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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

DISCIPLINA DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS

PROFESSORES OMAR GONZALES E CHRISTIANE OGRODOWSKI

Permeametria
PRÁTICA 4

Turma A: Caroline Jacobs (37251)

Ingrid Sabin (38750)

Mariana Ide (38745)

Rio Grande, Abril de 2011.


Sumário

Sumário ................................................................................................................... 2
Índice de Tabelas .................................................................................................... 3
Índice de Figuras .................................................................................................... 4
Legenda de Símbolos ............................................................................................. 5
1. Introdução .................................................................................................. 6
2. Objetivos .................................................................................................... 7
3. Revisão Bibliográfica ................................................................................. 8
4. Materiais e Métodos ................................................................................... 13
4.1 – Matéria – Primas ............................................................................... 13
4.2 – Equipamentos .................................................................................... 13
4.3 – Metodologia ...................................................................................... 13
4.4 – Aplicações ......................................................................................... 13
5. Resultados e discussões .............................................................................. 14
5.1 – Permeâmetro de areia ......................................................................... 14
5.1.1 – Equação de Darcy – Cálculo Experimental ................................ 17
5.1.2 – Equação de Kozeny-Carman – Cálculo Teórico ........................ 18
5.2 – Permeâmetro de polietileno ............................................................... 18
5.2.1 – Equação de Forchheimer – Cálculo Experimenta ...................... 22
5.2.2 – Equação de Kozeny-Carman – Cálculo Teórico ........................ 23
6. Conclusões ................................................................................................. 24
7. Bibliografia ................................................................................................. 25

2
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Dados das medidas de permeabilidade no leito de areia ................................ 16

Tabela 2 – Cálculo do Reynolds para verificação do regime no leito de areia ................ 17

Tabela 3 – Dados das medidas de permeabilidade no leito de polietileno ....................... 20

Tabela 4 – Cálculo do Reynolds para verificação do regime no leito de polietileno ....... 22

3
Índice de Figuras
Figura 1 – Esquema de um permeâmetro .......................................................................... 10

Figura 2 – Forma Linear da Equação (7) ........................................................................... 10

Figura 3 – Permeâmetro utilizado na empresa Brats ......................................................... 14

Figura 4 – Medidores de permeabilidade ........................................................................... 14

Figura 5 – Permeâmetro de leito de areia ........................................................................... 15

Figura 6 – Gráfico para determinação da constante de permeabilidade do leito

de areia .................................................................................................................... 16

Figura 7 – Equipamentos utilizados na permeametria de leito de polietileno ................... 19

Figura 8 – Gráfico para determinação da constante de permeabilidade do leito

polietileno .............................................................................................................. 21

Legenda de Símbolos
4
β Fator de Forma [Adimensional]
∆P Queda de Pressão do Fluido Através do Leito [N/m²]
ε Porosidade do Leito [Adimensional]
μ Viscosidade do Fluido [kg/MS]
ρ Massa Específica do Fluido [kg/m³]
φ Esfericidade da Partícula [Adimensional]

c Parâmetro [Adimensional]
DP Diâmetro da Partícula [m]
h Altura Manométrica [m]
k Constante de Permeabilidade do Leito [m²]
Q Vazão [m³/s]
V Volume [mL]
Re Número de Reynolds [Adimensional]

Rh Raio Hidráulico [m]

t Tempo [s]

g Gravidade [m/s 2 ]

av Área Específica da Partícula Esférica [m²]

a Área Superficial do Leito [m²]


u Velocidade Média do Fluido [m/s]

v Velocidade Média [m/s]

v' Velocidade Superficial [m/s]

1 – Introdução

5
Permeabilidade é um parâmetro característico do meio poroso. É uma propriedade de arranjo e

distribuição do tamanho dos poros por onde o fluido deve passar. A determinação da permeabilidade

deve ser feita experimentalmente. No presente trabalho, essa será determinada por uma operação

unitária denominada permeametria.

Na permeametria um meio poroso é inserido em um tubo, bem ajustado de modo a não permitir

o escoamento entre a parede do tubo e o meio poroso. Um fluido newtoniano com viscosidade

conhecida é bombeado a diferentes valores de vazão e a queda de pressão piezométrica é medida.

