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“As Microalgas no Ensino da Biologia”

Formadores: João Carlos Martins e José Cancela Costa

2009
MICROALGAS

Tradicionalmente, o ensino das ciências colocava ênfase na instrução formal de um corpo de conhecimentos bem
definido, suportado por uma lógica de “transmissão cultural” (Almeida, 2001). Este tipo de ensino baseava-se num
ensino verbalista assente quase exclusivamente na exposição oral dos conteúdos programáticos pelo professor. Hoje,
com os novos curricula de ciências, pretende-se uma abordagem holística da ciência, num quadro de referência
construtivista e consequentemente a necessária (re) conceptualização do trabalho prático e a reavaliação do seu papel na
educação em ciências (Veríssimo & Ribeiro, 2001).
Importa clarificar o que se entende por Trabalho Prático (TP), Trabalho Laboratorial (TL), Trabalho de Campo
(TC) e Trabalho Experimental (TE) no ensino das ciências (para revisão ver Dourado, 2001 e Leite, 2001).
“Trabalho Prático” é o conceito mais geral e inclui todas as actividades que exigem a participação activa do
aluno (no domínio psicomotor, cognitivo e afectivo). O âmbito do trabalho prático é muito alargado, deve ser entendido
como um conceito abrangente que engloba actividades de natureza diversa, que vão desde as que se concretizam com
recurso a papel e lápis, àquelas que exigem um laboratório ou uma saída de campo.
O trabalho prático em Biologia, é um óptimo veículo para a sistematização e aprofundamento da literacia
biológica, pois permite uma vasta aquisição de conhecimentos, reforça as capacidades de abstracção, de
experimentação, de trabalho em equipa, de ponderação e sentido de responsabilidade. O trabalho prático deve pois
contribuir para a aquisição e desenvolvimento de atitudes e comportamentos responsáveis face ao meio ambiente,
baseando-se no contacto directo dos alunos com a natureza e nas actividades de descoberta e compreensão “in situ” da
diversidade e complexidade do meio ambiente, partindo do pressuposto de que é importante descobrir e compreender
para poder respeitar e preservar (Freitas, 2001).
“Trabalho Laboratorial” inclui actividades que envolvem a utilização de materiais de laboratório (mais ou menos
convencionais) e que podem ser realizados no laboratório ou mesmo numa sala de aula normal, desde que não sejam
imprescindíveis condições especiais de segurança (Alvarez et al., 2004).
O “Trabalho de Campo” é realizado ao ar livre, onde, geralmente, os acontecimentos e interacções biológicas
ocorrem naturalmente. No entender de Ribeiro & Veríssimo (2000), o trabalho de campo aparece como um espaço
privilegiado para a compreensão e interpretação da realidade, assumindo-se como uma aproximação do “universo
escolar” à vida real e facilitando a aquisição, pelos alunos, de conteúdos e conceitos em Biologia que, na sala de aula,
não passariam de abstracções estéreis e distantes da realidade como “ecossistema”, “habitat”, “factores abióticos e
bióticos”, “sucessão ecológica”, “população”, “adaptação”, “biodiversidade morfológica e funcional”.
O “Trabalho Experimental” inclui actividades que envolvem controlo e manipulação de variáveis e que podem
ser laboratoriais, de campo ou outro tipo de actividades práticas. É possível sintetizar os objectivos tradicionalmente
atribuídos às actividades experimentais em quatro domínios principais, relativos a: 1) uma melhor compreensão dos
aspectos teóricos; 2) factores motivacionais; 3) desenvolvimento de capacidades e técnicas experimentais; 4)
aprendizagem da abordagem científica.
Com a implementação do trabalho experimental (prático, de campo e laboratorial) pretende-se também acabar
com “… o trabalho prático que realmente se realiza no ensino actual das ciências são experiências tipo “receita” para
aprender sobre as ciências, para confirmar factos e teorias mediante a obtenção dos resultados correctos, em vez de se
realizarem investigações mais amplas…” (Pedrosa & Dourado, 2000). Este trabalho experimental foi muitas vezes
confundido com práticas laboratoriais, com evidentes prejuízos, pois estas práticas laboratoriais promovem somente o

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desenvolvimento de competências manipulativas, de observação e comprovação de teorias, não dando importância a
outros aspectos muito relevantes, como a contextualização e articulação teóricas, proposta de hipóteses e de ensaios,
análise de dados e formulação de conclusões (Pedrosa & Dourado, 2000). As práticas laboratoriais do modo como eram
habitualmente desenvolvidos também não promoviam a organização de dados, a apresentação e discussão dos
resultados, omitindo aspectos fundamentais como a identificação e discussão de erros e a promoção da aprendizagem
pelo aprender fazendo. Estas actividades também não despertavam o gosto pelas actividades ao ar livre e pelo estudo
“in situ” do ambiente natural e dos factores que o afectam.
O ensino em Ciências deve ter implícitos vários objectivos gerais dos quais destaco: a aquisição de
conhecimentos científicos fundamentais para a compreensão do Mundo em que vivemos; o estímulo da curiosidade e
do interesse pela Ciência; o desenvolvimento da capacidade de utilização desse saber na vida quotidiana através da
resolução de problemas concretos. Deve ainda ter objectivos mais específicos como sejam: promover a compreensão
dos fenómenos e suas leis, numa perspectiva de estruturação do real; desenvolver capacidades que levem à observação
crítica e à formulação de hipóteses de trabalho passíveis de serem testadas; generalizar o uso de instrumentos
científicos, utilizando técnicas de operação correctas, a par da observação das normas de segurança; promover a
realização de experiências, incrementando capacidades para saber analisar e extrair a informação relevante a partir dos
dados obtidos; desenvolver a capacidade de análise crítica dos resultados obtidos, nomeadamente no que diz respeito à
incerteza das medidas realizadas, e a outras causas, capaz de levar a concepções mais elaboradas ou à reformulação de
hipóteses; desenvolver capacidades de aplicação do conhecimento científico a problemas não familiares; sistematizar
ideias; organizar, planificar e conceptualizar experiências adequadas à resolução de novos problemas; promover a
comunicação com os outros e o trabalho em grupo.
Neste conjunto de objectivos está pressuposto, por um lado, que o trabalho experimental promove o interesse e a
motivação dos alunos pelas aulas de ciências e uma maior compreensão dos conteúdos científicos e, por outro lado, que
os alunos, ao realizarem o trabalho experimental de uma maneira científica, aprendem a agir como um cientista e a
adquirir a abordagem científica. Por último, reconhece-se que o trabalho do cientista requer “fazer experiências” e que,
para o poder fazer com sucesso, são necessárias determinadas capacidades científicas.

