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GI-MICRO
Jogo de Empresas
Simulação Empresarial
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
Manual do Diretor
O seu grupo foi escolhido para compor a equipe dirigente de uma dessas unidades, devendo
tomar decisões que envolvem empréstimos, mão-de-obra, compra de equipamentos, etc. Os
preços e a propaganda, equivalentes para todas as unidades até o presente momento,
passarão a ser de responsabilidade do grupo. A qualidade do produto fabricado é idêntica
em todas as unidades e depende, exclusivamente, das regras estabelecidas pela matriz.
Boa Sorte!
Schiller
INTRODUÇÃO
6. FONTES DE INFORMAÇÃO..................................................................... 51
6.1 Relatório Confidencial..................................................................................................................... 52
6.1.1 Insumo (em unidades)................................................................................................................52
6.1.2 Produtos Acabados (em unidades) ........................................................................................52
6.1.3 Pessoal (em unidades) ...............................................................................................................53
6.1.4 Demanda e Vendas por Região (em unidades)...................................................................54
6.1.5 Empréstimos & Fornecedores (em valores - unidades monetárias – um) .........................54
6.1.5 Demonstrativo de resultados (em valores – unidades monetárias - UM)..........................54
6.1.6 Demonstrativo de caixa (em valores – unidades monetárias - UM) .................................54
6.2 Relatório Geral.................................................................................................................................. 55
6.2.1 Balanços Patrimoniais (em valores – unidades monetárias - UM) ......................................55
6.2.3 Demanda & Vendas (em unidades - totais por região) ......................................................57
6.2.3 Dados Gerais da Conjuntura e Economia .............................................................................57
6.3 Relatório de desempenho.............................................................................................................. 57
6.3.1 Lucro Total ....................................................................................................................................57
6.3.2 Produtividade (produtividade da mão-de-obra) .................................................................57
6.3.3 Venda/Demanda (índice) ........................................................................................................57
6.3.4 Custo Total....................................................................................................................................58
6.4 Relatório de Índices Econômicos e Financeiros.......................................................................... 59
6.4.1 Liquidez Corrente ........................................................................................................................60
6.4.2 Liquidez Seca ...............................................................................................................................61
6.4.3 Liquidez geral...............................................................................................................................61
6.4.4 Rentabilidade para empresa (%).............................................................................................61
6.4.5 Rentabilidade para o proprietário (%) ....................................................................................61
6.4.6 Fator de insolvência de Kanitz..................................................................................................62
6.4.7 Participação de capital de terceiros nos recursos totais (%) ..............................................62
6.4.7 Garantia do capital próprio ao capital de terceiros............................................................62
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 83
LIVROS E ARTIGOS................................................................................................................................... 83
DISSERTAÇÕES E TESES............................................................................................................................ 83
1. O Jogo e micro mundo simulado
Pense numa grande empresa, que lançou um produto que é um sucesso – tanto, que a
empresa está abrindo novas unidades para fabricar esse produto. Pense em você como um
dos responsáveis por essa nova unidade. Você terá que tomar decisões para produzir mais,
investir, resolver problemas relacionados ao mercado, reagir às mudanças do ambiente. Ou
seja, você estará no papel de um administrador, com uma empresa em suas mãos.
1.1 Objetivo
O objetivo das empresas é obter o melhor desempenho. Este será medido principalmente
pelo lucro acumulado e pelo desempenho na Assembléia Geral a ser realizada ao final do
jogo. A Assembléia Geral serve para simular a divulgação da imagem da empresa e pode ser
realizada uma ou mais vezes durante o jogo.
Na entrega dos resultados o animador comenta fatos relevantes relativos ao que ocorreu e
participa como um consultor de pelo menos uma parte das discussões referentes as decisões
do período seguinte. Nestas intervenções o animador pode ajudar as empresas localmente
buscando sempre mostrar o mecanismo, o como e o porque, do erro ou acerto cometido, da
pertinência ou não de determinada projeção. O objetivo é mostrar as implicações dos atos, e
a necessidade deles estarem orientados por questões estratégicas da organização.
1.2.3 O Animador
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Simulação Empresarial Capítulo 1
decisões que a equipes podem tomar. E quem decide isso também é o Animador. Outra
responsabilidade dele é trabalhar com o software de simulação GI-MICRO.
O Animador será auxiliado em algumas das funções acima por alguns dos colegas que
desempenharão o papel de observadores-consultores.
O software GI-MICRO tem como função processar e gerenciar as decisões tomadas pela
equipe e pelo Animador. Com essas informações, o software simula as mudanças que
ocorrem no mercado e emite os relatórios para a empresa saber como está no mercado e
decidir as próximas jogadas em fim, ele é, antes de mais nada um meio para se alcançar um
fim.
As equipes têm que tomar decisões na empresa e para isso elas contam com três fontes de
informação:
: Este manual,
: Relatórios Contábeis e de Avaliação e
: O jornal “GI-Informações”.
Conforme a introdução deste Manual, aqui você irá encontrar as principais variáveis em
jogo na empresa, as regras e dicas.
Os Relatórios são emitidos pelo software GI-MICRO e são a base para tomada de decisões.
Eles mostram como está o desempenho da empresa nos vários aspectos de atuação, além de
registrarem os compromissos marcados para os próximos períodos.
Uma última recomendação: mantenha-se informado. Durante todo o período existe uma ou
mais novidades importantes, ou melhor, uma ou mais oportunidades de gerir melhor os
seus negócios. Uma leitura atenta do GI-Informações e a discussão dessas notícias
permitirão extrair fatos dos dados do jornal.
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Simulação Empresarial Capítulo 1
Convém não esquecer que a Assembléia Geral exige segurança por parte da equipe
dirigente. É importante se concentrar nos pontos fortes da empresa e não em justificar os
erros. É claro que a direção deve ter uma boa justificativa para seus erros, mas isto não
significa que a exposição da direção deva se concentrar neste ponto. A conclusão deverá ser:
apesar das dificuldades a empresa está pronta para crescer e dar muitos lucros.
Para compreender o fluxo de recursos financeiros sugere-se consultar a figura 1.2. Esta
figura mostra de forma descriminada os vários atores que participam do fluxo financeiro do
jogo e como a relação ocorre (bi ou unilateralmente). É muito importante considerar este
fluxo de forma global pois isto permite contextualizar a análise individual de cada fator
participante.
O mercado começa por impor à empresa uma demanda. Para satisfazer esta demanda a
empresa oferecerá um determinado número de produtos a determinado preço e prazo. Um
certo número destes produtos, talvez todos, serão adquiridos pelos clientes. Aqui a empresa
coloca produto no mercado e recolhe a receita relativa a venda destes produtos.
11
Simulação Empresarial Capítulo 1
: As decisões dos concorrentes que são desconhecidas e não podem ser controladas pela
empresa;
: O efeito exato que um aumento ou diminuição de preço, prazo ou propaganda tem na
demanda não pode ser determinado porque não existe um modelo preciso do
comportamento do consumidor a disposição;
O que se sabe sobre o mercado como um todo são estimativas e estas estimativas podem ser
afetadas pelo conjunto de decisões de todas as empresas mas não se tem acesso a estas
decisões nem a um modelo que permita determinar o resultado desta iteração de decisões.
Enquanto que a falta de acesso as decisões dos concorrentes é uma conseqüência natural da
competição, pois são segredos de uma batalha acirrada pelo consumidor, a ausência de
dados sobre os modelos matemáticos que o jogo utiliza para simular o comportamento do
consumidor é proposital. No mundo real é difícil, se não impossível, modelar com exatidão a
preferência do consumidor, isto é, estimativas e suposições com graus variados de precisão
podem ser feitas mas nada exato, sendo assim estaria sendo criada uma distorção
considerável e imprópria em relação a realidade se estes modelos fossem disponibilizados.
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Simulação Empresarial Capítulo 1
Faz parte de seu comportamento o hábito de comparar os preços de um dado período com os
respectivos preços do período imediatamente anterior de forma a não se deixar explorar.
Desta forma o consumidor tende a rejeitar empresas que tenham praticado aumentos
13
Simulação Empresarial Capítulo 1
demasiados entre dois períodos. Ainda deve ser dito que o consumidor evita empresas que
tenham seus preços muito acima da média do mercado em determinado período. Esta
rejeição é tão marcante que empresas com preços em torno de 20 % acima da média
praticamente não obtém demanda.
PERÍODO
1 4 8
Estes valores (6% e 60%) serão válidos apenas nas seguintes condições: i) lembrar que o
crescimento trimestral (período a período) é um valor médio. Na realidade ele pode ser
maior ou menor e, ii) todas as empresas mantiverem as mesmas decisões de preço prazo e
propaganda ao longo do jogo. Aqui estão dois pontos que adicionam ainda mais incerteza ao
modelo: i) não se sabe exatamente qual será o crescimento natural do mercado, só se sabe a
média e, ii) não se pode afirmar nada sobre quais serão as decisões dos concorrentes.
Se a empresa possuir produto suficiente poderá suprir toda a demanda porém produtos em
excesso ficarão em estoque. Caso a empresa não possua produtos em quantidade para
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Simulação Empresarial Capítulo 1
Para compreender como isto ocorre deve-se esclarecer que o consumidor é fiel ao seu
fornecedor mas tende a abandoná-lo se é mal atendido. Procurar produto e não encontrar é
considerado mau atendimento, tanto quanto abuso de preço. Uma parte dos clientes que
procura produtos de um fabricante e não encontra desiste da compra. Outra parte, menor,
vai procurar produto nos concorrentes.
Para a empresa estas pessoas são clientes extras que poderão ajudar na venda de um
estoque que normalmente não seria vendido. Nestas situações a empresa vende mais do que
sua demanda e os clientes não custam nada pois o esforço de cativá-los foi feito por outra
empresa, que acabou por não conseguir atendê-los.
Como já mencionado, preços abusivos, muito acima da média fazem com que o cliente
desista da compra, ainda mais se o prazo for pequeno e o estímulo com propaganda
insuficiente. Em função de todas estas características do comportamento do cliente não raro
poderá acontecer que as empresas fiquem com produto estocado e mesmo assim nem toda a
demanda seja atendida, a desistência da compra é um fator de incerteza pois ele não pode
ser determinado exatamente.
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Simulação Empresarial Capítulo 1
Banco BICASA é o banco ao qual os empresários deverão se dirigir para satisfazer suas
necessidades de capital de giro de curto e médio prazo. Também é o BICASA que oferece a
possibilidade de aplicação para os eventuais superávites de caixa que afortunadamente
ocorrerão. Sendo um banco comercial, o BICASA está sujeito as regras de mercado tanto no
que diz respeito aos empréstimos oferecidos quanto na remuneração oferecida nas
aplicações financeiras.
