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Observações e Dicas sobre Escrever Artigos

Prof. Carlos Alberto Kamienski - UFABC

1) Formato do artigo
Usar preferencialmente estilos técnicos, como da IEEE
(http://www.ieee.org/portal/cms_docs_iportals/iportals/publications/authors/transjnl/styl
emanual.pdf, http://www.itng.info/ieeepaperinstruct.doc) , ACM
(http://www.acm.org/sigs/publications/pubform.doc) , SBC
(http://www.sbc.org.br/template.). A escolha fica por conta de cada um, porque para
cada periódico ou conferência que se submete um artigo, deve-se adequar ao formato
solicitado.
Normalmente, os autores usam o Latex (os mais tradicionais) ou Microsoft Word para
elaborar os artigos. No entanto, o formato de submissão costuma ser Adobe PDF.
Alguns locais ainda aceitam artigos em PostScript (PS), mas o PDF já se tornou o
padrão de fato para artigos científicos.
2) Tamanho do artigo
O tamanho (número de páginas) de um artigo é sempre especificado pelo
periódico/conferência. Como regra geral para não ter o artigo eliminado logo de cara, é
melhor nunca exceder o tamanho. Por outro lado, não é bom submeter um artigo com
muito menos páginas do que o máximo permitido. Por exemplo, se alguém submete um
artigo com 7 páginas a uma conferência que aceita até 10 páginas, os revisores podem
facilmente criticar o autor, argumentando que muitas outras questões importantes
poderiam ter sido abordadas e o autor não tem desculpa, porque não atingiu o limite de
páginas (isso ocorre na prática).
A não ser em casos de resumos (às vezes com 1 ou 2 páginas), artigos deveriam ter no
mínimo 4 ou 5 páginas. Por outro lado, não são comuns artigos com mais do que 30
páginas (embora ocorra às vezes). Obviamente isso depende do tamanho máximo
permitido.
3) Seções de um artigo
Tipicamente as seções devem ser numeradas e o artigo deve ter algumas seções
obrigatórias, como resumo, introdução, conclusão e bibliografia. As seções iniciais
(pode ser só uma), depois da introdução costumam dar uma visão geral do estado da
arte.
Quando o autor tem muitos comentários a fazer sobre o assunto (o que é muito
interessante), deveria haver uma seção antes da conclusão com o nome “Discussão” ou
“Lições Aprendidas” (lessons learned). Senão, esse conteúdo deveria vir na conclusão.
Uma seção importante (quase obrigatória) quando se faz uma proposta é “Trabalhos
Relacionados” que deve abordar os trabalhos semelhantes ao descrito no artigo, mas
sempre enfatizando que eles não fazem tudo o que o seu artigo faz (senão o seu artigo
não teria contribuição nenhuma). Geralmente ela vem logo depois da introdução ou
antes da conclusão. Em alguns casos, dependendo do seu tamanho, os autores podem
também optar por tratar os trabalhos relacionados na introdução.
4) Tamanhos de seções e parágrafos
Escolher a melhor estrutura para um artigo não é tarefa trivial normalmente, mas a
experiência ajuda muito nesses casos. Uma seção muito pequena em geral não é
justificável e deveria ser incorporada em outras seções, talvez como uma subseção. Uma
seção muito grande também não é desejável. Nesse caso, geralmente é melhor dividir
em mais seções. Quando um texto de uma seção aborda vários tópicos diferentes, em
geral é melhor criar subseções, pois acaba ficando difícil para o leitor seguir o texto. Os
leitores em geral se sentem mais confortáveis quando conseguem mensurar o progresso
na leitura de um artigo, à medida que vão terminando seções e subseções.
5) Estilo de Redação
Artigos científicos e técnicos requerem linguagem formal. Deve-se evitar o uso de
expressões populares e clichês. Em português também normalmente as pessoas não se
sentem confortáveis com o uso da primeira pessoa (pronomes e tempos verbais),
embora em inglês isto seja comum. Por isso, deve-se evitar o uso da primeira pessoa em
textos em português.
Outra questão importante é o tamanho de parágrafos, que está diretamente ligado ao
estilo, ou prática, de escrever de cada autor. Normalmente devem-se evitar parágrafos
muito pequenos, como uma ou duas frases, porque a argumentação vai ficando muito
“picotada”. Também se devem evitar parágrafos muito longos, pois se torna difícil
seguir a linha do raciocínio.
