Вы находитесь на странице: 1из 45

AULA 01.

O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO

GLOBALIZAÇÃO

O processo de globalização atual é muito superior em complexidade às etapas anteriores


de internacionalização e multinacionalização, pois representa uma tendência de união, difusão
e/ou integração de todas as características que identificam a forma de organização e
funcionamento das sociedades, sociedades estas que vão se tornando cada vez mais
dinâmicas, com uma capacidade de transformações cada vez mais profundas e rápidas nos
últimos séculos, provocando uma crescente articulação e interdependência entre os povos, isto
é, os fluxos e refluxos de atividades sociais, econômicas e culturais vão se intensificando cada
vez mais entre todas as sociedades nacionais, formando a ―aldeia global‖.

1. Internacionalização – desde o momento em que o ser humano começou a se


organizar em uma forma de produção, o processo de internacionalização passou a avançar.
Houve momentos de avanços como o período dos impérios absolutistas e, finalmente com
a formação dos estados nações, no começo da Idade Moderna, que para se sustentarem,
foram obrigados a aumentar suas relações com outras sociedades organizadas.
Os principais fatores que geraram a internacionalização são expressos nas trocas de
valores culturais, sociais, bens e serviços, diplomáticos e, principalmente, pelas guerras, que
geram avanços tecnológicos e provocam mudanças na base do sistema produtivo,
normalmente resultando em um aumento do comércio internacional.

2. Transnacionalização – fenômeno percebido a partir dos anos 1960. As filiais das


empresas multinacionais paulatinamente vão substituindo as matrizes em valor de produção,
produtividade e competitividade no comércio mundial.
O processo de transnacionalização da produção acabou provocando a transnacionalização
das finanças, na qual os fluxos financeiros internacionais (capital especulativo) atingem
dimensões superiores à inversão estrangeira direta no comércio internacional.
De acordo com definição internacional, a diferença entre as empresas multinacionais e as
mais recentes ou as transnacionais é que enquanto estas últimas resultam da formação de
trustes ou fusões, as anteriores sobreviviam na forma de cartelização; outra diferença é que se
depender dos países centrais, as matrizes param de produzir totalmente. Portanto, está
ocorrendo uma transferência muito rápida da produção para os países do sul, enquanto o
desenvolvimento e controle sobre o sistema financeiro internacional e os pólos de avanços
tecnológicos permanecem nos países centrais. Exemplo muito didático dessa situação é o caso
dos dois cartéis que dominavam a produção e comercialização de cervejas e refrigerantes no
Brasil, a Bhrama e a Antártica foram pressionadas pelo Plano Real a aumentar sua
produtividade, pois os produtos importados ficaram competitivos para o mercado consumidor,
acabando com o privilégio que usufruíam em relação ao consumidor brasileiro. Os cartéis
decidiram pela formação de um truste ou fusão, extinguindo as empresas de estrutura obsoleta
e criaram a Ambev – para a América Latina, foram adquirindo ações de empresas congêneres
na Argentina, 36% da Quilmes; 80% da Cervejaria do Sul no Equador; mais recentemente,
levantaram a possibilidade de transferência de parte de sua produção para países vizinhos do
Brasil, desde que seja mais vantajoso quanto aos custos.
A última da Ambev foi o anúncio em março de 2004 da venda de 57% de suas ações para
uma empresa transnacional com origem na Bélgica, transformando-se esta nova fusão na
maior empresa mundial na produção de cervejas com possibilidades de dominar toda a
América, Europa e parte significativa do mercado consumidor da Ásia, ao mesmo tempo em
que fica difícil outra empresa transnacional conquistar alguma fatia do mercado consumidor
brasileiro.
Mais recente, como resultado da crise internacional, os processos de fusões acelerou, veja
o exemplo da Sadia e da Perdigão, que se transformou na Brazil Foods, e das empresas norte
americanas e da União Européia na área de serviços, automobilística e de serviços.

3. Globalização – fenômeno que engloba tanto a internacionalização como a


multinacionalização e, agora, a transnacionalização, mas que avança, atingindo outros valores
numa sociedade; por exemplo, a uniformização comportamental provocada pela massificação
dos sistemas de comunicação.
Uma sociedade se globaliza na proporção direta de sua capacidade de consumo,
principalmente por meio de imagens e informações transmitidas pelos meios de comunicação,
como a televisão, o que a globalização apresenta para uma sociedade não são somente
produtos, mas, sim, idéias quanto ao mercado, à democracia, à educação, à família, à
sexualidade, ao trabalho, lazer etc.
Um fator importante, responsável pelos avanços da globalização foi o esgotamento da fase
pós-Segunda Guerra, denominada de guerra fria ou corrida armamentista bipolar, que permitiu
a recuperação econômica e o crescimento dos países que atualmente formam os blocos
econômicos supranacionais, como o NAFTA, UNIÃO EUROPÉIA, MERCOSUL, etc.
Mudanças na base do sistema produtivo, em que a produção em escala ou fordista
inflexível e estanque cede espaço para uma forma de produção mais flexível ou toyotista, e os
novos instrumentos como a informática, a robótica e a automação, resultantes dos avanços
científicos na área das ciências estratégicas, o crescimento da nanotecnologia e a
biotecnologia, acabam provocando transformações na estrutura de funcionamento, substituindo
o trabalho humano. Os resultados da nova tecnologia provocam aumento na produção,
produtividade, diversidade e queda no custo final dos produtos fabricados. Ao mesmo tempo
em que a maior eficiência tecnológica força um processo de reciclagem da mão-de-obra,
provocam instabilidade política e social, como o desemprego estrutural e o retorno do
comportamento xenofobista.
Toda essa situação acaba gerando crise de modernidade, em que as sociedades mais
avançadas atingem a fase pós-urbano/industrial, isto é, concentrando sob o seu comando, o
que significa poder, como a tecnologia de ponta e o sistema financeiro internacional, ao mesmo
tempo em que forçam uma desconcentração das atividades que perdem valor estratégico,
transferindo estas atividades para os países periféricos.
Por ser um processo mais complexo, seus resultados são mais complexos ainda,
provocando e até forçando, de acordo com a conveniência dos países centrais, mudanças na
forma de funcionamento das sociedades, como:
– Formação dos megablocos ou blocos supranacionais.
– Retorno do pensamento liberal (neoliberalismo), sob nova roupagem, na manutenção do
comando mundial.

NEOLIBERALISMO

A teoria do estado mínimo, defendida pelo pensamento neoliberal corresponde à defesa


dos países ricos que, por meio de suas principais representações internacionais, como o FMI, o
BIRD, suas empresas transnacionais, capital e o controle que possuem sobre o conhecimento
científico, forçam os países pobres a reduzir o poder de seus Estados como agente econômico,
obrigando-os a implantar reformas estruturais, como privatizar as estatais e os setores
estratégicos, ao mesmo tempo em que muda a política monetária e cambial, facilitando a
entrada das empresas e do capital estrangeiro, forçando os países periféricos a reduzirem as
barreiras protecionistas.
Os representantes dos países centrais defendem a idéia de que os governos dos países
pobres devem ter sob sua responsabilidade direta somente a área da educação, de preferência
que o Estado cuide somente do ensino fundamental, o restante deve ser privatizado. Esta
situação foi bem exposta no 31º Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro de 2001, na
Suíça, para o qual os EUA não enviaram representantes oficiais, demonstrando a nova política
externa, do governo republicano do Presidente George W. Bush, da superpotência nas
relações internacionais, ao mesmo tempo em que ocorria o histórico primeiro Fórum Social
Mundial, em Porto Alegre, no Brasil, no qual grupos organizados que participavam do fórum
depredaram uma lanchonete, bem como invadiram uma fazenda no Paraná que estava
plantando trangênicos (OGM).
É importante lembrar que a partir do 11/09/01, os EUA são forçados a mudarem sua
política externa, um bom exemplo foi o 32º Fórum Econômico Mundial em 2002, único fórum
econômico que não ocorreu em Davos, na Suíça, pois foi transferido para N.York, em
solidariedade aos EUA. É importante lembrar que a partir desse último fórum econômico houve
um abrandamento no comportamento dos países desenvolvidos, basta lembrarem que a partir
desse fórum, ong, associações e pessoas importantes que lutam na defesa de questões
sociais e ambientais passam a ser ouvidos nos fóruns econômicos.
Os Fóruns Econômicos e Sociais acontecem sempre na última semana do mês de janeiro.
Os últimos aconteceram em janeiro de 2007 e o assunto em pauta mais discutido foram às
questões sobre maio ambiente, principalmente o aquecimento global e as mudanças
climáticas, devido ao Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que
ocorreu a posteriori) em Paris.
As mudanças nas relações de interdependência entre as nações passaram a serem
discutidas a partir do ano de 1971, pois a Guerra do Vietnã e suas conseqüências para o
mundo capitalista ocidental, principalmente para os EUA, resultaram nesse ano no 1º Fórum
Econômico, na 1ª Reunião do Grupo dos Sete (G.7), e os EUA, na política Nixon, muda seu
câmbio de fixo dólar/ouro, para câmbio flutuante, desregulamentando o comércio mundial.
Alem de expulsar Taiwan da ONU e incluir a República Popular da China, com cadeira
permanente e direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.

O NOVO PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird)

1980 – O Plano de Reformas Estruturais.


Para facilitar a liberação de recursos para os países do sul, basta que os países tomem as
seguintes medidas:
• Avancem nas reformas – previdenciária, tributária, fiscal, orçamentária, político-
partidária, judiciária, trabalhista-sindical etc.
• Avancem no processo de privatizações das estatais.
* criação das agências reguladoras e fiscalizadoras.

1983 – O Plano de Reformas Setoriais ou Estratégicas.


• Liberalização da agricultura, como a forma de cultivo da soja no Centro-Oeste do Brasil.
• Privatizar ou terceirizar os serviços como tratamento de água, esgoto, coleta e
tratamento de lixo etc.
• Privatizar setores estratégicos, como o setor energético, bancário, de transportes,
sistema viário, de comunicações etc.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) assume a responsabilidade de acompanhar,
fiscalizar e exigir o cumprimento das medidas impostas pelo Bird. Para isso, elabora o plano
econômico neoliberal, que, respeitando a situação política, econômica, cultural e social de cada
país, mantém seu objetivo principal, que é obrigar os países periféricos a abrir ou
internacionalizar sua economia, como o Plano Real no Brasil e o Plano Cavallo na Argentina.
1989 – É assinado nos EUA o Manifesto ou Consenso de Washington numa tentativa de
legitimação do processo de implantação das reformas neoliberais na América Latina

Análise geopolítica

Como os países periféricos eram na maioria governados de forma autoritária sob controle
da elite militar, era conveniente redemocratizar esses países, pois os militares foram úteis
enquanto a prioridade maior dos países centrais capitalistas era conter os avanços dos
movimentos populares de tendência socialista, mas, como, agora, o interesse é comercial e
econômico, a manutenção dos militares no poder poderia prejudicar a implantação dos blocos
econômicos. Que, necessariamente, defende o fim do comportamento nacionalista.
A nanobiotecnologia resulta numa transferência de atividades produtivas para os países do
Sul, alterando o papel de cada país no comércio internacional, a Divisão Internacional do
Trabalho (DIT), isto é, o papel representado por cada país no processo de reordenamento
mundial.
A tecnologia de ponta resulta em novas máquinas e nova forma de produção, tendo como
conseqüência o desemprego estrutural, fortalecendo, como reação ao processo de
globalização, o retorno de movimentos étnicos separatistas e o nacionalismo exacerbado.
É cada vez mais difícil analisar de forma sedimentada a realidade econômica mundial, mas
é fácil perceber como as situações política e sociais são resultados diretos da realidade
econômica e do poder de manipulação do capital financeiro internacional.
É possível distinguir como a implantação das idéias neoliberais altera a forma de
funcionamento das sociedades, principalmente na eliminação dos valores coletivos e avanços
do individualismo. Em contrapartida, o mundo se surpreende cada vez mais com os discursos
de cunho social das autoridades nacionais e internacionais, quanto à necessidade de investir
na solução das questões que afetam as populações do Terceiro Mundo, como a fome, a
tuberculose, a AIDS, o ebola, o analfabetismo, o excedente populacional, as guerras tribais, de
interesse econômico para as empresas multinacionais, como as guerras de diamantes na
África, pois o processo de exclusão também está atingindo parcela significativa das populações
dos países ricos, tanto na Europa como na América do Norte.
O Terceiro Mundo, incluindo o Brasil, foi submetido às idéias neoliberais, de forma muito
rápida. As elites nacionais embarcaram nessas idéias, implantaram seus planos econômicos,
sem preocupações quanto à capacidade de absorção de suas sociedades.
Um bom exemplo dessa realidade foi o Encontro do Grupo dos Oito (G8), em julho de 2001
em Gênova, na Itália, em que pela primeira vez os sete países mais ricos e a Rússia, priorizam
em suas discussões, uma pauta na qual a maioria dos itens é de cunho social, devido ao
processo de exclusão provocado pela globalização. Resultando no perdão de 50% da dívida
externa dos vinte países mais pobres e, na criação de um fundo de três bilhões de dólares para
o continente africano.
No último encontro do G.8, julho de 2006 em San Petrsburgo (Rússia), a Inglaterra propôs
mudanças no G.8, com a implantação do G.13, incluindo ao G.8 países como o Brasil, China,
Índia, México e África do Sul, como forma de reduzir as diferenças entre os países na relação
Norte/Sul, e a demonstração da importância destes países na realidade mundial.

O processo de globalização nos países do Sul ou periféricos

Como sistema socioeconômico, o capitalismo passa por ciclos de crescimento, intercalado


por fases de estagnação. Essa situação é conseqüência direta dos momentos em que ocorrem
avanços tecnológicos, que vão surgir uma nova forma de produção, profissões e bens de
consumo, com novos fatores que mudam a importância de cada país ou bloco de países,
quanto ao comando e o grau de dependência.
O processo de globalização fortaleceu mais ainda os processos anteriores, aumentando a
dinâmica de internacionalização e a transnacionalização em níveis jamais esperados pelos
especialistas. Os países centrais entram na fase pós-urbano/industrial, isto é, detêm o controle
sob a nova tecnologia e o sistema financeiro, enquanto a maioria das fábricas, principalmente
aquelas que usam muita matéria-prima, recursos energéticos, não necessitam de mão-de-obra
muito qualificada e degradam o meio ambiente, são transferidas para os países periféricos.
Está caracterizado o novo modelo, que deve ser desconcentrado, com distribuição da
produção e atividades obsoletas para os países periféricos, enquanto fica mantida, nos países
do Norte, a concentração do conhecimento e do poder de capital. Os laboratórios e centros de
pesquisas, com pessoal altamente qualificado e os centros financeiros, ficam concentrados nos
países centrais, enquanto fábricas de automotores, eletrodomésticos, brinquedos, siderurgia,
química pesada etc., são rapidamente transferidas para os países pobres.
Como a produção é descentralizada em vários países periféricos as empresas
transnacionais passam a ser denominadas de montadoras. Pois dominam o poder de
planejamento, capital e tecnologia, colocando suas filiais ou terceiros para produzirem nos
países do Sul e, ficam com o produto final para ser comercializado.
Um bom exemplo dessa situação é o que está acontecendo na China Popular a ―grande
barriga de aluguel‖: com a abertura econômica localizada nas Zonas Econômicas Especiais,
em seu litoral, é o país que mais cresce economicamente nas duas últimas décadas do século
XX e início do século XXI, mas sua luta maior é quanto à transferência de tecnologia de ponta
e o controle do capital externo. Para superar esta situação, o país pratica a pirataria
tecnológica, em que mais de 90% dos softwares utilizados no país são cópias ilegais, gerando
prejuízo de bilhões de dólares, para as multinacionais.
A China cresceu seu PIB em 10,8% em 2007 e elevou o consumo de energia em 15%, o
próprio Estado Chinês assumiu que está com um crescimento predatório, fechando milhares de
empresas poluidoras nos últimos meses.
O Brasil, a exemplo dos demais países latino-americanos, está lutando para assumir esse
novo papel nas relações internacionais, mas esta nova forma de dependência exige mudanças
internas estruturais, tanto econômica/financeira como sociais e ambientais que vão refletir na
realidade de sua população.
O mundo está cada vez menor graças aos meios de comunicação em massa, quantifica,
podendo também qualificar o número de informações para as sociedades, permitindo um
acompanhamento mais próximo das atividades do Estado, ao mesmo tempo em que o próprio
Estado está diminuindo seu poder de comando direto das atividades econômicas e financeiras
com as medidas neoliberais.
Portanto, não podemos dizer que houve um aumento no índice de corrupção, ou de
incompetência administrativa, enfim, de prepotência das autoridades e mau uso dos recursos
públicos; o que aumentou foi à transparência das informações e a capacidade de cobrança da
sociedade. Já foi o tempo do empreguismo, das propinas, dos elefantes brancos, quando tudo
ficava fora do conhecimento da sociedade civil, isto é, o Estado concentrador de poder não
permitia que as informações chegassem ao conhecimento da sociedade. É preciso que as
autoridades se conscientizem de que não estão mais acima do bem e do mal. Enquanto está
ocorrendo à fase de transição, os países periféricos vão vivendo com o acúmulo de crises
econômicas, financeiras e de escândalos políticos.

Exercícios da aula 01.

Questão 01.

Nos Estados Unidos da América (EUA), desemprego e fome se espalham. Índice de


desocupados chega a 22,6% em alguns casos. Insegurança alimentar atinge uma em cada
nove casas. A primeira reação costuma ser de espanto, e é seguida de uma pergunta: como é
que os cidadãos do país mais rico do mundo podem chegar a um nível financeiro tão
desesperador? Em seguida, surge entre eles próprios a segunda reação: lamentar-se, com
uma dose de constrangimento misturada à outra de vergonha. Isso é perceptível até mesmo no
jargão oficial do governo. Suas estatísticas mostram que, hoje, uma em cada nove residências
são habitadas por pessoas com ―insegurança alimentar‖. Esse passou a ser o termo usado
para se admitir, de forma menos chocante, que se trata de famílias que chegam a passar fome.
O Globo, 15/2/2009, p. 34 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a abrangência do tema por ele
focalizado, marque alternativa correta.
a) A atual crise econômica global, iniciada nos EUA, no segundo semestre de 2008, apresenta
uma característica. marcante, isto é, diferentemente do que ocorre em geral, desta vez os
mercados financeiros é que contaminaram a economia real.
b) A origem da mencionada crise está ligada a problemas verificados no setor de crédito
imobiliário, que arrasta Instituições financeiras e, no desdobramento, atinge áreas. diversas do
sistema produtivo. Certo.
c) O cenário de crise, embora de extrema gravidade, parece. não ter influído no recente
processo eleitoral norte-americano, pois o governo Bush conseguiu eleger o candidato de seu
partido, o republicano Barack Obama.
d) No texto, a afirmação de que os EUA são o país mais rico do mundo é equivocado, porque
essa posição foi perdida há algum tempo para a China, que, na atualidade, detém a liderança
econômica e militar exercida pelos norte-americanos por várias décadas.
e) O que mais chama a atenção na presente crise econômico financeira é o caráter de
ineditismo de que se reveste, já que, pelo menos no século XX, nada parecido ou de grande
magnitude chegou a abalar o capitalismo mundial.