Modalidades de empréstimos:
Existe uma taxa de juros referencial, estipulada pelo Banco Central, a qual todas as demais
taxas estão vinculadas. Existe a possibilidade de obtenção de empréstimos a curto, médio
ou longo prazo. Estes últimos se destinam ao investimento em equipamentos, além disto a
sua obtenção pode estar sujeita a negociações com os banqueiros, os quais costumam
solicitar demonstrações financeiras sobre o desempenho da empresa. Para empréstimos de
curto e médio prazo a taxa de juros cobrada será 30% maior que a taxa estabelecida pelo
BC. Em resumo, as três modalidades de pagamento de empréstimos são:
: Curto Prazo: Concedido pelo BICASA e destina-se para as necessidades de capital de giro. O
montante deve ser devolvido no próximo período juntamente com os juros.
: Médio Prazo: Também concedido pelo BICASA com propósito de satisfazer necessidades de
capital de giro. Nesta modalidade o montante será pago pelo SAC (Sistema de Amortizações
Constantes) em três parcelas sem carência.
: Longo Prazo: Concedido apenas pelo BADEL destina-se a financiar investimentos em
capacidade produtiva. O montante será pago pelo SAC em cinco parcelas, com carência de quatro
períodos. Neste caso a taxa de juros será igual à taxa do BC. Normalmente o BADEL financia até
90% do montante total, mas o cenário pode se alterar.
Sobre o resultado líquido da empresa incide uma alíquota de 35% referente ao imposto de
renda. O fisco na GI-LAND é rigoroso e o imposto é pago na fonte trimestralmente. Não
existe aprovisionamento. Outro imposto que poderá afetar as finanças da empresa virtual
são os impostos aduaneiros que refletem a flutuação do câmbio, normalmente estável, e/ou
de sobre taxas erguidas como barreiras de entrada ou incentivos para exportação. O jornal
GI-Informações é responsável por atualizar os diretores a respeito clima financeiro
internacional.
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Simulação Empresarial Capítulo 1
: MEGA Insumo LTDA (F1): É um fornecedor que possui estoques para pronta entrega. Por esta
comodidade a MEGA cobra 25% acima do preço de mercado. É identificada nos relatórios como
fornecedor F1.
: Empório da Indústria (F2): Trabalha por encomenda e vende pelo preço de mercado. Não tem
estoques e todos os pedidos demoram um período, três meses, para serem entregues. Nos
relatórios aparece como F2.
Também mostra que o sistema de encomendas adotado pela Empório leva a uma espera de
um período entre a emissão do pedido e a chegada do insumo comprado. Este intervalo de
tempo deve ser considerado na hora de programar a compra dos insumos com um e as vezes
até dois períodos de antecedência.
Nas compras a prazo é cobrado juro correspondente a taxa de referência do banco central
mais 30 % ao período. Todos os pedidos entregues na forma de decisões são encaminhados
para a Empório da Indústria. As empresas, voluntariamente nunca compram da MEGA
Insumos.
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Simulação Empresarial Capítulo 1
A GI-LAND faz parte de um mundo globalizado e como tal está sujeita, em parte, as flutuações do
mercado internacional. As condições de suprimento podem ser afetadas pelos portuários que são
representados por um sindicato atuante e que conta com amplo respaldo dentro da classe.
NEGOCIAR COM CAUTELA.
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Simulação Empresarial Capítulo 2
Para o bom desempenho do jogo é muito importante que as equipes se organizem e que
todos participem ativamente das tarefas.
Caso você se julgue sem base para discutir com os demais membros do grupo, não fique
alheio. Talvez o que os outros mais precisem e o recurso mais importante para o grupo seja
alguém que os escute com empatia. Lembre-se: se você ficar distante, a moral do grupo cai.
Se, por outro lado, você acha que é a pessoa mais importante do grupo, fique com esta
opinião para si e lembre-se de que a sua liderança será eficaz se o grupo chegar à conclusão
de que todos estão contribuindo.
O modelo de jogo de empresa adotado no GI-EPS prevê a divisão das tarefas de gestão da
empresa entre uma equipe de quatro pessoas. A cada um destes indivíduos cabe um
conjunto de tarefas específicas relacionadas com uma diretoria da empresa.
Estão previstas quatro diretorias: i) diretoria geral, ii) de produção e pessoal, iii) financeira
e, iv) de marketing. Com exceção do diretor geral as áreas de atuação dos demais são
evidentes. Ao diretor geral cabe a coordenação das atividades dos demais diretores. Na
figura 2.1 mostra-se as decisões que cada diretor tem sob sua responsabilidade.
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Simulação Empresarial Capítulo 2
Geral
coordena os trabalhos dos demais diretores
cuida dos rumos da empresa, é ele que se
responsabiliza pelo cumprimento das metas
Como já foi dito, algumas pessoas irão participar da simulação sem entretanto fazer parte
das empresas. Elas desempenharão o papel de Observadores e irão auxiliar o professor na
tarefa de dar feedback aos alunos sobre questões de trabalho em equipe. Ao final do jogo os
observadores apresentarão um relatório sobre as equipes, nos aspectos de relacionamento,
comportamento e do desempenho das atividades em grupo.
A identificação de problemas ou de pontos fortes da empresa é facilitada uma vez que cada
diretoria tem seus limites definidos. Um problema mal diagnosticado pode levar a
conseqüências inesperadas, mesmo quando se tem certeza de estar aplicando soluções
aparentemente corretas. Apesar desta recomendação de número de integrantes e divisão de
atividades não existe nenhuma obrigação por parte das empresas em segui-las.
Um feedback interno (entre as equipes), pois os acionistas/ diretores poderão saber como e
porque uma empresa obteve determinado resultado e se o resultado esperado era realmente
aquele observado;
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Simulação Empresarial Capítulo 2
INTERNAS EXTERNAS
Assegurar que os demais diretores Manter-se informado e/ou participar dos
GERAL cumpram suas tarefas e coordenar as contatos dos demais diretores
ativi dades
A figura 2.1 mostra as tarefas individuais que cada diretor tem sob sua responsabilidade,
no entanto ela não dá uma visão mais abrangente dentro de um contexto de mercado das
tarefas de cada diretoria. A tabela 1 mostra as atividades internas e externas a empresa
que os diretores devem desenvolver. As tarefas internas dizem respeito as
responsabilidades dentro da empresa e as externas dizem respeito aos contatos com o
animador e com os componentes das outras equipes.
A figura 2.2 ilustra a forma de trabalho que o animador buscará desenvolver junto as
equipes de participantes do jogo. Nesta ilustração procura-se dar uma visão da dinâmica do
jogo GI-EPS sob o ponto de vista da empresa virtual, ou melhor, de seus administradores
virtuais. Tanto que, na figura, todas as atividades relativas ao animador estão
compreendidas pelo bloco denominado SIMULAÇÃO, todas as demais atividades
apresentadas dizem respeito única e exclusivamente às equipes.
21
Simulação Empresarial Capítulo 2
que as decisões escolhidas contribuirão para o cumprimento das metas definidas. Quando
isto não ocorre, seja por dúvidas, incertezas ou erros no processo decisório, a equipe deverá
retornar a etapa ou etapa(s) responsável(is) pelo desvio de rota executando então os devidos
reajustes.
SIMULAÇÃO
Implementa
Recebe os
as
Resultados
Decisões
MISSÃO
SIM Analisa os
NÃO METAS Relatórios
Satisfeito ? ESTRATÉGIAS
Analisa a
Empresa e o
Mercado
Executa a Realisa
Tomada de Proj eções e
Decisões Prev isões
Esta seqüência de atividades pode e deve ser repetida e corrigida tantas vezes quantas
forem necessárias até que a equipe se dê por satisfeita em relação a adequação dos
resultados para com os objetivos da empresa. Isto é responsabilidade da empresa pois a
implementação das decisões que consta, na figura 2.2, como passo seguinte à aprovação das
decisões é irreversível. Dentro do contexto do jogo a implementação corresponde a entrega
da folha de decisões para o animador o qual não devolverá esta folha, para correções ou
alterações, em hipótese alguma.
Esta regra vale desde o início do jogo mas a seqüência de trabalho, sua organização e
embasamento em metas e estratégias bem determinadas, leva algum tempo para se
consolidar. O desenvolvimento das habilidades necessárias para a escolha da
missão/metas/estratégias e, da capacidade de buscar formas e meios de implementá-las é
um dos objetivos deste jogo.
O Diretor Geral deverá estabelecer um contrato com cada diretor. Este contrato consiste em
combinar com cada diretor como as suas tarefas serão cumpridas, como será a cobrança das
tarefas e qual o apoio que cada um deles precisa. A leitura do livro “Liderança e o Gerente
Minuto” (Record) o ajudará a conduzir a empresa, aproveitando ao máximo as habilidades
de sua equipe.
Para acompanhar o trabalho dos demais diretores, o Diretor Geral deverá ter uma visão
global sobre o funcionamento da empresa. Deverá compreender como as diretorias se
relacionam e como uma decisão individual reflete no todo. Além de uma visão global, o
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Simulação Empresarial Capítulo 2
Objetivos Gerais:
: Coordenar o trabalho dos demais diretores
: Lucro Acumulado
: Assembléia Geral.
O Diretor de Marketing não decide só sobre o investimento em propaganda. Sua função vai
mais além. Ele é o responsável por traçar estratégias de marketing adequadas à realidade
do mercado, envolvendo aspectos relacionados com a demanda, canais de penetração do
produto nos diversos mercados, conquista dos consumidores. A seguir, estão enumeradas
algumas tarefas básicas do Diretor de Marketing.
Objetivos Gerais
: Demanda e Vendas
Tarefas:
# Diferenciar os preços e a propaganda no início do jogo;
# Descobrir a sensibilidade dos consumidores ao preço e à propaganda;
# Fazer previsões de demanda com base no item anterior;
# Verificar o que está acontecendo no mercado e descobrir oportunidades para aumentar
a demanda;
# Garantir o atendimento da demanda.
O Diretor Financeiro deverá zelar pelos recursos financeiros da empresa. A saúde financeira da
empresa dependerá, dentre outras coisas, da capacidade de: i) buscar recursos financeiros
condizentes com as necessidades do empreendimento, aproveitando as condições mais
atrativas apresentadas pelo mercado; ii) balancear o fluxo financeiro, buscando um controle
efetivo dos recursos; e iii) promover a racionalização na utilização dos recursos, buscando
reduzir custos para aumentar a margem de contribuição dos produtos fabricados.
Objetivos Gerais
: Custo de Produção,
: Equilíbrio de caixa
: Manutenção das contas em dia.
Tarefas:
# Elaborar os orçamentos de caixa e de resultados a partir das estimativas dos diretores de marketing e produção.
# Administrar o capital de giro obtendo empréstimos baratos e fazendo aplicações dos excedentes de caixa.
# META Ö Caixa = 7.500 UM (Unidade Monetária, a moeda do jogo)
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Simulação Empresarial Capítulo 2
Objetivos gerais:
: Volume adequado a demanda
: Equilíbrio entre capacidade de equipamento e mão-de-obra
: Capacidade de produção.
