DE ARTE
Ricardo Alexandre Bontempo
E-book 2
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO����������������������������������������������������������� 4
Mas, de quais cores estamos falando?�����������������������������������5
O QUE É COR������������������������������������������������������������ 6
RELAÇÕES E COMBINAÇÕES DE CORES�������� 7
Sistemas de cores��������������������������������������������������������������������7
Teoria da cor�����������������������������������������������������������������������������9
Influência das cores na humanidade������������������������������������15
MONOCROMIA, ISOCROMIA,
POLICROMIA E CONTRASTE����������������������������� 25
EFEITOS PSICOLÓGICOS DA COR������������������� 27
Como as cores podem nos influenciar���������������������������������27
2
Como escolher as cores para logomarcas���������������������������33
Significado das cores para logomarcas��������������������������������34
ESTUDO DE CASO�������������������������������������������������79
O uso das cores em publicidade: um estudo do caso Itaú��79
3
INTRODUÇÃO
A cor é a percepção da luz, uma vez que a luz se
compõe de várias cores. A escolha da opção de ilu-
minação adequada causará mudanças do aspecto
da imagem.
SAIBA MAIS
Para entender o que é renderização, clique aqui.
4
Mas, de quais cores estamos
falando?
O assunto é cor, mas sabe-se que as cores estão
presentes em tudo: roupas, carros, olho, pele, etc.
Cada cor transmite uma sensação e isso pode ser
aplicado nos trabalhos artísticos.
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O QUE É COR
A cor corresponde à percepção da luz, pois a luz se
compõe de várias cores.
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RELAÇÕES E
COMBINAÇÕES DE CORES
Sistemas de cores
O sistema de cores varia de acordo com o meio em
que se trabalha. Ao misturar cores em uma pintura
ou em uma impressão, utiliza-se o sistema subtrati-
vo, no qual são iniciadas com as cores primárias e
finalizadas em preto.
7
SAIBA MAIS
A cor não existe objetivamente, pelo menos não em
qualquer sentido literal. O que existe é a luz - que é
detectada até mesmo pelas medusas, que não tem
cérebro, o que mostra a simplicidade da sensação.
Obviamente você pode qualificar e identificar as
cores, mas elas são inteiramente fabricadas em
nossos cérebros. E a luz, por incrível que pareça,
pode ser transformada em qualquer cor em nossa
mente - como é possível perceber em ilusões de
óptica. A cor é criada com base em nossas experi-
ências passadas. É por isso que vemos as ilusões
de óptica. Quando olhamos para uma imagem que é
consistente com uma experiência passada da “vida
real”, o cérebro se comporta como se os objetos da
imagem ilusória fossem reais, da mesma forma.
A cor tem sido o cerne da evolução por milhões de
anos. Para entender isso, basta pensar na relação
entre os polinizadores e as flores (as flores são
coloridas para benefício próprio) ou nos diferentes
animais que utilizam as cores como forma de se
camuflarem ou de atraírem a atenção - como no
caso do pavão.
Pense nas cores das roupas que você está usando.
Toda a moda, cosméticos e indústrias de design
são baseadas na cor. O que isso significa? Que
nossa percepção da cor moldou o que somos. A
cor, mesmo não existindo fisicamente, moldou o
mundo e a cultura humana.
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Teoria da cor
Teoria das Cores são estudos e experimentos que
estão ligados à associação entre luz e natureza das
cores. Esses estudos foram realizados por diversos ar-
tistas, como Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, Goethe.
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Figura 1: Círculo cromático. Fonte: www.avmakers.com.br.
10
ao contrário do branco, que reflete todas as faixas
de luz.
FIQUE ATENTO
Clique aqui para ver a roda da cor no sistemas
esférico.
11
Estes sistemas de cores têm por objetivo organizar
e racionalizar o estudo das cores, visando constituir
uma teoria das cores, mas é sabido que a harmonia
entre as cores não é objetiva.
12
tensidade, produzem as secundárias magenta, ciano
e amarela (cian, magenta, yellow - CMY). Diz-se que
cada cor secundária é complementar da cor primária
que não entrou na sua formação, porque a soma das
duas dá o branco como resultado. Por exemplo, o
amarelo é complementar do azul.
