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UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 

6CCSDCOSMT27.P 

APLICABILIDADE CLÍNICA DAS RESINAS COMPOSTAS EM DENTES 
POSTERIORES: CASO CLÍNICO 
(1)  (2) 
Ricardo Jorge Alves Figueiredo  , Anna Rachel Ferreira Serafim  , Germana Coeli de 
(3)  (4) 
Farias Sales  , Rosenês Lima dos Santos  . 
Centro de Ciências da Saúde/ Departamento de Clínica e Odontologia 
Social/MONITORIA 

RESUMO 
A  partir  dos  avanços  e  aperfeiçoamento  dos  materiais  e  técnicas  restauradoras  diretas,  a 
aplicabilidade  das  resinas  compostas  nos  dentes  posteriores  tornou­se  uma  viabilidade 
restauradora  bastante  aceitável,  principalmente  devido  a  constante  busca  por  parte  dos 
pacientes,  pela  excelência  estética.  No  entanto,  seguir  o  correto  protocolo  clínico  desse 
material  é  fundamental  para  a  otimização  dos  resultados  estéticos,  desempenho  clínico  e 
conseqüente  longevidade  restauradora.  O  escopo  desse  trabalho  é  relatar  um  caso  clínico 
onde utilizou­se resinas compostas diretas em restaurações posteriores. Após exame clínico e 
radiográfico,  observou­se  que  o  mesmo  apresentava­se  tratado  endodonticamente,  com 
cavitação  mésio­oclusal,  sem  invasão  de  espaço  biológico.  Devido  a  não  necessidade  de 
colocação  de  pino  intra­canal,  a  realização  da  restauração  com  resina  composta  direta  foi 
planejada.  Os  procedimentos  clínicos  foram  criteriosamente  executados,  tais  como:  profilaxia 
prévia,  escolha  da  cor,  isolamento  absoluto,  condicionamento  ácido,  aplicação  do  sistema 
adesivo,  inserção  incremental  da  resina  micro­híbrida  (cores  OB2  e  B2),  ajuste  oclusal  e 
acabamento/polimento após 8 dias. Mediante os resultados obtidos, concluímos que, o uso das 
resinas compostas em dentes posteriores é uma alternativa restauradora atual, pois associa a 
excelência estética com bom desempenho mecânico. 

Palavras Chaves: Resina Composta, Estética, Dentes Posteriores 

1.  INTRODUÇÃO: 

Dentro  dos conceitos da  dentística restauradora , o amálgama de prata é consolidado 


como  o  material  mais  empregado  em  restaurações  envolvendo  elementos  dentários  do 
segmento  posterior  da  boca.  A  vasta  utilização  desse  material  pode  ser  atribuída  ao  baixo 
custo  financeiro,  resistência  mecânica  e  capacidade  de  auto­selamento  marginal  (FORMOLO 
et  al.,  2003).  Porém,  nas  últimas  décadas,  com  o  aumento  dos  anseios,  por  parte  dos 
pacientes,  em  obter  a  excelência  estética,  o  uso  das  resinas  compostas  vêm  crescendo 
gradativamente em restaurações posteriores (CONCEIÇÃO, MASSOTI, HIRATA, 2005). 
Na  verdade,  a  viabilidade  restauradora  das  resinas  compostas  diretas  em  elementos 
posteriores  pode  ser  atribuída  às  vantagens  apresentadas  por  esses  materiais,  quando 
comparadas  ao  amálgama  de  prata,  tais  como:  preservação  de  tecidos  dentários  hígidos, 
possibilidade  de  reparo  durante  o  acompanhamento,  manutenção  periódica  e  excelente 
resultado  estético  (OLIVEIRA,  BIKHARINHO,  ABUD,  2005).  Outro  fato  relevante  a  ser 
considerado  é  a  evolução  aos  quais  passaram  esses  compósitos,  já  que  a  permissão  de  uso 
nessa  localização  só  foi  possível  devido  as  alterações  em  sua  composição  (CONCEIÇÃO, 
MASSOTI, HIRATA, 2005). 
As resinas atuais apresentam um maior volume percentual de carga e menor tamanho 
das partículas, o que melhorou o desgaste oclusal, antes considerado  um dos inconvenientes 
desse material (MAZER, LEINFELDER, 1992). Outra vantagem proporcionada pela adição de 
partículas inorgânicas nanométricas é a melhor capacidade de simulação cromática do esmalte 
e dentina natural, o que, consequentemente, melhora o polimento superficial. 
Porém,  apesar  de  ser  grande  a  procura  por  parte  dos  pacientes  em  realizar 
restaurações  estéticas,  é  função  do  cirurgião­dentista  ter  conhecimento  de  toda  técnica 
adesiva,  desde  o  condicionamento  da  estrutura  dentária  proposto  por  Buonocoore  (1995)  e 
formação  da  camada  híbrida  (NAKABAYASHI,  1982)  até  a  inserção  e  fotoativação  da  resina 
composta,  a  fim  de  evitar  possíveis  problemas  relacionados  ao  uso  desses  compósitos, 
como:sensibilidade  pós­operatória,  infiltração  marginal  e  trincas  na  estrutura  dentária 

