Вы находитесь на странице: 1из 11

Uma Defesa da Bíblia King James por um Criacionista

Dr. Henry Morris

Preciso responder a pergunta de muitos cristãos bíblicos sobre por que devemos
preferir a Versão Autorizada da Bíblia King James (BKJ) e porque estamos usando-a
aqui neste artigo "The New Defender's Study Bible". Nesta época de mudanças rápidas,
muitos cristãos têm começado a usar algumas das muitas versões modernas da Bíblia
(NASB, NIV, NEB, NRSV, NKJV, etc.), abandonando a versão da BKJ, usada por
tanto tempo, a qual foi lida e amada pelos povos de língua inglesa de todos as eras,
tendo sido um modelo de vida para mais de 10 gerações.
Uma das razões para isso é que todos os 50 ou mais tradutores que
organizaram a BKJ acreditavam sinceramente na inerrância e completa
autoridade da Escritura e na literal historicidade de Gênesis, com o seu
registro dos seis dias da criação, e do dilúvio mundial, o que não tem sido
verdade para os que têm se envolvido na produção das versões modernas.
Tendo em vista que a Escritura deve ser reconhecida como sendo
completa e perfeita, não podemos nos desculpar de negligência, quando não a
estudarmos, e de curiosidade, se não ficarmos com ela satisfeitos? Ela não é
simplesmente uma armadura, mas também uma completa coleção de armas,
tanto ofensivas como defensivas; com ela podemos nos salvar e colocar em
fuga o inimigo; ela não é apenas um arbusto, mas uma árvore, ou mesmo um
completo paraíso de árvores da vida, as quais produzem frutos cada mês e
esses frutos devem ser comidos como medicamento. Ela é a fonte da mais
pura água jorrando para a vida eterna e que maravilha! Sua origem é do céu e
não da Terra; seu Autor é Deus, não o homem; seu Editor é o Espírito Santo,
não o testemunho dos apóstolos ou profetas; seus escritores foram santificados
desde o ventre materno e empossados com uma boa medida do Espírito de
Deus; seu assunto é verdade, piedade, pureza e retidão; sua forma, a Palavra
de Deus, o testemunho de Deus, os oráculos divinos, a palavra da verdade, a
palavra da salvação, etc.; seus efeitos, luz de entendimento, firmeza e
persuasão, arrependimento de obras mortas, novidade de vida, santidade, paz e
alegria no Espírito Santo; finalmente, ela é o fim e a recompensa de tudo,
comunhão com os santos, participação na natureza celestial, fruição de uma
herança imortal e incorruptível, que jamais esmaecerá; feliz é o homem que se
deleita na Escritura, e 3 vezes mais feliz, o que nela medita dia e noite.
Além disso, os tradutores da BKJ eram também grandes eruditos, sendo,
no mínimo, tão eficientes nas línguas da Bíblia como qualquer um dos que
vieram depois deles. Estavam familiarizados com o grande cabedal de
evidência manuscrita disponível naquele tempo, e também com todas as
traduções anteriores. Eles trabalharam diligentemente no projeto da BKJ,
autorizado pelo Rei Tiago, embora alguns tenham falecido no início do
projeto. Houve, evidentemente, 47 que foram ativos em todo o projeto, todos
eles bem qualificados, tanto acadêmica como espiritualmente.