A permeametria é importantíssima na indústria de construção, mecânica, e química. A

determinação da constante de permeabilidade serve, por exemplo, para estimar a perda de carga que

um fluido sofre ao passar por uma coluna de troca iônica recheada com uma matriz porosa que serve

para estimar da capacidade de um filtro de areia, ou ainda para estimar o tempo de percolação de óleo

em um leito de carvão ativo. Além disso, o estudo é de extrema importância para confecção de filtros

de aplicação científica na determinação da permeabilidade de tijolos refratários usados em caldeiras,

onde o conhecimento da porosidade exata do meio é um fator decisivo.

2 – Objetivo

6
O experimento tem como objetivo determinar as constantes de permeabilidade ( k ) de

dois leitos particulados, sendo um constituído de areia (fluído – água) e outro de polietileno

(fluído – ar), e comparar os resultados obtidos experimentalmente com os valores teóricos.

Realizar tomadas de queda de pressão, vazões e variações de altura convenientes à cada

sistema experimental. Além disso, aplicar regressão linear e fazer análise da perda de carga

pelo comprimento do leito em função da velocidade de escoamento.

Em síntese, se quer realizar a comparação de valores teóricos calculados com equação

de Darcy.

3 – Revisão Bibliográfica

7
O escoamento de fluidos através de meios porosos é uma situação encontrada em larga
escala em hidrologia e na indústria química na produção de óleo e gás, na filtração, nos leitos
fluidizados, nas colunas de recheio para absorção, destilação e extração líquido-líquido. Pode-
se determinar a permeabilidade de uma amostra, através de sucessivas medições da vazão e
das quedas de pressão, tal técnica é a denominada permeâmetria.
A permeabilidade é uma propriedade importante na descrição do escoamento através de
um meio poroso, indica a facilidade com que o fluido escoa através dos poros, ou seja, um
material é caracterizado por um fluido que é forçado a atravessar um meio poroso. A trajetória
realizada pelo fluido é constituída por muitos canais paralelos e que se intercomunicam. Estes
canais repetidamente expandem-se e restringem-se, e curvam-se e recurvam-se nas mais
diversas direções à medida que as partículas obstruem temporariamente as passagens. No
escoamento, através destas passagens, a fase fluida é repetidamente acelerada e desacelerada.
Assim, a complexa interação existente entre o fluido e o canal poroso ocasiona uma mudança
na energia do sistema, o que resulta, normalmente, na queda da pressão exercida pelo fluído.
Em virtude do meio poroso ser constituído por uma rede de canais de grande
complexidade, a descrição do escoamento em termos de tamanho ou área das partículas é
difícil. No entanto, a função geral da queda de pressão contra a vazão é de tal forma que a
transição do escoamento laminar a turbulento é gradual.
Na dinâmica dos fluidos, a Lei de Darcy é uma equação constitutiva fenomenológica
derivada que descreve o fluxo de um fluido através de um meio poroso. A Lei foi formulada
por Henry Darcy com base nos resultados de experimentos, publicado em 1856 sobre o fluxo
de água através de leitos de areia. Constitui também a base científica da permeabilidade de
fluidos utilizados em ciências da terra.
A partir Lei Darcy, pode-se resolver a maioria dos problemas relativos ao escoamento
de fluidos em meios porosos. Esta fornece para a força resistiva ( m ) a seguinte equação
constitutiva:

(1)

Onde µ é a viscosidade do fluido newtoniano, k e c são parâmetros que dependem


apenas de fatores estruturais da matriz porosa quando não ocorrem interações físico-químicas
entre matriz e fluido. A velocidade superficial é representada por q e ρ é a massa específica
do fluido. A permeabilidade do meio poroso ( k ), com dimensão de área (L²), e c é um
parâmetro adimensional.
A Equação (1), na forma quadrática de Forchheimer, é válida para o escoamento
viscoso em meios isotrópicos homogêneos ou heterogêneos, isto é, meios em que k e c são,
respectivamente, constantes ou variáveis com a posição no sistema. A equação é válida
também em condições não isotérmicas, verificando-se a variação da viscosidade e da
densidade do fluido ao longo do escoamento.

