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Colégio Pedro II - Unidade São Cristóvão III


Coordenação de História

A Mudança no paradigma e a Questão ambiental ao longo da Nova


República

André Wanderley do Prado nº 03


Andreza Ramos nº05
Elisa Mendes nº 08
Rodrigo Soares nº 21

2010
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1. Introdução

Pela primeira vez na história das eleições presidenciais do Brasil, há uma candidata,
Marina Silva, de um partido que se propõe a defender as questões relativas ao meio
ambiente (PV).

Esse é, sem dúvida, um fato histórico de imensa importância para nosso país ( tão
lembrado mundialmente por sua biodiversidade e riqueza de ecossistemas) e do qual,
nós, vivemos e somos testemunhas desse momento.

A mudança no paradigma desde 1989 até os dias de hoje, a qual levou ao que foi
exposto no 1º parágrafo é a questão fundamental que se pretende responder com a
pesquisa.

Para isso, propõe-se discutir os projetos eleitorais dos principais partidos das
eleições presidenciais de: 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e por fim, 2010. Essa discussão
será abordada, sobretudo no enfoque que cada um desses principais partidos deram às
questões ambientais na pauta de seus respectivos projetos. Por exemplo, no que se
refere ao desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Cerrado, na questão dos
latifúndios e na sua expansão sobre as áreas de florestas, dos garimpos, da poluição de
rios. Ou seja, se houve alguma preocupação em pautar a resolução dos impactos das
atividades econômicas nos principais ecossistemas brasileiros.

Além disso, a análise da mudança no paradigma será feita sempre dialogando com
os mais relevantes fatos históricos em discussão no tempo referido, no Brasil e no
mundo, que levaram a sociedade brasileira ao contexto atual.

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2. Desenvolvimento

2.1- Fatos históricos relacionados às questões ambientais ao longo da Nova República

Em pelo menos um aspecto, as eleições presidenciais desse ano de 2010 diferem das
mesmas dos anos de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006: o fato de haver uma candidata
(Marina Silva) de um partido que se prepõe a defender questões relativas ao meio
ambiente (PV). Observando-se a propaganda do horário eleitoral trasmitida pelos meios
de comunicação, ela é, dentre os outros dois principais candidatos ( Dilma Rousseff –
PT e José Serra – PMDB), a única que toca sensivelmente em temas interligados ao
meio ambiente.

Essa novidade – que constitui o ponto de partida da nossa pesquisa – evidencia que há
alguma mudança na sociedade brasileira, sobretudo quando é analisada
concomitantemente às demais eleições presidências da Nova República.

Da primeira eleição para presidente da Nova República até a de1998 o meio ambiente
era um tema praticamente ausente da plataforma eleitoral dos partidos e candidatos
concorrentes, não obstante a década de 1990 constituir o ponto chave do incremento dos
movimentos ambientais mundialmente.

As ONGS ambientais explodiram na década de 1990 à medida que o mundo passou a


olhar mais atentamente para as conseqüências das ações humanas na natureza, a
preocupação com o efeito estufa, a desertificação, extinção de espécies animais e
vegetais. Uma série de eventos na sociedade apontavam para essa preocupação:

- No início da década de 1990 cerca de 300 cientistas de 20 países participaram de


uma pesquisa promovida pela ONU a respeito de possíveis mudanças climáticas que
estariam ocorrendo na Terra. A primeira conclusão obtida por essa equipe foi a de que a
temperatura medeia da Terra estaria se elevando entre 0,3 e 0,6 °C por década. Ela
também constatou que os gases-estufa poderiam estar intensificando o efeito estufa na
atmosfera;

- Realização do Rio-92 em que se debateu a importância de procurar adequar o


desenvolvimento ao ritmo dos processos naturais sem exaurir o estoque dos recursos
naturais da Terra, de modo a mantê-los para as gerações futuras. Ela gerou como

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resultados a Declaração do Rio, a Convenção sobre Diversidade Biológica, a


Declaração sobre Florestas, a Convenção sobre Mudanças Climáticas e a Agenda XXI;1

-Realização em Paris, no ano de 1994 da Conferência das Nações Unidas para


Combater a Desertificação nos Países Seriamente Afetados pela Seca e/ou
Desertificação, em especial na África;

- Tratado de Kyoto, 1997.

No Brasil, o aumento do número de ONGs ambientais a partir da Eco-92 acompanhou


a tendência mundial. Todavia, já na década de 1980, o ambientalismo brasileiro assistiu
a uma proliferação de grupos e entidades, na sua maior parte amadoras, que constavam
com a boa vontade de seus militantes, em geral integrantes da classe média,
sensibilizados com as questões ambientais.

O movimento ambientalista cresceu durante a Assembléia Nacional Constituinte, que


produziu a Constituição de 1988. Na época, os ambientalistas articularam-se com
deputados para formar a Frente Parlamentar Verde, que chegou a contar com cerca de
15% dos deputados constituintes.

Com a promulgação da Constituição brasileira, em 1988, ampliou-se a possibilidade


de envolvimento da população na gestão dos recursos naturais do país. Essa ampliação é
de extrema relevância para o entendimento da mudança no paradigma, a qual estamos
analisando. Contemplada com um capítulo na Carta Magna, a temática ambiental foi
reforçada em âmbito institucional. Depois da Rio-92, proliferaram os Conselhos
Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, todos com representação da sociedade civil.

Ainda em 1988 entrou em vigor a Lei de Crimes Ambientais que alterou bastante a
responsabilidade pelos impostos ambientais. Até então, apenas os técnicos eram
cobrados judicialmente por eventuais prejuízos que pudessem ter sido gerados por
atividades econômicas. Depois da lei, os contratadores dos serviços, ou seja, os donos
das empresas, também passaram a ser responsabilizados pelos danos ambientais que
seus empreendimentos viessem a causar, o que passou a exigir que eles tomem ainda
cuidados com a conservação ambiental.

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http://www.estadao.com.br/especiais/entenda-o-que-foi-a-rio-92,3827.htm

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Já na década de 1990, o ambientalismo passou por mudanças. A realização da Rio-92


foi responsável pelo registro de mais de 4 mil organizações ambientalistas. O contato
com outros movimentos sociais, como o dos povos indígenas, dos sem-terra e dos sem-
teto, levou a uma maior aceitação da temática social como uma das matrizes do
ambientalismo. Passou-se a entender que quanto maiores as desigualdades sociais
maiores as chances de a população de baixa renda, por falta de alternativa, ocupar áreas
protegidas, causando, entre outro problemas, o desmatamento.

