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NÃO SOU O “ISRAEL DE DEUS”


Uma análise bíblica sobre as diferenças e semelhanças entre Israel e a igreja

“É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios,
certamente, visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a
incircuncisão”. (Rm 3:29-30)

INTRODUÇÃO

O motivo deste estudo é mostrar que devermos amar Israel e orar pela paz em
Jerusalém (Sl 122:6), sabendo que Israel é a nação eleita de Deus. Porém, não podemos
confundir Israel com igreja e temos que saber separar as coisas. Há muita confusão com
relação a estes dois povos. Muitos interpretam erroneamente as promessas de Deus para
Israel, como se fossem para a igreja (assim como várias passagens dos evangelhos,
relativas a Israel e não à igreja, como Mateus 24 e 25) e tem muitas igrejas evangélicas
pregando práticas e doutrinas do A.T., aos crentes neotestamentários!
Devemos saber que apesar de haver muita semelhança entre ambos, também há
grandes e importantes diferenças. Portanto:

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2:15).

ISRAEL

“Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe
fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra” (Dt 7:6)

Israel, em termos de nação, é o povo escolhido por Deus (Gn 12:1-3, 17:7-8; Êx
19:5-6; Dt 7:6-26; Is 43:5-7; Jr 7:23; 13:11; At 13:17), não por seus atributos mas, muito
pelo contrário, pela graça e soberania de Deus. Ele disse que, através desta nação, seriam
abençoadas todas as famílias da terra (Gn 12:3).
Israel surgiu da semente de Abrão: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra,
da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande
nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn 12:1-2). O
Senhor disse a Abrão que sua descendência seria mais numerosa que as estrelas do céu
(Gn 15:5).
A Aliança Abraâmica é uma aliança com três elementos vitais, onde Deus: 1.
declara a estratégia de alcançar o mundo através de Israel. 2. lega uma terra como uma
possessão eterna a Israel. 3. promete abençoar aqueles que abençoarem a Israel e
amaldiçoar aqueles que a amaldiçoarem.
Esta possessão de terra (bênçãos materiais) iria do Rio Nilo até o Eufrates:
“Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho
dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18).
Porém, o mais importante ainda é que esta aliança é PERPÉTUA (eterna!): “E
estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas
gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. E te
darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã
em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:7-8).
Deus não anulou esta aliança, sob nenhuma hipótese, mesmo com toda a
desobediência por parte do povo de Israel; até porque, Deus sempre soube que este povo
era de dura cerviz e, por isso, a aliança não seria jamais firmada sob a condição da
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obediência de Israel: “Porque eu sabia que eras duro, e a tua cerviz um nervo de ferro, e a tua
testa de bronze” (Is 48:4).
A aliança foi mantida, pois Deus é Fiel e “... guarda a aliança e a misericórdia até mil
gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt 7:9); pois, como Deus
mesmo disse: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois
consumidos” (Ml 3:6).
A aliança foi firmada, com base no amor de Deus, que nunca muda, por amor do
Seu Santo Nome (Is 48:9; Ez 20:9, 14, 22, 44; 36:21). Mesmo com a desobediência do
povo, Deus os perdoou várias vezes: “Não obstante o meu olho lhes perdoou, e eu não os
destruí nem os consumi no deserto” (Ez 20:17).
Em Deus, “não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1:17); o que Ele prometeu,
Ele cumpriu, cumpre e cumprirá: “Desta maneira deu o Senhor a Israel toda a terra que
jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela” (Js 21:43). (vide também: Is 43:11,
13, 46:5, 9-10; Hb 6:17-18; etc.).
Israel foi necessário para revelar ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8).
Também, seria o povo através do qual Deus traria o Messias ao mundo e a conseqüente
oportunidade de salvação aos gentios (Gn 12:3; Jo 4:22; Rm 9:4-5).
Em Romanos, vemos Paulo indagar: “Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a
utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de
Deus lhe foram confiadas. Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará
a fidelidade de Deus?” (Rm 3:1-3). Ele mesmo responde: “De maneira nenhuma; sempre seja
Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso” (Rm 3:4a).
Assim, Deus se identificou a Moisés, na sarça ardente: “... Eu sou o Deus de teu pai, o
Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó” (Êx 3:6).
Na Palavra de Deus, vemos bênçãos e promessas para aqueles que amarem Israel,
bem como, maldições para os que a odiarem: “E abençoarei os que te abençoarem, e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn
12:3). “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” (Sl 122:6).
Profecias sobre o milagre da indestrutibilidade de Israel: TODAS AS OUTRAS
NAÇÕES ESPALHADAS DESAPARECERAM! (Gn 12:1-3; 15:5 versus Jr 30:11; Lv 26:44; Is
11:11-12; Jr 31:35-36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm 11:1-5; 25-32).
Profecias sobre a História de Israel: Israel teve profetizada sua dispersão (Lv 26:33;
Dt 28:15, 64-65 (ou 15-68); Jr 15:4; 16:13; 24:9; Os 3:4; 9:17). Primeiro seria dispersa
só a parte de Israel (1Rs 14:15; Is 7:6-8; Os 1:6-8). Depois, Judá seria dispersa (Is 39:6;
Jr 25:9-12). 70 (Setenta) anos depois, Judá seria parcialmente restaurada (Mq 1:6-9
versus Jr 29:10-14). Até o nome de Ciro, o rei Persa que restauraria Judá, foi previsto com
120 anos de antecedência!!! (Is 44:28-45:1).
Os judeus foram desobedientes a Deus e contaminaram a casa de Israel “... com
seus caminhos e com as suas ações” e “por causa do sangue que derramaram sobre a terra, e
dos seus ídolos, com que a contaminaram” (Ez 36:17-18). Israel havia sido eleito e escolhido
para seguir pelo caminho indicado pelo Senhor. Mas andou por seus próprios caminhos e
fez aquilo que achava certo segundo seu raciocínio humano. Os israelitas se recusaram a
ser uma nação teocrática e quiseram imitar os povos vizinhos (1Sm 8:5). Esta foi e
continua sendo, até aos dias de hoje, a grande tragédia de Israel.
Em virtude de serem tão desobedientes, Deus os espalhou pelo mundo: “E espalhei-
os entre os gentios, e foram dispersos pelas terras; conforme os seus caminhos, e conforme os
seus feitos, eu os julguei” (Ez 36:19).
A primeira diáspora inicia-se em 586 a.C., quando o imperador babilônico
Nabucodonosor II (605 a.C.-562 a.C.) invade Jerusalém e deporta os judeus para a
Babilônia.
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Mas, mesmo que os judeus tenham profanado o Nome do Senhor, entre os gentios,
Deus os poupou por amor do Seu Nome (Ez 36:21) e prometeu que os traria de volta à
sua terra (Ez 36:24) e os trouxe (Jr 15:14-21).
Em Lucas 21:24, lemos que: “E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão
levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem”.
O segundo momento da diáspora acontece no ano 70 d.C., com a destruição de
Jerusalém e do templo, pelas legiões romanas do General Tito, quando os judeus foram
dispersos pelo mundo. A partir desse momento, os judeus se dirigiram para diversos
países da Ásia Menor e do sul da Europa, formando comunidades que mantiveram a
religião e os hábitos culturais judaicos.
Contudo, Deus prometeu que os traria de volta, mesmo estando eles dispersos por
todo o mundo: “Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o
oriente, e te ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Dá; e ao sul: Não retenhas; trazei meus
filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra. A todos os que são chamados pelo
meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz” (Is 43:5-7).
Esta fantástica profecia se cumpriu debaixo de nossos olhos! Em 14 de Maio de
1948, em uma reação rápida, Israel recebeu da ONU o seu reconhecimento como nação!
Esse evento está mencionado na Bíblia: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas
semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só
vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66:8). {Provavelmente este foi
um cumprimento parcial e menor, em alguns sentidos, mas era antes considerado
totalmente impossível, e foi um extraordinário milagre da providência de Deus, e ilustra e
comprova o cumprimento pleno que certamente virá. É um exemplo da “Lei do Duplo
Cumprimento” (vide livros e cursos de Hermenêutica, as leis para a sã interpretação da
Bíblia, particularmente da linha dispensacionalista, como Manual de Escatologia, de Dwight
Pentecost). Em resumo, esta lei de interpretação reconhece que, antes do infalível
cumprimento maior (literal, completo, e definitivo), profecias às vezes podem ser
cumpridas somente num sentido menor (figurativo, incompleto, e temporário), uma
espécie de "pequena amostra preliminar, um penhor comprobatório de que o todo virá", o
que de modo algum substitui e impede o cumprimento literal, completo e definitivo}.
“Todavia, nenhum outro grupo étnico da face da Terra tem uma reivindicação mais
legítima à sua terra do que os judeus - o que é atestado pelos manuscritos antigos que
contêm descrições detalhadas de títulos agrários muitos séculos anteriores ao surgimento
da fé islâmica agora professada por aqueles que insistem que a terra pertence, não aos
judeus, mas a eles. Apenas para mostrar o quão fraca e ridícula é realmente a
reivindicação dos assim-chamados "palestinos", muitos autores observaram que até que
Israel foi restabelecido como uma nação, os árabes e outros muçulmanos na região
tinham pouco interesse pela terra ou por Jerusalém - a cidade que agora, de repente,
tornou-se o "terceiro sítio sagrado mais importante do Islã".” (Pr. Ron Riffe) [1]
Paulo, referindo-se aos israelitas disse o quanto esta nação é especial, pois dela
veio o Salvador: “Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus
irmãos, que são meus parentes segundo a carne; que são israelitas, dos quais é a adoção de
filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos
quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”. (Rm
9:3-5) [grifos meus]. E, também, destacou a importância dos judeus “porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm 3:2).
Por essas e outras, vemos que Israel é um povo peculiar, especial para Deus. Deus
nunca os abandonou. E, uma vez que o Altíssimo ama, incondicionalmente, este
maravilhoso povo, nós (gentios) também devemos amá-lo e orar por sua conversão!
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ISRAEL, UMA NAÇÃO, UM MILAGRE – SUAS PECULIARIDADES