Questão 02.
Considerando o assunto trabalhado na questão anterior, marque a alternativa correta.
a) A disseminação mundial da crise foi facilitada pela própria natureza da economia
contemporânea, a globalização, caracterizada pela vigorosa interdependência entre os mais
diversos setores da economia e o isolamento de distintas regiões do planeta. Certo.
b) Aproveitando a experiência do passado, os países recusam-se, com essa crise, a tomar
medidas de cunho protecionista, para não agravar uma situação que atinge a todos.
c) Tal como ocorre no presente, o desemprego costuma ser um dos mais elevados custos
sociais que uma crise econômica de grandes proporções acarretam.
d) Países considerados emergentes no cenário econômico mundial, como o Brasil e a Índia,
podem não ser muitos afetados pela atual crise por serem detentores de matérias primas
estratégicas e por pouco dependerem do consumo externo, ao contrário do que ocorre com os
de economia mais desenvolvida.
e) Blocos econômicos, como a União Européia e o MERCOSUL, compõem o panorama do que
se convencionou chamar de globalização e derivam, entre outras razões, da necessidade de.
Se posicionar bem no competitivo mercado mundial. Criando subsídios e barreiras
protecionistas na proteção de suas economias.

Questão 03.

Sobre o processo de Globalização, leia os textos abaixo:

TEXTO I

―A globalização é a revolução do fim do século. Com ela a conjuntura social e política das
nações passam a ser desimportante na definição de investimentos. O indivíduo torna-se uma
peça na engrenagem da corporação. Os países precisam-se ajustar para permanecer
competitivos numa economia global – e aí não podem ter mais impostos, mais encargos ou
mais inflação do que os outros‖.
(Antônio Delfim Netto)

TEXTO II.

―A globalização é tão velha como Matusalém. O Brasil é produto da expansão do


capitalismo europeu do final do século XV. O que está havendo agora é uma aceleração. Isso
pode ser destrutivo para o Brasil, se o país não administrar sua participação no processo. A
globalização é boa para as classes mais favorecidas. As menos favorecidas ficam sujeitas a
perder o emprego‖.
(Paulo Nogueira Batista Júnior)

TEXTO III.

―A globalização começou na década de 70, a partir do aumento da produção das


empresas, e foi acelerada porque empresas precisam estar em vários países para se
aproveitar das variações cambiais. Além disso, a globalização é bolha especulativa, que se
expressa no mercado derivativo. É a jogatina da moeda diária. Isso afeta empregos. Há uma
recessão também globalizada‖.
(Maria da Conceição Tavares)

TEXTO IV.

―Com a globalização, a vantagem de localização que um país tinha na produção de algum


bem passa a ser ameaçada pela competição internacional. Se o brasileiro não tem preço
competitivo, perde mercado para uma empresa da Índia. Mas ao mesmo tempo em que traz
riscos, a globalização cria oportunidades. A única barreira que fica entre países e empresas é a
da competência‖.
(Sérgio Abranches)

De acordo com os textos, marque a alternativa incorreta.


a) O texto I, na realidade, está levantando a importância do capital volátil (privado), ao
mesmo tempo em que justifica o enxugamento do Estado, desenvolvendo o pensamento
neoliberal (monetarista) que avança com a multipolarização.
b) No texto I ―não ter mais impostos, mais encargos ou mais inflação do que os outros‖,
indica que um país se torna competitivo na economia global quando não fecha suas
portas ao capital mundial, precisando para isto, oferecer vantagens.
(c) No texto II. – o autor destaca a dinâmica do capitalismo em sua forma de produção.
Salientando suas vantagens para as classes menos favorecidas, principalmente o
lúmpem proletariado ou população do 4º Mundo. Errado.
d) Na realidade, o texto II. Destaca que o processo de dominação capitalista mantém-se,
pois o que muda são as formas e o ritmo desse domínio.
e) No texto III, a autora diz que ―a globalização é bolha especulativa, é a ―jogatina da
moeda diária‖―. Pode-se justificar esta frase com a atual crise dos créditos imobiliários
nos EUA.

Questão 04.
―Sobretudo a partir da década de 60 começou a surgir uma economia cada vez mais
transnacional, ou seja, um sistema de atividades econômicas para as quais os territórios e
fronteiras de Estados não constituem o esquema operatório básico.‖
(Hobsbawm, Eric. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991, 1995).
Entre os principais aspectos, diretos ou indiretos, dessa transnacionalização não se destaca:
(A) a nova divisão internacional do trabalho.
(B) o crescimento de financiamento offshore.
(C) a formação de cadeias produtivas internacionais.
(D) o aumento generalizado da remuneração do trabalho. Incorreta.
(E) a maior eficiência nos setores de transporte e de
Comunicação.

Questão 05.
Recentemente as autoridades da União Européia interromperam uma reunião e decidiram
que ela aconteceria de modo virtual através da internet, este acontecimento chamou a
atenção do Mundo, pois o motivo alegado para este comportamento foi provocado pelo
movimento de grupos organizados que são contra as medidas globalizantes.
Quanto a estas medidas e suas conseqüências para o mundo, assinale o item incorreto.
a) A globalização da economia está gerando mudanças estruturais, afetando a qualidade
de vida das populações, inclusive dos países ricos.
b) O processo de globalização, também é de exclusão, acarretando o famoso
desemprego estrutural.
c) Ao globalizar a economia dos países do Sul, os países do Norte estão aumentando seu
poder de influência externa, transformando os países de economia emergente nos
famosos ―bola da vez‖.
d) Ao defenderem a teoria do estado mínimo, os países ricos estão reduzindo o poder de
influência das elites locais.
e) Com a implantação da terceira revolução industrial, usando a robótica, a informática e
a automação no sistema de produção, há uma tendência de reduzir o tempo de
trabalho do ser humano, melhorando sua qualidade de vida. Incorreto.
Desafio: texto e exercícios.
Maiores economias propõem limite de aquecimento de 2ºC. 09/07 - BBC Brasil

ITÁLIA - Ao fim de uma reunião na Itália para tentar chegar a um acordo sobre cortes de
emissões de gases que provocam o efeito estufa, líderes das 17 principais economias do
mundo divulgaram nesta quinta-feira uma nota concordando sobre a necessidade de manter o
aquecimento global médio em no máximo 2º em relação aos níveis pré-industriais. "Como
líderes das maiores economias do mundo, tanto desenvolvidas quanto em desenvolvimento,
temos a intenção de reagir com vigor a este desafio, convencidos de que a mudança climática
representa um perigo claro, que requer uma reação global extraordinária", diz a nota. (com
adaptações).

Tendo o texto como referência inicial, julgue os próximos itens.

(01) O consenso entre a maior parte dos cientistas é de que a partir de um aquecimento
de 2º C, as consequências para o planeta passam a ser "imprevisíveis". Errado.

(02) O comunicado dá indicações de como esse objetivo deve ser atingido, já que não
estabelece qualquer meta ou compromisso conjunto nem prevê financiamento para
desenvolvimento limpo das economias mais pobres. Certo.
(03) Por não dá indicações de como esse objetivo deve ser atingido, a nota foi duramente
criticada pelos principais grupos ambientalistas. O Greenpeace afirmou que "as
esperanças de um resultado positivo" do encontro foram "torpedeadas pela falta de
liderança demonstrada pelos líderes do G8 (Alemanha, Itália, Estados Unidos, França,
Japão, Canadá, Grã-Bretanha e Rússia)". Certo.

(04) Em linhas gerais, o Fórum das Principais Economias (MEF, na sigla em inglês),
propõe cooperações para reduzir emissões provocadas por desmatamento, além de
fixar o prazo de 15 de novembro de 2009 para a apresentação de planos de ações, a
serem propostos "por países interessados", para uma economia de baixas emissões.
Certo.

(05) No encontro em Áquila, na Itália, durante a reunião de cúpula anual do G8, o G5


(Brasil, China, Índia, África do Sul e México) já tinha feito um apelo ao G8 pela adoção
de metas de redução de gases de 40% até 2020. certo.

(06) A ausência de metas intermediárias é um dos principais obstáculos para se chegar a


um acordo que deve substituir o Tratado de Kyoto a partir de 2012, que será discutido
em dezembro, em Copenhague. Certo.

(07) O objetivo do grupo é chegar a um consenso entre os 17 maiores emissores de gases


do efeito estufa para facilitar um acordo global para o chamado Tratado pós-Kyoto, que
será discutido em uma conferência em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro.
Certo.

(08) O Tratado de Kyoto, firmado em 1997 e que vence em 2012, estabelece metas para
corte de emissões entre os países desenvolvidos, mas poupa os países em
desenvolvimento, o que reduz sua eficácia. Além disso, com a não retificação pelos E
stados Unidos, maior emissor histórico de poluentes, seu alcance ficou limitado. Certo.

(09) Com o novo tratado, a comunidade internacional espera conseguir um


comprometimento de todos os países para limitar as emissões de modo a evitar um
aumento médio das temperaturas globais acima de 2ºC em relação à era pré-industrial,
ponto crítico, após o qual considera se que as consequências do aquecimento global
se tornam irreversíveis. Certo.

(10) Na Reunião em Áquila, os países do G8 se propuseram a fazer um corte de 80% em


suas emissões até 2050, desde que o restante do mundo se comprometa a um corte
de 50% nesse mesmo período. Certo.

(11) Em reunião paralela do G5, o grupo dos países emergentes pediu que as nações ricas
façam mais para controlar o aquecimento global e que estabeleçam um mecanismo de
compensação financeira por eventuais cortes de emissões realizados pelos países
mais pobres. Certo.

O argumento dos países em desenvolvimento é que o problema do aquecimento global


foi causado historicamente pelas emissões dos países ricos em seu processo de
desenvolvimento e que agora as nações mais pobres não podem pagar a conta com
medidas que limitem seu próprio desenvolvimento.

(12) A posição da China é considerada essencial para o sucesso de um acordo, já que o


país superou recentemente os Estados Unidos como o maior emissor mundial de gases do
efeito estufa. Certo.

O Brasil na América Latina

Apresentação
O Brasil destacou-se na América Latina, contando com um terço da população e do produto
interno bruto de toda a região, e a melhor desempenho no PIB. No âmbito da política externa, o
Brasil exerceu a capacidade de negociação inicialmente com a América Latina e depois em
nível das relações externas, mas os fluxos comerciais colocam-no ainda entre os países
periféricos, que comercializam mais com os países desenvolvidos do que com os seus
vizinhos.
Os maiores clientes e fornecedores são ainda os EUA e a Europa (à exceção do
fornecimento de petróleo pelo Oriente Médio). Dados recentes da ALADI (Associação Latino-
Americana de Desenvolvimento e Integração) indicam que as importações latino-americanas
de produtos originários dos EUA têm aumentado em países como o Brasil e a Argentina a
taxas, em certos casos, cinco vezes superiores às do incremento de suas exportações.
Obs.:
O Brasil conquista a auto-suficiência em petróleo em 2006. Graças ao aumento da
produção nacional e a substituição no consumo de derivados do petróleo por fontes
alternativas de energia, como o etanol e o gás natural, sendo este importado em mais de 50%
da Bolívia.
Em 2005, a China Popular supera a Argentina como o segundo país em comércio com o
Brasil.

AS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS DA AMÉRICA

OEA – Organização dos Estados Americanos

Reunidos na cidade de Bogotá, capital da Colômbia, em 1948, 21 países americanos


decidiram pela criação da Organização dos Estados Americanos (OEA) com sede em
Washington. Seus princípios são:
• Os Estados americanos condenam a guerra de agressão.
• A agressão a um estado americano constitui uma agressão a todos os demais estados
americanos.
• Controvérsias de caráter internacional entre dois ou mais estados americanos devem ser
resolvidas por meios pacíficos.
• A cooperação econômica é essencial para o bem-estar e a prosperidade comum dos
povos do continente.
• Quando, em 1962, Cuba, um país-membro dessa organização, foi expulsa, por catorze
votos (por ter optado pelo Socialismo), o Brasil não tomou partido se abstendo de votar,
deixando que os Estados Unidos pressionassem a OEA, e a tornassem inoperante e
submissa aos seus interesses.

Aladi – Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração

• Em 1960, pelo Tratado de Montevidéu, surgiu a Alalc (Associação Latino Americana de


Livre Comércio) com a finalidade de desenvolver o comércio entre os países-membros.
No entanto, problemas locais e externos limitaram sua atuação (ex.: diferenças de grau
de desenvolvimento).
• Diante dos resultados, em 1980 surge a Aladi, em substituição à Alalc, compreendendo
os seguintes países-membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,
México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Mercosul – Mercado Comum do Sul

• Em março de 1991, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinaram o tratado de


constituição do Mercado Comum do Sul – o Mercosul.
• A integração comercial implica três aspectos operacionais: ―a livre circulação de bens,
serviços e fatores produtivos‖; ―coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais‖;
―compromisso dos Estados-partes de harmonizar suas legislações para o fortalecimento
do processo de integração‖.
• O Mercosul segue a tendência mundial, que é a organização dos países em blocos
econômicos. Os países-membros fundadores do Mercosul (1991) são: Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai.
Obs.:
Em 2004 surgiram mais duas organizações na América latina:
1) a Alba – Alternativa Bolivariana Para as Américas, atualmente formada por Cuba,
Venezuela e Bolívia.
2) a CSAN – Comunidade Sul Americana das Nações ou a Casa, como é denominada pelo
Governo brasileiro. A CSAN é formada por dez dos doze países que formam a região
continental da América do Sul, as exceções são as Guianas.
Cuidado com a localização geográfica de o país insular de Trinidad Tobago.
Em julho de 2006 em Caracas, na Cúpula do Mercosul, é oficializada a mudança da
Venezuela de associado, desde 2004, para país membro, com restrições quanto ao poder de
veto e direito de assumir a presidência semestral do bloco, até o ano de 2013, prazo que a
Venezuela deve cumprir os acordos com os países da Comunidade Andina, bloco do qual se
desligou em 2005 devido à assinatura do TLC – Tratado de Livre Comércio pela Colômbia e o
Peru com os EUA.
Em abril de 2007, resultante da 1ª Cúpula Energética dos paises da América Latina nas
Ilhas Margaridas, na Venezuela. E do 1º Fórum Econômico Latino Americano, em Santiago do
Chile, além do projeto de Integração da América Latina e do embate entre o Brasil e a
Venezuela quanto às fontes de energia renováveis e não renováveis, surgem ressurgem
propostas interessantes como:
1 – A criação do Banco do Sul, contrariando os interesses do BID – Banco Interamericano
de Desenvolvimento e do Brasil, devido ao papel, hoje, exercido pelo BNDES – Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social na expansão dos investimentos e atividades de
produção das empresas brasileiras nos países da América do Sul.
2 – Criação da USAN – União Sul Americana das Nações, em substituição aos blocos
existentes como, Mercosul, ALBA, CSAN, MCCA e CAN, na proposta de maior integração entre
os países Latino Americanos.
Atenção: é importante destacar que estas propostas fazem parte da estratégia do bloco
Chavista – Hugo Chavez, Evo Morales, Daniel Ortega, Fidel Castro e Rafael Correa, em reduzir
o poder de liderança do Brasil no projeto de integração da América Latina.

Posição do Brasil no Mercosul

A recessão generalizada e a conseqüente carência de capitais representavam entraves


para os investimentos infra-regionais. O surgimento do Mercosul foi resultado da modificação
desse panorama. Brasil e Argentina, mediante acordos prévios de integração bilateral, visavam
ao desenvolvimento tecnológico complementado por uma integração comercial, por meio de
acordos nas áreas: nuclear, financeira, industrial, aeronáutica e bionanotecnológico.
Vários obstáculos prejudicaram um maior crescimento na integração do Mercosul, entre
eles: a desigualdade econômico-financeira, com a supremacia do Brasil, as crises econômicas
e políticas, devido à vulnerabilidade externa das economias e a histórica disputa entre os
principais países do bloco pela liderança do projeto.

Questão 01.

Países membros da Unasul se reuniram no Chile para debaterem as questões relacionadas


aos distúrbios sócio-econômicos que estão acontecendo na Bolívia, novamente o país mais
pobre do subcontinente gera preocupações quanto à estabilidade que permita os avanços
necessários no processo de integração entre os países,
Quanto ao projeto da Unasul e as dificuldades para a integração entre os países membros,
marque a alternativa incorreta.
a) A Unasul e formada por doze países.
b) Um objetivo da Unasul foi alcançado com sua primeira reunião em Brasília, quando
todos os países membros concordaram com a criação da força de segurança
integrada, o estatuto da organização e os projetos de implantação de sistema viário
para facilitar o comércio entre os países membros.
c) Com a implantação da Unasul desaparecem os blocos regionais mais antigos da
região, como o Mercosul, a Comunidade Andina e o banco do Sul. Errado.
d) O avanço no processo de integração entre os países do sul na América contraria os
interesses da Organização dos Estados Americanos (OEA). Nem para o BID – Banco
Interamericano Para o desenvolvimento.
e) Entre os governantes dos países que formam a Unasul existem divergências quanto
aos ideais democráticos e a liderança do Brasil em seu processo de implantação.

Questão 02.

Mercosul
Globalização, o Brasil e o Mercosul.

Países do Mercosul, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

De acordo com o mapa e seus conhecimentos sobre o Mercosul, marque a


alternativa incorreta.

a) Atualmente, os países do Mercosul juntos concentram uma população


estimada em 311 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de
aproximadamente dois trilhões de dólares, o Mercosul é formado por todos os
países da América do Sul.

b) No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países


membros. A partir deste ano, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos
países membros são comercializados sem tarifas comerciais. Alguns produtos
não entraram neste acordo e possuem tarifas especiais por serem considerados
estratégicos ou por aguardarem legislação comercial específica.

c) Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração


econômica entre os países membros. Estabelece-se um plano de uniformização
de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há planos
para a adoção de uma moeda única, a exemplo do Mercado Comum Europeu.

d) Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia poderão entrar neste bloco


econômico, pois assinaram tratados comerciais e já estão organizando suas
economias para tanto. Participam até o momento como países associados ou
parceiros preferenciais ao Mercosul.
e) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 26/03/1991 com a
assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai. Os membros deste importante
bloco econômico do América do Sul são os seguintes países: Argentina, Brasil,
Paraguai, Uruguai, Venezuela e Chile. Errado.

questão 03.

O Brasil, ao adensar presença econômica na América do Sul por meios múltiplos


— da internacionalização das empresas aos investimentos produtivos e à
exportação de produtos com valor agregado, todos os fatores nucleares ao
entendimento da celebrada folga cambial e redução de vulnerabilidade externa —
, não esperava colher apenas louros e palmas dos vizinhos. Há tensões no front.
Há choques de interesses, valores e idéias.

José Flávio Sombra Saraiva. Uma política à altura dos desafios.


In: Folha de S.Paulo, 15/12/2007, p. 3 (com adaptações).

Tomando o texto como referência inicial, assinale a opção correta no que concerne ao papel do
Brasil na América do Sul.
A) O país vem conseguindo impor suas visões de mundo sem contestações dos vizinhos.
B) A força do Brasil no seu entorno decorre da capacidade econômica e política de empreender
projetos produtivos voltados para a integração. Certo.
C) A internacionalização das empresas brasileiras na região tem um papel nefasto aos projetos
de desenvolvimento locais.
D) O Brasil possui poder proporcional ao da Alemanha e da França em capacidade de
patrocinar os custos totais da integração na região, sem riscos de debates internos e com
recursos para bancá-los.

QUESTÃO 04.
Ainda considerando o texto como referência inicial, assinale a.
Opção correta.
A) A Amazônia, por estar no coração do centro-norte da América do Sul, é área de grande
interesse para a integração da região. Certo.
B) A Amazônia brasileira, incluída nos novos projetos de investimento energético, como o
primeiro leilão para construção de hidrelétrica no rio Madeira, é a área mais dinâmica de
integração sul-americana.
C) A integração sul-americana caminha sem sustos e crises de valores e políticas.
D) A força do empreendimento sul-americano tem no tema do desenvolvimento sustentável seu
eixo estrutural e condição primeira para a aproximação das sociedades envolvidas no esforço
de adensamento nas relações internacionais da região.

