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A ORIGEM DAS DESIGUALDADES

A divisão da sociedade em classes nem sempre existiu. Em sociedades mais


primitivas, a produtividade do trabalho era muito pequena e o trabalho realizado por uma
pessoa bastava apenas para viabilizar sua própria subsistência e reprodução (o que inclui
a possibilidade de alimentar filhos por algum tempo). Todos os seres humanos eram
obrigados a produzir, não havendo divisão de classes na sociedade. Quando, graças ao
avanço das técnicas e das ferramentas de trabalho, a produtividade aumentou e o ser
humano pôde produzir mais do que o necessário para sua subsistência e reprodução —
ou seja, quando o trabalho começou a gerar um produto excedente —, parte da
sociedade passou a não ter mais de “ganhar o pão com o suor do próprio rosto”
Ou seja, tornou-se possível a divisão das sociedades numa classe dominante,
proprietária dos meios fundamentais de produção, desobrigada do trabalho para garantir
sua subsistência, e numa classe dominada e explorada que, além de viabilizar a sua
própria subsistência, trabalha também para a classe dominante e lhe entrega seu
produto excedente.
Em diversos tipos de organização social essa divisão se dava de forma
transparente. Assim, quando a divisão fundamental da sociedade contrapunha senhores
e escravos, era evidente que os escravos trabalhavam (de graça) para os senhores.
Do mesmo modo, na época feudal, os camponeses, servos, eram obrigados a
trabalhar parte dos dias da semana nas terras dos senhores feudais, sem qualquer
pagamento.
Na economia capitalista a divisão da sociedade em classes permanece, mas já não
é tão transparente. Se analisarmos atentamente a situação perceberemos que a classe
dominante não produz aquilo que consome – vive, por exemplo, dos juros de aplicações
financeiras, lucros gerados por empresas nas quais, muitas vezes, os acionistas
proprietários não têm participação direta, sequer como administradores ou diretores
Esta classe se mantém pela apropriação do excedente gerado por gente que
trabalha e produz. Mas as formas precisas pela quais a transferência deste excedente se
faz são complexas, e nem sempre podem ser facilmente percebidas.
No capitalismo, os trabalhadores assalariados são, fundamentalmente, os
responsáveis pela produção. Recebem pagamento pelo seu trabalho: o salário.
aparentemente realizam uma troca, visto que, ao contrário dos escravos ou dos servos,
não trabalham de graça para seus patrões. Mas se isso fosse verdade, não haveria
como explicar como vivem os que os que não produzem.
Uma das contribuições fundamentais de Marx para compreender a economia
capitalista foi justamente explicar a forma como isto acontece.
A teoria do valor de Marx constitui um ponto de partida fundamental para a
compreensão da economia capitalista. Para desenvolver esta teoria, Marx começou
constatando que a mercadoria é a forma elementar da riqueza capitalista. Em seguida,
constatou também que a mercadoria tem um duplo caráter.
De um lado, ela é um objeto útil produzido pelo trabalho humano, que satisfaz
determinadas necessidades (objetivas ou imaginárias, tanto faz);
de outro, ela pode ser trocada por outra mercadoria (vendida para comprar outra
mercadoria).
Assim, a mercadoria é, simultaneamente, valor de uso (características físicas,
utilidade) e valor de troca.
A análise do valor de troca é mais complexa.
Como se explica este valor? Como ele é determinado?
Só é possível comparar coisas distintas se elas possuírem algo em comum
Seria a utilidade? Uma mercadoria vale mais do que outra porque é mais útil?
Não, porque quando alguém troca uma mercadoria por outra — por exemplo, uma
melancia por uma lâmpada — é justamente porque não quer o valor de uso “melancia” e
deseja um valor de uso distinto — no caso, a lâmpada. Os valores de uso não são o que
há de comum na troca, mas sim o que é diferente (esta diferença é a razão da troca).
Para os valores de uso poderem ser base do valor de troca deveria haver neles
alguma característica homogênea. É fácil ver que isto não acontece: se tomamos a
utilidade, por exemplo, não faz sentido falar numa utilidade “em geral”. Não posso beber
uma lâmpada nem me iluminar com um copo d’água.
