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“É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios,
certamente, visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a
incircuncisão”. (Rm 3:29-30)
INTRODUÇÃO
O motivo deste estudo é mostrar que devermos amar Israel e orar pela paz em
Jerusalém (Sl 122:6), sabendo que Israel é a nação eleita de Deus. Porém, não podemos
confundir Israel com igreja e temos que saber separar as coisas. Há muita confusão com
relação a estes dois povos. Muitos interpretam erroneamente as promessas de Deus para
Israel, como se fossem para a igreja (assim como várias passagens dos evangelhos,
relativas a Israel e não à igreja, como Mateus 24 e 25) e tem muitas igrejas evangélicas
pregando práticas e doutrinas do A.T., aos crentes neotestamentários!
Devemos saber que apesar de haver muita semelhança entre ambos, também há
grandes e importantes diferenças. Portanto:
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2:15).
ISRAEL
“Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe
fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra” (Dt 7:6)
Israel, em termos de nação, é o povo escolhido por Deus (Gn 12:1-3, 17:7-8; Êx
19:5-6; Dt 7:6-26; Is 43:5-7; Jr 7:23; 13:11; At 13:17), não por seus atributos mas, muito
pelo contrário, pela graça e soberania de Deus. Ele disse que, através desta nação, seriam
abençoadas todas as famílias da terra (Gn 12:3).
Israel surgiu da semente de Abrão: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra,
da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande
nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn 12:1-2). O
Senhor disse a Abrão que sua descendência seria mais numerosa que as estrelas do céu
(Gn 15:5).
A Aliança Abraâmica é uma aliança com três elementos vitais, onde Deus: 1.
declara a estratégia de alcançar o mundo através de Israel. 2. lega uma terra como uma
possessão eterna a Israel. 3. promete abençoar aqueles que abençoarem a Israel e
amaldiçoar aqueles que a amaldiçoarem.
Esta possessão de terra (bênçãos materiais) iria do Rio Nilo até o Eufrates:
“Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho
dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18).
Porém, o mais importante ainda é que esta aliança é PERPÉTUA (eterna!): “E
estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas
gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. E te
darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã
em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:7-8).
Deus não anulou esta aliança, sob nenhuma hipótese, mesmo com toda a
desobediência por parte do povo de Israel; até porque, Deus sempre soube que este povo
era de dura cerviz e, por isso, a aliança não seria jamais firmada sob a condição da
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obediência de Israel: “Porque eu sabia que eras duro, e a tua cerviz um nervo de ferro, e a tua
testa de bronze” (Is 48:4).
A aliança foi mantida, pois Deus é Fiel e “... guarda a aliança e a misericórdia até mil
gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt 7:9); pois, como Deus
mesmo disse: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois
consumidos” (Ml 3:6).
A aliança foi firmada, com base no amor de Deus, que nunca muda, por amor do
Seu Santo Nome (Is 48:9; Ez 20:9, 14, 22, 44; 36:21). Mesmo com a desobediência do
povo, Deus os perdoou várias vezes: “Não obstante o meu olho lhes perdoou, e eu não os
destruí nem os consumi no deserto” (Ez 20:17).
Em Deus, “não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1:17); o que Ele prometeu,
Ele cumpriu, cumpre e cumprirá: “Desta maneira deu o Senhor a Israel toda a terra que
jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela” (Js 21:43). (vide também: Is 43:11,
13, 46:5, 9-10; Hb 6:17-18; etc.).
Israel foi necessário para revelar ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8).
Também, seria o povo através do qual Deus traria o Messias ao mundo e a conseqüente
oportunidade de salvação aos gentios (Gn 12:3; Jo 4:22; Rm 9:4-5).
Em Romanos, vemos Paulo indagar: “Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a
utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de
Deus lhe foram confiadas. Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará
a fidelidade de Deus?” (Rm 3:1-3). Ele mesmo responde: “De maneira nenhuma; sempre seja
Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso” (Rm 3:4a).
Assim, Deus se identificou a Moisés, na sarça ardente: “... Eu sou o Deus de teu pai, o
Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó” (Êx 3:6).
Na Palavra de Deus, vemos bênçãos e promessas para aqueles que amarem Israel,
bem como, maldições para os que a odiarem: “E abençoarei os que te abençoarem, e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn
12:3). “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” (Sl 122:6).
Profecias sobre o milagre da indestrutibilidade de Israel: TODAS AS OUTRAS
NAÇÕES ESPALHADAS DESAPARECERAM! (Gn 12:1-3; 15:5 versus Jr 30:11; Lv 26:44; Is
11:11-12; Jr 31:35-36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm 11:1-5; 25-32).
Profecias sobre a História de Israel: Israel teve profetizada sua dispersão (Lv 26:33;
Dt 28:15, 64-65 (ou 15-68); Jr 15:4; 16:13; 24:9; Os 3:4; 9:17). Primeiro seria dispersa
só a parte de Israel (1Rs 14:15; Is 7:6-8; Os 1:6-8). Depois, Judá seria dispersa (Is 39:6;
Jr 25:9-12). 70 (Setenta) anos depois, Judá seria parcialmente restaurada (Mq 1:6-9
versus Jr 29:10-14). Até o nome de Ciro, o rei Persa que restauraria Judá, foi previsto com
120 anos de antecedência!!! (Is 44:28-45:1).
Os judeus foram desobedientes a Deus e contaminaram a casa de Israel “... com
seus caminhos e com as suas ações” e “por causa do sangue que derramaram sobre a terra, e
dos seus ídolos, com que a contaminaram” (Ez 36:17-18). Israel havia sido eleito e escolhido
para seguir pelo caminho indicado pelo Senhor. Mas andou por seus próprios caminhos e
fez aquilo que achava certo segundo seu raciocínio humano. Os israelitas se recusaram a
ser uma nação teocrática e quiseram imitar os povos vizinhos (1Sm 8:5). Esta foi e
continua sendo, até aos dias de hoje, a grande tragédia de Israel.
