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Boletim Informativo de Educação Ambiental


Gerência de Educação de Joinville
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Março de 2011
Ano 02 – Edição nº. 03
Pg.01

Nesta Edição:
- Destaque
- Notícias
- Dicas
- Lembrete do Ensino
- Referências bibliográficas
- Sobre o boletim

DESTAQUE
2010: Ano da Biodiversidade
O conceito de biodiversidade, muito utilizado A perda alarmante de espécies e habitats em
atualmente, começou a ganhar visibilidade nas grande velocidade, chegando, conforme dados
décadas de 80 e 90 devido à preocupação com o do WWF1, a um número estimado pelos
aumento da extinção de espécies, entrando no especialistas de mil a dez mil vezes acima da
cenário mundial como tema de discussão em taxa de extinção natural está diretamente ligada
diversas esferas da sociedade. às ações da espécie humana, que ao longo de
sua história têm modificado sobremaneira o
Biodiversidade, num sentido amplo, refere-se à ambiente em que ocupa e o seu modo de viver e
“variedade de seres vivos e ambientes em se relacionar consigo, entre si, com o ambiente e
conjunto.” (MEC, MMA, 2005, pg. 60) Entretanto, as demais espécies.
o conceito é mais complexo, abrangendo
também a variação de genes dentro das Essa modificação, com mais ênfase no último
espécies, a diversidade entre elas, suas século, ocorreu por meio da adoção do modelo
interações e a diversidade de ecossistemas. capitalista, que ocasionou os fenômenos da
(AMBIENTE BRASIL, 2011) urbanização e industrialização, os quais
trouxeram elementos novos para a sociedade,
A complexidade vai mais além, quando “se inserindo na ideologia do grupo social um modelo
assume e se adota a perspectiva de que o tema de cultura que foi uniformizado por outro
em foco não se esgota na diversidade biológica fenômeno que surgiu nesse contexto: a
em si. Sabe-se hoje que a possibilidade de sua globalização.
manutenção passa pela preservação da
diversidade cultural e de modos de vida e de A busca de satisfação pessoal e comodidade para
produção que sejam compatíveis com a uma suposta melhoria na qualidade de vida,
sustentabilidade.” (LOUREIRO, 2011, pg. 05) tendo como base a aquisição de bens de
consumo e serviço, ficou em evidência nesse
Isto quer dizer que nesse contexto está inserida modelo de sociedade, bem como a perda da
também a diversidade humana, constituída biodiversidade e das particularidades da cultura
historicamente pelas relações entre os grupos da diversidade humana.
sociais, aos quais interagem com o ambiente em
que estão inseridos. Com essa maneira de interação do ser humano
com o ambiente, elementos que compõe a
biodiversidade vêm sendo utilizados como fonte
primária de extração de matéria prima para a
fabricação de bens de consumo, entre outros
produtos que atendam às demandas do modo de
vida atual da espécie humana.
Em decorrência disso, perda da biodiversidade,
degradação de habitats, alterações climáticas
poluição são algumas conseqüências geradas Em todo o mundo,
pela exploração demasiada de recursos naturais, ações para conter a
em virtude do modo de vida da humanidade, que perda da
ao longo de sua trajetória foi perdendo a biodiversidade
conexão e o respeito aos ciclos naturais. BOFF estão sendo
(2004, pg. 16) nos diz sobre isso afirmando que implementadas. Para fortalecer essas ações e
“o ser humano, nesta prática cultural, se entende sensibilizar sobre a importância do papel da
como um ser sobre as coisas, dispondo delas a biodiversidade para a manutenção da vida, a
seu bel-prazer, jamais como alguém que está Organização das Nações Unidas declarou o ano
junto com as coisas, como membro de uma de 2010 como o ‘Ano Internacional da
comunidade maior, planetária e cósmica”. Biodiversidade’.
Seguindo essa premissa, tratando sobre Considerando a redução de 30% de espécies nos
biodiversidade, mesmo quando se pensa em últimos 35 anos, conforme dados divulgados pelo
criar ações de preservação, o fator econômico é Índice do Planeta Vivo3, o ano Internacional da
supervalorizado, colocando-a apenas como fonte Biodiversidade “se traduz numa campanha global
primária de recursos e suporte de produção. Em instituída para fomentar medidas de proteção da
segundo plano fica a questão ética sobre a biodiversidade em todo o mundo.” (Secretaria da
preservação da biodiversidade, que preconiza o Convenção da Diversidade Biológica, 2011,
direito à vida que cada ser vivo possui e o p.05).
homem, nesse caso, sendo considerado como
mais uma espécie a habitar o planeta. Dentre essas ações está a Conferência da
Biodiversidade (COP-10), realizada em outubro
Atualmente se fala em uma crise de extinção em de 2010, em Nagoya no Japão. Neste evento, as
massa. Apontando para a seriedade do assunto, nações de todo o mundo debateram sobre a
o WWF (2011) afirma que “em toda a história do perda da biodiversidade, buscando encontrar
planeta, houve cinco grandes ondas de extinção, soluções que possam surtir efeito de curto a
como a que exterminou os dinossauros, por médio prazo.
exemplo. Acredita-se que atualmente, vivemos a
sexta crise de extinção.” Contudo, como dito A Convenção da Biodiversidade foi estabelecida
anteriormente, essa se dá de forma incisiva, por durante a ECO-92 (Rio de Janeiro), mas somente
