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Ler 2 Pedro 1:3-11

Como crescer na vida cristã

De maneira nenhuma podemos ter a gratificante certeza de que Deus nos


acolheu e nos perdoou como desculpa para nos sentir satisfeitos conosco mesmo.
Deve ser o contrário. A segurança nos impulsiona a seguir a Cristo, e a crescer na
nossa vida cristã, a fim de chegar a maturidade.

A necessidade de crescimento

O Novo Testamento usa várias metáforas para ilustrar o crescimento cristão.


Vejamos como explica a diferença entre a justificação e a santificação do cristão.

A justificação é a posição de aceitação perante Deus, que Ele nos dá quando


confiamos em Cristo como nosso Salvador. É um termo legal, emprestado dos
tribunais e o conceito oposto é o da condenação. Justificar é absolver, declarar que
a pessa é justa ou inocente, não culpável. Assim, o Juiz divino, uma vez que seu
Filho levou nossa condenação sobre si, nos declara justos em sua presença.
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”
(Romanos 8:1).

A santificação, por outra parte, descreve o processo por meio do qual os


cristão já justificados são transformados à imagem de Cristo. Quando Deus nos
justifica, nos declara justos pela morte de Cristo a favor de nós; quando nos
santifica, nos faz justos por meio do poder do Espírito Santo, que opera dentro de
nós. A justificação se relaciona com a posição externa de aceitação perante Deus;
a santificação se relaciona com nosso crescimento interior, que produz a
santidade de nosso caráter. Porém, assim como a justificação é instantânea e
completa, de forma que não vamos ter um grau maior de justificação do que já
obtivemos no dia de nossa conversão, a santificação é gradual e incompleta. Não
leva mais de alguns momentos para o juiz em um tribunal pronunciar seu veredicto
e declarar a inocência do acusado; porém leva uma vida inteira aproximar-se a algo
parecido da semelhança de Cristo.

Nascidos de novo

Os escritores do Novo Testamento têm outra forma de ensinar essa distinção


entre o começo e a continuação da vida cristã. Nos dizem que, quando Jesus passa
a ser nosso Salvador e Senhor, não apenas somos justificados, mas também
regenerados, ou seja nascemos de novo. Temos aqui outra comparação. Nos
afastamos dos tribunais e entramos na sala da maternidade. O que temos em vista
agora não é preso que acaba de ser absolvido, mas um bebê que acaba de nascer.
Quanto tempo leva para um bebê nascer? Apenas alguns minutos. É claro que o
nascimento é precedido de meses de preparativos, e que as dores do parto podem
durar varias horas, mas o nascimento mesmo é um momento de crise repentino e
quase instantâneo. Uma vida nova e independente se apresenta ao mundo.
Embora, o ato de nascer só leva apenas alguns minutos, talvez a pessoa leve uns
20 anos ou mais até alcançar a plena maturidade física e emocional. Depois do
nascimento segue o trabalhoso processo de crescimento. Assim pois, o que o
crescimento é para o nascimento, a santificação é para a justificação. A justificação
e a regeneração se dão ao mesmo tempo quando somos unidos a Cristo pela fé,
sejamos ou não conscientes do que está ocorrendo; a santificação e o crescimento,
por outro lado, leva tempo.
O propósito geral de Deus é que todos os seres humanos cresçam física,
mental e emocionalmente. É muito triste quando uma pessoa sofre algum deficit
em qualquer dessas áreas. É igualmente triste quando o crescimento espiritual
paraliza. Há muita gente nas igrejas que não saíram do jardim de infância. Para
Paulo são ‘apenas meninos em Cristo’ (1 Coríntios 3:1), enquanto que sua ambição
é “a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo.” (Colossenses 1:28).