O povo: Nos quase 2.000 anos de diáspora (dispersão) entre todos os povos, os
judeus continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as ondas de
perseguição. O Estado de Israel é, portanto, a continuação do povo bíblico, o que se
mostra inclusive nos cohanin, os descendentes de Arão, que são os únicos a
possuírem o gene YAP DYS19B.
A terra: Vimos que, em cumprimento a várias profecias, em 14 de Maio de 1948,
em uma reação rápida, Israel recebeu da ONU o seu reconhecimento como nação e
retornou à sua terra prometida! Jerusalém é mencionada 811 vezes na Bíblia e nenhuma
vez no Corão, revelando a mentira de que Jerusalém sempre foi sagrada para os
muçulmanos.
A língua: A língua oficial de Israel é o hebraico bíblico enriquecido com vocábulos
modernos e se chama "ivrit". Isso significa que hoje poderíamos conversar com o rei Davi,
com o profeta Isaías e com o apóstolo Paulo. Elieser Ben-Yehuda (1858-1922) ressuscitou
e deu nova vida ao hebraico bíblico, que, na Diáspora, era a linguagem usada na liturgia e
na teologia. A língua hebraica se manteve em seu estado original e não se modificou com
o passar do tempo como aconteceu com as outras línguas vivas (por exemplo, o grego)
porque ficou hibernando por quase 2.000 anos e conservou-se igual ao hebraico bíblico
original.
A moeda: Já há 2.000 anos a.C., o "shekel" (siclo) era uma moeda. O siclo era a
moeda para se pagar o tributo ao templo em Jerusalém. Em 1982, Israel reintroduziu esta
moeda bíblica e passou a usar outra vez o siclo como moeda corrente.
A religião: Outras religiões se modificaram, reformas e contra-reformas adaptaram
as religiões ao espírito de cada época. Com o Judaísmo não foi assim. A religião judaica se
ateve teimosamente aos preceitos da Bíblia.
A legislação: Apesar de Israel ser um Estado democrático moderno, sua legislação
se baseia em fundamento bíblico. Assim, em Israel não existe casamento civil, só a
cerimônia religiosa rabínica; contratos de arrendamento só têm validade por 49 anos, para
que no 50º ano, que é ano de jubileu, tudo volte às mãos de seus proprietários originais;
soldados israelenses prestam juramento com a Bíblia sobre o peito e com a arma na mão.
A lei bíblica continua sendo a instância máxima para a legislação em Israel.
Tudo em Israel... tem idade bíblica, mas isso não faz de Israel um museu. Ele é
um dos países mais modernos do mundo. Em outros lugares se abandonam as tradições
dos antepassados, mas em Israel existe uma volta à antiga Bíblia. Assim, Israel vai se
tornando mais e mais um recipiente com formato bíblico para, algum dia, estar em
condições de receber em si o Espírito de Deus (Ez 37 e Jr 31). Por enquanto, Israel é
bíblico apenas em sua forma exterior, mas interiormente ainda não; contudo, todas as
coisas têm a sua hora para acontecer. (Nota: alguns trechos deste tópico foram retirados
do artigo: “Quão Bíblico é Israel?”, com pequenas adaptações) [2]
Jesus Cristo (que é 100% Deus e, portanto, é Eterno), ao Se encarnar, também Se
tornou 100% Homem; e, humanamente falando, Ele é judeu, pois nasceu da raiz de Jessé
(Is 11:1, 10; Rm 9:3-5; 15:12).
Vejamos o que nos diz Dave Hunt: “Jesus Cristo, o Salvador e Redentor de todos os
que nEle crêem, é, sem dúvida, o assunto mais importante das Escrituras – contudo, sem
Israel, não existiria um Salvador. Jesus é um judeu, descendente de Abraão, Isaque e
Jacó, através do rei Davi, o que Lhe dá o direito de governar Israel e o mundo. Ele nasceu
em Israel, ali viveu todos os seus dias terrenos e (com algumas exceções) ministrou
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exclusivamente aos judeus, conforme Mateus 15.24: “Não fui enviado senão às ovelhas
perdidas da casa de Israel”. [3]
Israel, uma nação minúscula que representa apenas 1/1.000 da população mundial
e, segundo o Pr. Ron Riffe: “Humanamente falando, não há modo para que um minúsculo
país conseguisse sobreviver a qualquer uma das guerras movidas contra ele por seus
vizinhos árabes do Oriente Médio - muito menos quatro guerras de 1948 a 1973! A guerra
de 1948 para a independência colocou cerca de 45 milhões de árabes contra
aproximadamente 64.000 judeus - Porém, quando a poeira abaixou, cerca de dois anos
depois, Israel tinha obtido uma surpreendente vitória. Militarmente, ele estava em
desvantagem - a proporção era de 40 contra 1, em população era de 100 para 1, em
equipamento de 1000 contra 1 e em terreno de 5000 contra 1, mas mesmo assim Israel
venceu”. [4]
Como se vê, os fatos acima falam por si!

ISRAEL NÃO RECONHECEU O MESSIAS E REJEITOU A PALAVRA DE DEUS

Com relação ao ministério terreno de Jesus Cristo, Dave Hunt nos relata que: “Ele
nasceu em Israel, ali viveu todos os seus dias terrenos e (com algumas exceções)
ministrou exclusivamente aos judeus, conforme Mateus 15.24: “Não fui enviado senão às
ovelhas perdidas da casa de Israel”. Ele ordenou aos Seus discípulos: “Não tomeis rumo
aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as
ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10.5-6). Após a Cruz e a Ressurreição,
porém, Ele ordenou: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19 e Marcos 16.15). Mesmo assim, o
Evangelho continua sendo “primeiro do judeu e também do grego (Romanos 1.16)”. [5]
Como vimos, Jesus Cristo veio para os Seus (os judeus); mas, infelizmente, estes
não O receberam: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1:11). Mas, a
rebelião de Israel alcançou seu auge quando seus líderes rejeitaram o Cristo Ressurreto.
Vejamos algumas ocasiões (dentre outras) em que os filhos de Israel rejeitaram
Jesus Cristo e a Palavra de Deus, a seguir:
a) Uma ocasião foi quando os líderes de Israel taparam os ouvidos ao evangelho:
“E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele... Mas
eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele”
(At 7:54, 57);
b) Outra ocasião foi em Antioquia, da Pisídia, quando os judeus “... vendo a
multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (At 13:45).
Diante dessa recusa por parte dos judeus, “... Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram:
Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e
não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios; porque o Senhor
assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os
confins da terra” (At 13:46-47) [grifos meus];
c) E mais uma ocasião foi em Corinto, conforme lemos: “E, quando Silas e Timóteo
desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado no espírito, testificando aos judeus que Jesus
era o Cristo. Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: O vosso
sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios” (At
18:5-6) [grifos meus].
d) Em Atos 28:25-27, Paulo relembra as palavras do Espírito Santo ditas aos pais,
através do profeta Isaías, quanto ao endurecimento dos corações dos judeus. E, como os
judeus recusaram o evangelho, por fim, ele declara: “Seja-vos, pois, notório que esta
salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão” (At 28:28).
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Como os judeus rejeitaram a Palavra de Deus, Ele os colocou, temporariamente, de


lado. Paulo, sendo o ‘apóstolo dos gentios’, foi para os gentios e lhes anunciou o
‘evangelho da graça’ (salvação exclusivamente pela fé, sem obras, conforme At 13:39; Rm
3:20-31, 4:3-20; Gl 3:10-13; 5:4; Ef 2:8-9; Tt 3:5): “Mas em nada tenho a minha vida por
preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do
Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20:24).
Com isto, o evangelho que é primeiramente para os judeus (Rm 1:16) , é
anunciado aos “gregos” (gentios).
Simultaneamente, quando Israel foi posta de lado temporariamente, Deus revelou,
através do apóstolo Paulo (Ef 3:1-9), Seus planos secretos para esta época. Estes incluíam
a formação da IGREJA, o Corpo de Cristo (Ef 1:20-23; 5:32; Cl 1:18, 24).