Em virtude de serem tão desobedientes, Deus os espalhou pelo mundo: “E espalhei-
os entre os gentios, e foram dispersos pelas terras; conforme os seus caminhos, e conforme os
seus feitos, eu os julguei” (Ez 36:19).
A primeira diáspora inicia-se em 586 a.C., quando o imperador babilônico
Nabucodonosor II (605 a.C.-562 a.C.) invade Jerusalém e deporta os judeus para a
Babilônia.
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Mas, mesmo que os judeus tenham profanado o Nome do Senhor, entre os gentios,
Deus os poupou por amor do Seu Nome (Ez 36:21) e prometeu que os traria de volta à
sua terra (Ez 36:24) e os trouxe (Jr 15:14-21).
Em Lucas 21:24, lemos que: “E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão
levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem”.
O segundo momento da diáspora acontece no ano 70 d.C., com a destruição de
Jerusalém e do templo, pelas legiões romanas do General Tito, quando os judeus foram
dispersos pelo mundo. A partir desse momento, os judeus se dirigiram para diversos
países da Ásia Menor e do sul da Europa, formando comunidades que mantiveram a
religião e os hábitos culturais judaicos.
Contudo, Deus prometeu que os traria de volta, mesmo estando eles dispersos por
todo o mundo: “Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o
oriente, e te ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Dá; e ao sul: Não retenhas; trazei meus
filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra. A todos os que são chamados pelo
meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz” (Is 43:5-7).
Esta fantástica profecia se cumpriu debaixo de nossos olhos! Em 14 de Maio de
1948, em uma reação rápida, Israel recebeu da ONU o seu reconhecimento como nação!
Esse evento está mencionado na Bíblia: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas
semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só
vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66:8). {Provavelmente este foi
um cumprimento parcial e menor, em alguns sentidos, mas era antes considerado
totalmente impossível, e foi um extraordinário milagre da providência de Deus, e ilustra e
comprova o cumprimento pleno que certamente virá. É um exemplo da “Lei do Duplo
Cumprimento” (vide livros e cursos de Hermenêutica, as leis para a sã interpretação da
Bíblia, particularmente da linha dispensacionalista, como Manual de Escatologia, de Dwight
Pentecost). Em resumo, esta lei de interpretação reconhece que, antes do infalível
cumprimento maior (literal, completo, e definitivo), profecias às vezes podem ser
cumpridas somente num sentido menor (figurativo, incompleto, e temporário), uma
espécie de "pequena amostra preliminar, um penhor comprobatório de que o todo virá", o
que de modo algum substitui e impede o cumprimento literal, completo e definitivo}.
“Todavia, nenhum outro grupo étnico da face da Terra tem uma reivindicação mais
legítima à sua terra do que os judeus - o que é atestado pelos manuscritos antigos que
contêm descrições detalhadas de títulos agrários muitos séculos anteriores ao surgimento
da fé islâmica agora professada por aqueles que insistem que a terra pertence, não aos
judeus, mas a eles. Apenas para mostrar o quão fraca e ridícula é realmente a
reivindicação dos assim-chamados "palestinos", muitos autores observaram que até que
Israel foi restabelecido como uma nação, os árabes e outros muçulmanos na região
tinham pouco interesse pela terra ou por Jerusalém - a cidade que agora, de repente,
tornou-se o "terceiro sítio sagrado mais importante do Islã".” (Pr. Ron Riffe) [1]
Paulo, referindo-se aos israelitas disse o quanto esta nação é especial, pois dela
veio o Salvador: “Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus
irmãos, que são meus parentes segundo a carne; que são israelitas, dos quais é a adoção de
filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos
quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”. (Rm
9:3-5) [grifos meus]. E, também, destacou a importância dos judeus “porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm 3:2).
Por essas e outras, vemos que Israel é um povo peculiar, especial para Deus. Deus
nunca os abandonou. E, uma vez que o Altíssimo ama, incondicionalmente, este
maravilhoso povo, nós (gentios) também devemos amá-lo e orar por sua conversão!
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O povo: Nos quase 2.000 anos de diáspora (dispersão) entre todos os povos, os
judeus continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as ondas de
perseguição. O Estado de Israel é, portanto, a continuação do povo bíblico, o que se
mostra inclusive nos cohanin, os descendentes de Arão, que são os únicos a
possuírem o gene YAP DYS19B.
A terra: Vimos que, em cumprimento a várias profecias, em 14 de Maio de 1948,
em uma reação rápida, Israel recebeu da ONU o seu reconhecimento como nação e
retornou à sua terra prometida! Jerusalém é mencionada 811 vezes na Bíblia e nenhuma
vez no Corão, revelando a mentira de que Jerusalém sempre foi sagrada para os
muçulmanos.
A língua: A língua oficial de Israel é o hebraico bíblico enriquecido com vocábulos
modernos e se chama "ivrit". Isso significa que hoje poderíamos conversar com o rei Davi,
com o profeta Isaías e com o apóstolo Paulo. Elieser Ben-Yehuda (1858-1922) ressuscitou
e deu nova vida ao hebraico bíblico, que, na Diáspora, era a linguagem usada na liturgia e
na teologia. A língua hebraica se manteve em seu estado original e não se modificou com
o passar do tempo como aconteceu com as outras línguas vivas (por exemplo, o grego)
porque ficou hibernando por quase 2.000 anos e conservou-se igual ao hebraico bíblico
original.
