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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – ENGENHARIA

Prof. José Roberto Marques

UNIVERSIDADE DE
MOGI DAS CRUZES
ENGENHARIA

Os Fundamentos da Teoria das


Correntes Alternadas

Os Fundamentos da Teoria das Correntes Alternadas

Análise das Componentes Elétricas em Regime


Senoidal

Números Complexos e Fasores de Tensão e Corrente

As Leis de Kirchhoff em Corrente Alternada

Energia e Potência em Corrente Alternada


Monofásica.

Prof. José Roberto Marques


2009

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – ENGENHARIA
Prof. José Roberto Marques
FUNDAMENTOS DA TEORIA DAS
CORRENTES ALTERNADAS
DEFINIÇÕES. Uma corrente alternada , Quando uma forma de onda de tensão
como o próprio nome indica é uma senoidal é aplicada em uma carga
corrente elétrica que alterna valores denominada linear, a corrente que flui no
positivos e negativos em seu transcurso circuito também é senoidal, porém a sua
em função do tempo. Em geral o seu fase pode não ser a mesma da forma de
formato em função do tempo pode ser um onda da tensão.
qualquer, porém quando falamos em Quando as fases da corrente e da tensão
corrente alternada estamos, em geral, nos são idênticas, dizemos que a carga tem
referindo a comoditie que a característica ôhmica ou que a natureza
concessionária de energia elétrica coloca da carga é resistiva. A figura 2 mostra as
nos nossas casas, sendo disponibilizada formas de onda para este caso. Para esta
para nós com tensão e freqüência condição, toda a potência ou energia por
constantes. A forma de onda desta tensão unidade de tempo disponibilizada pela
elétrica, disponível nas tomadas de nossas onda elétrica é utilizada pela carga,
casas é senoidal com valor de pico fixo condição na qual dizemos que o fator de
igual 155,56V, que corresponde ao valor potência da carga é unitário ou igual a
eficaz de 110V e 315,12V para o caso de um.
valor eficaz de 220V. O valor eficaz tem 200
Formas de onda da tensão e da corrente para uma carga ohmica

a ver com a energia que a tensão pode 150

entregar, assim se utilizarmos uma bateria


v(t)=155,56*sen(377*t) e i(t)=50*sen(377*t)

100
elétrica que fornece tensão contínua de
50
110V para uma carga qualquer obteremos
a mesma potência elétrica que uma tensão 0

de valor eficaz 110V, cujo valor de pico é -50

155,56V. Discutiremos este detalhe mais -100

adiante. -150

200 -200
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018
tempo em segundo
150

Figura 2
- Vs =110V

100
Neste caso a forma de onda de tensão não
50
muda sua expressão matemática enquanto
v(t)=155,56*sen(377t)

0
a forma de onda da corrente pode ser
-50
escrita como,
-100
i (t ) = 50 * sen(377 * t )
-150
Quando encontramos carga de natureza
-200
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018
indutiva como os transformadores, as
tempo em segundo
bobinas, os motores de corrente alternada,
Figura 1 etc. a onda de corrente sofre um
A figura 1 mostra uma onda senoidal de deslocamento ou defasamento para a
110V de valor eficaz e deslocamento direita da onda de tensão o que indica
angular de 377 radianos por segundo cuja claramente que esta onda atrasa com
função pode ser expressada na forma da relação a onda de tensão.
equação, e(t ) = 155,56 * sen(377 * t ) .

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A figura 3 mostra as formas de onda de dos campos elétricos gerados pelas
tensão e de corrente em uma carga tensões neles aplicados.
indutiva.
Formas de onda da tensão e da corrente para uma carga indutiva Formas de onda da tensão e da corrente para uma carga capacitiva
200 200

150 150

v(t)=155,56*sen(377*t) e i(t)=50*sen(377*t+30)
v(t)=155,56*sen(377*t) e i(t)=50*sen(377*t-60)

100 100

50 50

0 0

-50 -50

-100 -100

-150 -150

-200 -200
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018
tempo em segundo tempo em segundo

Figura 3 – Observe que a onda de tensão Figura 4 – Neste caso não é possível ver o
é a de maior amplitude e seu período é de início da onda, mas podemos observar a
1/60=16,67ms como temos, na figura defasagem próximo fim do semiciclo
0,002seg/divisão, então a onda de positivo onde observamos que
corrente atrasa aproximadamente 1,4 corresponde a 0,7 divisão ou 30°
divisão, ou seja ≈ 60 o atrasados. adiantados.
ϕ ≈ 1,4 * 0,002 * 377 *180 / π = 60,5o ≡ π / 3
Assim podemos declarar que:
Os circuitos resistivos não provocam
Quando aplicamos uma onda elétrica de
modificações na fase da corrente em
tensão em uma carga de natureza
relação a fase da tensão
capacitiva, a onda elétrica de corrente
Os circuitos predominantemente
sofre um deslocamento para a esquerda,
indutivos atrasam a onda de corrente em
indicando que ela passa a ocorrer antes da
relação a onda de tensão.
onda elétrica de tensão, ou seja a onda
Os circuitos predominantemente
elétrica de corrente adianta em relação a
capacitivos adiantam a onda de corrente
onda elétrica de tensão. Isso é mostrado
em relação a onda de tensão.
na figura 4.
Estes são os três tipos de cargas básicos
A quantidade de deslocamento da onda de
em circuitos elétricos, ou seja, as cargas
corrente em relação a onda de tensão
ôhmicas ou resistivas, as cargas indutivas
depende das quantidades resistivas,
e as cargas capacitiva. Cada um destes
indutivas e capacitivas envolvidas.
tipos de cargas têm suas próprias
Quando escrevemos a equação de uma
características sendo que a carga resistiva
onda de tensão ou corrente em função do
não armazena energia, mas transforma a
tempo, a quantidade que precede a
energia elétrica em calor em um processo
expressão corresponde ao valor de pico
denominado EFEITO JOULE. Os
da onda. Assim a expressão abaixo indica
indutores armazenam a energia elétrica da
que o valor de pico da corrente é 50A e
corrente que os atravessa na forma de
como a onda é senoidal o seu valor eficaz
campos magnéticos gerados pela
é obtido dividindo o valor de pico por
passagem desta corrente por eles, já os
capacitores armazenam a energia elétrica 2 . Assim
i (t ) = 50 * sen(377 * t )