ISRAEL CAIU DA GRAÇA?

Mas, por causa de terem rejeitado a Palavra, tendo crucificado Jesus Cristo, Deus
se esqueceu ou rejeitou Israel?
Paulo também fez esta pergunta: “... Porventura rejeitou Deus o seu povo?”. Ele
mesmo deu, rapidamente, a resposta: “De modo nenhum; porque também eu sou israelita,
da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes
conheceu” (Rm 11:1).
Em Jeremias, lemos: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças
da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos
Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará
também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim disse o
Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá
em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o
Senhor”. (Jr 31:35-37)
Durante esta “Era da Graça” (era da igreja), o remanescente dos judeus eleitos é
formado por aqueles ramos naturais de oliveira, enxertados de volta na raiz, por causa de
sua fé em Cristo: “E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados;
porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. Porque, se tu foste cortado do natural
zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são
naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!” (Rm 11:23-24).
A igreja é o zambujeiro (espécie de oliveira brava, de madeira rija; azambujeiro,
zambujeiro) [6], cujos ramos foram enxertados na oliveira, que é Israel, cuja raiz é Cristo:
“E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar
deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se
contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm 11:17-18).
Como vimos, em virtude do amor e fidelidade de Deus a Israel, Sua aliança com
este povo nunca foi rompida e eles continuam tendo um lugar especial nos planos Dele!
Lemos, ainda: “Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo
nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua
queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua
plenitude”! (Rm 11:11-12) [grifos meus].
Israel não foi abandonado por Deus (Ef 2:11-22; Rm 11:17-18). Após o
arrebatamento da igreja (1Ts 4:13-18), Deus recomeçará Seus planos e programa para o
povo escolhido (Rm 11). Podemos ver, então, que ainda haverá, nos tempos finais, a
plenitude de Israel, “porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm
11:29).
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AGOSTINHO DE HIPONA E A TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO

Ao contrário do que muitos pregam por aí, a igreja não substituiu Israel nos planos
de Deus. Esta abominável “doutrina” é conhecida como “Teologia da Substituição”, cujo
autor é o “Pai do anti-semitismo”, Agostinho de Hipona, o tal “Santo Agostinho” dos
católicos.
“O teólogo católico Agostinho de Hipona (354-430), o qual com a sua obra ‘Cidade
de Deus’ criou o anti-semitismo, que iria gerar implacáveis perseguições aos judeus no
mundo inteiro, sob a alegação de que eles foram os imperdoáveis assassinos do Senhor
Jesus Cristo.
O livro de Agostinho tem dominado as mentes, desde que foi escrito, e tem
influenciado também os protestantes, que aderiram à teologia da substituição, acreditando
que a igreja substituiu Israel no plano divino e, portanto, os judeus caíram definitivamente
da graça de Deus, por terem rejeitado o seu Messias. Agostinho criou a falsa teologia de
que a Igreja de Roma é a substituta literal e por direito de Israel e que todas as
promessas feitas por Deus ao Seu povo passaram a valer somente para o ‘Israel de
Deus’, isto é, a Igreja de Roma [segundo a interpretação dele]. A partir dessa
doutrina, Roma tomou o lugar de Jerusalém, autodenominando-se ‘Cidade Santa’ e os
papas tomaram o lugar do Espírito Santo, proclamando- se ‘Vigários de Cristo’.” (Mary
Schultze) [7]
Os estragos da Teologia da Substituição têm sido enormes: separou a Igreja de
Israel e do povo judeu, trazendo ódio, divisão e separação; criou-se um campo minado
para que mais tarde várias atrocidades fossem cometidas contra o povo judeu, como as
Cruzadas, a Inquisição e o próprio holocausto; o judeu passou a ter repúdio a todo
cristão, pois o via como aquele que lhe “roubou” o título de povo escolhido e, além de
tudo, “o substituiu”; decorreram-se inúmeras doutrinas dos “pais da igreja”, acusando
Israel de deicídio; isto é, o crime de ter matado o próprio Deus, na pessoa do Seu Filho,
Jesus Cristo; propiciou que a intenção satânica de afastar a Igreja de Israel fosse uma
aparente verdade, pois o inimigo sabe, pelas Escrituras, que o inferno não pode
prevalecer contra a Igreja verdadeira de Jesus Cristo.
Para se ter idéia desta tragédia, até nos dias de hoje, esta Teologia é pregada em
quase todos os seminários das igrejas evangélicas e em quase todas as centenas e
centenas de denominações.
O Pr. Ron Riffe disse: “A partir de seus escritos, é aparente que muitos dos
primeiros pais da igreja, que adotaram a Teologia da Substituição, foram influenciados
pela destruição de Jerusalém e do templo no ano 70. Formou-se uma opinião geralmente
aceita entre eles que Israel nunca mais voltaria a existir como nação.... Martinho Lutero, o
catalisador que esteve por trás da Reforma Protestante, tinha a mesma opinião e era
claramente anti-semita em algumas de suas opiniões. É triste dizer, mas essa mentalidade
foi passada adiante para outros na igreja por meio dos ensinos deles”. [8]
Dave Hunt, por sua vez, declara: “... Jeremias declara que Israel jamais deixará “de
ser uma nação” (Jeremias 31.35-37). Paulo, em apenas um sermão, refere-se três vezes a
Israel como uma entidade ininterrupta (Atos 13:17, 23, 24)... Ignorando isso, a “teologia
da substituição” é uma das várias doutrinas católicas romanas adotadas por Lutero,
Calvino e outros grandes reformadores, sendo aceita por muitos como teologia da
Reforma”. [9]
No livro de Atos, Israel e a Igreja existem simultaneamente; o termo Israel é
mencionado 20 vezes e o termo igreja, 19 vezes. Em Atos 14:2, vemos a existência,
concomitante, de Judeus incrédulos, irmãos (JUDEUS E GENTIOS convertidos = igreja) e
8

gentios: “Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos
gentios” [grifos meus].
Na 1Co 10:32, vemos a existência, concomitante, de judeus (ISRAEL), gregos
(GENTIOS) e igreja (JUDEUS E GENTIOS convertidos): “Portai-vos de modo que não deis
escândalo nem aos judeus, nem aos gregos [GENTIOS], nem à igreja de Deus” (1Co 10:32).
[grifos meus].
Paulo nos esclarece: “Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os
que são de Israel são israelitas” (Rm 9:6). Ele deixa claro que há judeus não convertidos a
Jesus Cristo (o Israel segundo a carne): “Vede a Israel segundo a carne; os que comem os
sacrifícios não são porventura participantes do altar?” (1Co 10:18).
E há os judeus que se convertem, pela fé em Jesus Cristo (o Israel de Deus),
tornando-se membros da igreja, do Corpo de Cristo: “Porque em Cristo Jesus nem a
circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura. E a
todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de
Deus” (Gl 6:16-17) [grifos meus]. Este “Israel de Deus” são os “ramos naturais” que serão
enxertados em sua própria “oliveira” (que é Israel).
Como vimos, Gl 6:16 trata da “Israel de Deus” (judeus convertidos a Jesus Cristo) e
1Co 10:18 trata da “Israel segundo a carne” (judeus incrédulos)!
Portanto, a igreja NÃO é o “Israel de Deus”, (ou o “Israel Espiritual”) como
muitos pastores, equivocadamente, pregam por aí...
Antes da cruz, o mundo se dividia em 2 classes (judeus e gentios); depois da cruz,
se divide em 3 classes (judeus, gentios e cristãos=judeus e gentios convertidos)!
Quanto aos gentios que nascem de novo, pela fé em Jesus Cristo, eles também são
considerados (espiritualmente) “filhos de Abraão” e também são “... geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido...” (Gl 3:6-9; 1Pe 2:9-10). Mas, isto não os
torna judeus ou ISRAEL!