Questão 05.

Terminou com um anúncio do próprio ditador a era de Fidel Castro à frente do regime socialista cubano. A
renúncia abre espaço para uma outra relação entre Cuba e os Estados Unidos da América (EUA), que, por
enquanto, mantêm o embargo. O Brasil terá papel destacado na transição pós-Fidel. Empresas nacionais
investirão US$ 1 bilhão para capitalizar a abertura econômica da ilha, reduzindo a dependência cubana do
mercado americano e das promessas da Venezuela.
Jornal do Brasil, 20/2/2008, capa (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas dimensões do tema por ele
focalizado, além de aspectos marcantes da realidade mundial contemporânea, marque a alternativa
correta.
a) Os EUA assumiram, ao longo do tempo, a liderança continental na oposição ao castrismo, mas, a partir
de um ponto de vista oficialmente definido como humanitário, Mantiveram o intercâmbio comercial com a
ilha. Errado;
b) Apesar da parceria histórica com o governo comunista de Moscou, para Cuba foi irrelevante o colapso
da União Soviética, na medida em que, quando isso ocorreu, a Economia cubana já apresentava inegável
autonomia e dependência insignificante em relação ao exterior. Errado.
c) Independentemente do juízo de valor que se faça em relação ao regime cubano, Fidel Castro conquistou
posição de inegável destaque na história contemporânea, sobretudo em face da luta empreendida pelas
nações do denominado Terceiro Mundo em busca de independência, de defesa da soberania nacional e do
princípio da autodeterminação dos povos. Certo.
d) Em se concretizando a abertura econômica cubana, mencionada no texto, o novo governo poderá
espelhar-se na bem-sucedida experiência soviética, cuja Perestroika, ao lado da glasnost, garantiu a
tranqüila e estável transição da antiga União Soviética para a Rússia de hoje.
e) A eventual abertura econômica cubana aprofundaria o isolamento e a singularidade da China, que, a
despeito de mudanças aparentes, insiste na manutenção de um modelo.
Econômico comunista, refratário a qualquer concessão ao mercado e à ação da iniciativa privada.

Desafio: texto e exercícios.

Questão 06 – texto.
Zelaya e Micheletti começam diálogo mediado sobre Honduras. 09/07 - BBC Brasil.

O presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya e o líder interino Roberto Micheletti iniciaram
nesta quinta-feira, na Costa Rica, um diálogo mediado para tentar por fim à crise política em
Honduras. Os dois rivais se encontraram separadamente com o presidente da Costa Rica,
Oscar Arias - que mediador das negociações -, mas não se encontraram cara a cara. (com
adaptações).

De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o assunto tratado, julgue os itens.

(01) Oscar Arias, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1987 por ajudar a por fim às
guerras civis da América Central, foi escolhido para intermediar as negociações entre o
governo de fato, golpista, e Manuel Zelaya, presidente deposto e expulso do país.
Certo.

(02) Zelaya foi deposto e expulso de Honduras sob a mira de uma arma no último dia 28 de
junho. Uma tentativa de retornar ao país no fim de semana passado fracassou depois
que as autoridades bloquearam a pista de pouso do aeroporto de Tegucigalpa. Certo.

(03) A crise política eclodiu depois que Zelaya tentou fazer uma consulta pública para
perguntar se os hondurenhos apoiavam suas medidas para mudar a Constituição.
Certo.

(04) A proposta do Presidente deposto em Honduras, seguia o exemplo de mudanças


recentes em países com governantes ligados ao comportamento Chavista, parceiros
de Hugo Chávez, que a exemplo de Bolívia e Equador, pretendem mudar suas
Constituições, com o intuito de permanecerem no poder. Certo.
(05) A UNASUL – União das Nações Sul Americanas, que recentemente substituiu a OEA,
como principal representação política do continente americana. Procura resolver o
problema do golpe de estado em Honduras de forma não intervencionista. Certo.

(06) Foi em Honduras que ocorreu a Reunião histórica da OEA, onde, por unanimidade,
seus 34 chanceleres terminaram com a exclusão de Cuba da organização. Com
retorno imediato do país caribenho para a OEA. Errado.

(07) A ALBA – Alternativa Bolivariana das Américas e seus principais líderes, optaram por
não interferir nas questões relacionadas ao golpe de estado em Honduras. Errado.

Questão 07 – texto.

G-8 promete US$ 20 bi para combater a fome. Agência Estado: 10/07/2009.

L'AQUILA - Os líderes do G-8 (grupo formado pelos países mais industrializados do mundo e a
Rússia) prometeram nesta sexta-feira (10/7), na reunião de cúpula na Itália, aplicar US$ 20
bilhões durante os próximos três anos no financiamento de projetos agrícolas de países em
desenvolvimento. A intenção é ajudar a combater a fome e a volatilidade dos preços dos
alimentos.

Tendo o texto como referência inicial, julgue os itens.


(01) O plano de segurança alimentar, apoiado pelos Estados Unidos, tem como objetivo
fornecer sementes, fertilizantes e infraestrutura aos produtores agrícolas mais pobres
para aumentar a produção alimentar. Certo.
(02) O plano reflete uma mudança do tipo de ajuda. Até agora, a maior parte dos recursos
destinados ao combate à fome em países pobres, especialmente na África, era sob a
forma de doações de alimentos ou de ajuda emergencial. Certo.
(03) É no continente africano que está concentrado o maior número de óbitos gerados por
guerras, doenças endêmicas, por desnutrição e subnutrição. Realidade histórica, onde
não é admissível o não reconhecimento do papel representado pelo mundo ocidental
nessa realidade. Certo.
(04) A prática de métodos violentos para se manter no poder ou até a prática de pirataria
como forma de vida, a exemplo dos piratas da Somália, no chifre sul africano, são
resultados históricos do processo de colonização e descolonização artificial praticado
por países potências ocidentais. Pois não respeitaram a distribuição espacial dos tipos
étnicos no continente africano. Certo.
(05) Filmes como Hotel Ruanda, Diamante de Sangue, O Jardineiro fiel, Senhor das Armas
e O Último Rei da Escócia, por serem de interesse comercial, procuraram mascarar a
realidade quanto as formas de exploração das riquezas naturais e dos povos africanos.
errado.
Questão 08 – texto.

Emprego na indústria tem oitava queda consecutiva. FolhaNews: 10/07/2009.

O nível de emprego na indústria caiu 0,5% em maio, na comparação com abril, informou nesta
sexta-feira (10/07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do oitavo
recuo consecutivo, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Em relação a igual período do ano passado, a queda foi ainda pior. A retração chegou a 6%,
sexta recuo consecutivo e também o maior de toda a série iniciada em 2001. No acumulado
dos últimos 12 meses, a retração é de 1,1%, também a mais significativa da série. No
acumulado de janeiro a maio, verifica-se queda de 4,7% em relação a igual período em 2008.

Julgue os itens.
(01) A queda no nível de emprego formal no Brasil é conseqüência direta da crise
internacional, hoje o emprego informal é superior ao trabalho formal no país.
Errado.
(02) O processo acelerado de macrocefalismo nas ultimas décadas gerou como resultado
um terciarização do trabalho humano, concentrando a maioria da mão de obra em
atividades típicas de prestação de serviços. Certo.
(03) A queda no nível de emprego formal no país é conjuntural, pois resulta de uma
redução na capacidade de consumo da sociedade. Errado.

Questão 09 – texto.
Sarney usa CPI da Petrobras para sobreviver. Publicação: 10/07/2009.

Com a crise interna sem data para terminar, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
se curvou aos apelos da oposição e determinou a instalação da CPI da Petrobras com um
portfólio de denúncias para todas as facções da política. A intenção é ver se as atenções de
seus adversários internos e externos se voltam para as mazelas do setor petrolífero, deixando
em segundo plano as pressões pelo seu afastamento do cargo. A decisão de Sarney foi
tomada na noite de quarta-feira, quando o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) anunciou a
intenção de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para garantir a instalação da CPI. Para não
sofrer o constrangimento de ver o STF mandando que ele instalasse uma CPI, Sarney decidiu
se adiantar.

De acordo com o texto e seus conhecimentos quanto a crise política que afeta o Senado
Federal Brasileiro, julgue os itens.

(1) Com instalação prevista para terça-feira, 14 de julho, a CPI da Petrobras pretende
investigar denúncias, a saber: 1) indícios de fraudes em licitações para reforma de
plataformas e construção de novas refinarias, como a Abreu e Lima (PE). 2) manobras
contáveis para redução de impostos devidos pela Petrobras ao governo. 3) um suposto
esquema de favorecimento a municípios na distribuição de royalties de petróleo, 4)
patrocínio de programas culturais e festas juninas pela empresa. 5) pagamentos
volumosos a usineiros feitos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Certo.

(2) É de opinião geral que uma reforma político-partidária seria a solução total para os
problemas de nepotismo que hoje atinge o Congresso Nacional Brasileiro. Errado.

(3) De acordo com decisão do STF é proibida a prática do nepotismo, ficando as


autoridades públicas impedidas de contratarem parentes até o 3º grau, inclusive
parentes colaterais. Sem exceção. Errado.

Aula 03.
TÓPICOS DA ATUALIDADE.

A década de 70 caracterizou-se pelo início do esgotamento da estrutura de domínio


implantada pós - Segunda Guerra. A Guerra Fria não tinha mais como ser sustentada, pois os
gastos com a corrida armamentista escaparam da área ideológica que envolvia as duas
superpotências e começavam a afetar a economia, principalmente o comércio mundial, além
de outras situações como as crises do petróleo em 1973/1979 e a reação da Polônia contra o
poder de Moscou, criando a solidariedade. Menos comentados à época, mas de fundamental
importância para compreendermos estas mudanças e seus resultados nas décadas seguintes,
são os fatos posteriores.
Os EUA percebem que, apesar de toda a tecnologia, poder bélico e capacidade de sua
força armada, estão sendo derrotados no Vietnã. Esta derrota militar resulta numa derrota
quanto à opinião pública mundial e, principalmente, quanto à opinião pública da sociedade
norte-americana, despencando no escândalo do Watergate, que acaba forçando Nixon a
renunciar à presidência dos EUA.
Percebendo a derrota, e antes da renúncia do presidente, os EUA abandonam os princípios
econômicos da Doutrina Truman e adotam a Doutrina Nixon, substituindo o câmbio dólar -
ouro/fixo pelo câmbio dólar flutuante – os EUA não assumem mais a equivalência dólar-ouro,
ao mesmo tempo em que elevam os juros internacionais, resultando num inchaço das dívidas
externas do terceiro mundo e provocando um esgotamento dos regimes autoritários,
principalmente na América Latina, África e Ásia Tropical. Era o desgaste da ―Operação
Condor‖.
A URSS começa a Guerra do Afeganistão. Rapidamente, podemos dizer que a guerra
significou o ―Vietnã‖ para a União Soviética, respeitando, é óbvio, as características próprias
dos envolvidos. A derrota fragorosa dos soviéticos acelerou o fim do socialismo real, ao mesmo
tempo em que utilizou como justificativa o fundamentalismo islâmico. O Taliban conquista o
poder no Afeganistão e revela para o mundo em até que ponto o radicalismo ou extremismo
pode chegar.
Um pouco diferente do Vietnã, a posição geográfica do Afeganistão é mais do que
importante para o mundo globalizado, é uma das áreas fundamentais para a integração entre a
Europa e a Ásia. E, com o término do socialismo real (URSS), o grande confronto atual é entre
a tendência global do capitalismo e o mundo islâmico, que aumenta rapidamente.
Somando estes e outros fatores, a URSS chega à década de 80 (a década perdida) com
um agravamento da sua situação interna, sendo obrigada a implantar a Perestroika
(reestruturação econômica) e a Glasnost (transparência política). Tentando sobreviver como
superpotência, entra por um processo inicialmente lento e gradual, mas que acaba fugindo do
controle do Estado, até que em 25 de dezembro de 1991 desaparece como estado-nação
organizado à figura da União Soviética. É o término da transição, pois acaba a Guerra Fria e
continua avançando a globalização.
Término oficial da URSS, pois, com a Perestroika e a Glasnost, Gorbatchov já declarava
que a URSS não era mais expansionista-militarizada, acabando com a Guerra do Afeganistão
(1985) e não se opondo militarmente e nem deslocando suas forças militares para as futuras
guerras (Golfo, Iugoslávia, etc.), ao mesmo tempo em que cancelava a sua ajuda para que
Cuba, Vietnã, Coréia do Norte, etc. continuassem pressionando o mundo capitalista.
Com isso, o grande capital e a tecnologia de ponta perdem o seu centro de aplicação e,
com a queda da corrida armamentista, os estoques de armas ficam abarrotados, provocando
uma queda no consumo mundial e na produção bélica do mundo ocidental, devido ao
sucateamento do Exército soviético, ao contrabando de armas do bloco extinto, por um preço
inferior ao do mercado, e ao ―tráfico‖ de cérebros, pois uma significativa parcela dos técnicos,
cientistas e especialistas são atraídos do ex-bloco socialista para os países do Terceiro Mundo.
O grande capital não pode ficar parado e, junto com a tecnologia de ponta, desloca para a
nova economia globalizada boa parte dos investimentos que estavam concentrados na corrida
armamentista. É a chegada da Terceira Revolução Tecnológica, em que a biotecnologia, a
manotecnologia, a robótica, a informática e a industrial, ao mesmo tempo em que reduzem a
necessidade de mão-de-obra não-qualificada na automação, provocam um aumento
significativo na capacidade de produção, produtividade, diversidade de produtos e
competitividade, atividade terciária, provocando um crescimento rápido no comércio mundial e
substituindo o poderio bélico como sinônimo de país-potência do Norte.
As organizações, criadas no pós-Segunda Guerra, de planejamento, pesquisa, controle e
financiamentos – como o Bird, o BID, o FMI e o Gatt – à exceção do Gatt, não desapareceram,
mas precisaram, no mínimo, serem reestruturadas para a nova realidade mundial.
O grande capital se desnacionaliza, surgindo, em conseqüência do câmbio dólar flutuante,
uma desregulamentação do comércio mundial e a famosa figura do capital volátil (especulativo,
rotativo, hot Money, etc.), que salta de uma economia para outra, de acordo com seus
interesses do lucro pelo lucro. É o avanço da ciranda financeira, sujeitando os países pobres
aos seus caprichos e provocando o processo cascata ou dominó que resulta no efeito tequila
(México), vinho (Argentina, Chile), samba ou cachaça (Brasil), saquê (Tigres Asiáticos) e vodka
(Rússia).
Isso demonstra que as organizações oficiais, inclusive os bancos centrais dos países do
Norte, não são capazes de reter uma crise econômica, tornando-a localizada, como era até a
década de 70/80. No mundo globalizado, uma crise econômico-financeira acaba afetando
todos os países, alguns pela fuga, outros pelo excesso de moeda forte.

O Gatt e a OMC

O Gatt – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, que entrou em vigor em 1º/1/1948,
apesar da oposição dos EUA e de não significar uma organização oficial, foi de grande
importância para coordenar o comércio do bloco capitalista no período da bipolarização. Mas,
com as mudanças do câmbio, a chegada dos megablocos, as novas tecnologias e a atual
desregulamentação do comércio mundial deixaram a desejar na fase atual de multipolarização
e está sendo substituído pela OMC – Organização Mundial do Comércio, que já foi criada, mas
não foi estruturada, até porque a desregulamentação da economia está favorecendo muito os
países do Norte, detentor das tecnologias de ponta.

1985/1994 – Rodada do Uruguai


• Os países decidem que o Gatt não atende mais as necessidades devido aos avanços no
comércio internacional, e que o ideal seria a criação de uma nova organização, que
deveria vir acompanhada de uma nova regulamentação do comércio internacional.
―Onde seria possível regulamentar e fiscalizar os resultados da tecnologia de ponta no
comércio mundial, como as questões dos trangênicos, células troncos, robótica,
softwares, sementes ‗TERMINATOR‖ etc.
1º/1/1995 – Como resultado da Conferência do Uruguai
• É criada a OMC.
1º/12/97 – Reunião de Seatle (EUA)
Esta reunião aconteceu, mas não funcionaram, devido aos movimentos organizados,
inclusive com o uso da Internet e das ações das ONG – Organizações Não-Governamentais
contra o processo de globalização, demonstrando que a nova fase mundial estava afetando
também a qualidade de vida de boa parte das populações dos países ricos.
É a fase da globalização, do desemprego estrutural, pois a produção, a produtividade e a
diversidade de produtos para o consumo mundial estão aumentando rapidamente. As novas
máquinas estão gerando desemprego e desconcentração da produção para o Terceiro Mundo,
provocando o retorno do nacionalismo extremista com possibilidades da ultra-direita voltar ao
poder na Europa. É o ressurgimento do xenofobismo, do etnocentrismo, pondo em risco a
segurança das minorias étnicas e dos ―novos bárbaros‖ do Sul que estão invadindo os países
do Norte. É o esgotamento do welfare state – o estado do bem-estar social –, que, durante
décadas, fez com que o Estado sustentasse a elevada qualidade de vida das populações nos
países do Norte.
Em janeiro de 2001, autoridades, megainvestidores e megaempresários reuniram-se na
cidade de Davos, na Suíça, com exceção dos EUA, com o novo governo republicano. A maioria
dos países enviou seus representantes para o famoso Fórum Econômico Mundial, onde os
mandatários do mundo globalizado estão reunidos para discutir os resultados atuais da Nova
Ordem Mundial e o que pretendem ou não nas próximas etapas deste processo liberal.
Um bom exemplo de discussões neste fórum é o destaque dado pela imprensa
internacional aos protestos dos representantes da China Popular ao alertarem o mundo quanto
à perda de identidade das etnias menos favorecidas do planeta, pois a globalização, além de
econômica, também gera uma antropofagia cultural, ou aos alertas feitos pelos estudiosos da
situação de globalização gerando exclusão, onde a América Latina corre o risco de sofrer uma
pressão externa que poderá criar a famosa Síndrome de Africanização, isto é, deteriorar a tão
deteriorada qualidade de vida de sua população, como vem ocorrendo no continente africano –
o excluído do processo global atual, inclusive com as tentativas de provocar uma corrida
armamentista na América do Sul, devido à pressão pela Internacionalização da Amazônia, ou
devido aos combates ao narcotráfico, a exemplo da atual Operação Colômbia, financiada pelos
EUA, onde já se comenta a possibilidade do uso de armas químicas e biológicas.