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e o seu valor eficaz é Note que o mesmo valor poderia ser
I = 50 2 = 35,355 A obtido pelo produto dos valores eficazes
da tensão e da corrente.
A POTÊNCIA RELACIONADA COM A 311,12 50
P= = 7778Watts
ONDA ELÉTRICA 2 2
Este resultado é possível porque as duas
A potência transportada pelas ondas de ondas estão absolutamente em fase.
tensão e corrente corresponde ao valor Exemplo 2.
médio da energia contida nas duas ondas Vamos admitir que a onda de corrente
e pode ser calculada da seguinte forma: esteja com a fase atrasada com relação a
1
T onda de tensão, na forma
P = ∫ v(t )i (t )dt (1) i (t ) = 50 * sen(377 * t − π / 3)
T 0
note que ωT = 2π e que T = 1 / f
e recebe o nome de potência ativa e é
medida em Watts que corresponde a taxa onde ω = 2πf = 377rad / s
de transmissão de energia por unidade de para f = 60 Hz ⇒ T = 16,667ms
tempo ou Joules/segundo enviada para a A potência ativa pode ser calculada por
carga. 1
T

T ∫0
Seja a onda de tensão dada por P = 15556 * sen(ω * t ) * sen(ω * t − π / 3)dt
e(t ) = E p sen(ωt + θ ) e a onda de corrente
como
dada por i (t ) = I p sen(ωt + ϕ ) , então a cos ϕ − cos(2ωt − ϕ )
sen(ωt ) sen(ωt − ϕ ) =
potência ativa fornecida pela fonte será, 2
T
P = ∫ (E p sen(ωt + θ ) * I p sen(ωt + ϕ ))dt
1 então
15556 cos(π / 3) − cos(2 * 377t − π / 3)
T
T 0
T ∫0
P= dt
resolvendo esta equação, 2
15556 cos(π / 3) 311,12 50
EpI p Ep I p P= T= cos(π / 3)
P= cos(ϕ − θ ) = cos(ϕ − θ ) 2T 2 2
2 2 2 P = 7778Watts
Observe que neste caso, onde a corrente
Exemplo1. está defasada em relação a tensão, o
Seja i (t ) = 50 * sen(377 * t ) a onda de produto dos valores eficazes da corrente e
corrente em um componente elétrico da tensão não corresponde ao valor da
puramente resistivo e seja a tensão sobre potência transferida efetivamente para a
o mesmo e(t ) = 311,12 * sen(377 * t ) carga. Neste caso damos ao valor desta
então a potência ativa neste componente potência o nome de potência aparente. Ao
será termo co-senoidal que multiplica a
2π / 377 potência aparente, damos o nome de fator
377
P=
2π 0 ∫ 15556 * sen 2 (377 * t )dt de potência, porém esta definição de fator
de potência é válida apenas para
1 − cos 2 * 377 * t circuitos que operem com formas de onda
note que sen 2 (377 * t ) = estritamente senoidais ou co-senoidais.
2
Assim Em geral a potência aparente é
1 2π denominada S e pode ser calculada a
P = 60 * 15556 * = 7778Watts
2 377

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partir dos valores eficazes da tensão e da Questão para consideração.
corrente. Note que em circuitos onde a onda de
311,12 50 corrente está atrasada em relação a onda
S = V RMS I RMS = * = 7778VA de tensão, o valor eficaz da corrente não
2 2
Note que a unidade desta potência é VA diminui. Qual seria o efeito disto nos
ou Volt-Ampere. equipamentos de transmissão de energia
O caso mais geral da potência aparente é elétrica para alimentar cargas com
a potência complexa, da qual a potência defasagens muito grandes entre as duas
aparente é o módulo. A potência aparente ondas? Se você fosse o proprietário de
é uma grandeza fasorial e é dada por, uma concessionária de energia elétrica,
como você lidaria com isto?
Sˆ = Eˆ Iˆ ∗
onde I ∗ é o valor complexo conjugado do ANÁLISE DAS COMPONENTES
fasor corrente eficaz fornecida por um ELÉTRICAS EM REGIME SENOIDAL
gerador e Ê é o fasor valor eficaz da
tensão fornecida pelo gerador. Vamos tratar agora do comportamento
()
Note que P = Re S = E I cos(ϕ − θ ) ,
ˆ ˆ ˆ das ondas elétricas com formas de onda
senoidais ou co-senoidais, assim quando
onde θ é a fase da tensão e ϕ é a fase da falarmos de regime senoidal, a função
corrente. descritora poderá ser também co-senoidal,
porém em qualquer caso consideraremos
Exercício a tensão de pico e a freqüência
Dadas as expressões das correntes e das constantes admitindo que todos os
tensões em duas fontes senoidais componentes do circuito que armazenam
determinar qual é o circuito energia (capacitores e indutores) estejam
predominantemente capacitivo e o previamente energizados, ou seja que não
predominantemente indutivo. Calcular as hajam componentes de energização
tensões e correntes eficazes de cada transitórias no circuito. Quando
circuito, as potências aparentes e eficazes admitimos estas hipóteses podemos
e o fator de potência de cada circuito. passar a trabalhar com entidades
Circuito 1. matemáticas denominadas fasores na
v(t ) = 155,560 * sen(377t + 30 o ) V nossa análise. Os FASORES devem ser
i (t ) = 70 * sen(377 − 15 ) A o utilizados apenas quando é possível
admitir um comportamento de regime
Circuito 2
estacionário para o circuito. Isto acontece
v(t ) = 311,12 * sen(377 − 30 o ) V nos circuitos de corrente alternada com
i (t ) = 70 * sen(377 * t + 30 0 ) A tensão de pico e freqüência constantes, o
Ainda no exercício acima, calcular o que sob as condições de linearidade da
módulo da impedância resultante de cada carga deverão gerar correntes senoidais
circuito Z equ . utilizando a lei de Ohm ou co-senoidais com valores de pico
constantes e de mesma freqüência.
V pico Veficaz
onde Z equ. = = .
I pico I eficaz OS ELEMENTOS DE CIRCUITO
Consideraremos primeiramente as fontes
de tensão dos circuitos elétricos em geral.
As fontes de potencial podem fornecer:
tensão contínua, quando o valor da tensão