SEMELHANÇAS ENTRE ISRAEL E A IGREJA

a) Qualidades iguais: Israel é um povo eleito, reino sacerdotal, nação santa e propriedade
particular (Gn 12:1-3, 17:7-8; Êx 19:5-6; Dt 7:6-26; Is 43:5-7; Jr 7:23; 13:11; At 13:17);
a igreja é a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido (1Pe 2:9);
b) Novo nascimento/conversão: nação de Israel (Ez 36:25-27; “vale de ossos secos”: Ez
37); cada indivíduo da igreja (Jo 3:3, 5);
c) a salvação sempre foi PELA FÉ: “Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão,
e por meio da fé a incircuncisão” (Rm 3:30). (Vide também: Rm 4:3-20; Hb 11:4-5, 7-9, 11,
17, 20-24, 27-31, 33; etc.), com a diferença que no A.T., além da fé, era necessária,
também, a observância da Lei (a salvação era pela ‘fé + obras’). Mas, nesta “era da
igreja”, tanto judeus, como gentios, são salvos somente pela fé;
d) eleição: Israel (Gn 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Dt 7:6-26; Is 45:4; Jr 7:23; 13:11; Ml
1:3; Mt 24:22; At 13:17; Rm 9:3-5, 10, 11:5, 7; etc.); igreja (Mt 24:31; Jo 6:37; At 13:48;
Rm 8:30, 33; Ef 1:4; Cl 3:12; 2Ts 2:13; Tt 1:1; 1Pe 1:2; Ap 17:14);
e) a promessa direta de Deus: para Israel: ”Eu, o Senhor, o disse e o farei" (Ez 36:36); para
cada membro da Igreja de Jesus: "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1Ts 5:24);
f) ambos são chamadas povo “peculiar” separado do mundo: Israel (Lv 20:24-26; Dt
14:2); Igreja (Tt 2:14; 1Pe 2:9);
g) ambos seriam odiados e perseguidos pelo mundo (até a morte): Israel (Sl 119:161,
143:3); Igreja (Mt 24:9; Jo 15:20; 17:14);
h) ambos seriam chamados à santidade: Israel (Lv 20:7); Igreja (1Pe 1:15).
9

DIFERENÇAS ENTRE ISRAEL E A IGREJA

Existem muitas diferenças entre Israel e a igreja:

 Israel surgiu há muitos séculos (Gn 12:1-3);


 a Igreja começou no N.T., pois era um mistério (Mt 16:18; Rm 16:25);
 Israel é o povo que revelaria ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8);
 a Igreja só poderia existir após certos acontecimentos no ministério de Jesus Cristo
(Mt 16:18). A ressurreição e ascensão são inclusos nesses eventos, bem como a
capacitação do Espírito Santo (At 2) através de dons;
 Israel é o povo terrestre de Deus (Gn 17:7-8; Is 43:5-7);
 a igreja (o Corpo de Cristo) é o povo celestial (Jo 14:1-3; 2Tm 4:18);
 a Israel são prometidos um país e uma cidade nesta Terra (Gn 12:1-2, 15:18, 17:7-
8; Dt 7:6; Js 21:43; Is 43:5-7, 11);
 à Igreja é prometido um lar no céu (Jo 14:2; Hb 12:22)
 as bênçãos para Israel são materiais, tais como: possessões de terra, fartura,
domínio sobre os povos vizinhos, etc. (Gn 12:1-2; 15:18; 17:7-8);
 as bênçãos para a igreja são espirituais (Ef 1:3; Fp 3:20-21), sendo as riquezas do
crente: o perdão (At 10:43; 1Jo 2:1); a adoção de filhos (Rm 9:24-26, 10:11-12; Gl
3:26); justificação pela fé (Ef 2:8-9); o Espírito Santo habitando neles (1Co 3:16-
17, 6:19; 2Co 6:16); santificação (Rm 6:19, 22; 2Co 7:1; 1Ts 4:3, 4, 7; 2Ts 2:13;
Hb 12:14; 1Pe 1:2) e a glória eterna (Rm 8:30) que em breve virá; reinado com
Jesus Cristo, durante o Milênio (2Tm 2:12; Jd 1:14; Ap 1:6, 5:10, 20:6);
 Israel deveria trazer o Messias ao mundo e a salvação aos gentios (Gn 12:3; Rm
9:4-5; Jo 4:22);
 a Igreja era um mistério, só revelado no N.T. (Rm 16:25; Ef 3:1-12; 5:32; Cl 1:24-
27), referência nunca dada a Israel;
 Israel faz parte da “antiga aliança” (Gn 12:1-2; 15:18; 17:2, 19; Êx 2:24, 24:8; At
7:8; Rm 9:4; etc.), a dispensação da Lei;
 a igreja faz parte da “nova aliança” (Mt 9:17, 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20; 1Co
11:25; 2Co 3:6, 14; Gl 4:24-31; Hb 7:22, 8:6, 13, 9:15-16, 12:24), a dispensação
da graça, que se iniciou em At 28:28 (nesta era da igreja, inclusive os judeus só se
salvam pela fé em Jesus Cristo. Em 2Co 3 e em Gl 3, vemos a superioridade da
nova aliança sobre a antiga);
 Israel, no A.T., era salvo através do “evangelho do reino” (Êx 20:20; Dt 6:1-2, 17;
o Livro de Levítico; Tg 2:20-23);
 a igreja (formada por gentios e judeus) é salva pelo “evangelho da graça” (At
13:39; Rm 3:20-31, 4:6-8; Gl 3:10-13; 5:4; Ef 2:8-9; Tt 3:5);
 Israel é chamada de “mulher” (Ap 12:14);
 a igreja é conhecida como a “noiva”, conforme se depreende da leitura de Ef 5:32;
 Israel foi escolhido para ser povo especial de Deus dentre todas as outras nações
(Dt 7:6-8). Sua tarefa primordial era ouvir a Palavra de Deus, para poder fazer Sua
vontade: "Então falou Deus todas estas palavras..." (Êx 20.1); "Ouve, Israel..." (Dt
6.4);
 Os crentes (a igreja) foram escolhidos para servirem a Deus (1Ts 1:9-10), “... para
que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz” (1Pe 2:9);
 Israel será governado por Cristo, durante o Milênio (Dn 2:35, 7:27; Zc 8:23; Ap
20:4-6);
10

 a Igreja governará Israel e o mundo junto com Cristo, durante o Milênio (2Tm
2:12; Jd 1:14; Ap 1:6, 5:10, 20:6);
 2/3 de todos os judeus na Terra serão mortos sob o Anticristo (Ap 9:15, 18);
 a Igreja não estará na Terra nesse tempo, pois será unida a Cristo nas bodas do
Cordeiro, no céu (Apocalipse 19.7-8);
 Israel reconhecerá Cristo pela primeira vez no tempo de Sua Segunda Vinda (Ap
1:7);
 a Igreja chegará do céu com Ele, em triunfo (Zc 14:4-5 e Jd 14), como Sua noiva,
para nunca mais deixá-Lo;
 Israel tem permanecido quase sempre em total descrença, desde o princípio, até
mesmo nos dias de Moisés (Sl 81:8-13), e apenas um remanescente eleito se
converterá durante os “últimos dias”, na Grande Tribulação (Is 10:22, 11;11, 16; Jr
50:20; Sf 3:13; Rm 9:27; 11:5);
 a Igreja foi fiel no princípio, mas está em processo de queda, à medida em que vai
aumentando a apostasia, nestes “últimos dias” (At 20:29-30; 2Ts 2:3);
 Israel abandonará a apostasia, em completa transformação e restauração nesta
Terra (Ez 36 e 37; Rm 11);
 a Igreja mergulhará cada vez mais na apostasia, até a hora do Arrebatamento (At
20:29-31; 2 Ts 2:3; Jd 3-4) e somente será aperfeiçoada no céu (Ef 5:27; Ap 4:4);
 Israel, com a idolatria, adotava deuses das nações ao seu redor (Dt 29:26);
 a Igreja, através do crescente Movimento Ecumênico, tem abraçado falsas
doutrinas (At 20:29-30; 2Ts 2:3; 2Tm 4:3). A apostasia de Israel, inclusive a
adoração aos ídolos, não era pior do que as práticas de Roma, às quais os
evangélicos têm aderido, na parceria ecumênica. [10] (itens retirados do site Israel
Heute, com pequenas adaptações).

Israel e a Igreja são vistos como dois organismos diferentes na Bíblia. Se fossem
apenas um não haveria necessidade da restauração de Israel. Não é correto fundir Israel e
a Igreja em um único objeto apenas, pois, além de todas as razões já vistas, lemos no
N.T. sobre o arrebatamento da Igreja (1 Co 15:51-58) e não de Israel, o qual passará pela
Grande Tribulação (Jr 30:4-9; Dn 12:1; Mt 24:15, 21).

A IGREJA

Paulo mostrou que a IGREJA era um mistério (Rm 16:25; Ef 3:1-12; 5:32; Cl 1:24-
27), só revelado no Novo Testamento: “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos,
e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos” (Cl 1:26).
O que a palavra "mistério" (grego musterion) significa quando é usada no Novo
Testamento? Ela se refere a uma verdade anteriormente não revelada na Escritura.
Nenhum dos profetas do A. T. "viu" a época da Igreja, porque Deus não revelou isso a
eles - era um "mistério" divino!
Na Bíblia lemos algumas características que demonstram que a Igreja era um
mistério:

 judeus e gentios são unidos em um só corpo (Ef 3:3-6);


 Cristo em cada crente (Cl 1:27);
 a Igreja como noiva de Cristo (Ef 5:32);
 o arrebatamento da Igreja (1Co 15:51-52);
11

 o relacionamento entre judeus e gentios na Igreja é peculiar, completamente


diferente do relacionamento incrédulo entre ambos (Ef 2:11-16). Deus ainda salva
pessoas judias e gentios combinando-os em um terceiro organismo completamente
novo: a Igreja (Cl 3:11).