A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E A FOME

Não há dúvidas, a fome que se alastra pelo mundo é uma questão mais política, ideológica
e econômica do que as próprias condições naturais oferecidas para a prática agrícola.
Vejamos:
• de acordo com dados da FAO (ONU), o mundo hoje produz 10% a mais do que o mínimo
necessário para alimentar toda à população, que é, em média, 2.400/2.600 calorias/dia,
e ainda existem imensos espaços para serem ocupados;
• com o processo da ―Revolução Verde‖, a produção de alimentos vai perdendo cada vez
mais o cunho social, e os interesses capitalistas avançam pelas atividades primárias.
Portanto, o objetivo do lucro prioriza as monoculturas exportadoras em detrimento da
produção diversificada para alimentar a população local. Além de acelerar o
desmatamento, as queimadas, a erosão, com perda de solos férteis, o assoreamento
dos rios e principalmente a perda da biodiversidade da fauna e da flora devido às
monoculturas e ao uso absurdo dos agrotóxicos;
• nos últimos anos, essa situação se agravou com os avanços biológicos, em que os
processos de sementes selecionadas e vegetais híbridos das últimas décadas
começaram a ser substituídos pelos produtos trangênicos, os quais aumentam o poder
econômico e tecnológico das multinacionais, que são donas desses novos produtos, com
direitos de patentes (know how) e exclusividades na sua criação e produção. Voltando à
velha discussão: até que ponto o ser humano pode alterar a natureza com a transgenia e
o processo de clonagem?
O contexto histórico não pode ser esquecido, pois é certo que antes da expansão marítima
européia não há registro da existência da fome em escala significativa na América, África, Ásia
e Oceania, pois, nessa época, a produção era comunitária e de subsistência na maioria das
sociedades existentes nesses continentes.
Os colonizadores introduziram a propriedade privada e a cobrança de impostos absurdos
nas áreas dos colonizados e ainda obrigaram a mudança no tipo de produtos, pois o que
interessava aos dominadores eram produtos como oleaginosas, fibras têxteis e frutos tropicais
para atender às necessidades do consumo industrial e da população européia. Quem nunca
ouviu falar das mortes de escravos e índios – de fome – no meio dos grandes canaviais, no
litoral do Nordeste? O governo português não permitia a plantação de outros vegetais, só era
permitido o plantio de cana-de-açúcar, que dominava até 120 léguas para o interior. Qual o
significado real da palavra plantation? Para os ingleses, o que foi a guerra do ópio, na Ásia, e a
matança dos búfalos na pradaria da América do Norte?
Não há dúvida de que os problemas da fome, subnutrição e desnutrição crônica podem ser
resolvidas. Atualmente, o problema todo é que a produção de alimentos se transformou numa
―arma poderosa‖ que é utilizada pelos países do Norte no domínio mundial. O controle das
multinacionais sobre a produção de alimentos demonstra que o controle sobre onde, como,
quanto, o que, por quanto e para quem deverão ser produzidos os alimentos não depende mais
de quem dispõe das terras. Basta ver o exemplo brasileiro, onde mais de 40% de nossa
produção é exportada e menos de 15% é utilizada na alimentação interna. Outro exemplo
interessante é ver que pastagens artificiais, isto é, o espaço agrícola ocupado e cuidado pelo
homem para alimentar os rebanhos no Brasil, se somado com as perdas devido ao processo
de colheita, transporte, armazenagem, comercialização e os parceiros do homem (ratos,
insetos, etc.), superam a produção para o consumo interno; não podendo esquecer que a cada
sete calorias vegetais produzidas para alimentar os rebanhos e aves, só uma caloria retorna
para a alimentação humana.
O programa Fome Zero lançado pelo governo brasileiro já ultrapassou a fronteira nacional
ao ser defendido na 58ª plenária da ONU, quando recebeu apoio da maioria dos países-
membros, com os discursos de abertura da plenária pelo presidente Lula, pelo presidente
George Bush e o Secretário-Geral da ONU, Kofi Anan. Inclusive, o presidente da França lançou
a idéia de chamar o programa internacional sob o comando da ONU de programa Lula.
O programa Fome Zero defende uma ação não paternalista, e sim, montar a estrutura e
redirecionar parte da produção agrícola nacional para o consumo interno. Esta proposta viria
acompanhada de outros projetos como a erradicação do analfabetismo e geração de mais
empregos com a retomada do crescimento econômico, pois, após a primeira fase, com
distribuição de cestas básicas e unificação dos projetos assistenciais como bolsa-escola, vale-
gás etc., a proposta do governo é de oferecer condições para que a população recupere seu
poder de consumo. No primeiro ano do atual governo, este projeto não avançou da forma
desejada, pois o próprio governo priorizou a recuperação da imagem do País nas relações
internacionais, o famoso plano A, alegando que primeiro era necessário recuperar o risco país
e a confiança externa para atrair novos investimentos e, com isto, foi preciso manter os juros
internos elevados com manutenção do endividamento interno. Enfim, o atual governo, em seu
primeiro ano de mandato, repetiu todo o comportamento já conhecido pela sociedade nos
governos neoliberais da década de 90.
Outro fato importante é o da produção agrícola brasileira. Não há dúvida de que a última
safra superou em mais de 20% a produção da safra anterior, principalmente por causa dos
trangênicos, supera em muito as necessidades de consumo da população do País, mas,
infelizmente, a produção é mais direcionada para as monoculturas, mecanizadas para a
exportação, do que para a policultura para abastecer o mercado interno. É correto dizer que o
Programa Fome Zero no Brasil só conseguirá avançar de forma satisfatória se conseguir
convencer os empresários da área do agronegócio de que o mercado interno oferece
vantagens econômicas, também não é possível implantar o projeto na fase não-paternalista,
com cerca de 55 milhões de brasileiros situados abaixo da linha de pobreza. Concluindo: para
implantar o Programa Fome Zero de forma satisfatória, primeiro é necessário oferecer
qualidade de vida ou condições para que uma alta parcela da sociedade possa praticar sua
cidadania, para isto, é preciso resolver os problemas de 5 milhões de brasileiros hoje com
renda zero, as 5 milhões de crianças que são exploradas no trabalho infantil e muitas vezes
escravo. Enfim, sem solucionar os graves problemas socioeconômicos, é muito difícil elevar o
IDH da população brasileira.
Enquanto o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) calculado pela ONU classifica o
Brasil entre 1/3 dos países melhores colocados – 65ª posição entre 175 países, o IES (Índice
de Exclusão Social) coloca o Brasil entre o 1/3 com pior resultado.
O IDH mede o desenvolvimento dos países com base na expectativa de vida, no nível
educacional e na renda per capita. O IES acrescenta outros indicadores como pobreza,
desemprego, desigualdade social, alfabetização, escolarização superior, homicídios e
população infantil. De acordo com o IES, o Brasil ocupa a 167ª posição no ranking de
desigualdade, 161ª em homicídios, 99ª em desemprego. Portanto, de acordo com o IES, o
Brasil ocupa a 109ª posição entre 175 países. Na América, entre 35 países, ocupamos a 28ª
posição e de 1998, quando éramos a 8ª Economia Mundial, em 2004 passamos para a posição
de 15ª economia, sendo superados por vários países emergentes (China, México, Coréia do
Sul).
Pelo IES, os países mais bem colocados são Canadá (1º), Japão (2º) e Finlândia (3º),
enquanto os piores são Namíbia (173º), Lesoto (174º) e Honduras (175º).
Em 14 de julho de 2004, a ONU publica novo levantamento quanto ao IDH. Infelizmente, o
Brasil passou da posição 65ª para 72ª no ranking mundial, ficando muito abaixo de alguns
países vizinhos como a Argentina, que, apesar da crise, ficou em 34º lugar.
Com esse último levantamento, a Noruega permanece em 1º lugar e Serra Leoa em último
(177º lugar).
O PIB/2005 do Brasil foi de aproximadamente 1,8 trilhões de reais, com crescimento
econômico de 2,3% em relação ao PIB/2004, com isso, o Brasil superou as economias da
Coréia do Sul, Holanda, Índia e México, de 15ª economia, voltou para a 11ª posição mundial. O
crescimento do PIB brasileiro foi um dos menores em 2005 na América, só foi superior ao PIB
do Haiti, sua recuperação no ranking mundial foi devido à valorização da moeda nacional.
Em 2007, de acordo com novo relatório sobre aquecimento global, 1,1 bilhão de habitantes,
principalmente das áreas mais carentes do Planeta, sofrem com a carência de água e
alimentos e que esse número pode duplicar nas próximas décadas.

Exercícios.

Questão 01.

Texto.

Londres – O Brasil é uma ―solução óbvia‖ para o problema da alta do preço dos alimentos que
ameaça o mundo, avalia o Financial Time. Conforme o jornal inglês, no entanto, o potencial do
país nessa área tem sido largamente ignorado. ―O mundo desenvolvido parece
propositadamente míope em relação às oportunidades que o Brasil apresenta.‖
Publicação: 28/04/2008.
De acordo com o assunto do texto e seus conhecimentos, assinale o item incorreto:

a) O Brasil tem grande reserva de terras cultiváveis desocupadas, a maioria delas hoje
servindo como pasto, e que podem facilmente se transformar em áreas de produção de grãos e
outros alimentos.
b) O Brasil possui sua parcela de culpa nessa discussão, pois tem feito pouco para combater a
―histeria contra a suposta ameaça do etanol à floresta amazônica‖, por exemplo. ―Uma ameaça
que, se existe, está mais relacionada à ilegalidade na região da Amazônia do que aos
imperativos econômicos da produção de etanol.‖
c) ―A fome mundial é resultado de falta de oferta de alimentos no mercado mundial e,
principalmente do baixo nível de renda dos países pobres‖. Incorreto.
d) ―O problema é que a maior parte da produção agrícola brasileira continua enfrentando tarifas
proibitivas e outras barreiras colocadas pelos mercados desenvolvidos na Europa e nos
Estados Unidos‖.
e) Segundo o jornal, se a produtividade da pecuária for elevada de 0,8 gados por hectare para
1, 2, cerca de 80 milhões de hectares de terras seriam liberados para o plantio de alimentos.
―Mas isso irritaria os fazendeiros americanos e europeus.‖

Questão 02.

Texto.

O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Alimentação,
Jean Ziegler, pediu a suspensão da produção de biocombustíveis, que são apontados como
uma das causas da forte alta nos preços dos alimentos.

De acordo com o assunto do texto e seus conhecimentos, marque o item incorreto:


a) O diretor da FAO também criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI), que "impôs aos
países mais pobres" o cultivo de lavouras que não são destinadas à alimentação, reduzindo
assim ainda mais a produção de alimentos.
b) Somando a produção de soja, milho e arroz no Brasil, estes produtos correspondem a mais
de 90% da produção nacional.
c) de acordo com o IBGE, a atual safra agrícola brasileira cresceu 7,4% em relação à safra
anterior.
d) o consumo do biocombustíveis no Brasil, principalmente o etanol, superou o consumo de
energia produzida por hidroelétricas, este fato é verdadeiro apesar do elevado número de
hidroelétricas construído nas últimas décadas do século passado. Errado.
(e) entre as principais economias do planeta, o Brasil é o que mais consome energia renovável.

Questão 03.
Texto.

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Sigmar Gabriel, refutou nesta


segunda-feira a idéia de que a produção de biocombustíveis no Brasil esteja impactando a
produção de alimentos. A avaliação foi dada em reunião nesta segunda-feira com a ministra
brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva.

Ele recebeu informações do governo brasileiro de que os biocombustíveis não estão


pressionando a fronteira agrícola no País. ―Mas sabemos que existem outros países assim. É
um tema contundente e exige critérios de sustentabilidade que, em boa parte, o Brasil já
segue‖, argumentou.

De acordo com o texto e seus conhecimentos, assinale o item incorreto:


a) Um dos fatores que resultou na saída da Ministra Marina Silva do Ministério do Meio
Ambiente foi que a coordenação política do PAS – Programa Amazônia Sustentável ficou para
Mangabeira Unger, ligado a Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
b) A Alemanha é o principal investidor para preservação do meio ambiente no Brasil, tendo
investido US$ 300 milhões no programa de proteção das Florestas tropicais do Brasil (PPG7).
Incorreto.
c) De acordo com a ex. ministra do Meio Ambiente no Brasil, Marina Silva, nos últimos três
anos, houve redução de 59% no desmatamento no país. Uma das formas de conter o
desmatamento seria não permitir a produção de biocombustível na Amazônia, por exemplo. ―O
Brasil possui 300 milhões de hectares de área agricultável‖.
d) ―O Brasil possui 300 milhões de hectares de área agricultável‖, e utiliza 1% desse solo para
a produção de biocombustível.
e) Na Amazônia, existem 166 mil hectares abandonados, portanto, sem que seja preciso
avançar sobre a floresta é possível produzir biocombustíveis sem afetar a produção de
alimentos no país.

Questão 04.

Safra deste ano será 7,2% maior que a de 2007, estima IBGE.
Agência Brasil. - Conab prevê safra recorde de grãos.
A produção brasileira de grãos deve totalizar 142,6 milhões de toneladas em 2008. O resultado
é 1,5% maior que o previsto em março (140,5 milhões) e 7,2% acima da produção obtida em
2007, que foram de 133,1 milhões de toneladas. Os dados do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola (LSPA) foram divulgados nesta quinta-feira (08/05) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa de aumento na produção do trigo (12,4%) e do milho na segunda safra é


responsável pelos 2,1 milhões de toneladas a mais estimados na avaliação do IBGE, a quarta
deste ano.

Assinale o item incorreto:


(A) A área plantada em 2008 deve atingir 46,8 milhões de hectares, o que representa um
crescimento de 3,2% na comparação com o ano passado. As culturas da soja (21,2 milhões de
hectares), do milho (14,5 milhões de hectares) e do arroz (2,9 milhões de hectares) são as que
devem contar com as maiores áreas plantadas. Esses produtos representam 90,6% da
produção nacional estimada de grãos.
b) Segundo o levantamento do IBGE, a maior estimativa de produção é da Região Sul, com 61
milhões de toneladas; seguida pelo Centro-Oeste, com 49,2 milhões; Sudeste, com 16,7
milhões; Nordeste, com 12 milhões; e Norte, com 3,8 milhões.
c) De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, entre os anos de 1980 e
2008, a produção "aumentou mais significativamente que a área ocupada com as culturas,
atestando os avanços tecnológicos que determinaram um aumento no rendimento médio".
d) O IBGE destaca ainda que em 2003 a produção ultrapassou os 100 milhões de toneladas de
grãos, fechando o ano em 123,6 milhões de toneladas, um recorde batido em 2007 (133,1
milhões de toneladas) que deverá ser superado em 2008 (142,6 milhões de toneladas).
e) Com o aumento da produção agrícola em quantidade inferior a área ocupada, o país revela
que ainda estamos vivendo um momento de expansão da fronteira agrícola e não de
produtividade. Errado.

Questão 05.

Semana Mundial da Água alerta para aumento do nível do mar

Aumento do nível do mar, derretimento das geleiras, chuvas intensas, furacões: diante das
graves conseqüências de um planeta cada dia mais quente, torna-se urgente adaptar, e até
reinventar, o desenvolvimento urbano, alertam especialistas em recursos hídricos.

Com cerca de 80% da população mundial vivendo a menos de 50 km de distância da costa, o


Instituto Internacional da Água (Siwi), em Estocolmo, lembra que "um dos vários efeitos
provocados pelas mudanças climáticas é o aumento do nível do mar‖.

Segundo o diretor da conferência, o homem assiste hoje ao dobro do crescimento da


população mundial e do aquecimento do planeta. "Por exemplo, há cem anos, Bangladesh
tinha uma quarta parte de sua população atual. Se acontecia uma inundação, os efeitos eram
bem menores do que hoje. A isso se somam agora as mudanças climáticas.

Enchentes na Índia, Nepal e Bangladesh já deixaram milhões de desabrigados e 1.900 mortos.

Segundo o Siwi, "as mudanças climáticas, aliada a uma população que continua aumentando e
à expansão dos centros urbanos, é uma receita para catástrofes". "As cidades costeiras podem
ficar ameaçadas se medidas para adaptação não forem tomadas agora", afirma o instituto.

Para Sunita Narain, diretora do Centro para a Ciência e o Meio Ambiente da Índia, seu país
está em pleno processo de urbanização e passa por um "boom" da construção civil nas
cidades, uma oportunidade para desenvolver alternativas que amenizariam os efeitos das
mudanças climáticas e inventar "novos modelos" de cidades, considera a especialista.

―As mudanças climáticas significam que cada vez haverá mais acontecimentos imprevisíveis,
cada vez mais inundações‖. Temos de planejar uma gestão da água, para onde ela irá",
explicou Narain, destacando que até hoje à construção das cidades gira em torno dos edifícios,
sem levar em conta a questão dos recursos hídricos.

"Temos de fazer cidades mais resistentes às mudanças climáticas", insistiu. (com adaptações).

De acordo com o texto e seus conhecimentos de meio ambiente, julgue os itens.

a) Nas próximas décadas o maior crescimento da população urbana será nas regiões e
países mais pobres do Planeta. Certo.

b) Relatórios da ONU – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, alerta


para o fato da maior migração na história da humanidade, está previsto que um bilhão
de pessoas terá que fugir dos lugares onde vive a procura de melhores condições de
vida. Fatores como carência de alimentos, poluição e contaminação da água, bem
como o avanço de lugares com seca perpétua será responsável por está migração.
Certo.

c) Fato concreto é que milhões de pessoas migrarão de lugares mais pobres e


encontrarão resistência nos lugares para onde devem ir. Gerando crescimento do
comportamento xenófobo e etnocêntrico. Certo.

d) Com a elevação da temperatura média do Planeta é provável que parcela significativa


da população mundial tenha que se deslocar das regiões de baixa altitude e litorânea,
para regiões mais protegidas dos fenômenos atmosféricos, que tendem a diminuir em
quantidade e intensidade. Errado.

e) Hoje, cerca de 70% da água doce utilizada diariamente é para a irrigação, com o
crescimento em mais três bilhões de habitantes até o ano de 2050 é provável que a
disponibilidade diária de água doce seja insuficiente para produzir alimentos para todos
os habitantes. Certo.

Desafio:

Quanto ao Painel Intergovernamental (IPCC) concluído em Bali (dez.2007) e suas


conclusões relacionadas ao aquecimento global, julgue os itens.
a) De acordo com relatório sobre aquecimento global 1,1 bilhão de pessoas no Mundo
sofre carência de água e fome para atender suas necessidades básicas, e esse
número pode duplicar nas próximas décadas. certo
b) O Protocolo de Kyoto entrou em vigor a partir de 2005 e, os 141 países que o
ratificaram devem implantar as medidas necessárias para reduzir a emissão de gases
poluentes e capturas de carbono, até 2012. certo
c) O Protocolo de Kyoto foi elaborado para pressionar os países desenvolvidos quanto à
emissão de gases poluentes. Ficando optativo para os países subdesenvolvidos, como
o Brasil. certo
d) De acordo com o PNUMA – Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente, até
2020 as áreas com poluição severa e seca perpétua devem aumentar no Planeta,
sendo provável que a produção de alimentos seja inferior as necessidade mínimas da
população mundial. certo
e) Atualmente 70% da água utilizada diariamente pela população mundial são para a
produção de alimentos. certo
f) Com o descongelamento das geleiras em elevada altitude é provável, que em longo
prazo, a oferta de água no estado líquido aumente. Certo.
g) Além do Protocolo de Kyoto, o Protocolo de Cartagena é uma prioridade do PNUMA.
certo
h) O Protocolo de Cartagena tem como prioridades a regulamentação dos organismos
geneticamente modificados, principalmente quanto ao transporte e comércio mundial
destes produtos. certo
i) As sementes ―terminator‖ controladas pelas multinacionais, encontram se em moratória
desde o ano 2000, sendo proibida sua pesquisa em campo. certo
j) Com o descongelamento das calotas polares, o volume de água no estado líquido
tende a aumentar, com isto, é provável que a oferta de água doce e potável aumente
no Planeta. errado
k) O Brasil concentra o maior volume de água doce do Planeta, de acordo com o aumento
da população e suas atividades, a oferta de água doce deve suprir nossas
necessidades por mais 300 anos. No Mundo a oferta diária de água doce, quanto à
disponibilidade, dura por mais, cerca, de 30 anos. errado

Aula 04.

AS CRISES ECONÔMICAS NA ERA GLOBALIZADA.

