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DIFERENÇAS ENTRE ALUMÍNIO FUNDIDO COM MODIFICANTE E SEM

MODIFICANTE.

Diego Elias Siostek


Gustavo Lundgren Bastos
Jaine Almeida Montavão
Tiago de Aguiar Vieira
Tomaz de Aguiar Vieira

Resumo

O objetivo deste trabalho é mostrar as diferenças na microestrutura da liga de


alumínio Al-Si, fundida em molde metálico tronco-cônica, com e sem modificante,
adicionados durante a solidificação. A elevada taxa de resfriamento promoveu a
formação de uma microestrutura dentrítica bem refinada e uma região interdentrítica,
onde para a liga com modificante temos uma estrutura eutética fibrosa e para a estrutura
sem modificante temos uma eutética irregular.

Palavras Chaves: Alumínio, Fusão, Solidificação e Modificante.

Introdução
As ligas Al-Si de 5-20% são ligas de importante estudo por serem nos dias atuais
as mais comuns e utilizadas nas industrias. São ligas que apresentam alta fluidez, baixa
contração nos fundidos, elevada resistência à corrosão, boa soldabilidade, fácil
brasagem e baixo coeficiente de expansão térmica. Estas ligas possuem a característica
de terem uma fase primaria, de alumínio ou de silício, e uma estrutura eutética composta
por esses dois elementos.
A adição de modificadores diminui a temperatura de nucleação e de crescimento
na interface sólido/líquido, em razão do refino da estrutura eutética, o que força a fase
Si a adotar uma morfologia irregular e fibrosa. Entretanto, um refino da estrutura das
ligas metálicas também é obtido usando elevadas taxas de resfriamento mediante uma
solidificação rápida.
Ligas solidificadas rapidamente caracterizam-se por apresentarem uma estrutura
refinada, homogênea e amorfa, o que torna o material com excelentes combinações de
propriedades físicas e mecânicas.
O objetivo do presente trabalho é produzir uma liga com propriedades mecânicas
otimizadas pela sua solidificação rápida e pela adição de um modificante.
Metodologia Experimental

Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais e


equipamentos: Forno elétrico à indução, Forno tipo mufla, Molde metálico (coquilha
com duas cavidades), Molde metálico (coquilha) para obtenção da amostras para
análises químicas, Ferramentas auxiliares na fusão e vazamento, Cadinho de grafite,
Medidor de temperatura, Termopar de imersão do tipo K, EPI – Luvas protetoras contra
calor, Pedaços de ligas de alumínio Al-Si de 5-20%, Fluxos para tratamento do metal
líquido (modificante), Balança de precisão.
Após a verificação dos equipamentos e materiais que seriam utilizados no
experimento, resolveu-se então dividir o trabalho em duas etapas, na primeira etapa foi
avaliado a fusão e a solidificação da liga Al-Si, na segunda foi novamente estudada a
fusão e a solidificação da liga só que com a adição de um modificante.

Primeira Etapa
No processo experimental desta etapa, primeiramente os moldes metálicos, de
forma tronco-cônica, foram colocados no forno de resistência elétrica. O cadinho de
grafite foi carregado de pequenos pedaços da liga Al-Si e posteriormente ligou-se o
forno de indução e colocou-se então o cadinho no forno, regulando a potência
necessária para aquecimento da carga até a sua fusão e obtenção do grau de
superaquecimento desejado.
Com a fusão do metal retirou-se logo em seguida os moldes do forno. Fez-se
então a descorificação do alumínio e logo após, fez-se este atingir a temperatura de
vazamento. Desta forma vazou-se o metal no molde metálico de acordo com os valores
de S (S = Tv – Tf) mostrado na Tabela 1.
Onde: S – Grau de superaquecimento;
Tv – Temperatura de vazamento;
Tf – Temperatura de fusão (ou de solidificação) para o alumínio puro Tf = 660 °C

Tabela 1: Temperatura de vazamento e superaquecimento das amostras.


Corpo de Prova Temperatura de Vazamento [°C] Superaquecimento [°C]
1 720 60
2 750 90
3 780 120
Em seguida ao vazamento e solidificação do material, os diferentes corpos-de-
prova foram identificados. Pesaram-se os mesmos em uma balança de precisão, logo
após o rechupe formado durante a solidificação, foi preenchido com álcool e pesados
novamente, desta forma pode-se calcular a massa de álcool contida no rechupe.

Determinação do coeficiente de contração volumétrica


Para a obtenção do coeficiente de variação volumétrica (CCV) do alumínio em
função do grau de superaquecimeto faz-se necessário determinar os volumes, do
rechupe e da peça, através da razão entre o primeiro e o volume total (volume da peça +
volume do rechupe).

