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Programa de Matemática

Realidade
Grau Geral

Autores

Ana Luísa
Fátima Gordo
José Duarte
Instituto de Emprego e Formação Profissional
Março de 2001

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Programa de Matemática e Realidade

(Grau Geral)

A Matemática na Formação Profissional

A Matemática como uma componente sócio-cultural da Formação Profissional do IEFP, deve

contribuir para a formação geral do indivíduo, como cidadão capaz de pensar criticamente e

intervir no quotidiano e simultaneamente fornecer ferramentas conceptuais e operatórias,

que permitam aos formandos responderem de forma adequada aos problemas colocados

pela prática profissional.

O programa de Matemática na formação profissional, deve assim responder a preocupações

de uma formação para a cidadania, em paralelo com o desenvolvimento de competências

profissionais que facilitem ao formando o desempenho de tarefas diversificadas no

contexto do seu trabalho e a abordagem de situações e problemas do quotidiano.

Pressupostos de um programa

Assumem-se como pressupostos que:

- o conhecimento é uma construção pessoal e social, o que implica o envolvimento dos

formandos em actividades onde o saber e o saber-fazer se cruzam e os processos de

comunicação e interacção são valorizados, sustentando aprendizagens significativas;

- a flexibilidade curricular é sempre possível e deve permitir percursos diversificados que

respondam aos interesses do indivíduo, à sua ‘história’ escolar e profissional, e à natureza

das diferentes profissões e respectivas competências de qualificação exigidas.

Competências

Existe um conjunto de competências que se consideram fundamentais e que os formandos

devem desenvolver ao longo da sua passagem pelos módulos que constituem o Grau Geral. O

termo competência é aqui entendido em sentido amplo, incluindo conhecimentos,

capacidades e atitudes, ou seja, saber em acção. Assim, quando se fala em competências

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essenciais a desenvolver neste grau, além dos conteúdos matemáticos específicos, faz-se

também referência a maneiras de pensar e de agir. A aquisição progressiva de

conhecimentos matemáticos só faz sentido se estes forem enquadrados num contexto que

valorize o desenvolvimento de capacidades de pensamento e de atitudes positivas em

relação à matemática e à sua aprendizagem.

As competências matemáticas a desenvolver no Grau Geral, além de envolverem a

compreensão de um conjunto de noções matemáticas relacionadas com temas matemáticos

como, a Estatística e Probabilidades, os Números e Cálculo, a Geometria e a Álgebra e

Funções, devem também incluir capacidades e atitudes que são transversais a esses temas,

nomeadamente:

 Mobilizar conhecimentos científicos e tecnológicos adequados para compreender a

realidade;

 Estabelecer uma metodologia personalizada de trabalho, desenvolvendo uma

perspectiva de formação ao longo da vida;

 Tomar decisões e fundamentar as suas opções;

 Analisar e explicitar processos de raciocínio na resolução de problemas;

 Formular problemas a partir de situações do quotidiano e de situações matemáticas;

 Utilizar a Matemática na análise e compreensão do real;

 Conjecturar, explorar, testar e criticar hipóteses;

 Explorar problemas e descrever resultados utilizando modelos e representações

gráficas, numéricas, físicas, algébricas e verbais.

Ao longo de todo o programa são propostas metodologias de trabalho que promovem o

desenvolvimento das competências atrás enunciadas e que envolvem ainda a compreensão de

noções matemáticas fundamentais ligadas aos diversos temas da matemática.