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fornecida é invariável com relação ao capacitiva na convenção receptor e (d)
tempo, tensão senoidal, que carga resistiva na convenção receptor.
correspondem as fontes de tensão Na figura 6 podemos observar a relação
alternada e quando não temos uma função entre as convenções gerador e receptor de
descritora do formato da onda elétrica de energia elétrica, assim quando
tensão em função do tempo, usamos um consideramos um resistor na convenção
símbolo genérico para representar a fonte gerador a corrente no mesmo deve ser
de potencial. A figura 5 mostra as negativa pois isto corresponde a situação
representações para as diversas fontes de real.
tensão. A polaridade mostrada indica Para os geradores de ondas senoidais a
como devemos representar o potencial da operação com característica gerador
fonte quando a analisamos utilizando os ocorre se a defasagem entre a onda de
teoremas das redes elétricas. tensão ( θ ) e a onda de corrente ( ϕ ) for
90o < θ − ϕ < −90o , caso contrário será
+ + E + receptor.
Im
e(t) e(t) ~ -
- -

Região
Receptor

(a) (b) (c)


Figura 5 – Símbolos para as fontes de
Região
90 ^
Gerador E= E θ
^ I ϕ ϕ
tensões nos circuitos (a) Fonte de tensão I= θ Re
geral em função do tempo (qualquer
forma de onda), (b) Fonte de tensão
senoidal/co-senoidal, (c) Fonte de tensão
constante (contínua).

Em geral temos bastante liberdade para


definir o potencial nos elementos de um Figura 7 – Diagrama de fasores
circuito, porém é de praxe utilizarmos característico de operação gerador.
sempre as mesmas polaridades para os
diversos elementos de circuito, invertidas Os elementos de circuito devem ser
em relação ao potencial das fontes, isto conectados para a realização de circuitos
indica que a fonte é uma produtora de elétricos, assim podemos ter dois tipos
energia e os elementos são receptores de básicos de circuitos (a) o circuito série e
energia. (b) o circuito paralelo, os outros circuitos
i(t) i(t) i(t)
i(t) são associações destes dois.
+
+ No circuito com elementos em série a
+
+ corrente em todos os elementos de
e(t) ~
-
e (t)
L e (t)
C -
e (t)
R
circuito, inclusive a fonte é a mesma,
-
-
porém a tensão e cada elemento depende
de suas características em relação a
(a) (b) (c) (d) corrente que o atravessa. Assim a tensão
Figura 6 – (a) Gerador de tensão alternada sobre um resistor é o produto de sua
(senoidal) na convenção gerador (b) carga resistência e da corrente que o atravessa.
indutiva na convenção receptor, (c) carga

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-
i(t)

+
eL (t) -

+
e (t)
L
+ Figura 10 – A diferença de potencial em
+ um indutor provocada por uma corrente
e(t) ~ e (t)
R i(t).
- Para o caso do indutor a relação entre a
-
tensão sobre o mesmo e a corrente que o
e (t)
C
atravessa é dada por
di (t )
-
e L (t ) = L (3)
+

dt
Figura 8 – Um circuito elétrico de esta mesma expressão pode ser escrita no
corrente alternada em série. domínio da freqüência complexa
utilizando o operador complexo de
e (t)
R
Laplace s
+
- E L ( s ) = LsI ( s ) − i (0) (4)
i(t) onde i(0) é a corrente no momento em
Figura 9 – A diferença de potencial sobre inicial do período de tempo sob análise.
um resistor provocada por uma corrente Para o caso de aplicação de tensão
i(t). senoidal sobre o indutor, s assume o valor
jω, assim
Em um resistor a diferença de potencial é Eˆ L = jωLIˆ = jX L Iˆ (5)
dada pela lei de Ohm
Nas expressões acima, vemos em (4) que
e(t ) = Ri (t ) (2)
o termo sL corresponde a uma
não importa qual seja a forma de onda da impedância complexa cuja unidade é
corrente desde que o resistor esteja Ohm e pode ser utilizada com qualquer
operando dentro de sua região de forma de onda de tensão ou corrente, ou
especificação, ou seja dissipando potência seja é uma expressão geral para a
menor ou igual a especificada por seu reatância indutiva, já na expressão (5)
fabricante. Esta expressão indica que o temos uma aplicação particular da
resistor é um elemento de circuito linear. reatância indutiva válida apenas para
Para um indutor a relação é diferente pois formas de onda senoidais e que é bastante
a tensão sobre o mesmo depende sempre utilizada em circuitos de corrente
da taxa de variação da corrente sobre ele. alternada e cuja validade pode ser
Se a taxa de variação for “suave” a demonstrada com facilidade. Observe que
variação de tensão será suave, porém para na expressão (5) introduzimos uma na
variações “bruscas” de corrente como é o entidade matemática com acento
caso de um desligamento de circuito ou circunflexo denominada fasor e que será
comutação com um elemento explica logo a seguir.
semicondutor de chaveamento então a Seja i L (t ) = Im* sen(ωt ) a corrente
variação de tensão será alta, com possível
aplicada em um indutor, então a
geração de sobre-tensões transitórias que
expressão da tensão sobre o mesmo esta
podem danificar máquinas e
equipamentos elétricos. vinculada a i L (t ) por
di (t )
e L (t ) = L = ωLI m cos(ωt ) (5)
dt

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o que equivale a Observe que I m corresponde a ao valor
e L (t ) = ωLI m sen(ωt + 90 0 ) (6) particular de uma fase de Iˆ .
Note que a tensão sobre o indutor adianta O mesmo raciocínio utilizado para os
a corrente em 90o, ou seja, que a corrente indutores pode ser utilizado para os
atrasa de 90o em relação a tensão. capacitores.
A relação entre a tensão e a corrente em
O QUADRO GIRANTE COM um capacitor é dada pela expressão
VELOCIDADE ANGULAR CONSTANTE 1
t
ec (t ) = ∫ i (t )dt (8)
Vamos admitir que tenhamos uma C t 0

máquina fotográfica competente para tirar que no domínio complexo para


fotografias sincronizadas com a uma forma de onda arbitrária de corrente
freqüência da rede elétrica de modo que pode ser escrita,
toda vez que a onda de tensão senoidal 1
EC ( s) = I m ( s) (9)
inicie seu ciclo uma foto seja tirada. sC
Observe que os osciloscópios são capazes e (t)
C
de fazer isto. Se a hipótese do i(t)
-
sincronismo for verdadeira então