O diálogo entre os ambientalistas e os movimentos sociais também resultou numa


maior sensibilidade para as questões ambientais pelos últimos temas como qualidade de
vida e desenvolvimento sem degradação ambiental passaram a constar das pautas de
reivindicações de sindicatos e organizações de bairros, entre outros movimentos
organizados.

Tudo isso serve para exemplificar a mudança de pensamento na sociedade no tocante


a uma maior sensibilidade para com a causa ambiental.

Em meados da década de 1990, organizações internacionais, como o Greenpeace,


instalaram escritórios no Brasil. Elas atuavam de maneira profissional, contratando
técnicos especializados e até consultores internacionais para emitirem pareceres para
sustentar suas convicções nos debates em que se envolviam. A profissionalização do
ambientalismo no Brasil, que já venha ocorrendo desde meados da década de 1980,
cresceu, permitindo uma intervenção mais qualificada dos ambientalistas nos diversos
fóruns em que atuavam.

A Eco-92, além de ter contribuído para o aumento do número de ONGs ambientais a


nível global, contou com a participação dessas mesmas ONGs, as quais procuraram
intervir na pauta de discussões e influenciar no posicionamento dos países em cada
documento discutido. Entretanto elas perceberam que sua inserção na reunião oficial
seria reduzida e decidiram pela organização de uma reunião paralela, que foi chamada
de Fórum Global. Participaram dele mais de 2 mil seminários, como o Fórum
Internacional das ONGs e Movimentos Sociais, em que foram discutidos a pobreza, o
estilo de vida, a questão urbana, o racismo, a educação ambiental, ente outros temas. Ao
seu final, as ONGs participantes produziram mais de 30 tratados sobre os assuntos
mencionados e se comprometeram a divulgá – los como uma maneira de pressionar os
governos a mudar de atitude diante dos problemas ambientais.

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Não obstante todo o incremento dos movimentos ambientais a nível global, conforme
evidenciado, da eleição de 1989 até a de 1998, propostas relativas ao meio ambiente
passavam bem longe da pauta dos principais candidatos concorrentes às eleições
presidenciais2 porque todos os esforços voltavam – se ao foco um problema bastante
delicado que o país precisava resolver: o controle da inflação.

O Brasil de 1989 era um país recém saído da ditadura militar, com grande parcela de
analfabetos e repleto de todos os tipos de desigualdades: regionais, sociais e
econômicas. A concentração de renda atingia níveis escandalosos e a inflação – que
atingiu 1.200% ao ano – consumia os salários. Diante desse quadro, nem Lula nem
Collor se dispuseram a tratar de questões ambientais, apesar de que os conflitos
fundiários já passassem a ser abordados pelos meios de comunicação.

O cenário do país nas eleições de 1994 pouco difere do anterior. A inflação ainda
assombra os brasileiros, porque os planos econômicos propostos pelo governo anterior
tiveram vida curta. Os níveis de desemprego são altos, o país enfrenta uma recessão
econômica, quebra de lojas e falência de fábricas. Novamente, frente à esse quadro
econômico, os dois principais candidatos à presidência, Fernando Henrique – Ministro
da Fazenda do governo Itamar Franco, que assumiu a presidência após o impeachment
de Collor em 1992 – e Lula, não reservam espaço em suas propostas de maneira clara às
questões ambientais. Com o sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso – do
PSDB- é eleito no 1° turno ( 54,27% dos votos) com o apoio do PPB, liderado por Paulo
Maluf, e do PMDB. A aliança é criticada por setores da esquerda, que acusavam FHC
de realizar um governo “conservador e elitista”. O PSDB rebateu dizendo que a aliança
era a única maneira de viabilizar “as reformas necessárias para o país.”

Nos anos que antecederam as eleições presidenciais de 1998, os conflitos entre


fazendeiros, tropas policiais e trabalhadores rurais sem-terra passam a ser constantes.
Em 1995, dez camponeses sem – terra são mortos em confronto com PM a cidade de
Corumbuara, em Rondônia; em 1996, dezenove trabalhadores são assassinados por
policiais militares na cidade de Eldorado dos Carajás, no Pará. Esses conflitos chocam a
opinião pública internacional. José Saramago, um dos maiores escritores da língua
portuguesa, escreveu acerca do conflito em Eldorado dos Carajás:
2
Os três principais candidatos à Presidência da República - José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e
Marina Silva (PV).

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“ No dia 17 de abril de 1996, no estado brasileiro do Pará, perto


uma povoação chamada Eldorado dos Carajás ( Eldorado: como
pode sarcástico o destino de certas palavras ...), 155 soldados da
polícia militarizada, armados de espingardas e metralhadoras,
abriram fogo contra uma manifestação de camponeses que
bloqueavam a estrada em ação de protesto pelo atraso dos
procedimentos legais de expropriação de terras, como parte do
esboço ou simulacro de uma suposta reforma agrária na qual,
entre avanços mínimos e dramáticos recuos, se gastaram já 50
anos, sem que algumas vez tivesses sido dada suficiente
satisfação aos gravíssimos problemas de subsistência ( seria
mais rigoroso dizer sobrevivência ) dos trabalhadores do
campo.Naquele dia, no chão de Eldorado dos Carajás ficaram 19
mortos, além de umas quantas dezenas de pessoas feridas.” 3

Além disso, a atenção internacional é voltada não só para a questão dos conflitos
fundiários no Brasil, mas também com relação à matança de animais e lançamento de
mercúrio no meio ambiente através do garimpo. Por exemplo, nessa época, a matança
de jacarés no pantanal por coureiros ocupava lugar de destaque na imprensa, entre
tantos outros exemplos de atividades humanas que estavam causando a extinção de
diversas espécies brasileiras. Os jacarés do Pantanal eram trucidados pelos coureiros,
que retiravam – lhes a pele, abandonando os restos para os urubus, e clandestinamente
remetiam o couro para a Bolívia e o Paraguai, desses países o couro segui para os
Estados Unidos ou para Europa.

No entanto, apesar do aumento da preocupação com o meio ambiente no mundo


inteiro e do fortalecimento do MST, a questão ambiental ainda não é pautada da forma
devida pelos candidatos à presidência da República em 1998. O momento econômico
brasileiro

Não é favorável: apesar do controle da inflação, há desemprego e queda no consumo;


a implantação do programa de privatizações não diminui o déficit público. A crise na
Ásia começa a preocupar o país, e o fantasma da inflação volta a preocupar os
brasileiros. Os brasileiros apostam novamente no controle da inflação por meio do

3
( José Saramago. In Sebastião Salgado.terra. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.p.11)

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Plano Real – apesar de não ter havido muitos avanços nas questões sociais – e elegem
Fernando Henrique Cardoso.