Organização

O programa está organizado em 11 módulos1 que se agrupam, por razões de afinidade e

coerência, em quatro grandes temas:

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Lista em anexo

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Representação, Processamento e Análise de Informação (3)

Números e Estimação (2)

Geometria e Sentido Espacial (3)

Padrões, Funções e Álgebra (3)

Apesar da divisão por temas e módulos, vantajosa em termos organizativos, é importante

realçar as conexões que podem ser estabelecidas entre os vários temas e que contribuem

para uma compreensão mais profunda dos conceitos matemáticos. Por outro lado, ao ser

feita a divisão por temas e módulos, tiveram de ser tomadas opções sobre a inclusão ou o

agrupamento de algumas noções matemáticas no mesmo módulo. Por exemplo, optou-se por

agrupar o teorema de Pitágoras com a trigonometria do triângulo rectângulo, decisão essa

que tem consequências em termos das propostas de trabalho efectuadas.

A estrutura dos módulos é a seguinte:

- Introdução, onde se refere o ‘sentido’ do módulo dentro do tema, algumas competências

transversais e precedências ou aprendizagens prévias a ter em conta;

- Competências a desenvolver, onde se enunciam os ‘saberes’-(fazer)-(ser);

- Orientações metodológicas, que constituem uma componente importante do programa, na

medida em que pretendem ilustrar e ‘atribuir um sentido’ aos conteúdos, sugerindo alguns

caminhos de abordagem, de entre muitos outros possíveis, para o desenvolvimento das

competências enunciadas;

- Listagem de conteúdos, que enuncia os tópicos de Matemática que se devem estudar para

desenvolver as competências;

- Recursos, onde se integram os materiais de apoio e as referências bibliográficas;

- Avaliação, que prevê produtos, critérios e condições de realização;

- Articulações horizontais, onde se referem algumas relações possíveis com outras áreas

da formação;

- Duração, que indica o tempo sugerido para a implementação do módulo.

De um modo geral, os módulos são sequenciais apenas dentro de cada tema, ou seja, por

exemplo, a abordagem do módulo 2 pelo formador, pressupõe que este se assegure que as

competências relativas ao módulo 1 foram desenvolvidas, o que não quer dizer

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necessariamente que o formando tenha de percorrer ou que já tenha percorrido todo o

módulo anterior.

As eventuais precedências estabelecidas entre módulos de diferentes temas, são

explicitamente assinaladas na introdução do respectivo módulo.

O papel da tecnologia

Não é possível elaborar hoje qualquer programa de formação que não tenha em conta a

evolução das tecnologias de informação e comunicação e as suas implicações no quotidiano e

nas profissões.

O trabalho a realizar em Matemática deve apoiar-se na tecnologia, nomeadamente nas

calculadoras básicas, científicas e gráficas, nos computadores e no software de uso

genérico ou educativo a ele associado, e na Internet como rede de computadores que nos

faculta o acesso a informação actualizada e facilita os processos de comunicação à

distância.

Ao longo dos módulos são feitas referências a diferentes instrumentos tecnológicos, a

software de uso genérico como a folha de cálculo e a diversos programas educativos, com

particular destaque para os ambientes de geometria dinâmica como o Cabri-Geometre ou o

Geometer’s Sketchpad e o Mat_LM criado para superar dificuldades de aprendizagem em

Matemática e Língua Materna.

A tecnologia aparece no programa de Matemática como suporte à exploração, visualização e

representação de conceitos, à exploração e construção de modelos e à resolução de

problemas nos domínios do Número, da Álgebra, da Estatística e da Geometria.

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Muitas referências e endereços de sites de Matemática se poderiam hoje indicar na World

Wide Web (WWW) que nos conduziriam a textos, referências bibliográficas,

problemas, actividades e projectos relevantes no ensino da Matemática, correndo o

risco de rapidamente essa informação mudar de local ou aparecer outra mais

relevante e actualizada. Por essa razão, optou-se por referir aqui apenas dois sites

(um português e outro americano), onde se podem encontrar materiais relevantes

para o processo de ensino e aprendizagem da Matemática, que pelas estruturas que

os suportam dão garantias de poderem continuar activos e actualizados no futuro.

São eles, o site da Associação de Professores de Matemática (http://www.apm.pt)

e o Math Forum, apoiado pela National Science Foundation

(http://www.forum.swarthmore.edu/).

