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CARACTERIZAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PARA

SÍNTESE DE BIODIESEL

NOMES: Maria Luiza Aquino, Mariana Gabriela de Oliveira, Ruslam Eleutério

TURMA: Química 2A

DISCIPLINA: Química Orgânica Prática

BELO HORIZONTE

9, 16 e 23 de novembro de 2010
CARACTERIZAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PARA

SÍNTESE DE BIODIESEL

Relatório apresentado para avaliação na disciplina de Química


Orgânica Prática, do Curso Técnico de Química do Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, ministrado
sob orientação da professora Ana Maria de Resende Machado.

BELO HORIZONTE

9, 16 e 23 de novembro de 2010
INTRODUÇÃO
Os problemas causados pelas mudanças climáticas têm despertado o interesse de autoridades e
cientistas de diversos cientistas em diversos países, que vem por sua vez propondo a introdução
de biocombustíveis na sua matriz energética, em substituição aos combustíveis fósseis.

O biodiesel oferece uma série de vantagens sobre os combustíveis de petróleo. Estudos já


demonstraram que ele reduz em 78% as emissões liquidas de CO2, além da biodegradabilidade
reforçada e toxicidade baixa, apresentando, também, efeito lubrificante para as peças do motor,
protegendo-as contra corrosão.

O biodiesel é um éster de ácidos graxos de cadeia longa, obtido de fontes renováveis, como óleo
vegetal e gordura animal. A soja responde à maior parcela de óleo vegetal do Brasil, cerca de
77% do biodiesel sendo produzido por esse óleo, por ter uma cadeia produtiva bem estruturada,
rápido retorno de investimento e poder ser armazenado por longos períodos.

Economicamente a produção de biodiesel é atraente por oferecer baixo custo de produção e


consequentemente combustível o baixo custo ao consumidor final, além de possibilitar aos
produtores rurais a alternativa de cultura de plantas oleaginosas, matéria-prima fundamental à
produção de biodiesel.

O processo mais utilizado para a obtenção do biodiesel é a transesterificação que consiste em um


processo químico que tem por objetivo modificar a estrutura molecular do óleo vegetal, tornando-a
praticamente idêntica à do óleo diesel e por conseqüência com propriedades físico-químicas
iguais, formando ésteres metílicos ou etílicos e glicerina como co-produto. A produção do
biodiesel derivado do etanol e sua comercialização apresentam vários atrativos. Primeiramente,
etanol é oriundo de biomassa, o que garante aos ésteres etílicos de ácidos graxos origem
exclusivamente renovável. Além disso, o etanol é melhor solvente para triglicerídeos que o
metanol. Assim, a produção de biodiesel via etanólise tem as limitações de transferência de fases
reduzidas quando comparadas com metanólise de triglicerídeos.

OBJETIVOS

Caracterizar as principais substâncias utilizadas para a produção de biodiesel via etanólise (óleo
de soja e etanol) e o produto final (biodiesel).

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- Balão volumétrico 10 mL;
- Capela;
- Cápsula de porcelana;
- Pipetas de Pasteur;
- Tubos de ensaio;
- Estante para tubos de ensaio;

SUBSTÂNCIAS

- Água destilada;
- Bicromato de potássio 0,1 eq. L-1;
- Etanol;
- H2SO4 concentrado;
- NaOH 10% p/v;
- Solução de lugol (solução aquosa de I2 e KI)
- Banho-Maria;
- Metanol;
- Ácido acético;
- Ácido salicílico;
- óleo de soja;
- Biodiesel;
- Indicador universal MERCK;
- COMPLETAR COM AS SUBSTÂNCIAS DA CROMATOGRAFIA

PROCEDIMENTOS

I. Caracterização do etanol

I.1 Densidade e Solubilidade

1- Determinar a massa do balão volumétrico 5 mL limpo, seco e tampado, na balança eletrônica


(MB).
2- Com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, se necessário, transferir a amostra para o balão
volumétrico, até completar o volume (marca de aferição do balão).
3- Determinar a massa do sistema balão volumétrico (tampado) + amostra, na balança eletrônica
(MT).
4- Calcular a massa da amostra (MA = MT - MB) e anotá-la na Tabela 04.
5- Conhecidos a massa e o volume, calcular a densidade da amostra (dA = MA / VB) e anotá-la na
Tabela 01.
6- Adicionar 1 mL de etanol em três tubos de ensaio e, em cada um, 1 mL de água destilada,
1 mL de éter e 1 mL de hexano.
7- Verificar se houve dissolução e anotar na tabela 04.