Na década de 2000, o movimento ambiental fortifica- se ainda mais, sobretudo porque


as conseqüências das mudanças climáticas começam a ser percebidas no cotidiano das
pessoas em todos os cantos do planeta. Cenas de desprendimento das calotas polares;
verões com temperaturas tão incomuns que causam mortes na Europa; seca na
Amazônia; tsunami na Indonésia; avanço do mar sobre cidades costeiras; ciclone no sul
do Brasil: todos esses eventos deixam a humanidade atônita diante à fúria da natureza.

Os conflitos pelo controle dos recursos hídricos, aliás, datam já de anos anteriores. Por
exemplo, analisando- se 3 casos do ano de 1999, pode-se evidenciar isso. Segundo
fontes da Pretoria Dispatch, 1999, uma bomba de fabricação caseira foi descoberta num
reservatório de Wallmansthal, perto de Pretória e pensa-se que ela se destinava a sabotar
o fornecimento de água dos fazendeiros, segundo o jornal de New York Times, 1999, na
cidade de Porto Rico, EUA, após crônica escassesz de água em cidades vizinhas,
manifestantes bloquearan a tomada de água de Roosevelt Roads Navy Base para opor à
presença do exército americano e ao uso do rio Blanco pela marinha; segundo fontes da
China Water Resources Daly 2002, conflitos resultantes do excessivo desvio de água e
subseqüente escassez hídrica do rio Zhang ( China) se agravam por três décadas, fato
que deságua nem confronto entre os camponeses das províncias e Hebei e Henan pelo
limitado recurso hídrico. São usados armamento pesado, incluindo morteiros e bombas.

A cultura ambiental, que começou a se formar na década de 1970, disseminou-se pela


década de 2000 e tem no cotidiano das pessoas seu ponto fundamental, expressando – se
em ações de pessoas que questionam e buscam soluções para problemas que podem
prejudicar o modo de vida de cada comunidade. A consciência ambiental tem
estimulado pessoas, grupos, escolas e organizações a traduzir as grandes preocupações
em práticas e atividades concretas no local em que vivem. Além disso, as ações
ambientalistas, em todos os níveis, conquistaram gradativamente um espaço importante
nos meios comunicação de massa, gerando uma pressão social que forçou a
apresentação de projetos de lei visando à conservação da natureza em várias partes de
mundo.

A força da causa ambiental também se faz sentir nos meios de comunicação. Na


televisão, multiplicam-se programas destinados a tratar da temática ambiental e

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reportagens que tratam sobre esses assuntos são cada vez mais encontradas em quadros
de programas de respeitabilidade por parte da opinião pública e de grande audiência,
como por exemplo, o programa “Fantástico” e “Globo Repórter”, além do “Jornal
Nacional”, todos da Rede Globo. Nos jornais, matérias referentes às questões ecológicas
passam a ocupar as paginam diárias. Revistas conceituadas passam destinar as matérias
da capa á denuncia da expansão da fronteira agrícola e na Amazônia, ao aumento do
desmatamento e das queimadas. Multiplicam-se revistas que tratam, unicamente, de
temas relacionados ao meio ambiente. Propagandas que visam sensibilizar as pessoas
para a importância da preservação e desenvolvimento de uma consciência ecológica são
cada vez mais divulgadas pelo veículo de comunicação.

Os organismos internacionais também marcam sua presença e tentam despertar a


consciência ecológica na humanidade. Em, 2001, o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas das Nações Unidas declara que “provavelmente o homem tem
culpa na intensificação do efeito estufa”. Depois de amontoadas as evidências, em 2007,
declara-se que “a evidência do aquecimento do planeta é incontestável e irreversível” e
que “o homem vem contribuindo por meio de suas atividades para as mudanças
climáticas do planeta”, acrescentando que essa evidência é muito provável. (IPCC,
2007).

A posição dos Estados Unidos mediante ao tratado de Kyoto é lembrada por toda a
década de 2000, e na Conferência de Copenhague em que o movimento ambiental
internacional tentou marcar sua presença ativamente, enfrentando a policia e fazendo
amontoarem-se cartazes com os dizeres “There is no planet B”-- já em 2009, ainda fala-
se dela.

Inseridos nesse novo contexto histórico, nas eleições seguintes, os candidatos irão
reservar um espaço maior nas suas respectivas plataformas eleitorais, com propostas
que toquem na questão ambiental. Isso não só é resultado de uma postura ambiental que
é cobrada aos candidatos, mas também porque a inflação não assusta mais como
outrora.

Todavia, nem nas eleições de 2002, nem nas e 2006, nenhum candidato a presidência
da República é diretamente relacionado com a causa ambiental, a qual nem consta nas
suas propagandas eleitorais -- apenas são apresentados aspecto relativos na plataforma
eleitoral – que se prendem mais a questão da economia, saúde e educação. Isso muda

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nas eleições presidenciais de 2010. Nestas eleições, pela primeira vez na Nova
República, há uma candidata, marina Silva, do partido (PV), que se coloca em defesa da
questão ambiental, apresentando não só uma plataforma eleitoral, mas também numa
propaganda política que toca sensivelmente nessa temática.

Analisando sob um enfoque ambiental, no contexto das eleições desse ano, inserem-se
os desastres que a chuva causou no nordeste e no Rio de Janeiro, causando
desmoronamento de terra, com a conseqüente morte de família inteiras, e deixando
muitos desabrigados; o clima seco que fez com que o mês de agosto deste ano superasse
o mesmo do ano passado em recorde de queimadas, em muitas incentivadas por ações
humanas — no Norte, Centro-Oeste e Sudeste; e, além disso, discussões a cerca de um
novo código florestal, que pôs em extremos opostos ruralista ecologistas.

Pautas de propostas presidenciais ao longo da Nova República

&

Discursos Ambientais

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Eleição presidencial de 1989

A eleição de 1989 foi marcada por grande euforia e expressões de nacionalismo. A


esperança da população brasileira refletia-se nas mudanças estruturais da política
realizadas durante o governo Sarney (1986-1990), cujas marcas se apresentam com a
conquista das “diretas já” e com a aprovação da Constituição de 1988, na qual se tem o
primeiro discurso ambiental associado à legislação brasileira.

No entanto, os planos econômicos e as manobras de recuperação da economia


brasileira realizadas no governo Sarney, não conseguiram resolver o problema da
inflação, que vinha assolando a vida de muito brasileiros. Esse foi um dos principais
desafios propostos aos candidatos à presidência de 1989. O objetivo consistia em sanar
ou, ao menos, minimizar as tensões econômicas e sociais que afetava toda população
brasileira. Logo, pode-se perceber que não houve espaço para questões ambientais entre
os principais discursos dos candidatos.