Assim, Marx conclui que a única base possível para o valor é o fato de as
mercadorias serem produzidas pelo trabalho humano.
Os próprios trabalhos que produzem mercadorias, no entanto, também diferem
de mercadoria para mercadoria: existe um trabalho do agricultor, outro do ferreiro, etc.
Neste sentido, Marx se refere ao trabalho concreto, útil. Mas acontece que o trabalho
pode ser considerado como “trabalho em geral”, puro gasto de capacidade humana de
trabalho, ou seja, como trabalho abstrato.
Assim, se a mercadoria tem um duplo caráter — valor de uso e valor, o trabalho
que produz mercadorias tem também um duplo caráter — trabalho concreto, útil (base
do valor de uso) e trabalho abstrato (base do valor).
O trabalho abstrato se mede pelo tempo: quanto mais tempo de trabalho necessário para
produzir, mais cara é a mercadoria.
A medida do trabalho pelo tempo exige, naturalmente, um cuidado: o que
interessa é o tempo médio, socialmente determinado — o tempo de trabalho socialmente
necessário. É a partir dele que o valor das mercadorias é determinado.
“Tempo de trabalho socialmente necessário é aquele requerido para produzir
um valor de uso qualquer, nas condições dadas de produção socialmente normais, e
com o grau social médio de habilidade e intensidade do trabalho” (O Capital I - I, p. 48).
Para produzir uma mercadoria, uma empresa precisa comprar matérias primas,
força de trabalho para modificar essas matérias primas, máquinas e equipamentos que
serão utilizadas por esses trabalhadores e um prédio onde possa concentrar esses três
elementos anteriores.
Para obter lucro, a empresa necessita que a mercadoria produzida por ela seja
vendida por um valor maior do que o utilizado para comprar os elementos que
permitiram sua fabricação. O prédio, as máquinas e matéria prima foram feitas por
outros trabalhadores. A empresa apenas pode transferir esse valor para o produto final,
não pode acrescentar nem um centavo a mais por elas por sua própria vontade.
O valor da força de trabalho também é medido pelo tempo de trabalho
necessário para produzi- la. O trabalhador para poder viver e reproduzir sua espécie
precisa de um salário. Ora esse é exatamente seu valor e, por isso, é igualmente
medido pelo tempo de trabalho socialmente necessário.
O valor de uso da força de trabalho é produzir valor.
A força de trabalho é a única mercadoria existente que produz essa
propriedade: produzir valor. Afinal, como vimos, o tempo de trabalho é a única base da
medida do valor.
Portanto, no tempo em que a força de trabalho é utilizada ela agrega valor sobre
o produto do trabalho dos outros trabalhadores (prédio, máquinas e matérias primas).
O capitalista repassa uma parte desse valor criado para o trabalhador em forma
de salário, comprando sua força de trabalho por um “justo” valor (o tempo de trabalho
socialmente necessário para reproduzir um trabalhador). A outra parte do valor o
capitalista fica para si.
Ou seja, os próprios trabalhadores produzem o valor relativo ao seu salário em
apenas uma pequena parte do tempo. Nas horas restante ele produz um valor que a
burguesia distribui entre si em forma de lucros, juros e rendas. Isto significa que a maior
parte do tempo o trabalhador trabalha de graça para a classe dominante. Esse tempo
de trabalho não pago chamamos de mais-valia .
A mais-valia definida desta maneira é em tudo semelhante ao trabalho gratuito
que escravos ou servos entregavam a seus senhores. É uma forma disfarçada de
transferência de um excedente para a classe dominante.
A mais-valia é a base para os lucros, os juros das aplicações financeiras e para todas as
formas de rendimentos vinculadas à propriedade. A apropriação da mais-valia é o
fundamento da divisão das classes sociais no capitalismo.
A mais-valia é, portanto, a forma particular que assume na sociedade capitalista a
apropriação do trabalho excedente de outrem.