I.2 Índice de refração

1- Abrir o compartimento do refratômetro onde será inserida a amostra.


2- Com o auxílio de um conta-gotas limpo e seco, adicionar o volume necessário de etanol para
cobrir toda a superfície do prisma refrator, uniformemente e sem deixar bolhas de ar.
3- Fechar o compartimento onde foi inserida a amostra e travar com a manivela de ajuste.
4- Abrir a entrada de luz do prisma e ajustar a visibilidade do ocular tornando clara a imagem na
pequena grade. A separatriz deve ficar nítida e clara e se localizar no centro da grade.
5- Fazer a leitura da escala inferior mostrada no campo de visão do ocular que fornece o índice
de refração da amostra considerada.
6- Abrir o compartimento da amostra e fazer a limpeza da superfície do prisma refrator,
primeiramente, com um chumaço de algodão seco, em seguida, com um chumaço de algodão
embebido numa mistura de etanol-éter etílico 1:1 e, novamente, com um chumaço de algodão
seco.
7- Anotar os resultados na Tabela 04.

I.3 Teste de chama

1- Colocar 1 mL de etanol em cápsula de porcelana.


2- Adicionar na cápsula um fósforo aceso.
3- Observar as chamas e suas diferenças e anotar os resultados na Tabela 03.

I.4 Determinação do pH

1- Medir o pH do etanol, inserindo neste o papel universal MERCK.


2- Observar o resultado e anotar na Tabela 05.

I.5 Caráter ácido ou básico

1- Colocar 2 mL de etanol num tubo de ensaio.

2- Adicionar 3 mL de solução de HCl 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.
3- Em outro tubo de ensaio, transferir 2 mL de etanol.
4- Adicionar 3 mL de solução de NaOH 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.

I.6 Oxidação enérgica (bicromato de potássio em meio ácido)

1- Adicionar 2 mL das amostras de álcool em 3 tubos de ensaio previamente limpos e secos.


2- Em cada tubo, adicione 1 mL de K2Cr2O7 e 5 gotas de ácido sulfúrico concentrado.
3- Observar atentamente e anotar os resultados na Tabela 05.

II. Caracterização do óleo de soja

II.1 Densidade e Solubilidade

1- Utilizando um densímetro, medir a densidade do óleo de soja e anotar na Tabela 04.


2- Adicionar 1 mL de etanol em três tubos de ensaio e, em cada um, 1 mL de água destilada,
1 mL de éter e 1 mL de hexano.
3- Verificar se houve dissolução e anotar na Tabela 04.

II.2 Índice de refração

1- Abrir o compartimento do refratômetro onde será inserida a amostra.


2- Com o auxílio de um conta-gotas limpo e seco, adicionar o volume necessário de óleo de soja
para cobrir toda a superfície do prisma refrator, uniformemente e sem deixar bolhas de ar.
3- Fechar o compartimento onde foi inserida a amostra e travar com a manivela de ajuste.
4- Abrir a entrada de luz do prisma e ajustar a visibilidade do ocular tornando clara a imagem na
pequena grade. A separatriz deve ficar nítida e clara e se localizar no centro da grade.
5- Fazer a leitura da escala inferior mostrada no campo de visão do ocular que fornece o índice de
refração da amostra considerada.
6- Abrir o compartimento da amostra e fazer a limpeza da superfície do prisma refrator,
primeiramente, com um chumaço de algodão seco, em seguida, com um chumaço de algodão
embebido numa mistura de etanol-éter etílico 1:1 e, novamente, com um chumaço de algodão
seco.
7- Anotar os resultados na Tabela 04.

