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2. Coesão:
Das Agências
Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi
candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reportagem nesta
página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo
Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4), Márcio Artur Lerro
Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela
Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), João Izidoro de Andrade (7), de
53 anos.
Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores
de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do
Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). Isidoro Andrade (7) havia
alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander 691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a
São Paulo assistir ao velório do filho (7) Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32
anos, que (8) morreu ao reagir a um assalto e ser baleado na noite de sexta-feira.
a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o texto. Pode
perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente por ele ter sido o
veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamente dita. A repetição é um
dos principais elementos de coesão do texto jornalístico fatual, que, por sua
natureza, deve dispensar a releitura por parte do receptor (o leitor, no caso). A
repetição pode ser considerada a mais explícita ferramenta de coesão. Na
dissertação cobrada pelos vestibulares, obviamente deve ser usada com
parcimônia, uma vez que um número elevado de repetições pode levar o leitor à
exaustão.
Exemplos:
a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O presidente, que
voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certificado... (o epíteto presidente
retoma Fernando Henrique Cardoso; poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo);
Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles.
Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados. Exemplos: Uma
fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis, como
sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A paralisação foi a maneira
encontrada... (paralisação, que deriva de paralisar, retoma a ação de centenas de
veículos de paralisar o trânsito da Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda
atingiu mais três residências (o nome impacto retoma e resume o acidente de
avião noticiado na matéria-exemplo)
Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um elemento
(palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de uma classe ou
categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de centenas de veículos
paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi a maneira
encontrada... (protesto retoma toda a idéia anterior - da paralisação -,
categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados ao lado do
corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos animais (animais
retoma cães, indicando uma das possíveis classificações que se podem atribuir a
eles).
Conexão:
Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda
cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também, não só... como
também, não apenas ... como também, não só ... bem como, com, ou (quando
não for excludente).
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de,
com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.
1. Coerência:
Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará
Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a
nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da incompatibilidade
entre um conhecimento prévio que temos da realizada com o que se relata.
Sabemos que, considerando uma realidade "normal", em Fortaleza não neva
(ainda mais no verão!).
Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima poderia
fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto seria a
"anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.
Uma afirmação como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do décimo andar
e não sofreu nenhum arranhão." é coerente, na medida que a frase inicial ("Foi um
verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalidade do fato narrado.
Um texto é composto por personagens que falam, dialogam entre si, manifestam,
enfim, o seu discurso.
a) Discurso direto:
Parece que a agulha não disse nada: mas um alfinete, de cabeça grande e não
menor experiência, murmurou à pobre agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar a
vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro
caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
- vem introduzido por verbo que anuncia a fala do personagem (murmurou, disse).
Esses verbos são chamados de verbos de dizer (dizer, responder, retrucar,
afirmar, falar).
b) Discurso indireto:
A fala de D. Paula chega ao leitor por via indireta, por isso esse expediente é
denominado de discurso indireto, cujas marcas são:
- discurso indireto também é introduzido por verbo de dizer.
- Discurso direto: D. Paula disse: - Daqui a duas horas tudo estará acabado.
- Discurso indireto: D. Paula disse que dali a duas horas tudo estaria acabado.
- Discurso direto: Baleia pensava: O mundo ficará todo cheio de preás, gordos,
enormes.
- Discurso indireto: Baleia pensava que o mundo todo ficaria todo cheio de preás,
gordos, enormes.
- Discurso indireto livre: O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes.
Notamos que o discurso indireto livre é um discurso que exclui os verbos de dizer
e a partícula introdutória.
O segundo tipo serve para analisar as palavras e o modo de dizer dos outros e não
somente o conteúdo de sua comunicação.
Introdução:
Constatação do problema
Delimitação do assunto
Definição do tema
Exemplos: Como um dos mais problemáticos fenômenos sociais, a violência está
mobilizando não só o governo brasileiro, mas também toda a população num
esforço para sua erradicação.
Desenvolvimento:
É muito importante manter uma abordagem mais ampla, mostrar os dois lados da
questão. O texto esquematizado previamente reflete organização e técnica,
valorizando bastante a redação. Logo, um texto equilibrado tem mais chances de
receber melhores conceitos dos avaliadores, por demonstrar que o candidato se
empenhou para construí-lo.
Indique três causas das proposições a seguir e justifique cada uma através de uma
frase:
Precariedade do sistema de transportes
Uso de agrotóxicos
Conclusão:
Evite usar palavras como "coisa" e "algo", por terem sentido vago. Prefira:
elemento, fator, tópico, índice, item etc.
Só cite exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar. Faça somente
uma breve menção.
A emoção não pode perpassar nem mesmo num adjetivo empregado no texto.
Atenção à imparcialidade.
Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das
sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma
entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer
outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.
Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres
em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas
estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas
indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à
economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos,
preconceitos e ocupando mais espaços.
Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas
pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da
participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço
na sociedade brasileira e mundial.
causa: por causa de, graças a, em virtude de, em vista de, devido a, por motivo
de
Algumas expressões que podem ser usadas para abordar temas com divergência
de opiniões: em contrapartida, se por um lado... / por outro... , xxx é um
fenômeno ambíguo, enquanto uns afirmam... / outros dizem que...
O texto deve ser sempre bem claro, conciso e objetivo. A coerência é um aspecto
de grande importância para a eficiência de uma dissertação, pois não deve haver
pormenores excessivos ou explicações desnecessárias. Todas as idéias
apresentadas devem ser relevantes para o tema proposto e relacionadas
diretamente a ele.
