Investigação da situação de controle da silicose

em cavadores de poços da Região da Ibiapaba

A metodologia aplicada foi uma pesquisa direta, de
caráter censitário, através de entrevistas estruturadas
junto aos cavadores de poços residentes na Região de
da Ibiapaba – Ce, quando foram solicitados a responder
um questionário padronizado, caracterizando dessa
forma, o uso do método correlacional de pesquisa, ou
seja, os dados foram coletados in loco através de um
roteiro de entrevista, constituído por perguntas-filtro,
fechadas (simples e múltiplas), abertas e de avaliação
por escalas de medidas, versando sobre a atividade de
cavar poços, o grau de conhecimento, o aprendizado
sobre a silicose e suas conseqüências.
MÁRCIA ALCÂNTARA E COLABORADORES - 2006
 SILICOSE NO ESTADO DO CEARÁ
CAVADORES DE POÇOS - RI
IEPP
Parou de
cavar = 241
85,8%

P1 = 1202 P2 = 687 n = 283 IEPP

Não parou de
cavar = 40
14,2%

(Holanda e col. Silicose em cavadores de poços da região

de Ibiapaba (CE):da descoberta ao controle. J Pneumol 1999;25(1):1-11)
Município de procedência dos cavadores de poço

Município N %
Tianguá 35 45,5
Viçosa 19 24,7
São Benedito 9 11,7
Ubajara 2 2,6
Ibiapina 12 15,6
Total 77 100,0
Idade dos cavadores de poço (anos completos)
N Mínimo Máximo Média Desvio
padrão
77 21 79 50,4 11,1
Grau de instrução dos cavadores de poço
Grau de instrução N %
Analfabeto 58 75,3
Sabe ler e escrever 13 16,9
Ensino fundamental 5 6,5
incompleto
Ensino médio incompleto 1 1,3
Total 77 100,0
 Estado civil dos cavadores de poço

Estado civil N %

Solteiro 9 11,7

Casado 66 85,7

Separado/divorciado 2 2,6

Total 77 100,0
 Renda individual dos cavadores de poço
Renda (R$) N % % acumulado
Sem renda 7 9,1 9,1
< 350,00 36 46,7 55,8
350,00 32 41,6 97,4
> 350,00 2 2,6 100,0
Total 77 100,0
 Renda individual e familiar dos cavadores de poço

Especificação N Mínimo Máximo Média Desvio

padrão
Renda 77 0,00 850,00 227,51 153,00
individual (R$)
Renda familiar 77 0,00 850,00 307,77 179,22
(R$)
 Ocupação principal atual dos cavadores de poço
Ocupação principal atual N %
Agricultor 48 62,3
Desempregado/sem ocupação 13 16,9
Vendedor ambulante 3 3,9
Pedreiro 2 2,6
Aposentado 6 7,8
Biscate 3 3,9
Vigia 1 1,3
Servente 1 1,3
Total 77 100,0
O Sr. acredita que cavar N %
poço traz doença?
Sim 76 98,7
Não 1 1,3
Total 77 100,0
Se acredita, indique o N %
nome da doença
Silicose 76 100,0
O Sr. acredita que o pó N %
da pedra é a causa
principal dessa doença?
Sim 75 97,4
Não 1 1,3
Não sabe 1 1,3
Total 77 100,0
O Sr. é silicótico? N %

Sim 51 66,2
Não 10 13,0
Não sabe 16 20,8
Total 77 100,0
Existe mais alguém na sua N %
família que é silicótico
Sim 22 28,6
Não 47 61,0
Não sabe 8 10,4
Total 77 100,0
Número de pessoas na N %
família que são silicóticos
(fora o entrevistado)
1 11 50,0
2 6 27,3
3 3 13,6
4 2 9,1
Total 22 100,0
O Sr. é aposentado? N %

Sim, por causa da silicose 26 33,8

Sim, por outro motivo 6 7,8

Não 45 58,4
Total 77 100,0
Atualmente, o Sr. exerce a N %
atividade de cavar poço?
Sim 7 9,1
Não 70 90,9
Total 77 100,0
 Principal motivo porque
continua a cavar poço
Ano Por necessidade Para aumentar Total
do dinheiro a renda
1966 1 - 1
1969 - 1 1
1978 2 - 2
1980 - 1 1
1988 - 1 1
1989 1 - 1
Total 4 3 7
Período em que o cavador parou de cavar
Período N % % acumulado
1976 - 1985 11 15,7 15,7
1986 - 1995 30 42,8 58,5
1996 - 2005 26 37,2 95,7
2006 - 3 4,3 100,0
Total 70 100,0
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA

AÇUDE
JABURU II

PERFURAÇÃO
MECÂNICA
CISTERNAS
DE PLACAS
SILICOSE NO CEARÁ
XXXIII CBPT

Dra. Márcia Alcântara

Dr. Paulo Gurgel