Os candidatos à presidência de 1989, mais conceituados, foram Luiz Inácio Lula da


Silva (PT, PSB e PC do B) e Fernando Collor de Mello (PRN / PSC). O primeiro, Lula,
tinha como principais propostas presidenciais construir uma democracia de massa,
baseada numa sociedade de direitos e cidadania, com redistribuição justa de terra. Nessa
sociedade o Estado seria o agente de promoções sociais e organizador da economia
(Estado de Bem-Estar Social). Já o governo de Collor, mantinha como propostas
presidenciais a promoção de um Estado Mínimo, associada ao neoliberalismo, que
consistia na privatização de empresas e na cidadania de consumo. Collor foi eleito pelo
povo, por ter correspondido, em primeira instância, às necessidades preeminentes da
classe média oprimida pela inflação.

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva, ao propor a reforma agrária de certa forma
estimulou a expansão da fronteira agrícola, uma vez que a preocupação principal era
solucionar os conflitos fundiários através da distribuição eqüitativa de terras. Para tal, o
candidato também citou a ocupação de áreas da Amazônia exaltando seus recursos
naturais ainda não aproveitados. Entretanto, quanto às questões energéticas Lula
apresenta uma certa preocupação com o meio ambiente, apesar de que o foco estava na
economia e no pagamento da dívida externa através da busca de fontes de energia mais
rentáveis. Suas principais propostas para o setor energético no Brasil estão explicitadas
a seguir:

1. Rever o plano de auto-suficiência na produção de petróleo,


harmonizando-o com a evolução das reservas, as tendências
internacionais em nossa capacidade de investimento. Investir na
tecnologia de produção de petróleo em águas profundas e na estrutura
de refino, inclusive a poluição ambiental.

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2. Rever todo o sistema de subsídios ou pelo álcool, incluindo nessa


atividade a busca de melhorias tecnológicas e a implantação de novas
de novas relações de trabalho.Regulamentaram expansão de veículos a
álcool, gasolina e diesel.

Estimular o uso de gás natural como combustível, priorizando os


transportes coletivos. Impor rígidas normas de controle de poluição
derivada a queima desses produtos.

3. Instituir um novo sistema de financiamento para o setor elétrico,


buscando consolidação e o aumento de eficiência das empresas
públicas. Adotar tarifas reais e renegociar os termos de contratos
especiais de fornecimento de energia, eliminando os subsídios. Rever
o plano 2010 da eletrobrás dentro de uma concepção de planejamento
integrado, subordinado as prioridades de um novo modelo econômico.
Adiar a decisão sobre as hidrelétricas do Xingu e outros grandes
projetos, para submetê-los a amplo debate, que deve incluir a criação
de um fórum especifico sobre a Amazônia. Estimular a construção de
hidrelétricas de porte menor e de reduzir impacto ambiental. Executar
criterioso programa de conservação de energia.

4. Cancelar o programa nuclear paralelo e o acordo com a Alemanha


substituindo-os por uma política abertamente discutida, com a
participação da sociedade civil, da comunidade cientifica e do
congresso nacional. Submeter ao controle civil todas as atividades na
área nuclear, inclusive o enriquecimento de urano, hoje feito pela
marinha. Sustentar o projeto de submarino nuclear suspender a
operação de angra I ate a definição de um plano de emergência
aceitável para a região, sustar a obra de angra II e cancelar angra III.

5. Diversificar as fontes energéticas, estimulando o uso de carvão


mineral (com restrições a técnicas poluentes), do bagaço de cana, da
lenha de reflorestamento e de outras fontes. Desenvolver tecnologias
alternativas, menos agressivas ao ambiente.

6. Executar uma política de integração enérgica com os paises da


América latina.4

Nas propostas a cima, é possível observar a preocupação com a poluição e a agressão ao


meio ambiente relacionadas às questões energéticas, há também referencia as fontes
alternativas de energia como o gás natural e repreensões aos projetos de Angra I, II e III
que não representavam uma fonte rentável de energia, devido ao alto custo de obtenção
da mesma.

O candidato Fernando Collor não apresentava preocupação relevante com o meio


ambiente, pois seguia intensamente a ideologia de desenvolver a economia do país de
qualquer maneira, estimulando a produtividade através de incentivos fiscais e

4
Fonte: http://faculdadeanicuns.edu.br/acad_monografias/historia/historia_200512_consuelo.pdf (Data
de acesso: 28/06/2010)

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privatizações e sempre privilegiando a classe média que representava seu principal


público eleitoral.

Desta forma, pode-se analisar que as propostas presidenciais, tanto a de Luis Inácio
Lula da Silva, representante do partido dos trabalhadores, quanto a de Fernando Collor
de Mello do Partido Republicando Nacional, representando a classe média, tinham,
respectivamente, cunho social e econômico. Apresentavam dois caminhos distintos que
visavam a solução dos problemas alarmantes intensificados com a inflação. Apesar de o
candidato Lula possuir idéias relacionadas ao meio ambiente em suas propostas, essas
não eram muito divulgadas, pois não correspondiam às necessidades da população na
época tendo em vista que o paradigma ainda era de desenvolvimento urbano industrial.

Eleição presidencial de 1994

A eleição presidencial de 1994 teve como seus candidatos mais conceituados, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT, PSB, PCdoB, PSTU, PCB e PPS) e Fernando Henrique Cardoso
(PSDB, PFL, PTB). Esse último fora eleito por voto direto, após ter obtido êxito com a
implantação do Plano Real. Também, foram realizadas pelo presidente, entre outras
medidas, com o objetivo de reduzir o déficit público, considerado como origem da
inflação: a privatização de empresas estatais, aumentos dos juros, redução dos gastos
públicos e liberalização do mercado nacional. O maior desafio do governo Fernando
Henrique Cardoso foi manter a estabilização da moeda e, ao mesmo tempo, promover o
crescimento econômico.

O representante da oposição, Lula, manteve o mesmo cunho de propostas da eleição


anterior (1989), diferindo por sua vez na metodologia. Ele utilizou-se de um programa
de governo, o qual consistia em juntar muitas das reivindicações sociais e populares,
que buscava atender às demandas do movimento de massas. Tal proceder, efetivou a sua
luta pela democracia e pela autonomia econômica do país.