meio da interferência humana. na Cúpula da Terra (Johannesburgo) em 2002,
foram definidas metas para os países
Entretanto, é possível que a estimativa de perda combaterem a extinção de espécies.
de espécies existentes seja bem maior, à medida Infelizmente, das 21 metas estabelecidas nesse
que não se sabe ao certo a quantidade de evento, nenhuma delas está próxima de ser
espécies existentes no planeta. atingida, conforme dados do Ministério do Meio
Ambiente (MMA).
O impacto na própria espécie humana é
significativo. A Globalização, nascida da O link fornecido pelo site OEco retrata de forma
necessidade de expandir o capital financeiro, mais detalhada sobre as ações ocorridas na COP-
interage também nos aspectos sociais e culturais 10, inclusive descrevendo os desafios que ainda
da sociedade. A ideia inicial de interligar os estão em pauta para o Brasil:
países e criar uma grande comunidade global, de http://www.oeco.com.br/images/infobiodiversida
modo a congregar as culturas, permaneceu definal-highres.pdf
dentro da dinâmica capitalista, favorecendo a
segregação da cultura, a concentração de renda 1. WWF (World Wide Fund For Nature) ou Fundo Mundial para a
para poucos e a exclusão social. (DIAS, 2002) Natureza é uma organização não-governamental dedicada à
conservação da natureza, objetivando harmonizar o uso racional dos
As comunidades tradicionais e as populações recursos naturais e a conservação da biodiversidade.
economicamente vulneráveis são as mais 2. Racismo Ambiental – Refere-se às Injustiças sociais e ambientais
que tenham impacto ‘racial’ em etnias e populações mais vulneráveis.
atingidas nesse aspecto. Atualmente se fala em Esse conceito, segundo PACHECO (2011), desafia a ampliação das
Racismo Ambiental2, para denominar as visões de mundo para a criação de um novo paradigma civilizatório,
injustiças sociais e ambientais que recaem cuja justiça social, democracia e uma sociedade igualitária estejam
em pauta, independente da cor, origem e etnia.
nessas populações.
3. Índice do Planeta Vivo (Living Planet Index) – elaborado pelo WWF,
A congregação da cultura que se esperava se é um indicador sobre o estado da biodiversidade no mundo, incluindo
dados nacionais e globais, que levam em conta a área mundial de
configura hoje numa unificação da cultura, como cobertura florestal, as populações de espécies terrestres, de água
se existisse para o ser humano uma única doce e marinha, analisando 1686 espécies de vertebrados em todas
maneira de existir e se relacionar. as regiões do mundo. Segue abaixo o link do relatório do planeta vivo
de 2008:
http://assets.panda.org/downloads/lpr_2008_portuguese_final_lores_2
_.pdf
EEB FRANCISCO EBERHARDT
Projeto Étnico-Racial
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela sua cor da estudo e aprofundamento, foi a legislação vigente que
pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as trata sobre a inclusão da cultura afro e indígena no
pessoas precisam aprender e, se podem aprender a currículo escolar (Leis 10.639/03 e a 11.645/08) que,
odiar, podem ser ensinadas a amar” é a frase de juntamente com as demais etnias que integram o povo
Nelson Mandela que acompanhou o projeto Étnico- brasileiro, foram pesquisadas e discutidas por meio de
Racial desenvolvido pela EEB Francisco Eberhardt, nos debates.
meses de junho a setembro de 2010.
Dentre as atividades desenvolvidas em decorrência da
Pertencente a um perímetro rural, predominantemente revisão bibliográfica está a produção de duas peças
de colonização alemã, a equipe pedagógica da escola teatrais, uma tratando sobre a cultura do boi de
percebeu a necessidade de desenvolver ações que mamão e outra sobre o artista Aleijadinho. Os alunos
tratassem sobre a diversidade étnico-racial, sob o ensaiaram também danças regionais e coreografias,
ponto de vista histórico-cultural. Isto por entender que além da produção de vídeos com a veiculação de
o ato de educar deve considerar a realidade exterior ao mensagens sobre os temas estudados.
ambiente escolar, tratando questões ideológicas e
psicossociais, que interferem nas concepções de Tratando sobre a identidade cultural, desenharam seu
homem e mundo de seus alunos. auto-retrato, participaram de palestras com a
especialista e Coordenadora da Diversidade Étnico
Dessa maneira, tratar sobre a diversidade étnico-racial Racial da Gerência de Educação, Alessandra Cristina
no contexto escolar possibilita a reflexão do aluno Bernardino, e se dedicaram à produção textual de
sobre as diferenças étnicas e culturais existentes na diversas maneiras. Poesias, literatura de cordel,
espécie humana, desvelando as ideias incutidas na produção de jornal são alguns exemplos.
ideologia da sociedade, que vem ao longo do tempo
tratando à margem o considerado ‘diferente’. Contudo, No âmbito artístico, confeccionaram boi-de-mamão em
isso é possível, por meio de ações pedagógicas que miniaturas e um em tamanho original, além de
permitam desmistificar formas pejorativas das diversas exemplares de galinhas de angola, que foram expostos
culturas e etnias existentes, para então colocar em na Semana Cultural que aconteceu de 20 a 24 de
questão as práticas discriminatórias e racistas setembro de 2010.
presentes nesse contexto.
(UESC, 2011)

