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Nº 12
MARÇO DE 2 0 0 9
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com
O Mundo e a Ciência...
EDITORIAL
O ano de Darwin
Vivemos dependentes dos outros, vivendo em siste- No intuito de assinalar o bicentenário do nascimento de
mas que se apoiam no trabalho e na solidariedade colec- Charles Darwin, o Departamento de Ciências Naturais fez
tiva. Temos assim responsabilidades individuais e pes- no dia 12 de Fevereiro uma exposição de fotografias, revis-
soais que devemos distinguir das responsabilidades tas, livros e passou um documentário sobre a vida e obra
colectivas. Cada um tem de assumir as suas responsabili- do referido Naturalista.
dades pessoais ( em gestos cívicos, na escola, no traba-
lho, em gestos de solidariedade para com os outros), já
que essa é a única forma de minimizar os problemas e os
conflitos que dividem os sujeitos e as sociedades.
A responsabilidade passa pelas instituições, não se
reduz apenas às responsabilidades individuais. Esta pode
ser colectiva e cada vez mais o sentido de responsabili-
dade é de grande importância para a maturidade moral e
espiritual do ser humano. O homem define-se pela res-
ponsabilidade que assume perante os seus irmãos e a
história. As nossas escolas são espaços onde todos têm
que assumir deveres e responsabilidades, onde têm de
se cumprir regras. Não há verdadeiro mérito naqueles
que procuram o bem-estar na quebra de deveres e valo-
res de solidariedade e de responsabilidade. José Manuel Saraiva vai estar pela
Por tudo isto reconheçamos a importância da legitimi-
dade nas relações circulares e recíprocas, na postura segunda vez na Escola Secundária da Sé
comunitária, na doação, no cumprimento de regras
colectivas, porque só assim seremos testemunhas de um O bom filho à casa torna sem medo de ventos e marés que
novo humanismo. possam abalar o seu conforto e agora com obra renovada: Aos
Olhos de Deus.
EM DEBATE
EM DEBATE
EM DEBATE
EM DEBATE
POR CÁ
POR CÁ
A Guarda em progresso…
No dia 7 de Março, realizou-se a tora da Instituição, Drª Marília Rai-
inauguração da Residencial Sénior mundo, o Senhor Ministro do Tra-
que pertence à Fundação Augusto balho e da Solidariedade Social, Dr.
Gil. Esta instituição tem como Vieira da Silva, secretários de esta-
objectivo integrar pessoas da tercei- do, deputados, autarcas e muitas
ra idade que possuem determinadas figuras conhecidas da Guarda.
doenças.
Estiveram presentes os Senhor
Presidente da Câmara Municipal da Marco Bandeirinha,nº12
Guarda, Dr. José Valente, a Direc- 9ºB
POR CÁ
A Música e a Matemática
No passado dia 30 de Janeiro de actividades lúdicas relacionadas com Mozart.
2009, realizou-se, na Escola Secun- a Música essencialmente de Mozart. Os presentes tiveram, ainda, o
dária c/3º CEB da Sé – Guarda, Para uma melhor compreensão do privilégio de escutar os temas de
uma palestra intitulada “A Mate- tema deve referir-se que as primei- Mozart abordados na palestra, que
mática e a Música”. ras composições de Mozart datam foram apresentados pelas violinistas
Esta actividade constava do Plano de 1761, quando este tinha apenas Olena Sokolovska, professora do
Anual de Actividades do Departa- cinco anos de idade. Ao longo da Conservatório de Música da Guarda
mento de Matemática e foi dinami- sua curta vida, Mozart compôs cer- e Ana Filipa Varela, aluna do 8º ano
zada e organizada por um grupo de ca de seiscentas obras, entre elas de escolaridade na nossa escola, e
docentes do Departamento. várias óperas, sinfonias e missas. aluna da Professora Olena, no Con-
Depois de alguma reflexão sobre Assim, surgem as seguintes ques- servatório.
o tema escolhido, “A Matemática tões: A adesão à actividade foi grande, o
e a Música”, e pretendendo dar a - Quanto tempo levaria um copista que nos deixou orgulhosas, pois a
conhecer à comunidade educativa a a copiar, toda a obra de Mozart? sala dois ficou sobrelotada.
ligação entre o estudo da Matemáti- - Que simetrias se podem encontrar No final, as pessoas mostravam-se
ca e da Música, surgiu a ideia de numa sonata? Ou num dueto de satisfeitas, surpreendidas e agrada-
convidar a Professora Doutora Car- Mozart? das com o que viram e escutaram.
lota Simões, Professora Auxiliar do - Que números mágicos se escon- A todos o nosso bem-haja.
Departamento de Matemática da dem em símbolos e se revelam em
Universidade de Coimbra, que ao sons na ópera, «A Flauta Mágica»? Professoras
longo da sua brilhante carreira aca- Nesta palestra, a Doutora Carlota Fernanda Nascimento
démica tem desenvolvido e divulga- Simões respondeu a estas e outras Maria Augusta Machado
do trabalhos no âmbito da Matemá- perguntas, associando números e Maria da Graça Rodrigues
tica, através de artigos, palestras e padrões matemáticos à obra de
9
Guarda e o Sanatório
e central eléctrica, esgotos, água que
era distribuída através de canalização,
desinfecção dos quartos, jogos, jar-
dim de Inverno onde se desenrola-
vam diversões, biblioteca.Os doentes
passavam os seus dias entre tratamen-
tos rotineiros e monótonos e o conví-
vio entre eles.
Em 1937 criou-se a Caixa Recreati-
va, que tinha como finalidade arran-
jar dinheiro para se poderem realizar
espectáculos, festas, manter a biblio-
teca, etc. Foi graças a essa Caixa
Recreativa, que foi criada a Rádio
Altitude.