+
ωt = kωT = k 2π onde k é um inteiro
positivo e corresponde ao número da foto Figura 11 – A diferença de potencial em
que está sendo tirada no k’ésimo instante. um capacitor provocada por uma corrente
Isto torna a expressão (6) em i(t).
e L (kT ) = ωLsen(k 2π + 90) I m = Se a corrente aplicada no capacitor for
senoidal da forma, iC (t ) = Im* sen(ωt )
ωLI m e j ( k 2π +90 ) = jωLI m = jX L I m
então a tensão sobre o capacitor será,
Usaremos a partir de agora o mapeamento
Im t I
e L (kT ) → Eˆ L eC (t ) = ∫
C t0
sen(ωτ )dτ = − m cos(ω (t − t 0 ))
ωC
este mapeamento transforma valores
escalares em função do tempo em uma para t 0 = 0 e
entidade denominada fasor cuja única − cos(ωt ) = sen(ωt + 270) = sen(ωt − 90)
preocupação é mostrar a amplitude de I
uma onda senoidal, seja em termos de eC (t ) = m sen(ωt − 90)
valores de pico ou de valores eficazes, e ωC
suas respectivas fases dentro de um ciclo nesta expressão é possível notar que a
da rede, o qual subentende-se que seja onda de tensão está atrasada de 90 graus
igual aos ciclos anteriores e posteriores a elétricos em relação a onda de corrente,
ele, por isso é fundamental que os fasores ou seja, a onda de corrente , nos
sejam empregados apenas nas condições capacitores adianta de 90o em relação a
de regime estacionário. Assim teremos a onda de tensão. Utilizando o mapeamento
expressão já utilizado para os indutores podemos
escrever para os capacitores,
Eˆ L = jX L I m (7) I
como queríamos demonstrar. ec(kT ) → Eˆ C = m e j ( k 2π −90 ) =
ωC
De forma geral podemos escrever
Im
Eˆ L = jX L IˆL (8) −j = − jX C I m
ωC
ou de forma geral

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Eˆ C = − jX C IˆC (10) transformada de Laplace da derivada e
1 / s é a transformada de Laplace da
observe que em particular
integral.
Iˆ = Ie jθ = I m e j 90 , assim a tensão sobre o Se admitirmos o comportamento
capacitor na condição em que a fase da senoidal ou harmônico das componentes
corrente é +90o será que integram o circuito, na condição de
ˆ
E = X C I me j ( 90 −90 )
= X C I me . j0
operação em regime, podemos utilizar o
Quando a fase da corrente em um conceito de fasor que já aprendemos para
o
capacitor for +90 , a tensão sobre o resolver a corrente de malha. Lembre-se
o
mesmo será 0 , ou seja estará 90 atrasada o sempre que o operador de Laplace é uma
em relação a corrente. forma mais geral de escrita do termo jω ,
ou seja s = σ + jω quando o termo
σ = 0 . Assim

Iˆ = =
R + jωL + 1 /( jωC )
A LEI DAS MALHAS DE KIRCHHOFF
Eˆ Eˆ
Iˆ = =
“A soma algébrica das tensões R + jX L − jX C R + j ( X L − X C )
instantâneas dentro uma malha fechada   X − X C 
j  FasedeEˆ − arctan  L
em um circuito elétrico sempre é zero”. E 
Iˆ = e   R 
Ou matematicamente R + (X L − X C )
2 2
n

∑ ek = 0 A figura 11 mostra as relações entre as


k =1 onda de tensão nos vários elementos do
onde n é o número de elementos contidos circuito em relação a corrente, que é a
na malha, sejam estes elementos fontes de mesma em todos os elementos – ESTA É
potencial ou elementos passivos, tais A CARACTERÍSTICA DOS CIRCUITOS
como resistores, indutores ou capacitores. EM SÉRIE.
Aplicando este conceito no circuito da 400
Formas de onda no circuito RLC senoidal - f=60Hz Vfonte=220Vrms

figura 7, podemos escrever,


Formas de onda da corrente e das tensões no circuito

300 efonte
t
di (t ) 1
− e(t ) + Ri (t ) + L + ∫ i (t )dt = 0 200 eresistor

dt C t0 100

Observe que esta é uma equação integro- 0


corrente

diferencial, um pouco difícil de resolver -100 ecapacitor

no nosso estágio, porém esta equação -200 eindutor

pode ser algebrizada utilizando os -300

conceitos da transformada de Laplace, -400


assim, sob condições iniciais nulas, 0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012
Tempo em segundo
0.014 0.016 0.018

I ( s) Figura 12 – Formas de onda da corrente e


− E ( s ) + RI ( s ) + sLI ( s ) + =0
sC das tensões no circuito RLC série com
Daí, obtemos a corrente fonte senoidal
E ( s)
I (s) =
R + sL + 1 sC Exercício.
onde E(s) é a transformada de Laplace da Um circuito RLC em série é excitado por
uma fonte de tesão senoidal de 220VRMS
forma de onda da tensão da fonte, s é a
com freqüência de 60Hz. Se o resistor for

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de 3,2Ω, o indutor de 0,0106H e o ou no domínio do tempo,
capacitor de 2700µF, calcular a corrente e e L (t ) = 284,16 sen(377t + 46,85 o )(V )
a diferença de potencial sobre todos os A tensão no capacitor pode ser calculada
elementos de circuito. Ver figura 7. na forma,
Solução.
Eˆ C = jX C Iˆ = 1e − j 90 * 50,23e − j 43,15
o o

Como a fonte de tensão é senoida com


220V eficazes, então seu valor de pico
o
= 50,23e − j133,15 ( A)
será, 2 * 220 = 311,12V e sua que no domínio do tempo será,
freqüência angular ω = 2πf = 377rad / s . eC (t ) = 2 * 50,23sen(377t − 133,14 o )(V )
Se admitirmos que sua fase inicial é 0o, As formas de onda deste exercício são
então podemos escrever uma expressão mostradas na figura 11, obviamente no
para a onda de tensão na forma, domínio do tempo.
e(t ) = 311,12 * sen(377 * t ) . Im

E L=200,92 46,85
Como a onda é senoidal, os conceitos de
reatância indutiva e reatância capacitiva
se aplicam, assim podemos escrever
E= 220 0
X L = ωL = 377 * 0,0106 = 4 e para a
46,85
Re
43,15

reatância capacitiva X C = 1 /(ωC ) = 1Ω.