1
Por exemplo, o Dr. John Bois, o qual foi encarregado de dar completa
cobertura dos procedimentos dos tradutores, era extremamente perito tanto no
Hebraico como no Grego. De fato, o seu biógrafo registra que ele já lia o
Velho Testamento em Hebraico, quando tinha apenas cinco anos de idade. Era
um erudito em todas as formas do Grego, inclusive no Grego Koiné usado no
Novo Testamento, tendo organizado uma das maiores bibliotecas de Grego,
então existentes.
Lancelot Andrews - foi um dos líderes entre os tradutores do Velho
Testamento, tendo sido o capelão da Rainha Elizabeth I. Era fluente em 15
línguas modernas, além do Hebraico e do Grego, e também nas línguas
bíblicas co-relacionadas.
Dr. William Baldwell - era um erudito nas línguas: Latina, Árabe e Persa,
tendo preparado léxicos nessas línguas e também nas línguas bíblicas.
Edward Lively - que faleceu apenas um ano após o início do projeto,
havia sido Régio Professor de Hebraico em Cambridge e possuía um
inigualável conhecimento de línguas orientais.
Dr. John Harding - era Régio Professor de Hebraico, em Oxford.
Miles Smith - era um notável orientalista, tendo sido o último a revisar a
tradução e foi selecionado para escrever o Prefácio dos Tradutores.
Dr. Andrew Downes - esteve 40 anos como Régio Professor de Grego na
Universidade de Oxford e fez parte do comitê final da tradução.
Sir Henry Saville - era o Provost de Eton, um cientista e também um
erudito bíblico. Suas obras incluíam uma edição de oito volumes das obras de
Crisóstomo.
E assim por diante... Todos os tradutores eram grandes eruditos,
profundamente fluentes nas línguas bíblicas e co-relacionadas, nos escritos
dos Pais da Igreja e em outras matérias relevantes, e também eram todos eles
reconhecidos escritores em Inglês. É quase certo que nenhum grupo de
eruditos bíblicos, antes ou depois desse tempo, pudesse ter sido tão
completamente qualificado para a sua tarefa, como o foi o time de tradução da
BKJ.
O resultado do seu consagrado trabalho foi a chamada Versão
"Autorizada", a qual evidentemente deixou para trás todas as que antes
haviam existido, tendo vencido o teste de amplo uso por todos os povos de
língua inglesa que já existiram. Abandoná-la tão depressa, exatamente por
uma geração por demais enfática, pseudo-intelectual e tremendamente
apóstata, só pode comprovar que se trata de uma decisão tragicamente
destrutiva.

Quais as Novas Traduções que poderiam substituí-la?

Esta pergunta não é nova. O caso é que tem havido nada menos de 120
traduções inglesas da Bíblia completa, as quais foram publicadas depois da
BKJ, bem como 200 do Novo Testamento; e eu tenho usado pelo menos 20
delas.
2
Minha esposa e eu fomos presenteados, no dia do casamento, com um
exemplar da versão da American Standard Bible e, mais tarde, eu comprei
uma Bíblia da Versão Barkley; depois comprei uma Williams e uma Phillips -
esperando sempre que a última adquirida fosse melhor do que a anterior.
Fiquei especialmente feliz, quando a Revised Standard Version foi
comercializada, em 1952, com grande publicidade. Cada vez eu ficava
decepcionado e voltava à minha BKJ. Mais tarde, vieram as edições
Amplified, a Expanded, a Basic English e a Living Bible, além de muitas
outras... Andei até mesmo estudando algumas das traduções mais antigas
(Alford, Weymouth, Godspeed, etc.).
Cada uma destas me proveu variações interessantes nas palavras, bem
como nas expressões em Inglês arcaico, porém eu sentia que algo estava
faltando e, por isso, continuei a usar a BKJ em meus escritos e palestras. E
Deus continua a abençoar o seu uso, mesmo com o seu Inglês da era
elizabetana.
Novas traduções continuaram aparecendo: The New English Bible, Good
News for Modern Men, Anchor Bible, New American Standard, New
International Version (NIV) e até mesmo a New King James Version, a New
Living Translation e também outras, desde então.
Numa dessas - a New King James Version (NKJV) - eu até fui membro
do North America Overviwer Commitee, revisando a proposta de tradução de
Gênesis em particular, mesmo sem poder ler o Hebraico. Os homens que
trabalharam na edição da NKJV, tanto como eu sei, são homens piedosos e
comprometidos com a inerrância bíblica e alguns deles também crentes no
literal Criacionismo, sendo esta, provavelmente, uma das melhores traduções
modernas. Como a BKJ, a NBKJ (NKJV) se embasa apenas no Texto
Massorético e no Textus Receptus. Mesmo assim, após tentar usá-la e
endossá-la, finalmente precisei voltar à "velha" BKJ, convencido de que esta
ainda é a MELHOR em termos de majestade poética, poder espiritual e,
sobretudo, na clareza e confiabilidade.
Por conseguinte, mesmo que alguém se sinta inclinado a optar por uma
das traduções modernas, por qual delas vai decidir-se? Como é que ele vai
decidir qual delas (se é que existe alguma) preserva mais adequadamente a
inspirada e autorizada Palavra de Deus? Além disso, Deus garantiu: "Para
sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu" (Salmos 119:89), tendo feito clara
admoestação a quem tivesse a pretensão de suplementar, anular ou distorcer
qualquer uma das palavras da Escritura: "A Escritura não pode ser anulada" (João
10:35); "... que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua
própria perdição" (2 Pedro 3:16); "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da
profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas
que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus
tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro"
(Apocalipse 22:-18-19).