A igreja começou no N.T., sendo batizada no dia de Pentecoste (com a vinda do


Espírito Santo). Este período também é conhecido como “dispensação da graça” (Ef 3:2,
9; Cl 1:25), que se iniciou em Atos 28:28, com a recusa do evangelho, por parte dos
judeus.
No livro de Apocalipse, vemos representada a era da igreja em diversas épocas,
através das sete igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodicéia (a última igreja).
A igreja é a assembléia, a reunião corporal e local, “Onde não há grego, nem judeu,
circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos” (Cl
3:11), formando o Corpo de Cristo (1Co 12:12-13; Ef 1:20-23; 5:32; Cl 1:18, 24),
composto tanto por judeus, quanto por “gregos” (gentios) convertidos, tornando-se todos
“filhos de Deus” (Rm 9:24-26, 10:11-12; Gl 3:26), através do novo nascimento (Jo 3:3, 5),
pela fé em Jesus Cristo.
Ela não é um edifício nem uma organização, mas um organismo espiritual,
constituída de judeus e gentios e reconciliada com Deus pela obra de Cristo na Cruz (Ef
2:16)!

O trecho a seguir resume tudo: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus
Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para
convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um
pouco vos escrevi; por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de
Cristo, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido
revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-
herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do
qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu
poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os
gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos
qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo
criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus
seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em
Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele”
(Ef 3:1-12). [grifos meus]

AS BÊNÇÃOS E PROMESSAS PARA ISRAEL, NO A.T., FORAM TRANSFERIDAS


PARA A IGREJA?

Tendo feito a análise sobre a importância de Israel e, tendo mostrado que a igreja
não substituiu Israel nos planos de Deus, posso afirmar que: NÃO SOU O “ISRAEL DE
DEUS” (nem o “Israel Espiritual”), POIS NÃO SOU JUDEU!
Portanto, as bênçãos e promessas do Senhor no A.T. são para Israel e não para
mim. Não confundo as coisas!
Sou gentio, como todos os não-judeus (Rm 9:24-26; Gl 3:8; 3:14; Ef 3:6; Cl 1:27;
2Tm 4:17, etc.). Faço parte da igreja, pois nasci de novo (Jo 3:3,5), como qualquer gentio
12

que se converta a Jesus Cristo (bem como os judeus que venham a crer Nele, durante
esta era da igreja, conforme Rm 11:23-24).
Não me tornei judeu por causa disto (continuo sendo brasileiro!) e as profecias e
promessas do A.T. inerentes a Israel não foram transferidas para mim (igreja), ao
contrário do que muitos “pastores” ensinam por aí, distorcendo totalmente as Escrituras,
para sua própria perdição (2Pe 3:16).
Como igreja, sou salvo exclusivamente pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, e
não por obras ou por “cumprir a Lei” (Mt 12:7; At 13:39; Rm 3:20-31; Gl 3:10-13, 19, 24;
5:4; Ef 2:8-9), pois Jesus Cristo já cumpriu a lei e os profetas e está tudo consumado! (Mt
5:17; Jo 19:30; Ef 2:15; Cl 2:14).
Os judeus andam por vista, por sinais (Mt 12:38; 16:1; Jo 2:18, 23; 3:2; 4:48; 6:2,
30; 11:47; 12:37; 20:25, 29; At 8:6; 1Co 1:22). Eu creio em Jesus Cristo, pela fé, pela
Palavra e não preciso de sinais para crer, pois sou igreja, e “... andamos por fé, e não por
vista” (2Co 5:7).
Toda a Bíblia é importante para o crente (2Tm 3:16-17), sem qualquer dúvida;
mas, o A.T. não é a doutrina que direciona minha prática cristã, haja vista o ensino
neotestamentário do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus (Lc 16:16; Rm 14:5, 17; Gl 3:23-
25; 5:4; Ef 2:15; Cl 2:14-16) e porque sou igreja, e não judeu.
Também não sei tocar o shofar, pois não sou judeu, culto não é rodeio e, portanto,
não pega bem tocar “berrante” dentro da igreja (1Co 10:32; 2Co 6:3), como vêm fazendo
algumas igrejas por aí!
Portanto, não vivo sob a Lei, sob os costumes e festas judaicas e não vivo sob as
doutrinas do A.T. (inclusive a obrigatoriedade de dar exatamente 10% da minha renda
para, em razão disso, receber grandes bênçãos materiais ao invés de grandes maldições;
pois, como igreja, só tenho que dadivar, ofertar com amor e liberalidade, com o que tiver
proposto em meu coração, conforme o Espírito Santo nos disse, através do apóstolo Paulo
- Mt 10:8; 1Co 9:18, 16:2; 2Co 9:7, 11:7).
O evangelho da graça ainda era desconhecido no período relatado nos quatro
evangelhos, pois, Jesus Cristo ainda não tinha morrido (Seu trabalho ainda não estava
“consumado”), a igreja ainda estava sendo “edificada” (Mt 16:18) e a época da Graça (Era
da igreja) ainda não tinha iniciado. De modo que 100% do que encontramos nos
relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça! Eu vivo sob a graça, e
não sob a Lei!
Ao compararmos o Evangelho de Mateus com o livro de Efésios vamos notar a
diferença óbvia entre o propósito profético de Deus (profecia) e o propósito secreto de
Deus (mistério).
A doutrina que me guia, como igreja/gentio que sou, são as Cartas Paulinas (de
Romanos a Filemom), pois o apóstolo Paulo é “o apóstolo dos gentios” (At 9:15; 13:46-48;
18:6; 21:19; 22:21; 28:25-29; Rm 11:13; Ef 3:1, 8; Gl 1:15-16; 2:9; 1Tm 2:7; 2Tm 1:11;
4:17).
Vivo sob uma “nova aliança”, um “novo testamento” (Mt 9:17, 26:28; Mc 14:24; Lc
22:20; 1Co 11:25; 2Co 3:6, 14; Gl 4:24-31; Hb 7:22, 8:6, 13, 9:15-16, 12:24), que se
iniciou, obviamente, após a morte do “Testador”, Jesus Cristo (Hb 9:15-16), “Porque onde
há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador” (Hb 9:16). A “antiga
aliança” se tornou antiquada (Hb 8:7, 13) e, com a mudança do sacerdócio, a Lei também
mudou (Hb 7:12). Vivo nesta época da “dispensação da graça” (Ef 3:2, 9; Cl 1:25), que se
iniciou em Atos 28:28, com a recusa do evangelho, por parte dos judeus e perdurará até o
arrebatamento da igreja (quando o “evangelho do reino” será restaurado - Mt 24:14).
13

Somente no Pentecoste, a igreja foi incluída no agir de Deus e, posteriormente,


revelada através do apóstolo Paulo. Portanto, minha doutrina, como já disse, são as
Cartas Paulinas!

William R. Newell escreveu: "As cartas de Paulo constituem uma doutrina


independente e completa. Elas revelam não somente o método de Deus para a salvação
nesta época, mas também o caráter, chamamento e destino verdadeiro da Igreja". Neste
mesmo sentido, a Bíblia de Referência Scofield diz num rodapé: "Somente nos seus
escritos (de Paulo) encontramos a doutrina, posição, andar e destino da Igreja”.

PLANO DE SALVAÇÃO

Embora seja muito importante saber que Deus tem dois povos distintos: Israel e a
Igreja, isto não implica que haja dois modos de salvação. A Bíblia claramente diz que
Jesus Cristo, em Sua obra redentora, é o Único Caminho, uma vez que judeus e gentios
são descendentes do mesmo homem caído - Adão. É importante observarmos que a
salvação sempre foi PELA FÉ: “Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e
por meio da fé a incircuncisão” (Rm 3:30). (Vide também: Jo 8:56; Rm 4:3-20; Gl 3:8; Hb
11:4-5, 7-9, 11, 17, 20-31, 33; etc.).
A diferença é que no A.T. e no período em que Jesus Cristo esteve na Terra
(período narrado nos quatro evangelhos), a salvação era pela fé + obras, pois estava em
vigor o ‘evangelho do reino’ (Êx 20:20; Dt 6:1-2, 17; o Livro de Levítico; Tg 2:20-23).
Tanto João Batista, quanto Jesus Cristo, pregaram: “Arrependei-vos, porque é
chegado o reino dos céus” (Mt 3:2, 4:17; etc.). Este “reino dos céus” é o milênio (Ap 20:4),
em que Jesus Cristo reinará, finalmente, nesta Terra.
Após a ascensão de Cristo, veio o Pentecoste (At 2) e, aí, entramos na “era da
igreja” (dispensação da graça), haja vista os judeus terem recusado Jesus Cristo e a
mensagem do ‘evangelho do reino’. Assim, a salvação passou a ser SOMENTE PELA FÉ (At
13:39; Rm 3:20-31, 4:6-8; Gl 3:10-13; 5:4; Ef 2:8-9; Tt 3:5). Sejam judeus ou gentios,
TODOS são salvos SOMENTE pela fé. Este é o ‘evangelho da graça’, que prevalecerá
durante toda a “era da igreja” e vigorará até o arrebatamento da mesma.
Após o arrebatamento da igreja, ocasião em que terá início a 70ª Semana de Daniel
(Dn 9:24), a Grande Tribulação, o ‘evangelho do reino’ será restabelecido na Terra, e a
salvação voltará a ser mediante a Lei, ou seja, ‘fé + as obras da Lei’: “E este evangelho do
reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”
(Mt 24:14).