Ao compararmos com as demais sociedades de classes, podemos verificar que a causa
das desigualdades sociais é sempre a mesma, a exploração do trabalho.
Mais valia absoluta e relativa
Marx distinguiu dois tipos de mais valia.
Prolongando a jornada de trabalho além do tempo de trabalho necessário se
obtém mais-valia absoluta . Um acréscimo na jornada de trabalho corresponde a um
acréscimo na produção de mais-valia absoluta.
Aumentando a jornada de trabalho a burguesia consegue ampliar sua mais valia
absoluta.
A mais-valia relativa é obtida quando se diminui o tempo de trabalho
necessário. Isto ocorre pelo acréscimo da produtividade do trabalho através da
introdução de novas máquinas e da intensificação do ritmo de trabalho.
Ao aumentar a produtividade, o valor das mercadorias que o trabalhador
consome diminui. O valor relativo de seu salário cai na mesma proporção desse
aumento de produtividade.
O ganho de produtividade só aumenta a massa de mais-valia quando
consideramos toda a classe capitalista. Então por que cada burguês individual decide
introduzir novas máquinas e intensificar o ritmo de trabalho?
A resposta é a competição da burguesia entre si no mercado. Uma empresa que
produz mais rápido que a média social obtém uma mais-valia extra, a que produz mais
devagar não realiza toda a mais valia nela adicionada. Se o tempo médio necessário para
produzir 100 blusas são oito horas, a empresa que produz 100 blusas em apenas quatro
consegue uma mais-valia muito maior que a média. É como se cada hora de trabalho
nessa empresa vale-se por duas.
Em um exemplo numérico, Marx supõe que um capitalista que consegue
duplicar a força produtiva do trabalho na produção de determinada mercadoria (sem que
se alterem os valores dos meios de produção utilizados) consiga produzi-la com um
valor de 9 reais, abaixo do valor social de 12 reais. Comenta então:
“O verdadeiro valor de uma mercadoria, porém, não é seu valor individual, mas
sim seu valor social, isto é, não se mede pelo tempo de trabalho que custa realmente ao
produtor, no caso individual, mas pelo tempo de trabalho socialmente exigido para sua
produção. Portanto, se o capitalista que aplica o novo método vende sua mercadoria pelo
seu valor social de 12 reais, ele a venderá 3 reais acima de seu valor individual,
realizando assim uma mais-valia extra de 3 reais” (O Capital I - I, p. 240).
Para não perder para a concorrência, cada capitalista individual é obrigado,
portanto, a aumentar constantemente a mais- valia extraída de seus trabalhadores.
Isto significa não pagar aos trabalhadores muito mais do que a média de salário
para o trabalho em questão (isto é, pagar mal) e em aumentar constantemente a
produtividade de cada trabalhador.
Se o número de mercadorias produzidas aumenta sempre e o salário
permanece constante, mais cedo ou mais tarde chega em uma situação em que os
capitalistas não conseguem vender suas mercadorias por falta de consumidores
capazes de comprá- las. No capitalismo, portanto, são inevitáveis de tempos em tempos,
crises de superprodução.
Estas crises trazem com elas a falência de muitas empresas, a concentração da
riqueza na mão dos oligopólios, o aumento do desemprego e da miséria do povo.
Marx compara a burguesia com um aprendiz de feiticeiro que não é capaz de
controlar seus próprios poderes, as relações de trabalho capitalistas são limitadas
demais para suportar a riqueza por ela mesmo criada.
A única forma de evitar essas crises é uma revolução social que possibilite aos
trabalhadores decidirem democraticamente (e não através da lógica da produção de
lucros) a quantidade, a forma e o motivo de tudo aquilo que será produzido. É esse um
dos principais argumentos com os quais Marx tenta provar a superioridade do modo de
produção comunista em relação ao capitalismo.

TRABALHO NAS SOCIEDADES


Trabalho: conceito, significados e importância.