Normalmente, uma criança se sente orgulhosa em crescer. Ainda me lembro


da emoção que senti quando pela primeira vez coloquei calças compridas ao invés
de bermudas da infância. É um sinal muito saudável que o cristão que acaba de
nascer manifeste esse mesmo desejo de chegar a maturidade. O ato de nos unir a
uma igreja é um passo importante para todos, especialmente se o entendemos
como um novo começo, e não um fim em si mesmo. Me vêm a memória as palavras
de Winston Churchil em 1942, imediatamente depois da batalha de El Alamein, no
Egito. Rommel y Afrika Korps haviam sido derrotados; tomaram 30.000 prisioneiros
e foi a primeira vitória da guerra. Quando foi convidado ao banquete do novo
prefeito de Londres na Mansion House, Churchill disse: ‘Senhores, este não é o fim.
Nem sequer é o começo do fim. Mas talvez seja o fim do começo.’ Uma forte
aclamação seguiu à histórica afirmação. Seja pensando na conversão, no batismo
ou no ser membro de uma igreja, espero que possamos ser igualmente entusiastas
na celebração do dito acontecimento como o começo de uma vida nova.

As áreas de crescimento

Os escritores do Novo Testamento falam com muita propriedade quanto às


áreas em que se espera que se manifeste o crescimento cristão. Especificam quatro
como as principais: fé, amor, conhecimento e santidade.

A fé

Primeiro, temos de crescer em fé. É claro que a fé é uma característica


indipensável do cristão. Com frequência os cristãos são identificados como
‘crentes’, e para Jesus o discíplio é ‘o que crê em mim’. O que é fé? Não é nem
credulidade e nem superstição. A fé é confiança. Os cristãos são crentes porque
colocaram sua confiança em Jesus Cristo como seu Salvador, porque acreditam na
Palavra de Deus e confiam em Suas promessas. Isto demostra porque a fé, se bem
que vai mais além da razão, nunca está em desacordo com ela. É normal que a
confiança dependa da confiabilidade da pessoa em quem se confia, e não há
nenhuma pessoa mais confiável que o Deus que se revelou em Cristo.

A fé não é algo estático; deve ser viva e crescer. Em certa ocasião Jesus
repreendeu seus apóstolos por ‘ter pouca fé’, e acrescentou mais tarde que se eles
tivessem do tamanho de um grão de mostarda, poderiam fazer grandes coisas pra
Deus. (Mateus 6:8; 17:20). Em outra ocasião se aproximaram de Jesus e disseram:
“Aumenta nossa fé’ (Lucas 17:5). E em duas oportunidades falou sobre a grande fé
que algumas pessoas demonstraram (Mateus 8:10; 15:28). Assim fica claro por
esses versículos que há diversos gradações de fé. É pequena no começo, mas pode
crescer até ser forte. A medida que vamos lendo a Bíblia e meditamos na absoluta
confiabilidade do caráter de Deus nossa fé vai crescendo. O que Paulo escreveu aos
tessalonicenses deveria ser uma realidade para todos: “a fé que vocês têm cresce
cada vez mais” (2 Tessalonicenses 1:3).

O amor
Em segundo lugar, temos de crescer no amor. Jesus resumiu a lei de Deus
reunindo dois mandamentos do Antigo Testamento: amar a Deus com todo nosso
ser, e amar a nosso próximo como a nós mesmos (Deuteronômio 6:5; Levítico
19:18; Marcos 12:28-31). Paulo declarou que o cumprimento da lei é o amor
(Romanos 13:10). Acrescentou que o amor é maior que a fé e que a esperança,
sendo a maior de todas as virtudes (1 Coríntios 13:13). Além disso, a razão para
que seja dessa forma é que Deus é amor, e derrama sobre nós seu amor. A verdade
é que ‘nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro’ (1 João 4:7-12,19).