ISRAEL E A IGREJA NOS TEMPOS FINAIS

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para
cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça
eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo”. (Dn 9:24)

IGREJA: A Era da igreja não é contada como dentro das 70 semanas de Daniel,
pois ela não corresponde à expressão "teu povo e a tua santa cidade", de Dn 9:24, pois a
profecia é para Israel (povo) e Jerusalém (cidade).
A igreja será arrebatada antes do início da 70ª semana, que corresponde à Grande
Tribulação que assolará o mundo, e que é o “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30:7) [Jacó
= Israel].
14

O propósito de Cristo, no arrebatamento, é receber Sua noiva (o conjunto de todos


os salvos do N.T. = igreja) em eterna e bendita união (Ef 5:27; Ap 19:6-8; 22:20).
Jerusalém foi invadida em 70 d. C. pelas legiões romanos do General Tito e o
templo foi destruído e os judeus foram dispersos pelo mundo: “E cairão ao fio da espada, e
para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os
tempos dos gentios se completem” (Lc 21:24) [grifos meus].
O termo "tempos dos gentios" é o período no qual Jerusalém estaria sob o domínio
dos gentios, desde o cativeiro babilônico, continuando até hoje e continuará durante a
tribulação; terminando na 2ª vinda de Jesus à Terra onde irá julgar as nações (Dn 2:35).
No fim da era dos gentios (Lc 21:24; Rm 11:25; Hb 11:25-27), é que ocorrerá o
arrebatamento da igreja (Jo 5:24; 14:2-3; Rm 5:9; 1Co 15:51-52; Ef 5:27; 1Ts 1:10, 4:17,
5:9; Ap 3:10; 19:6-8; 22:20); ocasião em que Deus voltará a tratar do Seu povo Israel
(Rm 11:25), a menina dos Seus olhos, quando terá início a 70ª Semana de Daniel (Dn
9:24).
Retirada a Igreja (seu sal), o mundo rapidamente entrará no mais completo estado
de putrefação moral e espiritual (Gn 6:3; Mt 5:13-16; 2Ts 2:6-8).
Então, no contexto da Grande Tribulação (7 anos), enquanto o mundo ímpio e os
judeus incrédulos estiverem sofrendo os horrores daqueles dias, a igreja estará com o
Senhor, no céu, nas Bodas do Cordeiro.
Uma distinção entre Israel e a Igreja, conforme ensinada na Bíblia, oferece mais
uma base de apoio ao arrebatamento pré-tribulacional da igreja. Encontramos outro forte
argumento para um arrebatamento anterior à Tribulação, em 1Ts 5:9, em que lemos:
"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor
Jesus Cristo".
O sermão de Jesus Cristo, é dirigido aos judeus e não à igreja, pois esta ainda não
estava visível naquele momento em que Ele falou estas coisas; pois, como vimos, ela era
um mistério e ainda seria revelada posteriormente, pois estava ainda sendo edificada (Mt
16:18) e, somente no Pentecoste, ela foi incluída no agir de Deus.
De modo que, como já dissemos, anteriormente, 100% do que encontramos
nos relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça!
O ensino do Senhor em Mateus 24:34 é perfeitamente coerente com este princípio.
Ele está instruindo os judeus sobre o que "esta geração" (os judeus que estiverem vivos
durante os dias da Grande Tribulação) experimentará durante o Período da Tribulação.
Com essa idéia em mente, observe que Mt 24:4-13 descreve os acontecimentos
que o remanescente judaico eleito experimentará durante os dias tenebrosos do período
da Tribulação - o "tempo da angústia para Jacó" (Jr 30:7).
Falsos profetas e falsos cristos (como são chamados em Mt 24:5, 23, 26)
representam um perigo para Israel. A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve se
preocupar mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e em discernir
os espíritos (2Co 11:13; 2Pe 2:1; Gl 1:6-9). Filhos de Deus renascidos pelo Espírito Santo
certamente não vão sucumbir às seduções de falsos cristos e cair nesses enganos; mas os
judeus sim, conforme disse o Senhor: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se
outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5:43).

ISRAEL: A Grande Tribulação, embora afetando o mundo inteiro, é


primordialmente para castigar Israel (Jr 30:4-9; Dn 12:1; Mt 24:15, 21). Estes 7 anos
serão primeiramente tempos para restauração de Israel, o período chamado de “Dia do
Senhor” (Is 13:6), “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30:7), “Dia da ira do Senhor” (Sf 2:3),
“Dia de trevas” (Jl 2:2), “dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e
de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas” (Sf 1:15), etc.
15

O Período da Tribulação objetiva fazer a purificação (Ap 7:9; 14:4) e preparar a


conversão nacional de Israel (compare com Ez 20:37-38; Zc 13:1, 8, 9).
O endurecimento dos corações dos judeus (Is 63:17; Mt 13:15; Mc 6:52; 8:17; Jo
12:40; At 28:25-27; Rm 11:7-10, 25; 2Co 3:4, 14-16) será retirado e muitos deles se
converterão a Jesus Cristo, a Quem traspassaram (Ap 1:7).
Na ocasião da Grande Tribulação, muitos judeus (e até gentios) morrerão pelo
testemunho de Jesus Cristo (Ap 20:4). A perseguição e matança serão tão grandes que
Deus abreviará aqueles dias para que alguns permaneçam vivos para povoar o Reino
Milenar (Mt 24:22). E, naqueles dias, “... aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então
virá o fim” (Mt 24:13-14).
A passagem de Mt 24:13 tem sido mal compreendida e mal aplicada por muitos
cristãos, pensando que precisamos "perseverar até o fim" para sermos salvos, quando na
realidade isso está se referindo ao livramento físico dos judeus que estarão vivos na 2ª
vinda de Cristo - no final do Período da Tribulação!
Lembre-se que isso não pode se aplicar aos cristãos de forma alguma, pois naquele
ponto - quando Jesus proferiu as palavras registradas em Mateus 24 - a igreja ainda era
um mistério (Ef 3:1-6).
Deus selará 144.000 judeus no início desse período terrível da Grande Tribulação e
é para eles que esse discurso é dirigido. Eles serão odiados por todos (Mc 13:13) e
perseguidos (Lc 21:12). Mateus 24:9 diz que: "Então vos hão de entregar para serdes
atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome".
Observe que Mateus 24:14 diz "E este evangelho do reino será pregado em todo o
mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.
Muitos interpretam erroneamente essa passagem, como se estivesse se referindo à
igreja. Pensam que é missão da igreja “converter o mundo inteiro” e que ela “governará o
mundo”, pois, somente assim, Jesus Cristo retornaria. Este absurdo é uma teologia
católico-romana (chamada “Teologia do Domínio”) e tem muito crente acreditando nisso!
O evangelho da graça ainda era desconhecido naquele tempo! Esse "evangelho do
reino" (Mt 24:14) - a mensagem que João Batista e Jesus Cristo pregaram e à qual o
Senhor está se referindo aqui - era "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus".
Essa mensagem (o “evangelho do reino”) será pregada novamente durante o
período da Tribulação pelos 144.000 judeus e pelas "duas testemunhas", Moisés e Elias
(Ap 11:3, 5-6). Como Deus reservara 7000 homens que não se dobraram a Baal (Rm
11:4), também o fará durante a Grande Tribulação, selando esses 144.000 judeus (Mt
24:14; Ap 7:4, 14:1-5).
A salvação voltará a ser mediante a Lei, ou seja, ‘fé + as obras da Lei’: “E este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então
virá o fim” (Mt 24:14).
O final do Período da Tribulação - que ocorrerá com a 2ª vinda de Cristo - não
acontecerá até que essa mensagem do evangelho tenha sido ouvida por todas as nações
e por meio da qual elas saberão que o reino literal de Jesus Cristo (o reino de Deus) na
Terra (o Milênio) está prestes a ser iniciado!
Importante frisar que todo o capítulo 24 de Mateus está lidando com os judeus sob
a Lei e não com a igreja sob a graça - o arrebatamento, naquele tempo, ainda era um
mistério não revelado dos conselhos de Deus.
Arno Froese nos diz que: “O anseio rebelde de Israel em tempos antigos, ao pedir
um rei ao profeta Samuel para ser "como as outras nações" (veja 1Sm 8:5-7), não
desapareceu simplesmente. Ao contrário, ele atingiu seu clímax 1000 anos mais tarde. Em
Jo 19:15 está escrito: "... Não temos rei, senão César!" Todo o peso da afirmação dos
16