O artigo deve ser sempre revisado e o corretor ortográfico e gramatical deve estar
funcionando. É inaceitável hoje em dia receber um artigo com erros grosseiros, dadas as
facilidades que os editores de texto fornecem.
6) Conteúdo de um Artigo
Um artigo deve conter os resultados de uma pesquisa que tragam alguma contribuição
aos leitores para se justificar. Alternativamente, os autores podem estudar as pesquisas
de outros autores e fazer análises comparativas, classificações, resumos, etc. Um tipo de
artigo muito comum é aquele que faz uma visão geral de uma determinada área
(chamado de “survey”).
Não é aceitável que se copie trechos de outros artigos científicos. Se desejar, faça uma
citação entre aspas (pouco comum) ou reescreva e explique a *idéia* do outro autor
com suas palavras. Em qualquer caso, a fonte (artigo ou livro ou página) deve ser
sempre citada.
Se a sua idéia é parecida com outra, cite-a. Isso é encarado pelos revisores como uma
contribuição à legibilidade da sua idéia e ressalta as diferenças da sua proposta com
outras. O mesmo vale quando sua idéia é baseada em outra, como é o caso em que você
propõe uma evolução à outra idéia existente ou uma nova aplicação para algo já descrito
na literatura em outro contexto. Não é demérito usar a idéia de outros, desde que você
acrescente algo. É assim que a ciência evolui na maioria das vezes.
7) Referências bibliográficas
Deve-se procurar sempre citar artigos que foram publicados preferencialmente em
periódicos e/ou conferências de tradição. Isso porque o processo de seleção é
geralmente mais rígido o que resulta em artigos melhores. Uma boa dica é olhar o
número de citações que o artigo tem (no ISI ou no google scholar, por exemplo). Se ele
tem muitas citações (aí independentemente do local onde foi publicado) tem uma
grande chance de ser bom. Outra questão é a idade dos artigos citados. Um artigo na
área de tecnologia deveria fazer um mix entre artigos tradicionais (aqueles que são a
referência clássica para um assunto) e outros artigos muitos novos. Artigos cujas
referências são mais velhas (digamos, mais de 5 anos) tem que provar porque depois de
tanto tempo sem muito trabalho na área aquele assunto ainda é importante. Pode ser que
o autor não soube encontrar as referências corretas (o que não é bom sinal) ou também
que o assunto está deixando de gerar interesse na comunidade científica.
Preferencialmente devem-se citar artigos científicos, ou seja, publicados em periódicos
e congressos científicos reconhecidos. Artigos publicados em outras fontes (por
exemplo revistas técnicas não científicas) podem ser citados, mas em menor quantidade.
8) Formato das referências e citações
Um artigo deve obrigatoriamente ter um bom número de referências e cada uma delas
deve estar identificada e ser citada no texto. Não é aceitável incluir referências que não
são citadas no texto, a não ser que se explique que é uma bibliografia adicional (embora
isso não seja muito comum).
Normalmente, as citações são feitas usando números entre colchetes, como [8]. Alguns
formatos, como o da SBC, indicam o uso de nomes dos autores, como [Czyrnek 2004].
Em algumas áreas é aceitável fazer citações com números sobrescritos como3 mas
normalmente não se encontram artigos assim na IEEE, ACM, etc.
Quando incluir uma referência que é um site da Internet, deve-se dizer qual foi a última
data de acesso, pois as páginas são muito dinâmicas e quando o leitor for procurar ela
pode não mais estar lá.
9) Conteúdo e tamanho da Introdução e do Resumo
A introdução é um local extremamente importante, porque é onde o autor motiva o
leitor para continuar lendo o artigo. Ou seja, com base abstract e na introdução é que as
pessoas decidem se vão ou não ler os artigos. Uma regra geral é que num artigo típico (e
nem todos são dessa forma), a introdução/abstract deveria conter: a) O contexto onde o
artigo está inserido, ou seja, deveria ficar qual problema os autores estão tentando
resolver e qual a dificuldade envolvida em resolvê-lo; b) O que existe atualmente de
soluções na área e quais os problemas e limitações; c) a proposta do artigo; d) a
validação, ou seja, a demonstração de que as idéias propostas têm um fundo de verdade.