II.3 Teste de chama

1- Colocar 1 mL das amostras de biodiesel em cápsula de porcelana.


2- Adicionar a cada cápsula um fósforo aceso.
3- Observar as chamas e suas diferenças e anotar os resultados na Tabela 03.
II.4 Caráter ácido ou básico

1- Colocar 2 mL de óleo de soja num tubo de ensaio.


2- Adicionar 3 mL de solução de HCl 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.
3- Em outro tubo de ensaio, transferir 2 mL de óleo de soja.
4- Adicionar 3 mL de solução de NaOH 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.

II.5 Cromatografia em camada delgada

III. Caracterização do biodiesel

III.1 Densidade e Solubilidade

1- Determinar a densidade do biodiesel, pelo método do balão volumétrico, e anotá-la na Tabela


04.
2- Adicionar 1 mL de biodiesel em três tubos de ensaio e, em cada um, 1 mL de água destilada, 1
mL de éter e 1 mL de hexano.
3- Verificar se houve dissolução e anotar na tabela 03.

III.2 Índice de refração

1- Abrir o compartimento do refratômetro onde será inserida a amostra.


2- Com o auxílio de um conta-gotas limpo e seco, adicionar o volume necessário de biodiesel para
cobrir toda a superfície do prisma refrator, uniformemente e sem deixar bolhas de ar.
3- Fechar o compartimento onde foi inserida a amostra e travar com a manivela de ajuste.
4- Abrir a entrada de luz do prisma e ajustar a visibilidade do ocular tornando clara a imagem na
pequena grade. A separatriz deve ficar nítida e clara e se localizar no centro da grade.
5- Fazer a leitura da escala inferior mostrada no campo de visão do ocular que fornece o índice de
refração da amostra considerada.
6- Abrir o compartimento da amostra e fazer a limpeza da superfície do prisma refrator,
primeiramente, com um chumaço de algodão seco, em seguida, com um chumaço de algodão
embebido numa mistura de etanol-éter etílico 1:1 e, novamente, com um chumaço de algodão
seco.
7- Anotar os resultados na Tabela 04.

III.3 Teste de chama


1- Colocar 1 mL da amostra de biodiesel numa cápsula de porcelana.
2- Colocar a cápsula sobre a chapa elétrica.
3- Adicionar a cada cápsula um fósforo aceso.
4- Observar as chamas e suas diferenças e anotar os resultados na Tabela 03.

II.4 Caráter ácido ou básico

1- Colocar 2 mL de biodiesel num tubo de ensaio.


2- Adicionar 3 mL de solução de HCl 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.
3- Em outro tubo de ensaio, transferir 2 mL de biodiesel.
4- Adicionar 3 mL de solução de NaOH 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.

III.4 Cromatografia em camada delgada

IV.Caracterização do ácido benzóico

IV.1 Solubilidade

1- Transferir uma ponta de espátula de ácido benzóico para quatro tubos de ensaio e, adicionar
em cada um, 3 mL de água, 3 mL de etanol, 3 mL de éter de petróleo e 3 mL de hexano.
2- Observar se houve dissolução e anotar na Tabela 04.

IV.2 Ponto de fusão


1- No fusômetro horizontal, introduzir o tubo capilar contendo a amostra no orifício adequado.
2- Ajustar o aquecimento da amostra para que este não seja muito rápido, recomenda-se usar
10°C por minuto no início do procedimento e quando a temperatura se aproximar do ponto de
fusão tabelado, reduzir para 3°C por minuto ou menos. No caso do fusômetro horizontal, deve-
se regular a potência do aparelho com o auxílio de um relógio para medir a variação de
temperatura por minuto.
3- Anotar os valores observados no termômetro quando a primeira gota surgir no capilar e quando
o último pedaço de sólido virar líquido na Tabela 04.