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amarelo-alaranjado (amarelo e laranja); azul-arroxe-
ado (azul e roxo) e azul-esverdeado (azul e verde).
Elas possuem uma cor terciária como complementar.
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Influência das cores na
humanidade
As cores sempre influenciaram a humanidade, mas o
sentido de uma cor varia conforme a raça, a crença,
a nacionalidade e os aspectos culturais, e em muitas
civilizações, as cores eram adotadas porque se lhes
atribuía valores esotéricos, representando símbolos
das superstições religiosas.
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A cor age sobre nossos sentimentos, sensibilidade
e humor.
REFLITA
A cor é um diferencial ambiental e pode oferecer
a sensação de ampliação ou redução dos ambien-
tes. Ela pode ser utilizada para estimular ou para
acalmar e deve ser usada criteriosamente nos
ambientes.
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A VARIÁVEL VISUAL COR
As cores perceptíveis pelo olho humano são produ-
zidas pela luz. Embora pareça branca, a luz do sol é
composta por várias cores.
Bitmap
É um conjunto de pixels (pontos) que carregam
uma informação de cor, e é formado pela união
17
desses pixels. DPI (“dots per inch”) significa “pixels
por polegada”.
18
que as cores de acordo com os espaços e tamanhos
dos pontos.
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AÇÃO TRÍPLICE DA COR
A cor exerce ação tríplice: a de impressionar, a de
expressar e a de construir:
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Matiz
1. Colorido obtido da mistura ou combinação de
várias cores num todo (pintura, bordado, tecido,
paisagem etc.). 2. Gradação de uma cor ou cores;
nuança.
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TEMPERATURA DAS
CORES
Com relação à temperatura das cores, afirma-se que
as cores quentes (amarelo, laranja e vermelho) são
associadas ao fogo, ao passo que as cores frias
(azul, verde e violeta) se associam à água e ao frio.
Cores quentes
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ciadas ao sol e ao fogo Entre elas, temos: amarelo,
laranja e vermelho (todos os tons).
Diametralmente
1. De um polo ao outro, no sentido do diâmetro.
2. Em sentido inteiramente diferente, sem nenhum
ponto de convergência.
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Cores neutras se caracterizam por não haver a pre-
dominância de tonalidades quentes ou frias (cinzas,
bege, marrons, preto e branco).
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MONOCROMIA, ISOCROMIA,
POLICROMIA E CONTRASTE
A cor no seu contexto cromático é uma percepção
sensorial registrada pelos nossos olhos. Elas influen-
ciam o estado de ânimo e têm efeito psicológico
sobre nós. Não só os artistas e pintores estudam as
cores, mas também estudiosos de áreas científicas,
se ocupam do estudo das cores: o físico, o químico,
o psicólogo. A cor exerce ação tríplice: a de impres-
sionar, a de expressar e a de construir. Nesse senti-
do, veremos a seguir como as cores se comportam
quando consideradas isolada e conjuntamente.
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4. Contraste: é a harmonia obtida com a oposição
de cores complementares
SAIBA MAIS
Isaac Newton, físico do século XVIII, utilizando-se
de um prisma transparente, reproduziu um arco-íris
dentro de casa para provar que essas radiações
de ondas diferentes são coloridas e compõem-se
de sete cores básicas: Vermelho, Laranja, Amarelo
- ondas longas; Verde - intermediário; Azul ciano,
Azul Anil e Violeta. As cores complementares são
usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho
criando contrastes Assim, se queremos destacar
um amarelo, devemos colocar junto dele um vio-
leta. Combina cores quentes e frias. Em qualquer
trabalho devemos escolher uma cor dominante e
sua cor complementar será usada em menores
proporções, apenas para dar equilíbrio à composi-
ção. As cores podem parecer diferentes em função
da cor do fundo.
Prisma
Sólido em forma de prisma, de seção triangular, de
vidro ou cristal, que tem a propriedade de decom-
por a luz branca no espectro de cores.
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EFEITOS PSICOLÓGICOS
DA COR
As cores têm a capacidade de produzir efeitos fisio-
lógicos sobre o organismo humano, possibilitando
juízos e sentimentos.
SAIBA MAIS
No ocidente, as cores surtem diferentes efeitos
psicológicos sobre as pessoas, como pode-se ve-
rificar pelo conteúdo deste link.
