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Apresentação
Essa página tem a intenção de prestar informações a respeito das formas de aproveitamento dos
recursos hídricos.
Basicamente, serão abordados os temas: Legislação Brasileira para os Recursos Hídricos; A Lei
Federal Brasileira de Recursos Hídricos; O Código de Águas Minerais e o Código de Mineração; A
Água Mineral e a Constituição Brasileira;
Definições, Classificações e Padrões de Qualidade das Águas Minerais, Potáveis e Adicionadas de
Sais;
Um demonstrativo do quadro atual da Indústria Brasileira de Água Mineral e Potável de Mesa;
Comentário resumido a respeito dos livros: Água Mineral do Brasil e Águas Minerais do Estado do
Rio de Janeiro; bem como os resumos (em português e inglês) da Dissertação de Mestrado de
Lucio Carramillo Caetano, defendida em julho de 2000 no Instituto de Geociências da UNICAMP,
com o tema: Água Subterrânea em Campos dos Goytacazes (RJ), uma opção para o
abastecimento.
A página expõe a utilização da água em sua forma mais nobre: a descendentação do Homem. Não
ficaremos restritos a indústria de envase de Água Mineral ou Potável de Mesa. Pelo contrário,
pretende-se mostrar que o aproveitamento da água é irrestrito e deve ser feito da maneira mais
racional possível para que possamos deixar para as futuras gerações lições de utilização
consciente dos Recursos Naturais.
Faz-se necessário lembrar também que é de fundamental importância a participação da população
nas discussões a respeito da forma de utilização e cobrança dos Recursos Hídricos.
A própria Lei Federal 9.433/97 bem como as Leis Estaduais, convoca toda a Sociedade para um
amplo debate sobre o tema.
Não deixe de participar. Com certeza em sua cidade ou nas proximidades há um Comitê ou Grupo
aberto para a discussão.
Gostaria de agradecer a todos que foram direta ou indiretamente responsáveis para a elaboração
desse trabalho e,
finalmente, solicitar aos que visitam essa página que nos ajudem no dia a dia a melhorar sua gama
de informações bem como sua qualidade. Assim, receberemos de bom grado toda e qualquer
colaboração e sugestão.
A LEGISLAÇÃO brasileira voltada aos recursos hídricos teve seu início com o Decreto nº24.643,
de 10 de julho, publicado no DOU de 24 de julho de 1934, denominado "Código das Águas" . A
intenção do então chefe do governo provisório brasileiro, Getúlio Vargas, foi dotar o país de uma
legislação adequada que permitisse ao poder público controlar e incentivar o aproveitamento
industrial das águas.
Esse Decreto federal, impôs condições para o aproveitamento da água superficial, em particular à
voltada a energia hidráulica.
1. Definiu águas em: públicas, como as que nascem em terreno público ou qualquer corrente, lago,
mar que possibilite a navegação ou flutuação, ou mesmo nascente ou braço de qualquer corrente
desde que influam na navegabilidade ou flutuabilidade; comuns, todas as águas não navegáveis e
flutuáveis e particulares como as nascentes e todas as águas situadas em terrenos particulares e
quando não estiverem enquadradas nas demais situações.
2. Definiu também a propriedade das águas públicas em relação a União, os Estados e Municípios:
Estas águas pertencem à União quando marítimas, situadas em Território, quando servem de
limites da República ou se estendem por território de países vizinhos, sirvam de limites entre
Estados, percorram territórios de mais de um Estado, entre outros. Aos Estados quando sirvam de
limites entre municípios ou percorram parte de territórios de mais de um município. Apenas quando
as águas públicas se situam no território de um único município e são navegáveis ou flutuáveis é
que pertencem ao Município.