Já quando o escoamento do fluido na matriz porosa é lento, a forma quadrática é


expressa por:

(2)
8
Com isso, a equação da força resistiva fica na forma linear conhecida como: Lei de
Darcy

(3)
Na situação de escoamento incompressível a equação de Darcy é representada por:

(4)
Onde P é a pressão piezométrica dada por:

(5)
E h é a distância (positiva na direção contrária a gravidade), que deve ser medida a
partir de um plano horizontal de referência. No escoamento incompressível, sendo válida a
Lei de Darcy, tem-se:

(6)
A aceleração do fluido na percolação através da matriz porosa não é levada em conta na
equação de Darcy. Isso é aceitável quando a permeabilidade é inferior a 10-5cm², o que ocorre
na maioria dos problemas de interesse tecnológico.
A permeabilidade ( k ), a porosidade ( ε ) e o fator ‘ c ’ são as propriedades estruturais da
matriz porosa, ou seja, esses são os parâmetros que caracterizam a matriz porosa na
percolação de um fluido homogêneo através deste meio.
Os parâmetros estruturais devem ser determinados experimentalmente. A porosidade
pode ser obtida utilizando-se a picnometria, já a permeabilidade é determinada através de um
experimento em que um fluido, de densidade e viscosidade conhecidas, atravessa um leito a
várias velocidades, realizando-se medições de queda de pressão ao longo do leito. O
equipamento utilizado para determinação da permeabilidade é composto por partículas sólidas
que constituem uma matriz porosa indeformável. Na Figura 1, pode-ser observar um esquema
de um permeâmetro.

9
Figura 1. Esquema de um permeâmetro

Na configuração do permeâmetro a equação de Darcy em escoamento incompressível


toma a seguinte forma, após ser integrada:

1  ∆P  µ c ρ q 2
− = + (7)
q L  k k

Linearizando a esta equação e plotando o gráfico, conforme a Figura 2, obtem-se



facilmente os valores de k e c . Portanto, a tgθ = .
k

Figura 2. Forma Linear da Equação (7).


O regime de escoamento (laminar, transiente ou turbulento) pode ser verificado através
da equação do número de Reynolds para leito empacotado. Sabendo que a área específica da
partícula esférica ( av ) é definida como:

(8)

Onde D p é o diâmetro da partícula.

A porosidade (ε) é a razão entre o volume de vazios pelo volume total do leito, tem-se
que a razão da área superficial do leito ( a ) pelo volume total do leito é:

(9)
Onde: (1 – ε) é a fração volumétrica de partículas no leito.

Essas equações podem ser agregadas na equação do raio hidráulico ( Rh ), que é a razão
entre a área de seção de escoamento e o perímetro molhado, sendo expresso por:

volume de vazios
Rh = (10)
superfície molhada

Assim:

ε ε
Rh = = ⋅ Dp (11)
a 6(1 − ε )

10
Sendo que a velocidade superficial está relacionada com a velocidade média intersticial
como sendo v ' e o diâmetro equivalente para o canal é D = 4 Rh , chega-se ao número de
Reynolds para leitos empacotados:

D ⋅v⋅ ρ 4ε v ' ρ 4ρ v ' Dp


Re = = Dp = (12)
µ 6(1 − ε ) εµ 6(1 − ε ) µ

De posse do resultado experimental é possível compará-lo com o resultado teórico a


partir do modelo capilar. Este modelo permite relacionar qualitativamente a permeabilidade
com alguns parâmetros da matriz porosa.
A partir da equação válida para escoamento Darcyano no meio poroso,

(13)
e da equação clássica da mecânica dos fluidos, válida para escoamento laminar e
incompressível em dutos:

dP µ
− = u
dZ Rh 2
β
(14)

Onde β é um fator adimensional que depende da forma da seção transversal do duto e


u é a velocidade média do fluido.

Assim, obtém-se a relação entre a permeabilidade e o raio hidráulico da matriz porosa:

ε ⋅ Rh 2
k= (15)
β

A dimensão da partícula é especificada pelo diâmetro volumétrico D p e sua forma


através da esfericidade ( φ ), dada por:

área da esfera com diâmetro D p


φ= (16)
área superficial da superfície

Logo, a razão entre a área superficial da matriz porosa pelo volume do meio saturado
com o fluido é dada por:

6(1 − ε )
a= (17)
D pφ

Utilizando-se da definição do raio hidráulico, tem-se que:

ε ( Dp ⋅ φ )ε
Rh = = (18)
a 6(1 − ε )

11
Com esses dados chega-se, então, à equação de Kozeny-Carman, que correlaciona
permeabilidade com as propriedades da partícula e a porosidade do meio.