Vrechupe malcool
Deste modo: CCV = Vrechupe =
Vtotal ρ alcool
m pe;a
V peça = Vtotal = Vrechupe + V peça
ρ alum[inio
Onde: ρ alcool = 0.69 g cm 3 ρ alu min io = 2.72 g cm 3

Segunda Etapa
Neste processo experimental são feitos os mesmos procedimentos da etapa um,
só que desta vez, fez-se o tratamento do banho metálico aplicando fluxo escorificante
(0,5 % em peso). Para a adição deste fluxo, foi calculada a quantidade (em massa) deste,
anteriormente conforme a equação abaixo:

mmod ificante = 0.5 0 0 mtotal 0,5 * 653.41


m mod ificante = ≅ 3.27 g
100
Após a adição da quantidade adequada do fluxo, foi feita então a mistura por 3
minutos, e logo após fez-se este atingir a temperatura de vazamento. Desta forma
vazou-se o metal no molde metálico de acordo com os valores de S = Tv – Tf = 715°C -
660°C = 55° C, para todos os corpos de prova. .

Resultados e Discussões
Os resultados e discussões para melhor entendimento também foram divididos
em duas etapas conforme a parte experimental.
Primeira Etapa
Na primeira etapa que compreende a fundição do material sem o fluxo
escorificante. Foi feita a análise do coeficiente de vazão volumétrica, em função da
temperatura de vazamento do metal líquido.
Os valores encontrados para os coeficientes de variação volumétrica do alumínio
em função dos graus de superaquecimento adotados, estão dispostos na Tabela 3, bem
como as demais variáveis necessárias para os cálculos destes.

Tabela 3: Dados obtidos no calculo do coeficiente de contração volumétrica.


Amostra Tvaz (°C) S (°C) mpeça (g) Vpeça (cm3) malcool (g) Vrechupe (cm3) Vtotal (cm3) CCV
01 720 60 238.00 87.50 1,70 2,46 89,96 0,0273
02 750 90 245.75 90.35 2,85 4,13 94,48 0,0437
03 780 120 238.19 87,57 3,07 4,45 92,02 0,0484

A Figura 1 mostra o gráfico do coeficiente de contração volumétrica X


temperatura de vazamento.

Temperatura de Vazamento x CCV

0,06
0,05

0,04
CCV

0,03
0,02

0,01
0
710 720 730 740 750 760 770 780 790
Tem peratura de Vazam ento [ºC]

Figura 1 – Curva da temperatura de vazamento X coeficiente de vazão volumétrica

Ficou evidenciado através do gráfico que o coeficiente de contração volumétrica


varia com a temperatura. Percebe-se também, que essa variação não é linear, isto é,
existe uma determinada temperatura onde o coeficiente de contração volumétrica é
máximo e tal temperatura situa-se próxima dos 780°C. Como os testes foram feitos em
uma máquina pequena de corpo-de-prova, não é possível afirmar categoricamente tal
fato, necessitando para tal evidência de um número maior de amostras, ou seja, de uma
quantidade maior de temperaturas de vazamento.

Segunda Etapa
Na segunda foi feita a análise metalográfica dos corpos-de-prova, com ou sem o
modificante, com intuito de se determinar à alteração que este causa na microestrutura
do material.
Tratamento através de agentes modificantes (nucleantes) dentre os quais Na, Sb,
Sr, faz com que a liga se solidifique apresentando partículas de Si finalmente dispersas
na matriz rica em Al (Alα).
A composição eutética normal do sistema Al-Si corresponde a 11,6% de Si a
temperatura de 577°C. o Na e outros agentes modificadores tendem a deslocar a
composição e a temperatura de equilíbrio eutético, de modo a permitir que se consiga
fundir ligas hipereutéticas mantendo-se as caracteristicas de fundição inerentes as ligas
de composição eutética.
A modificação na morfologia do eutético tem como principal consequência o
aumento da resistência mecânica e da ductilidade nas ligas Al-Si obtidas por fundição
como observado nas figuras 2 e 3.

a b

Figura 2: Miscroestrutura da liga de alumínio, amostra moeda - aumento de 200x .


a) com adição de modificante e b) sem a adição de modificante.
a b

Figura 3: Miscroestrutura da liga de alumínio, amostra tarugo - aumento de 200x .


a) com adição de modificante e b) sem a adição de modificante.

Analisando as figuras 2 e 3, percebe-se também uma maior tendência à obtenção de


estruturas mais refinadas, uniformes e melhores propriedades físicas e mecânicas para seções
com espessuras menores (moeda).

Conclusões

Como esperado a adição do modificante na fundição da liga Al-Si tornou a


estrutura das amostras mais refinada, homogênea e amorfa, levando à melhores
propriedades físicas e mecânicas, comparado à liga sem o modificante

Referências Bibliográficas

PERES, M. M.; PINTO, C. P.; RIOS, C. T.; KIMINAMI, C. S.; BOTTA, W. J.; BOLFARINI,
C. Caracterização da liga de alumínio A356 solidificada rapidamente por centrifugação e
fundida em areia – Projeções, V.23, p. 55-66, Jan/Dez de 2005. UfsCar, Departamento de
.Engenharia de Materiais.

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