antepassados, refletindo o desejo de serem parte da família das nações, de serem como
qualquer outro povo, atingiu, então, a realização... Israel ainda será confrontado com essa
afirmação quando as nações da terra se ajuntarem para batalhar contra Jerusalém!” [11]
Porém, somente um remanescente de Israel será salvo (Is 10:22; 11:11, 16; Jr
50:20; Sf 3:13; Rm 9:27; 11:5). Nos capítulos 12 a 14 do livro de Zacarias, lemos sobre o
futuro quebrantamento de Israel!
O Pr. Ron Riffe nos diz que:“... o que não consigo compreender é como homens
bons e tementes a Deus negligenciam o fato que a raiz da oliveira ainda existe e sustenta
a igreja, que é formada tanto por ramos bravios (os gentios convertidos a Cristo) e ramos
naturais (os judeus convertidos a Jesus Cristo) enxertados na oliveira... Como os
produtores podem lhe dizer, muito freqüentemente quando o enxerto da rosa morre, a
sarça brota e cresce! De modo algum o enxerto toma conta da raiz e muda suas
características essenciais. Ela começou com uma sarça e permanece uma sarça -
tenazmente! De maneira análoga, o Israel espiritual é a raiz na qual a igreja foi enxertada
e, quando os "ramos bravios" dos gentios (juntamente com os ramos naturais - os judeus
salvos) da Igreja forem removidos no arrebatamento, a oliveira natural crescerá
novamente”. [12]
Durante o Milênio, Deus estabelecerá nova aliança com Israel: “Porque esta é a
aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis
no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão
por povo. E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece
o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hb 8:10-11). Vide
também Hb 11:25-27.
Os capítulos 5 até o 19, do evangelho segundo Mateus, serão as leis do reinado
milenar de Jesus Cristo (Ap 20:4-7), aqui na Terra.
Israel será a nação principal e cumprirá o propósito para o qual foi escolhida por
Deus: “E os gentios verão a tua justiça, e todos os reis a tua glória; e chamar-te-ão por um
nome novo, que a boca do Senhor designará. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e
um diadema real na mão do teu Deus” (Is 62:2-3). “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele
dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla
das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está
convosco” (Zc 8:23).

UM POUCO DE HISTÓRIA

No ano 306, o Imperador de Roma, Constantino, adere ao Cristianismo e declara


que todo o mundo Romano é automaticamente cristão. No Édito de Milão ele abole as
sinagogas, os judeus que não obedecessem eram queimados vivos e todos os privilégios
dos judeus foram cancelados. No Concílio de Nicéia, dita o credo cristão que difere em
vários itens da Palavra de Deus; endossa a substituição de Israel pela Igreja; remove o
centro da Igreja de Jerusalém e a transfere para Roma; introduz uma série de festas
pagãs em substituição às festas judaicas ordenadas pelo Senhor.
Agostinho, por sua vez, chamava os judeus de “assassinos de Cristo” e,
lamentavelmente, o seu refrão ecoa até hoje. Para ele, os judeus serviram apenas para
deixar à Igreja o legado da fé Cristã.
O terrível e herege Marcião era um anti-semita declarado e pregava que qualquer
cristão que utilizasse algum símbolo judaico ou mesmo um nome ou realizasse qualquer
celebração judaica seria considerado cúmplice da morte de Cristo juntamente com os
judeus.
As oposições de Tertuliano para que a igreja não perdesse suas raízes foram em
vão. No final do século IV, o Bispo da Antioquia, Crisóstomo, escreveu uma série de oito
17

sermões contra o povo judeu. Crisóstomo declarava os judeus culpados da morte de


Cristo.
É bom frisar que foram os fariseus e os doutores da Lei que condenaram Jesus
Cristo, manipulando o povo para tal fim (Mc 15:11; Lc 23:5, 10, 23; 1Ts 2:14-15). [13]
Como nos diz o Pr. Ron Riffe: “Embora seja óbvio que alguns judeus sejam
malignos e não façam nada de bom, o mesmo também é verdadeiro para todos os outros
grupos de pessoas, de modo que condenar todo um grupo étnico apenas por causa dos
pecados de alguns, obviamente não é uma atitude cristã. Precisamos encarar uma
verdade desagradável - a razão fundamental que está por trás da maior parte do anti-
semitismo não é necessariamente atribuível à rejeição e ao assassinato de Jesus Cristo
cometidos pelos antepassados deles, mas a um ódio sobrenatural que o próprio Satanás
tem contra eles! Até mesmo um exame superficial dos fatos revelará que nenhuma outra
explicação faz sentido à luz da constante e infindável luta que esse povo enfrenta, apenas
para tentar sobreviver e viver em paz no mundo”. [14]
Em 1492, na Espanha, instaurou-se oficialmente a “Santa Inquisição” (que de
“santa” não teve nada), onde milhares de judeus tiveram os seus bens confiscados e
foram expulsos da Espanha.
Na verdade, a perseguição aos judeus e crentes verdadeiros, pela fúria de Roma
(igreja católica romana), começou séculos antes de 1492, com períodos de menos e de
mais atividades. O que houve em 1492 em diante, foi um grande recrudescimento dessas
barbáries.
Muitos dos judeus perseguidos foram para o Marrocos, outros para a Holanda, e
muitos outros para Portugal. Com o casamento do rei da Espanha com Isabel, da coroa
portuguesa, a perseguição se estendeu para aquele país, e a história registrou que mais
de 100.000 judeus fugiram para o Brasil, outros para a Europa, Américas e África.
Porém, por volta de 1640, em todas as Igrejas de Portugal, os editais da inquisição
(conhecidos como "Regimento do Santo Ofício da Inquisição dos Reinos de Portugal")
eram lidos, constrangendo os fiéis a denunciarem pessoas que praticassem o Judaísmo,
sob pena de excomunhão. Estes editais da fé foram estendidos também ao Brasil e,
muitos judeus foram extraditados do Brasil para Portugal, após serem denunciados.
Durante a Reforma Protestante, os reformistas protestantes reconheceram muitos
dos erros da igreja católica, mas, infelizmente, ainda mantiveram muito do sentimento e
atitudes anti-semitas. Os luteranos foram dos mais ferrenhos anti-semitas.
Quando se realizou a primeira Cruzada autorizada pelo Papa Urbano II, como causa
unificadora da religião Cristã, a mesma tinha por objetivo fazer a “guerra santa” contra os
muçulmanos que os católicos pensavam estar na Terra Santa.
Como lá não encontraram muçulmanos, começaram a perseguir e saquear os
judeus sob a égide de "assassinos de Cristo". Milhares de judeus foram barbaramente
mortos. Muitos eram queimados vivos, caso não "se arrependessem" e "mudassem de
fé/religião".
Foi com base nas doutrinas luteranas que, na Alemanha de Lutero, Hitler com suas
idéias e atitudes desumanas e macabras, totalmente anti-semitas, conduziu o mundo ao
Holocausto.
O HOLOCAUSTO dizimou mais de seis milhões de judeus que viviam na Europa
(dentre outros). O plano era aniquilar toda a raça judaica e todos os que a defendessem
ou reconhecessem.
Como se vê, Israel sempre foi perseguido em toda a história: “... indica a história
que todas as nações gentias do mundo têm sua culpa sobre o sangue dos judeus
derramado, pois navios saíam lotados de refugiados judeus e as nações não permitiam
18

seu desembarque. O próprio Brasil, na era de Getúlio Vargas, recusou-se a receber um


navio de refugiados, fazendo-os retornar à Alemanha. O presidente americano Roosevelt
também procedeu assim. Em Cuba ocorreu a mesma situação. Chegou ao ponto de Hitler
anunciar a venda de 500 mil prisioneiros judeus, para qualquer nação interessada, ao
custo de 2 dólares por pessoa! Nenhuma nação mostrou interesse em pagar essa ninharia
para evitar o massacre deles nos fornos crematórios dos nazistas. Todos temos culpa no
holocausto...” [15]
“Em um estudo da USP, encontraram várias circulares editadas entre 1938 e 1944
pelo então chanceler Osvaldo Aranha. “Uma delas é a Circular 1.249, datada de 27 de
setembro de 1938, que exigia a apresentação de passagem de ida e volta para a
concessão de visto de entrada de judeus na categoria turista”, conta Maria Luiza, a
pesquisadora.” [16]
“Somente para mencionar um episódio, em 7 de junho de 1937, um pouco antes de
Vargas instaurar a ditadura do Estado Novo, foi editada, por ordem pessoal de Vargas, a
Circular Secreta nº 1.127 do Ministério das Relações Exteriores que proibia a concessão de
visto de entrada no Brasil de pessoas de "origem semítica", uma atitude afinada com a
perseguição racista movida contra os judeus pela Alemanha de Hitler”. [17]
“... ao menos 9.000 vistos de judeus de diversos países, fugindo da perseguição
nazista, foram negados. “Perdemos importantes intelectuais, cientistas, técnicos, artistas”,
diz a pesquisadora. [18]
Israel é considerada a menina dos olhos de Deus (Dt 32:9-10 e Zc 2:8): “... aquele
que tocar em vós toca na menina do seu olho” (olho de Deus) e o Senhor disse que
abençoaria os que abençoassem Israel; porém, amaldiçoaria os que amaldiçoassem este
povo eleito (Gn 12:3). Mesmo assim, como vimos no trecho acima, várias nações, entre
elas o Brasil, têm sua culpa sobre o sangue derramado dos judeus...