ε ⋅ Rh 2 ( D p ⋅ φ ) ε
2 3

k= = (19)
β 36 β (1 − ε ) 2

A experimentação indica que o valor do parâmetro estrutural está compreendido entre 4


e 5 para meios com porosidade até 50%. Já para meios expandidos o valor aumenta
significativamente com a porosidade quando ε > 0, 75 . Para nosso experimento usaremos
β ≅ 4,16 , pois devemos considerar que as partículas em estudo são homogêneas e esféricas.
Dessa forma tem-se:

( Dp ⋅φ )2 ε 3
k=
150(1 − ε ) 2
(20)

4 - Materiais e Métodos
4.1 – Matérias-Primas

 Areia;

 Água;

 Partículas de Polietileno.
4.2 – Equipamentos
 Bomba peristáltica;

 Controlador de velocidade;

 Placa de orifício;

 Termômetro;
 Manômetro de tubo em U de Mercúrio;

 Manômetro de tubo inclinado de Água;


 Cronômetro digital;

 Proveta graduada;

 Becker com Água;

 Proveta;

 Régua.
4.3 – Metodologia

12
Para determinarmos a permeabilidade do leito poroso de areia, utilizou-se a bomba
peristáltica, que controla a vazão do fluxo de água de modo a apresentar uma diferença de
pressão. O fluido que escoa através do leito é a água. Assim, mediu-se a queda de pressão no
manômetro de mercúrio conectado ao sistema. Com um tempo fixado, para cada queda de
pressão, coletava-se a água em uma proveta graduada. Utilizando-se de uma régua e de um
termômetro medem-se, respectivamente, a variação na altura das colunas de mercúrio no
manômetro e a temperatura da água.
Na determinação da permeabilidade do leito de polietileno o fluído que escoava
através do leito era o ar. Através de um manômetro inclinado (água) acoplado a uma placa de
orifício controla-se a vazão do fluxo de ar que foi injetado pelo soprador e teve a velocidade
controlada manualmente através de uma válvula, essa velocidade foi determinada pela medida
da perda de carga ocorrida na placa de orifício de equação característica. Para a determinação
da perda de carga no leito utilizou-se um manômetro de mercúrio de tubo em U.
Equação da placa:

Q = 0,35662 ∆h (21)

Sendo a unidade de Q igual a m3 ⋅ min −1 .

Para ambos os leitos utilizados nesse experimento a perda de carga foi calculada pela
seguinte equação:

∆P = ρ .g .h (22)

4.4 – Aplicações
O permeâmetro da Figura 3, através de medidas de vazão e pressão, determina a
permeabilidade de um filtro.

Figura 3. Permeâmetro utilizado na empresa Brats


Na Figura 4 (a) pode-se verificar o medidor de permeabilidade que é um instrumento
extremamente versátil que pode medir a permeabilidade de praticamente qualquer gás comum
ou mistura de gases através de folhas e lâminas. Já na Figura 4 (b) tem-se um testador de
permeabilidade do gás, que é utilizado na medição de permeabilidade de gás, coeficiente de
solubilidade, coeficiente de difusão e permeabilidade de filmes plásticos.

13
(a) (b)

Figura 4. Medidores de permeabilidade

5 - Resultados e Discussões
5.1 – Permeâmetro de Areia
A determinação da permeabilidade em um leito de areia consiste em bombear um fluido
ao longo do leito medindo-se a queda de pressão ao longo do mesmo, bem como a vazão do
fluido que é controlada pela bomba peristáltica.
A permeabilidade é determinada experimentalmente por permeametria através de um
conjunto de medidas de vazão ( Q ) e da queda de pressão (P) efetuadas na amostra. Na Figura
5 pode-se verificar o permeâmetro de leito de areia

(a) (b)
Figura 5. Permeâmetro de leito de areia; (a) Desenho esquemático e (b) Permeâmetro
de leito de areia utilizado no experimento

Dados experimentais:

