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PADRÃO SONET/SDH
SISTEMAS ÓPTICOS
CURITIBA
JULHO 2006
GUSTAVO THEODORO LASKOSKI
PADRÃO SONET/SDH
SISTEMAS ÓPTICOS
CURITIBA
JULHO 2006
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
De acordo com a figura 1, o quadro pode ser dividido em duas estruturas principais. A
primeira estrutura corresponde ao cabeçalho, sendo classificada de acordo com as camadas de
overhead; e a segunda estrutura corresponde a transmissão de dados.
De acordo com a figura 4, o ponteiro indica o início do campo de dados ou carga útil
dentro do quadro transmitido, auxiliando na localização, adição e extração de tributários. Para
localizar o início do campo de dados é utilizado como referência o valor corresponde entre a
diferença do início da carga útil e o início do quadro, se esse valor for negativo, ou seja,
ocorrer um estouro de buffer é utilizado o terceiro byte do cabeçalho de linha para armazenar
o valor do ponteiro. Os ponteiros também são utilizados para compensar as diferenças de
freqüência e fase existentes na transmissão, ou seja, o ponteiro indica o início do quadro e o
processo enchimento permite alinhar dinamicamente os quadros. Quando a taxa de
transmissão dos quadros é muito baixa em comparação com a taxa STS-1 (51.840Mbps) os
bits 7, 9, 11,13 e 15 são invertidos dentro do ponteiro para informar a necessidade de iniciar o
processo de justificação positiva.
O processo de justificação positiva consiste em adicionar bytes para alinhar os quadros
e manter o sincronismo da rede. Para manter o valor de referência de localização é
incrementado o valor do ponteiro de cada quadro subseqüente para compensar o deslocamento
provocado pela adição de bytes. Quando a taxa de transmissão do campo de dados é maior
que a taxa de transmissão do quadro os bits 8, 10, 12, 14 e 16 são invertidos para iniciar o
processo de justificação negativa. Nesse processo um byte é retirado do campo de dados e
armazenado no campo H3 do overhead de seção. Devido o processo de retirada de um byte
por quadro, o campo de dados é adiantado em alguns bytes.
Além de gerenciar a transmissão entre dispositivos adjacentes, é necessário verificar os
pontos de construção e recepção do quadro entre dois dispositivos finais. Para realizar esse
controle é utilizado o overhead de caminho (POH), sendo dividido em dois blocos: o
cabeçalho de caminho do sinal de transporte síncrono (STS-POH) e o cabeçalho de caminho
do tributários virtuais (VT-POH). O STS-POH é distribuído de maneira uniforme em nove
bytes (um por coluna) no quadro STS-1, contendo informações sobre a rota e os pacotes
transmitidos. O primeiro byte é utilizado para verificar se a transmissão de dados esta ativada.
O segundo byte é utilizado para verificar a existência de um erro de transmissão no caminho
através de um código de paridade par. O terceiro e quarto byte são utilizados para transportar
informação sobre sinal e caminho respectivamente. E os bytes restantes são utilizados como
canal de comunicação entre cabeçalhos de caminho. O VT-POH é distribuído em quatro bytes
padronizados. O primeiro byte contém informações sobre os sinais e rotas, o segundo
corresponde a conexão fim-a-fim do caminho, o terceiro corresponde ao monitoramento de
conexão tandem de baixa autorização e o quarto byte é utilizado para proteção dos caminhos.
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Os grupos não tem overhead e são intercalados com outros grupos de tributários
virtuais e alocados no campo de dados do quadro transmitido.
Um quadro SONET STS-N pode transmitir outros quadros de hierarquia inferior pelo
processo de concatenação ou multiplexação. O padrão SONET define que a concatenação
consiste em utilizar três quadros STS-1 para formar um quadro de sinal de transporte síncrono
de nível 3 concatenado (STS-3c). A taxa de transmissão do quadro é definida como:
Além desses níveis, existe uma estrutura denominada de STM-0, com taxa bruta de
51.840 Mbps, utilizada para sistemas de satélite e rádio-enlace, a qual é desconsiderada como
nível hierárquico (NEC do BRASIL, 1998).
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A estrutura básica de um quadro SDH STM-1 é formada por uma matriz de 9 linhas e
270 colunas, sendo que cada posição corresponde a um byte. Cada linha é formada por 9 bytes
de overhead e 261 bytes de informação. Na figura 7 é apresentada a estrutura de um quadro
SDH STM-N.
Cada quadro é transmitido linha por linha e da esquerda para direita com duração de
125us, sendo definida a taxa de referência básica como:
Contêiner Tributários
C-4 139.264 Kbps
C-3 34.368 e 44.736 Kbps
C-2 6.312 Kbps
C-12 2.048 Kbps
C-11 1.544 Kbps
Fonte: PUC-RS, Faculdade de Engenharia. Redes de transmissão digital PDH e SDH.
Disponível em: <http://www.dca.fee.unicamp.br/~rangel/telefonia/home-page/sdh.pdf> (2006)
4 COMPATIBILIDADE SONET/SDH
A principal topologia utilizada nas redes SONET e SDH é a estrutura em anel devido
os vários mecanismos de proteção existentes. A recomendação G.841 definiu diversas
orientações de proteções em anéis unidirecional e bidirecional. Na figura 13 é apresentado a
topologia de um anel unidirecional chaveado em linha (ULSR) e caminho (UPSR).
