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Rotina
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José Edson Guimarães Júnior
Resumo
1. Introdução
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SENAI CIMATEC. Aluno da disciplina Inovação Industrial : Conceitos e Ferramentas, turma 2011, do Curso de Mestrado em
Gestão e Tecnologia Industrial. guimar.jr@gmail.com.
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Neste artigo, busca-se evidenciar as relações entre a Política Industrial e o
desenvolvimento organizacional, salientando a importância da aplicação da
metodologia de gestão da rotina e seus benefícios na geração do conhecimento e
inovação, bem como estabelecer um paralelo entre as mais bem sucedidas
empresas japonesas e as empresas brasileiras.
Escolas de pensamento e revistas científicas, revelam, ao mesmo tempo, a
pertinência do tema e do problema de estudo à área temática.
2. Fundamentação Teórica
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O exercício para estabelecimento de metas deve estar diretamente ligado ao
planejamento estratégico da organização, sua visão e missão.
As metas surgem de lacunas operacionais, e essas podem ser oriundas de um
desempenho abaixo do esperado, exemplo: uma máquina projetada para produzir
40 peças/hora , apresenta desempenho inferior a 20 peças/hora. Ou pode ser uma
lacuna positiva, exemplo: a mesma máquina projetada para 40 peças/hora ser
configurada ou adaptada para obter um desempenho acima do projetado.
Uma vez estabelecidas as metas, o próximo passo será a priorização, pois existe
uma crença compartilhada por vários autores que onde se tem muitas metas, não
existe prioridade. Neste caso, a redução do número de metas, levando-se em conta
as metas que apresentam mais aderentes a estratégia definida pela organização.
Para concluir o estabelecimento de metas, é necessário garantir o envolvimento e o
compromisso de todos os níveis da organização com as metas definidas e
priorizadas. Este objetivo será alcançado no momento em que todas as metas forem
desdobradas desde a alta gerência até o chão de fábrica e os indicadores de
performance das metas estejam associados a todos, nos seus respectivos níveis.
Lacuna
Tácito Explicito
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evidencia o primeiro movimento da espiral, a socialização do conhecimento. Uma
vez socializado o conhecimento, a utilização de metáforas, imagens e expressões
auxiliam na provocação à reflexão e interação entre os indivíduos, acontecendo
assim, a externalização, onde o conhecimento passa de tácito a explicito.
A etapa seguinte é a combinação, onde o conhecimento passa a ser disseminado
sob forma de manuais, procedimentos, podendo ser associados a outros conceitos
já estabelecidos. A esta altura, o conhecimento está pronto para ser incorporado à
organização,onde os operadores aprenderão, criando o chamado know-how , capital
intelectual ou inteligência empresarial e constituindo-se como um ativo intagível de
inestimável valor (DAVENPORT, PRUSAK, 1998)
Deste modo, A criação do conhecimento ocorre de dentro para fora nas
organizações, com intuito de redefinir problemas e soluções, procurando afetar seu
ambiente (NONAKA; TAKEUCHI, 1997), ponto onde se observa total convergência
com a gestão da Rotina , proposta por CAMPOS (2004).
3. Contexto BRASIL
Estado (infra-estrutura)
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Observou-se o aparelhamento do estado, criando órgãos de planejamento,
programa de metas ou planos setoriais, instituições políticas de financiamento
público de fomento e de comércio externos, normas e regulamentação. Porém com
problemas na articulação, neste momento ainda muito precária.
A partir de 1981 houve uma reversão do processo, com involução de tecnologia,
abandono do SNDCT (Sistema Nacional de Desenvolvimento Tecnológico), perda de
comando para o desenvolvimento, antes feito pelo CDE e deixou de haver uma
atividade pró-Política Industrial (PI). Durante este período, a principal preocupação
era a crise financeira e todos os esforços estavam concentrados na estabilização
econômica.