27
uma percepção de importância e dignidade, citando
a realeza em sua descrição; já o amarelo é definido
por ele como uma cor que transmite calma.
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embalagens e logotipos para transmitir mensagens
diferentes.
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CORES ANÁLOGAS E
COMPLEMENTARES
São cores análogas aquelas que estão próximas
umas das outras, dentro do círculo cromático.
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SAIBA MAIS
A cromoterapia é um tipo de tratamento que con-
siste na utilização das cores para curar doenças e
restaurar o equilíbrio físico e emocional do pacien-
te. A palavra tem origem no grego “khrôma” que
significa “cor”. Segundo a cromoterapia (terapia
pelas cores), as cores quentes são estimulantes
e as cores frias são calmantes.
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O USO DE CORES EM
LOGOMARCAS
As cores são importantes na escolha de um logoti-
po e para logomarca porque são responsáveis por
despertar reações psicológicas e até fisiológicas no
ser humano.
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SAIBA MAIS
A escolha das cores para a logo-marca é um tema
de extrema relevância. Clique aqui e veja ideias
interessantes e explicações acerca do tema
33
Significado das cores para
logomarcas
As cores transmitem sentimentos e significados.
Cada cultura possui uma interpretação peculiar acer-
ca das cores, mas é possível criar dicas e cuidados
na escolha das cores para logomarcas:
Logomarca
Logomarca ou simplesmente logo, é a represen-
tação gráfica do nome de uma empresa ou mar-
ca, que determina a sua identidade visual e tem
como objetivo facilitar o seu reconhecimento. Uma
logomarca dá sentido à marca em questão, iden-
tificando-a e definindo-a no tempo e no espaço.
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● Verde: Equilíbrio, segurança, riqueza e crescimento.
É associado à natureza, ao meio ambiente, à compai-
xão e carinho. Sugere equilíbrio emocional e harmo-
nia, uma boa opção para empresas de tipo ambiental,
jardinagem, golfe, assistentes sociais, conselheiros
e trabalhadores da caridade.
● Laranja: Otimista e positivo. É estimulante para os
sentidos, sendo positiva para empresas relacionadas
com a alimentação, comunicação e interação social,
como restaurantes e grupos comunitários. É uma
boa escolha para empresas de aventura, ginásios
ou negócios de alpinismo.
● Amarelo: Estimulante para a mente. Relaciona-se
com a lógica, mas também é brincalhão e ajuda na
tomada de decisão. O amarelo é apropriado para ne-
tworks, jornalistas, professores, animadores e palha-
ços. Amarelo em excesso pode produzir ansiedade.
● Turquesa: Versátil e criativo. Representa a clareza
de pensamento e de comunicação, ideal para profes-
sores, formadores e oradores, meios de comunica-
ção, indústrias de informática e clínicas de saúde. É
uma ótima cor para empresas de produtos aquáticos
ou negócios de limpeza.
● Roxo: Imaginação e espiritualidade. Relacionam-se
com o futuro, sonhos e fantasia. É uma boa opção
para artistas, poetas, e atividades que lidam com o
futuro. Cria uma sensação de riqueza, luxo e extra-
vagância. Apropriado para empresas que oferecem
serviços ou produtos de altíssima qualidade.
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● Rosa: Carinho. Cor calmante, adequada para em-
presas com mercado feminino, incluindo cosméticos,
moda, salões de beleza, doces e romance. Rosas
fortes são utilizados para o marketing de produtos
menos caros e modernos e um mercado adolescente.
● Dourado: Caro e elegante. Ouro simboliza qualida-
de, luxo e opulência. É a cor da vitória e conquista.
● Cinzento: Conservador, neutro e reservado. É uma
cor segura para usar em muitas aplicações de ne-
gócios. O cinza funciona bem como cor de fundo. É
adequado para empresas jurídicas e financeiras para
sugerir poder e controle.
● Branco: Seguro, conservador e utilizado pela maio-
ria das empresas como base do seu estacionário. É
adequado para a maioria dos mercados-alvo. Se o
objetivo é destacar-se na multidão, branco não é a
melhor escolha.
● Preto: Poderoso e sério. Sugere sofisticação e
elegância por um lado, e mistério e intimidação por
outro.