Apesar disso tudo, temos que confessar que nem os cristãos nem as igrejas
cristãs se destacam pela qualidade de demonstrar seu amor. Paulo disse que os
coríntios eram mundanos e semelhantes a meninos porque havia ciúmes e
contendas entre eles (1 Coríntios 3:1-3). Como ele avaliaria as igrejas em nossos
dias? Falando em geral há certa afabilidade e algum grau de bondade, mas por trás
desse manto há rivalidades e grupinhos, e há pouco amor sacrificial, que serve e
sustenta entre os membros, e ainda menos no mundo afora. Não há dúvida de que
temos que ouvir e levar a sério outra das afirmações de Paulo aos tessalonicenses:
“De fato vocês amam a todos os irmãos... contudo, irmãos, os incentivamos para
cada vez mais assim proceder.” (1 Tessalonicenses 4:10). Também pediu para que
o amor deles ‘crescesse... mais e mais’ (1 Tessalonicenses 3:12).

O conhecimento

O terceiro lugar, temos que crescer no conhecimento. O cristianismo coloca


bastante ênfase na importância do conhecimento, critica o anti-intelectualismo e
atribue muitos de nossos problemas à ignorância. Quando o coração está cheio e a
cabeça vazia, surgem perigosos fanatismos. Ninguém destacou esse fato mais do
que Paulo. “Sejam... adultos em seu modo de pensar”, escreveu aos coríntios (1
Coríntios 14:20). Paulo começa muitas de suas frases com a seguinte ênfase:
‘Quero que saibam” ou “não queremos que ignorem” por exemplo 1
Tessalonicences 4:13, e em certas ocasiões argumenta dizendo: “Acaso não
cremos...” Disso pode-se deduzir que se os leitores tivessem sabido ou conhecido,
haveriam de reagir de forma diferente. Não é surpresa, por consequência, que o
motivo principal de suas orações a favor de seus irmãos era ‘para que saibam’
(Efésios 1:18; 3:19; Filipenses 1:10; Colossences 1:9).

Ao mesmo tempo, é preciso relembrar que o conceito hebreu para


conhecimento nunca foi puramente intelectual. Se estendia para além do
entendimento até alcançar a experiência. Isso é ainda mais correto quanto ao
conhecimento de Deus. Já vimos no 1 capítulo que conhecer a Deus em Jesus Cristo,
equivale a uma relação viva e pessoal com Ele. Como todas as relações, há de ser
dinâmica e crescente. Se a relação não é nutrida, ela murcha e finalmente morre. É
interessante, portanto, que na mesma passagem que Paulo se refere ao
‘incomparável valor de conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor’, também escreve que
sua suprema ambição é “conhecer a Cristo Jesus”, e padecer mais profundamente
seus sofrimentos, sua morte e o poder da ressureição (Filipenses 3:8,10). O que ele
deseja para si mesmo, também deseja, naturalmente, para os outros e oferece
oração para que continuadamente ‘cresçamos no conhecimento de Deus’
(Colocenses 1:10) Pedro compartilha do mesmo desejo. Alerta seus leitores a
‘crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo’ (2
Pedro 3:18).

A santidade
Em quarto lugar, temos de crescer em santidade. Crescer em santidade é o
que se denomina santificação. Paulo nos oferece uma afirmação ilustrativa sobre
este tema: “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do
Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez
maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” (2 Coríntios 3:18). Podemos
aprender pelo menos quatro lições vitais a partir desse versículo:

1) A santidade consiste em sermos semelhantes a Cristo, e a santificação é o


processo que consiste em ser transformado a sua imagem.

2) A santificação é um processo gradual, como fica claro com o emprego do


tempo verbal que expressa continuidade (estamos sendo transformados).
Apesar de alguns maus hábitos desaparecerem instantaneamente quando
Cristo entra em nossa vida, não nos tornamos maduros num piscar de olhos.
O temperamento não se domina, nem se controlam as paixões e nem
tampoco se dobra o egoísmo de um momento para outro. No entanto, somos
encorajados a “seguir progredindo no modo de viver que agrada a Deus” (1
Tessalonicenses 4:1).

3) A santidade é obra do Espírito Santo. Por ser santo, Ele está interessado em
promover nossa santidade. O segredo da santificação não está em lutar para
viver como Cristo, mas sim permitir que Cristo se apresente por meio do
Espírito para viver em nós. O caráter cristão não é obtido através da
trabalhosa aquisição de virtudes do lado de fora, mas sim através
da expressão da vida de Cristo a partir de dentro.