Apresentação Boi de Mamão


Para planejar as ações do projeto, a equipe gestora
organizou uma reunião no início do ano, que permitiu
aos professores discutir sobre os objetivos e as
estratégias que utilizariam para sensibilizar seus
alunos, bem como propiciar adensamento conceitual e

4ª série EF
ações que proporcionassem um envolvimento efetivo
da comunidade e que tivessem visibilidade para todos
os alunos da escola.
As atividades planejadas para essa semana
Tendo em vista esses objetivos, a equipe pedagógica
movimentou toda a escola, familiares e membros da
organizou um cronograma contendo ações, que
comunidade, sendo dias dedicados a socializar todo o
contemplaram diversas disciplinas curriculares, tendo
trabalho desenvolvido e sensibilizar os envolvidos para
início com uma revisão de literatura sobre os temas
o tema. Para isso, realizaram apresentações culturais
escolhidos por cada disciplina, que foram divididos em
como teatro, dança, capoeira, música, declamação de
turmas. Cada qual aprofundou as pesquisas e, a partir
poesias, desfile de roupas, além da exposição dos
delas, elaborou atividades para apresentar em uma
trabalhos realizados e a premiação do 3º Concurso de
Semana Cultural, prevista para a culminância do
Poesias, que tratou sobre o tema do projeto.
projeto.
Premiação Concurso de Poesias