Sendo assim, podemos constatar, que na eleição de 1994, a preocupação entre os


candidatos a presidência ainda fora em restabelecer a economia brasileira e na
adaptação dessa, às novas realidades da economia mundial. Não houve apresentação de
nenhum discurso ligado à preservação do meio ambiente.

Eleição Presidencial de 1998

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A eleição de 1998 teve como seus principais candidatos a presidência: Luiz Inácio
Lula da Silva (PT, PDT, PSB e PC do B) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB, PMDB,
PFL, PPB e PTB). Esse último reeleito pelo povo por meio do voto direto, motivado
pela mudança real no viver dos brasileiros que vinha se estabelecendo, após o Plano
Real.

Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de ter perdido mais uma eleição, desenvolveu a sua
campanha, estabelecendo três eixos: social, nacional e democrático, organizado em um
conjunto de propostas econômicas, sociais e políticas, centrado na ruptura com o
neoliberalismo.

A eleição de 1998 foi considerada uma oportunidade a extensão do governo de


Fernando Henrique Cardoso, que assim, possibilitava dar continuidade aos seus projetos
ligados à reforma da Administração federal e a da Previdência Social e ao programa de
privatizações.

Desta forma, podemos novamente constatar, que durante o governo de Fernando


Henrique Cardoso, nenhum discurso relevante associado ao meio ambiente foi
proclamado, visto que o governo se movimentava conforme as necessidades de
crescimento econômico industrial.

Eleição presidencial de 2002

A eleição de 2002 foi disputada entre os principais candidatos à presidência: José


Serra (PSDB e PMDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT, PC do B, PL, PMN e PCB).
Esse último, finalmente eleito pelo povo por meio do voto direto, logo após a decepção
com o Governo FHC, ocorrida em 1999 com a Crise Cambial, havendo desvalorização
do Real. Logo, o maior desafio do Governo Lula era tirar o Brasil dessa estagnação
econômica e estabelecer projetos ou metas que visam à valorização das atividades
industriais e agrícolas e dos setores públicos, dentro do país, como forma de alavancar a
economia brasileira e efetuar a ruptura com o neoliberalismo.

Além do mais, a crise energética ocorrida em 2001, ano final do Governo FHC,
serviu-se de apoio à candidatura de Lula, representante da oposição, no ano posterior. A
crise foi caracterizada pela rígida racionalização da energia, que levou muitas regiões do
Brasil a ficarem sem luz, prejudicando o crescimento da economia brasileira com déficit

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da balança comercial e com aumento do desemprego. Apesar de ter sido ocasionada


pela falta de chuvas no Sudeste do país e pelo abandono da gestão plurianual, foi
também constatado que o programa de privatização do Governo FHC, no que concerne
a obrigatoriedade da licitação na expansão de rede de transmissão, favoreceu para o
surgimento da crise, por diminuir drasticamente os investimentos necessários às
empresas estatais que assegurava a manutenção das grandes hidrelétricas. Assim, não
tendo como elas e o governo manterem a regularidade entre o crescimento de consumo
energético e da capacidade instalada, o sistema energético entra em colapso.

No entanto, A crise energética levou o governo a estimular a construção de usinas


termoelétricas – movidas principalmente a óleo – para que o país não ficasse tão
dependente dos fatores naturais. Os dois candidatos á presidência, Lula e Serra, tinham
entre suas propostas para o desenvolvimento da economia do país, pós-crise energética,
em relação à busca de fontes alternativas de energia, o mesmo intento em criar usinas
termoelétricas, julgando-as como de melhor garantia e rentabilidade frente às
necessidades do sistema energético.

Desta forma, podemos constatar que os dois candidatos a presidência da República,


tanto Lula quanto Serra, não se utilizaram de nenhum discurso ligado a preservação
ambiental, visto que o foco ainda se situa no campo econômico, na tentativa e busca de
soluções para estabilização da economia brasileira. Entretanto, pode-se constatar, nas
pautas de propostas presidenciais, uma preocupação com a qualidade de vida nos
centros urbanos. Discursos sobre saúde e segurança pública, sobre reforma e
preservação de patrimônios públicos, inovação na infra-estrutura de imóveis e de
transporte de massas.

Eleição Presidencial de 2006

A eleição de 2006 tem com principais candidatos a presidência: Luiz Inácio Lula da
Silva (PT, PC do B, PL, PMN e PCB) e José Serra (PSDB e PMDB). Tendo sido, o
primeiro reeleito, sob voto direto, à presidente da República.

O governo de Lula pode se entender por mais um tempo, favorecendo o trabalho


realizado na efetivação da metas propostas na primeira candidatura (2002). Foram

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acrescentados projetos e programas assistencialistas como o “Programa Bolsa-Família”


e “Fome Zero”.

O discurso ambiental, apresentado como elemento em pauta nas propostas


presidenciais, apresenta-se já, timidamente, discutido no âmbito de preservação dos
patrimônios públicos. Durante o governo Lula, especificamente já em período final,
começa ser inserido na conjetura administrativa dos bens públicos, incluída na
manutenção dos recursos naturais e na preservação da biodiversidade brasileira. O
discurso ambiental vai se integrando nas relações econômicas internacionais, entre
países de Anexo I e países emergentes como Brasil, com fins de estabelecer relações
econômicas mais “limpas” e rendáveis.

Eleição Presidencial de 2010

Tendo em vista o crescente desenvolvimento econômico do Brasil nos últimos anos,


estimulado pelo avanço da produção industrial e agrícola, e os freqüentes acordos
climáticos decorrentes da preocupação mundial com as mudanças no clima e o meio
ambiente, logo se nota que o próximo presidente terá a responsabilidade de conciliar o
desenvolvimento vigente do Brasil, a redução das emissões de poluentes e a preservação
dos recursos naturais. Esse é um dos principais desafios para o próximo governo.

A eleição presidencial de 2010 tem como seus principais candidatos: Marina Silva
(PV), José Serra (PSDB), e Dilma Rousseff (PT). Essa eleição foi marcada pela
primeira candidatura do PV para presidência, a ex-senadora e ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva, que tem como base de sua plataforma eleitoral a preservação do
meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Os candidatos Dilma e Serra,
apresentam também o conceito de sustentabilidade ambiental em suas propostas, porém
esse aparece como um elemento secundário sendo muito pouco citado em seus
discursos políticos. Assim, devido aos motivos já citados juntamente com o maior
espaço que a mídia proporcionou as questões ligadas ao meio ambiente, essa é a eleição
em que o tema é tratado com maior relevância pelos principais candidatos chegando até
a servir de base para uma plataforma política.