4) Nossa parte consiste em contemplar ‘com rosto descoberto’ a glória do


Senhor e refletí-la. E como as Escrituras é onde se revela com maior
claridade a glória de Deus, nossa contemplação significa busca-Lo nelas com
o fim de oferecer adoração a Ele.

O oleiro divino

De modo que, alterando a metáfora, temos que deixar que o oleiro divino
cumpra seu desejo em nós, a fim de poder forjar, a partir da pobre base de
argila de nossa natureza caída, um belo vaso, digno de ser usado por Ele. Ou,
alterando novamente a metáfora, podemos dizer que o carpinteiro de Nazaré
segue ativo com suas ferramentas. Valendo-se do cinzel da dor, do martelo da
aflição, da escova das circunstâncias adversas, como também mediante as
experiências de prazer, vai nos dando forma, nos convertendo em instrumentos
de justiça. Expressa isso muito bem uma antiga e original oração:

“Oh Jesus, mestre carpinteiro de Nazaré, que na cruz, na madeira e cravos,


operou a plena salvação do homem, empunhe bem suas ferramentas, a fim de
que nós, que nos aproximamos a Ti em partes, sejamos convertidos em algo
verdadeiramente belo pelas Tuas mãos, quem com o Pai e o Espírito Santo vives
e reinas, um só Deus, por toda a eternidade.”

Meu conselho é que sejas paciente, mas determinado. Não desanimes.


Mantenha disciplina em sua vida cristã. Sê diligente em sua oração cotidiana e
na leitura da Bíblia, na frequência ao culto e na frequência a ceia do Senhor.
Faça bom uso dos domingos. Leie libros úteis. Busque a companhia de amigos
cristãos. Dedique-se com vontade a alguma forma de serviço. Nunca deixes
pecados sem confessar e sem perdão. Nunca deixes que um broto de rebeldia
surja em seu coração. Sobretudo, entregue-se cada dia ao poder do Espírito
Santo que mora em você. Dessa maneira, passo a passo, avançarás no caminho
da santidade e irás crescendo até a plena maturidade espiritual.

Os meios de crescimento

Na Parte III deste livro falaremos os principais ‘meios de graça’, ou seja,


meios que Deus elegeu para canalizar sua graça até nós e nos fortalecer. Aqui
me limitarei a antecipar brevemente o que lá elaborarei adequadamente. Quais
são os meios pelos quais podemos obter o crescimento cristão? Se tomamos a
analogia de uma criança que vai crescendo (analogia que os escritores do Novo
Testamento usam bastante), teremos a resposta de imediato. Embora muitos
fatores se combinam para promover e assegurar o crescimento são da criança,
há dois que se destacam por sua importância. A primeira e principal condição
para o crescimento físico é a regularidade da dieta acertada e para o
desenvolvimento psicológico a segurança de um lar feliz. Encontramos um
paralelo no desenvolvimento daqueles a quem a Bíblia chama de crianças em
Cristo.

Falemos primeiramente da dieta. Para o bebê se trata de leite,


proporcionado (pelo menos de acordo com a antiga tradição) a cada quatro
horas. Hoje em dia as mães tendem a alimentar seus bebês guiando-se mais
pela necessidade do bebê que pelo relógio. Florence Nightingale, a pioneira da
enfermaria modera, pertencia a velha escola. Em seu livro Notes on Nursing
(1859) o capítulo final se titula ‘Cuindando do bebê’. Oferece ali sete condições
para o sadio crescimento do bebê, a quarta é ‘alimentá-lo com comida
adequada em intervalos regulares’. Com a seguinte explicação:

Deves ter muito cuidado em relação ao alimento; sem dar-lhe muito de cada
vez (se o bebê vomita depois de comer, é porque lhe foi dado muito). Também
não se deve dar pouco. Sobretudo, nunca dê a ela alimento não saudável... O
bebê que já foi desmamado deve ser alimentado frequentemente, regularmente
e não demais a cada vez. Conheço uma mãe cujo bebê se encontrava em
grande perigo um dia porque sofria de convulsões. Tinha aproximadamente um
ano de idade. A mãe explicou que tinha o desejo de ir à igreja, então antes de
sair, deu à criança três porções de uma vez. Era surpreendente que o pobre
pequeno tivesse convulsão?