Sobre a avaliação

A avaliação, como processo regulador da aprendizagem, deve ser diversificada e estar de

acordo com o processo de ensino, tendo em conta, quer a natureza do módulo, quer o tipo

de actividades que se desenvolveram na aula.

Neste sentido, ela pode e deve recorrer a trabalhos escritos e à comunicação oral. Entre

os primeiros, contam-se os testes, pequenas tarefas para casa, problemas e actividades

que privilegiam o raciocínio, actividades de pesquisa ou de investigação e projectos. A

comunicação oral pode resultar da apresentação de algum dos elementos escritos referidos

e/ou da interacção que se estabelece no processo de comunicação da sala de aula, por

solictação do formador, por iniciativa dos formandos ou como dinâmica natural do trabalho

de grupo.

Os critérios de avaliação, pretendem tornar explícito o que se valoriza, orientando a

avaliação destes produtos e devem ser norteados pela correcta aplicação dos conceitos em

causa e contemplar as especificidades de cada um deles. Assim, na resolução de problemas

e actividades que privilegiam o raciocínio, há que valorizar, para além da resposta/solução

encontrada, a procura de estratégias e modelos, bem como a construção de argumentações

que sustentam essa mesma resposta. Já no que se refere a investigações há que ter em

conta a perseverança na exploração de situações novas, o colocar de conjecturas e a

procura de contra-exemplos que possam refutá-las e ainda a tentativa de fazer

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generalizações. Numa actividade de pesquisa é da maior importância a diversidade de

fontes consultadas e a capacidade de selecionar a informação relevante. Num projecto, que

normalmente é fruto de um trabalho em equipa, devem ser valorizadas as diferentes fases

da sua realização, a perseverança, a participação construtiva dos formandos nas tomadas

de decisão e no trabalho do grupo, a escolha de estratégias e metodologias adequadas para

o alcance dos objectivos propostos, a legitimidade das conclusões e a adequação das formas

de divulgação de resultados e conclusões.

A comunicação oral deverá igualmente obedecer a critérios próprios de avaliação a que não

pode ser alheio o facto de que neste contexto estão envolvidos dois tipos de linguagem: a

língua materna e a linguagem matemática. De acordo com este pressuposto, valorizam-se a

clareza e o rigor, a pertinência, a capacidade para apresentar e defender o seu próprio

raciocínio, a capacidade para validar ou contestar conjecturas e a capacidade de articular a

linguagem matemática com a língua materna.

Relativamente às condições de realização das actividades previstas, deve ter-se em conta

que os espaços de aprendizagem não se restrigem às ‘fronteiras’ da sala de aula, pelo que as

propostas de avaliação que atrás se fazem, devem conciliar diferentes tempos e espaços.

Sendo a sala de aula o local privilegiado para o lançamento das propostas de trabalho, para

a planificação e organização das actividades e para a reflexão, outras possibilidades como o

Centro de Recursos, a Biblioteca, a Internet, os media, os postos de trabalho ou de prática

simulada devem ser consideradas. Também nas formas de organização do trabalho se

devem contemplar diferentes modalidades, como o trabalho individual e o trabalho de

pequeno e grande grupo, que se devem complementar de acordo com as especificidades das

actividades propostas.

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Estrutura do Programa de Matemática

Grau Geral

Tema: Representação, processamento e análise de informação

Módulos
1. Organização e interpretação de informação

2. Análise e interpretação de informação

3. Probabilidades

Tema: Números e estimação

Módulos
4. Padrões e relações numéricas

5. Estimação e cálculo numérico

Tema: Geometria e sentido espacial

Módulos

6. Visualização e representação de formas

7. Proporcionalidade numérica e geométrica

8. Trigonometria do triângulo rectângulo

Tema: Padrões, funções e álgebra

Módulos

9. Padrões e funções

10. Dos padrões à álgebra – equações

11. Dos padrões à álgebra - inequações

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