Tarefas:
# Manter balanceada a capacidade de produção.
# Verificar as melhores maneiras de aumentar a produção.
# Elaborar previsões de produção.
# Utilizar adequadamente as opções de trabalho.
# Estruturar uma boa argumentação para convencer a Diretoria a aumentar a produção.
Cabe aos observadores verificar se existe uma real divisão de tarefas entre os diretores e
principalmente ver se o Diretor Geral (vide descrição de tarefas correspondentes) está
assumindo o seu papel de coordenação. Espera-se que os observadores tenham afinidade com a
área comportamental.
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Simulação Empresarial Capítulo 2
fazer considerações do tipo: “não haverá problemas caso a leitura do jornal não for atenta”
(ver Senge: modelos mentais), ou “o responsável por determinada tarefa deve ser Fulano e
ele certamente a fez”. As decisões no jogo, como na vida real, são irreversíveis e as
conseqüências de um erro irão pesar no desempenho da empresa, não podendo ser
corrigidas.
Análise – O princípio (2) foi inspirado pelo livro de Waterman, “O fator renovação”. Nesse
livro, o autor relata que, nas empresas mais bem geridas do mundo, os executivos
consideram os fatos amigáveis e estão sempre analisando a situação da empresa, do
mercado, das tecnologias e procurando interpretar o que está acontecendo com a empresa e
o seu meio ambiente. Esta postura em relação ao jogo implica em fazer orçamentos cada vez
melhores — manualmente ou com auxílio de uma planilha eletrônica —, procurar
oportunidades, entender cada vez mais o que está acontecendo. É preciso criar um contexto
que tire a tomada de decisões dos domínios da mera opinião. Ao conduzir uma reunião, o
Diretor Geral deverá desqualificar o “achismo”, isto é, as opiniões vagas na base do “eu acho
que...”.
Otimismo – O otimismo (3) não é apenas uma boa estratégia de vida mas também de
gestão. Não é por coincidência que todos os bons empresários são otimistas. Ou seja, a sua
empresa tem tudo para ter o melhor desempenho e ficar em primeiro lugar. Se a sua
empresa não está bem colocada, não desista. Dificilmente a empresa que está em primeiro
lugar conseguirá permanecer nesta posição.
Você pode achar estes princípios um tanto vagos, mas infelizmente não existem regras
precisas e simples que nos permitam obter uma boa gestão dos negócios. Esta depende da
criatividade e de uma postura aberta para o mundo.
É interessante relembrar que os mesmos princípios que regem a boa administração ajudam
a obter um bom desempenho no jogo. As habilidades de um bom administrador são
necessárias para o bom desempenho no jogo. Assim não é de estranhar que os melhores
resultados no jogo são obtidos por pessoas que têm facilidade de trabalhar em equipe,
uma boa capacidade de negociação e bastante entusiasmo.
Um dos aspectos básicos na gestão de uma empresa é descobrir quais são as tarefas mais
importantes a serem feitas. Ou seja, você poderá utilizar os métodos e as técnicas mais
sofisticadas para otimizar a sua gestão, mas, antes disto, assegure-se de que você está
sendo eficaz e fazendo as coisas mais importantes. Esta é a idéia do Princípio do
Bodegueiro, o qual juntamente com mais três outros foram escolhidos como sendo os
príncípios básicos do administrador das empresas GI-MICRO:
25
3. O que está em jogo na empresa
Agora que você já conhece a dinâmica do GI-MICRO e o papel que irá desempenhar, saiba o
que está em jogo na empresa. Esta parte do Manual traz os aspectos que os diretores
deverão levar em conta na administração da empresa. Junto com as variáveis, estão as
regras que as comandam.
3.1. Demanda
Neste item você vai saber informações sobre: i) o que é demanda, ii) fatores controláveis que
influenciam a demanda, iii) fatores incontroláveis que afetam a demanda, iv) como estimar
a demanda, v) efetividade da propaganda e, vi) adequação da política de preços
No universo aonde estão inseridas as empresas existem quatro fatores que afetam a
demanda diretamente e que podem ser controlados: i) volume de propaganda, ii) o preço de
venda, iii) o prazo de pagamento e, iv) o atendimento a demanda. Todos estes fatores podem
ser controlados diretamente pelas empresas sendo que os três primeiros são decisões que as
empresas tomam a cada trimestre.
Propaganda
As empresas poderão se comunicar com os consumidores e aumentar a demanda investindo
em propaganda. Deverão, entretanto, ser considerados os seguintes aspectos:
Preço de Venda
O preço de venda tem uma grande influência na demanda. A demanda da empresa diminui
à medida que seu preço de venda aumenta. Além disso, deve ser considerado o preço da
concorrência.
Caso o preço de uma empresa seja mais baixo que a média, ela obterá uma demanda acima
da média (mantendo-se constantes os outros fatores). Da mesma maneira, se o preço da
empresa for maior do que a média das empresas, a demanda será menor. Quem praticar
um preço 20% acima da média não terá quase nenhuma demanda. As decisões sobre
preços devem levar em conta os custos de produção e distribuição. Vendas com prejuízo não
asseguram a fidelidade dos consumidores.
Prazo de Pagamento
A demanda da empresa tende a aumentar quando é fornecido um prazo maior de
pagamento aos clientes. O prazo é representado em número de dias.
Entretanto, a empresa pode fornecer um desconto para que parte da demanda a prazo
compre à vista, aumentando assim os recursos disponíveis no mesmo período. Este
desconto, porém, não tem nenhuma influência sobre a demanda.
Exemplo: Caso sua empresa conceda um prazo de 30 dias e nenhum desconto para pagamento à vista,
todos os clientes comprarão a prazo. Como o trimestre tem 90 dias, e as compras são uniformemente
distribuídas, 2/3 do valor das vendas entrarão em caixa e 1/3 ficará para o próximo trimestre na conta
Clientes.
27
Simulação Empresarial Capítulo 3
Atendimento da Demanda
Uma boa parte dos consumidores que não conseguirem adquirir os produtos de determinada
empresa tendem a adquiri-los na concorrência. Para se assegurar da fidelidade dos clientes
é, pois, importante adequar a oferta de produtos à sua demanda. Essa é, aliás, a maneira
mais barata de aumentar a demanda da sua empresa.
Os fatores incontroláveis não podem ser afetados pela empresa, isto é, os diretores não
podem interferir nestes fatores. Desta forma a empresa deve se adaptar aos desafios
impostos por estes fatores que são: i) conjuntura econômica, ii) tipo de mercado, iii) período
do ano (sazonalidade), iv) taxa de crescimento do consumo, v) fatores casuais, informados no
decorrer do jogo e, vi) o mix de marketing dos concorrentes.
A Conjuntura Econômica
As empresas não podem influir no Índice de Conjuntura Econômica, mas podem se adaptar
a ele. Na figura 3.1, obtida com dados de um jogo concluído, observa-se o comportamento
geral da demanda sob duas conjunturas econômicas distintas: normal e recessiva:
1.000
recessiva
900
normal
800
700
600
500
400 Demanda Total
300 real
200 tendência
100 projetada
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 3.1: Variação da demanda em função da conjuntura
Para se prevenir contra os efeitos negativos dos períodos de recessão, os diretores deverão
estar atentos ao jornal, que prevê a variação do Índice de Conjuntura Econômica.
: o mercado situado na região da empresa. Nesta região não existe custo de transporte
para os produtos vendidos.
: os mercados situados fora da região da empresa, onde as concorrentes estão instaladas.
Possui o mesmo tamanho (demanda) do mercado situado na região da empresa.
28
Simulação Empresarial Capítulo 3
: o mercado externo, que é maior que os mercados anteriormente citados e não tem
empresas instaladas.
Regra: A empresa terá de pagar 1,50 UM para cada produto vendido fora da sua região,
referente ao custo de transporte.
Sazonalidade
A demanda varia de acordo com a estação do ano. Numa dessas estações [verão] (quarto
período de cada ano: 4, 8, 12 ...), a demanda fica mais aquecida, normalmente com aumento
de 60%. Convém, portanto, planejar a produção de maneira a obter o melhor retorno na
sazonalidade. A figura 3.2, obtida com dados de um jogo concluído, mostra como a variação
da sazonalidade pode ocorrer:
0
1 3 5 7 9 periodo s
O cálculo da estimativa da demanda será útil para a equipe definir estratégias para as
próximas jogadas. Dependendo da demanda, a equipe decide como serão as finanças, a
produção e as vendas da empresa. A responsabilidade pelo cálculo é do diretor de marketing.
De uma maneira geral pode-se afirmar que:
Demanda(t) = Demanda(t-1)
x Efeito da política de marketing
x Índice de conjuntura econômica
x Taxa de aumento de consumo
x Efeito da sazonalidade
x Outros efeitos
29
Simulação Empresarial Capítulo 3
então:
A decisão sobre o orçamento de propaganda tem longo alcance e é estratégica. Para verificar
os efeitos da propaganda e do preço sobre a demanda, convém diferenciar as decisões nas
diversas regiões. É, pois, preferível no início do jogo estabelecer diferentes valores de preços
e de propaganda nas diversas regiões.
GASTOS
Mais tarde, os efeitos da propaganda se tornam mais modestos pois não existem inovações
no produto que exijam uma comunicação mais intensa com os consumidores:
1 A conjuntura econômica usualmente é normal, índice 1. Ela só terá índice de 1,05, caso haja uma notícia no
jornal sobre o assunto.
30
Simulação Empresarial Capítulo 3
EFEITO
Sensibilidade ao
esforço com
propaganda no:
início do jogo
e após
passado algum
tempo.
GASTOS
LUCRO
PREÇO DE VENDA
Uma demanda maior do que as vendas mostra que a empresa perdeu uma boa
oportunidade de aumentar o seu lucro vendendo a um preço mais alto. Uma demanda muito
baixa diminuirá a liquidez da empresa que, em vez de aplicar o excesso de caixa, contrairá
empréstimos para cobrir os déficits de caixa. É recomendável diferenciar os preços nas
diversas regiões mesmo quando se presume conhecer o valor ideal.
LUCRO
2
1 3
PREÇO DE VENDA
Na figura 3.6, que simplesmente repete a figura 3.5 dividida em três estados ou regiões,
delimitam-se situações diferentes em relação a política de preços da empresa.
31
Simulação Empresarial Capítulo 3
Na região 1, a empresa está perdendo chances de maiores lucros. Tal estado pode ser
diagnosticado e “curado”, como segue na tabela a seguir:
Diagnóstico Tratamento
• Nenhum estoque de produto acabado. • Aumentar o preço para aproveitar as
• Demanda maior ou muito maior do que possibilidades de obtenção de maiores
a capacidade de produção. lucros.
• Baixo nível de estoque no mercado em • Reduzir o prazo de forma a gerar maior
geral. receita à vista.
Na região 2, a empresa pode ser considerada como equilibrada no que diz respeito à política
de preços. Nestas situações, o estoque de produto acabado é pequeno (algumas dezenas de
unidades) ou a demanda não atendida restringe-se também a poucos clientes (também
algumas dezenas). Nesta situação a única recomendação é: “continuem assim”.