O leite espiritual

Da sabedoria prática de Florence Nightingale passamos às instruções do


apóstolo Pedro: ‘Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite
espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que
provaram que o Senhor é bom.’ (1 Pedro 2:2-3). O que é o leite puro que
necessitam os cristãos recém nascidos? Pedro o chama de lógicos, em grego, o
que pode significar espiritual (indicando que não se refere ao lente em sentido
literal) ou racional (alimento para a mente, não para o corpo). Pedro está se
referindo ao que acabara de dizer no capítulo 1:23-24 ‘palavra de Deus que vive
e permanece’ (1 Pedro 1:23-24), e afirma que essa mesma palavra de Deus, que
é o instrumento do nascimento espiritual (1 Pedro 1:23 - regenerados), é
também o instrumento para o crescimento espiritual (1 Pedro 2:2).

Certamente muitas vezes se fala da Palavra de Deus como o alimento para a


alma. Seus ensimantos simples são como leite e suas verdades mais profundas
como alimento sólido (1 Coríntios 3:2; Hebreus 5:11-14). Seus preceitos e
promessas são ‘mais doces que o mel, do que as gotas do favo (Salmo 19:10 e
Salmo 119:103). Quando as ‘comemos’, se convertem na alegria e no júbilo do
nosso coração. (Jeremias 15:16).

Mais adiante volterei a me ocupar da importância da leitura metódica da


Bíblia, mas é oportuno destacar aqui a necessidade da disciplina diária desta
prática. É justamente a regularidade que importa se queremos progressos
espirituais firmes e constantes. Se nos entupimos com a Palavra aos domingos,
ou em algum congresso ou conferência cristã, e praticamente não nos
alimentamos com elas em outros momentos, não será proveitoso. Um bom
apetite é um sinal confiável da saúde espiritual, como é o apetite físico.
Certamente é assim com as crianças. Todos já vimos os gritos de protesto de
um bebê que está com fome. Isto é o que Pedro tinha em mente quando disse
que devíamos ansiar o leite espiritual. Já provamos como o Senhor é bom (1
Pedro 2;3), escreve Pedro; portanto, agora deveríamos ter a sede necessária
para buscá-Lo em sua Palavra. (1 Pedro 2:2). Só assim poderemos crescer em
nossa salvação, ou como seria a tradução literal, para a salvação. Por salvação
aqui seguramente o apóstolo se refere a santificação, e especialmente a nos
libertar de imaturidades tais como ‘de toda maldade e de todo engano,
hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência.’ (1 Pedro 2:1).

O lar feliz

Assim como é essencial para a criança uma dieta apropriada também é


segurança que oferece um lar feliz. Os psicólogos e psicoterapeutas falam muito
sobre a influência (para o bem ou para o mal) da convivência familiar no
desenvolvimento emocional da criança. O propósito de Deus é que as crianças
nasçam e cresçam no seio de uma família estável e amorosa. Seu ideal para os
novos cristãos é o mesmo. Muitos temos um conceito excessivamente individual
da vida cristã. ‘Cristo morreu por mim’, dizemos. E, apesar disso ser certo e
bíblico (Gálatas 2:20), não é toda a verdade. Ele também morreu ‘por nós para...
purificar para si mesmo um povo particularmente seu’ (Tito 2:14). De maneira
que, o novo nascimento não ocorre em um hospital espiritual isolado por
quarentena. Pelo contrário, nascemos no seio da família de Deus. Ele é nosso
pai celestial, Cristo Jesus, é nosso irmão mais velho, e todos os demais cristãos
do mundo, de qualquer lugar, raça, país ou denominação, são nossos irmãos e
irmãs em Cristo. Portanto, se queremos crescer e alcançar maturidade cristã
saudável, somente poderemos fazê-lo no seio da família de Deus. Ser membro
de uma igreja não é um luxo, algo opcional ou adicional; é um dever e uma
necessidade. Tentar evitar este dever e esta necessidade é uma deplorável
insensatez e pecado.