Com envolvimento de alunos de 4ª série do Ensino


Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, as pesquisas
e atividades foram desenvolvidas tendo um enfoque
sistêmico sobre o assunto e explorou a literatura,
artes, música, dança e manifestações religiosas sobre
as diversas etnias que habitaram e habitam o Brasil,
abordando também as diversas etnias catarinenses.
Um dos temas trabalhados, que exigiu dos professores
ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA
ELPÍDIO BARBOSA E GIOVANI PASQUALINI FARACO
Cachoeira: Um rio em transformação
Depois de participar do Seminário ‘Cachoeira: um rio em transformação’, realizado pelo Instituto Viva o Cachoeira,
em parceria com a Gerência de Educação, a escola Elpídio Barbosa, localizada no bairro Costa e Silva, recebeu o
acervo de imagens do rio Cachoeira, que faz parte da Exposição Itinerante que circulou por uma semana nas cinco
escolas envolvidas no projeto.
Com esse material, as escolas aproveitaram e desenvolveram atividades de aprendizagem que propiciassem debate
sobre as características históricas e ambientais do rio Cachoeira, de modo a incentivar nos alunos um olhar mais
crítico e sensibilizado sobre o assunto.
A equipe pedagógica da EEB Elpídio Barbosa aproveitou a exposição como estratégia de motivação para iniciar um
estudo do tema, com o envolvimento de alunos da 1ª a 8ª série. A exposição, que ficou na escola entre os dias 13
e 17 de setembro de 2010, marcou início com a presença Altamir de Andrade (jornalista) e Adilson Lopes da Silva
(marinheiro aposentado), ambos ambientalistas e sócios do Instituto Viva o Cachoeira, que em momentos
diferenciados, debateram a realidade histórica e aspectos ambientais sobre o rio, buscando discutir as influências
humanas nesse contexto.
A partir daí, os professores inseriram a discussão em suas disciplinas, de modo que pudessem contribuir para as
reflexões levantadas na exposição e nas palestras ministradas. Assim, os alunos pesquisaram sobre a poluição do
rio, sua história, causas e consequências da interferência humana nas disciplinas de Língua Portuguesa, História,
Geografia e Ciências. A escola contou também com o apoio da Companhia Águas de Joinville, que apresentou
questões relacionadas ao Saneamento Básico, Coleta, tratamento e distribuição de água para alunos de 5ª a 8ª
série.
Em 2011, a equipe da escola pretende sensibilizar a comunidade escolar e as famílias que moram nas imediações
da nascente do Rio Cachoeira, localizada próxima a escola. Para isso, foi realizada com os alunos uma caminhada
até a nascente, embasada por questões referentes à legislação, especialmente relacionada aos recursos hídricos.
Palestra Instituto Viva o Cachoeira

Exposição Cachoeira: Um rio em


EEB Elpídio Barbosa

transformação
Da mesma maneira, a escola Giovani Pasqualini Faraco, localizada no bairro Santo Antônio, após participar do
Seminário, realizou, de 04 a 08 de outubro, a Exposição Itinerante ‘Cachoeira: um rio em transformação’, que
também contou a presença dos palestrantes, já mencionados, Altamir de Andrade e Adilson Lopes da Silva.
Para iniciar as atividades, os alunos do 3° ano do Ensino Médio fizeram uma saída de estudo até a nascente do rio
Cachoeira, na qual realizaram um levantamento fotográfico da fauna e flora da área estudada, sob a coordenação
dos professores de Biologia e Educação Física.
Na disciplina de Geografia, ainda com os alunos do
Ensino Médio, foi realizada revisão bibliográfica sobre
a Bacia Hidrográfica do rio Cachoeira, legislação
nascente Rio Cachoeira EEB
Saída de campo: Percurso e

referente a mata ciliar, a relação das espécies da


fauna que habitam o rio e os principais métodos de
despoluição de rios.
Giovani Pasqualini

Em Língua Portuguesa, os alunos realizaram


entrevistas com a comunidade e profissionais da área
ambiental, para colher memórias e dados técnicos
Faraco

sobre o rio Cachoeira.


Boletim Informativo de Educação Ambiental

NOTÍCIAS

Para comemorar o Ano Internacional da


Biodiversidade, a Secretaria de Estado da Educação
encaminhou para as escolas da Rede Pública
Estadual um kit de Educação Ambiental, contendo
seis livros ilustrados.
Água, resíduos sólidos e os impactos da ação do
homem sobre a atmosfera, litoral e solo são
exemplos de conteúdos tratados nos livros.
Em todo o Estado foram distribuídos 63.750 kits,
num investimento de R$ 9,7 milhões, oriundos de
recursos federais.
A Gerência de Educação organizará a entrega dos
exemplares com a realização de um curso de
capacitação para professores, referente aos temas
abordados nos livros.
Outro material encaminhado pela Secretaria de Estado da
Educação às escolas da rede Pública Estadual foi uma
coletânea de livros e DVDs contendo 01 Atlas Ambiental,
livros temáticos sobre Energia, Reciclagem, Alimentos
Trangênicos, Água, Poluição, e Aquecimento Global.
Além disso, o acervo ‘Projeto Meio Ambiente’ conta com
06 títulos da Coleção Ciência Viva, que trata da história
da Eletricidade, da Cadeia Alimentar, do Dia e da Noite e
de um Fóssil de Dinossauro.
Numa linguagem dinâmica, outros 06 exemplares
compõem o acervo abordando a Vida no Mar, no Campo,
no Jardim, nos Rios, na Cidade e na Floresta.
Para completar a coletânea, 03 DVDs sobre Aquecimento
Global estão disponíveis no acervo.
Esse material também será distribuído e aproveitado pela
Gerência de Educação como recurso didático para um
momento de formação continuada de Educação
Ambiental para professores da rede.