O “trabalho” nas sociedades tribais
Ao se analisar as atividades, entre nós, entendidas como trabalho, nas sociedades
tribais, não se pode partir do mesmo ponto de vista que se adota em nossa sociedade. O
trabalho como algo separado das outras atividades é algo que não existe nas sociedades
tribais. As atividades vinculadas à produção estão associadas aos ritos e mitos, ao
sistema de parentesco, às festas, às artes, enfim toda vida social, econômica e religiosa.
Marshall Sahlins, antropólogo norte americano, chama essas sociedades de
“sociedades do lazer”, ou as primeiras “sociedades da abundância”, pois, ao analisá-las,
percebeu não só que elas tinham todas as suas necessidades materiais e sociais
plenamente satisfeitas como, e além disso, tinham um mínimo de horas de atividades
diárias vinculadas à produção: cerca de três a quatro horas sempre todos os dias. Os
índios yanomamis no Brasil, por exemplo, “trabalhavam” apenas três horas por dia!
O fato de se dedicarem menos tempo às tarefas vinculadas à produção não
significa que se tenha uma vida de privações. Ao contrário, nessas sociedades todos
eram bem alimentados antes do contato com o homem branco. O fato de trabalharem
muito menos do que nós está associado ao fato de que as atividades produtivas
guardavam relação com outros elementos da vida em sociedade e do meio ambiente em
que viviam, não existindo relações de exploração do trabalho de outrem.
Desse modo, nas sociedades tribais não vamos encontrar a idéia de que se deve
produzir mais para acumular alguma riqueza. A sua riqueza estava na vida e na forma
como passavam os dias. Devido ao fato de utilizarem pouco tempo para o trabalho,
sobrava muito tempo para descansar, divertir-se, caçar, pescar, plantar e colher, e ao
cumprimento das obrigações rituais, que na maioria dos casos envolviam todas as outras
atividades.
As atividades vinculadas à produção se limitavam a conseguir os meios necessário
à sobrevivência, mesmo assim eram quase sempre desenvolvidas em conjunto com
outras atividades. Assim, o próprio trabalho podia ser desenvolvido como uma forma de
arte, como uma atividade de lazer.
Segundo o antropólogo Pierre Clastres, quando, nessas sociedades, aquilo que
chamamos de econômico se torna uma área definida e autônoma, ou seja, quando a
atividade produtiva se transforma em trabalho desligado das outras atividades e, portanto,
alienado, contabilizado e imposto por aqueles que querem aproveitar-se do fruto desse
trabalho para fins egoístas, é sinal de que essas sociedades tornaram-se divididas entre
dominantes e dominados e, portanto, completamente descaracterizadas.
Trabalho nas sociedades de classe
O trabalho ganha um novo sentido com a divisão da sociedade numa classe
dominante, proprietária dos meios fundamentais de produção, desobrigada do trabalho
para garantir sua subsistência, e numa classe dominada e explorada que, além de
viabilizar a sua própria subsistência, trabalha também para a classe dominante e lhe
entrega seu produto excedente.

Karl Marx(1818-1883)
Para a compreensão da sociedade Marx parte do princípio da prioridade da
sobrevivência material. Distinguindo-se das outras espécies, o ser humano produz sua
própria sobrevivência através de uma ação coletiva deliberada: o trabalho social.
Esse trabalho social cria um produto social que se divide essencialmente em
produto necessário e sobreproduto social.
Enquanto o sobreproduto social for insignificante, a divisão da sociedade em classes será
impossível. Enquanto o sobreproduto for real, mas insuficiente para liberar a grande
maioria da obrigação de consagrar o essencial dos seus esforços para se reproduzir, a
divisão da sociedade em classes é inevitável.
A partir do momento que o sobreproduto torna-se tão grande e importante que o
produto necessário seja o resultado de um esforço bastante reduzido (algumas horas por
dia), surge a base material para o advento da sociedade sem classes.
A amplitude do produto e do sobreproduto social é função da produtividade social
do trabalho. O nível da produtividade média depende essencialmente do nível de
desenvolvimento das forças produtivas, a saber das forças produtivas objetivas
(utensílios, instrumentos de trabalho, etc.) e forças produtivas subjetivas (número e
qualificação dos produtores),
Na produção de sua vida material, na organização do trabalho social, os seres
humanos desenvolvem entre si relações determinadas que Marx e Engels chamaram de
relações de produção. O conjunto dessas relações de produção determina, em última
instância, o conjunto das relações sociais e assim a própria estrutura da sociedade.