Por fim, na região 3, a empresa começa a perder lucros pois deixa de vender em função do
alto preço. Aqui o diagnóstico e tratamento são os seguintes:
Diagnóstico Tratamento
• Formação de estoques de produto • Reduzir o preço e/ou,
acabado tanto na empresa quanto em
nível de mercado. • Aumentar o prazo e/ou,
• Demanda equivalente ou inferior a
capacidade de produção. • Aumentar a propaganda.
• Mercado próximo da saturação
Tanto no que diz respeito ao diagnóstico quanto no que diz respeito ao tratamento, os itens
listados não se excluem entre si.
3.2.1 Empréstimos
32
Simulação Empresarial Capítulo 3
Períodos – Para efeitos contábeis (Balanço), períodos inferiores a um ano são considerados
curto prazo. Períodos superiores a um ano são considerados longo prazo.
Taxa de Juros – O Banco Central (BC – Animador) estipula uma taxa de juros referencial,
à qual todas as demais taxas estão vinculadas. Para empréstimos de giro, a taxa de juros
cobrada será 30% maior que a taxa estabelecida pelo BC. Nos Financiamentos, a taxa de
juros será igual à taxa do BC.
Exemplo: Se a taxa do Banco Central for 4,5% ao trimestre e a sua empresa tiver só 2.000 UM
em caixa, será feito automaticamente um empréstimo P no valor de 8.000. Sobre este
empréstimo incidirá um juro de 13,5% o que significa que no próximo período lhe será debitada a
quantia de 8.000 + 1.080 = 9.080. Teria sido mais interessante solicitar um empréstimo de giro
sobre o qual a empresa pagaria apenas 5,85% de juros.
O jogo possibilita fazer aplicações no mercado financeiro. A aplicação feita no período t será
resgatada no período t+1. A taxa de juros será 25% maior do que a taxa referencial do BC.
Sobre o resultado líquido da empresa incide uma alíquota de 35% referente ao imposto de
renda. Este valor é debitado em caixa no mesmo período.
33
Simulação Empresarial Capítulo 3
Esta análise permitirá determinar a margem de contribuição por região e dará subsídios
para a determinação dos preços (veja o item Política de Preços). À medida que os períodos
vão passando, a estrutura de custos irá se tornando mais complexa. Ocasionalmente é
publicada uma comparação dos desempenhos das empresas, um dos itens de comparação é o
preço de custo.
Custo de Estocagem
No GI-MICRO, o custo de estocagem é diretamente proporcional à quantidade estocada e é
calculado da seguinte maneira:
34
Simulação Empresarial Capítulo 3
A venda dos produtos fabricados é, a maior e mais importante fonte de receita da empresa.
Os rendimentos de aplicações financeiras são pequenos se comparados com a lucratividade
que uma administração bem feita proporciona.
Qual a melhor maneira de aumentar a produção ? Como você já deve ter notado, a
capacidade de produção inicial de sua empresa não é suficiente para atender à demanda
crescente do produto e muito menos para atender à sazonalidade. Existem várias maneiras
de aumentar a produção, sendo algumas mais econômicas, outras mais versáteis, como a
mudança de ritmo de operação.
Existem outros fatores e os citados acima não são os únicos nem tampouco os mais
importantes.
Lembre-se de que sua empresa deverá ter uma política de produção coerente com a política de
marketing. Não tem sentido, por exemplo, conseguir uma demanda elevada se a capacidade de
produção da empresa for insuficiente para atendê-la.
35
Simulação Empresarial Capítulo 3
(500.000x1)/80 = 6.250
b. Mão-de-obra – Cada empregado trabalha, em ritmo normal, 500 horas por período e
produz uma peça por hora. Esta é uma regra para o início do jogo, quando cada empresa
começa com 10 empregados.
CMO = NE x HT x PMO x IT
De acordo com os dois exemplos acima (a e b), a capacidade de produção da empresa está
limitada pela capacidade de mão-de-obra, que é a menor das duas. Isto implica que nem
todo o equipamento está sendo usado porque faltam funcionários.
Para otimizar a produção é necessário que haja uma adequação do imobilizado com a mão-
de-obra. No período 1, normalmente existe um excesso de imobilizado em relação a mão-de-
obra. O tipo de ajustamento a ser feito depende das perspectivas da demanda:
: se as perspectivas forem boas (em geral este é o caso), convém contratar mais mão-de-
obra;
: caso as perspectivas não forem boas, pode-se deixar depreciar o imobilizado.
36
Simulação Empresarial Capítulo 3
3.3.4 Estoques
Estoques excessivos custam caro; falta de estoques custa mais caro ainda. Uma boa política
de estoques consiste em manter o seu nível exatamente no necessário mais uma pequena
margem de segurança.
3.3.6 Horas-extras:
A empresa pode convocar horas-extras, dependendo das regras que serão divulgadas no
jornal GI-Informações. Os efeitos sobre a produção são os seguintes:
37
Simulação Empresarial Capítulo 3
Assim, para manter a capacidade produtiva inicial dos equipamentos é necessário investir:
2,5% (ou mais) x 500.000 = 12.500 (ou mais, no caso de horas extras)
3.4.1 Insumos
São necessárias cinco unidades de insumos para produzir uma unidade de produto acabado.
A compra mínima é de cinco mil unidades. A aquisição dos insumos deverá ser requerida
com bastante antecedência, pois há itens que são importados. A produção nunca pára por
falta de insumos pois é possível adquiri-los na última hora. Porém o preço é mais elevado e
as condições de pagamento não são flexíveis. Caso haja alteração de preços dos
fornecedores, elas são divulgadas no jornal GI-Informações.
3.4.2 Fornecedores
A empresa conta com dois fornecedores de insumos. Cada um possui uma condição de
venda. Veja abaixo as regras exatas dos fornecedores:
38
Simulação Empresarial Capítulo 3
Para compras a prazo, a taxa de juros cobrada será 30% maior que a taxa estabelecida pelo
BC.
Exemplo: se o preço médio dos insumos for 1,00 UM para compras à vista, nas compras feitas a
prazo no modo 1, com a taxa do BC de 4%, o preço a prazo será: 1,00 + 0,04 x (1 + 0,3) = 1,052.
Os pedidos de compra das equipes só podem ser feitos ao fornecedor 2. A compra com o
fornecedor 1 é automática, quando faltarem insumos para a produção do período. Por isso,
a empresa que quiser economizar na compra de insumos deverá considerar o consumo do
período seguinte ao próximo (t+2). Isso é necessário porque quando se está tomando as
decisões para (t+1) não há mais possibilidade de entregar os insumos em tempo de utilizá-lo
ainda no período (t+1).
39
Simulação Empresarial Capítulo 3
Não ocorrem demissões espontâneas. Caso a sua empresa tenha excesso de mão-de-obra, o
valor pago pela mão-de-obra ociosa será lançado na conta despesa de produtividade.
3.5.2 Horas-extras
Os sindicatos têm interesse fundamentalmente nos aumentos salariais. Estes são decididos
através de acordos dos empresários com o representante sindical. Na falta de um acordo, a
decisão fica por conta do governo. Os operários podem também lançar mão de operações
tartaruga (Índice de Ociosidade), que consistem numa diminuição do ritmo de trabalho.
Consequentemente, a capacidade de produção da mão-de-obra diminui e são geradas
despesas de produtividade.
40
4. TESTE: Estou pronto para administrar ?
Para saber, basta responder as questões abaixo, após ter lido este manual até este ponto.
Entretanto, a Consulta aos relatórios, confidencial e geral (capítulo 6), é recomendada para as
questões 1, 5, 9 e 10.
9. Qual seria o lucro da empresa caso ela rendesse tanto quanto o mercado financeiro, ou
seja, em torno de 3,5% ao período? (Veja Balanço pg. 56, figura 6.2)
10.Qual deverá ser a margem de lucro sobre o preço de venda para assegurar a
rentabilidade calculada na questão anterior? (Veja Relatório Confidencial pg. 53, figura
6.1)
Agora que você já está preparado para ser um diretor da empresa, conheça na
próxima parte a forma como as suas decisões serão levadas adiante.
42
5. Decisões na Prática
As primeiras decisões, ou seja, as decisões para o período 2 são mais simples pois a margem
de manobra das empresas é limitada. Para as decisões dos períodos seguintes é conveniente
ler as recomendações do apêndice D.
Na figura 5.1 pode ser observada uma reprodução da folha de decisões cujos campos se
inicia a descrever a seguir.
Grupo Marketing:
} Prazo (dias): Neste campo, deverá ser indicado o prazo, em dias, oferecido pela
empresa aos clientes que adquirem seu produto. Caso não seja preenchido, será
assumido o valor 0 (zero). Valores aceitos: 0 a 90.
} Preço de venda: Nestes campos deverão ser indicados os preços de venda, em UM
(Unidade Monetária, a moeda do jogo), dos produtos nas regiões respectivas. Caso o
campo não seja preenchido, será assumido um valor aleatório. Recomenda-se utilizar
apenas um algarismo significativo após a vírgula, pois os consumidores, no GI-MICRO,
não são sensíveis a preços do tipo 19,89.
} Propaganda: Neste campo, deverá ser indicado o número (inteiro) de módulos de
propaganda aplicados nas regiões indicadas. Caso não seja preenchido, será assumido o
valor 0 (zero).
} Desconto a vista (%): Neste campo, deverá ser indicado o desconto, em percentagem,
fornecido aos consumidores que adquirirem o produto à vista. Caso a empresa queira
antecipar suas receitas, mesmo concedendo prazo, recomenda-se utilizar valores apenas
um pouco superiores à taxa de juros do mercado. Se este campo não for preenchido, será
assumido o valor 0 (zero).
Grupo Finanças
} Desconto (%): Neste campo, deverá ser indicado o desconto, fornecido aos
consumidores que adquirirem o produto à vista. Caso a empresa queira antecipar suas
receitas, mesmo concedendo prazo, recomenda-se utilizar valores apenas em pouco
superiores à taxa de juros do mercado. Se este campo não for preenchido, será assumido
o valor 0 (zero).
} Aplicação: Neste campo, deverá ser indicada a quantia, em UM, que a empresa deseja
aplicar no mercado financeiro. Caso não haja aplicação, deverá ser preenchido o valor 0
(zero). Este valor será assumido se este campo estiver em branco. (ver Administração
Financeira).
} Giro: Neste campo, deverá ser indicada a quantia, em UM, que a empresa deseja tomar
emprestada junto aos banqueiros. Caso não haja necessidade de empréstimo de giro, este
campo deverá ser assinalado valor 0 (zero). (ver Administração Financeira).
} Prazo: Neste campo, deve ser anotado com o tipo do empréstimo, quando a opção
anterior estiver preenchida. (ver Administração Financeira). Os códigos são: 1, para
empréstimo a ser devolvido em uma única parcela e 2, para empréstimo a ser devolvido
em três parcelas.
Simulação Empresarial Capítulo 5
} Financiamento: Neste campo, deverá ser indicado se a empresa quer (sim) ou não
(não) quer um financiamento para o investimento feito.
