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Trabalho à Distância de Celso Jefferson Messias Paganelli.

A Constituição de 1988 considera o Ministério Público essencial à democracia no Brasil?

A resposta para essa pergunta é positiva, e nos é dada pela própria Constituição
Federal:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Do dispositivo acima mencionado, percebe-se que além de permanente, ou seja, o


Ministério Público não pode ser erradicado nem mesmo por emenda constitucional, uma de
suas principais funções é o zelo das principais formas de interesse público, o que inclui, como
escrito no próprio artigo, a defesa do regime democrático.
O professor Walber de Moura Agra nos ensina:
A garantia do regime democrático é uma das funções do Parquet. A fiscalização da
coisa pública é uma de suas prerrogativas mais importantes, que somente pode
frutificar em regimes democráticos, em que há liberdade de expressão, para que atue
aliado com a opinião pública. Assim, o Ministério Público fiscaliza a relação dos
mandatários com a coisa pública, assumindo primordial importância as ações civis
públicas, as impugnações de mandatos eletivos, etc. Nas eleições, em qualquer nível,
o Ministério Público atua para que a vontade popular não seja maculada,
fiscalizando a lisura do procedimento eleitoral.1

Como se pode ver, o Ministério Público atua de forma decisiva protegendo o interesse
da população, e isso inclui, obviamente, a democracia, sendo que, inclusive, cabe a este órgão
a fiscalização, entre outras coisas, das eleições.
Nesse sentido, temos a doutrina de Alexandre de Moraes:
(...) a Instituição ocupa lugar cada vez mais destacado na organização do Estado, em
virtude do alargamento de suas funções de proteção aos direitos indisponíveis e de
interesses coletivos, tendo a Constituição Federal dando-lhe relevo de instituição
permanente e essencial à função jurisdicional, mas que ontologicamente sua
natureza permanece executiva, sendo seus membros agentes políticos, e como tal,
atuam com plena e total independência funcional.2

Como exposto, o Ministério Público exerce uma função essencial e primordial, ao


defender os interesses coletivos. Com a garantia constitucional de independência funcional,
pode exercer plenamente suas atividades, defendendo a democracia e garantindo o Estado
Democrático de Direito. A manutenção da democracia e sua consequente ordem, tem como

1
AGRA, Walber de Moura. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense.
2010. Pag. 720.
2
MORAES. Direito Constitucional. 18 ed. São Paulo: Atlas, 2000. Pag. 540 a 541.
pressuposto a obediência às leis e o respeito aos direitos do cidadão, atividades que devem ser
seguidas e perseguidas com afinco e dedicação por este importante e indispensável órgão
previsto em nossa constituição.
O doutor Pedro Lenza nos ensina, sobre as funções essenciais do Ministério Público:
(...) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas
necessárias a sua garantia.3

Podemos então dizer que o Ministério Público é o representante da sociedade perante a


justiça, que dentre suas inúmeras atribuições, uma das mais importantes, senão a mais, é a
defesa dos interesses democráticos de toda a população. O mais interessante é que tal
atribuição se deu realmente a partir da Constituição Federal de 1988, quando expressamente
se entregou ao parquet brasileiro a defesa do regime democrático.
A defesa da democracia vai além de apenas defender as regras eleitorais, existência de
partidos políticos e o processo eleitoral. A Democracia vai além disso, e a nossa Carta Magna
consagra um Estado Democrático de Direito que compreende: (a) observância do princípio da
legalidade; (b) a busca dos conteúdos sociais da lei; e (c) a participação utópica e
transformadora da sociedade no exercício do poder.4
A democracia real só se realiza com a observância dos direitos fundamentais e os
direitos humanos, já consagrados em nossa Constituição. O Ministério Público vem a ser o
defensor desses direitos fundamentais e, por conseguinte, persegue a manutenção e a defesa
do Estado Democrático de Direito nacional, preservando a democracia em todos os seus
níveis e estágios.

REFERÊNCIAS
3
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13 ed. Ver, atual e ampl. São
Paulo: Saraiva, 2009. Pag. 611.
4
MACHADO, Antonio Alberto. Ministério Público em defesa de qual democracia?
<http://blogs.lemos.net/machado/2011/01/08/ministerio-publico-em-defesa-de-qual-
democracia/>. Acessado em 20/02/2011.
AGRA, Walber de Moura. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense. 2010.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13 ed. Ver, atual e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2009.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 18 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

O Ministério Público brasileiro e o Estado democrático de Direito.


<http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20100719105321598&mode=print>.
Acessado em 20/02/2011.

MACHADO, Antonio Alberto. Ministério Público em defesa de qual democracia?


<http://blogs.lemos.net/machado/2011/01/08/ministerio-publico-em-defesa-de-qual-
democracia/>. Acessado em 20/02/2011

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