Saída de campo
Ficha Informativa
“ Todos os seres vivos, incluindo o Homem, fazem parte do mais complexo dos puzzles, elos de uma cadeia que os
interliga a dezenas de outras vidas e a milhares de particularidades do comportamento da matéria. (...) Tudo está sempre
a adaptar-se, a especializar-se ao longo de gerações na exploração de um dado recurso, a extinguir-se, a invadir áreas
vizinhas, a revelar coincidências, a fluir e a refluir sobre um tabuleiro onde o xadrez que se joga é infinito. Mas o jogo
pode tornar-se finito se nada se fizer para contrariar alguns lances feitos pelo Homem. “

Ecossistemas – estrutura e funcionamento

Estudar a organização e o funcionamento de uma biocenose significa não só analisar a estrutura e a dinâmica de
centenas de populações de cada espécie, mas, também, as suas interacções. Assim, procuram definir-se os factores que
determinam a sua abundância, como por exemplo a natalidade, a mortalidade e a migração, e, simultaneamente,
procura-se caracterizar o seu habitat e o seu papel funcional na comunidade, isto é, o nicho ecológico.

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A Ecologia, enquanto ciência que estuda os seres vivos nas suas relações entre si e com o meio ambiente, tem como
objecto o estudo dos ecossistemas.
Um ecossistema abrange todas as comunidades de organismos num determinado ambiente, todos os componentes
não vivos aí presentes e a energia que passa através do sistema. Não existe limite de tamanho na definição de um
ecossistema. Ele pode ser um pinhal, um lago, um muro abandonado, um aquário, um terrário, etc. O maior ecossistema
terrestre é a própria biosfera.
Os ecossistemas apresentam dois componentes fundamentais: o biótopo e a biocenose, ou comunidade biótica. O
biótopo inclui todas as características físicas e químicas do ambiente, como a temperatura, humidade, composição do
solo, salinidade, pH, etc. A comunidade biótica ou biocenose é constituída por populações de diferentes espécies de
seres vivos, que coexistem num determinado ambiente.

Características do Meio Aquático de Água Doce


O habitat de água doce inclui dois tipos principais: o habitat lótico ou de água corrente (por exemplo, um rio ou um
riacho) e o habitat de água lêntico ou de água parada (por exemplo, lagos e lagoas). Associado a estes dois tipos de
habitats surge ainda o conceito de zona ribeirinha que, de acordo com a convenção de Ramsar, é a zona que constitui
ecossistema de fronteira entre os meios terrestre e aquático, englobando os cursos de água permanentes e temporários,
os deltas de rios e os leitos de cheia.
A superfície ocupada pelo habitat de água doce é relativamente pequena, mas a sua importância para o Homem é
enorme, visto representar a fonte de água mais apropriada e barata para fins domésticos e industriais, constituir um
veículo para a eliminação de desperdícios e desempenhar um papel-chave no ciclo hidrológico. É essa sua importância
para o Homem que leva a que tantos problemas existam actualmente no que diz respeito a poluição, escassez de água e
diminuição da biodiversidade associada a este tipo de habitat.

Classificação dos Seres Vivos de Água Doce


As classificações mais usuais são taxonómicas e procuram reunir os organismos segundo afinidades
fundamentalmente de natureza morfológica existindo chaves de identificação específicas para os diferentes grupos. Mas
podemos usar ainda outro tipo de classificações que assentam sobretudo em bases ecológicas. É o caso das
classificações com base no nicho ecológico, nos hábitos de vida ou nas subdivisões do habitat.
Nas classificações com base no nicho ecológico, interessa saber qual a posição ocupada pelos organismos nas cadeias
alimentares: se são produtores, consumidores ou decompositores.
Nas classificações com base nos hábitos de vida, os seres vivos podem ser integrados nos seguintes grupos:
a) Bentos: organismos fixos, assentes ou que vivem nos sedimentos do fundo;
b) Perifíton: organismos fixos ou aderentes à superfície de caules e folhas de plantas superiores ou a quaisquer
outras superfícies que se destaquem dos fundos;
c) Plâncton: organismos flutuantes cujas deslocações são essencialmente dependentes das correntes;
d) Nécton: organismos nadadores;
e) Nêuston: organismos que permanecem ou nadam à superfície da água.
Finalmente nas classificações com base nas subdivisões do habitat, os seres vivos classificam-se consoante essas
subdivisões. Assim, nas lagoas e lagos podem considerar-se as seguintes três subdivisões:
a) Zona Litoral - zona de água superficial, com penetração de luz até ao fundo;
b) Zona Limnética - zona de água, para além da zona litoral, até à profundidade de penetração efectiva da luz;

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c) Zona Profunda - zona do fundo e de água, abaixo do nível de penetração da luz.