SISTEMA FINANCEIRO.
Paraísos ou infernos fiscais/ lavagem do dinheiro.
O capital volátil – o mesmo que capital especulativo, rotativo, hot money e over night
Função – como o próprio nome indica, não é regulamentado, servindo somente ao
processo da ciranda ou especulação financeira, alimentando uma bolha especulativa. Se um
país tenta regulamentar ou reduzir seus lucros nas bolsas de valores ou entra em crise
econômica ou política, rapidamente este tipo de capital desaparece de sua economia.
O capital volátil cresceu muito nas últimas décadas devido à queda nos investimentos e nos
lucros que eram obtidos com a corrida armamentista. Muito do capital investido nesta área foi
deslocado para atividades normais da economia.
É óbvio que os paraísos fiscais facilitaram para que o capital das máfias do narcotráfico, da
venda ilegal de animais silvestres, da corrupção e do contrabando de riquezas naturais como o
ouro, diamantes, etc. se legalizassem e se transformassem em capital volátil.
Para um país manter este capital em sua economia e transformá-lo em capital de produção,
é obrigado a manter seus juros internos elevados e lucrativos, só que acaba prejudicando as
empresas nacionais e sua população. Favorecendo o capital volátil, o país é obrigado a abrir
sua economia de acordo com os interesses dos países desenvolvidos.
• Por que as crises econômicas atuais não são mais localizadas, mas acabam afetando a
economia mundial num processo de cascata – o ―efeito dominó‖?
• A maior internacionalização da economia com enfraquecimento dos Estados e das elites
nacionais em conseqüência da globalização.
• Como o capital volátil passou a dominar a economia dos países emergentes, como o
Brasil, e a maior dependência destes às imposições do Fundo Monetário Internacional
(FMI)?

Sem muitas preocupações quanto ao ―economês‖ ou aos termos tecnocratas, e com uma
análise mais geopolítica com objetivo didático, a melhor forma para desenvolver e explicar
estes questionamentos é utilizar um modelo prático como laboratório. Para nós, brasileiros, o
melhor modelo é o Plano Real desenvolvendo suas etapas de implantação.
Estava claro que a sociedade não aceitava mais os planos econômicos heterodoxos, com
mero congelamento de preços e salários. Era preciso ser diferente, pelo menos na aparência,
em relação aos Planos Cruzado, Bresser, verão e Collor. E o mundo exigia a abertura da
economia brasileira, isto é, ou se adotava o neoliberalismo ou continuaria isolado das relações
econômicas e do comércio mundial.

Como o mundo impõe a abertura econômica nos países periféricos?

Os Estados Unidos elaboram a famosa Lei Super 301, na qual as autoridades norte-
americanas são obrigadas a defender suas empresas multinacionais, combatendo qualquer
forma de obstáculos que elas venham a sofrer em qualquer local do planeta.
O Bird – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento passa a não exigir que
os países pobres que necessitam de seus empréstimos elaborem projetos de viabilidade
econômica em relação aos valores solicitados, desde que atendam às exigências prescritas no
famoso Plano de Reformas Estruturais (1980), isto é, desde que os países do Terceiro Mundo
implantem as reformas tributária, fiscal, jurídica, orçamentária, política, previdenciária e
trabalhista em conjunto com um projeto de privatização de suas empresas estatais.
Em 1983, o Bird desenvolve um novo plano, o também famoso Plano de Reformas
Setoriais Estruturais, obrigando os países periféricos a liberalizarem a agricultura, bem como a
privatizarem setores estratégicos, como o sistema energético, o setor de comunicação, os
bancos do governo e os serviços urbanos, como o serviço de limpeza, coleta de lixo,
tratamento de água, esgoto, etc.
O FMI, que havia perdido muito de suas funções a partir de 1971 em razão de os Estados
Unidos ter mudado seu sistema cambial, passa a exercer novas funções, muito atreladas e até
mesmo conflitantes, com o Banco Mundial. Isto não quer dizer que entram em choque ou que
haja perda de identidade. Na verdade, é facilmente percebido que estas duas organizações
trabalham em conjunto na tentativa de implantarem as idéias neoliberais nos países periféricos.
O FMI fiscaliza, coordena e exige que os países periféricos e, mais recentemente, os
países remanescentes do ex-bloco socialista, como os do Leste Europeu, implantem as
medidas impostas pelos Planos de Reformas Estruturais do Bird. Caso o País aceite, o FMI
ajuda e autoriza que o Bird faça os empréstimos.
Essa realidade acaba por elevar a vulnerabilidade ou dependência externa dos países do
sul ao humor do sistema financeiro internacional. Basta lembrar dos efeitos: tequila, saquê,
vodka e cachaça, que afetaram importantes países emergentes na década de 90, pois foram
transformados na ―bola da vez‖, resultando num efeito cascata ou a crise e exclusão
globalizada.

Exercícios.

Questão 01. Texto.

SÃO BERNARDO DO CAMPO (Reuters) - Ao participar das comemorações dos 50 anos da


Scania no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na manhã desta segunda-feira,
que o país demonstrou que não é submisso aos interesses das nações ricas nas negociações
de abertura do comércio global.

"Fizemos questão de dizer que tinha acabado aquele momento de subserviência. Queremos
ser tratados em pé de igualdade", disse Lula em uma solenidade ao ar livre na fábrica de
caminhões, que contou ainda com a presença de trabalhadores e dirigentes da montadora.

Na semana retrasada, fracassaram as negociações do chamado G4 -- grupo que inclui Brasil,


EUA, União Européia (UE) e Índia -- para tentar obter um acordo para a Rodada de Doha do
comércio internacional.

Lula criticou os EUA, afirmando que o país, em vez de reduzir os subsídios agrícolas -- como
quer os países em desenvolvimento --, pretendia, na prática, aumentá-los.

Segundo o presidente, os EUA gastaram em média 15 bilhões de dólares por ano em subsídios
com sua agricultura nos últimos três anos e propuseram fixar o teto de gastos com subsídios
agrícolas na OMC em 17 bilhões de dólares, ou seja, na prática elevariam os gastos, em vez
de reduzír.

Mas a proposta norte-americana significaria efetivamente a definição de um teto menor, já que


atualmente os Estados Unidos, pelas regras internacionais de comércio, podem gastar até 22
bilhões de dólares com subsídios agrícolas domésticos.

Os países do G20, grupo de emergentes que o Brasil lidera, queriam que o teto de gastos dos
EUA na área fosse muito menor, em torno dos 12 bilhões de dólares por ano.

"Chega de ser pequeno, chega de ser o país do futuro. Chega de ser a esperança do mundo,
chega de ser um monte de adjetivos que nunca se concretizaram. Agora vamos concretizar", o
completou.

Depois do fracasso da reunião do G4, a Rodada de Doha corre o risco de ficar em suspenso
por vários anos.
Durante o evento, Lula se referiu ainda às queixas dos empresários sobre a valorização do real
frente ao dólar. Ele disse que não vai "inventar um número mágico, porque o câmbio é
flutuante".

De acordo com o presidente, a justificativa para a queda do dólar no mundo se deve ao défict
fiscal nos EUA e cabe ao país resolver isso.

(Colaborou Marcelo Teixeira, em São Paulo).

De acordo com o assunto do texto, marque o item incorreto:

a) Rodada de Doha tem como objetivo resolver as diferenças entre as partes interessadas
quanto ao Tratado de Doha, isto é, superar as diferenças entre os países do norte e os países
do sul, quanto ao regulamento da OMC – Organização Mundial do Comércio. O Prazo para isto
é de 2002 até 2013.

b) A Rodada de Doha foi decidida na 3ª Cúpula da OMC, em 2001, na cidade de Doha, capital
do Katar, no Oriente Médio.

(c) Na última Reunião do G.8, na Alemanha, ficou fortalecida a proposta de criação do G.13,
incluindo o Brasil, Índia, México, China e África do Sul ao grupo dos países que formam o G.8.

(d) O Grupo dos 20 é liderado pelos países que formam o BRIC+S+M = Brasil, Rússia,
Índia, China, México e África do Sul, considerados pelos países do norte, como os
principais países emergentes. Errado.

(E) O câmbio flutuante significa que a moeda brasileira oscila de valor de acordo com a
menor ou maior oferta de moedas internacionais no país, no momento o superávit
comercial e a entrada de investimentos internacionais são fatores que desvalorizam a
moeda brasileira.

Questão 2 – texto.
Segundo semestre de 2007, início da crise hipotecária nos EUA. Setembro de 2008 a crise
financeira afeta a economia real ao afetar a o consumo mundial.

São Paulo, SP – O mercado financeiro tem uma segunda-feira de muito pessimismo. Por causa
do recrudescimento dos temores de desaceleração da economia mundial, os grandes
investidores internacionais abandonam suas aplicações de maior risco. Assim, às 16h02, o
dólar comercial avançava 3,57%, para R$ 2, 289, e a Bovespa desabava 3,84%, para 36.280
pontos. No mesmo horário, o risco-país subia 5,69%, para 279 pontos, indicando uma vigorosa
venda de títulos brasileiros.

A grande preocupação é de que a inflação dos EUA aumente e obrigue o Fed (Federal
Reserve, banco central norte-americano) a continuar elevando seus juros, atualmente em 5%
ao ano. Nesse caso, os seus títulos do Tesouro ficam mais atraentes, escolhidos como opção
segura em tempos de turbulência...
O Banco Central tenta acalmar os ânimos, entretanto. O diretor de política monetária do BC,
Rodrigo Azevedo, disse hoje que é "pouco provável" que uma crise de grandes proporções
como a da Ásia, que atingiu o país em 1997, se repita. Segundo ele, os fundamentos da
economia brasileira melhoraram muito desde então. No curto prazo, a volatilidade deve
persistir. Analistas de mercado também vêem o movimento atual como exagerado.
Para os investidores pessoa física, a recomendação dos especialistas é de cautela. "É melhor
esperar a definição de uma tendência", afirma Rodrigo Aché, responsável pela área de equity
Sales do Banco Brascan. Espera-se que a ata da última reunião do Fed, a ser divulgada em 31
de maio, possa dar pistas mais claras e objetivas sobre o rumo dos juros nos EUA. Se houver
indicações de que a taxa tende a subir mais, o mercado pode se acomodar neste nível mais
baixo. Ao contrário, se sinalizar uma pausa no ciclo de elevações – a última foi a 16ª –, o
otimismo de antes pode até ser retomado... (CorreioWeb, com adaptações).
De acordo com o texto e as características da economia e o sistema financeiro, assinale a
alternativa correta:

a) O risco país é estipulado pelo Banco Mundial e indica o grau de credibilidade da


economia podendo provocar fuga ou atração dos investimentos internacionais.
b) Quando os EUA elevam sua taxa de juros internos passa a atrair mais investimentos
internacionais, provoca fuga desse capital, principalmente de países emergentes como
o Brasil. Correta.
c) Ao citar a crise asiática de 1977, o texto está se referindo ao efeito saquê, felizmente
uma crise na Ásia não afeta mais os investimentos externos para o Brasil.
d) De acordo com o texto a economia brasileira hoje está mais vulnerável ao humor
externo do que na década anterior.
e) O superávit comercial e o superávit primário no Brasil são fatores positivos, que
oferecem maior credibilidade, na visão neoliberal, para a economia brasileira. Pois ao
gastar menos do que a previsão de receita, o Governo pagou o principal da divida
pública.

Questão 03.
Quanto a Reunião do Grupo dos Vinte (G.20) no dia 02 d2 abril de 2009, em Londres. Marque
a alternativa incorreta.

a) Quando citamos o Grupo dos vinte estamos falando da OMC – Organização Mundial do
Comércio. Este mesmo grupo passa a ser denominado de Grupo dos vinte e um quando
relacionado a outras organizações Mundiais.
b) O Brasil, Rússia, Índia, China Popular e África do Sul, formam o BRICS, principais países
emergentes, que lideram os países subdesenvolvidos nas reuniões da OMC. Errado.
c) na Reunião do G.20, no Rio de Janeiro, o principal assunto em pauta foi o Regulamento da
OMC, denominado de Tratado de Doha.
d) o principal impasse para que o regulamento da OMC seja aprovado pelos países membros
são a pratica dos Estados Unidos e União Européia de protecionismos e subsídios, gerando
discordância nos objetivos do G.20,
e) O comércio Mundial sofreu significativo crescimento nas últimas décadas, graças aos
avanços provocados pela nano biotecnologia e seus resultados como facilidade e baixo custo
dos transportes, a robótica, informática e a automação.

Questão 04.

O premiê da Grã-Bretanha deve pedir a inclusão do Brasil e outros quatro países no G8


durante o encontro do grupo neste final de semana na Rússia, de acordo com um artigo
publicado nesta quinta-feira no jornal britânico The Guardian.
―A proposta é que Brasil, China, Índia, África do Sul e México se tornem integrantes de
um G13, acredita se que os primeiros frutos de um relacionamento mais próximo pode ser
um avanço nas discussões emperradas sobre comércio global já na segunda-feira‖, diz o
jornal.
O primeiro-ministro britânico também quer acelerar o planejamento do sucessor do
tratado de Kyoto. ―Um processo que ele acredita que seria muito fortalecido com a inclusão
de China, Brasil, Índia, África do Sul e México‖.
―Não existe chance de conseguirmos um acordo para mudanças climáticas a menos
que concordemos em algo envolvendo os Estados Unidos, China e Índia‖, disse o premiê
ao Guardian.

Multilateralismo
O premiê acredita ser mais fácil encontrar soluções em grupos menores do que os
atuais 120 signatários de Kyoto, diz o jornal. O primeiro-ministro também esperaria que sua
proposta pudesse diminuir as críticas sobre a realização do encontro na Rússia, por causa
da situação dos direitos humanos no país.
―Ele sabe que a Rússia é igualmente importante para a manutenção de uma frente
unida contra os planos do Irã de conseguir uma bomba nuclear.‖ Mesmo assim, o Guardian
declarou que os valores britânicos sobre democracia e direitos humanos seriam colocados
com firmeza, ―mas sem destruir o quarto de hotel‖.
―Durante o encontro, o premiê vai argumentar que a única saída para os problemas
estruturais do mundo passa pelo fortalecimento de instituições multilaterais, a disposição de
encarar desafios como à manutenção da paz e o combate à pobreza‖, diz o jornal. (com
adaptações).

Marque a alternativa incorreta.


a) O encontro do G8 em 2006 foi em São Petersburgo, na Rússia.
b) A partir de janeiro de 2006, a Rússia assume pela primeira vez a Presidência da
organização. Portanto, não é mais correto dizer G7.
c) O G7 é formado pelos sete países mais ricos do mundo e foi criado no início da década
de 70.
d) Ao lançar a proposta de criação de um novo grupo incluindo países emergentes, o
Primeiro Ministro Britânico reconhece a importância desses países nas discussões e
resoluções das questões econômicas e ambientais do planeta.
e) Por não ter assinado o TPN – Tratado de Não Proliferação Nuclear, o Irã não precisa se
submeter à fiscalização de seu projeto nuclear, a AIEA – Agência Internacional de
Energia Atômica (ONU), nem é obrigado a interromper seu programa nuclear. Incorreto.

Questão 05.

Em relação às alterações na economia na atualidade, assinale a alternativa correta:


a) A globalização é um fenômeno recente, típico das duas últimas décadas, que contradiz
o processo de industrialização consolidado ao longo do século passado.
b) O desenvolvimento tecnológico ampara e estimula a rápida circulação de produtos,
serviços e capitais, aprofundando o processo de internacionalização da economia.
Correto.
c) A tendência à formação de blocos regionais, por ser uma maneira de inserção mais
vantajosa na economia mundial fortemente competitiva tem prejudicado este momento.
d) O liberalismo vigente fez com que as barreiras protecionistas deixassem de ser
praticadas, especialmente pelos países de economia mais sólida.
e)Ao contrário da experiência soviética, a China integra-se ao mercado mundial pela via da
abertura política e do enrijecimento da ação estatal no controle da economia.

Aula 05.

ORIENTE MÉDIO

Como conseqüência do Acordo de Oslo, em 1993, o estado de Israel devolveu a Faixa de


Gaza (porto no Mediterrâneo) e a cidade de Jericó, na Cisjordânia, como primeira etapa de
futuras devoluções, para a autogestão do povo palestino, estipulando um prazo de cinco
(cinco) anos para a concretização do processo. Este prazo não foi cumprido, nem foram
devolvidas outras áreas ocupadas por Israel (Guerra dos Seis Dias – 1967).
Com a devolução da Faixa de Gaza e da cidade de Jericó, os palestinos tiveram de criar
novas organizações, pois a OLP era a principal organização, mas a partir do momento em que
a OLP se tornou negociadora, grupos radicais passaram a ser criados, já que alguns líderes
palestinos não concordaram com os acordos firmados entre a OLP e o Estado de Israel.
Portanto, só a OLP não representa todo o povo palestino, crescendo a importância do Hamas,
Hezbollah, Jihad islâmica, etc.

Novas Organizações – Estruturação do sistema parlamentarista


1º) – CNP – Conselho Nacional Palestino.
– Espécie de parlamento provisório; não houve eleições formadas por representantes
políticos de várias facções palestinas.
• OLP, Jihad, Hezbollah, Amal, Hamas, etc.
2º) – ANP – Autoridade Nacional Palestina.
– Espécie de executivo provisório, sob o comando de Yasser Arafat, devido à maioria da
OLP no CNP.
1995 – Assassinato de Isaac Rabin, com o Likud – partido dominado pelos ortodoxos
ganhando as eleições e dificultando as negociações de paz.
1999 – Os trabalhistas ganham as eleições, com possibilidade de retomada das
negociações de devolução de novos territórios para autogestão palestina árabe.
2000 – Fracassa o novo acordo em Camp David, intermediado pelo presidente norte-
americano.
2000 – Em setembro, os palestinos adiam novamente a implantação de seu estado.
– Retorno da Intifada (Guerra das Pedras), com palestinos civis lutando contra o Exército
de Israel nos territórios ocupados, principalmente em Jerusalém.
– O Likud, formado pelos judeus ortodoxos, retoma o poder nas novas eleições, com Ariel
Sharon, aumentando o impasse entre árabes e judeus na região.
Em 2006, o Hamas – grupo islâmico de tendência teocrático – sai vitorioso na segunda
eleição parlamentar no CNP – Conselho Nacional Palestino, com isso indica o primeiro
ministro, provocando conflitos quanto à presidência da autoridade nacional palestina que se
encontra sobre o comando de Mahamud Abbas, líder do grupo islâmico Al‘ Fatha, de tendência
laica, isto é, de implantar na Região da Palestina, um Estado Palestino com características de
estado secular, separando o governo e autoridades terrestres, do poder dos líderes islâmicos,
os Aiatolás.

Questão Palestina.

A denominada Questão Palestina está intimamente relacionada à Questão Árabe-


Israelense, porque os países árabes usam os ―palestinos‖ para lutar contra Israel, que é o
único país socioeconomicamente mais adiantado e que detém grande poderio militar. Por
muitos anos, a geopolítica do Oriente Médio girou em torno dessa questão, embora se
soubesse que era mais uma das faces da Guerra Fria, visto que as potências manipulavam,
cada uma de seu lado, determinados líderes árabes. Além disso, as próprias lideranças
políticas dos países árabes sempre disputam à hegemonia regional entre si. Há diversas
evidências de que os líderes árabes não dão prioridade para a questão palestina.
Podemos citar algumas delas:
• o ―Setembro Negro‖, massacre ordenado em 1972 pelo Rei Hussein da Jordânia contra
milhares de ―palestinos‖ que viviam na Transjordânia. Aliás, essa sub-região também deveria
fazer parte do Estado palestino, já que, em 1947, a ONU demarcou tais terras para os árabes-
palestinos. Acerca disso a Jordânia nunca se pronunciou;
• chacina de ―palestinos‖ no vale de Bekka, no Líbano, em 1982, pelas milícias libanesas;
• atualmente, milhares de ―palestinos‖ vivem basicamente escravizados em países árabes,
servindo como mão-de-obra quase de graça e vivendo em precárias condições
socioeconômicas (acampamentos de refugiados).
A Questão Palestina foi muito mais uma criação dos países árabes e das superpotências
interessadas em manter as instabilidades locais, pois isso lhes vendia armamentos em troca de
petróleo. Muitos países enriqueceram a custa da suposta ―questão palestina‖. Evidentemente,
há uma questão palestina que é alimentada por alguns líderes árabes, entre eles o Rei Faissal
da Síria, que insuflaram os ―palestinos‖ para que não aceitassem o Plano de Partilha da ONU,
à época, prometendo-lhes, inclusive, ajuda para derrotar os israelenses.