“A alimentação, direito fundamental e constitucional do ser


humano, deve ser tratada como questão educacional relevante,
considerando ser essencial para a preservação da saúde e, por
conseqüência, da vida.” (Alencar, 2009, p.01)
O livro ‘Segurança Alimentar – Sua saúde dia-a-dia’ foi distribuído
para todas as escolas da Gerência de Educação de Joinville, para
alunos de 5ª série do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, bem
como as turmas de Magistério. Todas as bibliotecas das escolas
também receberam exemplares do livro.
Este guia de orientação alimentar orienta o estudante a adquirir
hábitos saudáveis de alimentação, por meio de informações que
subsidiam o entendimento das funções dos componentes
alimentares para o desenvolvimento do corpo humano. Além
disso, propõe um novo olhar para a questão, por intermédio da
contribuição histórica das diversas etnias na formação da
culinária brasileira.
Boletim Informativo de Educação Ambiental

NOTÍCIAS
No dia 30 de agosto de 2010, no auditório da Gerência de
Educação, aconteceu o Seminário ‘Cachoeira: Um rio em
transformação’, promovido pelo Instituto Viva o
Cachoeira, em parceria com a Gerência de Educação.
O objetivo desse evento foi propiciar adensamento
conceitual, bem como informações relevantes sobre a
história e realidade do rio, para professores das 05
escolas participantes, inseridas na Bacia Hidrográfica do
Rio Cachoeira.
Aspectos históricos da bacia hidrográfica, ocupação
humana, fauna e poluição, foram conteúdos abordados
no Seminário, além da apresentação do Plano de
Expansão de Esgotamento Sanitário e de sugestões de
atividades de Educação Ambiental.
O Seminário contou também com a parceria da
Companhia Águas de Joinville e Fundema (Fundação
Municipal do Meio Ambiente) e com a participação de
membros do CIEA (Comissão Interinstitucional de
Educação Ambiental) de Joinville.

Ainda como uma ação da parceria entre o Instituto Viva o Cachoeira e Gerência de Educação, como proposta de
continuidade do Seminário, aconteceu até o final de outubro, a Exposição Itinerante do acervo de imagens
‘Cachoeira: um rio em transformação’ e ‘A força do rio Cachoeira’, com painéis e fotos de períodos históricos
marcantes e exemplares da fauna existente no rio. A exposição ficou 01 semana em cada escola, das 05
envolvidas no projeto: EEB Elpídio Barbosa e EEB Arnaldo Moreira Douat, do bairro Costa e Silva; EEB Gustavo
Augusto Gonzaga e EEB Lea Lepper Aguiar Lepper, do bairro Saguaçu e EEB Giovani Pasqualini Faraco, do
bairro Santo Antônio.

193 países estiveram presentes na 10ª Conferência das


Partes da Convenção das Nações Unidas sobre
Diversidade Biológica (COP10), que ocorreu de 18 a 29
de outubro de 2010, em Nagoya (Japão).
Diferentes Grupos de Trabalho se dedicaram a discutir
temas, tendo em vista a redução da perda da
biodiversidade em todo o mundo e a criação de um
novo acordo e metas para serem cumpridas até 2020.
Os principais temas discutidos foram o Plano
Estratégico, documento que define as ações de
conservação, o Protocolo de acesso e repartição de
benefícios dos recursos genéticos da biodiversidade e
as estratégias para a mobilização dos recursos
financeiros.
Em 2002, no primeiro plano estratégico acordado pelas
nações, adotado na VI Conferência das Partes da
Convenção da Diversidade Biológica (COP-6) houve o
comprometimento de reduzir significativamente a
perda da biodiversidade em todo o mundo. Contudo, Outros pontos polêmicos nas discussões foram
segundo dados do PNUMA (Programa das Nações sobre o favorecimento de países desenvolvidos
Unidas para o Meio Ambiente), a extinção de espécies como provedores dos recursos genéticos e as
da fauna e da flora cresceu, nesse período, de 11 para decisões sobre a mobilização de recursos
17 mil. financeiros para os países em desenvolvimento,
Embora os países tenham em pauta a mesma missão e para o financiamento de ações de conservação da
concordem que o plano estratégico deva conter metas biodiversidade.
claras, a diferença entre suas posições se encontra no Resultados mais detalhados sobre a Conferência
percentual de proteção de áreas terrestres, marinhas e podem ser conferidos no link abaixo:
costeiras. http://www.boell-latinoamerica.org/downloads/COP_10_-
_Um_balanco_final.pdf
Boletim Informativo de Educação Ambiental
DICAS

