Paulo César Espírito Santo – juiz
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – Regimento Interno 42

Antonio Carlos Martins Soares - Procurador Regional Eleitoral.

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