A moeda: Já há 2.000 anos a.C., o "shekel" (siclo) era uma moeda. O siclo era a
moeda para se pagar o tributo ao templo em Jerusalém. Em 1982, Israel reintroduziu esta
moeda bíblica e passou a usar outra vez o siclo como moeda corrente.
A religião: Outras religiões se modificaram, reformas e contra-reformas adaptaram
as religiões ao espírito de cada época. Com o Judaísmo não foi assim. A religião judaica se
ateve teimosamente aos preceitos da Bíblia.
A legislação: Apesar de Israel ser um Estado democrático moderno, sua legislação
se baseia em fundamento bíblico. Assim, em Israel não existe casamento civil, só a
cerimônia religiosa rabínica; contratos de arrendamento só têm validade por 49 anos, para
que no 50º ano, que é ano de jubileu, tudo volte às mãos de seus proprietários originais;
soldados israelenses prestam juramento com a Bíblia sobre o peito e com a arma na mão.
A lei bíblica continua sendo a instância máxima para a legislação em Israel.
Tudo em Israel... tem idade bíblica, mas isso não faz de Israel um museu. Ele é
um dos países mais modernos do mundo. Em outros lugares se abandonam as tradições
dos antepassados, mas em Israel existe uma volta à antiga Bíblia. Assim, Israel vai se
tornando mais e mais um recipiente com formato bíblico para, algum dia, estar em
condições de receber em si o Espírito de Deus (Ez 37 e Jr 31). Por enquanto, Israel é
bíblico apenas em sua forma exterior, mas interiormente ainda não; contudo, todas as
coisas têm a sua hora para acontecer. (Nota: alguns trechos deste tópico foram retirados
do artigo: “Quão Bíblico é Israel?”, com pequenas adaptações) [2]
Jesus Cristo (que é 100% Deus e, portanto, é Eterno), ao Se encarnar, também Se
tornou 100% Homem; e, humanamente falando, Ele é judeu, pois nasceu da raiz de Jessé
(Is 11:1, 10; Rm 9:3-5; 15:12).
Vejamos o que nos diz Dave Hunt: “Jesus Cristo, o Salvador e Redentor de todos os
que nEle crêem, é, sem dúvida, o assunto mais importante das Escrituras – contudo, sem
Israel, não existiria um Salvador. Jesus é um judeu, descendente de Abraão, Isaque e
Jacó, através do rei Davi, o que Lhe dá o direito de governar Israel e o mundo. Ele nasceu
em Israel, ali viveu todos os seus dias terrenos e (com algumas exceções) ministrou
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exclusivamente aos judeus, conforme Mateus 15.24: “Não fui enviado senão às ovelhas
perdidas da casa de Israel”. [3]
Israel, uma nação minúscula que representa apenas 1/1.000 da população mundial
e, segundo o Pr. Ron Riffe: “Humanamente falando, não há modo para que um minúsculo
país conseguisse sobreviver a qualquer uma das guerras movidas contra ele por seus
vizinhos árabes do Oriente Médio - muito menos quatro guerras de 1948 a 1973! A guerra
de 1948 para a independência colocou cerca de 45 milhões de árabes contra
aproximadamente 64.000 judeus - Porém, quando a poeira abaixou, cerca de dois anos
depois, Israel tinha obtido uma surpreendente vitória. Militarmente, ele estava em
desvantagem - a proporção era de 40 contra 1, em população era de 100 para 1, em
equipamento de 1000 contra 1 e em terreno de 5000 contra 1, mas mesmo assim Israel
venceu”. [4]
Como se vê, os fatos acima falam por si!
Com relação ao ministério terreno de Jesus Cristo, Dave Hunt nos relata que: “Ele
nasceu em Israel, ali viveu todos os seus dias terrenos e (com algumas exceções)
ministrou exclusivamente aos judeus, conforme Mateus 15.24: “Não fui enviado senão às
ovelhas perdidas da casa de Israel”. Ele ordenou aos Seus discípulos: “Não tomeis rumo
aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as
ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10.5-6). Após a Cruz e a Ressurreição,
porém, Ele ordenou: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19 e Marcos 16.15). Mesmo assim, o
Evangelho continua sendo “primeiro do judeu e também do grego (Romanos 1.16)”. [5]
Como vimos, Jesus Cristo veio para os Seus (os judeus); mas, infelizmente, estes
não O receberam: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1:11). Mas, a
rebelião de Israel alcançou seu auge quando seus líderes rejeitaram o Cristo Ressurreto.
Vejamos algumas ocasiões (dentre outras) em que os filhos de Israel rejeitaram
Jesus Cristo e a Palavra de Deus, a seguir:
a) Uma ocasião foi quando os líderes de Israel taparam os ouvidos ao evangelho:
“E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele... Mas
eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele”
(At 7:54, 57);
b) Outra ocasião foi em Antioquia, da Pisídia, quando os judeus “... vendo a
multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (At 13:45).
Diante dessa recusa por parte dos judeus, “... Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram:
Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e
não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios; porque o Senhor
assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os
confins da terra” (At 13:46-47) [grifos meus];
c) E mais uma ocasião foi em Corinto, conforme lemos: “E, quando Silas e Timóteo
desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado no espírito, testificando aos judeus que Jesus
era o Cristo. Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: O vosso
sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios” (At
18:5-6) [grifos meus].
d) Em Atos 28:25-27, Paulo relembra as palavras do Espírito Santo ditas aos pais,
através do profeta Isaías, quanto ao endurecimento dos corações dos judeus. E, como os
judeus recusaram o evangelho, por fim, ele declara: “Seja-vos, pois, notório que esta
salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão” (At 28:28).