3. Esse Decreto, que enfatiza a utilização das águas públicas para energia hidráulica, define
algumas regras para a navegação, assim como para outras aplicações. Especificamente para
agricultura, indústria e higiene, a utilização de águas derivadas dependerá de concessão
administrativa, por tempo limitado a 30 (trinta) anos. As águas comuns e particulares para que
sejam utilizadas no interessa da saúde e da segurança pública, dependerão de autorização
administrativa.
Já naquela época, 1934, garantir o direito a utilização gratuita da água superficial para as
necessidade da vida, ficava patente no artigo 34 do presente Decreto, assim como a preocupação
com a proteção das águas é visível no artigo 109 que diz: "A ninguém é lícito conspurcar ou
contaminar as águas que não consome, com prejuízo de terceiros". E a punição aos responsáveis
pela contaminação não foi esquecida, como trata o artigos 110, 111 e 112 que dizem:
· "art. 110: Os trabalhos para a salubridade das águas serão executados à custa dos infratores,
que, além da responsabilidade criminal, se houver, responderão pelas perdas e danos que
causarem e pelas multas que lhes forem impostas nos regulamentos administrativos.
· art. 111: Se os interesses relevantes da agricultura ou da indústria o exigirem, e mediante
expressa autorização administrativa, as águas poderão ser inquinadas, mas os agricultores ou
industriais deverão providenciar para que elas se purifiquem, por qualquer processo, ou sigam o
seu esgoto natural.
· art. 112: Os agricultores ou industriais deverão indenizar a União, os Estados, os Municípios, as
corporações ou os particulares que pelo favor concedido no caso do artigo antecedente, forem
lesados".
Como havíamos dito no início deste sub-capítulo, o Decreto nº 24.643/34 aborda detalhadamente a
utilização das águas para energia hidráulica. Dos 205 artigos do Decreto, mais de 60 referem-se
especificamente a normatização para o aproveitamento industrial, tanto de águas de domínio
público quer de particulares ou de fontes de energia hidráulica.
É interessante observar que à época da criação desta legislação federal, o órgão competente para
autorizar e fiscalizar as concessões de energia elétrica era o Departamento Nacional da Produção
Mineral, vinculado ao Ministério da Agricultura, através do seu Serviço de Águas. Hoje esse
trabalho é executado pelo Departamento Nacional de Energia Elétrica (DNAEE), órgão do
Ministério de Minas e Energia.
Em relação à água subterrânea este Decreto apesar de referir-se a esse respeito em apenas 6
artigos, estabelece importantes diretrizes, que achamos por bem descrevê-las em sua totalidade:
· art. 96: O dono de qualquer terreno poderá apropriar-se por meio de poços, galerias, etc. das
águas que existam debaixo da superfície de seu prédio, contanto que não prejudique
aproveitamentos existentes nem derive ou desvie de seu curso natural águas públicas dominicais,
públicas de uso comum ou particulares.
· Parágrafo único: Se o aproveitamento das águas subterrâneas de que trata este artigo prejudicar
ou diminuir as águas públicas dominicais ou públicas de uso comum ou particulares, a
administração competente poderá suspender as ditas obras e aproveitamentos.
· art. 97: Não poderá o dono do prédio abrir poço junto ao prédio do vizinho, sem guardar a
distância necessária ou tomar as precisas precauções para que ele não sofra prejuízo.
· art. 98: São expressamente proibidas construções capazes de poluir ou inutilizar, para uso
ordinário, a água do poço ou nascente alheia, a elas preexistentes.
· art. 99: Todo aquele que violar as disposições dos artigos antecedentes é obrigado a demolir as
construções feitas, respondendo por perdas e danos.
· art. 100: As correntes que desaparecerem momentaneamente do solo, formando um curso
subterrâneo, para reaparecer mais longe, não perdem o caráter de coisa pública de uso comum,
quando já o eram na sua origem.
· art. 101: Depende de concessão administrativa a abertura de poços em terrenos de domínio
público.