A Natureza das Comunidades Lóticas

As diferenças entre cursos de água e lagoas dizem respeito a três condições: a corrente constitui um importante
factor de controlo e limitante nos cursos de água; o intercâmbio terra-água é relativamente maior nos cursos de água; a
tensão de oxigénio é geralmente mais uniforme nos cursos de água e a estratificação térmica e química não existe ou é
insignificante.
Os cursos de água possuem, em geral, dois habitats principais: os rápidos e os remansos. Dentro destas duas
categorias, o tipo de fundo tem muita importância na determinação da natureza das comunidades e na densidade
populacional dos seus dominantes.
A corrente constitui o principal factor limitante nos rápidos, mas o fundo duro pode oferecer superfícies adequadas
para a fixação de plantas e animais. O fundo movediço das zonas de remanso limita, geralmente, os organismos
bentónicos mais pequenos às formas de tipo escavador.
Os invertebrados bentónicos são geralmente mais abundantes nas comunidades dos rápidos, enquanto que o nécton e
as formas escavadoras são mais abundantes nas comunidades dos remansos. Os peixes estabelecem uma ligação entre
ambas, procurando alimento nas primeiras e refúgio nas segundas.
O plâncton pode estar presente nos cursos de água, mas a sua importância é, aqui, incomparavelmente menor do que
nos ecossistemas dos lagos, e a sua multiplicação limita-se às zonas dos cursos de água com corrente fraca e aos
grandes rios.
O fitoplâncton é a base dos ecossistemas aquáticos, pois é por meio da fotossíntese realizada pelas microalgas que a
energia entra na cadeia alimentar. Um dos grupos mais abundantes são as diatomáceas, de morfologia muito variada e
podendo formar colónias.

A Natureza das Comunidades Lênticas


A diferença entre lagoas e lagos não apresenta um limite definido, mas podem indicar-se algumas diferenças para
além do tamanho. Assim, nos lagos, as zonas limnéticas e profunda são bastante extensas em comparação com a zona
litoral, verificando-se o inverso nas lagoas. Nos lagos, a zona limnética e respectivo fitoplâncton constitui a principal
região produtora, enquanto nas lagoas é a zona litoral que desempenha esse papel. A circulação da água nas lagoas é tal
que a estratificação da temperatura ou do oxigénio, quando existente, é de importância mínima; os lagos da zona
temperada, pelo contrário, apresentam geralmente uma estratificação nítida em certas estações.

a) Zona Litoral
Os produtores da zona litoral pertencem a dois tipos principais: plantas com raízes e fitoplâncton (constituído por
algas). As plantas com raízes dispõem-se concentricamente nesta zona e, dum modo geral, podem considerar-se três
zonas, à medida que aumenta a profundidade: 1- Zona de vegetação emergente; 2- Zona de vegetação com folhas
flutuantes; 3- Zona de vegetação submersa.
As algas compreendem numerosas espécies de diatomáceas, algas verdes, euglenófitas, etc.
Em termos de fauna é nesta zona que se encontra uma maior variedade de animais. Os cinco hábitos de vida
anteriormente referidos estão aqui presentes, bem como todos os filos que têm representantes na água doce.

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b) Zona Limnética
O fitoplâncton desta zona compreende diatomáceas, algas verdes, cianobactérias, dinoflagelados e outros
fitoflagelados.
O zooplâncton é pouco abundante em espécies, mas rico em número de indivíduos, com realce para os copépodes,
cladóceros e rotíferos.
O nécton é formado essencialmente por peixes.

c) Zona Profunda
Dada a ausência de luz, os organismos da zona profunda estão dependentes das outras duas zonas relativamente aos
alimentos básicos. A sua variedade não é grande, tendo como principais constituintes bactérias, fungos, larvas,
anelídeos e pequenos lamelibrânquios.
Todos os animais desta zona estão adaptados a suportar períodos de baixa concentração de oxigénio.

Zonas Ribeirinhas
Estas zonas assumem grande importância no contexto da biodiversidade, uma vez que muitos organismos que nela
vivem se encontram adaptados a habitats aquáticos e semi-aquáticos, estando dependentes destes para a sua
sobrevivência.
À medida que abandonamos o troço superior dos rios os fenómenos erosivos perdem importância, passando a
predominar o transporte e deposição dos materiais erodidos. No leito e nas margens começam a surgir plantas como os
ranúnculos aquáticos, que também contribuem para diminuir a força das águas e reter sedimentos. Quando a força da
água se torna ainda menor, a matéria orgânica e os sedimentos arrastados levam à formação de vasas que vão
possibilitar o desenvolvimento de várias plantas ribeirinhas como os juncos, as espadanas, as tabúas, os caniços e várias
gramíneas.
Mais afastados do leito e aproveitando os materiais depositados pelas inundações, encontramos árvores
características como os choupos, os salgueiros, os ulmeiros e os freixos. Estes, juntamente com a vegetação
anteriormente descrita, constituem a mata ribeirinha.
Muitas das plantas que encontramos nas zonas ribeirinhas são únicas e, pela sua especificidade, são extremamente
vulneráveis pelo que algumas estão sob estatuto de protecção.
Esta riqueza vegetal ribeirinha possibilita o desenvolvimento de uma fauna variada, tanto na água como nas suas
margens. No que se refere aos invertebrados, podem referir-se os gastrópodes, os bivalves de água doce e o grupo mais
abundante que é, sem dúvida, o dos insectos. Os anfíbios estão também bem representados visto dependerem dos
ambientes terrestre e aquático (na fase reprodutora e juvenil são aquáticos e na fase adulta são preferencialmente
terrestres). Outro grupo bem representado é o dos répteis, sendo de realçar o lagarto-de-água, as cobras-de-água e os
cágados.
De entre o grupo das aves podemos dar como exemplos as garças, a cegonha, o guarda -rios, o rouxinol-dos-caniços,
os patos, os galeirões, as galinhas-de-água e tantas outras espécies que utilizam estas zonas como local de alimentação,
de nidificação ou simplesmente de refúgio. Para finalizar, uma breve referência aos mamíferos associados às matas
ribeirinhas: espécies como a toupeira-de-água, a rata-de-água e a lontra vivem junto às margens dos rios, outras ainda
utilizam estes locais para caçar ou beber (raposas, ginetas, javalis).