Quando os enfermeiros faziam
“piquete” entre os pavilhões, servia-
lhes de protecção as grandes capas
que eles usavam, isto porque os
Nos finais do século XIX, a tuber- António de Lencastre e Rainha D. imensos e ferozes cães que soltavam à
culose era uma das mais temidas Amélia, bem como outras estruturas noite, só os reconheciam nessas capas
doenças infecciosas. Na época acredi- de apoio. Iniciaram-se os preparati- e só perante elas se mostravam amis-
tava-se que a melhor maneira de vos para os grandiosos festejos da tosos e companheiros de piquete.
combater a tuberculose era instalar inauguração a fim de receber condig- O Sanatório foi desactivado logo após
os doentes em climas de montanha, namente suas majestades reais. O Sr. «O 25 de Abril» numa altura em que
com ar seco, ausência dos nevoeiros e Presidente da Câmara, Dr. Francisco tinha capacidade para albergar 600
alta ozonização. dos Prazeres, convidou os proprietá- doentes em simultâneo.
Conta a história que em 1881, o rios dos prédios urbanos situados No mesmo local funciona o Hospi-
Doutor Sousa Martins ao fazer uma junto às ruas públicas da cidade, a tal Distrital, o Centro de Saúde, o
expedição à Serra da Estrela conside- pintar as frontarias e respectivos Centro Psiquiátrico e a Escola Supe-
rou a elevada montanha um local muros de quintais. A cidade enfeitou- rior de Enfermagem, espaço hoje
óptimo para o tratamento da Tuber- se. Rogério Reynaud, aluno de Belas denominado Parque da Saúde. À sua
culose. Em sua honra e pelo seu Artes no Porto, desenhou e pintou volta algum abandono e “a mesma”
empenho à causa da Tuberculose, quatro grandes arcos que foram colo- mata de rara beleza com recantos
veio a ser dado a este Sanatório o cados nos principais pontos do per- bonitos e românticos: bancos de
nome de Sousa Martins. curso que Suas Majestades iriam pedra, pontes, grutas e miradouros.
A proposta para a sua construção fazer. Este texto foi elaborado pelos alu-
foi feita pelo Dr. Lopo de Carvalho A 18 de Maio de 1907, com a pre- nos do grupo E, do 12ºB, na discipli-
(então Delegado de Saúde da Guar- sença do Rei D. Carlos e da Rainha na de Área de Projecto, coordenados
da) e foi aceite pela Presidente da D. Amélia, foi então inaugurado o pela professora Lurdes Fonseca, no
Associação Nacional aos Tuberculo- primeiro Sanatório de Assistência âmbito do tema: “A relação qualidade
sos, Rainha D. Amélia, a qual decidiu Nacional aos Tuberculosos. Por ele de vida / saúde na região da Guarda”
criar nesta cidade o primeiro Sanató- passaram três Directores que supe-
rio desta instituição – Sanatório Sou- riormente o geriram e dignificaram: João Caldeira,nº13
sa Martins. Dr. Lopo de Carvalho, Dr. Ladislau João Monteiro,nº14
Numa mata de pinheiros e abetos Patrício e Dr. Manuel Martins Quei- Leandro Gonçalves,nº15
foram construídos três pavilhões para roz. Ricardo Caria,nº20
doentes de primeira, de segunda e de Funcionava como uma pequena Rodrigo Costa,nº22
Raquel Duarte,nº26
terceira classe, denominados respec- cidade. Era quase auto-suficiente pois
tivamente de Lopo de Carvalho, possuía todas as condições: lavandaria
11
O que é a radioactividade?
útil. É o caso do césio-137 que é mui-
to utilizado em tratamentos de tumo-
res malignos. Contudo, mesmo as
radiações mais fracas, em doses exces-
sivas, podem causar lesões e tumores.
No distrito da Guarda, em particu-
lar, existem materiais radioactivos
responsáveis pela existência de uma
certa radioactividade natural. A abun-
dância de certas rochas, características
da região como o granito, provoca a
desintegração dos elementos químicos
radioactivos nelas presentes que vai
originar átomos seus “descendentes”.
Um exemplo desses átomos é o radão
– 222, um gás inodoro, incolor, que
ocorre no solo, no ar e nas águas e
que é o principal responsável pela
radioactividade natural detectável na
região. O radão tem origem noutros
dois elementos radioactivos, o tório e
o urânio. Este gás é emissor de radia-
ção ionizante e constitui um problema
nas casas térreas das regiões graníti-
cas, como é o caso da Guarda, espe-
cialmente se forem pouco ventiladas.
Uma forma de se diminuir a concen-
tração do radão nos edíficios é através
da instalação de sistemas de ventilação
nos alicerces das casas, uma vez que
este gás se “infiltra” facilmente nas
habitações através de fendas ou furos.
Existem na natureza certos elemen- átomos estão em constante e lenta Contudo, este sistema é dispendioso,
tos instáveis, cujos átomos se desinte- desintegração, libertando energia por isso deve sempre abrir-se portas e
gram para obterem configurações através de ondas electromagnéticas janelas, de modo a mantê-los areja-
electrónicas mais estáveis, libertando (raios gamas) ou partículas subatómi- dos, diminuindo, assim, a concentra-
energia, a que se dá o nome de cas com altas velocidades (partículas ção do gás radioactivo.
radioactividade. Os elementos mais alfa, beta e neutrões), emitindo radia- Na época da exploração mineira, e
instáveis são os átomos com núcleos ção constantemente. devido ao facto de as minas serem
pesados, pois a proporção dos neu- A radioactividade foi descoberta locais pouco ventilados, o radão era
trões é superior à dos protões, pelos cientistas no final do século pas- um factor de elevado risco para as
enquanto que nos núcleos leves sado. Até essa época predominava a pessoas que ali trabalhavam.