Deus é autor de confusão?

3
Durante muito tempo, a versão inglesa "oficial" usada em cada igreja bíblica, foi
exclusivamente a BKJ, com outras sendo usadas para estudos de referência por
professores e pastores. Porém, hoje reina a confusão. A leitura congregacional uníssona
já não é conveniente e os membros da igreja nem sequer levam mais a Bíblia para a
igreja. O pastor prega segundo a versão por ele preferida [N.T.: em geral as piores,
pois eles querem mostrar, orgulhosamente, que estão 'up-to-date' em
matéria de edição do Livro]. E como cada membro da igreja tem uma versão
diferente, já não lhe é possível acompanhar exatamente as palavras do pastor,
daí porque muitos se limitam a escutá-las e, logo em seguida, esquecê-las.
[N.T.: Este é um dos motivos da subnutrição bíblica da maioria
dos cristãos de hoje].
A memorização da Sagrada Escritura, que tem sido uma incalculável
bênção em muitas vidas cristãs, foi quase esquecida nos dias de hoje [N.T.:
Imaginem a impossibilidade de um professor da EBD pedindo que os
alunos memorizem, semanalmente, sete versículos bíblicos -
conforme esta tradutora fazia, após sua conversão - tendo cada um
deles uma versão diferente da Bíblia!]. Lembro-me que, em 1943,
quando Dawson Trotman, fundador dos Navigators, veio primeiro a mim,
depois a outros, no Campo Gideão, perto de Houston, para começarmos a
memorizar a Escritura. Ele exigia que os versos fossem citados "literalmente",
com as respectivas referências, antes e após terem sido citados. Essa
meticulosa atenção às exatas palavras de um verso da Escritura fica sem
efeito, quando até mesmo as supostas autoridades discordam tremendamente
entre si a respeito do que elas (as palavras) dizem. Além disso, a frase musical
da BKJ torna mais fácil a memorização do que o Inglês mais "compreensível"
das versões modernas.
E o que mantém a nossa crença, há muito acalentada, na inspiração
verbal? Se for apenas o "pensamento" que conta, então as palavras se tornam
flexíveis. Sim, mas então os próprios pensamentos também se tornam
flexíveis, e os tradutores podem ajustar as palavras, a fim de que elas possam
transportar tudo o que eles pensam, decidem e pretendem. Contudo,
pensamentos exatos exigem palavras exatas, tendo sido esta a principal
orientação dos tradutores da BKJ.
Outra forma rapidamente abandonada no estudo da Bíblia é o estudo
comparativo das palavras, comparando-se os vários usos e contextos de uma
determinada palavra ou frase chave, à medida que ela vai ocorrendo através da
Bíblia. Este tem sido um meio altamente proveitoso, no sentido de se obterem
muitos insights da mente do Escritor Divino que as inspirou. Uma
determinada palavra pode, sem dúvida, ser entregue de várias maneiras pelos
tradutores da BKJ, porém eles nos garantem, em seu prefácio, que isto sempre
foi feito com o maior cuidado e de acordo com o contexto e a conhecida gama
de significações carregadas pela própria palavra. Um estudioso da Bíblia pode
facilmente discernir e comparar todas estas significações - igualmente com