GI-MICRO 6.00
FOLHA DE DECISÕES
EMPRESA: ___________ PERÍODO: ___________
MARKETING FINANÇAS
1 EMPRÉSTIMOS
2 Giro: Prazo:
3 Financiamento:
4 IMOBILIZADO
5 qInvestimento:
6 PESSOAL
7 oContratados: oDemitidos:
8 pTurno de operação:
9 COMPRAS (insumos)
10 Volume: Pagamento:
11 Diversos: ______________________
DIRETOR GERAL
NOTA: Cada empresa deverá ter o maior cuidado para assegurar a exatidão das folhas de
decisão. Estas folhas são o equivalente do seu sistema administrativo de execução de
suas decisões. A efetividade administrativa inclui a habilidade de assegurar
implementação exata das decisões tomadas. Você é responsável exclusivo por esta
exatidão. Em caso de dúvida consulte o manual, onde há uma seção explicando as
decisões campo a campo.
44
Simulação Empresarial Capítulo 5
Grupo Imobilizado
} Investimento: Neste campo, deverá ser indicado valor, em UM, que será utilizado na
manutenção/aquisição de máquinas. (ver Administração da Produção).
Grupo Pessoal:
} Admitidos: Neste campo, deverá ser indicado o número de empregados que a empresa
deseja contratar. Caso não haja contratação, deverá ser preenchido com 0 (zero). Este
valor será assumido caso o campo não esteja preenchido.
} Demitidos: Neste campo, deverá ser indicado o número de empregados que a empresa
deseja demitir. Caso não haja demissões, deverá ser preenchido com 0 (zero). Este valor
será assumido caso o campo não esteja preenchido.
} Turno de operação: Neste campo, deverá ser indicada a opção de trabalho na qual a
empresa operará durante o período. Caso o campo não esteja preenchido, será assumido
opção 1 (um). Valores aceitos: 1, 2, 3. (ver Administração da Produção).
} Volume: Neste campo, deverá ser indicada a quantidade (em unidades) de insumos que
a empresa comprará do fornecedor 2 (ver Administração de Compras). Preencha com 0
(zero) caso a empresa não queira comprar deste fornecedor.
} Pagamento: Neste campo, deverá ser indicada a forma de pagamento dos insumos
registrados no campo anterior. Os valores aceitos são 0 para compras à vista, 1 para
compras com prazo de 1 período e 2 para compras com prazo de 2 períodos.
} Diversos: Neste campo, deverão ser indicados valores, em UM, de gastos eventuais
(pesquisas, consultorias, etc.). (ver Administração Financeira). Normalmente apenas o
Animador preenche este campo.
Na figura 5.2 procura-se uma sugestão para condução do fluxo de trabalho ao longo do
processo de tomada de decisão do jogo.
O diretor deve estar ciente de que esta seqüência de atividades não é a única que pode ser
sugerida, esta busca apenas mostrar uma das possibilidades.
Outro ponto que deve ficar destacado é a interligação das atividades na seqüência, onde os
resultados do trabalho de um diretor servem como dados para o trabalho de outro. É
desnecessário dizer que existem atividades que cada diretor pode executar antes de receber
as informações que necessita para terminar o seu trabalho. Como exemplo pode-se
mencionar a necessidade de determinar a capacidade de produção para os diversos turnos
disponíveis, tarefa que o diretor de produção executa, ou a determinação de todos os gastos
com fornecedores e empréstimos e receitas de vendas a prazo e resgates de eventuais
aplicações por parte do diretor financeiro. Com a execução das tarefas de forma separada,
divididas por diretoria, a equipe ganha tempo que pode ser utilizado para discutir e refinar
as decisões tomadas.
45
Simulação Empresarial Capítulo 5
P re v ê D e m a n d a
P rodu ção
P ro p a g a n d a
P re ç o , P ra z o &
D esc onto
C o n ta b ilid a d e
& C u s to s
C a ix a &
F in a n c e iro
NÃO
Satisfeito ?
SIM
Figura 5.2 - Fluxo de trabalho na
tomada de decisões
Os cálculos e projeções podem e devem ser refeitos tantas vezes quantas se fizerem
necessárias. Não existe necessidade de repetir todos os passos, pode-se retrabalhar as
decisões na ordem que se fizer necessária.
Com o objetivo de auxiliar e orientar ainda mais a organização dos dados e informações
necessários e gerados no processo de tomada de decisão, foi elaborado o quadro 1, que
sugere uma seqüência de procedimentos, especificados passo a passo, visando estimar o
resultado para o período 2. Estes passos baseiam-se no fluxo de trabalho sugerido na figura
5.3. Observe que, por ser um exemplo, alguns dados não coincidem exatamente com os seus,
pois cada jogo inicia de uma forma diferente. O relacionamento e cruzamento de
informações será sempre conforme está apresentado. O levantamento de dados e a
seqüência de decisões, como já observado, não necessitam necessariamente seguir a ordem
apresentada. Entretanto é necessário seguir as relações de dependência existentes. Um
outro ponto importante que deve ser ressaltado é que os cálculos e decisões referem-se às
regras e restrições para o período 2. O uso deste roteiro para qualquer outro período (o que é
recomendado) requer adaptações para a situação de cada período em particular. Os
diretores devem utilizar as fontes de informação do jogo para determinar estas situações.
O quadro é composto por quatro colunas: i) número do item, ii) a informação que está sendo
determinada, iii) uma indicação de onde ou como esta informação está sendo obtida, e iv) o
valor numérico desta informação no exemplo em questão. Este quadro sintetiza todo um
processo de tomada de decisão porém a sua organização não corresponde a nenhum dos
relatórios gerados no jogo. Considerando isto, na figura 5.3 mostra-se uma projeção do
46
Simulação Empresarial Capítulo 5
relatório confidencial montada com as informações obtidas no quadro 5.1. Cada item no
relatório projetado é precedido pelo número correspondente a sua posição neste quadro.
47
Simulação Empresarial Capítulo 5
Demonstrativos
R [37]RECEITA DE VENDAS 99.990 C [56]CAIXA INICIAL 24.068
E [29](-) Custo prod. vendido 55.275 A [51](+) Resgate da aplicação 0
S [43](-) Desp. admin. e vendas 8.991 I [47](+) Empréstimos 0
U [15](-) Depreciação 12.500 X [41](+) Pgtos recebidos 95.827
L [32](-) Desp. transporte 7.407 A (+) Receita não operacional 0
T [48](-) Desp. financeira líq. 7.500 [48](-) Aplicação 0
A
[19](-) Desp. indenização 0 [21](-) Folha de pagamento 27.500
D
[18](-) Desp. produtividade 0 [27](-) Compras 50.000
O
S [35](-) Custo de estocagem 1.100 [43](-) Desp. Adm. e vendas 8.991
(-) Diversos 0 [35](-) Custo de estocagem 1.100
[50](=) RESULTADO OPERACIONAL 7.217 [48](-) Juros 7.500
[52](+) Receita financeira 0 [57](-) Amortização 0
(-) Desp. não operacional 0 [53](-) Imposto de renda 2.256
[53](=) Resultado antes I.R. 7.217 [32](-) Despesa de transporte 7.407
[54](-) Imposto de renda 2.256 [16](-) Investimento 12.500
[55](=) Resultado após I.R. 4.691 (-) Diversos 0
[55](=) RESULTADO LÍQUIDO 4.691 [58](=) CAIXA FINAL 2.371
Decisões da Empresa
Valor Médio
Preço 18,00
Propaganda 3
48
Simulação Empresarial Capítulo 5
49
Simulação Empresarial Capítulo 5
As demais decisões são deixadas para os diretores, pois estarão diretamente relacionadas
com os objetivos das respectivas empresas e/ou com as restrições orais.
2Na realidade, a capacidade poderá aumentar se ela estiver limitada pela capacidade da mão-de-obra pois a
produtividade aumenta de um período para outro.
50
Simulação Empresarial Apêndice E
6. FONTES DE INFORMAÇÃO
As informações são fundamentais para que você possa avaliar a empresa e o ambiente, e
tomar decisões sobre as futuras jogadas. Para isso, você dispõe de três fontes principais: i)
este manual, ii) o jornal GI-Informações e, iii) os diversosrelatórios.
Com base nas fontes de informação, é possível elaborar os orçamentos, que são as previsões
que você e sua equipe fazem para a empresa no próximo período.
Jornal GI-Informações
O jornal GI-Informações irá mostrar a você todas as mudanças que ocorrem no mercado e
na sociedade onde sua empresa está inserida.
Ele simula as ações que, na vida real, são promovidas pelo governo, sindicatos, bancos,
agências de propaganda, concorrência, enfim, todos aqueles que estão em contato com a
empresa.
É através do jornal que você ficará sabendo, por exemplo, do preço dos insumos, dos salários
de seus empregados, a liberação de empréstimos, o preço do módulo de publicidade, como
anda a concorrência, e muitas outras notícias. Além disso, algumas regras do jogo serão
apresentadas através do jornal. O Animador poderá restringir ou liberar algum tipo de
decisão das empresas.
Relatórios
O jogo possui uma série de Relatórios com os mais variados fins. Os principais relatórios
serão explicados detalhadamente. O desempenho de sua empresa certamente será
prejudicado caso algum membro de sua equipe não compreenda perfeitamente os relatórios.
Quanto antes todos compreenderem, melhor para a equipe.
Simulação Empresarial Capítulo 6
Os relatórios que o software GI-MICRO emite são a base para tomada de decisões. Eles
permitem avaliar o desempenho da empresa nos vários aspectos de atuação, e registram os
compromissos assumidos pela empresa para os próximos períodos.
É fundamental que todas as pessoas de sua equipe conheçam os relatórios, pois eles trazem
informações relativas às decisões que a equipe tomou. Os principais relatórios são:
Os relatórios (1) e (2) são emitidos a cada período. A emissão dos relatórios (3), (4) e (5)
ficam a critério do Animador. Nas próximas páginas você encontrará a explicação detalhada
sobre o relatório de desempenho e sobre o relatório de índices econômico-financeiros.
52
Simulação Empresarial Capítulo 6
Demonstrativos
R RECEITA DE VENDAS 87.500 C CAIXA INICIAL 50.000
E (-) Custo prod. vendido 50.000 A (+) Resgate da aplicação 0
S (-) Desp. admin. e vendas 9.000 I (+) Empréstimos 0
U (-) Depreciação 12.500 X (+) Pgtos recebidos 58.333
L (-) Desp. transporte 6.731 A (+) Receita não operacional 0
T (-) Desp. financeira 7.500 (-) Aplicação 0
A (-) Desp. indenização 0 (-) Folha de pagamento 25.000
D (-) Desp. produtividade 0 (-) Compras 30.000
O (-) Custo de estocagem 1.000 (-) Desp. Adm. e vendas 9.000
S (-) Diversos 0 (-) Custo de estocagem 1.000
(=) RESULTADO OPERACIONAL 770 (-) Juros 7.500
(+) Receita financeira 0 (-) Amortização 0
(-) Desp. não operacional 0 (-) Imposto de renda 269
(=) Resultado antes I.R. 770 (-) Despesa de transporte 6.731
(-) Imposto de renda 269 (-) Investimento 12.500
(=) Resultado após I.R. 500 (-) Diversos 0
(=) RESULTADO LÍQUIDO 500 (=) CAIXA FINAL 16.334
Decisões da Empresa
REGIÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Preço 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
Propaganda 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
53
Simulação Empresarial Capítulo 6
: Demanda: Neste item, é fornecido o número de pessoas que desejam comprar o produto
da empresa nas referidas regiões, considerando que cada pessoa compra somente um
produto.