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(1)  (2)  (3)  (4) 
Monitor(a) Bolsista;  Monit or(a) Volunt ário(a);  Prof(a) Orientador(a)/Coordenador(a);  Prof(a) Colaborador(a).
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remanescente. Pois, como sabemos, a técnica adesiva apresenta alta sensibilidade e depende 
diretamente da habilidade e destreza do profissional (FRANCO e LOPES, 2000). 
No princípio, o uso das resinas em molares ou pré­molares só seria possível mediante 
a  utilização de  materiais  resinosos ditos “condensáveis”. Essa classe de resina  apresenta  alta 
viscosidade,  o  que  justifica  o  aumento  na  resistência  e  diminuição  do  desgaste  superficial. 
Porém, os resultados estéticos podem  não  ser excelentes (BARREIROS, ARAÚJO e NAGEM 
FILHO,  2000).  Hoje,  o  mercado  disponibiliza  resinas  hibrídas  com  partículas  pequenas,  que 
associa  o  excelente  desempenho  mecânico,  com  resistência  ao  desgaste  oclusal  e  estética 
favorável, podendo assim ter uso concomitante em dentes anteriores e posteriores. 
De acordo com o exposto, o objetivo desse trabalho é descrever a técnica restauradora 
realizada através do uso de resina composta direta do tipo microhíbrida em elemento dentário 
posterior. 

2.  RELATO DE CASO CLÍNICO: 

Paciente 14 anos de idade, gênero feminino, procurou o serviço da Dentística Clínica II 
do  Centro  de  Ciências  da  Saúde/  Universidade  Federal  da  Paraíba,  a  fim  de  realizar 
restaurações em elementos posteriores após conclusão de tratamento endodôntico. 
Inicialmente, realizou­se a profilaxia com pedra­pomes e taça de borracha montada em 
baixa rotação, para posterior exame clínico, onde foi evidenciado a necessidade de intervenção 
restauradora  no  pré­molar  inferior  esquerdo  (elemento  34),  com  cavitação  envolvendo  as 
superfícies  oclusal  e  mesial.  Foi  descartada  a  necessidade  de  colocação  de  pino  intra­canal 
devido a preservação de tecido dentinário. 
Após  avaliação  radiográfica,  observou­se  que  o  referido  elemento  encontrava­se  com 
tratamento  endodôntico  satisfatório  e  parede  gengival  da  caixa  proximal  ao  nível  supra­ 
gengival,  ou  seja,  sem  invasão  de  espaço  biológico.  Tendo  em  vista  a  manutenção  da 
integridade  periodontal  e  ausência  de  extensa  destruição  coronária,  optou­se  pela  realização 
direta  da  restauração  através  do  uso  de  resinas  compostas,  almejando  a  reconstrução  da 
integridade biomecânica, estrutural e principalmente estética. 
Após  remoção  da  restauração  provisória  com  ponta  diamantada  esférica  em  alta 
rotação  sob  refrigeração  abundante,  a  seleção  da  cor  foi  realizada  baseada  na  escala  VITA 
(cor B2 para reproduzir o esmalte e OB2 para dentina). 
Posterior ao isolamento absoluto do campo operatório (controle da umidade), removeu­ 
se  a guta­percha obturadora  do canal radicular 2 mm acima do limite cervical, a fim de evitar 
possível  escurecimento  coronário  causado  por  esse  material.  Em  seguida,  o  selamento 
biológico do tratamento endodôntico foi realizado com cimento de ionômero de vidro resinoso 
(Vitro Fill LC/ DFL). 
Em virtude do envolvimento proximal, um sistema de matriz foi utilizado, após brunidura 
da fita matriz de  aço 0,5 mm, acoplada ao porta matriz de  Tofflemire. Vale salientar que essa 
etapa é imprescindível para restabelecimento do contato proximal. Além disso, a fim de manter 
a conformação da superfície proximal, evitar extravasamento de material e estabilizar a matriz, 
uma  cunha  interproximal  de  madeira  foi  inserida  ao  nível  gengival  (do  sentido  lingual  para 
vestibular). 
A  assepsia  da  cavidade  foi  realizada  com  clorexidina  2%  e  a  técnica  adesiva 
criteriosamente  executada:  condicionamento  com  ácido  fosfórico  37%  por  30  segundos, 
aplicação do sistema adesivo convencional de dois passos Single Bond (3M/ESPE) com auxílio 
de um microbush, seguido de fotoativação por 30 segundos, formando assim a camada híbrida, 
já descrita em 1982 por Nakabayashi. 
A resina microhíbrida cor OB2 foi inserida de forma incremental na caixa proximal, sem 
unir  as  paredes  vestibular  e  lingual,  a  fim  de  evitar  a  contração  de  polimerização.  A  última 
camada  da  caixa  proximal  foi  inserida  na  cor  B2,  removeu­se  os  excessos  com  sonda 
exploradora  previamente  à  fotoativação  da  resina  e  a  devida  escultura  da  crista  marginal  foi 
executada com espátula de Thompson. Por fim, a resina OB2 foi inserida na superfície oclusal, 
cúspide  a  cúspide,  minimizando  ao  máximo  a  contração,  e  em  seguida  as  minúcias,  sulcos  e 
fissuras  foram  reproduzidos  detalhadamente  através  da  resina  composta  cor  B2,  com  auxílio 
® 
da espátula de Thompson e pincel pêlo de marta  (Tigre).
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Após  remoção  do  sistema  matriz  e  isolamento  absoluto,  a  oclusão  do  paciente  foi 
testada  através  do  uso  de  papel  de  carbono,  em  movimentos  cêntricos  e  excêntricos,  e  os 
ajustes necessários realizados. 
Oito  dias  após,  o  acabamento  da  restauração  foi  realizado  através  do  uso  da  broca 
multilaminada  (30  lâminas)  montadas  em  alta  rotação  e  pontas  siliconizadas.  O  brilho  da 
superfície  foi  conseguido  através  do  polimento  realizado  com  discos  de  feltro  montado  em 
baixa rotação, obtendo assim uma restauração compatível com a estética dental do paciente. 