133,15
E C =50,23 -133,15 I= 50,23 43,15

Agora a impedância equivalente do E =160,73 43,15


R
circuito será,
Z = 3,2 + j 4 − j1 = 3,2 + j 3 = Plano de Argand

o
Figura 13 – Diagrama de fasores para o
3,2 2 + 3 2 e j arctan(3 / 3, 2 ) = 4,386e j 43,15 exemplo de circuito RLC em série.
Podemos agora calcular a corrente eficaz CIRCUITOS MULTIMALHAS E A LEI
no circuito, DAS CORRENTES DE KIRCHHOFF
Eˆ 220 e j 0o
Iˆ = = = 50 , 23e − j 43,15o
( A) A lei das malhas ou das tensões de
Z 4,38e j 43,15
o

Kirchhoff pode ser aplicada em qualquer


Podemos mapear imediatamente esta circuito elétrico, porém apenas esta lei
corrente para o domínio do tempo na não permite a solução completa dos
forma, circuitos multimalhas, assim é necessário
i (t ) = 2 * 50,23sen(377t − 43,15 o )( A) o uslo da lei dos nós ou das correntes de
A tensão ou diferença de potencia sobre o Kirchhoff, que declara,
resistor pode ser calculada de forma A soma algébrica das correntes em um nó
direta tanto no domínio do tempo como elétrico sempre é zero.
da freqüência,
Ou matematicamente
Eˆ R = IˆR = 160,73e − j 43,15 (V ) ou
o

e R (t ) = 71,03 * 3,2sen(377t − 43,15 o )(V ) ∑i


k =1
k =0
e R (t ) = 227,31sen(ωt − 41,15 )(V ) o
onde n é o número de ramos conectados a
O fasor de tensão sobre o indutor pode ser um determinado nó elétrico. Vamos fazer
calculado do seguinte modo, algumas definições que se tornam
Eˆ L = IˆjX L = 50,23e − j 43,15 * 4 j 90 necessárias,
o

o
= 200.92e j 46,85 (V )

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_________________________________ entre si constantes, que as duas pulsações
Nó elétrico é o ponto de junção de dois ou ou velocidades angulares sejam iguais
mais ramos elétricos. com valor ω e que os fasores das
Ramos elétricos são as diversas partes de correntes de malha sejam Iˆ1 , Iˆ2 e Iˆ3 .
um circuito que compõem uma malha. L1 E θ2 L3 2
R1
~ -

+
Ie
Nó A Ic Ramo 1 Id Nó B
Ia L2
+ R3
If
E1 θ1
I
Ib ~ I1 2
jI -

R2

Ramo 4 MALHA Ramo 2


L4

I
Im 3
Ig
In Ik
Ip Ih
R4
Ramo 3 Nó C
Nó D
C
Figura 14 – Exemplo de um circuito e Figura 15 – Circuito do exemplo sobre
suas constituintes básicas. correntes fictícias de Maxwell.
Vamos calcular as reatâncias X L1 = ωL1 ,
No nó A temos,
X L 2 = ωL2 , X L 3 = ωL3 , X L 4 = ωL4 e
i a + ib − i c = 0
No nó B temos, que X C = 1 /(ωC ) .
i d + ie − i f + i j = 0 Aplicando o conceito das correntes
No nó C temos, fictícias na malha de Iˆ1 ,
ikl + ih − i g = 0 − Eˆ e jθ1 + jX Iˆ + R Iˆ + jX Iˆ − Iˆ +
1 L1 1 1 1 L2 ( 1 2 )
Finalmente no nó D, (
R2 Iˆ1 − Iˆ2 = 0 )
i p − im − in = 0
Na malha de Iˆ2 ,

O MÉTODO DAS CORRENTES 2 (


R Iˆ − Iˆ + jX
2 1 ) L2 (Iˆ
2 )
− Iˆ1 + E 2 e jθ 2 + R3 Iˆ2 +
FICTÍCIAS DE MAXWELL (
jX L 4 Iˆ2 − Iˆ3 = 0 )
Na malha de Iˆ ,
O método de Maxwell é bastante indicado 3

quando analisamos circuito com malhas − jX C Iˆ3 + R4 Iˆ3 + jX L 4 Iˆ3 − Iˆ2 = 0 ( )


múltiplas uma vez que ele reduz no
Vamos admitir que Eˆ = 220e j 0 V
o

1 RMS ,
número de equações necessárias para a
determinação das correntes de um Eˆ 2 = 110e − j 45o
V RMS , R1 = 2Ω , R2 = 2,5Ω ,
determinado circuito. R3 = 1Ω , R4 = 3Ω , L1 = 4mH ,
L2 = 8mH , L3 = 6mH , L4 = 10mH e o
Exemplo.
Vamos aplicar o método das correntes capacitor seja de 442µF, assumindo que a
fictícias no circuito abaixo. Por inspeção freqüência das duas fontes seja de 60Hz e
podemos verificar que o circuito tem três que ambas estão sincronizadas, podemos
malhas principais, vamos admitir que as calcular,
duas fontes de tensão estejam X L1 = 377 * 4.10 −3 = 1,508Ω
sincronizadas mantendo as defasagens

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X L 2 = 377 * 8.10 −3 = 3,016Ω S 2 = E 2 * I 2 = 110 * 9,9619 = 1095,81VA
−3
X L 3 = 377 * 6.10 = 2,262Ω Pela observação do circuito, podemos
verificar por inspeção que a fonte
X L 4 = 377 * 10.10 −3 = 3,77Ω
E 2 está operando na convenção receptor
X C = 1 /(377 * 442.10 −6 ) = 6,00Ω como S 2 = 1095,81VA , a potência ativa
Utilizando as expressões já absorvida por esta fonte é dada por,
desenvolvidas, PE 2 = S 2 * cos(θ E '2 − θ I 2 ) ou
( j1,508 + 2 + j3,016 + 2,5)Iˆ1 − (2,5 + j3,016)Iˆ2 P = 1095,81cos(−45 − (−3,143)) = 816,17W
E2
= 220e j 0 A potência ativa fornecida pela fonte E1
é
− (2,5 + j 3,016 )Iˆ1 + (2,5 + j 3,016 + 1 + j 2,262 + S cos θ = 8556,46 * cos(38,526) = 6693,93W
1 1

j 3,77) Iˆ2 − j 3,77 Iˆ3 = −110e j 45


o
Esta potência ativa deve ser igual a
potência ativa absorvida pela fonte E 2
− j 3,77 Iˆ2 + (3 + j 3,77 − j 6 )Iˆ3 = 0 somada a todas as potências dissipadas
pelos resistores, ou seja,
que na forma matricial fica,
6693,93 = 816,17 + 5877,64 como esta
identidade se mantém, a menos de uma
pequena diferença nas casas decimais
  Iˆ   
220
 4,5 + j 4,524 − 2,5 − j 3,016 0 
    1