Dez anos mais tarde, com o inicio do governo Collor, o Brasil aderiu ao neo-
liberalismo, abrindo seus mercados através da implementação da PICE (Política
Industrial de Comercio Exterior). Esta medida mostrou-se fracassada, tendo com
única componente efetivamente implementada a liberalização do comércio exterior,
e expondo uma mal preparada indústria nacional ao mercado global e resultando
em forte processo de desindustrialização e desnacionalização da indústria. Somente
entre 2002 (final do segundo governo FHC) e início do primeiro mandato do
presidente Lula, é que iniciou-se um movimento em pró da revitalização da PI, com
o lançamento da PITCE (Política Industrial e de Comércio Exterior) , demonstrando
uma decisão política voltada para o desenvolvimento industrial. Da PITCE pode-se
observar 3 linhas principais, a saber:
Linha de ação horizontal – voltada para a inovação , desenvolvimento tecnológico,
inserção no mercado externo, modernização industrial e aumento de capacidade
Opções estratégicas – desenvolvimento de semicondutores, software , bens de
capital e indústrias farmacológicas
Atividades portadoras de futuro- biotecnologia, nanotecnologia, biomassa , energias
renováveis e energia nuclear.
Já no primeiro mandato do presidente Lula, pode-se observar alguns avanços, tais
como: fortalecimento da estrutura institucional de apoio à política, com a criação do
CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) e da ABDI (Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial), sancionamento das leis: Leis de Inovação
(Lei 10.973 de 02.12.2004), Lei do Bem (Lei 11.196 de 21.11.2007), Lei da
Biossegurança (Lei 11.105 de 24.03.2005) e decretou a Lei da Informática (Decreto
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5.906 de 26.09.2006), que reforçaram a PITCE . Vale ressaltar que a entrada do
BNDES no financiamento à inovação e a ampliação do orçamento do Finep
(Financiadora de Estudos e Projetos) foram fatores cruciais para a retomada de uma
política industrial.
Apesar dos avanços enumerados, a PITCE não produziu os resultados esperados e
em grande parte pelo foco ainda intenso na estabilização econômica. Porém tornou
a estrutura mais preparada para o segundo mandato.
No segundo mandato do presidente Lula iniciou-se a segunda fase da PITCE e em
2008 , foi fundado a PDP (Política de desenvolvimento Produtivo) com as seguintes
diretrizes:
• Definição de objetivos e estabelecimento de metas;
• Fortalecimento da coordenação entre diferentes instituições do governo e
diálogo com setores privados;
• Lançamento de programas para fortalecimento da competitividade, voltado
para complexos automotivos, bens de capital, indústria naval, cabotagem e
têxtil;
• Lançamento de programas mobilizadores em área estratégicas (saúde,
tecnologia da informação e comunicação, energia nuclear, nanotecnologia,
biotecnologia, energia renováveis);
• Lançamento de programas que auxiliam a exportação, regionalização , micro
e pequenas empresas (apoiadas pelo SEBRAE), produção sustentável e
integração produtiva na América Latina.
Em paralelo às ações que sustentavam a PITCE, o governo investiu bastante na
área social. Aproveitando-se da demanda por produtos de base (matéria prima) e
produtos agrícolas para suportar as altas taxas de crescimento da China, o Brasil
estabilizou sua economia e aumentou a oferta de empregos, atraiu investimentos
externos e aumentou seu mercado consumidor interno e adotou programas para
erradicação da pobreza.
A postura do Brasil no mercado internacional diante da crise de 2008, ratificou sua
posição como país emergente, atraiu novos investimentos e o colocou na rota dos
grandes eventos esportivos: Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016), os
quais trarão novos investimentos e oportunidades de consertar, ou ao menos,
melhorar alguns dos seus grandes problemas relacionados a infra-estrutura.
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Logo, o cenário atual se mostrar promissor para a inovação e tecnologia, porém
repleto de desafios , que muitas vezes são similares ao próprio crescimento do país.
Destacam-se:
Os problemas relacionados a logística, onde se perde até 100 dias no porto de
Santos (maior do Brasil) para se descarregar uma carga, aeroporto com capacidade
abaixo da demanda, baixo investimento em infraestrutura, os quase 3% do PIB
investidos por ano no Brasil (Frischtak, 2007) se mostram muito tímidos quando
comparados com os 44% investidos na China (CARNEIRO, 2010), e por último e
não menos importante, a burocracia para abrir uma empresa e conseguir incentivos
fiscais/financiamentos.
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MITI - Ministry of International Trade and Industry (Ministério de Comércio Internacional e Indústria)
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significativamente sua qualidade e sua competitividade, possibilitando o milagre
industrial japonês.
5. Proposição de um modelo
Lacuna
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20
Variável
15
LIE
10
5 LSE
0
Soluções
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Inovadoras
Dias
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6. Conclusão
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Referências Bibliográficas
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