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Mas, por causa de terem rejeitado a Palavra, tendo crucificado Jesus Cristo, Deus
se esqueceu ou rejeitou Israel?
Paulo também fez esta pergunta: “... Porventura rejeitou Deus o seu povo?”. Ele
mesmo deu, rapidamente, a resposta: “De modo nenhum; porque também eu sou israelita,
da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes
conheceu” (Rm 11:1).
Em Jeremias, lemos: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças
da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos
Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará
também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim disse o
Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá
em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o
Senhor”. (Jr 31:35-37)
Durante esta “Era da Graça” (era da igreja), o remanescente dos judeus eleitos é
formado por aqueles ramos naturais de oliveira, enxertados de volta na raiz, por causa de
sua fé em Cristo: “E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados;
porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. Porque, se tu foste cortado do natural
zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são
naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!” (Rm 11:23-24).
A igreja é o zambujeiro (espécie de oliveira brava, de madeira rija; azambujeiro,
zambujeiro) [6], cujos ramos foram enxertados na oliveira, que é Israel, cuja raiz é Cristo:
“E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar
deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se
contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm 11:17-18).
Como vimos, em virtude do amor e fidelidade de Deus a Israel, Sua aliança com
este povo nunca foi rompida e eles continuam tendo um lugar especial nos planos Dele!
Lemos, ainda: “Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo
nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua
queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua
plenitude”! (Rm 11:11-12) [grifos meus].
Israel não foi abandonado por Deus (Ef 2:11-22; Rm 11:17-18). Após o
arrebatamento da igreja (1Ts 4:13-18), Deus recomeçará Seus planos e programa para o
povo escolhido (Rm 11). Podemos ver, então, que ainda haverá, nos tempos finais, a
plenitude de Israel, “porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm
11:29).
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Ao contrário do que muitos pregam por aí, a igreja não substituiu Israel nos planos
de Deus. Esta abominável “doutrina” é conhecida como “Teologia da Substituição”, cujo
autor é o “Pai do anti-semitismo”, Agostinho de Hipona, o tal “Santo Agostinho” dos
católicos.
“O teólogo católico Agostinho de Hipona (354-430), o qual com a sua obra ‘Cidade
de Deus’ criou o anti-semitismo, que iria gerar implacáveis perseguições aos judeus no
mundo inteiro, sob a alegação de que eles foram os imperdoáveis assassinos do Senhor
Jesus Cristo.
O livro de Agostinho tem dominado as mentes, desde que foi escrito, e tem
influenciado também os protestantes, que aderiram à teologia da substituição, acreditando
que a igreja substituiu Israel no plano divino e, portanto, os judeus caíram definitivamente
da graça de Deus, por terem rejeitado o seu Messias. Agostinho criou a falsa teologia de
que a Igreja de Roma é a substituta literal e por direito de Israel e que todas as
promessas feitas por Deus ao Seu povo passaram a valer somente para o ‘Israel de
Deus’, isto é, a Igreja de Roma [segundo a interpretação dele]. A partir dessa
doutrina, Roma tomou o lugar de Jerusalém, autodenominando-se ‘Cidade Santa’ e os
papas tomaram o lugar do Espírito Santo, proclamando- se ‘Vigários de Cristo’.” (Mary
Schultze) [7]
Os estragos da Teologia da Substituição têm sido enormes: separou a Igreja de
Israel e do povo judeu, trazendo ódio, divisão e separação; criou-se um campo minado
para que mais tarde várias atrocidades fossem cometidas contra o povo judeu, como as
Cruzadas, a Inquisição e o próprio holocausto; o judeu passou a ter repúdio a todo
cristão, pois o via como aquele que lhe “roubou” o título de povo escolhido e, além de
tudo, “o substituiu”; decorreram-se inúmeras doutrinas dos “pais da igreja”, acusando
Israel de deicídio; isto é, o crime de ter matado o próprio Deus, na pessoa do Seu Filho,
Jesus Cristo; propiciou que a intenção satânica de afastar a Igreja de Israel fosse uma
aparente verdade, pois o inimigo sabe, pelas Escrituras, que o inferno não pode
prevalecer contra a Igreja verdadeira de Jesus Cristo.
Para se ter idéia desta tragédia, até nos dias de hoje, esta Teologia é pregada em
quase todos os seminários das igrejas evangélicas e em quase todas as centenas e
centenas de denominações.
O Pr. Ron Riffe disse: “A partir de seus escritos, é aparente que muitos dos
primeiros pais da igreja, que adotaram a Teologia da Substituição, foram influenciados
pela destruição de Jerusalém e do templo no ano 70. Formou-se uma opinião geralmente
aceita entre eles que Israel nunca mais voltaria a existir como nação.... Martinho Lutero, o
catalisador que esteve por trás da Reforma Protestante, tinha a mesma opinião e era
claramente anti-semita em algumas de suas opiniões. É triste dizer, mas essa mentalidade
foi passada adiante para outros na igreja por meio dos ensinos deles”. [8]
Dave Hunt, por sua vez, declara: “... Jeremias declara que Israel jamais deixará “de
ser uma nação” (Jeremias 31.35-37). Paulo, em apenas um sermão, refere-se três vezes a
Israel como uma entidade ininterrupta (Atos 13:17, 23, 24)... Ignorando isso, a “teologia
da substituição” é uma das várias doutrinas católicas romanas adotadas por Lutero,
Calvino e outros grandes reformadores, sendo aceita por muitos como teologia da
Reforma”. [9]
No livro de Atos, Israel e a Igreja existem simultaneamente; o termo Israel é
mencionado 20 vezes e o termo igreja, 19 vezes. Em Atos 14:2, vemos a existência,
concomitante, de Judeus incrédulos, irmãos (JUDEUS E GENTIOS convertidos = igreja) e
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gentios: “Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos
gentios” [grifos meus].
