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EXMO JUIZ DE DIREITO DA __VARA DE FAMILIA, INTERDITOS,

ORFÃOS E SUCESSÕES DA COMARCA DE ITABUNA

MARCEL KEMPES NASCIMENTO DA SILVA, brasileiro,


casado, autônomo, portador do RG nº13829578-66, inscrito
sob o CPF n°037.062.115-80, residente e domiciliado à Rua
25 de dezembro nº 591, São Caetano, Itabuna – BA, por seus
advogados infra-assinados (doc. anexo), endereço para
intimações no Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito
da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna, situada à
Praça José Bastos, s/n, Campus da FTC, Centro, Itabuna/BA,
vem, perante Vossa Excelência, propor o presente:
:

AÇÃO NEGATORIA DE PATERNIDADE

em face de Perola Hanna de Jesus Santos, brasileira,


menor impúbere nascida na cidade de Itabuna-BA,
representado por sua genitora Ângela Pollyana de Jesus,
brasileira, solteira, portadora da Cédula de Identidade RG
n.º 12060011-00, inscrita no CPF sob o n° 027.844.065.71,
residente e domiciliada à Rua N, n° 48, Bairro Lomanto,
Itabuna- BA, pelos motivos que passa a expor:
GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Inicialmente, requer a V. Exª. sejam deferidos os


benefícios da Gratuidade da Justiça, com fulcro na Lei
1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei
7.510/86, por não ter condições de arcar com as custas
e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio
sustento e de seus familiares.

DOS FATOS

Em Junho de 2005, logo após e nascimento de Perola


Hanna de Jesus Santos, induzido a erro pela requerida e
acreditando ser pai da criança, o Autor registrou a mesma
em seu nome conforme consta nos documentos em anexo.

Decorridos dois anos do fato relatado acima, a requerida


confessou ao Autor que na duração de seu namoro havia
tido um caso a parte com um terceiro, e que havia a
possibilidade da criança não ser filha do Autor.
É importante ressaltar que não se trata o caso de
adoção a brasileira, porque nesta hipótese o autor da
presente ação foi levado a erro por sua ex companheira,
perfazendo-se dessa forma o ato em vicio de consentimento.

Ambas as partes optaram por se submeter ao exame de


DNA para que a dúvida pudesse ser sanada. O exame
comprovou que o Autor não era o verdadeiro pai da criança.

Tendo em vista o vicio de consentimento do autor, e a


prova pericial de exame de DNA produzida neste processo
pede-se deferimento aos pedidos de: Expedição de oficio
para o cartório e isenção de deveres paternos.

DO DIREITO

Tem-se como perfeitamente demonstrado o vício de


consentimento a que foi levado a incorrer o suposto pai,
quando induzido a erro ao proceder ao registro da criança,
acreditando se tratar de filho biológico.

A realização do exame pelo método DNA a comprovar


cientificamente a inexistência do vínculo genético, confere
ao marido a possibilidade de obter, por meio de ação
negatória de paternidade, a anulação do registro ocorrido
com vício de consentimento.
A regra expressa no art. 1.601 do CC/02, estabelece a
imprescritibilidade da ação do marido de contestar a
paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, para afastar
a presunção da paternidade.

Não pode prevalecer a verdade fictícia quando macula a


verdade real e incontestável, calcada em prova de robusta
certeza, como o é o exame genético pelo método DNA.

E mesmo considerando a prevalência dos


interesses da criança que deve nortear a
condução do processo em que se discute de
um lado o direito do pai de negar a
paternidade em razão do estabelecimento da
verdade biológica e, de outro, o direito da
criança de ter preservado seu estado de
filiação, verifica-se que não há prejuízo para
esta, porquanto à menor socorre o direito de
perseguir a verdade real em ação
investigatória de paternidade, para valer-se,
aí sim, do direito indisponível de
reconhecimento do estado de filiação e das
conseqüências, inclusive materiais, daí
advindas. (STJ – 3ª T., REsp nº 878.954/RS,
Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ 28.05.2007, p.
339)

DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. CRIANÇA E


ADOLESCENTE. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
NEGATÓRIA DE PATERNIDADE C.C.
DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE
REGISTRO CIVIL. INTERESSE MAIOR DA
CRIANÇA. AUSÊNCIA DE VÍCIO DE
CONSENTIMENTO. IMPROCEDÊNCIA DO
PEDIDO.
- O assentamento no registro civil a
expressar o vínculo de filiação em sociedade,
nunca foi colocado tão à prova como no
momento atual, em que, por meio de um
preciso e implacável exame de laboratório,
pode-se destruir verdades construídas e
conquistadas com afeto.
- Se por um lado predomina o sentimento de
busca da verdade real, no sentido de
propiciar meios adequados ao investigante
para que tenha assegurado um direito que
lhe é imanente, por outro, reina a
curiosidade, a dúvida, a oportunidade, ou até
mesmo o oportunismo, para que se veja o ser
humano – tão falho por muitas vezes – livre
das amarras não só de um relacionamento
fracassado, como também das obrigações
decorrentes da sua dissolução. Existem, pois,
ex-cônjuges e ex-companheiros; não podem
existir, contudo, ex-

pais.
- O reconhecimento espontâneo da
paternidade somente pode ser desfeito
quando demonstrado vício de consentimento,
isto é, para que haja possibilidade de
anulação do registro de nascimento de menor
cuja paternidade foi reconhecida, é
necessária prova robusta no