FIQUE ATENTO
Utilize em seu website ou correspondência ele-
trônica as cores websafe, que não costumam se
alterar de computador para computador.
Cores Websafe
O padrão RGB pode gerar cerca de 16 milhões de
cores diferentes, sendo que todas elas também
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podem ser descritas através do código hexade-
cimal. Porém, nem todos os monitores podem
exibir todas essas cores na tela. Por exemplo, se
você usar um tom ocre (que mistura vermelho,
amarelo e verde em tons especificamente com-
binados) pode ser que o navegador exiba apenas
amarelo. Para evitar que isso aconteça, foi criada
a paleta websafe de cores. Ela é formada por 216
cores RGB que certamente são reconhecidas por
todas as plataformas, monitores e navegadores
do mercado.
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ELEMENTOS QUE
AFETAM A APARÊNCIA
DA COR
A aparência da cor de um objeto pode ser influen-
ciada por elementos do ambiente, condições da
superfície e ilusões de óptica. Tais elementos são
capazes de fazer uma cor parecer mais escura ou
mais clara do que é, bem como pode alterar seu bri-
lho ou opacidade.
● Subjetividade do observador
Uma maçã pode ter cor mais intensa para uma pes-
soa do que para outra.
● Ângulos de visão
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microscópicos. Ao observar um objeto metálico,
dependendo do ângulo de visão a cor parecerá mais
clara.
● Fontes de luz
● Condições de superfície
● Fundo
● Tamanho da área
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Para poder determinar a cor de um objeto objetiva-
mente é preciso utilizar um espectrofotômetro ou
colorímetro, tais instrumentos de medição de cor
quantificam a cor de um objeto e são imunes à sub-
jetividade do olho humano.
SAIBA MAIS
Alguns dos estudos sobre cores no design de
marcas revelam que elas têm realmente grande
importância na maneira como o público percebe a
mensagem. A cor precisa se encaixar no posicio-
namento que a marca deseja imprimir nas mentes
das pessoas, evitando um estranhamento e levan-
do a identificação.
O que nossos cérebros buscam são marcas reco-
nhecíveis, que entreguem aquilo que prometem.
E, nesse contexto, a cor é grandemente levada em
consideração, sendo um dos fatores preponderan-
tes na maneira como percebemos e interpretamos
a mensagem embutida em um logo.
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ESTUDO DE CASO
Grande empresa do ramo de bebidas fecha parceria
com a X-Rite Pantone para melhorar seu programa de
qualidade de impressão e de cores. Um dos muitos
benefícios do trabalhar perto dos clientes é que te-
mos a oportunidade de ajudar a implementar fluxos
de trabalho de cor únicos e criativos.
Fonte: https://www.xrite.com/learning/case-studies/
beverage-company-improves-print-color.
Espectrofotômetro
Instrumento de análise, amplamente utilizado em
laboratórios de pesquisa, capaz de medir e compa-
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rar a quantidade de luz (radiação eletromagnética)
absorvida, transmitida ou refletida por uma deter-
minada amostra, seja ela solução, sólido transpa-
rente ou sólido opaco.
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SISTEMAS DE CORES
A cor é um sinal fisiológico interpretado pelo cérebro,
sendo comum haver discordâncias com relação a
tonalidades e cores.
SAIBA MAIS
O sistema RGB é conhecido como sistema cor-luz
ou sistema aditivo. O sistema CMY é conhecido
como sistema cor-pigmento ou sistema subtrativo.
Ambos são o oposto físico/matemático um do outro
e suas permutações indicam as relações entre as
cores opostas e/ou complementares bem como as
relações entre positivo/negativo de cores e de luz.
As cores estão tão presentes em nossa vida, em
nosso dia-a-dia, que mal lhes damos importância.
Na verdade, a cor, bem como sua percepção, faz
parte de um conjunto quase indissociável que per-
meia várias esferas que vão da ciência à arte, do
técnico ao estético.
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Sistema Aditivo
Ao falar-se em cor, está-se falando em luz, pois sem
ela não há cor.
Raios Ultravioleta
De toda a energia do Sol que chega à superfície
da Terra, por volta de 9% corresponde à radiação
ultravioleta.
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Trata-se de um tipo de radiação eletromagnética
com comprimento de onda de 200 a 400 nm e de
frequência maior que a luz visível (daí o nome ul-
travioleta, pois o violeta é a cor de maior frequência
que a visão humana consegue enxergar).
