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HISTÓRIA – RESUMO
Jerusalém
Jerusalém está edificada nas colinas da Judeia, a cerca de 70 Km do Mar
Mediterrâneo, no centro de Israel. Equidistante de Eilat, ao Sul, e de Metullah,
ao Norte - os pontos extremos do país. Nesta geografia, acontecimentos
inigualáveis que não se repetem, mudaram o rumo da história do mundo.
Nomes e Significados
A cidade, antes de ser tomada pelos filhos de Israel, pertencia aos
jebuseus. E nos escritos jebuseus lê-se Yebusi. Em Juízes 19:10 afirma-se que
Jebus é Jerusalém, donde se conclui que o nome Jerusalém não é de origem
hebraica.
Nos Salmos 87:2 e 51:18 e mais 179 vezes, Jerusalém é chamada Sião.
Outros nomes na Bíblia e extrabíblicos são dados a Jerusalém: Cidade de Davi (
I Rs. 8.1); Cidade de Judá (II Cr. 25.28); Cidade Santa (Ne. 11.1 E Is. 52.1);
Cidade de Deus (Is. 60.14) (Sl. 87.2); Ariel (Is. 29.1); El-Kuds (“a santa”, nome
que o árabe deu a Jerusalém). Alguns estudiosos afirmam que a primeira parte
da palavra Jerusalém (a raiz IRW) encerra a ideia de fundamento, e “Salém”
significa paz, portanto Jerusalém = cidade da paz. Morada da paz! Eis o que
significa Jerusalém na língua hebraica.
Tempos Bíblicos
A história judaica começou há mais ou menos 4000 anos (c. séc. XVII
A.C.) - com o patriarca Abraão, seu filho Isaque e seu neto - Jacó. Documentos
encontrados na Mesopotâmia, que datam de 2000 - 1500 E.C., confirmam
aspectos de sua vida nômade, tal como a Bíblia descreve.
O Êxodo e o assentamento
Após 400 anos de servidão, os israelitas foram conduzidos a liberdade
por Moisés que, segundo a narrativa bíblica, foi escolhido por Deus para tirar
Seu povo do Egito e retornar a Terra de Israel, prometida a seus antepassados
(sec. XIII-XII A.C). Durante 40 anos eles vagaram no deserto do Sinai, tornando-
se uma nação; lá receberam o Pentateuco, que inclui os Dez Mandamentos. O
êxodo do Egito (1300 A.C.) deixou uma marca indelével na memória nacional
do povo judeu, e tornou-se um símbolo universal de liberdade e independência.
Todo ano os judeus celebram as festas de Pessach (a Páscoa judaica), Shavuot
(Pentecostes) e Sucot (Festa dos Tabernáculos) relembrando os eventos
ocorridos naquela época.
A Monarquia
O reinado do primeiro rei, Saul (1020 A.C.), permitiu a transição entre a
organização tribal já frouxa e o pleno estabelecimento da monarquia, sob
David, seu sucessor.
O Rei David (1004-965 A.C.) fez de Israel uma das potências da região
através de bem sucedidas expedições militares, entre as quais a derrota final
dos filisteus, assim como as alianças políticas com os reinos vizinhos. Ele
unificou as doze tribos israelitas num só reino e estabeleceu sua capital,
Jerusalém. David foi sucedido por seu filho Salomão (965-930 A.C.) que
consolidou ainda mais o reino. Salomão garantiu a paz para seu reino,
tornando-o uma das grandes potências da época. O auge do seu governo foi a
construção do Templo de Jerusalém.
A Monarquia dividida
Após a morte de Salomão (930 A.C.), uma insurreição aberta provocou a
cisão das tribos do norte e a divisão do país em dois reinos: o reino setentrional
de Israel, formado pelas dez tribos do Norte, e o reino meridional de Judá, no
território das tribos de Judá e Benjamim.
O Reino de Israel, com sua capital Samaria, durou mais de 200 anos, e
teve 19 reis; o Reino de Judá sobreviveu 350 anos, com sua capital, Jerusalém,
e teve o mesmo número de reis, todos da linhagem de David. Com a expansão
dos impérios assírios e babilônicos, tanto Israel quanto Judá, mais tarde,
acabaram caindo sob domínio estrangeiro. O Reino de Israel foi destruído pelos
assírios (722 A.C.) e seu povo foi exilado e esquecido. Uns cem anos depois, a
Babilônia conquistou o Reino de Judá, exilando a maioria de seus habitantes e
destruindo Jerusalém e o Templo (586 A.C.).
Primeiro Exílio (586 - 538 a.c.)