Na 1Co 10:32, vemos a existência, concomitante, de judeus (ISRAEL), gregos
(GENTIOS) e igreja (JUDEUS E GENTIOS convertidos): “Portai-vos de modo que não deis
escândalo nem aos judeus, nem aos gregos [GENTIOS], nem à igreja de Deus” (1Co 10:32).
[grifos meus].
Paulo nos esclarece: “Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os
que são de Israel são israelitas” (Rm 9:6). Ele deixa claro que há judeus não convertidos a
Jesus Cristo (o Israel segundo a carne): “Vede a Israel segundo a carne; os que comem os
sacrifícios não são porventura participantes do altar?” (1Co 10:18).
E há os judeus que se convertem, pela fé em Jesus Cristo (o Israel de Deus),
tornando-se membros da igreja, do Corpo de Cristo: “Porque em Cristo Jesus nem a
circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura. E a
todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de
Deus” (Gl 6:16-17) [grifos meus]. Este “Israel de Deus” são os “ramos naturais” que serão
enxertados em sua própria “oliveira” (que é Israel).
Como vimos, Gl 6:16 trata da “Israel de Deus” (judeus convertidos a Jesus Cristo) e
1Co 10:18 trata da “Israel segundo a carne” (judeus incrédulos)!
Portanto, a igreja NÃO é o “Israel de Deus”, (ou o “Israel Espiritual”) como
muitos pastores, equivocadamente, pregam por aí...
Antes da cruz, o mundo se dividia em 2 classes (judeus e gentios); depois da cruz,
se divide em 3 classes (judeus, gentios e cristãos=judeus e gentios convertidos)!
Quanto aos gentios que nascem de novo, pela fé em Jesus Cristo, eles também são
considerados (espiritualmente) “filhos de Abraão” e também são “... geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido...” (Gl 3:6-9; 1Pe 2:9-10). Mas, isto não os
torna judeus ou ISRAEL!
a) Qualidades iguais: Israel é um povo eleito, reino sacerdotal, nação santa e propriedade
particular (Gn 12:1-3, 17:7-8; Êx 19:5-6; Dt 7:6-26; Is 43:5-7; Jr 7:23; 13:11; At 13:17);
a igreja é a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido (1Pe 2:9);
b) Novo nascimento/conversão: nação de Israel (Ez 36:25-27; “vale de ossos secos”: Ez
37); cada indivíduo da igreja (Jo 3:3, 5);
c) a salvação sempre foi PELA FÉ: “Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão,
e por meio da fé a incircuncisão” (Rm 3:30). (Vide também: Rm 4:3-20; Hb 11:4-5, 7-9, 11,
17, 20-24, 27-31, 33; etc.), com a diferença que no A.T., além da fé, era necessária,
também, a observância da Lei (a salvação era pela ‘fé + obras’). Mas, nesta “era da
igreja”, tanto judeus, como gentios, são salvos somente pela fé;
d) eleição: Israel (Gn 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Dt 7:6-26; Is 45:4; Jr 7:23; 13:11; Ml
1:3; Mt 24:22; At 13:17; Rm 9:3-5, 10, 11:5, 7; etc.); igreja (Mt 24:31; Jo 6:37; At 13:48;
Rm 8:30, 33; Ef 1:4; Cl 3:12; 2Ts 2:13; Tt 1:1; 1Pe 1:2; Ap 17:14);
e) a promessa direta de Deus: para Israel: ”Eu, o Senhor, o disse e o farei" (Ez 36:36); para
cada membro da Igreja de Jesus: "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1Ts 5:24);
f) ambos são chamadas povo “peculiar” separado do mundo: Israel (Lv 20:24-26; Dt
14:2); Igreja (Tt 2:14; 1Pe 2:9);
g) ambos seriam odiados e perseguidos pelo mundo (até a morte): Israel (Sl 119:161,
143:3); Igreja (Mt 24:9; Jo 15:20; 17:14);
h) ambos seriam chamados à santidade: Israel (Lv 20:7); Igreja (1Pe 1:15).
9
a Igreja governará Israel e o mundo junto com Cristo, durante o Milênio (2Tm
2:12; Jd 1:14; Ap 1:6, 5:10, 20:6);
2/3 de todos os judeus na Terra serão mortos sob o Anticristo (Ap 9:15, 18);
a Igreja não estará na Terra nesse tempo, pois será unida a Cristo nas bodas do
Cordeiro, no céu (Apocalipse 19.7-8);
Israel reconhecerá Cristo pela primeira vez no tempo de Sua Segunda Vinda (Ap
1:7);
a Igreja chegará do céu com Ele, em triunfo (Zc 14:4-5 e Jd 14), como Sua noiva,
para nunca mais deixá-Lo;
Israel tem permanecido quase sempre em total descrença, desde o princípio, até
mesmo nos dias de Moisés (Sl 81:8-13), e apenas um remanescente eleito se
converterá durante os “últimos dias”, na Grande Tribulação (Is 10:22, 11;11, 16; Jr
50:20; Sf 3:13; Rm 9:27; 11:5);
a Igreja foi fiel no princípio, mas está em processo de queda, à medida em que vai
aumentando a apostasia, nestes “últimos dias” (At 20:29-30; 2Ts 2:3);
Israel abandonará a apostasia, em completa transformação e restauração nesta
Terra (Ez 36 e 37; Rm 11);
a Igreja mergulhará cada vez mais na apostasia, até a hora do Arrebatamento (At
20:29-31; 2 Ts 2:3; Jd 3-4) e somente será aperfeiçoada no céu (Ef 5:27; Ap 4:4);
Israel, com a idolatria, adotava deuses das nações ao seu redor (Dt 29:26);
a Igreja, através do crescente Movimento Ecumênico, tem abraçado falsas
doutrinas (At 20:29-30; 2Ts 2:3; 2Tm 4:3). A apostasia de Israel, inclusive a
adoração aos ídolos, não era pior do que as práticas de Roma, às quais os
evangélicos têm aderido, na parceria ecumênica. [10] (itens retirados do site Israel
Heute, com pequenas adaptações).