Radiação Infravermelha
É uma radiação não ionizante na porção invisível
do espectro eletromagnético que está adjacente
aos comprimentos de ondas longos, ou final ver-
melho do espectro da luz visível.
Sistema Subtrativo
Os objetos possuem cor, a qual se forma a partir
de elementos naturais ou sintéticos de sua camada
externa. Pigmentos podem ser naturais ou sintéticos,
sendo que em contato com as cores-luz absorvem
certas faixas de onda cromática e refletem outras,
as quais são captadas pela visão humana.
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A mistura de cores a seguir define o sistema
subtrativo:
46
SISTEMAS CROMÁTICOS:
CMYK E RGB
A cor está diretamente relacionada à constituição do
olho humano, que possui na retina dois sensores: os
cones (que permitem perceber as cores) e os bas-
tonetes (que permitem perceber os tons de cinza).
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A luz é um fator de extrema importância para en-
tender as cores. A luz visível é parte de vibrações
eletromagnéticas (algo elétrico ou magnético ou a
interação de ambas), sendo que delas apenas uma
parcela é perceptível pelo homem.
Fóton
Partícula de massa de repouso nula, carga elétrica
nula e spin 1, e que consiste no quantum de radia-
ção eletromagnética; sua energia é dada por h x f,
onde h é a constante de Planck e f, a frequência da
radiação em hertz [Os fótons se deslocam no vá-
cuo à velocidade da luz e sua natureza de partícula
é importante na explicação de certos fenômenos
físicos, como, p.ex., o efeito fotelétrico].
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da onda, isto é, quanto maior for a oscilação, menor
será o tamanho da onda, ao passo que quanto menor
for a oscilação, maior será o tamanho da onda.
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SAIBA MAIS
O olho humano não é capaz de enxergar o infra-
vermelho e nem o ultravioleta. Apenas os répteis
conseguem enxergar o inframermelho e a alguns
insetos o ultravioleta.
50
Figura 11: Prisma. Fonte: www.medium.com.
SAIBA MAIS
As cores surgem pela incidência da luz. A energia
luminosa é composta pelas sete cores do arco-íris,
como foi comprovado pelo físico e matemático
lsaac Newton. A luz é o princípio básico da vida
orgânica e, além de fornecer calor, sua presença
é indispensável ao desenvolvimento dos vegetais,
permitindo que estes realizarem o processo da fo-
tossíntese. As cores compõem as moléculas dos
vegetais, e sua presença nas frutas e legumes é
evidente. Ao ingerirmos esses alimentos, o proces-
so digestivo desagrega as moléculas dos vegetais,
possibilitando a seleção e absorção dos nutrientes.
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Percebeu-se que Newton não dominava a fisiologia
do olho humano ao realizar seus experimentos, de
modo que ao pintar o disco com as cores vermelho,
verde e azul em proporções iguais não obteve a cor
branca, e sim um amarelado.
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REFLITA
Os discos ou círculos cromáticos, ou sistemas
de cores, são formas de organizar a percepção
cromática humana. Existe o sistema de síntese
aditiva, onde a cor é percebida diretamente a partir
da fonte luminosa; e o sistema de síntese subtra-
tiva no qual a cor é percebida a partir do reflexo
da luz sobre uma superfície.
RGB CYMK
Grayscale
53
Devido ao trabalho do físico britânico Willian
Thomson ou Lord Kelvin houve a definição para as
cores, com uma tabela. Ao estudar a expansão dos
gases, elaborou-se uma escala (denominada escala
Kelvin) que, mais tarde, seria usada para medir a cor
das fontes luminosas.
Quente Frio
[K]
3000 4000 5000 6000 8000 10000
54
SAIBA MAIS
Essa denominação Kelvin, foi criada por um físi-
co escocês no século 19, por Lord Kelvin com a
finalidade de medir os desvios de proporção na
composição da luz branca, ou seja, quando pre-
dominava o vermelho, o amarelo, o azul. Por este
processo, imaginava-se um hipotético objeto to-
talmente negro chamado por ele de ‘corpo negro’,
porque absorveria 100% de qualquer luz que inci-
disse sobre ele que, ao ser aquecido, passaria a
emitir luz. E, além disso, a luz emitida iria mudando
gradualmente de cor. A analogia foi feita com um
pedaço de metal (teórico corpo negro) que ao ser
aquecido mudava de cor começando com o ver-
melho e passando pelo amarelo, pelo branco e
pelo branco azulado.