(massa atómica inferior a 20), o ideia de que os átomos eram as meno-
número de protões é aproximada- res partículas existentes. Com a des- João Caldeira,nº13
mente igual à dos neutrões, consti- coberta da radiação, foram reveladas João Monteiro,nº14
tuindo, assim, núcleos mais estáveis. as partículas subatómicas que consti- Leandro Gonçalves,nº15
Como exemplos de elementos fisi- tuem o átomo, os protões, os neu- Ricardo Caria,nº20
camente instáveis ou radioactivos, trões e os electrões. Rodrigo Costa,nº22
temos o urânio – 235; o césio – 137; Os elementos radioactivos, quando Raquel Duarte,nº26
o cobalto – 60 e o tório – 232. Estes bem manipulados, podem ter um lado 12ºB
12
Sessão de Esclarecimento
acarretam riscos nomeadamente lhando-nos a cruzar a informação
ao nível de conteúdos, nocivos de vários sites -uso da triangula-
ou falsos; prevenir-nos de even- ção – e a verificar a credibilidade
tuais informações erradas nos dos sites.
nossos trabalhos e da necessidade No final, deu-nos uma ideia
de definir previamente o que geral de como referenciar docu-
pesquisar, escolhendo o tipo de mentos digitais nos nossos traba-
pesquisa mais adequado; saber lhos. A professora ainda teve a
exactamente o que se pretende gentileza de, mais tarde, enviar
pesquisar; definir palavras-chave documentos, por e-mail, para
e adoptar critérios de pesquisa que todos os alunos da turma
Na quarta-feira, dia vinte e um claros e, ainda, definir objectivos ficassem com informação mais
de Janeiro de dois mil e nove, nesta fase de preparação. Tam- específica dos vários pontos tra-
pelas onze horas e cinco minu- bém referiu as características tados ao longo da sessão.
tos, na sala 2, decorreu uma ses- mais importantes dos motores de Toda a turma considerou que a
são de esclarecimento destinada à busca, mencionando os exemplos sessão orientada pela professora
turma do 12º B orientada pela mais utilizados. Cristina Vicente foi muito inte-
professora de TIC, Cristina Um dos pontos abordados ressante e de grande utilidade
Vicente, com o objectivo de durante a sessão, que considerá- para futuros trabalhos, tanto em
explicar e ensinar regras básicas mos mais interessantes, foi o Área de Projecto como em qual-
para pesquisar e recolher infor- relativo a critérios a usar para quer outra disciplina, ou mesmo,
mações na Internet a fim de faci- filtrar os resultados da pesquisa – na nossa vida futura.
litar a pesquisa de informação o uso de alguns caracteres tal
fidedigna e essencial à concreti- como as aspas e os sinais “+” e “-
zação do trabalho e a outras “ para reduzir e simplificar a nos- Adriana Conde, nº1
eventuais pesquisas, no futuro. sa pesquisa. Andreia Nicolau, nº5
Hélder Oliveira, nº10
A professora começou por Durante a sessão a professora Yvan Ferreira, nº25
abordar vários pontos essenciais Cristina Vicente também nos
a uma boa pesquisa tais como alertou para a fiabilidade e fide- 12ºB
cuidados a ter com sites que dignidade da informação aconse-
Visita ao Planetário
No dia 21 de Janeiro, a turma tema “O Sistema Solar”. rais e Ciências Físico-Químicas.
do 7ºA dirigiu-se ao Planetário Depois visualizámos parte do
que tinha sido colocado na céu nocturno e por fim visuali-
escola, sexta-feira. zámos os signos do Zodíaco. Ana Rita Lourenço ,nº1
Pelas 9h30m deslocámo-nos Durante a visita pusemos em Jéssica Esteves, nº12
ao Planetário. Inicialmente fize- prática os conteúdos aprendi- 7ºA
mos uma breve introdução ao dos nas aulas de Ciências Natu-
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Sim à Integração
Não à Discriminação
Visitas de Estudo
Visitas de Estudo
Visitas de Estudo
Visitas de Estudo
Visitas de Estudo
Viagem a Madrid
Durante os dias 11, 12 e 13 de Feverei- curiosidade fez-se sentir desde logo, DIA 2 (quinta-feira, 12 de
ro de 2009, alunos do curso de Artes e não tardou muito para que os via- Fevereiro)
Visuais da nossa escola e da Covilhã jantes observassem o movimento da
deslocaram-se a Madrid, para visitar três Após uma noite de descanso, todos
museus e ainda a ARCO (Feira de Arte cidade pelas janelas do autocarro. estavam preparados para mais um
Contemporânea de Madrid). Os alunos Durante a tarde, chega um dos dia pleno de emoções. Depois do
da nossa escola foram acompanhados esperados momentos: a visita ao pequeno-almoço, no hotel, onde
pelas professoras Fátima Jacinto, Sandra Museu do Prado, um dos mais havia um velho piano que ainda nos
Ferro e Sandra Borges. emblemáticos de Espanha. Foi nele facultou alguns momentos de des-
que pudemos apreciar e criticar contracção, seguiu-se um passeio
grandes obras de grandes artistas, por Madrid. Pudemos apreciar,
entre eles Velásquez, Goya, Rubens entre outros impressionantes espa-
ou Tiziano. Até ao final da tarde, ços, o Palácio Real, que se localiza
DIA 1 (quarta-feira, 11 de foi-nos permitido visitar o museu. perto do hotel onde nos instalámos.
Fevereiro) No entanto, devido à sua extensão, Durante a tarde, visitámos mais dois
não foi possível percorrê-lo na tota- museus: o do Thyssen, situado no
lidade. Mesmo assim, julgo que Palácio de Villahermosa, onde admi-
Por volta das 8h15, os alunos da todos saímos do Prado satisfeitos e rámos obras pertencentes a variadas
escola reuniam-se já na Central de de certa forma fascinados pela bele- correntes artísticas, desde o Barro-
Camionagem, aguardando confian- za que o museu proporcionou. co, passando pelo Romantismo e
tes o momento da partida para Já instalados no hotel Príncipe Impressionismo, até ao século XX; e
Madrid, prontos para uma viagem Pio, seguiu-se o jantar no mesmo. ainda o Museu Reina Sofia, no qual
emocionante de três dias. O percur- Após a refeição, os alunos dirigiram- tivemos o privilégio de admirar e
so, que demorou cerca de cinco se para os quartos, onde ficaram comentar obras de mestres como
horas, não demorou a passar. Pelo agrupados em grupos de dois, três Salvador Dalí ou Pablo Picasso, com
contrário, foi até bastante divertido, ou quatro elementos. Antes de dei- o seu majestoso Guernica.
graças aos momentos musicais de tar, houve ainda algum convívio Seguiu-se o jantar no hotel que
alguns alunos. entre os estudantes. antecederia a última noite na capital
Chegados à capital espanhola, a espanhola.