A Questão Curda

O Curdistão compreende uma região montanhosa entre as cadeias do Taur Oriental e dos
Zagros. Desde o desmembramento do Império Turco Otomano encontra-se dividida por quatro
fronteiras nacionais: Turquia, Iraque, Irã e Síria, além de uma pequena parte na Armênia e o
Azerbaijão. Apenas o Irã reconhece a região por esse nome, que é habitada pelos curdos,
população de origem indo-européia.
O Curdistão nunca foi politicamente unido, apesar de algumas tribos organizadas em
principados terem experimentado autonomia ao longo de sua história. No final da Primeira
Guerra Mundial (1914/1918), os curdos nacionalistas já tinham desenvolvido a idéia de um
estado nacional. O Tratado de Sévers, assinado entre as potências vencedoras e
representantes do Império Turco Otomano, previa a autonomia não só do Curdistão como
também da Armênia, além do reconhecimento dos Estados árabes de Hajaz (região oeste da
atual Arábia Saudita), Síria e Iraque. No entanto, o tratado não é ratificado, sendo substituído
em 1923 pelo Tratado de Lausanne, que não faz nenhuma menção aos curdos e aos armênios.
Na Turquia, o líder Mustafa Kemal Atarturk procura fortalecer a identidade nacional e inicia uma
forte política de assimilação dos curdos. Passam a ser chamados de ―turcos montanheses‖,
sua língua é declarada ilegal ou classificada como dialeto turco e são impedidos de usar suas
vestes típicas. Desde 1925 ocorrem rebeliões curdas, principalmente na Turquia, no Iraque e
no Irã.

Exercícios.

Questão 01.

Brasília, quarta-feira, 09 de maio de 2007.

Vice-presidente americano faz visita surpresa a Bagdá

Da France Presse

BAGDÁ - O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, chegou nesta quarta-feira a
Bagdá para uma visita surpresa, durante a qual se reunirá com o primeiro-ministro Nuri al-
Maliki e presidente Jalal Talabani. Cheney solicitará às autoridades iraquianas um maior
esforço em favor da reconciliação nacional, mas também insistirá ante os deputados iraquianos
para que cancelem as férias de verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) de dois meses.

A decisão dos deputados iraquianos de entrar em férias irritou muitas personalidades do


governo americano, já que neste período importantes leis deveriam ser adotadas. "A verdade é
que com o esforço maior que fazemos junto com o que fazem as forças de segurança
iraquianas, é impossível compreender que o Parlamento iraquiano se dê dois meses de férias
este verão", declarou o embaixador americano no Iraque, Ryan Crocker. "Isto faz claramente
parte da mensagem. A secretária de Estado Condoleezza Rice disse e eu também falo. Estou
certo de que o vice-presidente também falará", acrescentou o diplomata.

O governo americano está irritado com a lentidão na discussão dos projetos de lei importantes
no Parlamento iraquiano, como a distribuição dos recursos do petróleo ou o que pretende
permitir aos ex-membros do partido Baath participar na vida pública e social.
Dick Cheney iniciou uma viagem de uma semana pelo Oriente Médio e passará ainda pelos
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito e Jordânia.
De acordo com o assunto do texto e seus conhecimentos sobre o Oriente Médio e suas
relações com o Mundo Ocidental, assinale a alternativa correta:

a) A maior preocupação do Governo Norte Americano no Iraque é quanto ao risco da


população Sunita assumir o controle do governo. Certo.
b) De acordo com reportagens da imprensa ocidental. O Iraque está vivendo um período
que pode ser classificado como Guerra Civil não declarada ou pré-Guerra Civil, devido
à disputa pelo poder no país entre os Sunitas, Xiitas e os Curdos. Povos em maioria no
país. Certo.
c) Os atentados a bomba no Iraque, não envolvem os soldados da força de paz da ONU,
que hoje controla a parte norte do país. Errado. .
d) De acordo com os interesses dos EUA, a questão mais importante, para a Guerra
Unilateral contra o Iraque, é o petróleo. Mas para o Mundo Islâmico, a guerra é uma
Jihad, ou seja, é uma Guerra Santa. Certo.
e) Alem da questão petróleo, fatores como a baixa disponibilidade de água doce, carência
de solos férteis, posição geoestratégica e superpovoamento, são geradores de
conflitos no Oriente Médio. Certo.

Questão 02.

Israel classifica de histórica a reunião com árabes sobre o plano de paz


Árabe é "histórica", afirmou a ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni.

"A reunião não é apenas importante, é histórica", declarou à imprensa, na saída de um


encontro de mais de uma hora e meia com o presidente egípcio Hosni Mubarak. "Trata-se de
uma reunião preparatória. Mais tarde, nos reuniremos com o ministro egípcio das Relações
Exteriores (Ahmed Abul Gheit) e com o ministro jordaniano das Relações Exteriores (Abdel Ilah
Khatib) em Israel, durante o processo entre Israel e a Liga Árabe", acrescentou.

No encontro com Mubarak, foram discutidas tanto as questões bilaterais como "a necessária
promoção de um processo de paz entre Israel e os palestinos", afirmou Livni. A visita da chefe
da diplomacia israelense ao Egito está centrada no plano de paz árabe, apresentado pela
Arábia Saudita, que foi retomado na reunião de cúpula da Liga em Riad em março.

Essa iniciativa prevê a normalização das relações entre Israel e os países árabes em troca da
retirada israelense dos territórios que o Estado hebreu ocupa desde 1967. Essa iniciativa
também propõe a criação de um Estado palestino com Jerusalém leste como capital e a
solução da questão dos refugiados palestinos.

A Liga Árabe encarregou Egito e Jordânia, os dois únicos países que normalizaram suas
relações diplomáticas - com embaixadores - com o Estado hebreu, da tentativa de convencer
as autoridades israelenses em adotar esse plano de paz.
Da France Presse
10/05/2007
12h37-A reunião da qual participam nesta quinta-feira os chefes das
De acordo com o assunto do texto e seus conhecimentos sobre a Região da Palestina, no
Oriente Médio, marque a alternativa incorreta:
a) Um dos fatores que dificultam a implantação definitiva do Estado Palestino é a posição
radicalizada das autoridades do Estado de Israel e dos EUA. Que, em conseqüência do
acontecimento de 11/09/2001. Não admitem conversar sobre a necessidade de ser
implantado um Estado para os Palestinos.
b) Ao sair vitorioso na última eleição parlamentar, o Hamas, partido político que defende a
implantação de um Estado Palestino teocrático, facilitou as negociações com o Plano
dos Quatro – EUA, ONU, União Européia e Rússia. Para que fosse acelerada a
implantação de um Estado Palestino.
c) O Fatah, liderado pelo Presidente da Autoridade Nacional Palestina Abu Korei, defende
o laicismo como forma de organização do futuro Estado palestino.
d) O Hamas defende os valores Xiitas e o Fatah o Estado Secular, de base Sunita.
Portanto, o Ocidente favorece ao Hamas quanto ao controle do Estado Palestino.
e) A necessidade de implantação do Estado Palestino defendida pelos EUA, não está
relacionada com a pressão exercida por sua sociedade, devido aos atos de violência
praticados por grupos islâmicos, principalmente o 11/09/2001.

Questão 03.

Anunciada trégua entre Hamas e Fatah em Gaza

Da France Presse
Responsáveis do Hamas e do Fatah anunciaram uma trégua na madrugada desta segunda-
feira (hora local) para que terminem as violências entre palestinos registradas há três dias na
Faixa de Gaza, com quatro mortos e 14 feridos no domingo.

A trégua, promovida por mediadores egípcios, entrou em vigor de imediato, à 0h30 (18h30 de
Brasília), acrescentaram as fontes. "Aceitamos parar os combates, retirar os homens armados
das ruas e libertar os reféns", declarou o porta-voz do Hamas, Ayman Taha.
A informação foi confirmada por membros do Fatah.

Depois dos primeiros enfrentamentos na sexta-feira, Hamas e Fatah assinaram no sábado um


primeiro acordo para retirar das ruas seus homens armados, mas não foi aplicado.
De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o assunto, julgue os itens.

a) O Hamas domina o Parlamento Palestino e tem como princípio: não reconhece a


existência do Estado de Israel, e nem o direito do povo Judeu viver na Região da
Palestina. Portanto tem como objetivo principal: destruir o Estado de Israel e expulsar o
Povo Judeu dessa região. c
b) O grupo Hamas, por defender a implantação de um Estado Teocrático na Região da
Palestina, tem o apoio do Irã e da Síria. c
c) O Fatah defende a implantação de um Estado Laico para o Povo Palestino, devido a
esse comportamento e, por não defender a destruição do Estado de Israel, acabou por
receber apoio e sustentação do Mundo ocidental. c
d) A cidade de Jerusalém é sagrada para vários povos e crenças, justificando sua
transformação pela ONU em cidade neutra, hoje Jerusalém é ocupada por uma força
de paz comandada pela ONU. c
e) Se o Fatah e o Hamas entrarem em acordo, é provável que o Estado Palestino seja
implantado, graças ao Plano dos Quatro – EUA, ONU, União Européia e Rússia, ou o
Plano Unilateral de Israel ou o Plano Unilateral elaborado pela Liga das Nações
Árabes. Não aconteceu.

Questão 04.

(Turquia) - Pelo menos 1,5 milhão de pessoas participaram neste domingo em Izmir, no leste
da Turquia, de uma manifestação para defender o caráter leigo do Estado e pressionar o
governo a não misturar política com religião, constatou a AFP. Os manifestantes, que
carregavam retratos do fundador da moderna Turquia, Mustafa Kemal Ataturk, se
concentraram em uma praça de Izmir, a terceira maior cidade turca, situada à beira do Mar
Egeu.

A eleição presidencial, que é realizada pelo Parlamento turco, se tornou a maior crise
envolvendo o governo islamita moderado, que chegou ao poder em 2002. Os parlamentares da
oposição boicotaram a eleição, impedindo o quórum necessário para a votação, enquanto o
Exército ameaçava intervir para garantir o caráter leigo do Estado.
(com adaptações).

De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa incorreta:

a) A discussão quanto a permanência de um Estado Laico na Turquia está ligada aos


interesses do país em se tornar membro da União Européia. Caso o governo turco
implante um Estado Teocrático, é provável que os países europeus não aceitem sua
entrada para a o bloco, entrada prevista para ocorrer a partir do ano de 2015.
b) A entrada da Turquia como país membro da União Européia tem a oposição declarada
pelo novo presidente eleito da França, com a alegação de que a Turquia não é um país
europeu.
c) Um dos entraves para a inclusão definitiva da Turquia na União Européia é quanto ao
respeito aos direitos humanos no país.
d) O povo Curdo, em diáspora, concentrado na parte leste do território turco, é um dos
problemas a ser resolvido pelo país para sua inclusão na União Européia.
e) Se a Turquia implantar um Estado Teocrático poderá provocar um reordenamento de
forças na Região dos Bálcãs. Fato que não interessa aos EUA. Atualmente a Turquia é
um país cujo Governo é parceiro dos EUA, inclusive, é membro da Organização do
Tratado do Atlântico norte – OTAN.
Todas corretas.
Questão 05.

TEERÃ (Irã) - O Irã anunciou que aceita participar de novas conversações com os Estados
Unidos a respeito da situação no Iraque, de acordo com a agência oficial Irna, informação que
foi confirmada no Cairo por uma porta-voz do vice-presidente americano, Dick Cheney...

"A data do encontro e o nível das delegações negociadoras serão conhecidas no final desta
semana iraniana (que termina sexta-feira, 18 de maio)", acrescentou o porta-voz da diplomacia
de Teerã. Segundo as agências semi-oficiais Isna e Mehr, Hosseini afirmou que o encontro
acontecerá em Bagdá. De acordo com o porta-voz, os Estados Unidos apresentaram um
pedido oficial a favor das conversações...

Cheney, que fez uma escala noturna em Aqaba (Jordânia), depois de uma rápida passagem
pela Arábia Saudita, também pretende se encontrar com o ministro egípcio da Defesa,
Mohamed Hussein Tantaui. A viagem de Cheney tem por objetivo estimular os aliados árabes
de Washington a promover a participação da minoria sunita no processo político do Iraque e
limitar a influência do Irã xiita na região. (com adaptações).

De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o assunto, marque a alternativa incorreta:

a) O Brasil, Argentina e o Irã já assinaram o Tratado de Não proliferação Nuclear (TNP),


aceitando a fiscalização dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica
(AIEA), da ONU. Pois seu projeto nuclear, de acordo com declarações de seus
governantes, tem fins pacíficos.
b) A importância do Irã para a implantação de um Plano de Paz no Iraque, está
relacionada ao poder de influência do Aitolá iraniano Ali Kamenei sobre a população de
formação Sunita, que predomina, tanto no Irã como no Iraque.
c) Apesar de declarar que a reunião entre americanos e iranianos não tem como objetivo
discutir o projeto nuclear iraniano, é óbvio que ao aceitar um encontro com autoridades
iranianas, os EUA admitem as mudanças no eixo de poder na Região do Oriente
Médio. O Irã já declarou a imprensa mundial que está produzindo industrialmente
urânio enriquecido.
d) De acordo com declarações de autoridades, o projeto nuclear iraniano tem a finalidade
de produzir alternativa energética para o abastecimento interno e gerar excedente de
petróleo para a exportação.
e) Em entrevista recente a Secretária de Estado dos EUA, Condoleza Rice declarou que o
projeto nuclear brasileiro não preocupa os EUA, pois tem fins exclusivamente pacifico.
Todas corretas.
Desafio:

Da BBC Brasil
09/05/2007
10h17-Duas guerras e uma década de sanções econômicas fizeram do Iraque o país em que a
mortalidade de crianças abaixo de cinco anos mais piorou no mundo, de acordo com um
relatório divulgado nesta quarta-feira pela organização não-governamental Save the Children.

Entre os anos 1990 e 2005, a taxa saltou de 50 para 125 mortes em cada mil nascimentos,
uma elevação de 150%, a maior entre os 60 países do ranking. Juntas, essas 60 nações
respondem por 94% das mortes de crianças com menos de cinco anos no planeta, ressaltou o
relatório, feito pelo braço americano da Save the Children.

"Mesmo antes da última guerra, as mães e crianças iraquianas estavam sofrendo uma grave
crise, causada por anos de repressão, conflitos e sanções externas", disse a ONG. "Desde
2003, falta de eletricidade, água potável insuficiente, serviços de saúde em deterioração e
inflação galopante pioraram as já difíceis condições de vida. Cerca de 122 mil crianças
iraquianas – uma em cada oito – morreram em 2005 antes de chegar ao quinto ano de idade."

Guerras e Aids
O relatório destacou que as guerras são a principal causa de mortalidade entre as crianças
menores de cinco anos de idade. As maiores taxas são registradas em países marcados por
instabilidades, como Serra Leoa, Angola, Afeganistão, Libéria, Somália, Chade e República
Democrática do Congo. "As guerras, a violência e a ausência de lei causam grande mal a mães
e crianças, e normalmente afetam de maneira desproporcional a setores específicos da
população", ressalta o relatório.

"As condições de subgrupos étnicos ou geográficos dentro de um país podem variar muito em
relação à média nacional. Áreas remotas no campo e os pobres nas cidades tendem a ter
acesso a menos serviços e a registrar estatísticas piores."

Entre os países onde a situação da mortalidade infantil mais piorou no mesmo período, estão
ainda Botsuana e Zimbábue, este último "devastado" pela Aids, nas palavras do relatório. Em
2005, cerca de 20 mil crianças abaixo de cinco anos morreram no Zimbábue em decorrência
da síndrome, 41% do total registrado naquele ano.

De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa incorreta:

a) Até a década de 80 do século passado o Iraque era um dos países que já oferecia
menor qualidade vida no Oriente Médio, seus habitantes eram um dos povos que mais
migravam para outros países por motivos econômicos.
b) A queda na qualidade de vida, da população iraquiana, tem como principal causa à
ocupação militar pelos EUA, que teve início em 1991, durante a primeira Guerra do
Golfo.
c) A queda na qualidade de vida da população iraquiana é de responsabilidade exclusiva
pelos fatores externos, principalmente a Guerra contra o Irã, que durou de 1980 a
1988.
d) Pela atuação das autoridades dos EUA, a questão social é o principal fator que
provocou as Guerras contra a ditadura de Saddan Hussein. Incorreto.
e) Como fator interno os conflitos entre Xiitas, Curdos e Sunitas pelo poder no Iraque,
justificam a atual ocupação militar feita pelos EUA e seus principais aliados.

Aula 06.

DESTAQUES DE ATUALIDADES.

Internacionalização da Amazônia.
Destaques: O Brasil precisa transformar a floresta em pé, mais importante que a floresta
deitada. Pesquise – PAS = Programa Amazônia Sustentável (bolsa floresta, Programa
Territórios da Cidadania, Fundo Para Preservação da Amazônia).
O maior problema da Amazônia é a ausência do Estado.
O principal fator de importância da Amazônia para o mundo atual é a
BIOTECNOLOGIA.

Há séculos que os poderosos alegam que ―é uma injustiça a Amazônia pertencer somente
aos portugueses e espanhóis‖ depois, com a independência do Brasil transferiram esta
interpretação para os brasileiros. Mas, nas últimas décadas, este discurso vem adquirindo uma
forma mais radicalizada de defesa quanto a Amazônia ser um território internacional, inclusive
passando do discurso para atitudes práticas, com o objetivo de forçar o Brasil a tomar medidas
concretas na área de preservação e proteção da região amazônica, ao mesmo tempo em que
força o governo brasileiro a facilitar ocupações de organizações estrangeiras com a justificativa
de estarem fazendo estudos científicos e estratégicos por representantes dos países
desenvolvidos nesta região.
Desde o século XVIII os ingleses faziam esse tipo de discurso. No século XIX, os norte-
americanos já pensavam na necessidade de provocar divisões, criando vários países no lugar
do Brasil. Algumas notícias e discursos de autoridades internacionais, como os da última
campanha presidencial nos EUA, onde o candidato republicano e o candidato democrata
defenderam o perdão de parte da dívida externa dos países pobres, em troca de áreas de
florestas tropicais, a transformação do pantanal e parte do cerrado em estação biosfera
patrimônio natural da humanidade pela Unesco, os mapas nas escolas dos EUA, onde a
Amazônia Legal é apresentada como território internacional, etc.
Por trás desta realidade aparece a pergunta: o que existe de tão importante na Amazônia?
É uma pergunta que envolve questões ambientais, econômicas e estratégicas tão complexas,
que fica impossível num trabalho curto que tem como objetivo imediato levantar tópicos de
atualidades, sem pesquisas e dados bibliográficos. Mas é possível fazer um levantamento
histórico, complementado por dados atuais da imprensa nacional e mundial, e desenvolver os
principais tópicos que justifiquem o interesse mundial pela região.
1) O que há na Amazônia?
– um grande reservatório de água potável;
– apresenta 65% da biodiversidade tropical do planeta;
– um grande regulador térmico;
– a maior concentração de biomassa.