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Aspectos Gerais Sobre Algas

As algas são organismos ancestrais extremamente diversos e abundantes que podem ser encontrados em,
virtualmente, todos os ecossistemas da biosfera. O seu tamanho varia desde pequenas espécies unicelulares, com 1
micrómetro de diâmetro, até grandes macroalgas marinhas que podem atingir mais de 50 metros de comprimento.
Durante milhões de anos as algas têm exercido efeitos profundos no nosso planeta e no seu biótopo. São organismos
predominantemente aquáticos, fotossintéticos, autotróficos, estruturalmente menos complexos do que as plantas
terrestres.
São organismos ubiquistas, podendo ser encontradas algas não só em leitos de rios, lagos e oceanos, mas também em
construções, rochas terrestres, troncos de árvores, neve permanente, debaixo da superfície de gelo da Antárctida e do
Árctico, e até em sedimentos de fontes termais. Alguns animais terrestres, superfícies de plantas e solos ricos,
especialmente nas regiões húmidas tropicais, suportam o crescimento de algas.
No habitat aquático, tanto de água doce como marinho, as algas utilizam superfícies de rochas e de plantas e
sedimentos como areia ou lodo para se fixarem e constituem o que de um modo genérico se designa por perifíton. As
comunidades flutuantes de algas formam o fitoplâncton que se divide em euplâncton (plâncton verdadeiro, comunidade
permanente na água); pseudoplâncton (espécies que acidentalmente são apanhadas por correntes e inseridas nesse
habitat) e neuston (comunidade de microorganismos que se desenvolve na interface água-ar).

Ficha de campo
Qualidades naturais da água e sua alteração
Nos leitos dos rios, lagoas, lagos, etc. ou em suspensão nas águas, vivem milhares e milhares de seres microscópicos.
Estes seres não só alteram as composições químicas dessas águas como servem de alimento a outros seres. Muitos
destes organismos são indispensáveis à vida aquática já que, contendo clorofila, desdobram ou sintetizam compostos
orgânicos carbonados e funcionam como produtores primários nestes ecossistemas aquáticos.
O tipo e localização dos organismos que se desenvolvem nas águas dependem de vários factores físicos, químicos e
biológicos que caracterizam o meio, como a temperatura, a luminosidade, o teor em sais minerais e orgânicos, a
concentração de gases dissolvidos, em especial o oxigénio indispensável à respiração, e ainda do estado de movimento
ou estagnação das águas. Da conjugação dos factores referidos depende, portanto, a criação do ambiente adequado a
este ou àquele tipo de fauna ou flora. Se por qualquer elemento químico estranho morre uma dada planta aquática ou
um conjunto de organismos produtores, quebra-se a cadeia alimentar, desaparecendo toda ou parte da fauna e flora
restante e resultando, em consequência, a morte do curso de água ou do lago poluído.

Recolha de amostras

A recolha de amostras é muito importante pois da sua representatividade depende a validade dos resultados obtidos.
É uma operação delicada e depende dos parâmetros que se pretendem estudar (por exemplo gases ou sais dissolvidos).
Todo o material utilizado na recolha das amostras de água deve estar completamente limpo, devendo enxaguar-se
com água destilada; se não for possível este procedimento deve enxaguar-se o recipiente várias vezes com a água que se
pretende recolher. A água para amostra deve ser homogénea e deve ter-se o cuidado de que a composição da mesma não
se altere desde a sua recolha até á sua análise.
Os recipientes devem ser cuidadosamente rotulados com todos os dados indispensáveis para a sua identificação
(local, hora, temperatura, pH e outros dados considerados relevantes).

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Quanto menor for o tempo entre a recolha e a sua análise melhor será o resultado obtido.
Para a análise e registo dos parâmetros atrás referidos vamos utilizar um “kit” de análise de águas, que nos permitirá
obter um conjunto de dados que devem ser registados nas tabelas seguintes.
Durante todo o trabalho procura ser o mais rigoroso possível e sempre que tenhas alguma dúvida consulta primeiro o
professor.

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Identificação, caracterização e localização do ecossistema a estudar

Data: _____ / _____ / _____ Hora: _________

Local:

Localização:

Caracterização (do local e do tempo):

Caracterização da estação de estudo:


1- Observa o habitat de água doce em que te encontras.
a) Como o classificas? b) Qual o tipo de substrato da zona?