22
Visitas de Estudo
Viagem a Madrid
permitido visitar três dos muitos dia 13 de Fevereiro.
pavilhões que constituíam a feira.
Neles, fomos impressionados por Graças a esta viagem, desfrutámos
brilhantes obras de arte que explora- de bons momentos, não só pela
vam os mais diversos domínios, motivação que as visitas de estudo
como a pintura, a escultura, a foto- proporcionam, por podermos viven-
grafia, o vídeo ou o desenho. Algu- ciar ambientes diferentes da escola,
mas das obras eram até inimagináveis mas também porque esta visita nos
e, por isso, mereceram os nossos permitiu enriquecer a nossa cultura e
elogios. desenvolver as nossas capacidades
Chega então o momento do artísticas, o que é muito importante
DIA 3 (sexta-feira, 13 de Feve- regresso a Portugal. Algum cansaço para alunos da nossa área. É certo
reiro) físico é já visível, mas a viagem não que não tivemos oportunidade de
Logo pela manhã, os alunos arru- deixa de ser animada, graças à boa- ver tudo, sobretudo na ARCO, mas
maram as suas malas para abandona- disposição de alguns alunos. Pode- mesmo assim tenho a certeza que
rem o hotel Príncipe Pio, que nos mos até dizer, num tom de brinca- enriquecemos o nosso conhecimento
acolheu com estima e simpatia. deira, que “recuámos no tempo”, artístico e pudemos aperceber-nos da
Este terceiro e último dia da nossa uma vez que no momento da passa- variedade e dimensão da Arte.
jornada foi talvez o que despertou gem da fronteira eram cerca de 0h30
maior curiosidade nos alunos, por em Espanha, e 23h30 em Portugal, Cláudia Vaz, nº6,11ºF
ser o dia de visita à ARCO. Foi-nos pelo que passámos do dia 14 para o
Visita ao Champimóvel
mos fazer durante a simulação… Ao
longo do filme foram abordados
vários aspectos relacionados com o
nosso corpo designadamente o siste-
ma nervoso, o sistema imunitário,
células, DNA, genes, investigações
sobre como curar determinadas
doenças através da terapia génica
(tratamento de doenças substituindo
genes), entre muitos outros,…
A parte mais divertida da simula-
ção foi termos oportunidade de inte-
ragir com o filme, jogando para
ganhar pontos pressionando um joys-
tick posicionado à nossa frente.
Esta simulação teve apenas a dura-
ção de vinte minutos mas, foi muito
interessante e todos aprendemos
No passado dia 5 de Fevereiro, os truiu um simulador que percorreu as muito com ela. Porque a ciência
alunos de duas das turmas do 9º ano, escolas do país com um filme inte- também se aprende brincando!
deslocaram-se à Escola de S. Miguel ractivo sobre o corpo humano.
para participarem numa experiência Dentro do simulador, começámos
diferente mas muito enriquecedora! por receber informação sobre o que
A Fundação Champalimaud cons- iríamos ver e sobre o que devería- Mariana Faustino, nº20 9ºC
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REFLEXÃO
O Baile de Finalistas
nossos alunos dos professores?
- Que Comissão de Finalistas
não reconhece os seus profes-
sores como intervenientes na
partilha de experiências?
- Que legitimidade, não falo de
legalidade, têm seguranças de
empresas privadas de impedir
professores de uma escola de
assistir a um acontecimento
festivo dos seus alunos?
- Que alunos temos que não
entendem, que estes momen-
tos lúdicos são o culminar do
trabalho, do empenho, de afec-
tos e vivências partilhadas em
Sou professora da Escola onde se encontravam seguran- conjunto e ao longo dos anos
Secundária da Sé com deveres e ças que me impediram de com professores?
responsabilidades e há situações entrar para o espaço onde esta- - Será que o Baile de Finalistas
que não posso aceitar. vam os alunos finalistas, fami- não traduz o envolvimento de
Foi-me entregue um convite liares e convidados. Depois de uma comunidade educativa?
para o baile de finalistas. Agra- mostrar o meu convite e argu- _ A organização de uma festa
deci aos alunos de uma forma mentando de que era professo- de escola não inclui os seus
entusiasta entregando, como é ra da escola e queria ver os alu- professores nos convidados
hábito todos os anos, uma nos dançar a valsa, foi-me dito “especiais” de pulseira?
pequena quantia em dinheiro que a organização do baile só - Que escola estamos a cons-
para ajudar as despesas que esta autorizava o acesso ao espaço truir?
festa comporta. restrito, pessoas identificadas Abandonei o local, não
Tenho por tradição e quando com uma “dita pulseira”. Uma vi dançar a valsa, fiquei
a minha vida pessoal me permi- evidência “interessante”: pes- profundamente triste e
te, deslocar-me ao baile para soas com pulseiras e pessoas com uma certeza absoluta
apreciar a tão espectacular valsa sem pulseiras. e incondicional: nunca
da meia noite. Sendo assim, no Mas, os pormenores de orga- mais irei a um Baile de
sábado desloquei-me ao Pavi- nização não me interessam. E Finalistas da minha escola.
lhão do Nerga e qual foi o meu consciente da situação, coloco
espanto deparei-me com uma uma série de questões sérias e
situação bizarra: um espaço essenciais para toda a comuni-
separado com grades de ferro. dade educativa: Professora Lina Couto
Dirigi-me ao gradeamento -Que representações têm os
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REFLEXÃO
Querido diário...
Depois de tantos meses ausente na minha vida, em mim. Voltei a ter que fiquei sozinha, talvez perdida no
regressei e regressei porque tenho vontade de sair, de não me fechar, meio desta escuridão.
novamente motivo para escrever: porque agora quando não o vejo sinto Hoje apenas está presente na minha
falta de algo, sinto-me incompleta, memória. Aquele sorriso, aquela
uma novidade para te contar.
porque quando estou sem ele há uma maneira de ser incomparável... Ago-
Há uns dias, algures a meio do mês parte de mim que também está ra é tanta a indiferença que até dói.
passado, conheci algo, ou melhor, ausente. Simplesmente porque ele Escrevi hoje porque tenho medo
alguém surpreendentemente inexpli- me faz imensa falta. que amanhã o sentimento não seja o
cável, alguém que vai para além do Mas sabes, tudo mudou desde há mesmo. Contudo, acredito que o
perfeito, do possível, do imaginável, pouco tempo, aquela nítida presença, essencial será sempre perfeito. Por-
alguém sem comparação possível, aquele sentimento que palpitava jun- que ele será sempre um fragmento de
alguém irreal. to de nós e nos tentava atingir, aquela mim... E depois “Só o amor incom-
E tu, deves estar a perguntar quem magia que era visível quando ele esta- pleto pode ser romântico!” Será?!
