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Matéria: Economia
Prof.: Adaltom
Curso: Direito - 1º Ano - Noturno
Aluno: Ivan Luís Bertevello
RA: 0710528
Sala: 403
Prefácio
Críticos da Veja-(Veja-3/4/96)
Talvez como nenhum outro, 1997 pode ser descrito como o ano da
globalização. Dois fatos deixaram às claras, nos últimos 12 meses, a mudança de
patamar em curso na atual fase de internacionalização: a “megavideomorte” da princesa
Diana e o crash das Bolsas.
No acidente de Diana, a mídia também foi protagonista. Começou como vilã,
mas acabou, afinal, faturando com a surpreendente reação popular britânica e
internacional.
Um jornalista do ''Independent'' disse numa palestra aos jornalistas da Folha
que jamais a Inglaterra assistira a uma reação daquelas. Foi um fato novo na história do
recato saxão.
Mas não só no Reino a turba foi às ruas expressar sentimentos. Do Alasca à
Patagônia, de Tóquio a Berlim, Diana catalisou as atenções, levando jornais, revistas e
TVs a uma massacrante maratona, freqüentemente hipócrita e melodramática, mas que
deixou, afinal, alguma reflexão.
Jornalistas velha-guarda pensam que tudo foi uma enorme bobagem e que a
imprensa de prestígio acabou sendo atraída pelo estilo paparazzi dos tablóides. Não
acham Diana importante.
Não perceberam que ocorreu um fenômeno sociológico com dimensões
globais. Diante da novidade, preferiram a velha ladainha: tudo é ''manipulação'' ou
''invasão de privacidade''. A mídia séria deveria estar preocupada com coisas mais
''importantes'' _como se a morte de uma pessoa que mobiliza multidões em todo o
planeta não fosse importante. Como se não fosse importante perguntar por que isso
aconteceu.
Se no caso Diana a globalização revelou-se na propagação planetária do
sentimentalismo, pelos meios de comunicação, no caso do crash ela evidenciou-se na
propagação do pânico e da especulação, pelos meios eletrônicos que movimentam
on-line o megacapital financeiro mundial.
Pela primeira vez, o chamado cidadão comum pôde perceber como sua vida
não depende mais do universo local. O mundo é ele mesmo, cada vez mais, o seu local.
Um terremoto em Hong Kong provoca abalos em Nova York e São Paulo. Uma falência
em Tóquio já não é mais um problema japonês.
Ainda que autoridades nacionais tenham reagido e conseguido, em alguns
casos, afugentar a catástrofe de seus quintais, o crash deixou claro que a instância do
Estado-nação vai perdendo autonomia. Torna-se cada vez mais refém de um sistema
que cruza fronteiras sem passaporte, podendo aniquilar um país num teclar de
computador.
Autor: MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Editoria: BRASIL Página: 1-11 12/12755
Edição: Nacional Dec 28, 1997
Arte: ILUSTRAÇÃO: KIPPER
Nessa economia cada vez mais globalizada, qual é o caminho para as empresas de um
país emergente como o Brasil? Associar-se com empresas estrangeiras ou tentar seguir
sozinhas?
Depende do setor da economia. Se você atua em nichos de mercado muito fortes, não há
motivos para associar-se com um parceiro estrangeiro. Se você tem marcas que
correspondam a sabores regionais, também não precisa se associar. Em setores que
envolvem tecnologia, deve-se considerar parcerias com firmas estrangeiras. Mas não
seria o caso da empresa nacional ser adquirida pela empresa de fora. Poderia ser feita
uma aliança na área de pesquisa e desenvolvimento ou de produção, marketing ou de
distribuição, por exemplo.
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