55
CREPÚSCULO 12�000º K
SOMBRA EM DIA CLARO 7�500º K
NUBLADO 6�500º K
SOL A PINO 5�500º K
FLASH ELETRÔNICO 5�000º K
LÂMPADAS UTILIZADAS EM ESTÚDIOS 3�400º K
ALVORADA / ENTARDECER 3�000º K
LÂMPADA DE 100W 2�800º K
LÂMPADA DE 75W 2�600º K
LUZ DE VELA 1�800º K
56
O CMY, na versão industrial, corresponde ao CMYK,
sendo que o preto não é obtido pela mistura, mas sim
é adicionado. Baseia-se em quatro cores, caracteri-
zando-se por ser uma opção mais barata, uma vez
que não necessita de pigmentos puros, utilizando-se
em larga escala.
57
lha, refletirá (e mostrará) somente a cor vermelha,
absorvendo o verde e azul que não será visto. Assim,
enxerga-se “menos” informação luminosa, pois par-
te da luz não será vista (as vibrações referentes ao
verde e ao azul).
SAIBA MAIS
Para medirmos a temperatura da luz utilizamos
a unidade de medida Kelvin (K). Uma fonte de
luz com cerca de 2000K é amarelada como uma
vela, enquanto que uma com 6500K será branco
puro e com 10.000K será já um branco azulado.
Temos de ter em atenção que quanto mais ele-
vada é a temperatura de cor, menos vai ser o seu
fluxo luminoso. A cor da luz é determinada pela
sua temperatura de cor. A unidade de medida é o
58
Kelvin (K). Uma fonte de luz com 6.500K será bran-
co puro, 10.000K branco azulado e 20.000K serão
azuis. Não confundir o número de Kelvins de uma
lâmpada com a sua potência ou fluxo luminoso.
Temperaturas de cor mais altas não têm mais luz
que temperaturas de cor mais baixas.
59
Existem vários padrões de Color Bars, no entanto,
aqui utiliza-se o padrão EBU (European Broadcasting
Union) ou Full Bar, composto por oito barras verticais.
MAGENTA
BRANCO
CIANO
VERDE
PRETO
AZUL
60
Se houver a soma da barra branca com a preta ob-
tém-se 100%, soma-se o amarelo com o azul tem-se
também 100%, ciano com vermelho 100% e verde
com magenta 100%. A disposição das cores obedece
a dois princípios: o negativo de cor e de luz, ou seja,
a cor e seu oposto complementar.
61
que o cinema ou a televisão (ambos uma sucessão
de imagens paradas) nos dão a ilusão de movimento.
62
perfeitamente invertidas, dando o primeiro indicativo
de que o sistema é matematicamente correto.
63
As cores ficaram então da seguinte forma: branco,
azul claro, rosa, magenta, verde, azul da prússia, sé-
pia, preto. Em outros padrões de Color Bar tem-se
essas cores “invertidas” fazendo parte do padrão,
como, por exemplo, nas barras padrão Philips.
SAIBA MAIS
Clique aqui e veja como a ilusão de óptica pode
fazer com que pessoas fiquem diferentes:
SAIBA MAIS
PADRÃO PHILIPS
O Philips PM5544 é um gerador de padrões de
televisão, mais comumente usado para fornecer
uma estação de televisão com um cartão de teste
complexo comumente conhecido como Padrão
Philips ou PTV Circle. O conteúdo e layout do pa-
64
drão foi projetado pelo engenheiro Finn Hendil (da)
(1939-2011) no laboratório de TV da Philips em
Copenhague sob a supervisão do engenheiro-chefe
Erik Helmer Nielsen em 1966-67. O equipamento,
PM5544, que gera o padrão, foi elaborado pelo
engenheiro Finn Hendil e seu grupo em 1968-69.
Desde a introdução do PM5544 no início da década
de 1970, o Padrão Philips tornou-se um dos car-
tões de teste mais usados, com apenas as barras
SMPTE e o Cartão de Teste BBC F perto de seu uso.