é essa pessoa tão importante para va por perto desapareceu, porque
mim?! Eu posso responder-te dizen- ontem senti que o perdi, que ele se 14 de Novembro de 2008
do que é e foi o essencial para que os foi embora em segredo. Assim, ape- Autora do eu:
meus dias não voltassem a ser sempre nas sobram estas palavras de dor que Cristina Martins, nº 8, 10ºF
iguais, para que a felicidade e a diver- exprimem todo o meu medo, sinto
são estivessem novamente presentes
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CRESCER A ESCREVER
Autobiografia
sem-abrigo incomodado com o meu baru- envergonhada, mas muito brincalhona,
lho, arranjou uma Coca-Cola, meteu-a à com uma paixão incomensurável pela
minha frente e disse: “Aqui tens minha música. Esta paixão fazia de mim uma
menina”. autêntica boneca articulada que com qual-
Quando entrei no Infantário da Associa- quer melodia mexia. Até na missa dança-
ção Augusto Gil, na Guarda, pude dizer va!
pela primeira vez “Eu tenho uma escola”! Há cerca de três anos e meio que, numa
Ainda hoje me vem à cabeça as poucas tarde de Verão, um vizinho meu toca à
imagens que tenho dos grandes espectácu- campainha e tinha na mão uma gatinha
los de Natal que fazíamos. Continuo sem muito pequenina. Para mim e para a minha
perceber como é que nos punham todos irmã foi amor à primeira vista e mal ele
certinhos a cantar músicas e a fazer tantas nos disse que a pobre bicha não tinha nin-
outras coisas que requeriam silêncio e con- guém com quem ficar, implorámos à nossa
centração, tendo apenas aquela idade!... mãe que nos deixasse ficar com ela. Hoje,
Chegado o fim do infantário, entrei para cada vez mais gorda, continua por perto e
a escola primária, mas como a escola esta- continua a significar muito para todos nós,
va em obras, tínhamos aulas num edifício que passado tanto tempo ainda nos delicia-
que sempre conhecemos como “Bacalhau”. mos com ela.
Só no meu terceiro ano é que nos mudá- No futuro, gostava de ser um pouco
No dia vinte seis de Setembro de 1993, mos para a escola propriamente dita, agora mais corajosa e gostava de alguma vez con-
na cidade da Guarda, vi, pela primeira vez, mais bonita e confortável. seguir ajudar alguém que, realmente, pre-
o mundo. No meu quarto ano eu e os meus colegas cise da minha ajuda!
Com apenas 49cm e 3.100kg de peso de turma, em conjunto com a nossa pro- Venero o ambiente e tento-o proteger o
conheci o meio e as pessoas que ainda hoje fessora que sempre nos acompanhou (e mais que consigo! Sinto-me sempre mais
convivem comigo e que me ajudam sem- penso que nos marcou a todos de uma feliz quando vejo uma paisagem verde.
pre que preciso. maneira positiva), participámos num inter- Todos os momentos que já passei e todas
A minha mãe sempre me contou que não câmbio escolar com alunos de uma escola as pessoas com quem já convivi e convivo,
se sabe bem a hora do meu nascimento, de França. Foi uma experiência única, pois hoje em dia, marcaram-se de certa manei-
pois foi numa noite em que esta mudou. saímos para um país desconhecido sem os ra! Todos me ajudaram a construir a minha
Mas a minha progenitora diz que foi por nossos pais, só com os nossos amigos. Foi, personalidade, que pode não ser perfeita,
volta das cinco da manhã, por isso há quem realmente, uma experiência gratificante mas, neste momento, representa tudo o
atribua a minha preguiça ao facto de ter para todos os que tiveram a oportunidade que alcancei até hoje…
nascido tão cedo. de experimentar. Não há muito mais a acrescentar, pois,
Dei os meus primeiros passos aos onze Foi também no percurso do primeiro por mais que eu ache que estou a ficar
meses e disse a minha palavra, “mamã”, aos ciclo que entrei para o karaté, onde estive velha, ainda não alcancei os meus verda-
dezassete meses. Os meus primeiros den- durante sete anos, chegando a cinturão deiros sonhos, que, como é evidente, que-
tes só surgiram aos treze. castanho. ro atingir e não descansarei até isso aconte-
Pelo que me lembro e pelas histórias que Fiz o segundo ciclo na Escola de Santa cer. E quando os alcançar, terei aí muitos
ouço a meu respeito, sempre fui uma Clara. Nesses dois anos, ganhei uma pai- mais factos para relatar numa autobiogra-
criança normal, talvez um pouco mais xão: o futebol. Sempre que podia ia para o fia.
desastrada que as outras, visto que estava recreio jogar à bola, queria sempre man- Mas até lá, quero tentar ser uma pessoa
sempre no chão e sempre com os joelhos e ter-me informada de todos os resultados melhor, quero tentar corrigir os meus
nariz em ferida, tendo partido a cabeça por dos jogos (o que me fazia comprar o jornal erros, já que é impossível não os cometer.
três vezes. todos os dias), coleccionava cadernetas e Quero ser feliz sem passar por cima de
A teimosia é o meu forte, pois nunca os respectivos cromos dos jogadores. ninguém e quero vencer as minhas bata-
desisto de algo que quero! Sempre que se Era uma típica “Maria-Rapaz” que andava lhas, quero encontrar o meu caminho e
fala na minha persistência em pedir alguma sempre de cabelo atado, roupas largas e seguir o meu destino sem grandes desilu-
coisa, os meus pais recordam um momen- não suportava coisas muito femininas, mas sões.
to passado no centro comercial Brasília, no esta fase passou! Mas sobretudo, o meu verdadeiro objec-
Porto, onde eu, numa das minhas birras, Acabado o sexto ano, fui para a Escola tivo é ser feliz, aconteça o que acontecer!