Biodiversidade no Contexto Pedagógico


O conceito de biodiversidade, antes visto numa visão prática, que a considerava sob o ponto de vista
econômico como fonte de recursos para atender às necessidades humanas, têm ganhado novas
perspectivas, ampliando essa concepção e incorporando nesse contexto valores éticos de
reconhecimento ao diverso como condição à vida.
Nessa discussão, a diversidade se amplia numa visão que considera além da questão biológica,
também a social, trazendo com isso novas implicações e questões sobre o tema, sobretudo para a
educação. Nesse sentido, todo o contexto da escola deve ser observado; suas ações, abordagem, do
ponto de vista teórico e prático, dando atenção tanto à reflexão, quanto às ações pedagógicas
concretas.
Dentre os aspectos metodológicos, é importante contextualizar os conceitos e conteúdos abordados,
problematizando a partir da realidade do aluno, de modo a estimular a interação do estudante com o
ambiente, numa cultura de acolhimento, que propicie um senso de pertencimento, utilizando-se do
cotidiano, das vivências do aluno e seus ambientes, como pano de fundo para o início do trabalho.
Contudo, essa reflexão deve abordar questões que dizem respeito à sociedade como um todo, levando
em conta as ideologias e modos de existência que tenham implicações nos aspectos biológicos,
sociais, econômicos, ambientais, políticos, entre outros imbricados no tema, refletindo sobre direitos
públicos, responsabilidades, causas e consequências, desafiando os estudantes na busca de possíveis
soluções para desafios ambientais observados.
Nessa perspectiva, é importante trabalhar o tema como comumente é abordado no contexto escolar,
tratando a diversidade do ponto de vista da flora e da fauna, com os desdobramentos inerentes à eles,
como os biomas existentes, conceitos de preservação e conservação, extinção de espécies, recursos
genéticos, políticas públicas de preservação da biodiversidade, por exemplo. Entretanto, o trabalho
deve ir além, numa visão ampliada, observando o ser humano nesse contexto, no qual se pretende
conhecer os diversos comportamentos, entrando nessa discussão também as populações tradicionais,
de maneira que a diversidade sócio-cultural esteja em pauta.
Olhando a questão por esse prisma, conceitos de ecologia social1 e etnicidades ecológicas2 deverão
ser abordados, de modo a refletir as diferentes formas de comportamento, do que a predominante na
hegemonia capitalista, na qual a maioria da humanidade está inserida, com ações altamente
impactantes para o ambiente.
Nesse sentido, considerando que as diversas populações tradicionais sempre interagiram com
ambientes considerados ‘selvagens’, o paradigma conservacionista é colocado em cheque, à medida
que se observa que a diferença está na forma de manejo ou interação com esses ambientes. Isto é, se
de um lado temos o modelo de existência capitalista que se impõe ao ambiente, promovendo
transformações, muitas vezes irreversíveis, de outro lado temos as populações tradicionais que se
utilizam de práticas culturais e recursos naturais, com impacto mínimo ao ambiente. (Loureiro, 2011)
Assim, o conhecimento dessas maneiras diferentes de existência humana no planeta proporciona uma
reflexão sobre o modelo que a maioria da humanidade vem seguindo, observando que o ser humano
também é diverso. Conforme Loureiro (2011, p. 24) existem mais de “10 mil grupos identificados com
base na etnia, na lingüística e religião”. Pensando nesse número e em toda a diversidade que emerge
dessas diferenças, por que consideraríamos que o único modelo seria o capitalista/globalizado?
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1. Ecologia social – Trata-se de práticas culturais de utilização de recursos naturais, com impacto mínimo ao ambiente, tendo como principais
atores as sociedades tidas como tradicionais (indígenas, quilombolas, pescadores, caiçaras, entre outras). Essas comunidades possuem
longa duração com seu habitat, utilizando-se de tecnologias que levam à sustentabilidade desses lugares. (Loureiro, 2011)
2. Etnicidades ecológicas ou populações tradicionais – são aqueles “povos que mantêm um modo de vida intimamente relacionado e
diretamente dependente do meio ambiente em que vivem. Têm um modo de uso e consumo dos recursos naturais locais que não esgota nem
degrada os ambientes. (Loureiro, 2011, p. 21) O conceito foi utilizado pela primeira vez em 1996, pelo indiano Pramod Parajuli.
Boletim Informativo de Educação Ambiental
Lembrete do Ensino:
Acontece em 2011 a Reorganização Curricular para os anos
finais do Ensino Fundamental, envolvendo todas as disciplinas.
Divididos em Grupos de Trabalhos, cujos coordenadores
são professores das Unidades Escolares, o trabalho irá nortear a
construção das Diretrizes Curriculares para os anos finais do
Ensino Fundamental, documento orientador a ser adotado na
região de abrangência da Gerência de Educação de Joinville.
Fique atento (a) e participe das discussões dos grupos.
Maiores informações: Dulce - (47) 34334351 ou (47) 34330324