A redes ULSR (figura 13a) são formadas por um fibra unidirecional primária e um
secundária de proteção, sendo necessário realizar selecionar a fibra de proteção manualmente.
As redes UPSR (figura 13b) é composta de duas fibras unidirecionais com sentidos de
transmissão opostos. Nesse configuração a rede não necessita ser chaveada manualmente
devido o sentido full-duplex existente na transmissão.
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As redes em anel BLSR-F (figura 14a) são formadas por um par de fibra óptica de
transmissão e um par de proteção, sendo realizada a conexão automática pelos
multiplexadores presentes entre o local da falha. As redes em anel BSSR (figura 14b) tem a
mesma estrutura das redes BLSR-F porém o mecanismo de falha é diferente, sendo eficaz se
apenas um dos pares for danificados.
Além dessas configurações definidas pela ANSI e ITU-T, as redes ópticas podem
apresentar outras configurações devido a evolução das técnicas de multiplexação por
comprimento de onda (WDM) e o surgimento de novos dispositivos ópticos.
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5 CONCLUSÃO
Esse trabalho apresentou os principais conceitos básicos dos padrões SONET e SDH,
evidenciando a descrição dos padrões de acordo com o contexto histórico. O surgimento de
um padrão para as redes ópticas síncronas iniciou com o processo de quebra de monopólio
privado na área de telecomunicações nos Estados Unidos, resultando no surgimento de
padrões proprietários que dificultavam a manutenção do sistema de telefonia. Com o
desenvolvimento do padrão SONET, a União Internacional de Telecomunicações (ITU-T)
iniciou as primeiras pesquisas no desenvolvimento de um padrão mundial que pudesse
favorecer a interligação das redes ópticas, sendo criado a Hierarquia Digital Síncrona (SDH)
que resultou em algumas alterações do padrão SONET. As recomendações sugeridas pelo
padrão SONET priorizavam atender a necessidade de centralização de serviços entre as
diversas empresas de telecomunicações existentes. Além disso, algumas recomendações
sugeriram o desenvolvimento de formatos de multiplexação que pudessem transportar sinais
de outros modos de transmissão, sendo definidas as taxas de transmissão do padrão. Na
análise do padrão SDH foram constatadas algumas semelhanças nos conceitos básicos
definidos pelo padrão SONET. As taxas de transmissão SDH correspondem aos valores
múltiplos da taxa de referência porém com taxa maior em comparação com o padrão SONET,
existindo uma compatibilidade da transmissão entre a taxa de referência SDH e o sinal de
transporte síncrono de nível 3 do padrão SONET. A interligação entre as redes de
comunicação SONET e SDH favoreceram o padronização dos equipamentos de rede e do
tratamento e convergência de informação, contudo os dois padrões não estabeleceram um
padronização de conectividade, sendo um dos principais problemas encontrados nas redes
atuais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[02] SOARES NETO, Vicente; GAMBOGI NETO, Jarbas. Telecomunicações: redes de alta
velocidade, sistemas PDH e SDH. 2.ed. São Paulo: Érica, 2002.
[03] NAVES; WALDMAN. Estratégias evolutivas para a rede óptica a partir de anéis
WDM. Disponível em: <http://www.optinet.fee.unicamp.br/files/sbrt2002_NW.pdf>. Acesso
em: 29 março de 2006.
[06] BETINI, Roberto. Tópicos avançados em redes, o backbone de fibra. PUC-PR, PPGIA.
Disponível em: <http://www.ppgia.pucpr.br/~betini/arqs/Mestrado/Tar-2/TAR-S23.pdf>.
Acesso em: 03 abril de 2006.
[07] JAIN, Raj. SONET. The Ohio State University, Seminários UFRJ. Disponível em:
<http://www.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/sonet/files/g_9snt.pdf> Acesso em: 07 maio
de 2006.
[11] CAMPOS, Glaucia. Redes de alta velocidade, redes SDH. DIMAP, UFRN. Disponível
em: <http://www.dimap.ufrn.br/~glaucia/RAV/8.SDH.pdf>. Acesso em: 09 julho de 2006.
[13] ROMAN, Ângelo; ROYER, Francisco. Redes de transmissão digital sistemas PDH e
SDH. Especialização em telecomunicações, 2001, PUC-RS. Disponível em:
<http://www.dca.fee.unicamp.br/~rangel/telefonia/home-page/sdh.pdf>. Acesso em: 11 julho
de 2006.
[15] BERNAL, Huber. Redes SDH. Tutorial Teleco, 2003. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/pagina_1.asp>. Acesso em: 11 julho de 2006.
[16] VIEIRA, Luis Carlos. Transmissão digital. DAELN, UTFPR. Disponível em:
<http://pessoal.cefetpr.br/lcvieira/sistel/apostilasistel/transmissaodigital.pdf>. Acesso em 11
julho de 2006.
[17] ASSIS, Karcius D. Rosário. O suporte ao tráfego de internet pela rede óptica
“planejamento e projeto”. Tese (área de concentração de telecomunicações e telemática),
2004, Departamento de Comunicações – UNICAMP.
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ANEXO A – RECOMENDAÇÕES
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