Recursos minerais – áreas conhecidas


Serra do Navio: ―manganês‖;
Serra dos Carajás: ferro, manganês, cobre, bauxita, minerais radioativos, metais raros,
pedras preciosas, etc.;
Oriximiná: grande reserva de manganês;
Ouro em aluvião;
Cassiterita ―Rondônia‖;
Reservatório Surucucus - Roraima.

Recursos energéticos
Os afluentes do rio Amazonas apresentam o maior potencial hidráulico não aproveitado no
País.

A floresta Amazônica
Dos 5.400.000 km 2, 10% já foram retirados, portanto, a Amazônia é um dos últimos
reservatórios de madeira no mundo.

2) Quais são os principais problemas da Amazônia?


– a prática da ―grilagem‖ de terras;
– a elevada degradação ambiental:
– dos projetos de mineração;
– do mercúrio nos garimpos;
– dos desmatamentos e queimadas.
– o contrabando de animais silvestres, madeira e minerais, que gera bilhões de dólares por
ano;
– o narcotráfico, que utiliza a área como rota internacional, e para produção e refino,
principalmente da cocaína;
– a biopirataria, em que empresas de países ricos copiam o conhecimento milenar dos
índios, a partir deles sintetizam produtos e obtêm bilhões de dólares em lucros;
– a influência de ―estrangeiros‖ nas populações nativas, o que provoca aculturação,
degradação e até extinção de povos e culturas milenares;
– os grupos paramilitares, como as Farc, que utilizam a área como proteção e para se
abastecerem, rompendo com as fronteiras nacionais.

Quando Descobrimos a Amazônia

Durante séculos, o tratamento de ―inferno verde‖ para a Amazônia foi muito útil para os
interesses internacionais, pois o Brasil não se preocupou em ocupar a região.
Nas décadas de 60 para 70, o governo brasileiro criou o Projeto Radar da Amazônia
(projeto Radam), que, utilizando Radares Passivos de Visão Lateral (RVL), doados pelos EUA,
conseguiu fazer um levantamento minucioso sobre as características naturais da região, com
dados hidrológicos, geológicos, geomorfológicos, pedológicos, edafológicos, climatológicos e
fitográficos, que espantou a sociedade, não pela grandeza das riquezas e do potencial
existentes, mas pelo desconhecimento e, principalmente, pelas informações erradas que
tínhamos quanto às características da região. Desse trabalho resultaram os relatórios técnicos,
mapas, gráficos, tabelas e livros, que finalmente revelaram o elevado potencial existente na
área.
Finalmente, o Brasil descobre a Amazônia, mas, infelizmente, o mundo descobre que
descobrimos a Amazônia.
* A estratégia mundial então muda: é preciso internacionalizar a Amazônia, antes que o
Brasil a ocupe.

Comportamento Brasileiro com a Descoberta da Amazônia

Era necessário ocupar, mas infelizmente a política quanto às formas de ocupação e os


instrumentos a serem utilizados para isto ficaram nas mãos de burocratas e políticos com
interesses pessoais, provocando medidas que, ao invés de auxiliarem no processo de
ocupação, gerou degradações ambientais, humana e oportunismos, o que facilitou para os
países ricos e a imprensa mundial sua utilização como críticas negativas e protestos contra o
governo brasileiro.
1) Década de 70. Projeto de infra-estrutura rodoviária, principalmente com a
Transamazônica e a Perimetral Norte.
– Atividade de garimpo.
– Criação da Suframa – Superintendência da Zona Franca de Manaus.

2) Década de 80. Grandes projetos de mineração, como Carajás e Oriximiná-Trombetas,


resultou na construção de ferrovia, na hidrelétrica de Tucuruí e na instalação de metalúrgicas
em Belém e São Luís.
– Fronteira agrícola – com elevado investimento do Estado, a atração de empresas do
Centro-Sul provocou intenso desmatamento e queimadas, em meio ao desconhecimento
sobre a realidade natural da região.
– Elaboração pela área militar do projeto Calha Norte, com visão estratégica, quanto à
ocupação do extremo norte da região.

3) Década de 90. Intensa pressão mundial. Criação de reservas indígenas, extrativistas,


ecológicas, corredores ecológicos, etc. Hoje, 40% do território da Amazônia sofre algum tipo de
proteção ambiental.
Exemplo: o incêndio em Roraima.

4) Década de 70. Projeto Jari


Criação e implantação do Projeto Sivam/Sipam.
O projeto Sivam – Sistema de Vigilância da Amazônia foi vencido em concorrência
internacional por uma empresa francesa, mas a pressão dos EUA foi tão significativa que o
governo brasileiro acabou cedendo o direito de implantação para a Ratheon, uma empresa
norte-americana. Esta situação chegou a provocar um atrito diplomático entre os governos do
Brasil e da França.
O projeto Sivam encontra-se implantado e a cada 15 dias é elaborado um novo mapa da
Amazônia.
A questão que deve ser discutida não é propriamente o projeto Sivam mas sim, quanto às
necessidades de o Brasil ter as informações do que estava ocorrendo na Amazônia. Vendo a
situação desta forma é óbvio que não precisava ser o projeto Sivam, mas alguma coisa o
governo brasileiro precisava fazer, pois não tínhamos conhecimento sobre o que ocorria de
ilegal ou não nesta região. Portanto, a questão que deve ser debatida é a forma de implantação
do projeto e não a sua necessidade.

Base de lançamento de foguetes de Alcântara no Maranhão

A região de Alcântara no Estado do Maranhão apresenta uma das melhores condições


técnicas para a implantação de plataformas de lançamentos de foguetes, devido à posição
latitudinal (2º sul do Equador), luminosidade, estrutura geológica, ventos, etc. que reduzem de
forma significativa os gastos de combustíveis e a possibilidade de falhas que podem resultar
em milhões de dólares de prejuízo e tempo perdido em desenvolvimento de tecnologia e
preparação do corpo técnico.
O Brasil não possui tecnologia para fabricação de foguetes de médio e longo percurso, mas
a base de Alcântara permite que o Brasil desenvolva sua própria tecnologia ou faça parcerias
com os países que já a possuem.
A base de Alcântara está sendo utilizada por países que firmam acordos com o governo
brasileiro para este fim. O grande problema não é generalizado, pois países como a China
Popular, Rússia e França se propõem a utilizar a base de Alcântara e transferir tecnologia para
o Brasil, inclusive os técnicos brasileiros fazem treinamentos na Rússia.

Exercícios.

Questão 01.
O mapa e o relatório elaborados pelo International Water Managment Institute (Instituto
Internacional de Gerenciamento de Água, IWMI, na sigla em inglês) foram apresentados na
Semana Mundial de Água em Estocolmo, Suécia em Julho de 2007.

Considerando o mapa acima, marque a alternativa correta:

a) A escassez de água é essencialmente de natureza climática, ocorrendo, portanto, apenas


em regiões semi-áridas e áridas.

b) Desconsiderando-se possíveis mudanças climáticas globais, causadoras de um déficit


hídrico, o Brasil deverá permanecer fora da previsão de escassez crônica de água apontada na
figura ao lado, devido à abundância de recursos hídricos em todo o seu território.

c) A modernização de determinadas atividades econômicas é fator que pode contribuir para o


aumento do consumo de água.

d) O Rio amazonas, por ser o de maior do mundo em volume de água,


Garante a inexistência de períodos de seca na região amazônica.
e)O desmatamento da região amazônica, causado pela expansão das atividades econômicas, afeta somente a
biodiversidade e não os recursos hídricos.

Questão 02.

Acerca do nível de desenvolvimento científico e tecnológico alcançado pela civilização


contemporânea, marque a alternativa correta:
a) O petróleo confirma, neste início de século, ser a única grande fonte de energia capaz de
atender à demanda pela expansão industrial.
b) A informática, provavelmente a mais importante atividade da atual fase da renovação
industrial, ao mesmo tempo em que difunde seu uso, não gera modificações na
economia.
c) A biotecnologia, em particular a engenharia genética, tem causado forte impacto em
diversas atividades, como na agropecuária e na produção de alimentos e de matérias-
primas de origem orgânica. Correto.
d) Apesar de sua relevância social, a educação não tem a mesma importância para o setor
produtivo, haja vista a recente comprovação da inexistência de relação direta entre
desenvolvimento tecnológico e qualificação de mão-de-obra.
e) A liderança científica e tecnológica dos EUA ainda não encontrou concorrência de peso
em termos mundiais, apesar dos esforços isolados empreendidos pelo Japão.

Questão 02.
China insiste na responsabilidade dos países ricos na questão do aquecimento global

Da France Presse

03/07/2007
11h43-PEQUIM - A China, um dos principais países poluentes do planeta, reiterou nesta terça-
feira que continuará lutando contra o aquecimento global, apesar de insistir na necessidade de
que os países ricos se dediquem empenhadamente em resolver este problema. "Os países em
desenvolvimento, como a China, participarão de maneira positiva no combate contra o
aquecimento global, segundo suas possibilidades e seu nível econômico", declarou um porta-
voz do ministério das Relações Exteriores chinês.

"A China já começou e prosseguirá com seus esforços nesse âmbito", afirmou Qin Gang
respondendo a uma pergunta sobre o pedido feito na véspera pelo secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon. "A China é um dos mais importantes países emissores (de gases de
efeito estufa) e deve participar nos esforços coletivos da comunidade internacional", declarou
Ban em Genebra.

"Os países em desenvolvimento e os países desenvolvidos têm responsabilidades comuns",


acrescentou. A China, em pleno crescimento econômico, considera que os países ricos devem
encabeçar a luta contra o aquecimento global, contribuindo com fundos financeiros e prestando
ajuda técnica aos países em desenvolvimento.
Quanto ao assunto do texto, assinale a alternativa correta
a) O Protocolo de Kyoto passou a vigorar em 2005, hoje 179 países já o ratificaram.
Certo.
b) O Protocolo de Kyoto deve ser implantado com o acompanhamento do PNUMA-
Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente, sua ratificação é obrigatória para
os países desenvolvida e optativa para os países emergentes. Certo.
c) O Brasil já ratificou o Protocolo de Kyoto, portanto deve tomar medidas para reduzir a
emissão de gases poluente até o ano de 2012. certo.

Questão 03 – texto.

Conferência sobre o clima discute estratégias de combate ao aquecimento

Da France Presse
07/11/2006
16h52-NAIRÓBI - Delegados da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima debateram,
nesta terça-feira, como enfrentar o aquecimento global em meio aos crescentes alertas sobre
seus efeitos na vida humana, no meio ambiente e no patrimônio mundial. No segundo dia da
conferência, que ocorre em Nairóbi, na capital do Quênia, os participantes buscaram formas de
redução das ameaças.

"Foi um começo muito bom", disse Yvo de Boer, secretário-executivo da conferência. O evento
é feito em conjunto com a segunda reunião de signatários do Protocolo de Kyoto, que pretende
reduzir as emissões de gases de efeito estufa por países industrializados.

O tratado, que não foi assinado pelo principal poluente mundial, os Estados Unidos, expira em
2012. Os delegados analisam como substituí-lo. De Boer elogiou "as intervenções muito
construtivas" sobre um tratado pós-Kyoto feitas por União Européia, Japão, Noruega e Brasil.

"Os países industrializados afirmam que já sentiram os efeitos da mudança climática, inclusive
a Europa", disse, falando sobre o consenso crescente para uma ação conduzida pelos países
ricos para enfrentar o problema.

Cientistas afirmam que a temperatura da Terra já subiu 0,7 graus Celsius desde 1900. Uma
possível elevação de mais 2 graus pode afetar a vida de bilhões de pessoas. A conferência
termina nesta quarta-feira.
De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o assunto, marque a alternativa incorreta:
a) Ao absorver o calor emitido pela superfície do planeta gases como o monóxido e o
dióxido de carbono provocam o efeito estufa.
b) Uma elevação da temperatura do planeta em mais de dois graus neste século poderá
reduzir o espaço favorável à produção de alimentos. Errado.
c) Ao elevar a superfície dos oceanos, devido ao maior volume de água no estado liquido,
fenômenos climáticos, como furacões, tempestades tropicais e tornados podem
aumentar em quantidade e intensidade.
d) O Brasil, mesmo com a sua localização geográfica privilegiada, sofrerá as
conseqüências das mudanças climáticas.
e) O aquecimento global pode aumentar a disponibilidade de água doce e potável na
superfície do território brasileiro.

Questão 04.

LONDRES (Inglaterra) - Pelo menos um bilhão de pessoas vai emigrar até 2050, como
conseqüência do aquecimento global que agravará os conflitos e as catástrofes naturais atuais,
além de criar novas, adverte uma organização humanitária britânica.

Em seu relatório "Maré humana: a verdadeira crise migratória", a ser publicado nesta segunda-
feira, a organização Christian Aid lança uma "advertência sem rodeios sobre o ritmo acelerado
dos deslocamentos de população no século XXI".

"A quantidade de pessoas que deixaram suas casas por causa dos conflitos, das catástrofes
naturais e dos grandes projetos de desenvolvimento (minas ou represas) já é
surpreendentemente elevada, algo em 163 milhões", segundo estimativas da própria ONG.
Além disso, "no futuro, as mudanças climáticas a farão subir ainda mais", afirma a organização,
que pede uma "ação urgente" da comunidade internacional para tomar "fortes medidas de
prevenção".

O grupo avalia ainda que "no ritmo atual, 1 bilhão de pessoas se verão forçadas a deixar suas
casas até 2050". Assim, completa o texto, a mudança climática terá como conseqüência uma
intensificação dos fatores atuais de migração forçada e acelerará a "crise migratória
emergente".

"Estimamos que a migração forçada é, agora, a ameaça maior para as populações pobres nos
países em desenvolvimento", disse em um comunicado John Davison, um dos autores do
informe... (com adaptações).

De acordo com o texto e seus conhecimentos, assinale a alternativa incorreta:

a) De acordo com o Programa das Nações Unidas (PNUMA), até 2020, as áreas de seca
perpétua e poluição severa irão aumentar. Podendo gerar carência na produção de
alimentos para a humanidade.
b) A população mundial deve aumentar até o ano de 2050, dos 6,5 bilhões de habitantes
atuais para 9,5 bilhões. De acordo com a Organização das Nações Unidas, 96% desse
aumento demográfico será nos países do Sul, agravando mais as péssimas condições
de vida das populações nesses países.
c) A oferta de água doce/diária deve diminuir nas próximas décadas, podendo provocar o
deslocamento de milhões de habitantes das áreas mais carentes de recursos hídricos
ou com água poluída e contaminada, para regiões já ocupadas por outros povos.
d) De acordo com declarações de autoridades e cientistas, inclusive do Pentágono, a
questão das mudanças climáticas no planeta é mais séria para a humanidade do que o
terrorismo internacional.
e) O Brasil é um país abençoado pela natureza quanto à oferta diária de água doce e
biodiversidade. Portanto, se depender somente dos fatores internos, não existe
dificuldades quanto à distribuição territorial e a oferta de água para a população.
Incorreto.
Textos.
1) (a) A posse dos candidatos eleitos e/ou reeleitos para cargos do executivo no
Brasil.Tomam posse os 27 Governadores dos 26 Estados, do Distrito Federal e o Presidente
Lula.
(b) A Bulgária e a Romênia são incluídas no bloco da União Européia.
A União Européia passa a ser formada por 27 países membros.
A Bulgária e a Romênia são incluídas na organização com as mesmas restrições que os 10
países, a maioria do leste europeu ou ex-bloco socialista, sob restrições, como: cotas anuais
para a imigração de sua população para os demais países membros e não adotam o Euro,
moeda única, enquanto não avançarem na implantação de economia de mercado (capitalismo).
c) A Turquia deve ser incluída no bloco até 2017.
Permanecem as negociações para que a Turquia adote medidas internas que avancem na
resolução de questões como: respeito aos direitos humanos, o povo Curdo em diáspora e pena
de morte. Outro fator que dificulta a inclusão da Turquia na União Européia é que 97% de seu
território é localizado no continente asiático e a maioria de sua população ser composta de
islâmicos, ficando difícil a sua inclusão no bloco pelos povos cristãos que predominam na
maioria da população dos países membros.

A partir de 2008, de acordo com o projeto europeu, não deve ser aceita a inclusão de novos
países membros até 2010, prazo definido para que todos os atuais países membros adotem o
Euro e aprovem a Constituição Européia.
Obs.: A Eslovênia, país membro desde 1º de maio de 2004, é o primeiro país, entre os
novos, a aprovar em plebiscito (set/2006) a extinção de sua moeda nacional e a adoção do
Euro a partir de 1º de janeiro de 2007. Portanto, dos 27 países membros, 13 já adotaram o
Euro. Não esquecer que entre os membros mais antigos o Reino Unido, Suécia e Dinamarca,
até hoje, permanecem com suas moedas nacionais devidos a fatores internos e externos
como: importância histórica e valor de compra da Libra Esterlina.

2) O Governo Brasileiro lança o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento


Econômico.
Este programa tem como proposta o crescimento do PIB em 5% ao ano e investir mais de
R$ 500 bilhões nos próximos anos na implantação de projetos estruturais, como: produção de
energia, transportes, transposição do rio São Francisco e geração de empregos.
O programa de Aceleração do Crescimento pode ser implantado por medidas provisórias
do Executivo. No momento (fev/2007), os deputados eleitos para a nova legislatura (1º
fev/2007) já apresentaram centenas de emendas ao PAC. O novo Presidente da Câmara dos
deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT), da base parlamentar do Governo, procura
desobstruir a pauta de votação, aprovando as MP – medidas provisórias.

3) – 39º Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. (janeiro de 2009).


– 9º Fórum Social Mundial, em Nairobi, no Quênia.
– Painel Ministerial sobre aquecimento Global em Bali. (dez. de 2007).
Estes encontros mundiais tiveram como pauta principal os debates quanto às
conseqüências nas mudanças do clima global, devido às alterações (emissão de gases
poluentes) provocadas no efeito estufa, pelo ser humano.
Obs.: O Protocolo de Kyoto passou a vigorar para 141 países a partir de fev/2005, pois com
a ratificação do Protocolo pela Rússia (dez/2004), o número de países, inclusive o Brasil, que
ratificaram o Protocolo de Kyoto, ultrapassou a barreira de 55% na emissão de gases
poluentes. Independente da oposição de países importantes como: os EUA e a China Popular.
É importante lembrar que os Protocolos de Kyoto e de Cartagena são geridos pelo PNUMA
– Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e que todos os países que ratificarem o
Protocolo de Kyoto devem implantar medidas para restringir a emissão de gases poluentes, no
prazo máximo de 2012.

4) A guerra civil não declarada no Brasil.


– De acordo com entidades internacionais, ONG ligadas aos direitos humanos e órgãos
governamentais;
– O poder de grupos organizados no espaço urbano, como PCC (SP), Comando Vermelho
(RJ) e, mais recente, as milícias no Rio de Janeiro, bem como as milícias rurais;
– O país encontra-se em guerra civil há décadas, guerra civil não declarada pelo fato que
não é assumida pelas autoridades e a sociedade só reage quando ocorre algum crime mais
violento como o garoto que foi arrastado e morto por ladrões de carros, no Rio de Janeiro.

5) O macrocefalismo ou inchaço urbano.