É interessante destacar que com esse Decreto o governo federal da época determinou a
obrigatoriedade de concessão administrativa para a utilização da água subterrânea em terras
públicas. Assim como demonstrou sua preocupação durante a explotação da água subterrânea no
que se refere a:
NO INÍCIO de 1997, foi instituída a Política Nacional de Recursos Hídricos e foi criado o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, através da Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de
1997, publicada no DOU de 09/01/97.
Esta Lei, diferentemente do Código de Águas e do Código de Águas Minerais, ambos muito mais
voltados para atividades que utilizam a água superficial ou subterrânea com a intenção única e
exclusiva de gerar lucros (centrais hidrelétricas e mineração, como exemplo), confere à água a
importância de um bem de domínio público, limitado, de valor econômico, cujo uso prioritário é o
consumo humano e que deve, sempre que possível, ter uso múltiplo, assim como, define a bacia
hidrográfica como unidade territorial de gestão dos recursos hídricos e determina que, além do
poder público, haja a participação de usuários, comunidades e entidades civis, de uma forma que a
gestão seja descentralizada.
Determina como objetivos (art. 2º) principais da PNRH: assegurar à atual e às futuras gerações a
necessária disponibilidade de águas e prevenir e defender contra eventos hidrológicos críticos de
qualquer origem, seja natural ou provocado pelo homem.
Podemos verificar que os fundamentos para a instituição da PNRH e a criação da SNGRH, assim
como seus objetivos, estão perfeitamente sintonizados com opiniões de setores importantes da
sociedade organizada ligada aos recursos hídricos como a Associação Brasileira de Águas
Subterrâneas (ABAS), a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) e o
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA).
No boletim informativo nº 76 de março de 1998 da ABAS, o Prof. Aldo Cunha Rebouças, escrevia:
"O manejo integrado das águas, representa a forma mais avançada e racional de solução dos
problemas de abastecimentos das demandas de água - doméstica, industrial ou agrícola - de uma
determinada área". Assim como, podemos destacar do "site" da Semana Interamericana da Água,
promovido pela ABES-RS, a seguinte frase: "O principal objetivo de um processo de gestão é tratar
de maneira integral os sistemas hídricos ou bacias buscando aproveitá-lo, protegê-los e recuperá-
los a fim de satisfazer as crescentes demandas da população assegurando seu uso para as
gerações futuras".
É certo que por conta de alguns vetos do Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, à
alguns poucos artigos e itens, a lei, segundo o presidente do CREA do Rio de Janeiro, José
Chacon de Assis, sofreu algumas mutilações. Mas, ainda assim, Chacon declara nos Anais do
Seminário Nacional sobre a Gestão dos Recursos Hídricos, realizado no CREA-RJ em agosto de
1997, que: "...a Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997, inova em muitos conceitos. Ela visa a garantir
sustentabilidade ecológica, administrativa e financeira, repactuando o compromisso da sociedade
brasileira com os corpos hídricos..."
Além dos fundamentos e objetivos, esta lei destaca as diretrizes (art. 3º) gerais de ação, das quais
abaixo destacamos:
Em relação aos Planos de Recursos Hídricos, o artigo 7º, deverão executar pelo menos:
O fundamental desses planos é que por determinação do art. 8º da Lei, eles serão elaborados por
bacia hidrográfica, por Estado e para o País. Ou seja, não há mais planejamento em função de
interesses políticos de um município ou um estado. “A unidade de gestão ideal é justamente a
bacia hidrográfica no âmbito da qual se pode controlar o fluxo e uso da água.” (SIA, 1997) O que
consta de um planejamento é toda uma bacia que pode conter diversos municípios e Estados.
Tecnicamente essa questão é perfeita, pois não há como separar as características físico-químico-
biológicas dos recursos hídricos através de fronteiras político-geográficas.
A presente lei, instituiu a outorga de direito de uso de recursos hídricos, não só no caso de
utilização da água superficial ou subterrânea para consumo final, como de insumo de processo
produtivo ou de aproveitamento dos potenciais hidrelétricos, mas incluiu também, qualquer outro
uso que altere o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água,
assim como o lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não,
com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final (artigos 9º, 10º, 11º e 12º).