□ Blocos
□ Calhaus
□ Areia
□ Lodo
c) Profundidade: d) Flora aquática:

□ < 10 cm 1) □ Existente □ Inexistente


□ 10 – 30 cm
2) □ Escassa □ Abundante □ Muito abundante
□ 30 – 50 cm
3) □ Superficial □ Bentónica
□ 50 – 100 cm
4) □ Uma espécie □ Muitas espécies
□>1m
e) Fauna piscícula: f) Aspecto da água:

□ Observada □ Não observada □ Límpida □ Pouco turva (vê-se o fundo)


□ Turva (dificuldade em ver-se o fundo)

□ Muito turva
g) Há sinais de poluição? Se há, indica quais são os vestígios de poluição?

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Análise de parâmetros físicos:
1. Determine a transparência das águas, mergulhando o disco de Secki no meio aquático e registando a
profundidade para a qual deixa de visualizar o disco. Efectue 4 a 5 determinações em diferentes locais e
considere um valor médio.

2. Efectue determinações da temperatura, colocando o sensor à superfície e a uma certa profundidade, durante 1 a
2 minutos. Obtenha valores médios de temperatura, efectuando, para tal, várias medições.
3. Determine a humidade do ar

Registo

Transparência da Temperatura (superfície) Temperatura (profundidade) Humidade do ar


água

Análise de outros parâmetros:


1. Determine o valor do pH recorrendo ao sensor e registe.
2. Efectue o doseamento de oxigénio.
3. Determine o parâmetro Carência Bioquímica de Oxigénio (CBO5), procedendo da seguinte forma:
a. Coloque num frasco etiquetado uma amostra de 300 ml de água.
b. Encha completamente um frasco (250 ml). Envolva o frasco com uma folha de alumínio e, uma vez
no laboratório, coloque-o em banho-maria, a 20ºC, durante 5 dias;
c. Ao fim de 5 dias retire o frasco do banho-maria e proceda ao doseamento do oxigénio dissolvido na
água, usando o sensor;
d. Calcule o valor de CBO5 com base na fórmula: CBO5 = O2 inicial – O2 final

Registo dos parâmetros químicos e físicos do local de estudo


Valor obtido Outras observações
Cor
Odor
Sabor
Temperatura
PH
Cloros
Carbonatos e bicarbonatos
Sulfatos
Cálcio
Sódio
Azoto
Oxigénio dissolvido
Dureza das águas
Condutividade eléctrica
Caudal
CBO5

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Recolha de material
Trabalho a realizar no Ecossistema escolhido
Ficha prática
Introdução
A comunidade de algas é de grande relevância na diversidade biológica dos ecossistemas aquáticos, devido ao
grande número de espécies, alta proporção na biodiversidade total destes sistemas e à grande produção primária. As
algas contribuem com cerca de 40% da produção primária do planeta.
O presente trabalho visa caracterizar o fitoplâncton do nosso ecossistema aquático. O protocolo experimental inclui
procedimentos que permitem analisar, qualitativa e/ou quantitativamente, os organismos amostrados. O método
proposto para o estudo do fitoplâncton inclui as etapas seguintes: a recolha, a triagem, a identificação e a contagem.

Material
• Dispositivo colector (rede de plâncton ou garrafa de recolha de fitoplâncton)
• Caixas de Petri
• Lupas de mão
• Frascos de recolha de amostras
• Esguicho
• Frascos
• Caneta de acetato
• Tabuleiro
• Bloco de notas / caderno de apontamentos
• Caneta / lápis

Métodos
1- Utilizando o dispositivo colector faça várias recolhas de água de superfície na margem do ecossistema.
2- Despeje o conteúdo obtido para dentro de um recipiente. Depois retira e lava, com o esguicho, o dispositivo colector
para dentro do recipiente.
3- Divida a amostra obtida por dois frascos de colheita.
4- Fixe uma das amostras (adiciona formaldeído a 5%).
5- Etiqueta o frasco (local da recolha, tipo de recolha, grupo, data)
6- Utilizando o dispositivo colector faça várias recolhas de água de superfície para lá da margem do ecossistema.
7- Repita os passos 2 a 5.
8- Utilizando o dispositivo colector faça várias recolhas numa zona profunda do ecossistema.
9- Repita os passos 2 a 5.
10- Guarde todo o material recolhido com cuidado para ser transportado para o laboratório.

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Tema: Análise do material recolhido
Material
• Frascos com as recolhas efectuadas.
• Pipeta ou conta-gotas
• Microscópico Óptico Composto
• Lâminas e lamelas
• Chaves de identificação
• Algodão

Método
1- Recolha uma gota de água da amostra, utilizando uma pipeta ou conta-gotas.
2- Coloque numa lâmina e cubra com a lamela.
3- Observe ao microscópio com a objectiva de menor ampliação, procurando localizar as microalgas.
4- Observe ao microscópio com a objectiva de menor ampliação. Se notar seres vivos que se deslocam (o que torna
difícil a sua observação, em particular com maiores ampliações), recorra a fibras de algodão para lhes dificultar os
movimentos. Coloque as fibras na preparação, entre a lâmina e a lamela.
5- Passe para maiores ampliações e efectue alguns esquemas das microalgas observadas.
6- Com a ajuda das chaves apropriadas procura identificar, representantes das principais Divisões.