Israel e a Igreja são vistos como dois organismos diferentes na Bíblia. Se fossem
apenas um não haveria necessidade da restauração de Israel. Não é correto fundir Israel e
a Igreja em um único objeto apenas, pois, além de todas as razões já vistas, lemos no
N.T. sobre o arrebatamento da Igreja (1 Co 15:51-58) e não de Israel, o qual passará pela
Grande Tribulação (Jr 30:4-9; Dn 12:1; Mt 24:15, 21).
A IGREJA
Paulo mostrou que a IGREJA era um mistério (Rm 16:25; Ef 3:1-12; 5:32; Cl 1:24-
27), só revelado no Novo Testamento: “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos,
e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos” (Cl 1:26).
O que a palavra "mistério" (grego musterion) significa quando é usada no Novo
Testamento? Ela se refere a uma verdade anteriormente não revelada na Escritura.
Nenhum dos profetas do A. T. "viu" a época da Igreja, porque Deus não revelou isso a
eles - era um "mistério" divino!
Na Bíblia lemos algumas características que demonstram que a Igreja era um
mistério:
O trecho a seguir resume tudo: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus
Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para
convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um
pouco vos escrevi; por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de
Cristo, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido
revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-
herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do
qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu
poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os
gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos
qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo
criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus
seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em
Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele”
(Ef 3:1-12). [grifos meus]
Tendo feito a análise sobre a importância de Israel e, tendo mostrado que a igreja
não substituiu Israel nos planos de Deus, posso afirmar que: NÃO SOU O “ISRAEL DE
DEUS” (nem o “Israel Espiritual”), POIS NÃO SOU JUDEU!
Portanto, as bênçãos e promessas do Senhor no A.T. são para Israel e não para
mim. Não confundo as coisas!
Sou gentio, como todos os não-judeus (Rm 9:24-26; Gl 3:8; 3:14; Ef 3:6; Cl 1:27;
2Tm 4:17, etc.). Faço parte da igreja, pois nasci de novo (Jo 3:3,5), como qualquer gentio
12
que se converta a Jesus Cristo (bem como os judeus que venham a crer Nele, durante
esta era da igreja, conforme Rm 11:23-24).
Não me tornei judeu por causa disto (continuo sendo brasileiro!) e as profecias e
promessas do A.T. inerentes a Israel não foram transferidas para mim (igreja), ao
contrário do que muitos “pastores” ensinam por aí, distorcendo totalmente as Escrituras,
para sua própria perdição (2Pe 3:16).
Como igreja, sou salvo exclusivamente pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, e
não por obras ou por “cumprir a Lei” (Mt 12:7; At 13:39; Rm 3:20-31; Gl 3:10-13, 19, 24;
5:4; Ef 2:8-9), pois Jesus Cristo já cumpriu a lei e os profetas e está tudo consumado! (Mt
5:17; Jo 19:30; Ef 2:15; Cl 2:14).
Os judeus andam por vista, por sinais (Mt 12:38; 16:1; Jo 2:18, 23; 3:2; 4:48; 6:2,
30; 11:47; 12:37; 20:25, 29; At 8:6; 1Co 1:22). Eu creio em Jesus Cristo, pela fé, pela
Palavra e não preciso de sinais para crer, pois sou igreja, e “... andamos por fé, e não por
vista” (2Co 5:7).
Toda a Bíblia é importante para o crente (2Tm 3:16-17), sem qualquer dúvida;
mas, o A.T. não é a doutrina que direciona minha prática cristã, haja vista o ensino
neotestamentário do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus (Lc 16:16; Rm 14:5, 17; Gl 3:23-
25; 5:4; Ef 2:15; Cl 2:14-16) e porque sou igreja, e não judeu.
Também não sei tocar o shofar, pois não sou judeu, culto não é rodeio e, portanto,
não pega bem tocar “berrante” dentro da igreja (1Co 10:32; 2Co 6:3), como vêm fazendo
algumas igrejas por aí!
Portanto, não vivo sob a Lei, sob os costumes e festas judaicas e não vivo sob as
doutrinas do A.T. (inclusive a obrigatoriedade de dar exatamente 10% da minha renda
para, em razão disso, receber grandes bênçãos materiais ao invés de grandes maldições;
pois, como igreja, só tenho que dadivar, ofertar com amor e liberalidade, com o que tiver
proposto em meu coração, conforme o Espírito Santo nos disse, através do apóstolo Paulo
- Mt 10:8; 1Co 9:18, 16:2; 2Co 9:7, 11:7).
O evangelho da graça ainda era desconhecido no período relatado nos quatro
evangelhos, pois, Jesus Cristo ainda não tinha morrido (Seu trabalho ainda não estava
“consumado”), a igreja ainda estava sendo “edificada” (Mt 16:18) e a época da Graça (Era
da igreja) ainda não tinha iniciado. De modo que 100% do que encontramos nos
relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça! Eu vivo sob a graça, e
não sob a Lei!
Ao compararmos o Evangelho de Mateus com o livro de Efésios vamos notar a
diferença óbvia entre o propósito profético de Deus (profecia) e o propósito secreto de
Deus (mistério).