Esta última pode ser por uma avaliação quantitativa (preferencialmente) que pode ser
obtida através de modelagem matemática, simulação, medições, implementação, testes
com usuários, etc. Poderia também conter uma avaliação qualitativa, baseada em
argumentação. Em áreas técnicas, tabelas e gráficos em geral são bem vindos. Levando
isso em consideração, o abstract/resumo deve ter 1 a 2 frases pra cada dessas 4 partes e
a introdução 1 a 2 parágrafos. É uma regra de bolo, mas costuma funcionar.
A introdução deveria deixar bem claro quais são as contribuições do artigo. Todo artigo
deve obrigatoriamente pelo menos uma contribuição, senão ele não se justifica.
10) Conteúdo e tamanho da Conclusão
A conclusão costuma ser curta, até porque se o autor tiver muitos assuntos a comentar, é
melhor criar uma seção chamada “Discussão”. Como uma regra de bolo, uma conclusão
poderia ter 3 parágrafos. O primeiro faria um resumo (curto) do que trata o artigo. O
segundo, um pouco mais extenso, teria um resumo das principais conclusões e
contribuições do artigo. O último parágrafo geralmente contém indicações para
trabalhos futuros (uma ou duas idéias).
11) Figuras, Gráficos e Tabelas
Figuras e tabelas (e fórmulas) sempre devem ser numeradas e ter uma legenda
explicativa. Normalmente, as legendas são posicionadas abaixo das figuras e acima das
tabelas. É recomendável usar o recurso de inserir legenda e trabalhar com referências
cruzadas, para não haver problemas em caso de mudanças. No caso da figura ou tabela
ter sido retirada de algum outro artigo, deve-se fazer a citação. Em um texto em
português é possível que se tenha figuras com textos em inglês (nesse caso com a
citação), mas a melhor abordagem normalmente é refazer o desenho (obviamente que
depende do tempo que se tem para elaborar o artigo).
Figuras, gráficos e tabelas devem sempre vir acompanhados de explicações. Não se
pode assumir que os dados falam por si só e “para um bom entendedor, meia palavra
basta”. Tudo aquilo que se deseja que o leitor entenda sobre o trabalho apresentado deve
ser explicado. Os autores realizarem o trabalho, estudaram e têm um grande
conhecimento sobre a área. O artigo deve justamente transmitir isso para o leitor.
Quando explicar gráficos e tabelas, não se deve simplesmente repetir os dados que estão
lá e são óbvios. É necessário explicar o que eles significam. Por exemplo, por que as
curvas se cruzam em determinado ponto do gráfico? Provavelmente o leitor curioso (e o
revisor com certeza) irá gostar de saber. Quando não se tem explicações para o
comportamento dos resultados, o melhor é omiti-los ou então dizer a verdade. No
entanto, nesse último caso, alguns revisores não acham aceitável que os autores não
tenham todas as explicações. Portanto, deve-se considerar que isto é um risco.
Tudo aquilo que os autores gostariam que os leitores (e revisores) entendessem do
artigo, deve ser explicitamente dito. É um risco muito grande deixar que os leitores
façam a sua própria interpretação dos resultados, porque ela pode ser pior do que a que
os autores fizeram.
12) Quando estiver com dúvidas
Quando estiver com dúvidas sobre como escrever um artigo ou parte dele, pergunte a
pessoas mais experientes (orientador, professores, pesquisadores) e principalmente seja
pró-ativo, ou seja, escolha alguns artigos bons de sua preferência e procure fazer do
jeito que eles fazem.
Além disso, existem vários sites na Internet, artigos e palestras que fornecem dicas
sobre como escrever artigos.
Palestra - Dicas Para Elaboração de Artigos Científicos
Palestra - Técnicas para escrita de artigos científicos
Dicas para Escrever Artigos Científicos
Artigo - Redigindo artigos de Ciência da Computação: uma visão geral para
alunos de mestrado e doutorado
Outros:
http://www.cs.columbia.edu/~hgs/etc/writing-style.html
http://www-net.cs.umass.edu/kurose/writing/
http://swig.stanford.edu/~fox/paper_writing.html
http://www.cs.columbia.edu/~hgs/etc/writing-style.html

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