Um fato que merece atenção especial é a criação de taxação pelo uso da água, reconhecendo-a
como bem econômico e dando ao usuário uma indicação de seu real valor. Visa, além disso,
incentivar a racionalização de seu uso (art. 19º).
Contudo, mais importante do que a simples taxação pela utilização dos recursos hídricos, a lei
impõe a taxação por volumes lançados de esgotos e demais resíduos líquidos e gasosos bem
como em função de suas características físico-químicas, biológicas e de toxidade (art. 20º e 21º). O
dinheiro arrecadado será utilizado em estudos, programas, projetos e obras incluídos nos Planos
de Recursos Hídricos, na implantação e custeio dos Órgãos e entidades integrantes do Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (art. 22º).
É criado o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, que tem por objetivo coletar, tratar,
armazenar e recuperar informações sobre recursos hídricos. Dentre os princípios básicos para seu
funcionamento, destacamos o de garantir a toda a sociedade o acesso aos dados e informações
do Sistema (art. 25º, 26º e 27º). Além desse Sistema, o artigo 32º criou o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos cujo objetivo é coordenar a gestão integrada das águas,
implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos e promover a cobrança pelo uso dos
Recursos Hídricos.
Ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (art. 34º, 35º e 36º) compete, entre outros, promover a
articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional,
estaduais e dos setores usuários.
Aos Comitês de Bacia Hidrográfica (art. 37º a 40º) compete, entre outros, promover o debate das
questões relacionadas a recursos hídricos, aprovar e acompanhar a execução do Plano de
Recursos Hídricos e estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Sua
atuação restringe-se a área da bacia hidrográfica.
Segundo a lei, todo esse sistema complexo ficará a cargo da Secretaria Executiva do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos, que será exercida por Órgão integrante do Ministério do Meio
Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (art. 45º e 46º).
A presente lei além de definir Organizações Civis de Recursos Hídricos, que podem ser quaisquer
organizações legalmente constituídas, governamentais ou não (art. 47º e 48º), impõe infrações e
penalidades no que se refere, principalmente, a falta de autorização para utilização dos recursos
hídricos sejam eles superficiais ou subterrâneos.
Apesar da amplitude da lei 9433/97, o setor de águas minerais, não foi sequer citado. Todavia, a
água mineral ou potável de mesa, como bem mineral, se submete às leis do Ministério das Minas e
Energia; como alimento, às leis do Ministério da Saúde e, finalmente, como produto industrializado
e comercializado, às leis do Ministério da Justiça. Além disso, será que não houve algum equívoco
em relação à classificação da água mineral ou potável de mesa? Pois, antes de ser considerada
água mineral, ela é subterrânea, devendo, portanto, ser incluída na política de recursos hídricos,
submetendo-se assim, às leis dos Recursos Hídricos até que efetivamente seja classificada como
mineral, o que só acontece no momento da aprovação do relatório final de pesquisa.
Adiciona-se à questão acima exposta, o fato de que a indústria engarrafadora nacional de água
mineral ou potável, assim como os balneários, vêem ampliando ano a ano a explotação de água
subterrânea através da abertura de novos poços e do aproveitamento de águas de surgência. O
que de qualquer forma, não deixa de ser uma utilização que altera a disponibilidade do recurso
hídrico.
Segundo o Código de Águas, uma água pode ser considerada mineral através da:
Assim, temos na realidade dois tipos de classificação. Uma da água, mesmo distante da fonte, que
é a composição química e as características medicamentosas e outra que é dada pelas
propriedades da água na fonte, ou seja, pelas características da água que normalmente não se
mantém até a casa do consumidor final, como os gases e a temperatura.