A conquista babilônica foi o primeiro estado judaico (período do Primeiro
Templo), mas não rompeu a ligação do povo judeu com sua terra. As margens
dos rios da Babilônia, os judeus assumiram o compromisso de lembrar para
sempre da sua pátria: “Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a
minha destra da sua destreza. Apegue-se a língua ao paladar, se não lembrar
de ti, se não preferir Jerusalém a minha maior alegria.” (Sl. 137.5,6)
Dominação Estrangeira
Os Períodos Persa e Helenístico (538-142 A.C.)
Em consequência de um decreto do Rei Ciro, da Pérsia, que conquistou o
império babilônico, cerca de 50.000 judeus empreenderam o primeiro retorno a
Terra de Israel, sob a liderança de Zorobabel, da dinastia de David. Menos de
um século mais tarde, o segundo retorno foi liderado por Esdras, o Escriba.
Durante os quatro séculos seguintes, os judeus viveram sob diferentes graus
de autonomia sob o domínio persa (538-333 A.C.) e helenístico - ptolemaico e
selêucida (332-142 A.C.)
Em 37 a.C., Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado Rei da Judeia pelos
romanos. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos
do país, e ele se tornou um dos mais poderosos monarcas da região oriental do
Império Romano, porém não conseguiu a confiança e o apoio de seus súditos
judeus.
Da Guerra a Paz
Embora a guerra de 1973 tenha custado a Israel um ano de seu PNB, a
economia já tinha se recobrado na segunda metade de 1974. Os investimentos
estrangeiros cresceram, e quando Israel se tornou um membro associado do
MCE (1975), abriram-se novos mercados aos produtos israelenses. O turismo
incrementou e o número anual de visitantes ultrapassou o marco de um
milhão.
Século XXI
Após o assassinato do Primeiro-Ministro Ytzhak Rabin (Nov/95), o governo
- de acordo com seu direito de nomear um dos ministros (neste caso,
obrigatoriamente um membro do Knesset - Parlamento Israelense) para
exercer o cargo de primeiro-ministro até as próximas eleições - nomeou o
Ministro das Relações Exteriores Shimon Peres a esta função. As eleições de
maio de 1996 trouxeram ao poder uma coalizão governamental constituída de
elementos nacionalistas, religiosos e centristas, chefiada por Benyamin
Netanyahu do Likud.
De notar que o povo de Israel veio a instituir ao longo dos tempos outras
solenidades ou celebrações que recordam acontecimentos históricos, tais como
a Festa de Purim, a Hannuka (Festa das Luzes), etc. Porém, estas não fazem
parte das solenidades instituídas por YHWH, pelo que não as abordaremos
neste trabalho. Valerá ainda a pena realçar que nem todas estas solenidades
são consideradas “Sábados anuais” ou “Grandes Sábados”, e nem todas
também são designadas por “Festas”, embora o ambiente de muitas seja
festivo. Tal é o caso do “Dia da Expiação” como iremos ver em pormenor, que é
um dia em que devemos afligir as nossas almas, conforme o instituído por
Deus.
Segundo a Lei/Torá do Senhor, três vezes no ano (na Festa dos Pães
Asmos, no Pentecostes e na Festa dos Tabernáculos – Êxodo 23:14, 17; 34:24;
Deuteronômio 16:16; 2.Crônicas 8:13), cada varão não deve apresentar-se
“vazio” perante O Senhor, mas deve fazer ofertas segundo a bênção recebida
do Senhor. Isto tem importância mesmo para os nossos dias e para
percebermos a necessidade de sustentação do trabalho de evangelização.
A Festa dos Tabernáculos ou das Cabanas tem início no 15º dia do 7º mês
do calendário divino; exigia que todo o varão se dirigisse a Jerusalém a adorar
a Deus no Templo e se alegrasse pelas bênçãos recebidas do Altíssimo e
habitasse em cabanas cobertas com ramos de árvores frondosas – esta
instrução é repetida em Neemias 8:13-15, 18. Também, durante a Festa dos
Tabernáculos, de 7 em 7 anos, toda a Lei (Torá) era lida perante a assembleia
de povo reunida em Jerusalém (homens, mulheres e crianças) – Deuteronômio
31:10-12. Êxodo 34:22: “Também guardarás a festa das semanas, que é a festa
das primícias da sega do trigo, e a festa da colheita no fim do ano”, o que, para
além do significado espiritual, tem igualmente um significado para os trabalhos
agrícolas das colheitas do tempo do fim (frutos: uvas, romãs, azeitona, …).