Nas laterais do quadro há retângulos com as cores
em fases invertidas para ajudar no ajuste da ima-
gem. Além destes dois padrões temos o padrão
SMPTE (Society of Motion Picture and Television
Engineers) que permite um ajuste mais simples do
equipamento, desde que os monitores possuam
o ajuste Blue Only.
O recurso Blue Only exclui o vermelho e o verde
da imagem, também o amarelo, que corresponde
à combinação dos dois. Tal ajuste é possível ape-
nas através de imagens eletrônicas, uma vez que
a informação de cor (Crominância) é separada da
informação de luz (Luminância). Por esse motivo
é possível ajustar a saturação (intensidade das
cores) de um televisor, indo da imagem preto e
branco até a saturação excessiva em que prati-
camente só teremos o vermelho o azul e o verde,
quando perdemos os meios-tons cromáticos.
O Padrão Philips foi posteriormente incorporado
em outros geradores de padrão de teste da própria
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Philips, bem como geradores de padrão de teste
de vários outros fabricantes.
Uma vez que o padrão da Philips está voltado para
o sistema de codificação de cores PAL, esse pa-
drão de teste não é comum entre os organismos
de radiodifusão NTSC, embora alguns, como CBFT-
TV e CBMT-TV no Canadá, WBOY-TV e WNYW nos
Estados Unidos, DZBB-TV nas Filipinas, Myawaddy
TV em Myanmar, KBS e MBC na Coréia do Sul e
TTV Main Channel, CTV Main Channel e CTS Main
Channel em Taiwan usaram uma versão de 525
linhas no passado.
A emissora nacional japonesa NHK também usou
uma versão de 525 linhas do cartão de teste, em-
bora com ligeiras diferenças técnicas, em compa-
ração com as usadas pelos radiodifusores ame-
ricanos e canadenses, de modo a se adequarem
ao sistema NTSC-J.
A BBC utilizou uma versão ligeiramente modificada
chamada Test Card G de 1971 até o final da década
de 1990 em conjunto com o Test Card F e, embo-
ra também tenha sido usada pelo IBA na década
de 1970, abandonou o Test Card G e desenvolveu
seu próprio teste cartão chamado ETP-1, que foi
usado em ITV a partir de 1979. Muitas emissoras
que usam um sistema PAL de 625 linhas usam
alguma forma do padrão da Philips.
66
Crominância
A crominância (C), é um dos dois elementos que
conformam um sinal de vídeo, junto com a lumi-
nância (Y). A crominância refere-se ao valor das
cores, enquanto a luminância se refere às luzes -
branco e preto. Os diferentes sistemas de difusão
de vídeo - NTSC, PAL, SECAM, etc permitem mis-
turar ou enviar por separado ambos os elementos.
Luminância
Quociente entre a intensidade do fluxo luminoso
emitido por uma superfície em uma dada direção
e a área dessa superfície projetada ortogonalmen-
te sobre um plano perpendicular àquela direção;
brilhância, brilhância fotométrica, brilho.
67
na barra de cor ciano, que ficará turquesa (ou seja,
perderá verde), e na barra de cor magenta, que ficará
púrpura (perderá vermelho). Isso ocorre porque há
limitações físicas do processo, deve-se também aos
pigmentos usados, que por mais puros que sejam, re-
agem quimicamente de maneira diversa à esperada.
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CATEGORIAS DE CORES
As cores são classificadas em: primárias,
secundárias, complementares, terciárias e análogas.
SAIBA MAIS
As cores estão no alimento que ingerimos, nas
roupas que vestimos, na casa, no trabalho, etc.
A presença de algumas delas induz à alegria e
descontração, proporcionando também saúde e
bem-estar. Conheça mais sobre o significado das
cores nas roupas e os traços da personalidade
que podem ser definidos através da Cromoterapia.
Clique aqui e assista ao vídeo.
69
CRIANDO UMA IDENTIDADE
VISUAL COM O USO DAS
CORES
Ter uma identidade visual é um passo importante
para as empresas, afinal ela precisa ser facilmente
identificada, transmitir os valores e as características
da marca.
Vermelho
Laranja
70
● Áreas ideais para uso: empresas de tecnologia,
alimentação e energia. Exemplo: Itaú.