Chave de identificação:
1a. Células sem plastos; pigmentos diversamente corados, coloração azul, azul-esverdeada, verde azeitona ou arroxeada
mais intensa na região periférica das células ………………………………………………….Cyanobacteria/Cyanophyta
(algas azuis)
1b. Célula com pigmentos localizados em plastos; plastos de forma e cor variadas
………………………………...…………………………………………………………………………………………...2

2a. Plastos verdes………………………………………………...………………………………………………………...3


2b. Plastos amarelo-esverdeados, azuis, vermelhos, castanhos ou
amarelados………………………………………………………………………………………...……………….………4

3a. Amido intraplastidial em grânulos dispersos ou constituindo um pirenóide (corável de azul pelo soluto de
lugol/solução iodada)………………...Chlorophyta (algas verdes)
3b. Paramilo extraplastidial em forma de anéis, bastonetes, discos, etc. (cora de amarelo claro com o soluto de lugol);
células geralmente móveis; um flagelo visível…………………………………………………….…………Euglenophyta

4a. Plastos verde-amarelados, amarelos, dourados ou castanhos, as células podem apresentar um invólucro silicioso
bivalve…………………………………………………………………………………….………………….Chromophyta
4b. Plastos verde azeitona, azuis, vermelhos ou arroxeados (o amido é extraplastidial e cora de caju pelo
iodo)………………………………………………………………………...………………Rhodophyta (algas vermelhas)

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Tema: Observação de espirogira ao microscópio óptico composto
Em cada célula de espirogira, para além dos cloroplastos em forma de fita, localizados à superfície do citoplasma,
pode-se ainda observar uma fina parede celular e uma camada estreita de citoplasma que delimita um vacúolo. Alguns
filamentos do citoplasma unem-se na parte central da célula, rodeando o núcleo.

Material
• Filamentos de espirogira
• Microscópio óptico composto
• Lâminas e lamelas
• Pipeta

Método
1- Coloque uma gota de água numa lâmina.
2- Retire, com a pipeta, filamentos de espirogira e coloque-os sobre a gota de água.
3- Coloque uma lamela por cima e observe ao microscópio óptico composto.
4- Observe ao microscópio com a objectiva de menor ampliação.
5- Passe para maiores ampliações e faça um esquema legendado das suas observações.

Tema: Movimento da água através da membrana celular


A água é uma substância indispensável à actividade celular. Ela transpõe constantemente a membrana plasmática
num e noutro sentido, sendo a sua movimentação controlada por fenómenos físicos.
Material
• Lâminas e lamelas • Água destilada
• Papel de filtro • Conta-gotas
• Microscópio óptico composto • Marcadores
• Pinça • Solução de cloreto de sódio a 12%
• Cultura de microalgas • Tubos de ensaio

Método
1- Homogenize o meio de cultura e distribua-o por dois tubos de ensaio:
Tubo A com água destilada
Tubo B com a solução de cloreto de sódio a 12%
2- Coloque meio de cultura do tubo A, numa gota de água destilada, entre lâmina e lamela. Marque a lâmina com a letra
A.
3- Coloque meio de cultura do tubo B, numa gota de solução de cloreto de sódio a 12%, entre lâmina e lamela. Marque
a lâmina com a letra B.
4- Observe as duas preparações ao microscópio óptico composto e esquematize as suas observações. Procure legendar o
esquema.

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5- Coloque uma ou duas gotas de água destilada sobre a lâmina B, junto a um dos bordos laterais da lamela. Do lado do
bordo oposto, com papel de filtro, absorva o líquido de montagem. Deste modo substituirá a solução de cloreto de sódio
por água destilada.
6- Observe durante alguns minutos e registe as alterações que vai notando.

Tema: Extracção de pigmentos fotossintéticos


As algas verdes partilham com as plantas duas características importantes e que as distinguem de todos os outros
organismos vivos: contêm clorofilas a e b e armazenam amido como produto de reserva, dentro de plastos. Algas verdes
e plantas são os dois únicos grupos.

Material
• Meio de cultura com algas verdes
• Funil
• Placa de Petri
• Acetona
• Vareta
• Papel de filtro
• Almofariz
• Tesoura

Método
1- Filtre o meio de cultura e coloque o filtrado (algas verdes) num almofariz e esmague com um pilão.
2- Adicione um pouco de acetona, agite com a vareta e filtre.
3- Verta o filtrado para uma caixa de Petri. Introduza nesse filtrado um rectângulo de papel de filtro dobrado em ângulo.
4- Após o procedimento, aguarde alguns minutos, observe o papel de filtro e registe as alterações que verificar.
Como interpreta os resultados?

Tema: Investigação da actividade fotossintética, a libertação de oxigénio e a absorção de dióxido de carbono.

A fotossíntese é um processo complexo através do qual organismos autotróficos produzem matéria orgânica a partir
de moléculas inorgânicas, com intervenção da energia luminosa. Globalmente, a fotossíntese nas plantas pode ser
esquematizada pela seguinte reacção:
6CO2 + 12H2O + energia ---------------> C6H12O6 + 6H2O
Esta reacção corresponde à transformação de energia luminosa em energia química, que se acumula nas ligações
químicas das moléculas orgânicas.
Material
• Meio de cultura com algas verdes
• Seis tubos de ensaio
• Água
• Azeite
• Azul de Metileno

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• Azul de Bromotimol
• Hidrossulfito de sódio
• Palhinha de refresco
• Hidróxido de amónio