Não tornando obrigatório, para a comercialização de água engarrafada, uma água com
características próprias e distintas das demais águas, o Código de Águas Minerais, permite que
qualquer água subterrânea considerável potável e protegida da influência das águas superficiais
(art. 26º) seja engarrafada e vendida desde que obedecidos os preceitos da legislação em vigor.
Assim como no Código de Águas o órgão responsável pela autorização e fiscalização dessa
indústria de explotação de água é o Departamento Nacional da Produção Mineral, que apesar de
ter perdido uma parte de sua competência para o Ministério da Saúde, mantém, diferentemente do
que ocorreu em relação às águas superficiais, uma grande atuação em praticamente todo o setor
de águas minerais, competindo à Saúde a parte de fiscalização da comercialização e a definição
de padrões de potabilidade (resolução 25/76 do CNNPA). Assim, ainda hoje, tanto as indústrias
engarrafadoras como os balneários dependem de autorização do DNPM para iniciarem suas
atividades.
Esse decreto-lei, que está em vigor até os dias de hoje, dispõe, em 50 capítulos, as formas como
poder-se-ão aproveitar as águas minerais e potáveis de mesa. Apesar das pequenas alterações
sofridas pelo Código, tendo em vista que alguns artigos fazem ligação com o Código de Minas,
diversas vezes modificado até a promulgação da Lei nº 9.314 de 14/11/96, publicada no DOU de
18/11/96, atual Código de Mineração, resolvemos, resumidamente, descrever a forma de atuação
do governo para autorizar o aproveitamento dessas águas.
A água mineral ou potável de mesa é regida por leis do setor mineral que as enquadram como
bens minerais, da mesma forma que o ouro, ferro, calcário e tantos outros minérios, inclusive os do
subsolo (item IX do art. 20). Entretanto, apesar da Constituição Federal de 1988 manter como bens
da União os recursos minerais, verificamos que no artigo 23, essa competência é dividida entre a
União, os Estados e o Distrito Federal quando diz:
Logo a seguir, a própria Constituição acaba com as dúvidas. Afinal, a quem pertence,
efetivamente, a água? A dúvida acaba quando se lê o artigo 26 e o item I:
· art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presente e futuras gerações.
· Parágrafo 2º: Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
PADRÕES DE QUALIDADE/POTABILIDADE
(AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - MS)
CLASSIFICAÇÃO
Código de Águas Minerais - Decreto-lei 7.841 de 08/08/45
Critérios Básicos:
I - Características Permanentes da água (composição química)
Ex.: Iodetada de Pádua, Milneral, Salutaris, Calita, Fênix, Recanto das Águas, Pindó, Caxambu,
Raposo, Soledade, Havaí, São Lourenço, etc.
2 QUANTO A TEMPERATURA:
FONTES FRIAS: temperatura inferior a 25ºC;
FONTES HIPOTERMAIS: temperatura entre 25 e 33ºC (Ex.: Serra dos Órgãos - RJ);
FONTES MESOTERMAIS: temperatura entre 33 e 36ºC (Ex.: York - PI);
FONTES ISOTERMAIS: temperatura entre 36 e 38ºC;
FONTES HIPERTERMAIS: temperatura acima de 38ºC (Ex.: Thermas Antônio Carlos - Poços de
Caldas - MG; Caldas Novas - GO)
O grande destaque do ano ficou com a região Nordeste, ampliando sua produção em mais de 40%
em relação ao ano de 1998, chegando aos 754 milhões de litros. Devemos realçar o crescimento
do Estado da Paraíba, que ampliou sua produção em 343% em relação a 1998. Outros Estados
que merecem destaque são: Alagoas, Bahia e Santa Catarina que apresentaram crescimento de
119%, 75,3% e 75,4% respectivamente. Os maiores produtores de água mineral ou potável de
mesa, em volume, no entanto, são, respectivamente: São Paulo (1,1 bilhão), Minas Gerais (255
milhões), Pernambuco (249 milhões), Rio de Janeiro (177 milhões), Paraná (159 milhões), Bahia
( 123 milhões) e Rio Grande do Sul (117 milhões).