“exigia” uma Coca-Cola aos meus pais, Secundária da Sé, onde ainda me mante-
mas, estes não ma queriam dar, pois nho, hoje.
diziam que eu era muito nova para a Sempre fui uma rapariga banal mas única Marta Duarte,nº17,10ºF
beber. Ao ouvir a nossa discussão, um à minha maneira, sempre fui (e sou) muito
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CRESCER A ESCREVER
CRESCER A ESCREVER
Portugal / Holanda
Chamo-me Deirdre Meursing, sou deles. A minha turma também é
holandesa e tenho 17 anos. divertida e as minhas colegas são
Vivo em Portugal há um ano e muito simpáticas.
meio e estudo na Escola Secundária Há muitas diferenças entre Portu-
da Sé. gal e Holanda. Por exemplo, as aulas
Gosto muito de viver em Portugal, duram, geralmente, 50 minutos e
mas é muito diferente da vida na decorrem até às duas ou três da tar-
Holanda. de. Comemos pão ao almoço e janta-
Aqui em Portugal as pessoas são mos às seis. Usamos a bicicleta para
muito simpáticas e, por isso, foi mais muitas coisas, por exemplo, para ir
fácil a adaptação à vida escolar portu- para a escola, desportos e sair.
guesa. Quando cheguei a Portugal não
A língua é difícil de apreender, mas sabia o que fazer, pois não conhecia o
todos os dias aprendo novas palavras país muito bem.
e frases. Mas agora não quero voltar!
Gosto muito desta escola, porque
não é muito grande e, por isso, é
mais fácil fazer amigos. Tenho agora Deirdre Meursing,nº30,10ºA
amigos muito bons e gosto muito
Imprensa repelente…
Estava eu sentada numa sala de quase todos os reality shows; cha- que quer que seja? Será meu motivo
espera quando reparo num molho de mou-me a atenção porque apareceu de preocupação saber os problemas
revistas que estava numa mesa mes- em todas as revistas que eu tive na que ele tem com os amigos? Terei eu
mo à minha frente. Oh não! As revis- mão. alguma coisa a ver com os escabeches
tas não tinham cinco anos. Eram um Numa dizia que ele e a sua mulher que estas figurinhas públicas fazem só
pouco mais actuais. Certo é que esta- tinham levado para Nova Iorque a sua para chamar a atenção?
va a morrer de tédio e vi-me obriga- empregada porque o marido desta Este foi o que apareceu em todas,
da a pegar numa das revistas. Não abandonou o filho de 13 anos. mas como ele estavam dezenas deles!
tive muito por onde escolher, não Noutra dizia que o indivíduo em Agora dirijo-me para os directores
pelo número de revistas mas pelo questão enfrentava acusações de um destas imprensas: não acham que eu
tipo destas: eram todas revistas da velho amigo e nesta mesma vinha em tenho mais com que me preocupar?
imprensa cor-de-rosa. Durante todo destaque a quantia que o personagem Chegam-me os meus problemas e
o tempo que lá estive folheei três ofereceu para calar ex-empregados. estou-me nas tintas para essa gentinha
revistas. «E então?» perguntam A última fazia referência a um escân- que julga ser mais do que eu na socie-
vocês. Passa-se que todas falavam de dalo por ele provocado no aeroporto dade, quando não passam de simples
pessoas que dizem ser personalidades por chegar “pesado e atrasado”. figuras públicas do Jet Set e da TV
portuguesas, falando da sua vida, dos Isto dá vontade de rir, não dá?! cujo sucesso é dotado de má qualida-
seus problemas pessoais e de aconte- Quem é que se preocupa com estes de e está condenado a curto prazo.
cimentos relativos a essa gente. O idiotas, inúteis, fúteis, obstáculos da Sinceramente, acho que me prefiro
indivíduo que mais me chamou a sociedade…como lhe queiram cha- preocupar com a extinção dos lin-
atenção foi um senhor que diz per- mar?! Que me interessa saber o que ces…
tencer ao Jet Set e que participa em ele faz com a empregada pelo motivo Adriana Vaz,nº1, 10ºC
Pedimos desculpa à aluna MarianaValente, nº15, 10ºF por termos omitido o seu nome no último artigo publicado: carta
dirigida a Barack Obama.
28
CRESCER A ESCREVER
CRESCER A LER
A importância do Sorriso
O sorriso é, talvez, um dos mais sempre um final feliz como nos filmes e tem consequências gigantescas a nível
fáceis, belos e importantes gestos. Com nas novelas! mundial. Fazer um simples gesto como
um simples sorriso conseguimos expul- Uma pessoa sorridente contagia este é como renascer das cinzas.
sar a tristeza dos outros e até a nossa; todos, pinta tudo com as cores do arco- Um sorriso é, afinal, um pequeno
mover montanhas e até o Mundo; viver íris e apaga tudo o que seja negro. gesto para cada homem, mas um gran-
a vida com mais prazer. Quando soltamos uma gargalhada tor- de passo para a humanidade que nos
Através deste gesto tudo à nossa volta namos a vida mais fácil, ficamos mais cerca…
nos sorri, nos ajuda, tudo é doce como bonitos e mais confiantes.
o chocolate, tudo nos corre bem e tem Fazer um simples gesto como este Carolina Freitas, nº6,8ºB
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POESIA
O TEMPO
Isabel Duarte
MULHER
Nós somos nós,
Tudo aquilo que nos fez ser.
Ficámos em tudo o que criámos
Não sobrámos,
Sem nós não havia ninguém
O mundo pôs-nos de lado,
Não convínhamos?
Descobriram tarde
A nossa verdade.
Somos iguais e diferentes.
Mas gente
Vivemos e damos a vida
Isabel Duarte
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DESPORTO
Desportos de Inverno
ra paragem foi na residencial em Bejar.