4
uma legítima bênção à sua mente e coração - mesmo sem ter o conhecimento
do Grego e do Hebraico, apenas usando uma boa concordância embasada na
BKJ (Strong ou Young). Porém, esse tipo de estudo é muito difícil, quando
não praticamente impossível, com a maioria das modernas versões, nas quais
os tradutores muitas vezes têm recorrido a parafrasear o suposto pensamento
do autor, ou até mesmo usado suas interpretações pessoais do que imaginam
ser o que o autor teria dito.
É o caso de especular sobre o motivo pelo qual os líderes eclesiásticos
têm achado necessário continuar produzindo tantas traduções inglesas, o
tempo inteiro. A Bíblia tem sido, sem dúvida, o maior livro bestseller de todos
os tempos e seria bom esperar que os lucros de sua publicação nada tenham a
ver com tanta publicação desnecessária. Apesar da crescente popularidade de
tantas versões modernas, ainda existem mais Bíblias e Novos Testamentos
King James sendo impressos, hoje em dia, do que qualquer outro livro.
[N.T.: Querendo Deus, quem impedirá?].

Qual a versão que melhor entrega os manuscritos originais?

Até mesmo algumas BKJs têm acrescentado notas de rodapé, referindo-


se ao que se tem propalado serem os "melhores e mais antigos manuscritos", o
que indica que certas mudanças foram feitas na BKJ. As mudanças mais
famosas são: a omissão dos últimos 12 versos de Marcos e dos primeiros 11
versos do capítulo 8 de João. Porém existem muitas outras omissões
importantes, bem como muitas mudanças de palavras, as quais têm sido
incorporadas a essas novas versões, com a implicação de que todas essas
mudanças derivam dos "melhores" manuscritos antigos.
Mas, quais são esses "melhores" manuscritos? Será que eles são de fato
melhores? Todo o assunto da crítica do Novo Testamento é por demais
complexo para ser aqui discutido, porém é significativo que quase todas as
novas versões do Novo Testamento sejam embasadas naquele que é conhecido
como o Texto Grego do Novo Testamento de Westcott e Hort ou de algumas
modificações posteriores daquele (Texto de Nestle e Alland), enquanto a BKJ
está amplamente embasada no que é conhecido como Textus Receptus, ou
Majoritário ou Grego Bizantino.
Com relação ao texto hebraico do Velho Testamento, a BKJ está
embasada no Texto Massorético, enquanto as modernas versões confiam um
pouco no Massorético, mas também na Septuaginta, na Vulgata Latina e nos
Pergaminhos do Mar Morto, além de outros. Este é especialmente o caso do
texto da Referência Hebraica Kittel, da Bíblia Hebraica e das muitas notas de
rodapé da edição "Stuttgart".
O Texto Massorético foi compilado dos manuscritos antigos do Velho
Testamento pelos massoretas, um grupo de eruditos hebreus dedicado a
preservar e estandardizar o texto hebraico tradicional, conforme fora
"entregue" (daí a significação básica de massorético pelos mais antigos