− j 3,77   Iˆ  = − 110e
− j 45o

devido as aproximações, concluímos que
− 2,5 − j 3,016 3,5 + j 9,048   nosso circuito está com solução correta.
2

 0 − j 3,77  
3 − j 2,23 I ˆ  0
  
3
   Im
−1
    
4 , 5 + j 4 , 524 − 2 , 5 − j 3, 016 220 Iˆ1
 0
− j 45o
    
− 2 , 5 − j 3, 016 3, 5 + j 9 , 048 − j 3, 77 −110 e = Iˆ2
 0 − j 3, 77 3− j 2 , 23
 0
   I3=10,047
Iˆ3 123,48

Resolvendo esta equação matricial E = 220 0


1 Re
obtemos, I2=9,962 -3,143

I =38,893 -38,53
Iˆ1 = 38,893e − j 38,526 ( A)
o 1

Iˆ = 9,962e − j 3,143 ( A)
o E 2 =110 -45
2
Figura 16 - Diagrama de fasores para o
Iˆ3 = 10,0457e j123, 49 ( A)
o

exemplo de uso das correntes fictícias de


A potência dissipada nos resistores é, Maxwel.
2
PR1 = I 1 * R1 = 38,893 2 * 2 = 3025,33W
2 O TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO
PR 2 = Iˆ1 − Iˆ2 R2 = 31,307 2 * 2,5 = 2450,32W
2 Uma outra ferramenta opcional para
PR 3 = I 2 * R3 = 9,962 2 * 1 = 99,241W
análise de circuitos lineares é o teorema
2
PR 4 = I 3 * R4 = 10,0457 2 * 3 = 302,75W da superposição, nele se declara que as
4 correntes em cada ramo, ou malha de
PRTotal = ∑ PRk = 5877,64W circuito é resultante de cada fonte de
k =1
potencial isolada de circuito analisada
Podemos confrontar esta potência separadamente com as outras fontes
calculando as potências fornecidas pelas curto-circuitadas. Vamos tomar o circuito
duas fontes. do exemplo das correntes fictícias e
S1 = E1 * I 1 = 220 * 38,893 = 8556,46VA analisá-lo para cada fonte de tensão

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separadamente. Primeiro vamos analisar o Eˆ j 3,77 = 85,563e j 7 , 46 (V )
o

os efeitos da fonte de 220V,


j1,508 Ω 2Ω j2,262 Ω da qual pode-se obter as correntes IˆD e
IA I Iˆ . C E
o
j3,016 Ω j 7 , 46
220 0
+

~ IB 1Ω ˆI = 85,56e o
= 23,125e − j 82,54 ( A)
D
-

2,5 Ω
j 3,77
ID o
85,56e j 7 , 46
IˆE =
o
= 12,755e j 70,897 ( A)
j3,77 3− J6

As correntes devido a outra fonte podem


IE
3Ω -j6,00 Ω
ser calculadas a partir do circuito abaixo,
j1,508 Ω 2Ω 110 -45 j2,262 Ω
~ -

Figura 17 – Análise do efeito da fonte de

+
220V IG IF
j3,016 Ω
A impedância equivalente vista pelos 1Ω
terminais da fonte é, IH
Z eq.220 = 2 + j1,508 + (2,5 + j 3,016) //(1 + j 2,262 + 2,5 Ω
IK
j 3,77 //(3 − j 6))
j3,77
Z eq.220 = 2 + j1,508 + (2,5 + j 3,016) //(4,0515 + j8,3)
o
Z eq.220 = 5,211e j 46,14 Ω
-j6,00 Ω IL
A corrente que passa pela fonte é, 3Ω
j 0o
ˆI = 220e = 42, 213 e − 46 ,14o
( A) Figura 18 – Circuito correspondente a
A o
5,211e j 46,14 fonte de 110V.
A tensão sobre o ramo (2,5 + j 3,016) e A impedância equivalente deste circuito
todos os outros em paralelo com ele é, será 1+j2,262 em série com (3-j6)//j3,77
Eˆ 2,5+ j 3,016 = 220e j 0 − Iˆ A * (2 + j1,508)
o
em série com (2+j1,508)//(2,5+j3,016),
o
que resulta em,
= 116,8105e j 8, 254 (V ) o
Z eq110V = 10,6796e j 60,92 (Ω)
A corrente no ramo (2,5 + j 3,016) será, o
110e − j 45
IˆF =
o
116,809e j 8, 253o
= 10,3e − j105,92 ( A)
IˆB =
o
= 29,818e − j 42, 092 ( A) 10,679e 60 , 92o
2,5 + j 3,016
A tensão sobre os ramos paralelos (3-
A corrente Iˆ pode ser calculada de,
C j6)//j3,77 pode ser calculada diretamente
de,
o
116,809e j 8, 253
IˆC =
j 3,77 * (3 − j 6,00) Eˆ j 3,77 //( 3− j 6 ) = IˆF * (3 − j 6) // j 3,77
1 + j 2,265 +
3 + j (3,77 − 6,00) Eˆ j 3,77 //( 3− j 6 ) = 67,393e j 60, 05 (V )
o

IˆC = 12,646e − j 55,73 ( A)


o

Da mesma forma a tensão sobre o conjuto


A tensão sobre a reatância de j 3,77Ω em paralelo (2+j1,508)//(2,5+j3,016) é
Pode ser calculada da seguinte forma, dado por,
Eˆ j 3,77 = 116,809e j 8, 253 − IˆC (1 + j 2,262)