O crescimento desordenado do espaço urbano, no século XX, com a rápida transferência
da população brasileira do campo para as cidades, teve como conseqüência imediata
transformações significativas nas áreas socioeconômicas, ambientais e sociais. Um fato
significativo foi que o Estado gradativamente vai inchando e perdendo a capacidade de atender
as necessidades de sua população, principalmente da parcela mais carente que passa a
ocupar áreas irregulares, com riscos de acidentes ambientais, enchentes e propagação de
endemias.
Novamente as autoridades do País passam a discutir soluções imediatas para os
problemas urbanos, como redução da menor idade penal, punições mais severas para adultos
que aliciam menores para o crime organizado etc. Esquecendo que a realidade que vivemos é
um resultado de uma soma de fatores resultantes, no mínimo, de décadas de corrupção,
incompetência, instabilidade política, desemprego, concentração de riqueza nacional, terras,
capital etc.
Obs.: Macrocefalismo ocorre quando o número de habitantes de um espaço urbano cresce
mais rápido que as condições socioeconômicas que são implantadas, gerando o inchaço e não
a ocupação em equilíbrio de um território.

6) Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro.


O fato mais importante desta reunião não é novidade, a exemplo da Reunião da CSAN –
Comunidade Sul-Americana das Nações, em dezembro de 2006, ficou claro o embate entre os
líderes mais importantes do subcontinente sul-americano. Hugo Chavez e Evo Morales
defenderam a extinção do Mercosul e da CSAN, mantendo a ALBA – Alternativa Bolivariana
das Américas como organização para o projeto de integração entre os países latinos.
É óbvio que o Brasil e a Argentina reagiriam contra esta proposta. Pois a Alba tem como
países membros fundadores a Venezuela e Cuba, com a inclusão da Bolívia em 2006.

EXERCÍCIOS.

Questão 05.
Os últimos acontecimentos, de violência e prisões de autoridades, no espaço urbano
brasileiro comprovam a colocação da ONU – Organização das Nações Unidas. Pois há
décadas que estamos vivendo, apesar de não declarada, a realidade de uma guerra civil.
Comprovando que em alguns lugares a narcocracia é uma realidade em nossa sociedade.

De acordo com o assunto do texto, assinale a alternativa incorreta:


a) A violência nos grandes centros urbanos está diminuindo nos últimos anos, em
contrapartida, a violência está crescendo no interior do país, principalmente
nas cidades médias, pois são as que mais crescem populacionalmente.
b) O espaço urbano desordenado e desarticulado é conseqüência direta da
rapidez do crescimento urbano na última metade do século passado.
c) O macrocefalismo não resultou em hipertrofia na atividade terciária. Errado.
d) Elevada taxa de desemprego e subemprego são conseqüências diretas do
inchaço urbano.
e) O crescimento das milícias na grande Rio de Janeiro é testemunho da
inoperância do Estado na resolução dos problemas sócio-econômicos que
afetam, principalmente, a população mais carente das periferias dos centros
urbanos.

Gabarito.

Aula 04 - 1 = E, 2 = B, 3 = B, 4 = E, 5 = B.
Aula 05 - 1 = C, 2 = C, 3 = D, 4 = A, 5 = B.
Aula 06 - 1 = C, 2 = C, 3 = A, 4 = E, 5 = C.

Textos trabalhando os últimos tópicos importantes.


1 – Cúpula Ministerial da OMC – Genebra.
O Brasil preside o Grupo dos Vinte (G.20).
O Brasil firma acordos para redução de tarifas com mais 21 países emergentes.
Continua pendente: O Tratado de Doha. A Rodada de Doha e o controverso uso dos
Painéis.

2 - Brasil passa a ter poder de veto no FMI

Depois de nove meses de negociações, o Brasil conquistou o direito de ter poder de veto no
FMI (Fundo Monetário Internacional).

Com isso, os países do BRICs, formado por Brasil, Rússia, China e Índia, passam a ter o
mesmo peso dos países avançados nas reuniões do FMI.

Agora, somente os BRICs, os Estados Unidos, o Japão e os países da União Européia terão
poder de veto sobre as principais decisões do FMI.

O anúncio será feito hoje à tarde em Brasília pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A decisão foi tomada após reunião realizada ontem em Washington. Foi decidido que o Brasil
passa a integrar o NAB (Novos Acordos de Empréstimo, na sigla em inglês), com uma
contribuição de até US$ 14 bilhões ao Fundo, o que garante ao Brasil ter o poder de veto nas
decisões do FMI.

O Brasil já havia se comprometido a proporcionar até US$ 10 bilhões para o FMI por meio da
compra de bônus de sua emissão. Na reunião, o Brasil decidiu aportar mais US$ 4 bilhões.

O NAB é um pool de reservas que tem como finalidade reforçar a capacidade financeira do
FMI. É o principal instrumento pela qual o Fundo financia as suas operações de empréstimos.

O NAB foi criado em 1998 e conta atualmente com 26 participantes e uma disponibilidade de
recursos de US$ 54,5 bilhões. O novo NAB será 11 vezes maior. O valor total deve ficar
próximo a US$ 600 bilhões.

3 - Senado aprova meta de redução na emissão de gases de efeito estufa. 25/11


O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que cria a Política
Nacional sobre Mudança do Clima. O projeto fixa o compromisso do Brasil de reduzir,
até 2020, suas emissões de gases de efeito estufa dentro do limite que vai de 36,1% a
38,9%, com base nas taxas do relatório de emissão até 2005.

A maneira como essa meta será alcançada será definida em decreto presidencial. Como o
projeto sofreu mudanças no Senado, voltou à Câmara dos Deputados para novo exame.

A senadora Marina Silva (PV-AC), relatora da matéria na Comissão de Meio Ambiente, Defesa
do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), apresentou emendas com destaque.

A principal alteração que proposta por ela estabelecia o ano 2005 como referência para a
redução das emissões até 2020, que não poderia ser inferior a 20%. Segundo ela, não é
possível fazer uma lei com base numa projeção, mas nas taxas conhecidas e reais de emissão
de gases.

Mas o Plenário preferiu manter o texto do senador Renato Casagrande (PSB-ES), que era o
relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na qual o projeto foi aprovado
pela manhã. O relatório de Casagrande teve apoio do líder do governo, senador Romero Jucá
(PMDB-RR), e do líder do DEM, senador José Agripino (RN).

Também foi rejeitada a emenda que retira a palavra "voluntário" da proposta de Política
Nacional sobre Mudança do Clima. Marina explicou que o Brasil é país voluntário no estatuto
da Conferência Climática, mas a meta tem efeito vinculante e o país não poderia voltar atrás.
Ela disse que aprovar a lei assim seria uma imprecisão técnica.

Do mesmo modo foi rejeitada a emenda que determina a criação de um portal na internet para
acompanhamento dos esforços brasileiros na redução da emissão de gases. Para Marina, essa
é uma maneira de garantir transparência para os resultados da política nacional e fiscalização
na aplicação dos recursos. Além disso, acrescentou a senadora, todos os países farão o
mesmo. Outra emenda rejeitada é a que estabelece a proteção das áreas marinhas, que são
sumidouros de carbono e estão sendo destruídas.

A única emenda de Marina Silva que foi aprovada é a que especifica que os planos de combate
ao desmatamento se estendem a todos os biomas.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse que os presidentes dos Estados Unidos e da China não
têm o direito de se reunir e impor ao planeta o que desejam fazer em relação ao meio
ambiente. Segundo ela, o esforço brasileiro para estabelecer metas levou o presidente
americano, Barack Obama, a apresentar "tímidos 17%" como meta de redução na emissão de
gases de efeito estufa. Ideli observou que chegar na Conferência de Copenhague com essas
duas leis aprovadas, vai fazer toda diferença.

- O presidente Obama diz: 'Sim, nós podemos' e o Brasil pode dizer: 'Sim, nós fazemos' -
afirmou.

O senador Renato Casagrande disse que foi uma decisão política do governo federal assumir o
compromisso voluntário de anunciar como meta a redução de 36,1% a 31,9% até 2020.

Ele informou que, em conversa com os demais senadores, chegou à conclusão que, se a
decisão estava tomada, não havia motivo para que não fosse institucionalizada. Assim, o limite
máximo foi alterado para 38,9% através de emenda. Ele disse ainda que Marina Silva
estabeleceu como submeta o percentual mínimo de 20% até 2020 para a redução na emissão
de gases.

Com Agência Senado.

4 - OEA aprova por aclamação o retorno de Cuba (03/06/2009)


SAN PEDRO - Os chanceleres que participam da 39ª Assembleia Geral da Organização
dos Estados Americanos (OEA) chegaram nesta quarta-feira a um acordo para revogar
em consenso a suspensão a Cuba aprovada em 1962, o que abre caminho para a
reincorporação do país à Organização.

"A Resolução VI, adotada em 31 de janeiro de 1962 na oitava reunião de consulta de ministros
das Relações Exteriores, através da qual o governo de Cuba foi excluído (...), fica sem efeito
na Organização dos Estados Americanos", afirma a resolução lida pela chanceler de Honduras
e presidente da assembléia, Patricia Rodas.

"Hoje demos um passo histórico", disse Ruy de Lima Casaes e Silva, embaixador brasileiro na
OEA. "Enterramos o cadáver insepulto que era um obstáculo para um sistema interamericano
inclusivo e solidário."
Na resolução de 1962, período da Guerra Fria, Cuba foi suspensa da entidade, pois os países-
membros consideraram incompatível o regime marxista-leninista adotado pela ilha e suas
relações com a União Soviética.

Ironicamente, à época, a suspensão de Cuba foi proposta pelo governo venezuelano do


presidente Romulo Betancourt. Hoje, a Venezuela de Hugo Chávez batalhou pela volta do país
à organização.

A Carta da OEA estabelece que seus integrantes sejam países com regimes democráticos,
representativos e pluralistas. Os EUA, que mantêm um embargo comercial contra o regime
comunista há quase meio século, dizem que, para voltar à OEA, Havana deveria prestar contas
quanto à situação dos direitos humanos e liberdades individuais no país.

A reincorporação de Cuba à OEA é mais simbólica do que prática. Tanto o líder cubano Fidel
Castro, como seu irmão e presidente, Raúl Castro, anunciaram não estarem interessados em
voltar à entidade, por considerarem-na um "instrumento" dos Estados Unidos para o controle
regional.

No mês passado, Raúl Castro chegou a afirmar que "era mais fácil que uma águia nasça do
ovo de uma serpente" que Cuba pretender regressar à OEA.

Críticas de Fidel

O líder cubano Fidel Castro acusou nesta quarta-feira a Organização dos Estados Americanos
(OEA) de ser cúmplice dos "crimes" dos Estados Unidos, chamando de "proeza" a "rebeldia"
latino-americana na Assembleia Geral que debate em Honduras o retorno de Cuba à
instituição.

"A OEA foi cúmplice de todos os crimes cometidos contra Cuba", disse Castro em sua coluna
publicada na imprensa, afirmando que a existência da organização, que excluiu a ilha em 1962,
é injustificável.

O ex-presidente cubano, de 82 anos, considerou "ingênuo acreditar nas boas intenções" do


presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Em seu artigo, intitulado "O cavalo de Tróia", Fidel diz que nenhum país da América Latina
pode negar que foi, em algum momento, "vítima das intervenções e agressões políticas e
econômicas" de governos dos Estados Unidos.

Em seguida, criticou a OEA por abrir "as portas para o cavalo de Tróia que apoiou as Cúpulas
das Américas (para as quais Cuba não é convidada), o neoliberalismo, o narcotráfico, as bases
militares e as crises econômicas".

Fidel acrescenta que "as intervenções e o saque" feitos pelos Estados Unidos são a causa "da
ignorância, do subdesenvolvimento, da dependência econômica, da pobreza, da rejeição aos
imigrantes, do 'roubo de cérebros' e das armas sofisticadas do crime organizado".

"Ao resistir às agressões do império mais poderoso que jamais existiu, nosso povo lutou pelos
demais povos irmãos deste continente", continua o texto.

(Com informações da AFP, da BBC Brasil e da Reuters)

5 - Hipocrisia, Cuba e Coréia do Norte (03/ 06/09).


O OEA – Organização dos Estados Americanos – comprometeu-se em sua reunião de
1968, realizada em San José, Costa Rica, com o respeito absoluto aos direitos humanos,
no chamado Pacto de San José.

Este pacto foi reiterado no encontro de Lima, Peru, em 2001, no qual, em acréscimo, definiu-se
um conceito de democracia, incluindo obediência à Declaração Universal dos Direitos do
Homem e às liberdades públicas, ao Estado de Direito, com eleições periódicas e livres, ao
voto direto com expressão da soberania, ao regime plural, com partidos de matizes ideológicos
diversos e à separação e independência entre os três poderes (Judiciário, Executivo e
Legislativo).

Tanto o pacto de Lima quanto o de San José foram ratificados pelos Senados de quase todos
os membros, tornando-se lei nacional. Nessa cláusula democrática baseiam-se os Estados
Unidos para lutar, agora em Honduras, para manter a suspensão de Cuba da Organização,
consumada em 1962 na reunião de Punte del Este, no Uruguai, em virtude de seu alinhamento
com a União Soviética e a China.

6 - Extinção da União Soviética iludiu Ocidente

Em 6 de agosto de 1946, Hiroshima sofreu, por parte dos Estados Unidos, um ataque atômico.
No dia 9, uma segunda bomba caiu em Nagasaki. O imperador Hiroito rendeu-se e a Coreia foi
divida em duas: a do Norte, sob o controle soviético, e da Sul, sob mando norte-americano,
pouco tempo depois.

Anota Norman Davies que a expressão ―Guerra Fria‖ ―havia sido cunhada pelo escritor
britânico George Orwell em outubro de 1945‖; Todavia, ressalva: ―uma incipente ―Guerra Fria‖
entre o Ocidente (Estados Unidos) e União Soviética estava em curso muito antes das
instituições e terminologias. Certamente, passos importantes na direção desse conflito foram
dados em 1946, quando os soviéticos negaram-se a assinar o Plano Baruch, para uso pacífico
da energia atômica‖.

Observa Davies, em adição, que os Aliados ganharam a Segunda Grande Guerra, mas
perderam a paz: ―derrotaram o Terceiro Reich, mas brigaram pelos espólios e não conseguiram
forjar a paz duradoura que a vitória merecia‖. A crise atual da Coréia do Norte e o caso Cuba
são ainda exemplos irresolutos da ―Guerra Fria‖, que – com a extinção e desintegração da
União Soviética em 1991 – provocou nos setores financeiros do Ocidente o sentimento
equivocado e afoito de seu encerramento definitivo, ponte para a gastança generalizada que,
subestimando a própria História, desembarcou na depressão econômica, política, ética, ora em
curso.

Coreia do Norte e Cuba estão entre os países mais pobres do mundo. Cuba pretende
reingressar na OEA, para obter recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
São duas ditaduras inquebrantáveis. O Embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a
eles não os fez mudar em nada. Cuba é dirigida há 50 anos pela família Castro e a Coréia
desde 1948 pela família de Kim Il-sung, pai de Kim Jong-il, que, agora, nomeou seu filho mais
novo como seu sucessor.

A Guerra da Coréia, com início em 1950, e apoio da ONU, encerrou-se numa trégua em 1953,
reificando a divisão entre a do Sul e a do Norte, como convinha às duas potências nucleares.
Tecnicamente, as Coréias estão ainda em guerra. A China dominou todo o território da
península coreana por séculos. O léxico da língua coreana é metade chinês. Houve um período
japonês. O Japão incorporou a Península de 1910 até 1948. Essa ―terra de ninguém‖ – que não
consegue alcançar uma coesão e uma identidade – é hoje controlada ao norte pela China e ao
sul pelo Ocidente. A questão crucial é que não há mais uma potência forte o suficiente para
solucionar as duas questões de modo unilateral e duradouro.

7 - Estados Unidos não são plenamente democráticos

Cuba e Coreia do Norte escapam do conceito de pequenos países impotentes, de Eric


Hobsbawn. O primeiro tem o poder simbólico, intenso, de ter resistido aos Estados Unidos, e
de ter difundido a revolução socialista pelas América do Sul e África, hoje, abraçada por Hugo
Chávez, que se pleiteia sucessor dos Castro, financiado pelas rendas do petróleo.

A Coréia tem mais de um milhão de soldados e arsenal atômico eficaz. O tópos coreano é
muito mais delicado do que o cubano. A situação econômica da Europa é pior do que a dos
Estados Unidos (moeda forte, economia em baixa e falta de comando único político – a União
Européia está em crise enquanto desenho institucional e caminha para os braços da direita na
figura de Tony Blair).
O Japão está paralisado desde 1989. Ironicamente, hoje é aliado dos Estados Unidos e não
mais da Alemanha de Adolf Hitler e ou da Itália de Benito Mussolini. A China, que tem modelo
econômico predador e não é paradigma para nenhum país, vê na Coréia do Norte o único
anteparo entre ela e o Japão e a Coréia do Sul, ou seja, os Estados Unidos. Não tem interesse
na desnuclearização de Pyongyang. Ameaça os americanos por via indireta, a Coréia, sob seu
absoluto controle econômico (e político). A China é, em certo aspecto, a nova União Soviética.

George Bush subestimou a capacidade coreana de produzir artefatos atômicos. O governo


norte-coreano faz contrabando de mísseis, negocia por baixo do pano: daí vem seu produto
interno bruto. Ao que tudo indica, Kim Jong-il detonou a bomba atômica, por motivos internos,
para impor seu filho como novo comandante do país, embora uma guerra, para reunificar as
Coréias e acuar os estadunidenses em crise aguda, não esteja descartada: é a China tentando
ditar os rumos do mundo.

Extraio desses episódios que a política, mesmo em período no qual se exigiria dela estadismo,
persiste em sua cultura de transgressão da lei. Cito Boris Fausto: ―o caráter transgressor da
cultura política é um problema complexo, cujo nó não pode ser desatado facilmente‖.

Em suma, essa crise econômica é, como anota Irene Khan, secretária geral da Anistia
Internacional, uma crise de direitos humanos: ―os ricos são em grande parte os responsáveis
por ela, mas os pobres sofrem as piores conseqüências‖. Acrescento: nenhum país se
interessa de verdade pela preservação do meio ambiente e mudança de modelo para o verde.
A hipocrisia vai prevalecer; Cuba não levantará sua suspensão da OEA, embora George Bush
tenha torturado e matado tanto quanto Fidel Castro, e Barack Obama hesite em relação a tais
atos: ora não quer puní-los, ora que puní-los.

Foi um magistrado norte-americano que, semana passada, declarou ilegais todas as provas
colhidas contra os prisioneiros de Guantánamo. Os Estados Unidos encaixam-se apenas em
parte na definição de democracia de Lima. Aliás, Obama deveria devolver Guantánamo aos
cubanos, num gesto pós-colonial.

A França explodiu bombas atômicas em 1995, no atol de Muroroa e não sofreu ―embargos‖ dos
Estados Unidos e ou sanções da ONU. A ―Guerra Fria‖ prossegue, em plena depressão
econômica, único fator que poderá evitar mais uma guerra: nem a poderosa China está em
condições de encará-la, pois é a maior credora dos Estados Unidos.

PS: às 17h (horário de Brasília) a OEA consensualmente encerrou a suspensão a Cuba, o que
abre caminho para a reincorporação do país à organização. Uma medida justa, demonstrando
que os Estados Unidos alteraram de fato sua política externa. Ao que tudo indica, o capítulo
americano - das Américas - da "Guerra Fria" encerrou-se.

8 – Eleições ou reeleições na América Latina.


A – Honduras, é eleito o candidato Lobo, do Partido Conservador, opositor do Chavismo.
B – Uruguai, é eleito o ex. guerrilheiro, José Mujica.
C – Bolívia, reeleição de Evo Morales.
D – Chile.
Destaques: crescimento das esquerdas no poder. Corrida armamentista na América do Sul.
Unasul x Alba, na disputa pela liderança no processo de integração entre os países da América
Latina.

Вам также может понравиться