IV.3 Características organolépticas – Oleosidade

1- Transferir uma ponta de espátula da amostra para um papel de filtro.


2- Colocar o papel sobre uma chapa elétrica.
3- Observar o resultado e anotar na Tabela 03.

IV.4 Caráter ácido ou básico

1- Colocar 2 mL de etanol num tubo de ensaio.


2- Adicionar 3 mL de solução de HCl 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.
3- Em outro tubo de ensaio, transferir 2 mL de etanol.
4- Adicionar 3 mL de solução de NaOH 0,1 mol L-1 e registrar as observações na Tabela 05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 01. ENSAIOS PRELIMINARES

Estado Homoge- Fórmula Fórmula Massa Molar Impurezas


Físico neidade molecular Estrutural

Etanol Líquido Total CH3CH2OH 46.06 g mol-1

Óleo de Líquido Variam de Variam de Variam de _


soja acordo com acordo com a acordo com a
a matéria matéria prima matéria prima
prima

Biodiesel Líquido Variam de Variam de Variam de _


acordo com acordo com a acordo com a
a matéria matéria prima matéria prima
prima

Ácido Sólido Total C6H5COOH 122.12 g mol-1 Amostra


benzóico P.A. - grau
de pureza
próximo a
100%

Tabela 02. DADOS RELATIVOS À SEGURANÇA


Manuseio EPI’s Toxidez e Simbologia Tratamento Armazena-
limite de dos gem
tolerância resíduos
gerados

- protetor A ingestão ou Deve ser


Etanol É facilmente facial inalação, em armazenado
inflamável, excesso, em recipien-
portanto deve- - óculos provocam tes bem
se manuseá-lo de alterações no fechados e
longe de fontes seguran- Sistema (facilmente longe de
de ignição, em ça Nervoso inflamável) fontes de
locais com Central, tais ignição
ventilação como dor de
exaustora. cabeça,
sonolência,
torpo,
alucinações e
embriaguez.
Limite de
tolerância =
1.219 mg m3
(975 ppm).

Cuidado ao -Luvas É atóxico, _ Pode ser Deve ser


Óleo de aquecer, pois é utilizado na convertido armazenado
soja inflamável. -Jaleco alimentação. em longe de
biodiesel. fontes de
calor e do sol,
pois este
último gera
oxidações
nos seus
compostos,
tornando o
óleo rançoso.
-Luvas
É inflamável, A ingestão Deve ser
Biodiesel portanto, não -Jaleco causa diarréia e _ _ armazenado
manusear perto sensibilização longe de
de fontes -Másca de pele. O compostos
quentes. de contato com os fortemente
proteção olhos gera oxidantes, em
irritação forte. galões
-Óculos
Não há limite de protegidos
de
tolerância. por área
seguran-
coberta.
ça

Armazenar
Produto não - luvas Moderada, em local
Ácido considerado causa irritação fresco, seco e
benzóico inflamável, mas - óculos nos olhos, pele em área
de
suas partículas (Xi: irritante) ventilada, e
dispersas no ar proteção e trato em
podem ser respiratório. embalagens
explosivas. - protetor Limite de bem fechada
facial tolerância = e evitar
2530 mg kg a formação
(trato-oral) de pó. Proteja
contra danos
físicos.
Mantenha
longe de
qualquer
fonte de
ignição e
calor.