Devemos ressaltar ainda, que o crescimento registrado em Pernambuco, com a ampliação não só
do parque industrial como também da produção de antigas empresas, quase dobrando sua
produção no biênio 1995-1996 se deve ao fato de nem sempre ser satisfatória a qualidade da água
de torneira da região nordeste, obrigando a população local a adquirir água mineral para utilização
nos mais variados fins. Em Pernambuco, credita-se, também, a ampliação do consumo dos
pernambucanos ao baixíssimo preço cobrado pela água, principalmente em embalagens
retornáveis de 20 litros que chega ao consumidor final por menos de R$ 1,00, o que vale dizer, R$
0,05 por litro de água mineral engarrafada.
A região Sudeste continua sendo responsável pela maior produção de água mineral e potável de
mesa do país, detém 53% da produção, ou seja, produz um total de 1.592.000.000 litros, sendo
que deste montante, 36,90% são produzidos no Estado de São Paulo, 8,50% em Minas Gerais e
5,90% no Rio de Janeiro. Em seguida está a região Nordeste, detentora de 25,10% da produção,
um total de 754.255.000 litros, sendo que Pernambuco detém 8,30%, Bahia 4,10% e Ceará 3,80%;
a região Sul, detém 10,60% de toda a produção nacional com 318.530.000 litros, sendo que o
Paraná se destaca com 5.30% da produção e o Rio Grande do Sul com 3,90%. A região Centro-
Oeste detém 5,90% da produção, ou seja, 177.295.000 litros, aqui temos Goiás com uma produção
anual de 2,40% e Mato Grosso com 1,90% se posicionando à frente dos demais Estados da
região. Por último, a região Norte detém 5,20% da produção anual, ou seja, 156.260.000 litros,
impulsionando a produção desta região está o Estado do Pará com 2,60%.
1. Grupo Edson Queiroz (18,50%), distribuídos por suas unidades de engarrafamento localizadas
nos estados de AL, BA, CE, DF, GO, MA, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RN e SE, através da Indaiá
Brasil Águas Minerais Ltda. (15,20%) e Minalba Alimentos e Bebidas Ltda. de Campos do Jordão
(SP) com 3,28%;
2. Empresa de Águas Ouro Fino Ltda. (3,02%), responsável pelo engarrafamento da água Ouro
Fino em Campo Largo (PR);
3. Grupo Nestlé – Perrier/Vittel (2,73%), através das unidades produtoras da Empresa de Águas
São Lourenço Ltda. responsável pelo engarrafamento das águas Petrópolis (RJ), São Lourenço
(MG) e “Levíssima” (RJ);
4. Spal – Indústria Brasil de Bebidas S/A. ( 2,23%), responsável pela água Crystal (SP);
5. Cia. Lindoyana de Água Mineral Ltda. (2,19%), responsável pela água Lindoya Genuína (SP);
6. Miner Mineração Hotelaria e Turismo Ltda. (1,94%), responsável pela água Santa Bárbara (SP);
7. Schincariol Emp. de Mineração Ltda.(1,81%), responsável pela água Schincariol (SP);
8. Mineração Alto Caxangá Ltda. (1,80%), responsável pela água Caxangá (PE);
9. Águas Minerais Dias D’Ávila (1,63%), responsável pela água Dias D’Ávila (BA);
10. Empresa de Água Áurea Ltda. (1,56%), responsável pela água Poá (SP);
11. Flamin Mineração Ltda. (1,54%), responsável pela água Lindóia Bio-leve (SP);
12. Grupo Supergasbrás (1,52%), responsável pelas águas Caxambu, Araxá, Lambari e
Cambuquira (MG);
13. Empresa de Mineração Ijuí S/A. (1,39%), responsável pela água Ijuí (RS);