14
 Esfericidade ( φ ) da areia: 0,75

 Porosidade do leito (ε): 0,43

 Diâmetro da partícula (Dp): 0,163.10 −3 m

 Diâmetro do Permeâmetro: 25,1.10 −3 m

 Comprimento Permeâmetro: 16,5.10 −2 m

 Temperatura da água: 20°C

 Massa específica (ρ) da água a 20ºC: 998,2 Kg/m³


 Massa específica do mercúrio a 20°C: 13600 Kg/m³

 Viscosidade (μ) da água a 20ºC: 1,002. 10−3 Kg/m.s

 Velocidade gravitacional: 9,81 m/s²

Os valores de porosidade (ε) e esfericidade (ϕ) das partículas foram obtidos


experimentalmente pelo método de caracterização de partículas, já o diâmetro (Dp) da areia
foi calculado através de peneiramento. Cabe salientar que esses valores foram obtidos devido
à realização de práticas dos anos anteriores, pois não realizamos a caracterização da partícula
de areia.
A Tabela 1 apresenta os dados encontrados, com a medida da queda de pressão no leito,
assim como a vazão de saída do permeâmetro.

Tabela 1. Dados das medidas de permeabilidade no leito de areia.


∆h (cm) ∆P (Pa) V (mL) t (s) Q (m³/s) ῡ (m/s) ∆P/L (Pa/m)

0 0 0 0 0 0 0

1,7 2268,072 2 38,83 5,1551E-08 0,000104184 13745,89091

3,7 4936,392 2 16,61 1,222E-07 0,000246967 29917,52727

6,1 8138,376 5 27,68 1,8106E-07 0,000365928 49323,49091

8,6 11473,776 5 20,45 2,4457E-07 0,000494273 69538,03636

10,6 14142,096 5 16 5,075E-07 0,000634005 85709,67273

13,1 17477,496 5 13,03 3,8638E-07 0,000780862 105924,2182

15,5 20679,48 10 22,41 4,461E-07 0,000901555 125330,1818

17,4 23214,384 10 19,7 5,075E-07 0,001025645 140693,2364

19,1 25482,456 10 17,47 5,7253E-07 0,001157083 154439,1273

19,2 25615,872 10 17,3 5,7787E-07 0,001167868 155247,7091

15
Com os dados da Tabela 1, se obtém a Figura 6, que nos permite determinar a
permeabilidade do leito de areia através do coeficiente angular da reta obtida.

Figura 6 – Gráfico para a determinação da constante de permeabilidade do leito de areia.

Como a correlação obtida foi de 0,9985, pode-se considerar um ajuste satisfatório, para
os fins que se propõe o experimento.
Pela visualização do gráfico, a partir da curva gerada, podemos notar que o regime
parece ser laminar, devido à curva linear gerada. Porém, para podermos calcular a constante
de permeabilidade do leito, ou seja, das partículas que caracterizam este meio, temos que ter a
certeza do tipo do regime, ou seja, verificar através da equação de Reynolds se este é laminar
ou turbulento. Assim, usa-se a Equação (12).
A partir da análise da Tabela 2 , verificamos os valores do número de Reynolds para
cada ponto do experimento:
Tabela 2. Cálculo do Reynolds para a verificação do regime no leito de areia

Ponto ῡ (m/s) Re

1 0 0

2 0,000104184 0,019786562

3 0,000246967 0,046904135

4 0,000365928 0,069497088

5 0,000494273 0,093872435

6 0,000634005 0,120410488

7 0,000780862 0,14830159

16
8 0,000901555 0,171223533

9 0,001025645 0,194790823

10 0,001157083 0,21975345

11 0,001167868 0,221801873

Como Re ≤ 1,0 em todos os pontos da análise, podemos aplicar a Equação de Darcy,


pois se trata de um regime laminar.

5.1.1 – Equação de Darcy – Cálculo experimental

A partir da equação obtida no gráfico da Figura 4, obtemos:

∆P µ
= ×v Modelo: y=ax (23)
L K

y = 1.108 x
R ² = 0,9985

Onde:

y = ΔP/L

x=ῡ

Portanto, podemos calcular k através da declividade da curva:

µ
α= (24)
K

Onde α é o coeficiente angular da reta.

Assim:

1, 002.10−3
1.10 = 8
K exp = 1, 002.10−11 m²
K

5.1.2 – Equação Kozeny-Carman – Cálculo teórico

Agora iremos analisar o valor da constante de permeabilidade teórica ( kt ), fazendo uso


da equação de Kozeny-Carman, após algumas considerações mencionadas acima,
utilizaremos a Equação (20).