O QUE É A TEOLOGIA DO DOMÍNIO

“A Teologia do Domínio se embasa em três crenças básicas: 1.) - Satanás usurpou


o domínio do homem sobre a Terra, com a queda de Adão e Eva. 2.) - A igreja é o
instrumento de Deus para reaver esse domínio do poder de Satanás. 3.) - Jesus Cristo não
poderá retornar à Terra, até que a igreja tenha retomado o domínio, obtendo o controle
das instituições governamentais e sociais. (Al Dager, “Vengeance is Ours”; The Church in
Dominion”) [N. T. – O Dominionismo está concorrendo, prazerosamente, para a
implantação da Agenda Global do Anticristo].” [19]

Entretanto, essa linha de pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas:

1. A origem de um "Reino Cristão" terreno governado por homens de carne e


sangue não-ressurretos foi uma fabricação do sistema católico romano. A igreja de Roma
era (e é) amilenarista, pois rejeita o reinado literal de mil anos de Cristo, e vê as
referências ao Reino terreno de Deus como manifestas em si própria: A Igreja Católica
Romana. Sendo assim, algumas denominações protestantes (por exemplo, a luterana)
retiveram a idéia que a igreja é a manifestação do Reino de Deus.
2. Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as
Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações. Essa visão
pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e que os mil anos não
eram anos literais, mas simbólicos.
19

3. O sincretismo dessas posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino de


Deus na Terra seria representado pela igreja; que a igreja foi corrompida depois do
primeiro século e entrou em um estado de semiletargia; que a “verdadeira igreja” seria
reconstruída, nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de “profetas e
apóstolos”, que se caracterizariam pela utilização dos “sinais e maravilhas restaurados” e
que essa igreja (apóstata, diga-se de passagem!), reconstruída dos últimos tempos,
prepararia então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria (somente então) o
mundo.
4. Esse cenário requereria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle
sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso requereria
um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a entidade legislativa para
toda a humanidade.
Em resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou do Domínio. Ela
ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da Segunda
Vinda de Jesus Cristo, para tornar o mundo um lugar perfeito para o reinado dEle.
Para citar apenas algumas questões associadas com a Teologia do Domínio:
1. É grosseiramente antibíblica. DEUS NÃO ESTÁ FAZENDO UMA "COISA NOVA".
Aqueles que estão procurando por essa coisa nova precisam voltar para as “veredas
antigas” do Evangelho de Jesus Cristo (Jr 6:16).
2. É uma armação para ligar os "evangélicos" e carismáticos de hoje na construção
da Religião Mundial Unificada do Anticristo.
3. Os falsos conceitos da Teologia do Domínio estão entrando sorrateiramente nas
igrejas conservadoras e fundamentalistas por meio das livrarias "cristãs", das redes de TV
"cristãs" e da música "cristã".
4. Os proponentes da Religião Orientada Para Resultados utilizam fortemente todas
as formas de mídia descritas acima. [20]
Os mais recentes adeptos da Teologia do Domínio, embora a maioria nem saiba o
que está fazendo, são os neoevangélicos adeptos da “Teologia da Prosperidade”. A
adoção de trechos isolados do Antigo Testamento, originalmente dirigidos aos israelitas na
Terra Prometida, leva muitos a acreditarem que ser rico e próspero faz parte das
promessas de Deus para os cristãos. Obviamente basta ligar a TV para ver a quantas
andam essas crenças. Mas quem utilizar a Bíblia verá trechos que descrevem a vida
simples de Cristo e dos discípulos, como Paulo (Mt 8:20; Fp 4:11-13).
A idéia de que Deus ordena aos cristãos que acumulem riquezas é a mesma que
justificou a glória secular da igreja católica romana, com sua sede por poder secular,
riquezas e posse material nos últimos 2 mil anos.

CONCLUSÃO

Enfim, como pudemos verificar, a igreja NÃO substituiu Israel, nem se tornou
o “Israel de Deus”. Portanto, as igrejas evangélicas que estão adotando práticas
judaicas (tais como: usos e costumes, festas judaicas, símbolos judaicos, etc) e que só
pregam o A.T., como se nós fôssemos judeus, estão totalmente equivocadas e seguindo
uma herética teologia católico-romana!
Quando Paulo explica aos Romanos sobre a diferença entre Israel e a igreja, ele
realça a soberania de Deus para a eleição, dizendo: “Ó profundidade das riquezas, tanto da
sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis
os seus caminhos!” (Rm 11:33).
Deus disse a Moisés: “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia
de quem eu tiver misericórdia” (Rm 9:15). Ele eleger uma nação (Israel), em detrimento
20

das demais, em sua época (Gn 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Dt 7:6-26; Jr 7:23; 13:11; Ml
1:3; Mt 24:22; At 13:17; Rm 9:3-5, 10, 11:7; etc.). E, também, elegeu pessoas, antes da
fundação do mundo (Jo 6:37; At 13:48; Rm 8:33; Ef 1:4; Cl 3:12; Tt 1:1; 1Pe 1:2; Ap
17:14), para serem salvas (igreja) pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo.
Quem ousa discutir com Ele?
“Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao
que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da
mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9:20-21)
Não discutamos, pois, com Deus. Amemos o povo de Israel e oremos pela
conversão deles, reconhecendo que são um povo especial para Deus; até porque “... a
salvação vem dos judeus”! (Jo 4:22)

Humberto Fontes – Agosto/2008


humbertoetania@globo.com

NOTAS:

[1] Artigo: “O Pecado do Anti-Semitismo Dentro da Igreja” – Pr. Ron Riffe – www.espada.eti.br
[2] Quão Bíblico é Israel? - http://www.chamada.com.br/mensagens/biblico_israel.html (Site Israel heute:
http://www.israelheute.com).
[3] Artigo: “Jerusalém, Jerusalém”, de autoria de Dave Hunt, disponível em: http://www.beth-
shalom.com.br/artigos/jerusalem_jerusalem.html
[4] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
Dave Hunt – artigo citado.
[5] Dave Hunt – artigo citado.
[6] Dicionário Aurélio.
[7] Artigo “Agostinho de Hipona”, de Mary Schultze, fevereiro 2004. (Dados colhidos no cap. 12 do livro
“The Rapture”, de Hal Lyndsay).
[8] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[9] Dave Hunt – artigo citado.
[10] Site Israel Heute – artigo citado.
[11] Artigo: “ISRAEL: O MAIOR SINAL DO FIM DOS TEMPOS” - Arno Froese
http://www.chamada.com.br/mensagens/sinal_do_fim.html
[12] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[13] Há dois estudos denominados “Sociedades Secretas Mataram o Senhor Jesus Cristo” (Parte 1 e 2),
disponíveis no site: www.espada.eti.br, onde o autor analisa como se deu a crucificação de Jesus Cristo e
quem foram os mentores:
http://www.espada.eti.br/ce1077.asp
http://www.espada.eti.br/ce1078.asp
[14] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[15] Artigo: “ISRAEL E A IGREJA”, de Luis Henrique L´Astorina, Campinas/SP.
[16] “Arquivo traz documentos que revelam postura do Brasil diante do Holocausto”, disponível em:
http://www4.usp.br/index.php/sociedade/14817-arquivo-traz-documentos-que-revelam-postura-do-brasil-
diante-do-holocausto.
[17] http://jucamoreno1.blogspot.com/2008/01/postura-anti-semita-do-brasil-no.html
[18] http://cesarkiraly.wordpress.com/2008/04/21/o-anti-semitismo-no-brasil/
[19] Artigo: “Dominionism and the Rise of Christian Imperialism”, by Sarah Leslie - Traduzido por Mary
Schultze. Para saber mais sobre a heresia “Teologia do Domínio”, leia o artigo completo, disponível em:
www.cpr.org.br/Mary.htm
[20] Artigo: “Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o
Anticristo - Uma Apostasia com Propósitos”, Capítulo 5: O Movimento Carismático, disponível em:
http://www.espada.eti.br/n1506cap-5.asp.

Para quem quiser saber mais sobre a postura do Brasil diante do holocausto:

Livro: “O Anti-Semitismo nas Américas” (Edusp, 744 págs., R$ 98), organizado pela professora da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP Maria Luiza Tucci Carneiro.
21

Livro: "O Brasil e a Questão Judaica", de Jeffrey Lesser, Editora Imago, 1995. (O livro tem um apanhado
bastante minucioso sobre a escabrosa política racial brasileira na época, falando inclusive da grande
influência do pensamento do historiador, sociólogo e jurista Oliveira Viana nas medidas racistas então
tomadas).
Livro: CARNEIRO, Maria Luiz Tucci. O anti-semitismo na Era Vargas – fantasmas de uma geração (1930-
1945). São Paulo, Editora Perspectiva, 2001, 536 páginas.

SITES RECOMENDADOS:

www.chamada.com.br
www.cpr.org.br
www.espada.eti.br
www.solascriptura-tt.org

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