Os candidatos José Serra e Dilma Rousseff possuem um maior distanciamento em


relação as questões ambientais associadas ao desenvolvimento do país. José Serra,

16
17

apesar de citar o desenvolvimento sustentável em seu discurso presidencial, não


elaborou propostas concretas às questões energéticas e a preservação de recursos
naturais. Abaixo, o fragmento de seu discurso presidencial relacionado ao meio
ambiente:

(...) Da mesma forma, precisamos tratar com mais seriedade a


preservação do meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável.
Repito aqui o que venho dizendo há anos: é possível, sim, fazer o país
crescer e defender nosso meio ambiente, preservar as florestas, a
qualidade do ar a contenção das emissões de gás carbônico. É dever
urgente dar a todos os brasileiros saneamento básico, que também é
meio ambiente. Água encanada de boa qualidade, esgoto coletado e
tratado não são luxo. São essenciais. São Saúde. São cidadania. A
economia verde é, ao contrário do que pensam alguns, uma
possibilidade promissora para o Brasil. Temos muito por fazer e muito
o que progredir, e vamos fazê-lo.

Também não são incompatíveis a proteção do meio ambiente e o


dinamismo extraordinário de nossa agricultura, que tem sido a galinha
de ovos de ouro do desenvolvimento do país, produzindo as alimentos
para nosso povo, salvando nossas contas externas, contribuindo para
segurar a inflação e ainda gerar energia! Estou convencido disso e
vamos provar o acerto dessa convicção na prática de governo. Sabem
por quê? Porque sabemos como fazer e porque o Brasil pode mais!5

No fragmento acima, observa-se que a questão ambiental é tratada como elemento


secundário associado a questões como saneamento básico e saúde. Não há propostas
concretas do candidato para conciliar tais questões ao meio ambiente, e estabelecer um
desenvolvimento sustentável.

José Serra parece utilizar os conceitos de desenvolvimento sustentável e preservação de


recursos apenas para promover seu discurso, tendo em vista a penetração e a
importância que tais conceitos representam no pensamento de boa parte da sociedade
brasileira atual. Apesar de sua plataforma política não ter uma relação relevante com as
questões ambientais, Serra enquanto governador do Estado de São Paulo regulamentou
uma importante lei, a Lei Paulista de Mudanças Climáticas, que ressalta a redução de
gases poluentes, indicando alguma preocupação concreta de Serra com as questões
ambientais em seu histórico.

5
Fonte: http://www.joildo.net/noticias/discurso-de-jose-serra-no-lancamento-de-sua-
candidatura/#ixzz0y1ofdbqA (Data de Acesso: 25/07/2010)

17
18

Quanto às questões energéticas, Serra cita que é necessário manter as usinas


hidrelétricas como principal fonte de energia nesse período, porém deve-se investir em
novas tecnologias renováveis e em políticas contra o desperdício. Apesar de apoiar as
usinas hidrelétricas, Serra critica a construção da usina de Belo Monte na Amazônia.

“Belo Monte não é a terceira usina hidrelétrica do mundo. É menos da


metade daquilo que se anuncia, porque na época da seca vai produzir
menos da metade. Se o governo quer fazer ele precisaria convencer a
sociedade, tanto em relação à economia quando ao meio ambiente”.
Declaração de Serra.6

No entanto, em relação à questão da aprovação da mudança do Código Florestal, que


representa um grande retrocesso na legislação ambiental brasileira, Serra não apresenta
ainda uma opinião concreta, apesar de seu partido ter apoiado tal mudança. Abaixo está
uma declaração sua sobre o Novo Código Florestal.

"A minha posição clara é que não dá para discutir agora, no meio de
uma campanha eleitoral, uma loucura, foi um equívoco do governo ter
instigado a questão até chegar na época de eleição. É a pior época para
negociar. Segundo, o Brasil é um país heterogêneo, não é? E também
tem uma heterogeneidade que vai para trás que é a idade das
propriedades. Tem gente que a Reserva Legal não era legal e foi
consumida há 50 anos. Eu vou chegar lá (na presidência) e em seis
meses vou equacionar esse assunto”, explica Serra.7

Dilma Rousseff, candidata do PT, já apresenta em sua pauta um setor reservado para a
questão do desenvolvimento sustentável, porém a candidata apoia projetos delicados em
relação ao meio ambiente, em que mesmo que haja um controle o impacto é inevitável.
Dilma encontra dificuldades para aliar o progresso econômico e a sustentabilidade
ambiental. Suas propostas para o desenvolvimento agrícola, industrial e comercial do
país seguem abaixo:

a) construção de novas hidrelétricas para fazer frente aos

6
Fonte:http://www.top30.com.br/news/eleicoes-2010-dilma-rousseff-pt-jose-serra-psdb-e-marina-silva-
pv (Data de acesso: 29/07/2010)

7
Fonte:http://www.oeco.com.br/eleicoes-2010/24267-jose-serra-no-jornal-das-dez (Data de acesso:
02/08/2010)

18
19

desafios da aceleração do crescimento, nos marcos de uma


política energética baseada em fontes renováveis e com
respeito ao meio ambiente;

b) desenvolvimento de novos pólos de energia eólica e solar;

c) exploração dos recursos do Pré-Sal, que fortalecerão a


auto-suficiência do país em hidro-carbonetos, dando
continuidade à crescente nacionalização da exploração e da
produção;

d) criação, a partir do Pré-Sal, de uma poderosa indústria de


fornecimento de bens e serviços e de produtos derivados do
petróleo e petroquímicos. A agregação de valor ao petróleo e
ao gás do Pré-Sal e a constituição de um Fundo Social que
apoie políticas sociais, educacionais, ambientais, científico-
tecnológicas, culturais e de combate à pobreza são as garantias
contra a "maldição do petróleo";

e) continuidade da reconstrução e ampliação da rede


ferroviária, rodoviária, aeroportuária e da navegação costeira,
melhorando as condições de vida da população e agilizando a
circulação da produção;

f) ampliação das redes de silos e armazéns, que garanta a


segurança alimentar da população e favoreça as exportações;

g) conclusão das obras do Projeto São Francisco e de trabalhos


complementares que permitam a recuperação do rio e de seus
afluentes, a irrigação de terras, o abastecimento de água
potável;

h) ampliação de portos e aeroportos, para atender às exportações e,


sobretudo, aos desafios da realização da Copa do Mundo de Futebol e
dos jogos Olímpicos e do crescimento exponencial do turismo
nacional e internacional.8

Apesar de propostas ecologicamente corretas como o desenvolvimento de novos pólos


de energia eólica e solar, Dilma apóia projetos que representam um enorme impacto ao
meio ambiente como o Projeto São Francisco e a construção da usina hidrelétrica de
Belo Monte. Esses projetos visam respectivamente intensificar o abastecimento de água
na região nordeste amenizando o problema da seca e prover o aumento de produção de
energia elétrica elevando sua oferta para todo o país. Dilma é uma das principais
idealizadoras da construção de Belo Monte, e aposta na usina como a solução para os
vigentes problemas de abastecimento energético no Brasil, exaltando-a como fonte de

8
Fonte: http://estaticog1.globo.com/2010/07/Programa_Dilma_atualizado.pdf (Data de acesso:
21/07/2010)

19
20

energia limpa. No entanto os impactos ambientais vão desde os conflitos com os


indígenas que habitam a região até a morte de centenas de espécies de animais e
vegetais decorrentes do alagamento da grande área.