5
escribas hebreus, os quais, por sua vez, haviam copiado os antigos
manuscritos hebraicos, escrupulosamente isentos de erros). Não parece existir
razão alguma para que o Texto Massorético (conforme foi copiado e
codificado, em sua forma atual, em cerca de 600 d.C., e que serviu de base
para a tradução da BKJ) deixe de continuar sendo aceito como a mais
cuidadosamente preservada porção do Velho Testamento na Bíblia.
A maioria dos eruditos concorda em que nem a Septuaginta, nem a
Vulgata Latina podem comparar-se ao Texto Massorético em matéria de
exatidão e confiabilidade. Com referência às mudanças do texto hebraico,
propostas por Rudolf Kittel, devemos observar que Kittel foi um racionalista
alemão da Alta Crítica, o qual rejeitava a inerrância da Bíblia, sendo adepto
do Evolucionismo. Os Pergaminhos do Mar Morto foram produzidos por uma
seita herética judaica chamada Essênios, embora em sua maior parte eles
concordem com o modelo do Texto Massorético.
Os dois homens mais responsáveis pelas alterações do Novo Testamento
foram B. F. Westcott e F. J. A. Hort, cujo Texto Grego do Novo Testamento
tem substituído amplamente o tradicional Textus Receptus, nos seminários
modernos, especialmente após terem sido revisados e atualizados pelos
alemães Eberhard Nestle e Kurt Alland. Todos estes homens eram
evolucionistas. Além disso, Westcott e Hort eram oficiais da Igreja Anglicana
e nominalmente ortodoxos em sua teologia, porém ambos negavam a
inerrância da Bíblia, promoviam o racismo e até freqüentavam o Espiritismo.
Nestle e Alland, bem como Kittel (todos alemães), eram teólogos liberais.
Westcott e Hort eram também membros influentes do Comitê Inglês de
Revisão, o qual fez a versão revisada da Bíblia Inglesa, publicada em 1881. O
correspondente comitê de revisão, que desenvolveu a American Standard
Version de 1901, foi liderado por outro evolucionista liberal, Phillip Schaff. A
maioria das versões, a partir desse tempo, tem favorecido os mesmos
manuscritos e interpretações [alexandrinos], do mesmo modo como o fizeram
os revisores do século 19. Schaff foi julgado duas vezes por heresia pela sua
denominação e ensinava no liberal Union Seminary. Como presidente do
comitê de revisão, Schaff não apenas foi amplamente influenciado por
Westcott e Hort, como ainda pelos unitarianos Ezra Abott e Joseph Thayer,
de Harvard, e por outros liberais, que ele colocou no comitê.
Além do mais, as mudanças adotadas por Westcott/Hort (ou por
Nestle/Alland) nos textos gregos foi predominantemente embasada em dois
antigos manuscritos gregos conhecidos como Sinaiticus e Vaticanus, os quais
foram redescobertos e resgatados, no século 19, após uma longa (e bem
merecida) obscuridade. Supostamente, estes são mais antigos do que os 5.000
manuscritos em que geralmente se apóia o Textus Receptus, tendo sido aceitos
como "melhores". Isso aconteceu, apesar do fato de que eles, freqüentemente,
discordavam entre si e com o Textus Receptus, mostrando também graves e
óbvias omissões. O manuscrito Vaticanus, por exemplo, omite a maior parte
de Gênesis, além de todo o livro de Apocalipse e também as epístolas
pastorais de Paulo, o Salmo 33 e mais da metade do livro de Hebreus.
6
O fato desses dois manuscritos serem mais antigos não significa que
sejam melhores. Pelo contrário, isso indica que eles foram postos de lado e
não foram usados por causa dos seus grosseiros erros. Por isso mesmo, eles
perduraram por mais tempo do que os bons manuscritos, que eram
manuseados regularmente e, desse modo, gastaram-se mais depressa.
O manuscrito Sinaiticus, segundo o registro, foi resgatado de uma cesta de lixo, no
mosteiro [Santa Catarina], no Monte Sinai, pelo teólogo alemão evolucionista, Friedrich
Tischendorf. Os monges ortodoxos do mosteiro, há muito tempo, haviam decidido que
suas inúmeras omissões e alterações haviam-no tornado inútil e, por isso, o guardaram
em algum quarto, onde eles continuaram sem uso, durante séculos. Mesmo assim,
Tischendorf o promoveu ampla e vigorosamente, como se ele representasse
um texto mais exato do que os milhares de manuscritos que apoiavam o Texto
Bizantino.
O mesmo mistério se aplica ao manuscrito Vaticanus, o qual foi
conservado em segredo na Biblioteca do Vaticano, desde 1480, ou antes,
embora ninguém saiba ao certo quando ele foi originalmente escrito e como
chegou ao Vaticano. Tischendorf sabia de sua existência e foi, mais uma vez,
o instrumento de promoção de sua antiguidade e superioridade em relação ao
Textus Receptus.
Existem alguns outros manuscritos, inclusive um papiro grego
fragmentado, cujo caráter textual parece concordar mais com as leituras do
Vaticanus e Sinaiticus do que com o Textus Receptus. Todos estes têm sido
traçados, do mesmo modo, pelos eruditos liberais e conservadores como tendo
como fonte provável Alexandria, Egito, no segundo ou no terceiro século.
Nessa época, Alexandria era um grande centro de erudição filosófica e
teológica, com uma população relativamente elevada, tanto de judeus como de
cristãos.
O homem mais influente dentro da comunidade cristã de Alexandria era
conhecido como Orígenes e, conforme muitos acreditam, ele teve grande
influência no desenvolvimento do chamado Texto "Alexandrino" do Novo
Testamento, do qual o Vaticanus e o Sinaiticus são representantes, ao
contrário do Texto Bizantino, do qual, certamente, provém o Textus Receptus.
Mesmo com todo o seu aprendizado e zelo, é pena que as visões
teológicas de Orígenes fossem heréticas em relação a várias doutrinas chaves.
Como os teístas evolucionistas modernos, ele se inclinou a harmonizar o
Cristianismo com a Filosofia pagã, especialmente com a de Platão e a dos
estóicos. Isso o conduziu a uma extrema alegorização da Escritura,
especialmente de Gênesis, e a questionar os verdadeiros registros históricos da
Bíblia, até mesmo o da ressurreição corporal de Cristo, além da criação literal
do mundo.
Quer Orígenes e seus associados tivessem sido ou não os responsáveis
pelas diferenças do Texto Alexandrino, a partir do Texto Bizantino, o fato é
que essas significativas diferenças existem e que, praticamente, todas as
modernas versões da Bíblia têm sido maciçamente influenciadas (através de