Relações de produção estáveis, que se reproduzem mais ou menos
automaticamente, constituem modos de produção distintos. Marx e Engels reconhecem
uma série de modos de produção: comunismo primitivo, escravagista, asiático, feudal,
capitalista e comunismo (do qual o socialismo aperfeiçoado constituirá a primeira fase)
Um modo de produção é uma estrutura, ele não pode ser modificado de forma
gradual. Ele só pode ser derrubado por uma revolução.
Um modo de produção “progressista” é aquele que dá um impulso maior ao
desenvolvimento das forças produtivas. Quando as relações de produção entram em
contradição com as forças produtivas, inicia-se um período de crise social aguda, de
revolução e contra-revoluções sociais.
Não existe nenhuma ligação mecânica entre o nível de desenvolvimento atingido
pelas força produtivas e a manutenção das relações sociais de produção existente. A
mediação entre os dois é a luta de classes real.
Marx e Engels sublinharam que em momentos de crise social aguda pode surgir
um modo de produção superior graças a vitória da classe revolucionária ou a decadência
geral da sociedade.
Segundo Ernest Mandel, esse o fundamento histórico da alternativa “socialismo ou
barbárie” com o qual nos defrontamos atualmente.
A luta de classes é sempre uma luta de conjunto em todas as esferas da atividade
social, independente da consciência que dela tenham (ou deixem de ter) aqueles e
aquelas que dela participam.
O sistema de representações do mundo material na cabeça dos seres humanos
constituem a superestrutura ideológica da sociedade. É a infra-estrutura econômica
(relações de produção) que determina, em última instância, essa superestrutura social, ou
seja, que determina o desenvolvimento e as formas predominantes do direito, dos
costumes, da religião, da filosofia, das ciências, das artes de cada época.
Como a classe dominante controla o sobreproduto social e, portanto, toda a
sociedade, a ideologia da classe dominante geralmente é a ideologia dominante de cada
época.
Mas isso não significa que ela seja a única ideologia existente em cada época. A
seu lado subsistem restos da ideologia das antigas classes dominantes, ideologias das
classes intermediárias e ideologias das novas classes ascendentes, revolucionárias.
Em geral, uma intensa luta ideológica de classes precede e abre uma época de revolução
social.
O Estado é um produto da divisão da sociedade em classes, um instrumento de
consolidação, de manutenção e de reprodução da dominação de uma determinada
classe. Ele nem sempre existiu. Ele não existirá para sempre.
As instituições estatais são um componente essencial da superestrutura política,
que compreende ao mesmo tempo, elementos de repressão (exército, polícia, justiça) e
os elementos necessários para tornar aceitável pelas classes produtivas a exploração e a
opressão de classe que elas sofrem.
Por isto toda luta de classes ampla ou generalizada é uma luta política: uma luta
pela manutenção, enfraquecimento ou mesmo derrubada de um poder de Estado
determinado, do poder político de uma classe social.

Marx
Essas ações são de naturezas diversas e, portanto, múltiplas, assumindo por
isso feições diferentes. Para Marx, as ações recíprocas entre os homens é que tornam a
sociedade possível.
A multiplicidade dessas relações acarreta diferentes formas de organização
social, que definem como o social se constitui.
A vida social produz e reproduz a todo instante e em todos os níveis, não apenas
econômico mas também políticos e culturais, uma multiplicidade de relações
contraditórias que são responsáveis pelas desigualdades sociais.
Dessa maneira, as desigualdades não são apenas econômicas, mas também
política e culturais, expressão concepções do mundo diferentes de acordo com cada
classe social.
Participar de uma classe social significa, para o indivíduo, partilhar de múltiplas
e diversas atividades sociais, na escola, na família, no trabalho, etc., que definem uma
forma de pensar e de conceber a si próprio e os outros.

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