As polemicas em relação aos impactos da construção da usina de Belo Monte não


fizeram com que Dilma procurasse priorizar os investimentos em outras fontes de
energia como eólica, solar, etc. Ela até cita essas fontes energéticas em sua pauta, porém
parece não acreditar que elas seriam uma alternativa satisfatória para a questão
energética no Brasil. Isso pode ser observado em seu discurso a seguir sobre a
construção da usina, onde ela indica apenas duas alternativas possíveis para o
abastecimento de energia, as usinas hidrelétricas ou as usinas termoelétricas.

“Não ache que o projeto correu, esse projeto tem mais de 20 anos. Foi
discutido com todas as instancias. Acho que fizemos isso [projeto de
Belo Monte] por um motivo muito simples: se o Brasil não produzir
energia hídrica, vai produzir energia térmica”.9

O Projeto São Francisco, também é cercado de polemicas, pois coloca o rio em risco de
seca permanente e prejudicar diversos ecossistemas, além disso, há especulações de que
mesmo se o projeto der certo a água que chegar a região Nordeste, terá um custo
elevado para consumo devido ao alto custo de seu transporte, beneficiando apenas a
elite local.

Quanto à questão do Novo Código Florestal, Dilma alega que é contra o avanço do
desmatamento, mas que o período de eleições é um momento ruim para discutir tal
assunto, apesar de seu partido ter apoiado a mudança. Isso demonstra a falta de opinião
concreta da candidata nesse aspecto.

Dilma participou da conferência de Copenhague para defender metas de redução de


emissões de gases tóxicos no Brasil. Isso demonstra preocupação com o meio ambiente
por parte da candidata, que ainda estabeleceu as propostas a seguir para promover um
desenvolvimento sustentável no país.

a) consolidação da mudança de paradigmas para promoção


do desenvolvimento sustentável da Amazônia e ampliação
para os demais biomas brasileiros;

9
Fonte: http://www.top30.com.br/news/eleicoes-2010-dilma-rousseff-pt-jose-serra-psdb-e-marina-silva-
pv (Data de acesso: 29/07/2010)

20
21

b) intensificação de políticas integradas para o combate ao


desmatamento;

c) consolidação do Sistema Nacional do Meio Ambiente -SISNAMA

d) adequação da matriz energética brasileira com ampliação


da produção e do uso de energias limpas e renováveis;

e) promoção de políticas de uso eficiente da energia, com


inovação tecnológica e combate ao desperdício;

f) fortalecimento da legislação ambiental brasileira;

g) ampliação dos programas específicos para proteção e uso


sustentável da biodiversidade brasileira;

h) aperfeiçoamento da gestão integrada dos recursos hídricos


nacionais;

i) priorização de ações de planejamento para a promoção de


políticas urbanas e ambientais integradas;

j) fortalecimento das iniciativas internacionais para


implementação de um novo acordo global que amplie as ações
para o enfrentamento do processo de mudanças climáticas;

k) estímulo de polos industriais nas áreas de biotecnologia.10

A candidata Dilma Rousseff apesar de fazer propostas para um desenvolvimento


sustentável, entra em conflito com outras de suas próprias propostas de progresso
econômico e produtivo devido aos projetos já citados do Rio São Francisco e da
construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e, além disso, ela tem o desafio de
reduzir a emissão de gases tóxicos enquanto estimula intensamente a exploração do Pré-
Sal.

Entre os três candidatos a presidência na eleição de 2010, Marina Silva do Partido


Verde é, sem dúvida, a mais ligada às questões ambientais. Marina participou do
Partido dos Trabalhadores durante longo período de sua carreira política, até que em
2008 desiludida com o partido devido principalmente à falta de apoio as políticas
ambientais por ela defendidas e a uma série de escândalos de corrupção, ela se transfere
para o PV. O Partido Verde foi fundado na década de 1980 por ambientalistas e outros
ativistas de movimentos sociais, e teve como base as tendências ambientalistas em curso
10
Fonte: http://estaticog1.globo.com/2010/07/Programa_Dilma_atualizado.pdf (Data de acesso:
21/07/2010)

21
22

na Europa durante aquele período, hoje o partido ainda concentra fortes tendências
ambientalistas nos discursos de seus representantes, sendo assim o mais voltado as
questões ambientais no Brasil.

Marina possui um histórico fortemente entrelaçado com causas ecológicas no Brasil,


durante a década de 1980 ela já participava de movimentos sindicais em sua região, o
Acre, e se aliou a Chico Mendes, líder dos seringueiros, ajudando-o a fundar a Central
Única dos Trabalhadores (CUT) que já possuía ideologias de desenvolvimento
sustentável da Região . Em 2003, Marina é nomeada ministra do Meio Ambiente pelo
governo Lula, enquanto ministra realizou muitas propostas em relação ao
desenvolvimento sustentável, destacando-se a contenção do desmatamento da
Amazônia, e redução de gases poluentes, porém alegou que seu partido não acreditava
em seus ideais e o abandonou.

Marina, hoje, é declaradamente contra os projetos de Transposição do Rio São


Francisco, da construção da usina de Belo Monte e o Novo Código Florestal, devido
seus impactos negativos ao meio ambiente. Quanto ao Novo Código Florestal, Marina
declara "Não permitam que se faça esse sequestro das florestas, que não se cometa esse
estelionato ambiental." 11

Em relação à construção da usina de Belo Monte, Marina também critica:

“Está sendo um empreendimento praticamente subsidiado. Está sendo


subsidiado por quê? Não têm viabilidade ambiental, vários problemas
sociais. E há denuncia de que temos problemas de viabilidade
econômica. O governo coloca todo apoio com verbas públicas
mostrando que o empreendimento economicamente não é
sustentável”.12

11
(Fonte:http://g1.globo.com/especiais/eleicoes2010/noticia/2010/07/marina-critica-planos-de-governo-
de-dilma-e-serra.html).