7
Westcott e Hort) pelo Texto Alexandrino, enquanto a BKJ teve como base o
Texto Bizantino.
Na maioria dos casos, as diferenças são mínimas, mas a verdade é que
muitíssimas delas envolvem até mesmo significativa diluição das doutrinas
básicas, como a inerrância da Bíblia, a perfeita natureza divina/humana de
Cristo e a Trindade. Por outro lado, elas certamente não eliminam essas
doutrinas; por isso, felizmente, ainda é possível discernir todas essas doutrinas
e encontrar o verdadeiro evangelho e o caminho da salvação em quase cada
um dos novos textos e traduções. De qualquer forma, um dos sérios problemas
de quase todas essas modernas traduções inglesas é que elas confiam nos
manuscritos hebraicos e gregos da Bíblia, fortemente influenciados pelos
liberais, racionalistas e evolucionistas, e nenhum deles acreditava na
inerrância da Bíblia.
Deveríamos acreditar que Deus iria confiar a preservação de Sua Palavra
Eterna a homens como estes? Não teria Ele preferido usar eruditos piedosos
que acreditavam na absoluta inerrância e autoridade da Bíblia? Devemos nos
lembrar que a Bíblia não é igual aos outros livros. Ela foi divinamente
inspirada e tanto a integridade acadêmica como o discernimento espiritual são
exigidos para a sua transmissão e tradução.

O que dizer da Linguagem Arcaica da Bíblia King James?