sentido de que o “pai registral” foi de fato,


por exemplo, induzido a erro, ou ainda, que
tenha sido coagido a tanto.
- Tendo em mente a salvaguarda dos
interesses dos pequenos, verifica-se que a
ambivalência presente nas recusas de
paternidade são particularmente mutilantes
para a identidade das crianças, o que impõe
ao julgador substancial desvelo no exame
das peculiaridades de cada processo, no
sentido de tornar, o quanto for possível,
perenes os vínculos e alicerces na vida em
desenvolvimento.
- A fragilidade e a fluidez dos
relacionamentos entre os adultos não deve
perpassar as relações entre pais e filhos, as
quais precisam ser perpetuadas e
solidificadas. Em

contraponto à instabilidade dos vínculos


advindos das uniões matrimoniais, estáveis
ou concubinárias, os laços de filiação devem
estar fortemente assegurados, com vistas no
interesse maior da criança, que não deve ser
vítima de mais um fenômeno comportamental
do mundo adulto. Recurso especial conhecido
e provido.
(STJ – 3ª T., REsp nº 1.003.628/DF, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julg. 14.10.2008)

DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. RECURSO


ESPECIAL. AÇÃO NEGATÓRIA DE
PATERNIDADE. EXAME DE DNA.
- Tem-se como perfeitamente demonstrado o
vício de consentimento a que foi levado a
incorrer o suposto pai, quando induzido a
erro ao proceder ao registro da criança,
acreditando se tratar de filho biológico.
- A realização do exame pelo método DNA a
comprovar cientificamente a inexistência do
vínculo genético, confere ao marido a
possibilidade de obter, por meio de ação
negatória de paternidade, a anulação do
registro ocorrido com vício de
consentimento.

- A regra expressa no art. 1.601 do CC/02,


estabelece a imprescritibilidade da ação do
marido de contestar a paternidade dos filhos
nascidos de sua mulher, para afastar a
presunção da paternidade.
- Não pode prevalecer a verdade fictícia
quando maculada pela verdade real e
incontestável, calcada em prova de robusta
certeza, como o é o exame genético pelo
método DNA.
- E mesmo considerando a prevalência dos
interesses da criança que deve nortear a
condução do processo em que se discute de
um lado o direito do pai de negar a
paternidade em razão do estabelecimento da
verdade biológica e, de outro, o direito da
criança de
ter preservado seu estado de filiação,
verifica-se que não há prejuízo para esta,
porquanto à menor socorre o direito de
perseguir a verdade real em ação
investigatória de paternidade, para valer-se,
aí sim, do direito indisponível de
reconhecimento do estado de filiação e das
conseqüências, inclusive materiais, daí
advindas. Recurso especial conhecido e
provido.

(STJ – 3ª T., REsp nº 878.954/RS, Rel. Min.


Nancy Andrighi, DJ 28.05.2007, p. 339)

APELAÇÃO CÍVEL - PATERNIDADE -


RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO - AÇÃO
NEGATÓRIA CUMULADA COM ANULATÓRIA
DE REGISTRO DE NASCIMENTO - VÍCIO DE
CONSENTIMENTO - FALSIDADE
IDEOLÓGICA - CONFISSÃO DA MÃE - INC.
III DO ART. 147 C/C 348 DO CÓDIGO CIVIL
- FALSIDADE IDEOLÓGICA - RECONHECIDA
- RETIFICAÇÃO NO ASSENTAMENTO DE
NASCIMENTO DO PRENOME ADOTADO -
ART. 109 DA LEI 6.015/73 -
PROCEDÊNCIA.
Comprovado pela confissão da mãe, que seu
filho, não o é do autor da ação, sendo falsa a
declaração, a respeito, feita no assento de
nascimento, deve ser julgada procedente a
ação negatória de paternidade, com
retificação

do assento de nascimento do menor, para


excluir o nome do autor e o seu apelido de
família.(TJ/MS – 2ª T. Cív., Ap. Cív. nº
2002.008208-2, Rel. Des. Nildo de Carvalho,
julg. 25.02.2003)
DOS PEDIDO e REQUERIMENTOS

À vista do exposto, pede e requer:

A citação da requerida, por sua genitora , para contestar a


presente ação, sob as penas da lei;

A procedência da ação para o fim de reconhecer que o autor


não é pai biológico do requerido determinando que retifique
o termo de nascimento da requerida, excluindo o nome do
autor da filiação paterna.

Expedição de oficio para o cartório de registro de pessoas


naturais.
A produção de todas as provas admitidas em direito

Que seja determinado ao requerido, por sua genitora, que


traga aos autos sua certidão de nascimento;

Os benefícios da justiça gratuita, uma vez que o autor é


pobre nos termos da lei, não tendo condições de cuidar da
própria subsistência sem prejuízo do sustento próprio e dos
seus.

Dá à causa o valor de R$510.00 (quinhentos e dez reais).

Termos em que,
Pede deferimento.

Itabuna – BA, .

PAULO AFONSO DE ANDRADE CARVALHO


OAB 22.873

CARLOS MAGNO MAGALHÃES SILVEIRA SOUZA


Estagiário
ANEXOS:

- Procuração
- Cópia da Certidão de Nascimento de ANGELA POLLYANA
DE JESUS
- Cópia do RG e CPF de GEAN SOUZA DOS SANTOS;
- Cópia do comprovante de residência;
- Exame de DNA

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