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ALENCAR, Marina Senti de. Segurança Alimentar: sua saúde dia-a-dia. São José: 2009.
- BOFF, Leonardo. Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres. Rio de Janeiro: 2004.
- DIAS, Genebaldo Freire. Antropoceno: Iniciação à Temática Ambiental. São Paulo: 2002.
- Lei 10639 de 09 de janeiro de 2003.
- Lei 11645 de 10 de março de 2008.
- MMA, MEC, IDEC. Consumo Sustentável: Manual de Educação. Brasília: 2005.

- AMBIENTE BRASIL. Acesso em 12 de fev. 2011.


http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/glossario_ambiental/glossario_ambiental_-_e.html
- BOELL Latino Americana. COP 10 Um balanço final. Acesso em 25 de fev. 2011.
http://www.boell-latinoamerica.org/downloads/COP_10_-_Um_balanco_final.pdf
- LOUREIRO, Carlos Frederico. Educar na Biodiversidade. Acesso em 13 de fev. 2011.
http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/18562406-Educacabiodiversidade.pdf
- MMA - Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade e Florestas. Acesso em 25 de fev. 2011.
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=146
- O Eco. Biodiversidade. Acesso em 25 de fev. 2011. http://www.oeco.com.br/images/infobiodiversidadefinal-highres.pdf
- PACHECO, Tania. Desigualdade, injustiça ambiental e racismo: uma luta que transcende a cor. Acesso em 21 de fev.
2011. http://www.justicaambiental.org.br/_justicaambiental/pagina.php?id=1869
- PNUMA. Biodiversidade. Acesso em 21 de fev. 2011. http://www.onu-brasil.org.br/agencias_pnuma.php
- Secretaria da Convenção da Diversidade Biológica. O Ano Internacional da Biodiversidade – 2010 Diretrizes Gerais.
Acesso em17 de fev. 2011.
http://www.peaunesco.com.br/BIO2010/Diretrizes_Gerais%20-%20Ano%20Internacional%20da%20Biodiversidade%20-
%202010.pdf
- UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz. Educação e Relações Étnico-Raciais. Acesso em 17 de fev. 2011.
http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/especializacao/relacoes_etnico/
- WWF. Biodiversidade: A base de nossas vidas. Acesso em 15 de fev. 2011.
http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/biodiversidade/
- WWF. Índice do Planeta Vivo 2008. Acesso em 12 de fev. 2011.
http://assets.panda.org/downloads/lpr_2008_portuguese_final_lores_2_.pdf

SOBRE O BOLETIM
Supervisão de Educação Básica e Profissional
Rua Senador Felipe Schmidt, 159 – Centro - Joinville – SC – CEP. 89201440
Fone: (47) 34334351 - E-mail: gereijoinvilleens@sed.sc.gov.br

Elaboração: Adriana Lima Moraes – Coordenadora de Educação Ambiental – Gerência de Educação -


e-mail: adriana_siewert@hotmail.com
Revisão: Fernanda Petry Vieira Steinbach – Assistente Técnica Pedagógica
Colaboradores: Alessandra Cristina Bernardino – Coordenadora de Educação Etnico-Racial
Eleonora Minatto – Orientadora do Projeto Político Pedagógico

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