Método
Actividade fotossintética e libertação de oxigénio
1- Prepare uma solução de azul de metileno incolor (água + azul de metileno incolor). Para tornar o azul de metileno
incolor é preciso reduzi-lo, redução que pode ser preparada deitando hidrossulfito de sódio até à descoloração.
2- Verta esta solução para os tubos de ensaio, previamente rotulados de A a F.
3- Nos tubos B e C introduza duas quantidades idênticas do meio de cultura com as algas verdes depois de devidamente
homogeneizado.
4- Deite um pouco de azeite em cada um dos tubos, de forma a que uma fina película cubra completamente a sua
superfície.
5- Envolva completamente o tubo C com papel de estanho.
6- Coloque os tubos A e B à luz ou ilumina-os com uma lâmpada de luz branca.
7- Ao fim de algum tempo observe o que aconteceu nos três tubos.
(Nota: O azul de metileno incolor quando oxidado volta a ter a cor azul)

Actividade fotossintética e a absorção de dióxido de carbono


8- Prepare uma solução diluída de azul de bromotimol (água + azul de bromotimol). Prepare-se a base de azul de
bromotimol a 0,1%, dissolvendo 0,5 gr de bromotimol em 500 ml de água destilada e juntando-lhe uma gota de
hidróxido de amónio para a tornar azul-escura.
9- Verta esta solução para os restantes tubos.
10- Enriqueça cada uma das soluções com dióxido de carbono (para isso bastará expirar ar através de uma palhinha).
11- Nos tubos D e E introduz duas quantidades idênticas do meio de cultura com as algas verdes, depois de
devidamente homogeneizado.
12- Deite um pouco de azeite em cada um dos tubos, de forma a que uma fina película cubra toda a sua superfície.
13- Envolve completamente o tubo F com papel de estanho.
14- Coloca os tubos D e E à luz ou ilumina-os com uma lâmpada de luz branca.
15- Ao fim de algum tempo observa o que aconteceu nos três tubos.
(Nota: O azul de bromotimol fica amarelo em meio ácido e azul em meio alcalino)
16- Elabora um relatório das duas actividades.

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Tema: Detecção do amido em algas verdes
No processo fotossintético o amido é um dos compostos sintetizados a partir do CO2 e da água.
O amido só é produzido em regiões que possuam clorofila e fiquem expostas à luz. Este composto pode ser
detectado pela cor violácea que aparece na presença de água iodada. Na sua ausência ficam coradas de castanho
amarelado (a cor do indicador).

Material
• Meio de cultura com algas verdes
• Dois tubos de ensaio
• Água
• Água iodada
• Álcool
• Tina
• Gobelés
• Placa de Petri
• Placa de aquecimento
• Folha de alumínio
• Papel de limpeza
Método
1- Prepare um tubo de ensaio com algas verdes e coloque-o num armário às escuras durante alguns dias.
2- Após retirar o tubo com a cultura do armário, homogenize-o e divida o seu conteúdo em partes iguais por dois tubos
de ensaio.
3- Envolva completamente o tubo A com papel de estanho.
4- Coloque o tubo B à luz ou ilumine-o com uma lâmpada de luz branca.
5- No fim do tempo, ferva um pouco de água em dois gobelés.
6- Coloque o conteúdo de cada um dos tubos de ensaio, na água a ferver durante um minuto.
7- Prepare dois banhos maria e coloque-lhe dentro um gobelé com álcool, aquecendo-os cuidadosamente até à ebulição.
8- Introduza o conteúdo de cada um dos gobelés que esteve na água a ferver, no álcool até que as culturas fiquem com
uma cor esbranquiçada.
9- Coloque em 2 placas de Petri um pouco de água iodada.
10- Coloque as culturas retiradas dos gobelés com álcool nas caixas de Petri.
12- Observe o resultado obtido e tira as tuas conclusões.

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Tema: Respiração celular (Nos fenómenos respiratórios ocorrem reacções de oxidação e de redução?)

Um grande número de seres vivos é capaz de aproveitar, com certa eficácia, a energia do ácido pirúvico. Este
composto, em presença do oxigénio livre, entra numa sequência de reacções enzimáticas que permitem a sua completa
oxidação, originando-se compostos muito simples, CO2 e H2O.

Material
• Tubos de ensaio • Azul-de-metileno
• Bico de Bunsen • Azeite
• Suportes para tubos de ensaio • Algodão
• Solução de Ringer • Culturas de Microalgas
• Água de cal

Método
1- Numere os tubos de ensaio de 1 a 3.
2- Coloque em cada um dos tubos solução de Ringer até 2/3 de altura e adicione três ou quatro gotas de azul-de-
metileno.
3- Ao tubo 2 adicione meio com uma cultura viva.
4- Ao tubo 3 adicione meio com uma cultura previamente fervido.
5- Deite em todos os tubos um pouco de azeite para formar uma camada isoladora à superfície.
6- Coloque os tubos numa tina com água tépida, durante duas horas.
7- Observe e registe as alterações que notar.
8- Sabendo que o azul-de-metileno se pode apresentar sob duas formas – oxidado (azul) ou reduzido (incolor) -, procure
interpretar os resultados obtidos.
9- Nas células, o oxigénio desempenha uma função idêntica à do azul-de-metileno, nesta experiência.

Tema: Extracção de DNA

O DNA é uma biomolécula existente em todos os seres vivos (também em alguns vírus), que codifica a informação
necessária à constituição dos organismos. Nas células eucarióticas o DNA encontra-se no núcleo. A extracção e análise
de DNA é uma técnica laboratorial muito utilizada na investigação científica e em diversos estudos taxonómicos e
forenses (testes de paternidade e identificação de indivíduos).
Material
• Caixa (para conter gelo) • Água destilada
• Gobelés • Álcool etílico a 95% e a 50% (v/v)
• Frasco Erlenmeyer • Clorofórmio
• Funil de vidro • Gelo
• Gaze • Solução isotónica de sacarose (0,3M)
• Pipetas graduadas de 5ml • Meio de extracção: dissolver 3g de cloreto de
• Temporizador/cronómetro sódio em 20ml de detergente para a loiça;

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• Tesoura adicionar água destilada até perfazer o volume
• Tubos de ensaio com suporte de 200ml e agitar suavemente para evitar a
• Vareta de vidro formação de espuma.