Tabela 03. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

Cor Oleosidade Chama

Etanol incolor _ Levemente azulada

Óleo de soja Levemente É oleoso Chama amarela (fuliginosa)


amarelado

Biodiesel Levemente É oleoso Chama amarela (fuliginosa)


amarelado

Ácido benzóico branco Não deixou mancha no Não foi feito o teste
papel

Tabela 04. CARACTERÍSITICAS FÍSICAS

Temperatura Temperatura Densidade Solubilidade Índice de


de Fusão de Ebulição Refração

Tabelada: Tabelado:
Etanol −114.3 °C 78.4 °C,
0,793 g cm-3
Em água: Solúvel 1,3614
159 K 352 K,
-174 °F 173 °F Em hexano: Solúvel
Encontrada:
0,790 g cm-3 Encontrado:
1,3605

Óleo de
soja

Biodiesel

Ácido Tabelado: 249°C Tabelado: 1,27 Em água: Solúvel _


benzóico 122-123°C
Encontrado: Não Em etanol:
foi feito parcialmente solúvel
Encontrado:
120-121°C
Em éter: solúvel

Em hexano:
parcialmente solúvel

Análise dos Resultados da Tabela 04

1. Etanol

A molécula do álcool é constituída por duas partes: uma apolar e uma polar. A parte polar é onde
se encontra a hidroxila e que, consequentemente é solúvel em água (polar) e não é solúvel em
hexano (apolar). Já a parte apolar, que é a parte da cadeia carbônica, não é solúvel em água,
porém é solúvel em hexano. A solubilidade em água pode ser explicada pela possibilidade de
ocorrer ligações de hidrogênio entre as moléculas de álcool e água.

Figura 01. Interações entre as moléculas de álcool e água

Desta forma, com o aumento da cadeia carbônica, aumenta-se a parte apolar e,


consequentemente, diminui a solubilidade em água, aumentando a solubilidade no hexano.

O etanol é solúvel em ambos, já que a hidroxila tem mais afinidade com a água e sua cadeia
carbônica com o hexano. Assim, todos os álcoois com maior número de carbonos em cadeia que
o etanol serão solúveis em hexano, já que com o aumento da cadeia carbônica, aumenta-se
solubilidade em solventes apolares.
Com relação à densidade do etanol, pode-se citar a polaridade como fator determinante. O etanol,
por ser menos polar que o a água, por exemplo, possui forças de coesão mais fracas, o que
aumenta o volume e, consequentemente, a densidade se torna menor que a da água. Esperava-
se que os valores de densidade encontrados experimentalmente fossem menores que os valores
tabelados, já que a temperatura em que as densidades foram medidas foi maior que a
temperatura das densidades tabeladas, fazendo com o volume da amostra aumentasse.

O índice de refração é, também, uma propriedade física das substâncias. Ele é utilizado para
indicar e caracterizar o meio ou para indicar a pureza do mesmo, assim como indicar a
concentração das substâncias, já que ele varia com a concentração. Com o aumento da
temperatura é esperado que o índice de refração diminua já que a facilidade da passagem de luz
é aumentada pela desorganização das partículas, diminuindo, assim, a refração da mesma. Isso
foi observado, já que a temperatura no momento em que o índice de refração foi medido era
superior àquela tabelada.

Em geral, os pontos de ebulição dos álcoois são elevados, em decorrência do estabelecimento de


ligações de H entre suas moléculas. O etanol, um monoálcool, apresenta ponto de ebulição em
torno de 78,5 ºC, pois apesar de apresentar interações intermoleculares do tipo ligação de H, é
uma molécula de baixa massa molecular, assim, seu ponto de ebulição não será tão alto. O
mesmo ocorre para o ponto de fusão.

2. Óleo de soja

O óleo de soja é constituído por ácidos graxos de cadeia carbônica muito longa, tornando-o
apolar. Assim esperava-se que quanto mais polar o solvente menos solúvel o óleo, como foi
observado. O índice de refração obtido foi diferente do tabelado, pois o óleo estava armazenado
há algum tempo e aberto, ficando assim rançoso em decorrência de oxidações que ocorrem no
óleo de soja. Este fato também influenciou na densidade encontrada.