Ao dizer isso, estou supondo, que nossa igreja oferece comunhão genuína,
que se trata de uma igreja cujos membros se sentem unidos por laços de apoio
e mútuo cuidado. Com muita frequência faltam igrejas com esse tipo de vida e
amor. Quem me chamou atenção para isso foi o doutor Hobart Mowrer, falecido
professor emérito da Universidade de Illinois. Ele era um conhecido crítico de
Freud, promovia o que chamava de ‘grupos de integração’. Há alguns anos
aceitou amavelmente dedicar tempo a alguns amigos e a mim, porque
queríamos fazer algumas perguntas a ele. Nos disse que não é cristão. Tinha o
que descreveu como ‘uma luta como de um amante, com a igreja’. Se queixava
de que a igreja havia falhado quando ele era adolescente e que seguia falhando
com seus pacientes. ‘O que quer dizer?’ perguntamos. ‘É que a igreja’, nos
respondeu, ‘nunca aprendeu o segredo da vida comunitária’. É provável que se
trate da crítica mais grave sobre a igreja que já ouvi. Porque a igreja é uma
comunidade, a nova comunidade de Jesus Cristo. Certamente, são muitas as
igrejas que aprenderam o significado e as exigências de uma comunidade de
amor. Porém, outras não o fizeram e nisso o professor Mowrer tinha razão.

Duvido que alguém chegue a ser um equilibrado e maduro seguidor de


Cristo sem participar do culto de adoração e na comunhão com outros crentes
de forma regular e comprometida. É preciso que sejamos membros plenos e
ativos da igreja.

Estas são, então, as condições principais para o progresso espiritual. Se


estas por vincular-se a uma igreja, ou o fez recentemente, quero animá-lo a
levar a sério tais condições. Não se conforme com uma vida cristã estática.
Tome a decisão de crescer na fé e no amor, no conhecimento e na santidade.
Seja disciplinado na busca de Deus diariamente por meio da leitura da Bíblia e a
oração, dedique-se a participar na vida, no culto, na comunhão e no testemunho
da igreja. Essas coisas o fortalecerão grandemente e seu crescimento espiritual
será algo natural e contínuo.

Perguntas

1 – Que pontuação entre 0 e 10 te assinalarias em cada uma das quatro áreas do


crescimento mencionadas nesse capítulo?

2 – Como poderias melhorar sua dieta e seu lar espirituais para fortalecer sua(s)
área(s) mais débeis do crescimento?

3 – Que conselhos daria aos novos cristãos para ajudá-los a crescer ao invés de
ficarem estagnados?

Uma promessa

O perdão cotidiano: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para


perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. (1 João 1:9)

Orações

Para o crescimento no conhecimento cristão

Oh, Senhor, Pai celestial, em quem reside a plenitude da luz e da sabedoria, ilumine
nossa mente pelo teu Espírito Santo, e nos dê graça para receber sua palavra com
reverência e humildade, sem as quais ninguém pode entender sua verdade, no
nome de Cristo.

João Calvino – adaptado


Para o crescimento em santidade

Oh, Deus, Deus de toda bondade e graça, Tu és digno do muito maior amor do que
podemos dar ou compreender. Encha nossa coração de tal amor por ti, que nada
seja muito difícil para cumprir ou sofrer em obediência a sua vontade; e permita
que amando-te possamos nos tornar cada vez mais como Tu, e que finalmente
obtenhamos a coroa da vida, que tens prometido aos que te amam, por Cristo Jesus
nosso Senhor.

Manual do Albergue Farnham, do século dezenove, adaptado.

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