Amarelo
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Figura 25: Totem McDonald's. Fonte: McDonald's.
Rosa
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Roxo
Azul
Sobretons
Um sobretom (overtone) é um componente senoi-
dal (sinusoidal) de uma forma de onda com frequ-
ência maior do que sua frequência fundamental.
O termo é mais utilizado em música do que em
física ondulatória (ver onda esta-cionária).
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● Áreas ideais para uso: finanças, tecnologia, linhas
aéreas e saúde. Exemplo: Facebook
Verde
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Preto
SAIBA MAIS
Uma mensagem subliminar é uma mensagem audi-
tiva ou visual que é apresentada abaixo dos limites
normais de percepção auditiva ou visual humana,
e que, por não serem percebidas conscientemente,
poderiam influenciar opiniões e atos.
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A influência das cores na
identidade visual
Os logos de algumas marcas são reconhecidos ime-
diatamente, como ocorre com a maçã da Apple, as
três listras da Adidas e o M amarelo do McDonald’s.
Tal identificação nem sempre se dá pelo logo, pois é
possível identificar certas empresas só pelas cores,
tipos de fonte ou estilo das linhas, sendo uma prova
do poder que as marcas têm.
Branding
É uma palavra de origem inglesa utilizada na área
do marketing. O objetivo do branding é destacar os
valores que a marca pretende transmitir ao cliente
e que constituem a sua fortaleza. Deste modo, é
possível que o consumidor associe na sua mente
uma marca a um valor: por exemplo, a inovação.
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estilo de vida dela? O que diria e o que não diria?
Como se comportaria? Quais seriam os seus valo-
res? Quais mensagens iria transmitir? Quais seriam
seus diferenciais?
2. PRIORIZAR A SIMPLICIDADE
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importante estudar as combinações de tons, a paleta
de cores a ser utilizada em materiais futuros.
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ESTUDO DE CASO
Semiológicas
A Semiologia é uma área do conhecimento que se
dedica a compreender os sistemas de significação
desenvolvidos pela sociedade. Tem por objeto os
conjuntos de signos, sejam eles linguísticos, visu-
ais, ou ainda ritos e costumes.
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da estética do marketing, além de livros que tratam
de semiologia e os que trazem um estudo sobre o
uso da cor na comunicação. Partindo de uma série
de estudos físicos, psicológicos e culturais e de al-
guns simbolismos que a sociedade frequentemente
associa a determinadas cores, investiga-se até que
ponto as cores realmente influenciam a percepção
de quem as vê, associando-a a uma marca, e em até
que ponto são feitos estudos consistentes para que
as mesmas sejam aplicadas de forma correta.
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tal do banco, com fundo preto. A ideia de estabelecer
como marca a palavra “Itaú”, para Petit, é necessária
porque é preciso que se tenha um nome simples, de
fácil lembrança. Além disso, a palavra “Itaú” signifi-
ca “pedra escura, em tupi-guarani, originária da cor
do clínquer, mineral utilizado para a fabricação do
cimento” (ITAU, 2008), o que justifica a utilização de
um suporte quadrado chapado preto para a tipogra-
fia. Além disso, a ideia de fazer referência ao mineral
com o qual se fabrica o cimento também remete à
ideia de algo concreto, com alicerces firmes.
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tipograma de quatro letras, é estabelecido um mó-
dulo baseado no quatro. Essa opção de estrutura dá
ao signo melhor proporção e melhor legibilidade. Até
mesmo a montagem das fachadas obedece ao crité-
rio de divisão por quatro. Para ele: “A finalidade era
encontrar o posicionamento e a dimensão corretos
para os elementos visuais, resultando na harmonia
entre a informação, o espaço viável e o homem como
leitor” (p.235).
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o Itaú deve ser visto como um banco completo; deve-
-se resgatar o uso da marca principal (masterbrand)
Itaú; e sempre utilizar a cor laranja como suporte.
Através de pesquisas quantitativas e qualitativas,
percebe- se que a marca Itaú é fortemente percebida
por suas cores, pela forma do quadrado azul de can-
tos arredondados e pelo universo de seus produtos
e serviços.
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Referências Bibliográficas
& Consultadas
ALVES, Marcia Nogueira. Mídia e produção au-
diovisual: uma introdução. Curitiba: InterSaberes,
2012.