17
Assim, obtem-se:

( Dp ⋅φ )2 ε 3 (0,163 ⋅10−3 ⋅ 0, 75)2 ⋅ (0, 43)3


kt = =
150(1 − ε ) 2 150(1 − 0, 43)2

K t = 2, 438.10−11 m²

Portanto, após realização dos cálculos, pode-se notar uma diferença de 41,1 % do kexp

para o K t .

5.2 – Permeâmetro de Polietileno


O ar é o fluido que escoa através do leito de polietileno (Figura 7.b) para determinar da
permeabilidade deste leito. Com um manômetro de água inclinado acoplado a uma placa de
orifício (Figura 7.a), controla-se a vazão do fluxo de ar, que calculada pela Equação (21). Já
para o cálculo da perda de carga é utilizado um manômetro de mercúrio de tubo em “U”. A
Figura 7 mostra o equipamento utilizado para realização deste experimento.

(a) Placa de orifício e soprador

18
(b) Leito de polietileno

Figura 7. Equipamentos utilizados na permeametria de leito de polietileno: (a) Placa de


orifício e soprador e (b) Leito de polietileno

Dados experimentais:

 Esfericidade ( φ ) do polietileno: 0,68

 Porosidade do leito (ε): 0,38

 Diâmetro da partícula (Dp): 3,1.10 −3 m

 Diâmetro interno Permeâmetro: 4,9.10 −2 m

 Comprimento Permeâmetro: 19,5.10 −2 m

 Temperatura do ar: 20°C

 Massa específica (ρ) do ar a 20°C: 1,168 Kg/m³

 Massa específica (ρ) do mercúrio a 20ºC: 13600 kg.m-3

 Viscosidade (μ) do ar a 20°C: 1,876.10 −5 Kg/m.s

 Velocidade gravitacional: 9,81 m/s²

Os valores de porosidade (ε) e esfericidade (ϕ) das partículas foram obtidos


experimentalmente pelo método de caracterização de partículas. Já o diâmetro (Dp) do

19
polietileno foi calculado por picnometria. Ambos os valores utilizados foram retirados de
práticas realizadas em anos anteriores.
Na Tabela 3 constam os dados das leituras realizadas em aula prática para o leito de
polietileno:
Tabela 3 – Dados das medidas de permeabilidade no leito de polietileno

∆h (cm) ∆P (N/m²) v (m/s) ∆P/L Q (m³/s)

2 2668,32 3,860273106 13683,6923 0,007279

2,3 3068,568 4,457459434 15736,2462 0,008406

2,8 3735,648 6,303799585 19157,1692 0,011887

3,7 4936,392 7,39186023 25314,8308 0,013939

4,6 6137,136 8,339143008 31472,4923 0,015725

5,3 7071,048 8,914918868 36261,7846 0,016811

5,7 7604,712 9,455699378 38998,5231 0,017831

6,2 8271,792 10,21332263 42419,4462 0,01926

6,9 9205,704 10,68861223 47208,7385 0,020156

7,4 9872,784 11,36433632 50629,6615 0,02143

7,7 10273,032 11,79332914 52682,2154 0,022239

8,4 11206,944 12,20725541 57471,5077 0,02302

8,5 11340,36 12,60759917 58155,6923 0,023775

9,1 12140,856 12,99561577 62260,8 0,024506

9,5 12674,52 13,55683361 64997,5385 0,025565

9,7 12941,352 13,91841262 66365,9077 0,026247

9,9 13208,184 14,09572439 67734,2769 0,026581

Com os dados da Tabela 3, podemos plotar um gráfico de ΔP/L versus ῡ, que nos
permite determinar a permeabilidade do leito de polietileno através do coeficiente angular
da reta obtida. Esse gráfico pode ser conferido na Figura 8.

20
Figura 8 – Gráfico para a determinação da constante de permeabilidade do leito de
polietileno.

Como a correlação obtida foi de 0,9941, pode-se considerar um ajuste satisfatório, para
os fins que se propõe o experimento.
Através da visualização do gráfico, percebe-se que a curva gerada não se enquadra a
uma curva linear, ou seja, podemos pressupor que se trata de um regime turbulento. Porém,
para termos certeza desse regime, devemos realizar o cálculo do Reynolds através da Equação
(12).
Ponto ῡ (m/s) Re

1 3,860273 801,1369914 A partir da análise da


Tabela 4, verificamos os
2 4,457459 925,0733153 valores do número de
Reynolds para cada ponto do
3 6,3038 1308,251229
experimento:
4 7,39186 1534,060545