A doutrina que me guia, como igreja/gentio que sou, são as Cartas Paulinas (de
Romanos a Filemom), pois o apóstolo Paulo é “o apóstolo dos gentios” (At 9:15; 13:46-48;
18:6; 21:19; 22:21; 28:25-29; Rm 11:13; Ef 3:1, 8; Gl 1:15-16; 2:9; 1Tm 2:7; 2Tm 1:11;
4:17).
Vivo sob uma “nova aliança”, um “novo testamento” (Mt 9:17, 26:28; Mc 14:24; Lc
22:20; 1Co 11:25; 2Co 3:6, 14; Gl 4:24-31; Hb 7:22, 8:6, 13, 9:15-16, 12:24), que se
iniciou, obviamente, após a morte do “Testador”, Jesus Cristo (Hb 9:15-16), “Porque onde
há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador” (Hb 9:16). A “antiga
aliança” se tornou antiquada (Hb 8:7, 13) e, com a mudança do sacerdócio, a Lei também
mudou (Hb 7:12). Vivo nesta época da “dispensação da graça” (Ef 3:2, 9; Cl 1:25), que se
iniciou em Atos 28:28, com a recusa do evangelho, por parte dos judeus e perdurará até o
arrebatamento da igreja (quando o “evangelho do reino” será restaurado - Mt 24:14).
13
PLANO DE SALVAÇÃO
Embora seja muito importante saber que Deus tem dois povos distintos: Israel e a
Igreja, isto não implica que haja dois modos de salvação. A Bíblia claramente diz que
Jesus Cristo, em Sua obra redentora, é o Único Caminho, uma vez que judeus e gentios
são descendentes do mesmo homem caído - Adão. É importante observarmos que a
salvação sempre foi PELA FÉ: “Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e
por meio da fé a incircuncisão” (Rm 3:30). (Vide também: Jo 8:56; Rm 4:3-20; Gl 3:8; Hb
11:4-5, 7-9, 11, 17, 20-31, 33; etc.).
A diferença é que no A.T. e no período em que Jesus Cristo esteve na Terra
(período narrado nos quatro evangelhos), a salvação era pela fé + obras, pois estava em
vigor o ‘evangelho do reino’ (Êx 20:20; Dt 6:1-2, 17; o Livro de Levítico; Tg 2:20-23).
Tanto João Batista, quanto Jesus Cristo, pregaram: “Arrependei-vos, porque é
chegado o reino dos céus” (Mt 3:2, 4:17; etc.). Este “reino dos céus” é o milênio (Ap 20:4),
em que Jesus Cristo reinará, finalmente, nesta Terra.
Após a ascensão de Cristo, veio o Pentecoste (At 2) e, aí, entramos na “era da
igreja” (dispensação da graça), haja vista os judeus terem recusado Jesus Cristo e a
mensagem do ‘evangelho do reino’. Assim, a salvação passou a ser SOMENTE PELA FÉ (At
13:39; Rm 3:20-31, 4:6-8; Gl 3:10-13; 5:4; Ef 2:8-9; Tt 3:5). Sejam judeus ou gentios,
TODOS são salvos SOMENTE pela fé. Este é o ‘evangelho da graça’, que prevalecerá
durante toda a “era da igreja” e vigorará até o arrebatamento da mesma.
Após o arrebatamento da igreja, ocasião em que terá início a 70ª Semana de Daniel
(Dn 9:24), a Grande Tribulação, o ‘evangelho do reino’ será restabelecido na Terra, e a
salvação voltará a ser mediante a Lei, ou seja, ‘fé + as obras da Lei’: “E este evangelho do
reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”
(Mt 24:14).
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para
cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça
eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo”. (Dn 9:24)
IGREJA: A Era da igreja não é contada como dentro das 70 semanas de Daniel,
pois ela não corresponde à expressão "teu povo e a tua santa cidade", de Dn 9:24, pois a
profecia é para Israel (povo) e Jerusalém (cidade).
A igreja será arrebatada antes do início da 70ª semana, que corresponde à Grande
Tribulação que assolará o mundo, e que é o “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30:7) [Jacó
= Israel].
14
antepassados, refletindo o desejo de serem parte da família das nações, de serem como
qualquer outro povo, atingiu, então, a realização... Israel ainda será confrontado com essa
afirmação quando as nações da terra se ajuntarem para batalhar contra Jerusalém!” [11]
Porém, somente um remanescente de Israel será salvo (Is 10:22; 11:11, 16; Jr
50:20; Sf 3:13; Rm 9:27; 11:5). Nos capítulos 12 a 14 do livro de Zacarias, lemos sobre o
futuro quebrantamento de Israel!
O Pr. Ron Riffe nos diz que:“... o que não consigo compreender é como homens
bons e tementes a Deus negligenciam o fato que a raiz da oliveira ainda existe e sustenta
a igreja, que é formada tanto por ramos bravios (os gentios convertidos a Cristo) e ramos
naturais (os judeus convertidos a Jesus Cristo) enxertados na oliveira... Como os
produtores podem lhe dizer, muito freqüentemente quando o enxerto da rosa morre, a
sarça brota e cresce! De modo algum o enxerto toma conta da raiz e muda suas
características essenciais. Ela começou com uma sarça e permanece uma sarça -
tenazmente! De maneira análoga, o Israel espiritual é a raiz na qual a igreja foi enxertada
e, quando os "ramos bravios" dos gentios (juntamente com os ramos naturais - os judeus
salvos) da Igreja forem removidos no arrebatamento, a oliveira natural crescerá
novamente”. [12]
Durante o Milênio, Deus estabelecerá nova aliança com Israel: “Porque esta é a
aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis
no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão
por povo. E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece
o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hb 8:10-11). Vide
também Hb 11:25-27.