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Eˆ (2+ j1,508)//(2,5+ j3,016) =
O TEOREMA DE THEVENIN
IˆF * (2 + j1,508)//(2,5 + j3,016)
Eˆ (2+ j1,508)//(2,5+ j3,016) = 15,839e − j 63,71 (V )
o
Outra ferramenta básica para a análise de
circuitos elétricos é o teorema de
A partir destas tensções podemos calcular Thevenin e a metodologia para sua
as correntes IˆG , IˆH , IˆK e IˆL do aplicação é:
seguinte modo, • Separe o ramo de circuito no qual
Eˆ − j 63, 71o há interesse em se analisar, chame
ˆI = ( 2+ j1,508) //( 2,5+ j 3,016) = 15,839e a tensão os pontos deixados em
G
2 + j1,508 2 + j1,508 vazio de VTh .
Iˆ = 6,323e
o
− j 100 , 73
G ( A) • Determine a tensão VTh entre os
pontos abertos.
Eˆ ( 2+ j1,508) //( 2,5+ j 3,016 )
o
15,839e − j 63, 71 • Curto-circuite todas as fontes de
IˆH = =
2,5 + j 3,016 2,5 + j 3,016 tensão e abra todas as fontes de
corrente que porventura existam
IˆH = 4,043e − j114,054 ( A)
o

no circuito.
• Calcule a impedância vista pelo
Eˆ j 3,77 //( 3− j 6 ) 67,393e j 60 , 05o
terminais abertos conectados antes
IˆK = = na carga sob análise, chame a esta
j 3,77 j 3,77
impedância de Z Th .
IˆK = 17,876e − j 29,95 ( A)
o

• Agora temos um circuito com


Eˆ j 60 , 05o
ˆI = j 3, 77 //( 3− j 6 ) = 67,393e uma fonte de tensão VTh e uma
L
3 − j6 3 − j6 impedância conectada em série
Iˆ = 10,046e Z Th correspondente a toda a rede
o
j 123 , 48
L ( A)
Para se obter a corrente real no circuito anterior conectada a carga.
basta escolher qual é o ramo no qual Coloque a carga sob análise
estamos interessados e aplicar a soma novamente neste circuito
algébrica das correntes calculadas nos equivalente e calcule as correntes
dois circuito, por exemplo a corrente do e tensões e potências em seus
ramo onde se encontra a fonte de elementos.
o
110e − j 45 V, se escolhermos a direção de
Vamos utilizar o exemplo das
IˆF como positiva, então a corrente correntes fictícias de Maxwell para
resultante no circuito completo é, demonstrar o uso do teorema de
IˆFonte110V = IˆF − IˆC = Thevenin. Suponha que queiramos
o o fazer uma análise do ramo que
10,3e − j105,92 − 12,646e − j 55,73 =
contém R2 e L2 , assim retiramos este
o
9,961e j176,86 ( A) ramo do circuito que ficará como é
Compare este resultado com o do mostrado abaixo.
exemplo com o método das corrente
fictícias, observe que “chutamos” a
corrente invertida em relação a daquele
exemplo, por isso o resultado da fase foi
deslocado de 180o.

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j1,508Ω 110 −45 V j2,262Ω
2Ω ~ -

+
Em algumas circunstâncias o teorema
j3,016 Ω
+
1Ω de Thevenin pode auxiliar bastante na
~ 220 0 V V
-
Th
I1 2,5 Ω resolução de problemas mais pontuais
de redes e máquinas elétricas.
j3,77Ω
Carga sob análise
O USO DA ANÁLISE NODAL
I
2

3Ω
Em algumas aplicações, quando
temos um nó comum a muitos outros
-j6,00 Ω

Figura 19 – Análise de Thevenin.


nós, fica interessante utilizar a análise
nodal na solução de problemas de
Utilizando o método de Maxwell.
circuitos elétricos, vamos demonstrar
podemos calcular as corrente Iˆ1 e Iˆ2 . através de um exercício, tal situação,
3 + j 7,54 − j 3,77   Iˆ1  220e j 0 − 110e − j 45 
o jXL1 V1 -jX C2 R3 jX L3
R1 V2

 − 3,77   =  
 3 − j 2,23  Iˆ2   0  I1 I3 I4 jX L2 I6
I2 R2
I5
De onde obtemos.
+

E 1 θ1 R5
~
R4
Iˆ1 = 14,065e
-
− j 29 , 651o
A -jX C1
0V
Iˆ2 = 14,185e j 96 , 97 o
A
VTh = 220e j 0 − (2 + j1,508) Iˆ1 = 185,116e − j1, 4
o
Figura 21 - Circuito com um nó
Z Th = (2 + j1,508) //[1 + j 2,262 + ((3 − j 6) // j 3,77 )] = comum a vários outros.
o
2,00741e j 42 , 672 Ω = 1,4759 + j1,3606 Na figura 18, vemos que embora o
j0,07898 Ω
0,7975 Ω
circuito tenha três malhas principais
Z Th assim como três nós, um dos nós é
j3,016 Ω comum e podemos associar ao mesmo
+

E
Th ~ 185,116 -1,4 V
I um potencia de referência,
-
2,5 Ω normalmente zero, e passamos a
montar as equações das correntes nos
nós.
Figura 20 – O circuito equivalente de A equação do nó 1 é,
Thevenin. Iˆ1 + Iˆ2 + Iˆ3 = 0
Vˆ1 − Eˆ 1 Vˆ1 Vˆ − Vˆ2
+ + 1 =0
A corrente na carga será: R1 + jX L1 R2 − jX C1 R3 − jX C 2
Eˆ Th
Iˆ = =
Z Th + Z c arg a _ análise A equação do nó 2 é,
185,116e − j 1, 4
o Iˆ4 + Iˆ5 + Iˆ6 = 0
= 31,307e − j 49 ,147 ( A)
1,4759 + j1,3606 + 2,5 + j 3,016
Vˆ2 − Vˆ1 Vˆ2 Vˆ2
Compare esta corrente com a do + + =0
R3 − jX C 2 R 4 + jX L 2 R5 + jX L 3
exercício sobre correntes fictícias, ela
equivale a Com isto fica relativamente simples
ˆI − Iˆ = 38,893e −38,526o − 9,962e − j 3,143o montar uma matriz de admitâncias e
1 2 resolver o problema da forma já
o
= 31,307e − j 49,14 ( A) utilizada anteriormente.