Toda redação deve ter início, meio e fim, que são designados por introdução,
desenvolvimento e conclusão, respectivamente. As idéias distribuem-se de forma
lógica, sem haver fragmentação da mesma idéia em vários parágrafos.
ainda - serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de
determinada conclusão; ou para incluir um elemento a mais dentro de um
conjunto de idéias qualquer.
este, esse e aquele - são chamados termos anafóricos e podem fazer referência
a termos anteriormente expressos, inclusive para estabelecer semelhanças e/ou
diferenças entre eles.
São blocos de texto, cuja primeira linha inicia-se em margem especial, maior do
que a margem normal do texto. Concentram sempre uma idéia-núcleo relacionada
diretamente ao tema da redação.
Isto quer dizer que o signo tem uma parte perceptível (constituído de som e
representado por letra) e uma parte inteligível (constituída de conceito [imagem
mental por meio da qual representamos um objeto]).
atacantes de futebol,
No entanto, a polissemia não deve ser vista como um problema, uma vez que será
neutralizada pelo contexto.
Pois assim que se insere no contexto a palavra perde seu caráter polissêmico e
ganha um significado específico, passando a ser denominado de significado
contextual.
O sentido conotativo varia de cultura para cultura, de classe social para classe
social ou de época para época.
1. Paráfrase:
Outros exemplos: astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) |
Cidade-Luz (Paris) Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa
(Rio de Janeiro).
Síntese >>
<< Paráfrase
Procedimentos:
Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais
importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas
em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras
aquilo que o autor disse.
Assim percebemos que um dos aspectos mais intrigantes que pode ser
apresentado por um texto é o fato dele dizer aquilo que parece não dizer, ou seja,
é a presença de enunciados subentendidos ou pressupostos.
Para não cair na exploração maliciosa de alguns textos que abusam dos aspectos
subentendidos ou pressupostos devemos saber que:
Pressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, mas que pode ser
percebida a partir de certas palavras ou expressões utilizadas.
Quanto a utilização de pressupostos devemos saber que eles devem ser sempre
verdadeiros ou aceitos como verdadeiros, pois são eles que construirão
informações explícitas. Sendo o pressuposto falso, a informação explícita não terá
cabimento.
O subentendido pode ser uma maneira encontra pelo falante para transmitir algo
sem se comprometer com a informação.
Norma culta:
A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura
a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão
importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e
difundida nas gramáticas.
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua
popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade,
para viver; urge conhecer a língua culta para conviver.
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que
normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que,
num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete
propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou
solene.
Eu não a vi hoje.
Exemplos:
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos
dispersar-nos.)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem
depressa.)
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na
verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma,
conforme a norma culta.
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos
recursos próprios da língua falada.
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo
interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de
dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e
outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada,
porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser
a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão,
nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas
transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número
consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada.
A gíria:
Tem por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando dados reais e
imaginários. Baseia-se numa evolução de acontecimentos, mesmo que não
mantenham relação de linearidade com o tempo real. Sendo assim, está pautada
em verbos de ação e conectores temporais.
O bom autor toma partido das duas opções de posicionamento para o narrador, a
fim de criar uma história mais ou menor parcial, comprometida. Por exemplo,
Machado de Assis, ao escrever Dom Casmurro, optou pela narrativa em 1ª pessoa
justamente para apresentar-nos os fatos segundo um ponto de vista interno,
portanto mais parcial e subjetivo.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras
formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor
viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a
interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que
aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
Figuras de sintaxe:
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à
concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou
omissões.
d) ruptura: anacoluto;
Assíndeto:
Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções
coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas
rítmicas (vírgulas).
Exemplo: "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas
quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se." (Machado de Assis).
Elipse:
Zeugma:
Anáfora:
Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um
período, frase ou verso.
Pleonasmo:
a) Pleonasmo literário:
É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista
semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico,
enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: "Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis ver de
perto / Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira).
"Ó mar salgado, quando do teu sal / São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa).
b) Pleonasmo vicioso:
Exemplos: subir para cima / entrar para dentro / repetir de novo / ouvir com os
ouvidos / hemorragia de sangue / monopólio exclusivo / breve alocução / principal
protagonista.
Polissíndeto:
Anástrofe:
Hipérbato:
Sínquise:
Exemplo: "A grita se alevanta ao Céu, da gente. " (A grita da gente se alevanta ao
Céu ) (Camões).
Hipálage:
Exemplo: "... as lojas loquazes dos barbeiros." (as lojas dos barbeiros loquazes.)
(Eça de Queiros).
Anacoluto:
Silepse:
Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a
idéia a elas associada.
a) Silepse de gênero:
b) Silepse de número:
Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou
plural).
c) Silepse de pessoa:
Antítese:
Apóstrofe:
Exemplo: "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves).
Paradoxo:
Exemplo: "Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É
um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo:
Exemplo: "E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe
pague". (Chico Buarque).
Gradação:
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves).
Hipérbole:
Ironia:
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos,
sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção
é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma
porta: / um amor." (Mário de Andrade).
Prosopopéia:
Perífrase:
Aliteração:
Assonância:
Exemplo: "Sou Ana, da cama / da cana, fulana, bacana / Sou Ana de Amsterdam."
(Chico Buarque).
Paronomásia:
Exemplo: "Berro pelo aterro pelo desterro / berro por seu berro pelo seu erro /
quero que você ganhe que você me apanhe / sou o seu bezerro gritando mamãe."
(Caetano Veloso).
Onomatopéia:
Exemplo: "O silêncio fresco despenca das árvores. / Veio de longe, das planícies
altas, / Dos cerrados onde o guaxe passe rápido... / Vvvvvvvv... passou." (Mário
de Andrade).