: Vendas: Neste item, é fornecida a quantidade de produtos que foi vendida nas referidas
regiões. Quando a venda de uma região for maior que a demanda, esta diferença trata-se
de clientes de outras empresas que não conseguiram comprar o seu produto [demanda
reprimida].
6.1.5 Empréstimos & Fornecedores (em valores - unidades monetárias – um)
: Receita de vendas: Apresenta o valor total de vendas à vista e a prazo que a empresa
efetuou no período.
: Custo dos produtos vendidos: Representa o quanto foi gasto com mão-de-obra e
matéria-prima de todos os produtos vendidos – considera o estoque médio, ou seja, o
valor do Estoque PA Inicial [+] o Custo da Produção PA do Período [–] o valor do Estoque
Final PA.
: Despesas administrativas e de vendas: Quantia referente ao pagamento de agências
publicitárias e das despesas administrativas fixas a partir do 4º período.
: Depreciação: Quantia depreciada do imobilizado. (ver Administração de Produção)
: Despesa de transporte: Quantia gasta em transporte de produtos acabados para
mercados fora da região da empresa. (ver Demanda)
: Despesa financeira líquida: Representa os Juros pagos por empréstimos e
financiamentos, quando houver.
: Despesa de Indenização: Quantia gasta pela empresa em indenizações (obrigações
legais) para com os funcionários demitidos. (ver Administração de Pessoal)
: Despesa de produtividade: Quantia paga pela empresa aos funcionários que, apesar
de regularmente contratados, não puderam trabalhar por falta de equipamentos
(máquinas).
: Custo de estocagem: Quantia referente ao custo de manutenção dos estoques de
insumos e produtos acabados. (ver Administração Financeira)
: Diversos: Quantia referente a gastos eventuais em pesquisas, consultorias, etc. (ver
Administração Financeira)
: Lucro operacional: Valor referente ao lucro operacional obtido no período.
: Receita financeira: Representa os juros recebidos por aplicações financeiras.
: Resultado líquido: É o lucro operacional acrescido da receita financeira.
: Imposto de renda: Quantia referente ao pagamento do imposto de renda. (ver
Administração Financeira)
: Resultado líquido: Quantia referente ao resultado líquido obtido pela empresa.
6.1.6 Demonstrativo de caixa (em valores – unidades monetárias - UM)
54
Simulação Empresarial Capítulo 6
O relatório geral é entregue para todas as empresas e todas as empresas recebem a uma
cópia igual. Ele contém um balancete de todas elas, além de informações globais de
demanda e preço discriminados por região. Por se tratar de um relatório público, permite a
comparação direta de várias características das empresas.
6.2.1 Balanços Patrimoniais (em valores – unidades monetárias - UM)
: Caixa: Valor em caixa e em conta corrente. (Este valor coincide com o caixa final do
período do demonstrativo de caixa).
: Clientes: Valores a serem recebidos no período seguinte, referentes às vendas a prazo
efetuadas no período corrente.
: Aplicações: Valores aplicados no mercado financeiro. (Estes valores, juntamente com os
juros, serão creditados na conta Resgate de Aplicações – Demonstrativo de Caixa – do
próximo período).
: Estoques PA: Valor contábil do estoque de produtos acabados. Este valor engloba
apenas a mão-de-obra e insumos.
: Estoques IS: Valor contábil do estoque de insumos.
55
Simulação Empresarial Capítulo 6
Relatório GERAL
Balanços Patrimoniais das Empresas
EMPRESA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A Caixa 16.334 16.334 16.334 16.334 16.334 16.334 16.334 16.334 16.334 16.334
T Clientes 29.167 29.167 29.167 29.167 29.167 29.167 29.167 29.167 29.167 29.167
I 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Aplicações
V
Estoques PA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
O
Estoques IS 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000
Imobilizado 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000
TOTAL 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500
P Fornecedores 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
A Emprest. CP 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
S Emprest. LP 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000
S
I Patrimônio Liq
V Capital 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
O Resultado Ac 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500
TOTAL 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500 600.500
empresa 1 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
P empresa 2 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
R empresa 3 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
E
Ç empresa 4 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
O empresa 5 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
S empresa 6 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
empresa 7 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
empresa 8 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
empresa 9 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
empresa 10 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50 17,50
56
Simulação Empresarial Capítulo 6
Indica valores e índices de alguns componentes do cenário atual, como o valor do módulo de
propaganda, o valor do salário, o valor unitário de insumos, o percentual de participação
dos funcionários em greve ou operação tartaruga e a taxa básica de juros do Banco Central,
entre outros.
O relatório de desempenho tem como objetivo permitir a avaliação da cada um dos diretores
das empresas, através de valores que podem ser encontrados no relatório geral (resultado
acumulado), no relatório confidencial (produtividade da mão-de-obra) ou valores calculados
especificamente (índice vendas/demanda e custo de produção). Para facilitar a avaliação, os
resultados são apresentados em ordem decrescente de desempenho, sendo que o relatório é
o mesmo para todas as empresas.
O número de vezes que este relatório é emitido durante uma aplicação do jogo dependerá do
Animador mas, no mínimo, ocorrerá uma emissão junto com os resultados dos períodos de
sazonalidade e no final da aplicação, como fonte de informação para a assembléia geral.
6.3.1 Lucro Total
Este valor é o mesmo que aparece, individualmente, no relatório confidencial das empresas
no período t–1. Ele corresponde a produtividade da mão-de-obra no período seguinte ao da
emissão do relatório e permite avaliar o desempenho do diretor de produção na
administração da capacidade de produção do imobilizado e da mão-de-obra. Note-se que o
imobilizado, quando utilizado de forma eficiente, também influi na produtividade da mão-
de-obra.
6.3.3 Venda/Demanda (índice)
57
Simulação Empresarial Capítulo 6
Informe de DESEMPENHO
Avaliação GERAL
COLOCAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
EMPRESA 5 1 7 4 2 9 10 8 3 6
Lucro total 72.064 49.351 46.084 45.275 35.696 8.845 -5.028 -14.537 -26.106 -147.959
No período 35.787 17.544 8.667 10.402 6.996 4.555 -6.643 -6.772 -3.076 -59.807
Crescimento (%) 98,65 55,16 23,16 29,83 24,38 106,16 -411,37 0,00 0,00 0,00
Avaliação da PRODUÇÃO
COLOCAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
EMPRESA 1 8 2 7 9 4 3 10 5 6
Produtividade 1,098565 1,094177 1,094135 1,093124 1,091337 1,091289 1,091065 1,090568 1,089943 1,088579
No período 1,016852 1,014026 1,016650 1,015394 1,013990 1,013882 1,013482 1,012918 1,011848 1,012890
Renovação 4,838803 5,000000 4,823433 4,828051 4,733919 4,735709 5,000000 4,834768 5,000000 4,850632
Avaliação do MARKETING
COLOCAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
EMPRESA 6 5 7 1 4 3 2 10 8 9
Venda/Demanda 1,004288 0,980828 0,969262 0,957590 0,906066 0,906016 0,902404 0,889771 0,832262 0,810016
No período 1,248924 1,186367 1,046026 1,198578 0,909222 0,787669 0,781983 0,733034 0,577527 0,558394
Market Share 8,16 12,39 10,79 9,11 7,51 11,92 9,63 10,95 11,97 7,57
Dem % do Merc 5,45 8,71 8,61 6,35 6,89 12,64 10,28 12,46 17,30 11,31
Prop % do Custo 11,39 13,09 11,74 12,42 15,49 10,40 10,69 12,20 11,40 12,43
Avaliação do FINANCEIRO
COLOCAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
EMPRESA 4 7 1 5 2 9 8 3 10 6
Custo total 18,16 18,24 18,25 18,46 18,47 18,51 18,89 18,94 19,09 23,64
No período 19,68 18,51 19,22 16,19 18,99 20,62 18,11 17,68 18,27 21,34
% do Custo 9,75 9,57 6,11 8,14 9,30 10,73 8,30 9,34 11,09 18,54
Lucro/Unidade 1,4986 0,8687 2,0821 3,1250 0,7856 0,6511 -0,6119 -0,2790 -0,6564 -7,9256
Na tabela 6.3 a seguir apresentam-se comentários sobre como são obtidos estes índices e
sobre o seu objetivo/finalidade.
58
Simulação Empresarial Capítulo 6
todo o jogo.
É uma razão como o valor global, apenas é Sua interpretação é análoga ao que é feito
No Período calculada utilizando os totais do respectivo período. para a razão global.
Para detalhes sobre a obtenção deste e dos demais Percentual de contribuição desta diretoria
% do Custo de custo favor consultar a descrição do para os custos do período.
demonstrativo de custos.
Ao longo do jogo os custos de produtos vendidos
Custo Total de cada período são acumulados e também o Comporta-se como um custo médio de
número de unidades vendidas, o custo total resulta todo o jogo.
da divisão do primeiro pelo segundo total.
Financeiro
É idêntico ao valor global mas utiliza apenas os custo O custo do próprio período, entre outras
No Período e vendas do período. coisas, permite comparar o período
relativamente ao resto do jogo,
Pega-se o lucro do período que faz parte da Serve como uma medida de eficiência no
Lucro/Unidade avaliação do diretor financeiro e divide-se pelo aproveitamento financeiro da demanda.
número de unidades vendidas e pronto.
Tabela 6.3 – Índices de avaliação do desempenho dos diretores.
Este relatório contém uma variedade de índices que permitem avaliar o desempenho das
empresas com um enfoque contábil/financeiro. Foram escolhidos indicadores de uso comum
dentro do universo empresarial (Para maiores informações consulte a bibliografia: Manual
de Contabilidade para não Contadores).