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Exemplo. A potência dissipada pelo resistor R3
Para o circuito mostrado na figura 18 pode ser calculada de,
temos Eˆ 1 = 200e j 0 VRMS com
o
2
Vˆ1 − Vˆ2
freqüência de 60Hz, R1 = 2Ω , PR 3 = * R3 = 1751,64W
R3 − jX C 2
R2 = 3Ω , R3 = 4Ω , R4 = 1,5Ω ,
a potência dissipada em R1 será,
R5 = 1Ω , L1 = 0,01H , L2 = 0,008 H , 2

L3 = 0,007 H , C1 = 662 µF e Eˆ 1 − Vˆ1


PR1 = * R1 = 4612,03W
R1 − jX L1
C 2 = 442µF , calcular a potência
dissipada no resistor R4 . a potência dissipada em R2 será,
2
Vˆ2
X L1 = 2πfL1 = 377 * 0,01 = 3,77Ω PR 2 = * R2 = 2222,88W
R2 − jX C1
X L 2 = 377 * 0,008 = 3,016Ω
finalmente a potência dissipada em
X L 3 = 377 * 0,007 = 2,639Ω R será, 5
X C1 = 1 /(377 * 662.10 −6 = 4,007Ω 2
Vˆ2
−6
X C 2 = 1 /(377 * 442.10 ) = 6,00Ω PR 5 = R5 = 130,02W
R5 + jX L 3
Utilizando as expressões já
desenvolvidas acima podemos A soma das potências dissipadas pelos
escrever, resistores é 8853,5W, e a potência
ativa fornecida pelo gerador pode ser
Vˆ1 − 200e j 0 Vˆ1 Vˆ − Vˆ2 calculada pelo produto da tensão
+ + 1 =0
2 + j 3,77 3 − j 4 4 − j6 gerada e da corrente que fornecida
Vˆ2 − Vˆ1 Vˆ2 Vˆ2 pelo mesmo, Iˆ1 que pode ser
+ + =0
4 − j 6 1,5 + j 3,016 1 + j 2,639 calculada da seguinte forma,
assim, o o
200e j 0 − 136,103e − j 72,33
0,31427e j12,57oVˆ − 0,1387e j 56,31o Vˆ = 46,864e − j 62,05o
Iˆ1 =
 1 2
2 + j 3,77

Iˆ = 48,02e 22,80 ( A)
o
o − j
− 0,1387e Vˆ1 + 0,58662e Vˆ2 = 0
o
j 56 , 31 − j 55, 21
1

A potência ativa fornecida pela fonte
Resolvendo o sistema acima obtemos, pode ser calculada da forma,
Vˆ1 = 136,103e − j 72,33 (V )
o P = E1 I 1 cos ϕ1 = 200 * 48,02 cos(−22,8 o )
P = 8853,6W
Vˆ2 = 32,180e j 39,18 (V )
o

A corrente no resistor R4 pode ser Este resultado demonstra que o


obtida de, problema foi corretamente resolvido.
Vˆ2 32,180e j 39,18
o
Na análise nodal o uso do inverso das
ˆI = = impedâncias dos ramos das malhas é,
5
R4 + jX L 2 1,5 + j3,016
as vezes, mais interessante do que
Iˆ = 9,553e − j 24,38 ( A)
o

5 trabalhar com as impedâncias,


logo a potência dissipada por R4 será, trabalhar diretamente com seus
2
inversos as admitâncias, assim, no
PR 4 = Iˆ5 R4 = 9,553 2 *1,5 = 136,9W exemplo acima escreveríamos,

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1 o isto não é verdadeiro para uma forma
Y1 = = 0,2343e − j 62,054 ( S ) de onda diferente, triangular por
R1 + X L1
exemplo. A quantidade elétrica, seja
1 j 53,130o
Y2 = = 0,2e (S ) ela tensão ou corrente, associada com
R2 − jX C1 uma determinada forma de onda
1 o periódica de período T e cuja função
Y3 = = 0,1387e j 56,31 ( S )
R3 − jX C 2 em relação ao tempo seja descrita por
1 o
f (t ) é dada pela média da raiz
Y4 = = 0,2968e − j 63,55 ( S ) quadrada ou root mean square (rms)
R4 + jX L 2
relacionada a seguinte expressão,
1 − j 69 , 25o
Y5 = = 0,3543e (S ) 1
T
R5 + jX L 5 Frms = ∫ ( f (t ) )2 dt
T 0
Daí podemos montar uma matriz de
admitâncias para o problema,
EXEMPLO
−1 Um resistor é alimentado pela onda de
Vˆ1  Y1 + Y2 + Y3 − Y3   Eˆ 1 
ˆ =   corrente elétrica mostrada na figura
V2   − Y3 Y4 + Y5   0  21, se o valor de sua resistência for de
ou já resolvendo a inversão da matriz 0,2Ω, calcular a potência dissipada
sob a forma de calor por este resistor.
f(t)
Vˆ1  1 Y4 + Y5 Y3   Eˆ 1 
ˆ  =   
Y1 + Y2 + Y3   0 
60A
V2  ∆  Y3

onde
-3T/8
2 t
∆ = (Y1 + Y2 + Y3 ) * (Y4 + Y5 ) − Y3 -T/2 0 3T/8 T/2

Será deixada para o aluno a


verificação numérica do método.

VALORES EFICAZES ASSOCIADOS -60A

ÀS ONDAS DE TENSÃO E Figura 22 – Onda de corrente elétrica.


CORRENTE ELÉTRICAS
Vamos determinar as funções nas
Os valores eficazes das ondas de diversas partes componentes do
tensão e corrente têm a ver com a período.
potência que estas ondas podem
− T / 2 < t < −3T / 8 ⇒ f 1 (t ) = −60
transferir da fonte para a carga e
dependem fortemente do tipo de onda 480
− 3T / 8 < t < 3T / 8 ⇒ f 2 (t ) = t
que transporta a energia. Assim 3T
quando lidamos com ondas senoidais 3T / 8 < t < T / 2 ⇒ f 3 (t ) = 60
ou co-senoidais a relação entre o valor
de pico e o valor eficaz é 2 , ou seja, O valor eficaz da onda será,
E pico
= 2
E rms

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – ENGENHARIA
Prof. José Roberto Marques

I rms = (
1 −3T / 8 2
∫ − 60 dt + ∫
T −T / 2
( )
3T / 8 480 2

−3T / 8 3T
T /2
t dt + ∫ 602 dt
3T / 8
)
que devido a simetria gerada pela
função elevada ao quadrado, podemos
escrever,
2  3T / 8  480  
2 T /2
= + 2 dt 
I ∫  t  dt ∫ 60
rms T  0  3T  3T / 8

 

2   480  2 t 3 
3T / 8

+ 60 2 t 3T / 8 
T /2
I =  
rms T   3T  3 0 
 
I rms = 42,42 A
A potência dissipada pelo resistor
será,
P = (I rms ) R = 42,42 2 * 0,2 = 359,9W
2

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