3.  CONCLUSÃO: 

Após execução da técnica descrita, conclui­se que o uso de resinas compostas diretas 
em  elementos  dentários  do  segmento  posterior  da  boca  apresenta­se  extremamente  viável, 
desde  que  haja  uma  correta  indicação  e  planejamento  pelo  profissional,  a  fim  de  associar  a 
excelência estética desse material com a durabilidade e integridade restauradora. 

4.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

1­  BUONOCORE, M. G.  A simple method of increasing the adhesion of acrylic filling materials 


to enamel surfaces. Journal Dental Research, San Antônio, v. 34, p. 849­853, 1955. 
2­  CONCEIÇÃO,  E.  N.;  MASOTTI,  A.;  HIRATA,  R.  Reproduzindo  função  e  estética  com 
compósitos  diretos  e  indiretos  em  dentes  posteriores.  In:  CONCEIÇÃO,  E.  N.  et  al. 
Restaurações Estéticas: Compósitos, Cerâmicas e Implantes. Porto Alegre, Artmed, p.104­ 
142, 2005. 
3­  FORMOLO,  E.  et  al.Prevalência  de  amálgama  e  resina  composta  em  dentes  posteriores: 
Estudo preliminar. J Bras Clin Est Odontol. 2003;7(38):120­4. 
4­  FRANCO,  E.  B.;  LOPES,  L.G..  Contraçäo  de  polimerizaçäo  x  adaptaçäo  marginal  de 
restauraçöes em resina composta: abordagem atual.  Rev. Fac. Odontol. Univ. Passo Fundo, 
v.5, n.1, p.37­41, jan/ 
jun. 2000 
5­  MAZER,  R.  B.;  LEINFELDER,K.  F.  Evaluating  a  microfill  posterior  composite  resin:  a  Five 
year study. J Am Dent Assoc, v. 123, n. 4, p. 32­38, 1992. Rev. fac. Odontol. Bauru, v. 2, n. 2, 
p. 8­13, abr 1994. 
6­  NAKABAYASHI,  N.;  KOJIMA,  K.;  MASUHARA,  E.  The  promotion  of  adhesion  by  the 
infiltration of monomers into tooth substrates. Journal Biomedical Materials Research, United 
States, v.16, n.3, p.265­273, ay 1982. 
7­  OLIVEIRA,  W.  J.;    BIKHARINHO,  L.  J.  R.,  ABUD,  M.  M.  A.  Restaurações  de  amálgama 
pertencem ao passado? JBC, v. 9, n. 48, p. 38­48, jan/Marc 2005.

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