59
Simulação Empresarial Capítulo 6
Índices de Rentabilidade
EMPRESA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Empresa 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
Proprietário 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17
Índice de Insolvência
EMPRESA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fator de KANITZ 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11
Índices de Endividamento
EMPRESA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Terceiros ¹ 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96
Garantias ² 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Composição ³ 33,33 33,33 33,33 33,33 33,33 33,33 33,33 33,33 33,33 33,33
Esses índices podem ser utilizados para compor a imagem da empresa na(s) assembléia(s) e
para demonstrar a capacidade da diretoria na gestão da empresa. O conhecimento das suas
fórmulas não é imprescindível para um bom desempenho no jogo. Acompanhe a explicação
sobre cada um dos índices:
Indica o montante de recursos que a empresa dispõe em seu ativo circulante para fazer
frente às suas obrigações a curto prazo, constantes do seu passivo circulante. É calculada
pela seguinte fórmula:
Ativo Circulante
Liquidez corrente =
Passivo Circulante
onde:
Ativo Circulante = Caixa + Clientes + Aplicações
+ Estoques de Insumos
+ Estoques de Produto Acabado
60
Simulação Empresarial Capítulo 6
Também chamada de teste ácido ou liquidez rápida, revela a capacidade da empresa para
fazer frente às suas obrigações de curto prazo, utilizando apenas o seu disponível e
realizável a curto prazo. É calculada através da seguinte expressão:
Ativo Circulante
Liquidez Geral =
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
onde:
Ativo Circulante = Caixa + Clientes + Aplicações + Estoques de Insumos
+ Estoques de Produto Acabado
Passivo Circulante = Fornecedores + Empréstimos a Curto Prazo
Exigível a Longo Prazo = Empréstimos a Longo Prazo
É a taxa de renda obtida tomando como referência o ativo da empresa, como calculado na
expressão abaixo:
Resultado Acumulado
Rentabilidade para a empresa = x 100
Ativo Total
Tanto o resultado acumulado quanto o ativo total são obtidos no balanço da empresa.
Resultado Acumulado
Rentabilidade para o proprietário = x 100
Capital
61
Simulação Empresarial Capítulo 6
-7 -3 0 7
Caso o fator de insolvência se situe entre 0 e 7 a empresa está numa situação de solvência.
Quanto mais seu índice aproximar a sete melhor estará a empresa. Caso o fator esteja entre
0 e -3 a empresa se encontra em uma situação instável e perigosa sendo que se torna mais
adversa à medida que aproxima a -3. Se o fator estiver entre -3 e -7 a empresa está na área
de insolvência, com grandes possibilidades de abrir falência.
Mostra o percentual do capital disponível na empresa que são obrigações de curto e longo
prazo a serem honradas. Este valor é determinado pela seguinte expressão:
Fornecedores + Empréstimos
Capital de terceiros = ×100
Fornecedores + Empréstimos + Capital + Re sultado Acumulado
onde:
Empréstimos = Empréstimos de Curto Prazo + Empréstimos de Longo Prazo
onde:
62
Simulação Empresarial Capítulo 6
Indica o percentual das obrigações totais da empresa que são exigíveis a curto prazo. Este
percentual é determinado pela seguinte fórmula:
Passivo circulante
Composição do endividamento = × 100
PassivoCirculante + Exigível a longo prazo
onde:
63
Simulação Empresarial Apêndice E
Esta capítulo apresenta uma compilação das regras e fórmulas apresentadas no manual.
Na parte de regras, as informações estão englobadas nos tópicos principais, organizados em
ordem alfabética.
7.1 Regras
7.1.1 Compras
7.1.2 Contabilidade
7.1.3 Depreciação
7.1.4 Empregados
7.1.5 Equipes
7.1.6 Estocagem
7.1.7 Financeiro
} O Banco Central divulga a taxa de juros referencial. Quem toma essas decisões é o
Animador.
} Quando o caixa da empresa se torna inferior a 5.000 UM, a empresa contrai um
empréstimo do tipo “P” para ficar com um caixa mínimo de 10.000 UM. Sobre o
empréstimo “P” incide uma taxa 200% superior à taxa do BC.
} O jogo possibilita fazer aplicações no mercado financeiro. A aplicação feita no período t
será resgatada no período t+1.
} A taxa de juros da aplicação é 25% maior que a taxa referencial do BC.
} Sobre o resultado líquido da empresa incide uma alíquota de 35% referente ao imposto
de renda. Este valor é debitado em caixa no mesmo período.
} Empréstimos – para efeitos contábeis (Balanço), períodos inferiores a um ano são
considerados curto prazo. Períodos superiores a um ano são considerados longo prazo.
} Deve-se preencher uma folha de decisões para cada jogada, que corresponde a um
período do jogo.
65
Simulação Empresarial Capítulo 7
7.1.9 Fornecedor 1
7.1.10 Fornecedor 2
7.1.11 Marketing
} O diretor deve decidir quantos módulos de propaganda deve aplicar em cada região.
} A aplicação é feita em módulos.
} O preço do módulo é definido a cada período e divulgado no GI-INFORMAÇÕES.
} Existem períodos específicos onde a propaganda tem maior ou menor efeito sobre a
demanda.
7.1.12 Mercado
7.1.13 Produto/Produção
66
Simulação Empresarial Capítulo 7
} A produção nunca pára por falta de insumos, pois sempre é possível adquiri-los na
última hora.
7.1.14 Venda
} A empresa terá de pagar 1,50 UM para cada produto vendido fora da sua região,
referente ao custo de transporte.
} Quando um prazo para venda é concedido, parte dos pagamentos desta modalidade
somente será realizada no período seguinte. Com um prazo de 30 dias, as compras serão
uniformemente distribuídas no trimestre: 2/3 do valor entrarão em caixa e 1/3 ficará para
o próximo trimestre na conta Clientes.
} O desconto, dependendo o percentual, estimula parte ou toda a clientela pela compra à
vista.
7.2 FÓRMULAS
Nesta parte, estão relacionadas diversas fórmulas para você consultar rapidamente. Para
obter informações mais detalhadas a respeito de cada uma, sugerimos consultar as
explicações contidas nas páginas indicadas ao lado de cada uma.
onde:
CPM = capacidade produtiva da máquina
VIm = valor imobilizado no final do período (t–1)
IT = ritmo de operação
CMO = NE x HT x PMO x IT
onde:
CMO = capacidade mão-de-obra
NE = n.º de empregados
HT = horas trabalhadas em turno normal
PMO = produtividade hora da mão-de-obra
IT = ritmo de operação
67
Simulação Empresarial Capítulo 7
***********************
68
Simulação Empresarial Apêndice A
A figura A.1 ilustra a forma de trabalho que o animador buscará desenvolver junto as
equipes de participantes do jogo. Nesta ilustração procura-se dar uma visão da dinâmica do
jogo GI-MICRO sob o ponto de vista da empresa virtual, ou melhor, de seus
administradores virtuais. Tanto que, na figura, todas as atividades relativas ao animador
estão compreendidas pelo bloco denominado SIMULAÇÃO, todas as demais atividades
apresentadas dizem respeito única e exclusivamente às equipes.
SIMULAÇÃO
Implementa
Recebe os
as
Resultados
Decisões
MISSÃO
SIM Analisa os
NÃO METAS Relatórios
Satisfeito ? ESTRATÉGIAS
Analisa a
Empresa e o
Mercado
Executa a Realisa
Tomada de Proj eções e
Decisões Prev isões
Esta seqüência de atividades pode e deve ser repetida e corrigida tantas vezes quantas
forem necessárias até que a equipe se dê por satisfeita em relação a adequação dos
resultados para com os objetivos da empresa. Isto é responsabilidade da empresa pois a
implementação das decisões que consta, na figura 2.2, como passo seguinte à aprovação das
69
Simulação Empresarial Apêndice A
Esta regra vale desde o início do jogo mas a seqüência de trabalho, sua organização e
embasamento em metas e estratégias bem determinadas, leva algum tempo para se
consolidar. O desenvolvimento das habilidades necessárias para a escolha da
missão/metas/estratégias e, da capacidade de buscar formas e meios de implementá-las é
um dos objetivos deste jogo.
O Diretor Geral deverá estabelecer um contrato com cada diretor. Este contrato consiste em
combinar com cada diretor como as suas tarefas serão cumpridas, como será a cobrança das
tarefas e qual o apoio que cada um deles precisa. A leitura do livro “Liderança e o Gerente
Minuto” (Record) o ajudará a conduzir a empresa, aproveitando ao máximo as habilidades
de sua equipe.
Para acompanhar o trabalho dos demais diretores, o Diretor Geral deverá ter uma visão
global sobre o funcionamento da empresa. Deverá compreender como as diretorias se
relacionam e como uma decisão individual reflete no todo. Além de uma visão global, o
Diretor Geral deverá conhecer os procedimentos adotados na realização das tarefas
específicas. Tais conhecimentos serão valiosos para o Diretor coordenar esforços na busca
da eficiência e eficácia da organização. Além disso, permitirão ao diretor assumir ou mesmo
delegar funções quando um membro de sua equipe estiver ausente.
Objetivos Gerais:
O Diretor de Marketing não decide só sobre o investimento em propaganda. Sua função vai
mais além. Ele é o responsável por traçar estratégias de marketing adequadas à realidade
do mercado, envolvendo aspectos relacionados com a demanda, canais de penetração do
produto nos diversos mercados, conquista dos consumidores. A seguir, estão enumeradas
algumas tarefas básicas do Diretor de Marketing.
Objetivos Gerais
: Demanda e Vendas
Tarefas:
70
Simulação Empresarial Apêndice A
O Diretor Financeiro deverá zelar pelos recursos financeiros da empresa. A saúde financeira da
empresa dependerá, dentre outras coisas, da capacidade de: i) buscar recursos financeiros
condizentes com as necessidades do empreendimento, aproveitando as condições mais
atrativas apresentadas pelo mercado; ii) balancear o fluxo financeiro, buscando um controle
efetivo dos recursos; e iii) promover a racionalização na utilização dos recursos, buscando
reduzir custos para aumentar a margem de contribuição dos produtos fabricados.
Objetivos Gerais
: Custo de Produção,
: Equilíbrio de caixa
: Manutenção das contas em dia.
Tarefas:
Objetivos gerais:
71
Simulação Empresarial Apêndice A
Tarefas:
Cabe aos observadores verificar se existe uma real divisão de tarefas entre os diretores e
principalmente ver se o Diretor Geral (vide descrição de tarefas correspondentes) está
assumindo o seu papel de coordenação. Espera-se que os observadores tenham afinidade com a
área comportamental.
72
Simulação Empresarial Apêndice B
O custo total do produto envolve não apenas os custos propriamente ditos mas também as
despesas, pois o que interessa é utilizar as informações sobre custos na tomada de decisão.
Para calculá-lo, deve-se procurar os dados no Relatório Confidencial. A seguir,
apresentamos um demonstrativo de cálculo de custos, no qual é feita a separação em custos
fixos e custos variáveis. Vejamos a seguir um exemplo:
[1] Produção: 5.000
Custos Fixos: (CF) Total Unitário
[2] depreciação 12.500 2,50
[3] desp.adm.vendas 8.999 1,80
[4] desp.fin.liq. 7.500 1,50
[5] total CF ([2]+[3]+[4]) 28.999 5,80
Custos Variáveis: (CV) Total Unitário
[6] custo PV 50.000 10,00
[7] despesa transporte 6.625 1.33
[8] indenização 0 0
[9] desp.produtividade 0 0
[10] custo de estocagem 1.000 0.20
[11] diversos 0 0
[13] total CV ([6]+[7]+[8]+[9]+[10]+[11]) 57.625 11,53
Custo De Produção: (CP) Total Unitário
[14] total CF 28.999 5,80
[15] total CV 57.625 11,53
[16] total [14]+[15]) 86.624 17,33
Valores Unitários: São obtidos dividindo-se o valor do custo (ou despesa) pela produção do
período. No período 1, por exemplo, temos o seguinte custo unitário de depreciação: 12.500
5.000 = 2,5 UM
Custo Fixo: Os custos fixos e as despesas indiretas fixas são considerados despesas do
período. Não fazem parte do custo de fabricação do produto em si, mas originam-se nas
necessidades operacionais (vigias, serviços de limpeza, IPTU, aluguéis, depreciação dos
equipamentos), isto é, são custos de subsistência da própria empresa. A contabilização é
feita diretamente no Demonstrativo de Resultados, qualquer que seja o volume de atividade
da empresa.