A prosa lindamente poética da BKJ é um grande tesouro, que não


deveria ser desperdiçado nem esquecido. Ela tem sido amplamente aclamada
como o exemplo máximo da literatura inglesa, já escrito. Fora algumas poucas
palavras arcaicas, cuja significação mudou, as quais podem ser facilmente
esclarecidas nos rodapés, é tão fácil compreendê-la agora, como o foi há quase
400 anos. Por isso é que muitos leigos, hoje em dia, mesmo os que não
possuem uma educação superior, ainda a usam e a amam. As traduções
modernas, em geral, tendem a usar palavras longas e uma retórica difícil,
enquanto a BKJ, prefere usar palavras de apenas uma ou duas sílabas. Estudos
formais têm demonstrado que o índice de facilidade de leitura da BKJ
corresponde ao grau 10 de escolaridade [primeiro grau completo], ou até
mesmo um grau inferior. Nada existe em matéria de dificuldade para se
entender, por exemplo, João 3:16, Gênesis 1:1, ou os Dez Mandamentos, na
BKJ.
É claro que existem certas seções na Bíblia, cujos ensinos são muito
complexos (afinal Deus a inspirou desse modo), mas todas as histórias,
doutrinas e preceitos básicos são fáceis de ser entendidos por qualquer pessoa
que possa ler a nível de escola secundária. Muitas seções podem ser
facilmente lidas por crianças, logo que elas aprendem a ler. A verdade é que,
nos tempos antigos da América, as crianças eram alfabetizadas pela BKJ.
Também é preciso observar que a BKJ foi produzida durante o período
em que a língua e a literatura inglesa (bem como o conhecimento de outros
povos de língua inglesa) haviam atingido o ápice do poder de expressão. Esta
8
foi, por exemplo, a época de Shakespeare. Por outro lado, o Inglês moderno se
tornou apenas um remanescente em decadência, na beleza e na clareza.
Esse fenômeno parece ser uma característica universal das línguas, bem
como dos povos, cidades e instituições de todos os tipos [N.T.:
principalmente da igreja evangélica]. Um período de crescimento e
juvenil vigor atinge o ápice e, em seguida, vem o declínio gradual e
conseqüente morte. Albert Baugh, em um livro texto amplamente usado sobre
este tema, diz:
"A evolução das línguas, pelo menos dentro do período histórico, é uma
história da simplificação progressiva... A linguagem pode reintroduzir
previamente a complexidade perdida, mas, sobretudo, os aspectos supérfluos
e redundantes são sistematicamente desalojados, a partir da complexa
estrutura da linguagem" ("A History of the English Language", New York,
Apleton Century-Crofts, 1957, p. 10).
Esta tendência é exatamente o oposto de qualquer conceito sobre as
origens da linguagem, porém é semelhante à lei da entropia no reino da
Física.
Com respeito à língua inglesa, os autores de um estudo mais recente,
companheiros de uma série da TV PBS, observam as realizações do período
elizabetano na Inglaterra, do modo seguinte:
"As realizações alcançadas nesses anos admiráveis (isto é, de 1558 até
1625, quando houve os reinados de Elizabeth I e Tiago I) são
inescapavelmente gloriosas. Elizabeth subiu ao trono em 1558, com 25 anos
de idade, e William Shakespeare, seu súdito mais notável, nasceu seis anos
depois (em 1564). Seu sucessor, Tiago I, o qual deu o nome à famosa obra
prima, a Versão Autorizada de 1611 da Bíblia, faleceu em 1625. Durante os
reinados [destes dois monarcas] de quase 70 anos, a língua inglesa atingiu
uma riqueza e vitalidade de expressão que deixaram os contemporâneos
maravilhados" (Robert McCrum & Robert MacNeil - "The Story os English" ,
New York, 1986, p. 91).
Estes escritores dizem que a BKJ foi "sem dúvida, o livro mais influente
já publicado na língua inglesa" (p. 109). Eles ainda fazem uma observação
muito importante com referencia à bela simplicidade de linguagem da BKJ:
"A BKJ foi publicada no ano em que William Shakespeare começou a
trabalhar em sua última peça teatral - A Tempestade. Tanto a peça como a
Bíblia são obras primas do Inglês, mesmo existindo uma crucial diferença
entre elas. Enquanto Shakespeare abusou do léxico, a BKJ emprega apenas
8.000 palavras - o ensino de Deus num Inglês doméstico para cada um.
Desde aquele tempo até hoje, a cornucópia shakespeareana e as férreas
razões bíblicas representam, é claro, dois extremos distintos na linguagem - o
norte e o sul, pontos referenciais para escritores e preletores através do
mundo inteiro, desde o shakespeareano esplendor de um Joyce ou Dickens,
até o bíblico rigor de um Bunian ou Hemingway" (Ibid, p. 113).

