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Saúde Ocupacional Regional

RECOMENDAÇÃO 2007

Mala/caixa/armário de primeiros socorros nos locais de


trabalho

Ao Centro Regional de Saúde Pública de Lisboa e Vale do Tejo tem chegado com
alguma frequência dúvidas relativas ao conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros
socorros dos locais de trabalho, bem como pedido de esclarecimento sobre as
referências normativas ou legais sobre o tema.

Sendo uma questão de aparente simplicidade de resposta contem, no entanto, alguns


aspectos de índole processual e pedagógica que convém salientar:

De acordo com o Regulamento do Código do Trabalho (Lei n.º35/2004 de 29 de


Julho) cabe ao empregador dispor de um plano de acção com as “medidas
adequadas a aplicar em situação de acidente, incidente ou de emergência
(...)”, incluindo a “disponibilização dos meios adequados de primeiros
socorros”, além da instalação de “sistemas de comunicação” para as
“operações de socorro” (art.º 63). “Qualquer que seja a organização dos
serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho”, a empresa ou
estabelecimento “deve ter uma estrutura interna que assegure as actividades
de primeiros socorros” (art.º 220º), devendo estar designados trabalhadores
responsáveis por estas actividades (art.º 217º e art.º 253º).

Os sucessivos documentos legais sobre Segurança, Higiene e Saúde no


Trabalho, embora atribuam ao empregador a responsabilidade sobre a
prestação de primeiros socorros a trabalhadores sinistrados são omissos
relativamente aos procedimentos a adoptar em situação de emergência. De
igual modo, não existem referências nos diplomas legais no que concerne ao
tipo, à localização ou ao conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros
socorros.

A velha ideia chave em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho de não


haver uma única fórmula de aplicação universal sobre um determinado tema,
tem aqui, na nossa opinião, pleno cabimento. Tendo em conta a enorme
diversidade do tecido empresarial, tipos de actividade, condições de trabalho
e características da população trabalhadora o modelo “pronto-a-vestir” não é
aceitável, sendo necessário optar por soluções adequadas e funcionais, de
acordo com as situações em questão.
No entanto, e privilegiando sempre a flexibilidade, consideramos que é
essencial ter previsto alguns princípios base de orientação genérica:

1. Em primeiro lugar, compete sempre aos Serviços de Saúde


Ocupacional/ Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho das empresas
a decisão sobre o conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros
socorros, bem como o seu número e respectiva localização. Neste
contexto, deverão ser equacionados critérios relativos ao número de
trabalhadores, dispersão dos trabalhadores, área da empresa, tipo de
actividade e factores de risco profissional.
2. A Equipa de Saúde Ocupacional/Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho deve promover o enquadramento dos trabalhadores com o
curso de primeiros socorros, bem como incentivar a administração da
empresa no sentido de proporcionar formação em primeiros socorros
básicos aos seus trabalhadores.
3. A localização da mala/caixa/armário de primeiros socorros deve ser
conhecida pela maioria dos trabalhadores e estar devidamente
sinalizada e em local acessível.
4. O conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros é da
responsabilidade dos profissionais da Equipa de Saúde Ocupacional/
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, devendo estar devidamente
listado e ser revisto periodicamente, com especial atenção para as
datas de validade de alguns componentes.
5. Deve existir preferencialmente junto da mala/caixa/armário de
primeiros socorros procedimentos escritos relativos à actuação a
prestar nas situações de acidente mais comuns.
6. Salvaguardando o anteriormente mencionado, o conteúdo mínimo de
uma mala/caixa/armário de primeiros socorros deverá consistir em:
• Compressas esterilizadas de diferentes dimensões;
• Pensos rápidos;
• Fita adesiva;
• Ligadura não elástica;
• Solução anti-séptica;
• Álcool;
• Soro fisiológico unidose;
• Tesoura de pontas rombas;
• Pinça;
• Luvas descartáveis.

Alerta-se ainda que, para além do conteúdo anteriormente referido, seria


desejável que os locais de trabalho dispusessem de uma manta térmica e de
um saco térmico para gelo.
Lisboa, 27 de Março de 2007
A Equipa Regional de Saúde Ocupacional do
Centro Regional de Saúde Pública de
Lisboa e Vale do Tejo

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