Custos Variáveis: São aqueles que estão diretamente relacionados com os produtos e
dependem do volume de produtos fabricados.. No modelo GI-MICRO os custos de mão-de-
obra produtiva e de insumos são incorporados ao custo dos produtos vendidos, isto é, são
considerados como custos variáveis. Valores referentes as despesas com transporte,
73
Simulação Empresarial Apêndice B
ociosidade, custo de estocagem, indenizações, estoque e outros custos eventuais não são
considerados como custos variáveis.
Custo Total: É o total do custo, no exemplo a seguir é o campo [16]. É quanto custa para a
empresa fabricar seus produtos. Soma-se os custos variáveis e fixos.
A seguir, serão detalhados os seguintes cálculos que aparecem nos relatórios, publicados no
demonstrativo de resultados dos Relatórios Contábeis:
Para encontrar os valores totais divulgados nos relatórios contábeis, é necessário primeiro
calcular:
Exemplo: Supondo que uma empresa iniciou o período com 10.000 unidades em estoque,
com um valor contábil unitário de 1.00 (como ocorre no primeiro período); depois, necessitou
adquirir 5.000 unidades do fornecedor 1 ao custo unitário de 1.00 mais os 25% de ágio
cobrados por este fornecedor; e que não foram feitas compras à vista com o fornecedor 2; o
valor contábil unitário do estoque no final do período será:
Para chegar a esse valor são necessários dois cálculos: primeiro, é preciso determinar o
quanto se gastou para produzir uma unidade de produto no período, e depois qual é o valor
contábil unitário do produto acabado.
Este valor é composto pelo custo dos insumos utilizados para produzir uma unidade de
produto e custo de mão-de-obra necessária para produzir esta mesma unidade.
Onde:
: Consumo de Insumos – média que pode ser considerada igual a 5 até o aparecimento de
novas máquinas mais eficientes. Esse fato será noticiado no jornal.
74
Simulação Empresarial Apêndice B
Exemplo: Supondo que a empresa trabalhou com ritmo normal, que o salário era igual
2.500 e que a produtividade no período era 1.01, o gasto unitário de produção é:
2.500 x 1,00
5 x 1,0833 + = 10,3672
500 x 1,01 x 1,00
} Valor contábil unitário – Para chegar a esse valor, é feita uma média entre os gastos
de produção no período e o valor contábil unitário dos estoques no início do período. Esse
cálculo é feito através da seguinte expressão:
(Estoque de Produto Acabado Inicial × Valor Contabil Inicial) + (Quantidade Produzida × Gasto Com Producao)
Estoque de Produto Acabado Inicial + Quantidade Produzida
Exemplo: Supondo que se está calculando as projeções referentes ao segundo período, que
inicia com um estoque inicial de produto acabado igual a zero. Nesse caso, o valor contábil
do produto acabado em estoque neste período é igual ao gasto com produção.
1. custo de estocagem
2. valor dos estoques de insumos e,
3. valor dos estoques de produtos acabados.
Todos os valores acima serão diferentes de zero, apenas quando existirem estoques de
insumos ou produtos acabados, ou de ambos, no final do período. Porém, mesmo que não
existam estoques, o valor contábil unitário é necessário internamente.
Os itens a seguir estão calculados supondo um estoque de 55.000 unidades de insumo e 250
unidades de produto acabado:
75
Simulação Empresarial Apêndice B
cálculo do custo de estocagem pode ser feito a partir dos valores de estoque publicados no
balanço do período anterior. Mas se a empresa deseja controlar minuciosamente os seus
custos, então será indispensável guardar estes valores pois eles compõem o custo total do
produto.
76
Simulação Empresarial Apêndice C
Produçãot x0,2
PMOt +1 = PMOt x 1 +
100.000
5.000 × 0,2
PMO2 = 1.00 × 1 +
100.000
CMO = NE x HT x PMO x IT
77
Simulação Empresarial Apêndice C
1.000
1.000 = NE × 500 × 1,02 × 1,0 ⇒ NE = = 1,9608 funcionári os ociosos
500 × 1,02 × 1,0
Ou seja existem praticamente dois funcionários ociosos na empresa. Para se obter o valor
da despesa de ociosidade basta multiplicar o número de funcionários ociosos pelo salário
pago no período em questão então, considerando um salário base de 2.500,00 UM e
lembrando que a empresa está trabalhando em turno normal:
78
Simulação Empresarial Apêndice D
O GI-MICRO possui a folha de decisões, que equivale à execução do que você determinar.
Essa folha é um documento no qual deverão ser anotadas as estratégias nas áreas de
Demanda, Administração Financeira, de Compras, de Pessoal e da Produção.
Deve-se preencher uma folha de decisões para cada jogada, que corresponde a um período
do jogo. A responsabilidade pela exatidão das informações da folha é da sua equipe.
Aconselha-se atribuir ao Diretor Geral a responsabilidade de conferir se as decisões foram
registradas corretamente e de verificar se todos os campos estão preenchidos. Se houver
erro no preenchimento, o Animador é quem determina se e como será feita a correção. Em
caso de erro de digitação grave, por parte dos responsáveis pelo processamento do jogo
(equipe de animação), a equipe prejudicada poderá solicitar um reprocessamento da jogada
ou uma indenização.
Analisar os relatórios logo que são disponibilizados é a primeira coisa que se faz. Eles
apresentam várias visões do universo simulado. É muito importante aprender a ler as
informações que não estão evidentes. Com um pouco de álgebra pode-se descobrir dados
extras sobre a concorrência. Informações sobre volumes em estoque, prazo, capacidade
produtiva e outros dados que permitem avaliar o concorrente.
Uma prática comum que tem sido observada é a falta da análise da própria empresa como
primeira atividade quando de posse de novos relatórios. A análise mais comum que se faz é
olhar o lucro e tentar posicionar a empresa frente aos concorrentes. A concorrência, sempre
é boa política, saber onde anda, mas são as decisões da empresa que definem seus
resultados. Estas decisões devem se fundamentar na própria empresa e para isto é
necessário analisar muito mais a fundo os relatórios, inclusive os passados, para identificar
falhas e pontos fortes das empresas.
Coletados os dados, estudado o cenário atual, interno e externo chega-se a hora do trabalho
duro. Prever o cenário futuro, encontrar uma direção e seguir. Nesta etapa a empresa pode
utilizar todos recursos que desejar para responder as perguntas como: Qual será a
demanda ? Quanto posso produzir ? E as compras ? Contabilidade ? Marketing ? Preço \
Prazo \ Propaganda ? Fechar caixa ? Preciso de empréstimos ? Financiamentos ? Posso
aplicar ? Estas são algumas das perguntas respondidas aqui. Para levar a bom termo a
realização destas tarefas, os diretores são orientados a escolher para a empresa uma ou
mais metas que estejam de acordo com a missão da empresa, dentro do universo no qual ela
está inserida. Estas metas deverão ser atingidas através de estratégias as quais são
adotadas pelos diretores com objetivo de guiar o desenvolvimento da empresa na busca da
satisfação das metas.
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Simulação Empresarial Apêndice D
MISSÃO
METAS
ESTRATÉGIAS
Conjunto de
Decisões
Operacionais
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Simulação Empresarial Apêndice E
Este relatório contém duas tabelas separadas por um gráfico de pizza com fica claro ao se
observara a figura E.1. A primeira tabela está diretamente relacionada com o gráfico de pizza
mas primeiramente vamos descrever a tabela de custos que encabeça o relatório.
Para cada conta prevista, sub total e também, para o total final, existem três valores que
definem as colunas da tabela:
: Unitário: Coluna que apresenta quanto cada conta contribuiu individualmente para o
custo unitário total.
: Total: Resulta do uma simples operação: multiplica-se o custo unitário pelo total do
produto vendido, ou seja acumula valor de todas as unidades vendidas para a
respectiva conta.
: Percentual: Permite avaliar de uma forma relativa a participação de cada conta no
total, seja ele o total unitário, seja ele o total global.
E.2 - Gráfico:
A ligação entre os percentuais mencionados ao final do item anterior são utilizados para
construir este gráfico, portanto ele apresenta as mesmas relações de entre os custos totais e
unitário do produto vendido.
Nesta tabela existirão tantas colunas quantas forem as regiões aonde atua a empresa. Os
valores apresentados nestas colunas corresponde a participação percentual de cada região
em cada conta. Os valores totais que estão rateados nesta tabela provém da coluna dos
totais contida na primeira tabela. A vendas individuais são obtidas no relatório confidencial
e os totais de receita de venda e receita operacional vendo demonstrativo de resultados,
também do relatório confidencial.
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Simulação Empresarial Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
LIVROS E ARTIGOS
DOLAN, R.J. & SIMON H. : “O Poder dos Preços...”, Futura, SP, 1998.
IUDÍCIBUS, S., MARION J. C., Manual de Contabilidade para não Contadores, Atlas,
1990.
MURRIN, Tom C.T.K.J.: Avaliação de Empresas “Valuation”, Makron Books, S.P., 2000.
RODDER, W., KULMANN, F., KOPITTKE, B.H.: Sistema inteligente de apoio à decisão
baseadas na Shell, Spirit. Texto para o ensino à Distância. Fern Universitat- UFSC.,
1999.
SCHOLES, Peter C.J.: Soft Systems Methodology in Action. John Wiley & Sons, N.Y. 1990.
SENGE, Peter.: A Quinta Disciplina, Best Seller, Edição Revisada e Ampliada, S.P., 1990.
SIMON, Hermann: Pricing Opportunities – And How to Exploit Them. Sloan Management
Review, Winter 1992.
DISSERTAÇÕES E TESES
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Simulação Empresarial Bibliografia
MUNCK, Luciano.: A Efetiva Formação de Equipes de Trabalho Uma Abordagem a Luz das
Mudanças Organizacionais. Caso: Coordenadoria de Recursos Humanos Universidade
Estadual de Londrina, Florianópolis, 1999. Dissertação de Mestrado em Engenharia de
Produção. Universidade Federal de Santa Catarina.
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Simulação Empresarial Bibliografia
SERRA, Edgar V. M.: Uma Proposta para o ensino de Mercado de Capitais na Abordagem
de Jogos de Empresas, Florianópolis, 1997. Dissertação de Mestrado em Engenharia de
Produção. Universidade Federal de Santa Catarina..
THEISS Junior, Felix C.: Analise do Capital de Giro: Modelo dinâmica Versus Modelo
Tradicional, Blumenau. 1999. Dissertação de Mestrado em Administração do Centro de
Ciências Sociais. FURB.
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