9
Não é de admirar que a tradução da Bíblia produzida nesse tempo
especial da história tenha (exceto pelas mudanças na pronúncia e na forma da
letra) perdurado por quase 400 anos, preenchendo as necessidades e guiando a
cultura de mais de 10 gerações dos povos de língua inglesa. De fato, ela tem
sido o instrumento na estandardização da própria língua, provendo um laço
comum entre os seus milhões de leitores e restringindo o que, de outro modo,
teria sido uma deterioração mais rápida da língua.
Hoje em dia, temos abandonado muitos pontos importantes da gramática
inglesa, comumente usados nos anos 1600. Por exemplo, esquecemos que
"thee", "thou" e "thine" eram usados para expressar a segunda pessoa do
singular, enquanto "you", "ye" e "yours" eram usados para a segunda pessoa
do plural. Atualmente, usa-se o "you", indiscriminadamente, tanto para o
singular como para o plural, deixando de lado algumas preciosas significações
de muitos textos da Escritura. O mesmo se aplica às finais "th" e "st" nos
verbos associados aos pronomes da segunda pessoa; eles também contribuíam
significativamente para a qualidade musical da linguagem, especialmente do
modo como são usados na BKJ.
Os tradutores da BKJ eram eruditos bíblicos e escritores reconhecidos,
sendo que um dos objetivos deliberados - de fato uma parte do seu
compromisso - foi o de produzir uma Bíblia que "cantasse" com beleza e
poder e, ao mesmo tempo, retivesse com fidelidade literal, os textos gregos e
hebraicos, os quais eles mesmos haviam escrito com magistral beleza
musical.
Eles conseguiram realizar esse objetivo, mais que admiravelmente,
enquanto as modernas versões, sem exceção, são todas inferiores à BKJ, neste
particular. A BKJ é também a mais confiável e exata em todas as traduções,
procurando traduzir as palavras do original, em vez de usar pensamentos de
"equivalência dinâmica". Este aspecto da BKJ permite um estudo detalhado
da palavra, através do estudo e da comparação, o que é praticamente
impossível quando se trata da maioria de outras versões.
Com todos esses fatores em mente, não honramos mais o Senhor e a Sua
Palavra revelada, quando a lemos e a usamos na forma de linguagem usada
quando a língua inglesa estava no ápice, em vez de lê-la nos jargões
modernos?
A tradução da BKJ não tem o mesmo grau de inerrância que os
autógrafos originais possuíam. Os próprios tradutores admitem isso. A
maioria dos cristãos que a preferem, concordam em que algumas palavras
deveriam ter sido traduzidas de maneira diferente. Contudo, achamos que ela
é, em geral, mais confiável do que qualquer outra versão. Tudo que o cristão
precisa é, por exemplo, de Gênesis 1:1; Romanos 3:23; Romanos 5:8 e 10:9;
João 3:16 e estes versos dificilmente poderiam ter sido entregues com maior
clareza e poder do que o foram na BKJ. Mas o seu uso não é apenas um teste
de salvação ou espiritualidade, contribuindo para ambas, pelo menos tão
eficazmente como qualquer outra versão. Uma vez salvo, o cristão precisa
estudar a Bíblia (não apenas lê-la), pela vida inteira, e a BKJ é eminentemente
10
perfeita para um estudo sério. Por isso, ela tem preenchido as nossas
necessidades, por mais de dez gerações.

Conclusão

Creio, portanto, após estudar, ensinar e amar a Bíblia, por mais de 60


anos, que os cristãos precisam depender da sua "velha" BKJ, enquanto
viverem. Deus a tem abençoado, principalmente na história da Inglaterra e da
América, nos grandes reavivamentos, no movimento missionário mundial e na
vida pessoal de cada crente que a lê, mais do que Ele tem feito através de
todas as outras versões empilhadas.
A BKJ é a mais bela, a mais poderosa (e creio firmemente), a mais
confiável entre todas as versões que vierem a existir, até a volta de Cristo.

"A Creacionist's Defense of the King James Bible" - Henry Morris


Traduzido por Mary Schultze, em 27/03/2008.
www.cpr.org.br/Mary.htm

11

Вам также может понравиться