Os capítulos 5 até o 19, do evangelho segundo Mateus, serão as leis do reinado
milenar de Jesus Cristo (Ap 20:4-7), aqui na Terra.
Israel será a nação principal e cumprirá o propósito para o qual foi escolhida por
Deus: “E os gentios verão a tua justiça, e todos os reis a tua glória; e chamar-te-ão por um
nome novo, que a boca do Senhor designará. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e
um diadema real na mão do teu Deus” (Is 62:2-3). “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele
dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla
das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está
convosco” (Zc 8:23).
UM POUCO DE HISTÓRIA
CONCLUSÃO
Enfim, como pudemos verificar, a igreja NÃO substituiu Israel, nem se tornou
o “Israel de Deus”. Portanto, as igrejas evangélicas que estão adotando práticas
judaicas (tais como: usos e costumes, festas judaicas, símbolos judaicos, etc) e que só
pregam o A.T., como se nós fôssemos judeus, estão totalmente equivocadas e seguindo
uma herética teologia católico-romana!
Quando Paulo explica aos Romanos sobre a diferença entre Israel e a igreja, ele
realça a soberania de Deus para a eleição, dizendo: “Ó profundidade das riquezas, tanto da
sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis
os seus caminhos!” (Rm 11:33).
Deus disse a Moisés: “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia
de quem eu tiver misericórdia” (Rm 9:15). Ele eleger uma nação (Israel), em detrimento
20
das demais, em sua época (Gn 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Dt 7:6-26; Jr 7:23; 13:11; Ml
1:3; Mt 24:22; At 13:17; Rm 9:3-5, 10, 11:7; etc.). E, também, elegeu pessoas, antes da
fundação do mundo (Jo 6:37; At 13:48; Rm 8:33; Ef 1:4; Cl 3:12; Tt 1:1; 1Pe 1:2; Ap
17:14), para serem salvas (igreja) pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo.
Quem ousa discutir com Ele?
“Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao
que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da
mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9:20-21)
Não discutamos, pois, com Deus. Amemos o povo de Israel e oremos pela
conversão deles, reconhecendo que são um povo especial para Deus; até porque “... a
salvação vem dos judeus”! (Jo 4:22)
NOTAS:
[1] Artigo: “O Pecado do Anti-Semitismo Dentro da Igreja” – Pr. Ron Riffe – www.espada.eti.br
[2] Quão Bíblico é Israel? - http://www.chamada.com.br/mensagens/biblico_israel.html (Site Israel heute:
http://www.israelheute.com).
[3] Artigo: “Jerusalém, Jerusalém”, de autoria de Dave Hunt, disponível em: http://www.beth-
shalom.com.br/artigos/jerusalem_jerusalem.html
[4] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
Dave Hunt – artigo citado.
[5] Dave Hunt – artigo citado.
[6] Dicionário Aurélio.
[7] Artigo “Agostinho de Hipona”, de Mary Schultze, fevereiro 2004. (Dados colhidos no cap. 12 do livro
“The Rapture”, de Hal Lyndsay).
[8] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[9] Dave Hunt – artigo citado.
[10] Site Israel Heute – artigo citado.
[11] Artigo: “ISRAEL: O MAIOR SINAL DO FIM DOS TEMPOS” - Arno Froese
http://www.chamada.com.br/mensagens/sinal_do_fim.html
[12] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[13] Há dois estudos denominados “Sociedades Secretas Mataram o Senhor Jesus Cristo” (Parte 1 e 2),
disponíveis no site: www.espada.eti.br, onde o autor analisa como se deu a crucificação de Jesus Cristo e
quem foram os mentores:
http://www.espada.eti.br/ce1077.asp
http://www.espada.eti.br/ce1078.asp
[14] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[15] Artigo: “ISRAEL E A IGREJA”, de Luis Henrique L´Astorina, Campinas/SP.
[16] “Arquivo traz documentos que revelam postura do Brasil diante do Holocausto”, disponível em:
http://www4.usp.br/index.php/sociedade/14817-arquivo-traz-documentos-que-revelam-postura-do-brasil-
diante-do-holocausto.
[17] http://jucamoreno1.blogspot.com/2008/01/postura-anti-semita-do-brasil-no.html
[18] http://cesarkiraly.wordpress.com/2008/04/21/o-anti-semitismo-no-brasil/
[19] Artigo: “Dominionism and the Rise of Christian Imperialism”, by Sarah Leslie - Traduzido por Mary
Schultze. Para saber mais sobre a heresia “Teologia do Domínio”, leia o artigo completo, disponível em:
www.cpr.org.br/Mary.htm
[20] Artigo: “Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o
Anticristo - Uma Apostasia com Propósitos”, Capítulo 5: O Movimento Carismático, disponível em:
http://www.espada.eti.br/n1506cap-5.asp.
Para quem quiser saber mais sobre a postura do Brasil diante do holocausto:
Livro: “O Anti-Semitismo nas Américas” (Edusp, 744 págs., R$ 98), organizado pela professora da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP Maria Luiza Tucci Carneiro.
21
Livro: "O Brasil e a Questão Judaica", de Jeffrey Lesser, Editora Imago, 1995. (O livro tem um apanhado
bastante minucioso sobre a escabrosa política racial brasileira na época, falando inclusive da grande
influência do pensamento do historiador, sociólogo e jurista Oliveira Viana nas medidas racistas então
tomadas).
Livro: CARNEIRO, Maria Luiz Tucci. O anti-semitismo na Era Vargas – fantasmas de uma geração (1930-
1945). São Paulo, Editora Perspectiva, 2001, 536 páginas.
SITES RECOMENDADOS:
www.chamada.com.br
www.cpr.org.br
www.espada.eti.br
www.solascriptura-tt.org