3. Biodiesel

O biodiesel é constituído principalmente por éster etílicos de ácidos graxos. O índice de refração e
densidade obtidos foram diferentes dos tabelado, pois o biodiesel, provavelmente, não havia sido
completamente transesterificado. O biodiesel, por ser mais polar que o óleo de soja, deveria se
solubilizar em solventes polares, mas por possuir cadeias grandes, deveria ser insolúvel em água;
como foi observado.
4. Ácido Benzóico

Como os ácidos carboxílicos caracterizam-se pela presença da carbonila, suas moléculas


interagem por meio de ligação de hidrogênio. Essa interação intermolecular é extremamente forte,
sendo necessária grande energia para quebrá-la. Isso explica os elevados pontos de fusão e
ebulição encontrados para o ácido benzóico.

Esse ácido, reduzido, possui estrutura semelhante ao etanol, porém com um grupo carbonila, o
que faz com ele seja mais polar que o etanol, pois apresenta, além da hidroxila, uma ligação dupla
com o oxigênio (aumento de densidade eletrônica). Porém observa-se que ele solubiliza em água,
etanol e éter; pode-se dizer então que ele apresenta comportamento semelhante ao do etanol,
solubilizando, preferencialmente em solventes muito polares, porém solubilizando-se também, em
solvente pouco polares.

Tabela 05. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

pH Caráter ácido ou básico Reações de


caracterização
Teste com ácido Teste com básico

Etanol 6 - Oxidação enérgica -

Mudança de cor para


azul-esverdeado

Óleo de soja Tabelado = Sistema bifásico Observação de


turvação – sistema
Encontrado =
trifásico

Biodiesel Tabelado = Sistema bifásico Observação de


turvação – sistema
Encontrado =
trifásico

Ácido benzóico

Análise dos Resultados da Tabela 05

1. Etanol
A oxidação em álcoois acontece quando se tem um hidrogênio ligado ao mesmo carbono onde
está ligada a hidroxila. Desta forma, esse carbono perde o grupo OH e também o hidrogênio, que
se ligam formando H2O. Assim, o álcool acaba sofrendo desidratação.
Em contato com o agente oxidante, os álcoois primários reagem originando um aldeído e, depois
do aldeído oxidado, forma-se um ácido carboxílico.
Assim, na reação do etanol com o agente oxidante (K2Cr2O7/ H2SO4) houve formação de um ácido
carboxílico, já que este agente é muito forte. A evidência da reação foi a mudança de cor para
azul-esverdeado.

2. Óleo de soja e Biodiesel

O pH encontrado para ambos foi diferente do tabelado, pelo fato de que a técnica utilizada em sua
medição não foi a correta. Este deve ser calculado por titulação ao invés de usar fitas de indicador
universal de pH. A combustão não ocorreu, pois é necessário o aquecimento prévio do óleo e do
biodiesel, mas sabe-se que suas chamas são amareladas, pois suas combustões são
incompletas. A cromatografia em camada delgada não pode ser considerada como de boa
qualidade, pois o eluente não arrastou nenhuma das amostras até mais que a metade da placa.
Tal fato se deve à pouca polaridade do eluente utilizado. Através do estudo feito da placa, é
possível dizer que o biodiesel fora completamente transesterificado (há apenas um círculo) e que
seu fator de retenção é de 0,308. Já o óleo estava impuro (formação de dois círculos) e seu fator
de retenção é de 0,262. O resultado foi o esperado, pois foi possível diferencia o óleo de soja do
biodiesel com este método.

3. Ácido benzóico

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Universidade Federal de Santa Catarina. Etanol, a droga liberada. Disponível em:


http://qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/etanol.html. Acessado em: 26/11/2010.
- Universidade de São Paulo. Ácido Benzóico. Disponível em: http://www.faenquil.br/gsmt-
cipa/3normalizacao/mini_fis/mini_pdf/046-AcidoBenzoico.pdf. Acessado em: 26/11/2010

- Heitor A. De Abreu, Hélio F. Dos Santos e Wagner B. De Almeida. Análise da Superfície de


Energia Potencial para o Ácido Benzóico. Disponível em:
http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0606/index.html. Acessado em: 26/11/2010.

- Ácido Benzóico. Disponível em:


http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/produtos/acido_be.html. Acessado em: 26/11/2010.

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