12
Fonte: http://www.top30.com.br/news/eleicoes-2010-dilma-rousseff-pt-jose-serra-psdb-e-marina-silva-
pv (Data de acesso: 29/07/2010)

22
23

A base da plataforma política de Marina Silva está claramente direcionada ao


desenvolvimento sustentável e aos problemas ambientais, isso é facilmente perceptível
quando observamos sua propaganda política televisiva que em muitos momentos se
assemelha a um documentário sobre os problemas ambientais, ressaltando
principalmente a crise da água e as questões decorrentes da mudança do clima. Seu
discurso evoca a utilização racional dos recursos naturais renováveis e não renováveis, a
preservação dos ecossistemas brasileiros entre outros fatores que servem de reforço para
promover sua idéia principal de que para o Brasil progredir não é necessário que haja
agressão ao meio ambiente. Essa idéia é explicitada no fragmento de sua proposta
eleitoral exposto abaixo:

O desenvolvimento sustentável é a oferta do melhor para


todos, hoje e no futuro. No Brasil, a noção de avanço está,
associada à idéia do crescimento econômico sem limite,
expressa no " aumento do poder de consumo e na construção
de obras, como estradas, escolas e hospitais
que em que pese suas inegáveis importância é preciso reconhecer que
as sociedades mais prósperas são e serão aquelas que escolherem
investir nas pessoas e na valorização dos recursos naturais que dão
sustentação à vida. 13

Durante sua campanha eleitoral, Marina expôs mais problemas do que soluções. Ela
relatou problemas ambientais pertinentes relacionados à economia, agronegócio e
outros setores, porém apesar da candidata alegar que a utopia é possível, suas propostas
que desde quando era ministra já eram consideradas utópicas continuam não sendo
viáveis para a realidade atual do Brasil. A questão energética, por exemplo, é bem
delicada pois no período atual as fontes de energia limpa e ecologicamente corretas não
seriam suficientes para suprir a demanda energética do Brasil e a tentativa imediata de
uma substituição do modelo energético brasileiro para esse tipo de fontes ocasionaria
uma nova crise.
Marina, conta com uma parcela muito pequena de votos em relação aos outros dois
principais candidatos de acordo com a pesquisa do IBOPE. No entanto, sua candidatura
tem como principal importância o maior espaço dado para os discursos ambientais pela
mídia fazendo assim o povo brasileiro refletir mais sobre tais assuntos.

O diretor-executivo do Greenpeace Brasil, Rafael Nardini, reforça essa importância da

13
Fonte: http://estaticog1.globo.com/2010/07/propostas_Marina_Silva.pdf (Data de acesso: 18/07/2010)

23
24

candidatura de Marina em relação ao meio ambiente em seu discurso abaixo retirado de


sua entrevista concedida ao site Notícias Terra:

Terra - E como o Greenpeace enxerga a candidatura Marina


Silva?
Nossa leitura é que o papel da candidatura foi alavancar a discussão na
sociedade para o nível político-eleitoral e para a presidência. Esse é
um ponto importante. A gente já tinha conseguido, em alguma escala,
que o meio ambiente fosse debatido na política. Mas agora é a
primeira vez que ele tem a chance de ficar próximo dos assuntos
fundamentais como educação e segurança. Para mim, que trabalho há
15 anos com isso, mudança climática não é um assunto ambiental. É
um assunto econômico, político, tecnológico e também ambiental.
Mas a parte ambiental é muito mais as conseqüências. O desafio para
a Marina é fazer esse diálogo.14

3. Conclusão

Tomando-se por base a pesquisa desenvolvida, a avaliação da mudança no paradigma


na sociedade brasileira desde a primeira eleição da Nova República a eleição do ano de
2010 e o comportamento da sociedade, dos meios de comunicação e das propostas dos
partidos mais relevantes frente a essa mudança foram aqui bem expostos.

Por meio da analise da plataforma eleitoral dos candidatos dos dois principais partidos
políticos concorrentes às relações presidenciais. Dos anos de 1989, 1994, 1998, 2002,
2006 e por fim, 2010 e contextualização dessas eleições, foram procurados elementos
que dessem suporte para o entendimento da mudança de paradigma a qual emergiu o

14
Fonte: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4634100-EI15315,00-
Para+Greenpeace+Dilma+representa+o+antiambientalismo.html (Data de acesso: 29/07/2010)

24
25

enfoque dado a questão ambiental na atualidade, pois ao longo dos anos devido às
mudanças econômicas, sociais e políticas como o controle da inflação,o aumento de
ONGS ambientais no país e no mundo, a promulgação da Constituição brasileira de
1988, o contato com os movimentos sociais dos indígenas e dos sem – terra por
exemplo, novas pesquisas científicas denunciando problemas ambientais causados pelo
homem, como o aumento da temperatura terrestre pela emissão de gases do efeito
estufa e paralelamente a esses acontecimentos, o aumento da incidência de catástrofes
naturais. Todos esses fatores colaboraram para uma mudança de pensamento na
sociedade para uma maior sensibilidade com a causa ambiental.

E com isso, as propostas eleitorais dos partidos tiveram que se adequar a esta nova
realidade, passando a propor soluções e a defender às questões relativas ao meio
ambiente de forma mais marcante e direta - diferindo no contexto de eleições anteriores-
e que se justifica pela importância do movimento ambiental hoje, por todo tratamento
pelo qual ele passa nos meios de comunicação e, finalmente, pelo fato de haver, pela
primeira vez na Nova República, uma candidata de um partido que se propõe a defender
as questões relativas ao meio ambiente de maneira bem explicita.

Podemos perceber assim, que a mudança da realidade dos partidos políticos brasileiros
foi reflexo da transformação de pensamento tanto da sociedade mundial, como também
da brasileira. Hoje há uma maior e mais crescente preocupação com as causas
ambientais tanto do ponto de vista econômico, político como também social e cabe a
todos nós estar cada vez mais atentos para fazer a nossa parte em relação à proteção e
não degradação do ambiente em que vivemos, como também exigir dos partidos e dos
políticos, leis, soluções e atitudes que garantam o desenvolvimento sem ou com o
mínimo de agressão possível ao meio ambiente, garantindo assim uma melhor qualidade
de vida para todos.

25
26

4. Bibliografia

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26
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27
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Brasil pode perder até R$ 3, 65 trilhões. O globo, 25 set. 2009 p. 32.

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Candidata evita polêmica: “A opinião dele é a opinião dele”. Destak, 26 abr.


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