Talvez a característica que ficará na
memória será o mecanismo de descarga
do autoclismo. No sentido de aprovei-
tarmos ainda a tarde para esquiarmos,
almoçamos num ápice (vantagem da
marmita preparada em casa) e fomos
buscar o material que previamente
reservamos. Finalmente subimos.
Na tarde de segunda-feira, a aventura
confinou-se às pistas de iniciantes, no
sentido de se proporcionar as respecti-
vas adaptações àquela superfície escor-
regadia, nada parecida com o tapete de
treinos do Skiparque. As poucas horas
que lá passámos prediziam que no dia
seguinte a aventura iria passar para um
nível superior, o que se veio a verificar.
Tudo começou há um ano atrás, no de organizar uma actividade na neve no O jantar reuniu o grupo todo num
dia 20 de Fevereiro de 2008, quando os ano lectivo de 2008/2009. ambiente descontraído, onde se pode
alunos do 11º Ano participaram numa Para recordar esses dias ficam as afirmar que a verdadeira sobremesa
actividade de Introdução aos Desportos famosas juntas dos tapetes formando aconteceu depois no passeio pelas ruas
de Inverno, contemplada no Plano uns altos que teimavam em derrubar- de Bejar com a célebre canção (com
Anual de Actividades da nossa Escola. nos, ou os métodos (digamos… invul- coreografia ensaiada também) que os
Se para alguns esse dia foi mais um gares) do professor no acesso aos teles- nossos alunos dedicaram a todos os
treino ou o recordar de algumas expe- kis, ou literalmente, “puxa-rabos”. espanhóis.
riências já vivenciadas, para a maioria Foi então que nos dias 26 e 27 de A noite foi vivida com relativa calma,
dos participantes foi a primeira aventura Janeiro de 2009, a Escola Secundária apenas marcada pela insólita oferenda
em cima dos esquis ou pranchas de com 3ºCEB da Sé, através da Área Dis- de uma óstia por parte do funcionário da
snowboard. ciplinar de Educação Física, promoveu Blázquez.
No Skiparque o dia estava cinzento, uma actividade de Desportos de Inver- Retemperadas as forças, terça-feira
muito cinzento, no entanto, a indumen- no a Bejar (Espanha). partimos para uma aventura total, com
tária de alguns alunos antecipava que o Cinco professores de Educação Física os nossos alunos a darem um exemplo
empenho seria máximo, sob pena de acompanharam os quarenta alunos que de relacionamento humano e bom
entrarem em hipotermia. com esta actividade pretendiam dar esqui, num clima que de frio, apenas a
Primeiras horas e o que mais se ouvia continuidade ao trabalho desenvolvido temperatura que se fazia sentir acima
era “oh… sai da frente”, ou então, no ano lectivo transacto. As duas activi- dos 2000 metros.
aquele som abafado pelo tapete e vergo- dades que decorreram no Skiparque Na opinião dos professores, a activi-
nha de uma queda. garantiam que todos os alunos estariam dade adequou-se aos objectivos previa-
No entanto, surpreendendo os profes- preparados para se divertirem e usufruí- mente estabelecidos onde a relação qua-
sores, a evolução ao longo do dia foi rem em segurança as pistas de neve de lidade-preço se definiu como a melhor
notória. Talvez devido a este facto e aos uma Estância. opção para o nível dos nossos alunos.
diversos pedidos dos alunos em repetir Na Estância La Covatilla esperavam- Estes demonstraram um comportamen-
a experiência, os professores de Educa- nos 19 quilómetros de pistas numa cota to apropriado e moderado numa activi-
ção Física ponderaram proporcionar máxima de 2400 metros, no entanto e dade que acarretava alguns riscos.
uma outra actividade deste género. para não fugir à regra, as condições A todos os participantes que este ano
No dia 17 de Abril de 2008, e para meteorológicas não nos deram tréguas. são finalistas, ficam os votos de uma
não variar, céu cinzento, lá estávamos Num autocarro cedido pela Câmara vida futura repleta de alegrias como as
nós para aperfeiçoar as competências Municipal da Guarda, cumpriu-se a que pensamos proporcionar em Bejar.
apreendidas anteriormente. hora de saída da Guarda, prevista para
O nível demonstrado pelos alunos era as 7h00, após algumas horas de incerte-
tão interessante que, nesse dia, se dissi- za devido à neve que caía na nossa cida- Professores da Área Disciplinar de
param as dúvidas e tomou-se a decisão de. A fim de nos instalarmos, a primei- Educação Física
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BRINCANDO COM …
A MATEMÁTICA
Cantinho da Matemática
Quantos quadrados se contam na figura? Consegue Ler?
M473M471C0 (53N54C1ON4L):
A corda
Uma corda com 100 metros de comprimento tem
cada uma das suas extremidades presa nos topos de
dois postes.
Os postes têm alturas diferentes: um mede 90 e o
outro 70 metros e encontram-se ambos perpendicu-
lares ao plano do solo.
O ponto da corda que está mais próximo do solo,
encontra-se a 30 metros deste.
Sabendo que a corda não está esticada, a que distância
se encontram os postes um do outro?
Sudoku
Fácil
Médio Difícil
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BRINCANDO COM …
A FÍSICO-QUÍMICA
Ciência Divertida
O Pão Saltitão Que tempo faz?
Material Material
1 copo 1 pinha
Pão 1 recipiente alto e transparente (onde caiba a pinha)
Água com gás Água
Procedimento Procedimento
1. Coloca a água para um copo, não enchendo totalmente. 1. Coloca a pinha no recipiente com água.
2. Faz bolinhas pequeninas com o pão. 2. Observa o que acontece à pinha após uma hora.
3. Deita as bolinhas no copo. 3. Deixa novamente secar e vê o que acontece.
4. Espera algum tempo e vê o que acontece.
Resultado Resultado
As bolinhas de pão sobem e descem na água. A pinha na água fecha-se e depois de seca torna a abrir.
PORQUÊ?
PORQUÊ? Consulta o site http://
Consulta o site http://www.cienciadivertida.pt/ www.cienciadivertida.pt/planeta_ciencia/
planeta_ciencia/editar/experiencias/exp01.swf editar/experiencias/exp04.swf
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1879 1895
LA PAGE DU FRANÇAIS...
