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O Direito Público é aquele que regula o relacionamento de Estado com outro Estado, de um
órgão público com outro órgão público, ou entre o Governo e pessoa privada. Quando,
entretanto, os dois pólos forem ocupados por pessoas privadas, vigoram as normas do
Direito Privado.
Não apenas os Estados soberanos são sujeitos de direito, mas também as organizações
internacionais. O moderno direito internacional passou a ser o direito que regula o
comportamento dos países na comunidade internacional, bem como das organizações que a
eles se equiparam.
Outro aspecto a ser considerado na interpretação do direito internacional é que ele se aplica
a todos os ramos do direito, como no direito do trabalho e no direito penal.
** No caso de uma federação, só ela poderá fazer parte, não os Estados federados.
- Tratados
Surgem de reuniões de determinados países para estabelecer normas a serem seguidas pelos
países participantes sobre qualquer questão que vier criar conflitos na área internacional.
Normalmente, as convenções reúnem grande número de países, mas é possível que uma
convenção seja estabelecida entre só dois países.
Classificação: bilaterais ou multilaterais/ plurilaterais/ coletivos.
** tratados-quadro: instituem órgãos com poderes expressamente delegados pelos Estados
partes, para contemplarem os dispositivos daqueles que, além de normas auto-aplicáveis,
contém outras, que necessitam de um detalhamento ou de uma regulamentação – que os
estados partes, por diversas razões, não se dispuseram a fazer, no momento da adoção dos
textos finais. (anexos ou apêndices = modificáveis com mais facilidade e menos
formalismos que os textos principais, geralmente sobre normas técnicas)
O ato pelo qual o soberano declara que aceita o tratado denomina-se ratificação.
São os meios primários pelos quais a comunidade se manifesta, e são formados por um
conjunto d regras que devem ser observadas por um grupo.
O direito internacional pode ser visto como um conjunto de normas supranacionais que se
impõem hierarquicamente aos diversos Estados que a elas se submetem.
A verdade é que, sob o plano internacional, tendo em vista a multiplicidade dos atores e da
persistência dos soberanias e susceptibilidade nacionais, os iniciadores das convenções
buscarão, ao mesmo tempo, formular normas ideais e obrigatórias, mas também obter um
número suficiente de adesões ou ratificações. Isso auxilia a explicar o caráter vago, geral,
impreciso de certas formulações, que dão lugar a várias interpretações, de adaptações e de
não obrigatoriedade. Uma vez que a norma seja adotada, ela tende a evoluir conduzida por
pressões diversas, levando-se em conta as dificuldades experimentadas na ocasião de sua
execução.
Produz-se, assim, um fenômeno dialético de criação e de aplicação da norma internacional:
os direitos nacionais influenciam o direito internacional, o qual, em retorno também os
influência, com base em sua própria lógica e seu desenvolvimento.
Em suma, o direito internacional tem por principais falhas o caráter assaz geral de seus
princípios, as numerosas limitações geralmente ligadas às obrigações assumidas pelos
Estados e a existência de meios de execução muito limitados, aos quais é necessário
acrescentar os problemas de recepção do direito interno e de aplicação eficaz dessas normas
nos diversos países.
Ressalte-se que no caso onde o direito internacional não seja incorporado diretamente ao
direito interno, ele pode servir de regra de interpretação na aplicação do direito interno,
conformando-se aos princípios ou aos costumes do direito internacional.