• Almofariz • Meio de cultura com microalgas

• Parafilme

Método
1- Triture as microalgas, no almofariz, em 50 ml de solução de sacarose, de modo a obter um líquido homogéneo.
2- Transfira 50 ml do homogeneizado para um gobelé. Adicionar 25 ml do meio de extracção e agitar lentamente com
uma vareta de vidro durante três minutos.
3- Filtre a mistura através de quatro camadas de gaze e transferira 12 ml do filtrado para três tubos de ensaio (4 ml em
cada tubo). Coloque os tubos de ensaio no gelo.
4- Adicione a cada um dos tubos de ensaio 2 ml de clorofórmio (evitar inalar o clorofórmio). Agite levemente e
aguardar 2 minutos. O clorofórmio provoca a precipitação das proteínas existentes no filtrado, o clorofórmio deposita-se
no fundo do tubo de ensaio, enquanto as proteínas precipitadas se acumulam entre essa camada e o filtrado.
5- Junte cuidadosamente a cada tubo de ensaio 4 ml de etanol a 95%, (colocado previamente no gelo, durante, 30
minutos pelo menos), inclinando um pouco o tubo, encostando a ponta da pipeta graduada à face interior das paredes do
tubo e deixando o etanol escorrer lentamente. O etanol misturar-se-á com o filtrado, acumulando-se depois no topo da
mistura. Aguardar 2 a 3 minutos com os tubos de ensaio colocados no gelo. Decorrido esse período de tempo, é possível
observar alguns filamentos esbranquiçados a sair do filtrado e a subir na camada de etanol. Esses filamentos são massas
de DNA precipitado.

Tema: Como se reproduz sexualmente a espirogira


A espirogira é uma alga verde que vive na água doce, fundamentalmente em charcos e regatos, formando agregados
filamentosos. Reproduz-se assexuadamente por fragmentação de filamentos, os quais, crescendo, originam novos
indivíduos. Este processo de reprodução ocorre nas épocas com condições mais favoráveis ao desenvolvimento, como a
Primavera. Em condições mais desfavoráveis do meio, esta alga reproduz-se sexuadamente.

Material
• Filamentos de espirogira
• Microscópio óptico composto
• Lâminas e lamelas
• Pipeta
• Pinças
• Preparações definitivas de espirogira em conjugação
• Tesoura
• Bisturi
• Agulhas de dissecação

Método
1- Monte, entre a lâmina e a lamela, alguns filamentos de espirogira.

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2- Observe ao microscópio com diferentes ampliações.
3- Esquematize o que observa em grande ampliação e procure identificar as estruturas desenhadas.
4- Observe preparações definitivas que evidenciem o processo de reprodução sexuada.
5- Procure identificar as estruturas observadas em 4, na sua preparação inicial.

Descreva o processo de reprodução sexuada.

Grelha de Avaliação (Planificação do trabalho prático)


Auto-avaliação Hetero-avaliação Avaliação
Parâmetros de Avaliação Aluno Grupo Professor Final
Iniciativa
Empenhamento
Cooperação
Autonomia
Cumprimento de prazos
Capacidade de mobilização de conhecimentos
Compreensão de conceitos
Planificação da tarefa
Classificação final
Dificuldades sentidas

Propostas de alteração

Apreciação global da actividade

Grelha de Avaliação (O trabalho de campo)


Auto-avaliação Hetero-avaliação Avaliação
Parâmetros de Avaliação Aluno Grupo Professor Final
Iniciativa
Empenhamento
Cooperação
Autonomia
Cumprimento de prazos
Capacidade de mobilização de conhecimentos
Compreensão de conceitos
Execução do trabalho de campo
Respeito pelo ambiente
Exactidão no registo de dados
Classificação final
Dificuldades sentidas

Propostas de alteração

Apreciação global da actividade

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Grelha de Avaliação (O trabalho laboratorial)
Auto-avaliação Hetero-avaliação Avaliação
Parâmetros de Avaliação Aluno Grupo Professor Final
Iniciativa
Empenhamento
Cooperação
Autonomia
Cumprimento de prazos
Capacidade de mobilização de conhecimentos
Compreensão de conceitos
Execução do trabalho laboratorial
Respeito pelas regras de segurança
Exactidão no registo de dados
Classificação final
Dificuldades sentidas

Propostas de alteração

Apreciação global da actividade

Grelha de correcção (Relatórios)

Nome:____________________________________________________________
Nº:_______ Turma:__________ Ano: ______________
Assunto: __________________________________________________________

Cumpre Prazos - 20 pontos


Sobriedade
Sem rasuras
Apresentação Ordenada 20
Grau de correcção de linguagem
Explicita correctamente os objectivos do 30
Introdução relatório e os conceitos correctos
Regista todo o material
Indica de forma ordenada os métodos
Material /Métodos e Resultados 80
Regista correctamente os resultados
Analisa correctamente os resultados

Tira correctamente conclusões 70


Discussão / Conclusões Usa correctamente os conhecimentos
Apresenta adequadamente a bibliografia
Avaliação do Relatório 200

Apreciação global:

20

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