5 8,339143 1730,653702

6 8,914919 1850,146631
Tabela 4 – Cálculo do
7 9,455699 1962,376843 Reynolds para o verificação
8 10,21332 2119,609245 do regime no leito de
polietileno
9 10,68861 2218,247884

10 11,36434 2358,483443

11 11,79333 2447,513937

12 12,20726 2533,417611

13 12,6076 2616,502457

14 12,99562 2697,029

15 21
13,55683 2813,50065

16 13,91841 2888,540501

17 14,09572 2925,338679
Como os valores obtidos para Reynolds para este regime são Re > 1, faremos uso da
equação de Forchheimer.
5.2.1 – Equação de Forchheimer – Cálculo experimental

A partir da Equação (1) chegamos à seguinte equação de construtiva de Forchheimer:

∆P µ C×ρ 2
= ×v + ×v Modelo: y=ax+bx² (25)
L K K

Onde ‘C’ é o coeficiente de permeabilidade e k a constante de permeabilidade.

Fazendo uso da Equação (25) e de seu modelo obtido através do gráfico da Figura
8, chega-se:

y = 176, 43 x 2 + 2402,5 x
R ² = 0,9941

Portanto, podemos calcular k através da declividade da curva:

µ
α=
K

22
1,87.10−5
2402,5 = K exp = 7, 784.10−9 m²
k

5.2.2 – Equação Kozeny-Carman – Cálculo teórico

Agora iremos analisar o valor da constante de permeabilidade teórica ( kt ), fazendo uso


da Equação (20) de Kozeny-Carman:

Assim, obtem-se:

( Dp ⋅φ )2 ε 3 (3,1 ⋅10−3 ⋅ 0, 68)2 ⋅ (0,38)3


kt = = K t = 4, 229.10−9 m²
150(1 − ε ) 2
150(1 − 0,38)2

Portanto, após realização dos cálculos, pode-se notar uma diferença grande entre o kexp

e o Kt .

6 – Conclusões
Após a realização dos experimentos e de todos os cálculos, obtivemos resultados

positivos e todos os objetivos foram atingidos.

A constante de permeabilidade de leito de areia experimental foi pela equação de

Darcy, pois nossos dados experimentais confirmam que o regime é laminar. Os valores

para a constante foram:

23
K exp = 1, 002.10−11 m² e K t = 2, 438.10−11 m²

Portanto, o valor da constante de permeabilidade experimental ( kexp ) do leito de areia

é menor que o teórico, em 41,1%. Apesar desta diferença, o valor experimental é aceito,

pois a ordem de grandeza é 10 −11 para essa constante.

A constante de permeabilidade de leito de polietileno experimental foi calculada a

partir da equação de Forchheimer, devido ao fato do regime ser turbulento. Assim, os

valores para a constante foram:

K exp = 7, 784.10−9 m² e K t = 4, 229.10−9 m²

Portanto, a diferença entre a constante de permeabilidade experimental ( kexp ) do leito

de polietileno e o teórico ( kt ) é muito grande. Apesar desta diferença, o valor experimental

é aceito, pois a ordem de grandeza é 10 −9 para essa constante.

Por fim, os resultados experimentais para ambos os leitos podem ser aceitos, pois a

significância da constante de permeabilidade experimental e teórica é muito pequena. No

entanto, essa diferença entre a experimental e a teórica pode ser explicada devido a

flutuações de leitura no manômetro e/ou erros de leitura dos operadores.

7 – Bibliografia
 GEANKOPLIS, C. J. – Transport Process and Unit Operations. 3ª Ed.
Prentice Hall
International Editions.

24
 MASSARANI, G. – Fluidodinâmica em Sistemas Particulados. 1ª Edição.
UFRJ. 1997.

 PERRY, R. H.; GREEN, D. W.; Perry’s Chemical Engineering Handbook, Ed


McGraw-Hill, 6ªed. 1984.

 http://www.slidefinder.net/a/aula18_escmeiosporosos/31083802

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Darcy

 http://pt.scribd.com/doc/30467269/Capitulo-1-Permeabilidade-Lei-de-Darcy

 http://www.ericolisboa.eng.br/

 http://www.polimate.com.br/produtos/polimeros/permeabilidade.php

 http://pt.labthink.cn/product/info-1010500.html

 http://www.brats.com.br/Servi%E7os1.htm

25

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