Pâques est une fête mobile qui se fête entre le 22 mars et le 25 avril. C'est une fête religieuse qui
commémore le passage de la Mer Rouge pour la religion juive et la résurrection de Jésus pour la
religion chrétienne.
C'est aussi une fête païenne qui annonce l'éveil du printemps.
Les oeufs de Pâques Russe, Grecque, Roumaine connais- lébration pascale. En occident, la
sent une tradition qui remonte au tradition chrétienne remonte au 12-
décorés 13eme siècle.
En Pologne, comme en Russie, la
tradition la plus typique est la pein-
La tradition d'offrir des oeufs dé-
corés est bien antérieure au christia- ture et la décoration de l'œuf de
Pâques. En Norvège et en Pologne,
nisme. L'œuf est symbole de vie et
de renouveau; c'est l'image d'une vie il y a des petits combats d'œufs. En
nouvelle. Il était tout désigné pour Allemagne, on accroche des oeufs
devenir un symbole de Pâques et décorés à la main à des petits bran-
exprimer le renouveau inauguré par chages. En Pologne et en Italie, on
la résurrection. décore la table avec des oeufs pour
Comme il était interdit de manger le repas de Pâques. En Russie, on
des oeufs pendant le carême, on se porte des oeufs au cimetière sur les
trouvait à Pâques devant une grande tombes de la famille.
On a actuellement un peu oublié
quantité d'œufs. Alors a partir du
le symbolisme chrétien des oeufs de
moyen-âge on a pris l'habitude de
Pâques : la vie nouvelle de la résur-
s'offrir des oeufs décorés. L'œuf de rection.
Pâques a donné naissance à beau- Haut moyen age, d'une bénédiction
coup de coutumes très diverses se- et d'une distribution d'œufs teints
Professora Judite Quaresma
lon les pays. Les Églises Orthodoxes au début ou à la fin de la grande cé-
LA PAGE DU FRANÇAIS...
Ingrédients :
- 250 grammes de farine
- 1 cuillère à soupe de sucre semoule
- 2 sachets de sucre vanillé
- 1 pincée de sel
- 1/2 litre de lait
- 3 oeufs
- 3 cuillères à soupe d'huile
ÚLTIMA
E-mails Solidários
“Uma Longa Caminhada”
Era uma vez uma rapariga cracia de grandes institui- tiva e alguns euros que esta- história? É que a jovem, os
que vivia numa cidade alta e ções e com os escassos fun- vam no cofre da Secretaria seus amigos, os seus colegas
fria, frequentava uma Escola dos, entretanto, obtidos. da sua Escola, fruto da acti- e os demais personagens,
Secundária, “viajava” quoti- Mas nada a deteve. Con- vidade da “Feira de Talen- convivem diariamente con-
dianamente na Internet, via versou com os seus amigos, tos”, juntaram-se aos outros nosco e a Escola é a nossa.
televisão, …, entre outras os colegas e a professora da fundos entretanto angaria- Os trezentos e cinquenta
actividades comuns aos euros enviados constituem
jovens de hoje. uma quantia modesta, dado
Certo dia, ouviu falar dos que salvar uma criança, na
meninos soldados do Gana e situação citada, custa cerca
do programa de salvamento de dois mil e quatrocentos
da IOM (International dólares. A acção vale, sobre-
Organization For Migra- tudo, pelo seu carácter sim-
tion), e pensou fazer alguma bólico e pelo admirável
coisa por eles. empenho e persistência dos
Mas o quê? E como? alunos intervenientes, uma
Depois de amadurecer vez que entre o início do
algumas ideias que lhe aflo- trabalho de criação do mon-
raram a mente principiou a tante enviado até à recepção
preparação de uma jornada do impresso a confirmar o
solidária. O primeiro passo sucesso da acção que os
foi procurar informação moveu – “ajudar o Outro” –
sobre a vida das crianças disciplina de Inglês e conti- dos e rumaram ao Gana. decorreram mais de dois
soldados, as organizações nuou o seu empreendimento Mais uns meses decorre- anos.
que as resgatam e os proce- com determinação. ram, até que chegou à sua E foi assim que, vencendo
dimentos a pôr em curso. O tempo foi passando e, Escola um recibo da IOM de as dificuldades e a distância,
O caminho revelou-se inesperadamente, os ventos Lisboa a agradecer e a con- viajou um calor genuina-
árido, as frustrações e o serranos tornaram-se favorá- firmar que a verba enviada mente humano em direcção
desânimo assolaram-na. A veis. O assunto foi objecto tinha sido transferida para o a terras longínquas…
urgência do problema coli- de conversa de alguns mem- escritório da IOM no Gana.
dia com a lentidão da buro- bros da comunidade educa- O que tem de peculiar esta Professora Ana Pinho
FICHA TÉCNICA:
Publicação Mensal
Direcção: Conselho Executivo da Escola Secundária C/3º CEB da Sé - Guarda
Coordenadora: Carla Tavares
Redacção: Fátima Amaral e Lina Couto
Revisão: Cristina Reinas
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Adélia Simão, Ana Pinho, Bernardete Barata, Cristina Vicente, Dolores Carreira, Emília Barbeira, Judite Quaresma, Lina Couto, Luísa Quei-
roz, Rui Coelho, professores de Educação Física, Intérprete Joana Silva
Alunos - Ana Isabel Varelas, Cláudia Simão Vaz, Mariana Faustino, Marco Bandeirinha
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Participantes:
Professores - Evelina Terras, José Faustino, Fernanda Nascimento, Maria Augusta Machado, Maria da Graça Rodrigues, Prudência Valente
Alunos - Ana Rita Lourenço, Ana Beatriz Marques, Adriana Vaz, Ângelo Fonseca, Andreia Marta, Anna Kotyashko, Bruna Fonseca, Jéssica Esteves, Cláudia
Sofia, Clésia Martins, Carolina Freitas, Cristina Martins, Daniela Brás, Deidre Meursing, Filipa Cordeiro, Francisca Pereira, João Monteiro, Marta Duarte,
Mariana Fonseca, Nuno Vicente, Simone Belizário, Vera Gonçalves, alunos do 12ºB,D e E
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária C/3º CEB da Sé– Guarda